DIREITO DAS SUCESSÕES PROFª RAQUEL VALESI Resenha Marchiolli

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1 DIREITO DAS SUCESSÕES PROFª RAQUEL VALESI Resenha Marchiolli 1. Sucessão (Vocábulo) 1.1 Conceito Trata-se do ato de substituir alguém em seus direitos e obrigações. Nota de Mussum e Zacarias: O vocábulo "sucessão", em seu sentido mais amplo, significa o ato ou efeito de suceder, pelo qual uma pessoa assume o lugar de outra, substituindo-a na propriedade de seus bens ou titularidade de seus direitos. A sucessão que vem disciplinada no Livro V do Código Civil pressupõe, intrínseca e invariavelmente, a morte da pessoa natural. Quer se trate de morte real ou de morte presumida, por conseqüência normal e como decorrência do princípio da saisine 1, o patrimônio deixado pelo morto seguirá o destino que se estampa nas regras sucessórias do direito civil positivado. 2. Efeitos da Sucessão A sucessão hereditária dá-se sob dois efeitos: a título universal e a título singular. 2.1 Sucessão a Título Universal Caracteriza-se pela transmissão do patrimônio do de cujus, ou de quota parte deste. Assim, quando é transferida ao sucessor a totalidade do patrimônio do de cujus, ou uma fração dele, abrangendo tanto seu ativo como seu passivo, o sucessor é denominado herdeiro universal. 1 Pelo princípio da saisine, a lei considera que no momento da morte, o autor da herança transmite seu patrimônio, de forma íntegra, a seus herdeiros. Em outras palavras, estabelece a possibilidade de transmissão do patrimônio e dos deveres do de cujus automaticamente, sem nenhuma formalidade. Desde a abertura da sucessão, o domínio e a posse da herança transmitem-se aos herdeiros (art. 1784). Atribui ao herdeiro a condição de possuidor, ainda que a posse seja indireta. 1

2 2.2 Sucessão a Título Singular Caracteriza-se pela transferência de bens determinados. Nesta hipótese, o sucessor recebe bem específico e determinado; é a denominada sucessão singular, que pode se operar em virtude de ato inter vivos ou de falecimento; neste último caso, o sucessor é denominado legatário, sendo aquele que é contemplado em testamento com coisa certa, determinada, precisa e individualizada pelo testador. Nota de Chacrinha (Alô Teresinha!): Sucessão a Título Universal ocorre quando houver transferência da totalidade ou de parte indeterminada da herança, tanto no seu ativo como no passivo, para o herdeiro do de cujus, que se subroga, abstratamente, na posição do falecido, como titular da totalidade ou de parte ideal daquele patrimônio no que concerne ao ativo, assumindo a responsabilidade relativamente ao passivo. Sucessão a Título Singular ocorre quando o testador transfere ao beneficiário apenas objetos certos e determinados, p. ex.: uma jóia, um cavalo, uma determinada casa na rua " X" etc. Nessa espécie é o legatário que sucede ao de cujus sub-rogando-se concretamente na titularidade jurídica de determinada relação de direito, sem representar o morto, pois não responde pelas dívidas da herança 3. Da Sucessão hereditária 3.1 Conceito É a transmissão da herança correspondente aos bens deixados pelo falecido em prol dos herdeiros ou sucessores. É o Mecanismo que alguém em decorrência da morte transmite bens e dívidas até o limite da herança. Nota de D. Pedro I: Ocorrendo a morte ou a ausência de uma pessoa, dá-se a sucessão hereditária, também chamada de mortis causa, ou seja, trata-se do ato 2

3 de substituir alguém em seus direitos e obrigações em relação à herança 2, a qual é composta pela universalidade de bens, direitos e deveres do de cujus. Em outras palavras, na Sucessão hereditária transmite-se os bens e direitos àqueles vocacionados, seja por lei ou por testamento (sucessão hereditária legítima ou testamentária, respectivamente).vale ressaltar que pouco importa se o inventário foi ou não aberto. A propriedade e a posse se transferem antes da abertura do inventário por abstração legal. Assim, o inventário é apenas uma formalidade. A propriedade (assim como a posse) foi transmitida por força de lei. 4. Espécies de Sucessão hereditária O Código Civil prevê duas formas de Sucessão: A Legal e a Testamentária. 4.1 Sucessão legal / legítima ou ab intestato A Sucessão Legítima (ou ab intestato) é aquela definida por lei. Ocorre quando o falecido não deixou testamento ou codicilo, ou seja, as divisões, quinhões finais, serão todos definidos segundo a legislação. 4.2 Sucessão testamentária É aquela advinda de disposição de última vontade do de cujus (como um testamento ou codicilo), seguindo, portanto, a divisão neles prevista. Nota de Freddie Mercury (Prateado): A sucessão legal se dá por força da lei; já a sucessão testamentária se dá exclusivamente pela vontade do autor da herança. Em não havendo testamento ou sendo este caduco, ou revogado, ou julgado nulo, ou não abrangendo todos os bens, a sucessão é legítima ou ab intestato, deferindo-se o patrimônio do falecido às pessoas expressamente indicadas pela lei e de acordo com a ordem de vocação hereditária. 2 É o patrimônio do defunto, compreendendo todos os direitos que não se extinguem com a morte, sendo dela integrantes bens móveis e imóveis, débitos e créditos. É a totalidade dos direitos e obrigações que integram o patrimônio deixado pelo sucedido em face de sua morte e suscetíveis de transmissão. Os herdeiros, testamentários ou legítimos, assumem a totalidade do patrimônio deixado pelo sucedido. 3

4 5. Pressupostos da sucessão Morte do de cujus, herdeiro vivo e vocação hereditária. 5.1 Morte do de cujus A morte abre a sucessão (art 1784) e dessa forma transmite-se aos herdeiros a propriedade, a posse dos bens independentes de qualquer formalidade (Princípio de Saisini). O sucessor passa a ter a posição jurídica do de cujus ( de cujus sucessione agitur ) e assume a titularidade jurídica Morte real e Morte presumida (arts. 6º e 7º) A morte, real ou presumida, é, em relação à pessoa física ou natural, a única forma pela qual se encerra a personalidade, que de outro modo não pode ser alvo de restrições ou de alijamento, ainda que judicial, por tratar-se de qualidade derivada do só fato do nascimento com vida. Nota de Garrincha (in memorian): Com a morte real (com a certidão de óbito) a titularidade jurídica dos bens passam aos sucessores; Em caso de morte presumida, os bens vão direto aos herdeiros antes da abertura do inventário; Em caso de morte presumida com declaração de ausência, deve-se nomear um curador que irá administrar os bens do ausente e efetuar publicações de chamamento em editais periódicos a cada 02 meses durante 01 ano. Se não houver o aparecimento, quer seja morto ou vivo, os herdeiros (e somente estes) deverão requerer a sucessão provisória e determinar a citação de todos os herdeiros vinculados à sucessão, uma vez que se trata de rito especial. Passado 10 anos, após trânsito em julgado da sucessão provisória, abrir-se-á a sucessão definitiva Morte Simultânea Ocorrer-se-á em caso de dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros. Neste 4

5 caso, dever-se-á identificar se um dos mortos sucede ao outro, em caso negativo são chamados seus herdeiros. 5.2 Vocação hereditária Se a pessoa falecer sem testamento (ab intestato), a lei determinará a ordem pela qual serão chamados os herdeiros: a ordem de vocação hereditária. 6. Da ordem de vocação hereditária A vocação dos herdeiros faz-se por classes (descendentes, ascendentes, cônjuge, colaterais e Estado). Portanto, cada inciso do art refere-se a uma classe de herdeiros. A chamada dos herdeiros é sucessiva e excludente, isto é, só serão chamados os ascendentes na ausência de descendentes, só será chamado o cônjuge sobrevivente isoladamente, na ausência de ascendentes, e assim por diante. A regra geral é que, existindo herdeiros de uma classe, ficam afastados os das classes subseqüentes.tal ordem, no código civil, vem estabelecida no art : A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte : I. Aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art , parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; Nota de Silvio Venosa: Os descentes do de cujus, como regra geral, concorrem com o cônjuge sobrevivente na partição da herança. Isto somente não ocorrerá em três hipóteses: a) se eram casados no regime da comunhão universal, porque então o sobrevivente já será meeiro por força de direito próprio decorrente do matrimônio; b) se eram casados no regime da separação obrigatória de bens, tendo em vista o fato de que este pressupõe a absoluta incomunicabilidade, em vida e depois da morte, dos itens patrimoniais de cada consorte; c) se eram casados no regime da comunhão parcial e o autor da herança não houver deixado 5

6 bens particulares, porque então o cônjuge sobrevivente terá direito à metade do acervo comum, ou seja, parte daquele patrimônio constituído ao longo da constância do casamento e sujeito à divisão. Não se trata de herança, mas de direito patrimonial direto emergente do regime de bens. II. Aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; Nota de Silvio Venosa: Em segundo lugar na ordem de sucessão postam-se, em concorrência, os ascendentes do de cujus e o cônjuge, independentemente do regime de bens que vigorava no casamento. Também aqui a integração do cônjuge ao rol dos herdeiros preferenciais objetiva reconhecer no sobrevivente a importância que presumivelmente teve na construção do acervo, atribuindo-lhe quota na herança deixada pelo falecido. III. Ao cônjuge sobrevivente; Nota de Silvio Venosa: Em terceiro lugar na ordem de vocação hereditária situase o cônjuge sobrevivente, que, na falta de descendentes e de ascendentes (com quem concorreria), recebe na íntegra a totalidade da herança. IV. Aos colaterais. Nota de Silvio Venosa: Faltando todos os sucessores indicados nos incisos anteriores, e somando-se a isso a ausência, nulidade ou caducidade do testamento feito pelo de cujus, a herança será entregue aos colaterais, com exclusão dos mais remotos pelo mais próximo em graus. Exemplo: os sobrinhos somente receberão a herança por direito próprio se do falecido não houver irmãos. Vale ressaltar que a classe dos colaterais submete-se à limitação de grau, sendo chamados a suceder os parentes até quarto grau. Os que estiverem em posição 6

7 mais distante (quinto grau em diante) não são considerados sucessores, embora juridicamente tidos como parentes do falecido. 6. Espécies de sucessores 6.1 Testamentário Não há individuação dos bens. Aquele que recebe uma porcentagem ou a totalidade dos bens. Nota de Michael Jackson, o Rei do Pop: O testador estatui herdeiros testamentários ao lhes atribuir uma porção fracionária ou percentual da herança. 6.2 Legatário Deixa coisa certa e determinada. É o nome do sucessor que recebeu dentro do testamento, foi deixado um legado a ele. Nota de Napoleão I: Legado é um bem determinado, ou vários bens determinados, especificados no monte hereditário. O legatário sucede a título singular, em semelhança ao que ocorre na sucessão singular entre vivos. Só existe legado, e conseqüentemente a figura do legatário, no testamento. Não tendo o morto deixado um testamento válido e eficaz, não há legado. 6.3 Legítimo São os herdeiros sucessíveis incluindo os colaterais, conforme art CC. Nota de Pablo Picasso: Diz-se legítimo pois a partilha da herança será feita com base exclusiva nas regras relativas à sucessão legítima (art. 1829, CC). 7

8 6.4 Necessário São os descendentes, ascendente e cônjuge sucessível. São legítimos e necessários. Somente quando não existem estes entra os colaterais. O grau mais próximo exclui o mais remoto. Nota de Cícero Pompeu de Toledo: Trata-se do descendente (filho, neto, bisneto) ou ascendente (pai, avô, bisavô) sucessível, ou seja, é todo parente em linha reta não excluído da sucessão por indignidade ou deserdação, bem como o cônjuge. São os primeiros a receber em concorrência com o cônjuge. Os herdeiros necessários, obrigatoriamente, têm direito à sucessão, e mais, são detentores da metade da herança chamada de legítima. O dono da herança pode deixar bens para quem quiser, parentes ou não, mas se possuir ascendente ou descendente vivos, não poderá mais que 50%, porque estes 50% se constituem na legítima, que é uma parte indisponível da herança. 6.5 Universal Totalidade da herança. Vai receber a universalidade dos bens, é o único herdeiro. 7.1 Graus de parentesco O parentesco se refere aos vínculos entre membros de uma família. Estes vínculos se organizam em linhas e se medem em graus. Os graus são meio apto para a determinação da proximidade ou remoticidade nas relações de parentesco. Há 03 tipos de linhas de parentesco: A Linha reta São consangüíneos: há vínculos entre descendentes e ascendentes de um progenitor comum. Ex.: bisavós, avós pais, filhos, netos, bisnetos etc. A linha reta é limitada. O grau se conta a cada geração. O filho é 1º grau, neto 2º grau, bisneto 3º grau etc. 8

9 7.1.2 Linha colateral São os irmãos, primos, tios, sobrinhos etc. Na linha colateral, embora não descendendo um do outro, são descendentes de um tronco ancestral comum. O parentesco começa no 2º grau. Exemplo: irmão 2º grau, tios 3º grau, sobrinhos 3º grau, sobrinho-neto 4º grau, primos 4º grau, primo-segundo 5º grau, primo-terceiro 6º grau Parentesco por afinidade São os sogros, pais dos sogros, avós dos sogros. Os enteados e seus filhos, as noras, os genros, os cunhados (irmãos do cônjuge), tios, sobrinhos, primos e avós do cônjuge. Nota de Celso Pitta, o honesto : Para calcular o grau de parentesco, podemos observar o que diz o art do código civil, ou seja: Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendendo até encontrar o outro parente. Vale lembrar que a lei só reconhece o parentesco colateral até quarto grau. Daí para a frente, juridicamente não são parentes. 8. Da herança e de sua administração A herança é um todo unitário e até a partilha os co-herdeiros ficam em condomínio necessário (1791 único). Só a partilha individualiza a herança (2023). Antes dela só há quota ideal (1793) e, portanto, é lícito a cessão de direitos hereditários ainda que não aberto inventário. Nota de Cliff Burton: A morte do de cujos faz com que a herança sempre seja deferida aos herdeiros como um todo unitário, sem fracionamento qualitativo ou quantitativo, independente do número de pessoas a serem aquinhoadas. Somente com a superveniência da partilha é que se direcionará a cada herdeiro o seu 9

10 respectivo quinhão, individualizando-se então a propriedade dos itens patrimoniais deixados pelo falecido. Enquanto não ocorrer a partilha, a herança pertencerá a todos os herdeiros indistintamente, sendo-lhes facultado, individual ou coletivamente, protegê-la perante terceiros que acaso molestem a posse ou o domínio transferidos a partir do óbito. O tratamento dispensado à herança é o mesmo que se atribui a qualquer universalidade indivisível, eis que os coherdeiros, no que pertine à propriedade e à posse do acervo, é efetivamente indivisível até o momento em que cada qual receberá individualmente a fração que lhe couber. A transmissão da herança aos sucessores coloca-os em condição condominial, circunstância a ensejar a aplicação dos dispositivos referentes ao condomínio quanto à administração, condução e zelo para com a universalidade. Afinal, a natureza temporariamente indivisível da herança traz como conseqüência a titularidade deles sobre o todo, sendo os direitos individuais limitados pelos atributos dos consortes. Todavia, perante terceiros é dado a cada sucessor agir como se fosse único para fins de defesa e cautelas relacionadas ao acervo. 8.1 Da cessão de direitos hereditários A cessão pode ser feita de forma onerosa ou gratuita sendo que o quinhão hereditário é considerado imóvel o que faz necessário escritura pública. (art. 80, II, art. 1793,166,II). Nota de Mazzaroppi, o curintiano: Uma vez aberta a sucessão, pelo vento da morte, surge a figura do herdeiro. Por força da saisine, o herdeiro já é titular dos direitos hereditários, da universalidade da herança, de uma fração do patrimônio que lhe foi transmitido pelo de cujus (ou de todo o patrimônio se for único herdeiro). Como titular do patrimônio, pode aliená-lo, como todo bem que está no comércio, que não tenha restrições de inalienabilidade. Não é necessário esperar nem mesmo a abertura do inventário. Aliás, a alienação da herança antes da abertura do inventário induz, inevitavelmente, sua aceitação. Desse modo, o herdeiro legítimo ou testamentário pode ceder, gratuita ou onerosamente, seus 10

11 direitos hereditários, transferidos a outrem, herdeiro, legatário ou pessoa estranha à herança. Tal como a cessão de crédito, a cessão de direitos hereditários tem evidente cunho contratual. Como a herança é considerada bem imóvel, o negócio jurídico requer escritura pública. Ainda, pode a cessão ser um negócio gratuito ou oneroso: se gratuito, a cessão assemelha-se a uma doação; se oneroso, a uma compra e venda. Vale ressaltar que o objeto da cessão da herança é a universalidade que foi transferida ao herdeiro. Destarte, não podia o herdeiro individualizar bens dentro dessa universalidade. Se houvesse essa individualização, não poderia o herdeiro, nesse negócio, garantir que esse determinado bem fosse atribuído na partilha ao cessionário, anão ser que todos os herdeiros e interessados concordassem, mas nem por isso se desvirtuaria o caráter da cessão, para a venda de um determinado bem. 9. Direito de representação Há 02 formas de suceder: a) Por direito próprio ou cabeça: quando a herança é deferida ao herdeiro mais próximo; b) Por representação ou estirpe: o herdeiro é chamado a suceder no lugar do parente mais próximo. (arts a 1855 CC). Nota de Danton, o incorruptível: O direito de representação deixa entrever o fenômeno da vocação indireta, que se caracteriza pelo chamamento de outras pessoas para receberem o quinhão que caberia ao sucessor direto. Consiste na convocação dos descendentes do herdeiro pré-morto, indigno ou ausente, para ficarem em seu lugar como se desde sempre estivessem investidos na qualidade de sucessores. Eles não recebem por cabeça, mas sim por estirpe, tomando para si o quinhão do pré-morto. O instituto da representação tem lugar exclusivamente na sucessão legítima, descabendo qualquer alusão à sua aplicabilidade na modalidade testamentária de partilha. Cabe destacar que aos convocados que formam uma estirpe, será atribuída apenas aquela porção hereditária, 11

12 independentemente do número de representantes chamados a suceder. Exemplo: sendo dois filhos do autor da herança, e tendo um deles morrido antes do progenitor, os filhos do pré-morto (netos do de cujus) exercerão o direito de representação tomando a parte que seria destinada àquele. Logo, metade do acervo fica com o filho sobrevivente e a outra metade é entregue aos representantes do pré-morto. Estes recebem a fração e a dividem em tantas partes quantos forem os beneficiários, surgindo daí os quinhões finais individualizados. 9.1 Direito de representação em linha reta descendente Não há direito de representação da classe dos ascendentes, mas apenas na linha reta descendente. Em vista disso, e premoriência de um dos ascendentes do de cujus não propicia o chamamento dos avós, eis que o acervo será todo entregue ao progenitor ainda vivo. Nota de Charles Chaplin, el bigodon: O direito de representação decorre basicamente do preenchimento de três pressupostos: a) que se trate de sucessão legítima; b) impossibilidade de o herdeiro original suceder; c) que entre o representado e os representantes haja relação de descendência. 9.2 Direito de representação na linha transversal Em se tratando de linha colateral ou transversal, somente acontecerá em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem. Exemplo: De cujos que não tivesse descendentes, ascendentes ou cônjuge aptos a suceder. Chamados os irmãos, e sendo um deles pré-morto, os filhos deste (sobrinhos do autor da herança) serão chamados a receber por estirpe aquilo que caberia originalmente ao impossibilitado de suceder. Nota de Clodovil Hernades, o afeminado: No direito brasileiro o direito de representação existe na classe dos descendentes, sem limite de grau e por 12

13 estirpe, e na classe dos colaterais, limitado ao segundo grau, com recebimento também por estirpe. 10. Aceitação da herança É o ato pelo qual o herdeiro concorda com a transmissão dos bens do de cujus, confirmando-a (art. 1804,cc), podendo renunciar caso não queira. Nota do Homem do Sapato Branco: Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Todavia, como ninguém pode ser forçado a tomar para si a herança deixada, faculta-se ao herdeiro repudiá-la na forma e para os fins de direito. Três são as etapas que levam à efetiva transferência do acervo aos sucessores: a) Abertura da sucessão, que se dá no exato instante do óbito do de cujus; b) Delação de herança, ou seja, o seu oferecimento aos herdeiros conforme definido na lei e, se houver, no testamento; c) Aquisição, que se opera a partir da aceitação da oferta pelo herdeiro, incorporando em definitivo os bens ao patrimônio deste Espécies de aceitação Expressa (Art. 1805) Por instrumento público, particular ou carta expressa. Nota de Getúlio Vargas, o Presidente: O herdeiro aceita expressamente a herança quando assim o declara por escrito público ou particular, seja nos próprios autos do inventário ou em caráter extrajudicial. Para que isso ocorra é necessário que afirme de maneira clara e precisa a sua disposição em acolher o conjunto patrimonial que lhe cabe por falecimento do de cujus Tácita (Art. 1805) 13

14 Atos próprios da qualidade de herdeiro. Ex.: Fazer a procuração ao advogado para abrir o inventário. Nota de Jaime Palilo, o pançudo: Nem todo ato positivo ou negativo do sucessor em relação ao acervo pode ser entendido como aceitação da herança. Ex.: Comparecer ao velório, cuidar dos bens, pagar iptu, consertar telhado, etc Presumida (Art. 1807) Todo aquele que tiver interesse na aludida declaração pode interpelar judicialmente o herdeiro, requerendo a fixação de prazo razoável para a resposta, nunca superior a 30 dias. Mantendo-se em silencia e deixando escoar in albis o lapso temporal demarcado pelo juízo, considerar-se-á aceita a herança. Trata-se de presunção que não admite prova em contrário Renúncia fraudulenta (Art. 1813) Considera-se fraudulenta a renúncia prejudicial aos credores do renunciante, ainda que este não tenha a deliberada vontade de causar danos. Os credores lesados poderão postular, perante o juiz competente para o inventário, autorização que lhes viabilize aceitar a herança em nome do renunciante. Acolhida a pretensão, os credores receberão a herança que originalmente caberia àquele, dela retirando os recursos necessários à solução dos débitos, até onde suporte Impossibilidade de aceitação sob condição ou termo (Art. 1808) Não se admite aceitação por parte, isto é, aquela que acolhe determinada porção do acervo e repudia pro parte, ou seja, aquela relacionada a apenas uma fração da herança deixada. Tanto a aceitação como a renúncia não podem ser submetidas a condição (Ex.: Aceito se não responder por dívidas, renuncio se receber contrapartida em dinheiro) ou a termo (Ex.: Aceito para daqui a dois meses), devendo sempre ser incondicionadas e imediatas). 14

15 Totalidade da herança (Art º) A renúncia deve dizer respeito à totalidade da herança ou do legado a que teria direito o renunciante. Todavia, o fato de alguém abrir mão da herança não significa que esteja impedido de aceitar o legado instituído pelo testador em seu proveito Indivisibilidade da herança (Art º) Embora não seja extremamente comum, é possível que uma pessoa tenha direito a mais de um quinhão hereditário e sob títulos sucessórios diversos na mesma sucessão, como é o caso da pessoa que sucede na condição de herdeiro e vem a ser chamada para suceder em razão da indignidade de um dos co-herdeiros. Caso isso acontece, o interessado é livro para escolher, dentre os quinhões oferecidos, quantos aceita e quais repudia. Não se pode obrigá-lo a aceitar ou a renunciar conjuntamente a todos, mas cada um dos que acolher ou rechaçar serão recebidos ou afastados por inteiro, dada a vedação de opção pro parte Sucessão sob condição suspensiva (Art. 1809) Se o herdeiro falecer antes de aceitar a herança, o seu herdeiro (quem vai ter o poder de aceitar), só vai receber se a condição colocada pelo de cujus no testamento for cumprida Sucessão de herdeiro falecido antes da aceitação (Art ÚNICO) Se houver a renuncia da herança do pai não pode haver a aceitação da herança do avô, ou seja, só existe direito de representação se o pré-morto tiver irmão. Caso o pré-morto seja filho único ele vai receber por direito próprio diretamente. Nota de Renato Russo, o baitola: O fato dos herdeiros aceitarem a herança deixada por morte de seu próprio antecessor não lhes impõe o dever de acolher o acervo pendente de aceitação. Podem receber a segunda herança e repudiar a primeira, eis que a abdicação relativa àquela importa no completo fenecimento do direito de recolher esta. 15

16 10.5 Irretratabilidade da aceitação (Art. 1812) São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia. Todavia, é possível a renúncia translativa, ou seja, a renúncia em favor dos próximos herdeiros na linha de sucessão. Nota da Vovó Mafalda: Em relação à herança que lhe é oferecida, o herdeiro tem inteira liberdade para decidir acerca da aceitação ou da renúncia, não podendo ser compelido a tomar esta ou aquela providência. Porém, uma vez manifestada a sua vontade na forma da lei, tem-se algo irrevogável. O herdeiro que aceita a herança não mais pode repudiá-la; se rejeita, não lhe será dado reclamá-la em momento posterior. 11. Renúncia A renúncia é ato jurídico unilateral, pelo qual o herdeiro abre mão da sua posição jurídica Requisitos da Renúncia Somente na forma expressa Em virtude dos extensos e sérios efeitos que produz, perfaz-se mediante confecção de instrumento público onde expressamente conste a vontade de abdicar do acervo ou da porção que competia ao renunciante. Admite-se que a renúncia seja tomada por termo judicial nos autos do inventário ou noutra demanda especificamente destinada a esse fim. Nesse caso, o fato de ter sido aparelhada junto ao juiz atribui-lhe força jurídica equivalente àquela implementada através de escrito público Capacidade genérica e específica (Art. 1691) a) Incapazes podem renunciar desde que representados, os pais não são donos dos bens de menores e por este motivo precisam de autorização 16

17 judicial. Neste caso haverá que justificar que a renúncia é interesse do próprio filho. O juiz vai ter que verificar sempre o interesse do menor; b) Cônjuges sob o regime de comunhão parcial de bens devem obter a outorga uxória para a renuncia, haja vista que neste caso se está abrindo mão de patrimônio da família; 11.2 Direito de acrescer (Art. 1810) O ato de renúncia implica na atribuição do renunciante aos outros co-herdeiros situados na mesma classe, fenômeno decorrente do chamado direito de acrescer. Exemplo: Sendo três os filhos do de cujus, e havendo renúncia de um deles, a sua respectiva fração hereditária será partilhada por igual entre os dois sucessores remanescentes Herdeiro único renunciante Caso o renunciante seja o único herdeiro de sua classe, a parte que lhe caberia é devolvida aos membros da classe subseqüente, que a partilharão igualmente em tantas porções quantos forem os herdeiros beneficiados. Exemplo: Se o de cujus tem apenas um descendente, e este renuncia ao direito sucessório, a herança será atribuída aos ascendentes para fins de divisão. Nota de Costinha (muaaau...): O direito de acrescer somente existe em sua forma genuína na sucessão legítima, fazendo transmitir aos não renunciantes da mesma classe o quinhão daquele que abdicou. A renúncia do herdeiro testamentário faz com que ocorra a devolução da herança ao substituto indicado no testamento. Silenciando o testador quanto a este aspecto, o acervo será entregue aos herdeiros legítimos, de acordo com a ordem de vocação hereditária estabelecido pelo Código Civil. 17

18 11.3 Representação de herdeiro renunciante Ninguém pode representar herdeiro renunciante, mas se for o único legítimo da classe ele herdará por direito próprio. Nota de Kurt Cobain: Na sucessão legítima inexiste direito de representação de herdeiro renunciante. Ocorrendo a renúncia, o quinhão enjeitado retorna ao monte-mor para fins de acrescer às frações dos demais co-herdeiros; na falta destes, será devolvido aos herdeiros da classe subseqüente. Todavia, se o renunciante for o único legítimo da sua classe, os filhos dele herdarão por direito próprio e por cabeça, e não por representação ou estirpe. Exemplo: Pedro, filho único, renuncia aos direitos concernentes à herança do pai. Supondo-se que o renunciante tenha dois filhos (netos do autor da herança), cada um deles receberá metade do acervo deixado pelo avô. Se Pedro e Carlos fossem filhos do de cujus e viessem a renunciar, a herança seria partilhada em tantos quinhões quantos fossem os filhos dos renunciantes, individualmente considerandos. 12. Direito sucessório do cônjuge O cônjuge sobrevivente só participará do direito sucessório se, ao tempo do falecimento o casamento não estivesse dissolvido judicialmente (separação judicial/ divórcio) e se o casal não estivesse separado de fato há mais de dois anos, salvo se provar que esta ocorreu por culpa do falecido (art. 1830). Se antes (CC 1916) o cônjuge sobrevivente só herdava na ausência de descendentes e ascendentes (ele era denominado herdeiro legítimo) a legislação agora em vigor alçou o cônjuge sobrevivente à condição de herdeiro necessário, pois passou a concorrer com os descendentes e com os ascendentes do falecido, na mesma condição de igualdade. Também é preciso esclarecer que o cônjuge sobrevivente só irá concorrer com os descendentes conforme o regime de bens do casamento, não podendo haver a concorrência se o casamento foi celebrado sob o regime da a) comunhão universal de bens; b) da separação obrigatória de bens (art

19 CC) e, c) da comunhão parcial de bens, se o falecido não houver deixado bens particulares, aqueles adquiridos com seus próprios e exclusivos recursos Dir. Sucessório do Cônjuge no regime de comunhão universal de bens O regime da comunhão universal de bens é aquele no qual todos os bens de ambos os cônjuges, mesmo os adquiridos por eles individualmente antes do casamento, passam a pertencer aos dois. No caso de falecimento de um dos cônjuges, o sobrevivente já tem assegurado 50% deles, ou seja, a sua meação. Os outros 50% restantes serão divididos entre os filhos, sem a participação do cônjuge, pois a concorrência entre cônjuge e descendentes não se opera nesse regime de bens Dir. Sucessório do Cônjuge no regime da separação obrigatória de bens O regime da separação obrigatória de bens é aquele onde todos os bens, tanto os adquiridos durante o casamento, como os adquiridos antes, pertencem exclusivamente àquele que os adquiriu. Esse regime é obrigatório para os que se casam após os 60 anos de idade, àqueles que necessitam de autorização judicial para casar ou àqueles que se casarem sem observar algumas causas suspensivas. Aqui, nesse regime, não há meação do cônjuge sobrevivente (pois não existem bens comuns do casal) e os descendentes ou ascendentes herdam a totalidade dos bens. O cônjuge sobrevivente, assim, não concorre com os herdeiros. Nota de Leonel Brizola: Diferente será se o regime foi o da separação convencional, pois neste caso o cônjuge sobrevivente concorrerá com os descendentes se houver bens deixados pelo falecido. A lei exclui a participação do consorte supérstite se o regime era o da separação obrigatória de bens (art CC). No caso do regime de participação final dos aquestos, o cônjuge sobrevivente também participará da sucessão, ou seja, concorrerá com os 19

20 descendentes se o falecido tiver deixado bens particulares. Lembre-se que este regime tem natureza híbrida: enquanto os consortes são casados prevalece o regime da separação de bens e, com a dissolução, será o do regime da comunhão parcial de bens Dir. Sucessório do Cônjuge no regime de comunhão parcial de bens Com relação ao regime da comunhão parcial de bens onde só pertencem ao casal os bens adquiridos durante o casamento, e os demais, adquiridos antes do casamento pertencem exclusivamente ao cônjuge que os adquiriu é preciso dizer que a concorrência só será possível se o falecido houver deixado bens particulares (aqueles adquiridos antes do casamento). Aqui não há a concorrência do cônjuge sobrevivente com os herdeiros, pois o sobrevivente já tem direito à meação em decorrência do regime de bens. Ele só concorrerá com os herdeiros com relação aos bens particulares do falecido. Se não houver bens particulares não haverá concorrência, cabendo ao sobrevivente apenas sua meação Hipóteses de divisão de herança entre Cônjuge sobrevivente e descendentes Hipótese onde o cônjuge sobrevivente é pai/ mãe dos filhos do falecido (art ) A divisão dos bens dar-se-á de forma igual entre o cônjuge e os filhos do casal, sendo que a parte que caberá ao cônjuge não pode ser inferior à quarta parte da herança. Exemplo de um casal que tem dois filhos: a herança, ressalvadas as restrições referentes ao regime de bens acima mencionadas, será dividida em três partes iguais (cônjuge e dois filhos). A mesma proporção de divisão ocorre na hipótese de o casal ter três filhos. Porém, se o casal tiver quatro filhos, como ao cônjuge sobrevivente caberá não menos que uma quarta parte da herança, aos quatro filhos caberão os três quartos restantes. 20

21 Hipótese onde o cônjuge sobrevivente não é pai/ mãe dos filhos do falecido (art , 1ª parte) A divisão dar-se-á sempre em partes iguais entre o cônjuge sobrevivente e os filhos do falecido, não sendo reservada ao sobrevivente qualquer cota mínima, não importando o número de filhos que o falecido tinha Hipótese onde o cônjuge sobrevivente concorre com filhos comuns e não comuns, exclusivos do falecido A lei é omissa e não prevê a solução para sucessão do cônjuge com filhos matrimoniais e extra matrimoniais. A doutrina sustenta que somente quando há filhos comuns é que ao cônjuge se reservará a quarta parte da herança e, portanto, havendo filhos comuns e não comuns o cônjuge sobrevivente recebe quinhão igual ao dos filhos Hipótese onde o falecido não tinha filhos: (art e 1837 do CC) O cônjuge sobrevivente concorrerá com os ascendentes do falecido, da seguinte forma: se o cônjuge concorrer com os pais do falecido, caberá a ele uma terça parte da herança e aos pais os dois terços restantes, ou seja, a partilha é feita em partes iguais; caso o falecido só tenha um dos pais vivo, ao cônjuge caberá metade da herança a ao único ascendente do falecido a outra metade; ao cônjuge sobrevivente também caberá metade da herança se estiver concorrendo com ascendentes do falecido de grau mais distante que os pais. Aqui é preciso esclarecer que independente do regime de bens, o cônjuge sobrevivente concorre com os ascendentes. 21

22 Hipótese onde o falecido não tinha descendentes nem ascendentes (art ) A herança será deferida integralmente ao cônjuge sobrevivente. Além de ter sido alçado a condição de herdeiro necessário, o cônjuge sobrevivente tem direito real de habitação (art CC). Isso significa que, qualquer que seja o regime de bens do casamento, o cônjuge sobrevivente tem direito de habitar o imóvel destinado à residência da família, desde que ele seja o único dessa natureza a inventariar, isso sem que seja prejudicada a sua participação na herança.mesmo que o de cujus deixar um único imóvel e ter ocorrido a partilha, o cônjuge poderá ficar morando no mesmo. O direito de habitação serve para preservar a moradia e fica registrado na certidão do imóvel, mesmo se for bem particular, tem que ser o único imóvel. É um direito do cônjuge e do convivente, não é um dever. Pode não querer Limitações de concorrência entre Cônjuge e descendentes Se o falecido deixar descendentes e cônjuge, a participação quantitativa deste último na herança, observadas também as disposições do art. 1829, dependerá da circunstância de ser ou não ascendente das pessoas com quem concorre. Disputando com seus próprios descendentes, ao supérstite será assegurado pelo menos ¼ da herança, independentemente do número de indivíduos aptos a tomar lugar na partilha. Exemplo: Suponha-se que um casal com um filho, consorciados sob o regime da separação convencional de bens; vindo a falecer o marido, metade do acervo caberá ao filho comum e a outra metade à mulher. Fossem cinco os filhos, a quarta parte da herança seria entregue ao cônjuge, enquanto os ¾ restantes partilhar-se-iam entre a prole. Essa situação não se alteraria se existisse sucessor pré-morto, pois a quota dele seria repassada aos próprios herdeiros, em nada afetando o concurso com o consorte sobrevivo. 22

23 13. Sucessão dos colaterais Os colaterais não são necessários e sim legítimos. Na falta dos descendentes, ascendentes e cônjuge são chamados a suceder os colaterais até 4º grau e, desta forma poderia o de cujus testar tudo em favor de terceiros (1850, CC), pois não há a legítima. Haverá possibilidade ao direito de representação, mas concedida exclusivamente aos filhos dos irmãos (1840, CC). Nota do Sr. Madruga, eterno: Na falta de herdeiros necessários a herança é deferida aos colaterais, tendo primazia, dentre estes, os irmãos, que são os indivíduos mais próximos em grau do falecido. Se todos os irmãos forem bilaterais, cada um receberá seu quinhão por cabeça, dividindo-se igualmente o acervo pelo número de sucessores. Todavia, se concorrerem irmãos bilaterais com unilaterais, estes receberão metade da quota cabível a cada um daqueles, ou seja, os germanos recebem o dobro do que se destina aos consangüíneos ou uterinos Direito de representação entre colaterais O direito de representação, na linha colateral, é limitado aos filhos de irmãos prémortos (art. 1843). Existindo irmãos vivos e filhos de irmão pré-morto, estes (sobrinhos) herdam por estirpe. Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão eles por cabeça (art º). A representação, no entanto, para aí. Nota de Bob Marley, o mané: Não havendo irmãos aptos a sucederem o falecido, a herança será direcionada aos filhos daqueles, ou seja, aos sobrinhos do de cujus. Os tios do autor da herança somente terão direito sucessório se faltarem sobrinhos capazes de levantar o acervo. Os filhos de irmãos do de cujus recebem por cabeça quando concorrerem sozinhos, partindo-se a herança em frações iguais segundo o número de sucessores. A eles são atribuídas quotas individuais independentemente de quantos sobrinhos cada irmão do falecido tenha gerado. 23

24 14. Sucessão de companheiros A sucessão entre companheiros tem por base a vida em comum, duradoura, de conhecimento público e com ânimo de constituir família, ensejando a comunicabilidade dos bens adquiridos onerosamente ao longo da relação. Reconhecida a união estável, um companheiro participará da sucessão do outro na forma estabelecida nos incisos do art Nota de Marlyn Monroe, a bela: A participação neles prevista não obsta o recebimento, pelo sobrevivente, da meação que lhe cabe por força da aplicação, à união estável, das regras pertinentes à comunhão parcial. Assim, tanto na hipótese de morte de um dos companheiros como no caso de dissolução da união estável em vida, o sobrevivo receberá a metade dos aquestos, cabendo-lhe ainda, se for o caso de morte do companheiro, participar da herança dele conforme previsto no art O direito sucessório estabelecido nesta norma, portanto, é um plus que se acresce à meação do companheiro sobrevivente. A meação, como se sabe, não constitui direito hereditário, mas sim prerrogativa decorrente do sistema econômico vigente na união estável, o mesmo ocorrendo nos casamentos celebrados sob a égide dos regimes de bens da comunhão universal e parcial. Não se submeterão à norma em estudo os bens recebidos a título gratuito, em doação ou herança por apenas um dos conviventes; serão eles direcionados aos sucessores na ordem de vocação ordinariamente prevista na lei Prole comum resultante de união estável Se da união estável resultou prole comum, o companheiro sobrevivente concorrerá com os próprios filhos e receberá quota igual à que por lei for atribuída a cada um destes. Vale dizer, o monte-mor será dividido em tantas partes quanto forem, em somatório, os filhos comuns mais o companheiro sobrevivo. Não haverá diferença quantitativa, cabendo individualmente aos filhos e ao genitor quotas idênticas sobre o acervo formado pelos bens amealhados a título oneroso durante a vigência da união estável. 24

25 Nota de Ray Charles, the blind: É importante ressaltar que a sucessão estabelecida neste inciso diz respeito apenas aos bens onerosamente adquiridos ao longo da convivência, ou seja, o quinhão do sobrevivente é constituído com base nos aquestos e não no todo distribuído entre os herdeiros Concorrência do sobrevivente com os descendentes do autor da herança Neste caso, receberá a quota correspondente à metade do que couber a cada um deles. A ausência de filhos comuns interfere na participação econômica do companheiro na sucessão do outro, quebrando ao meio a quota que receberia se concorresse com prole advinda da união estável. Em obediência ao caput do art. 1790, não há dúvidas de que a apuração da quota cabível ao sobrevivente será feita com base nos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, ou seja, receberá a metade do que couber a cada um dos filhos do falecido, mas tendo por base apenas os aquestos, não entrando no cômputo qualquer bem que não seja de aquisição onerosa Concorrência com filhos comuns e com filhos do companheiro Neste, o sobrevivente receberá porção igual à que couber aos filhos comuns seguindo-se então a regra do inciso I (art. 1790), tomados por base de formação do monte os bens adquiridos onerosamente ao longo da união estável Concorrência com outros parentes sucessíveis (ascendentes ou colaterais até o quarto grau) Neste, o companheiro receberá um terço da totalidade da herança, ou seja, a terça parte do monte-mor deixado por óbito do de cujus, considerados exclusivamente os bens adquiridos a título oneroso durante a união estável. Quanto aos itens incorporados a título diverso, é necessário atentar para a regra contida no caput do art. 1790, de modo que não estarão sujeitos à partilha com o sobrevivente, devendo todos serem distribuídos entre os parentes sucessíveis. 25

26 14.5 Inexistência de parentes sucessíveis Na hipótese de não haver parentes sucessíveis, o companheiro sobrevivente recolherá toda a herança deixada pelo falecido. 15. Herança Jacente e Herança Vacante 15.1 Herança Jacente Jacente é o nome que se dá quando não há herdeiros sucessíveis, ou, havendo herdeiros, todos renunciam, ou, ainda, se há, são declarados indignos. A herança jacente é tida como tal pelo fato de não haver herdeiros sucessíveis! Não existe uma sentença que declare isso: a herança jacente simplesmente é. Nota de José Bonifácio, o Patriarca: A idéia de herança jacente funda-se na circunstancial falta de pessoa a quem se possa entregar o acervo do de cujus, face à inexistência de testamento e o fato de não haver herdeiro legítimo notoriamente conhecido. Como a herança não pode permanecer sem administração e titularidade, confere-se a um curador nomeado pelo juiz competente para a sucessão a tarefa de guardar e gerir os itens patrimoniais deixados. Não havendo testamento, e nem sendo conhecido pelos meios comuns qualquer herdeiro arrolado na lei como apto a receber o monte-mor, este é colocado em situação de espera, até ser entregue a ente público, na falta de quem legitimamente o receba. A herança jacente não tem personalidade jurídica, eis que se trata apenas de massa patrimonial no aguardo de um titular. Na hipótese de ninguém reclamar para si a herança, compete ao juiz declarar a sua vacância, estágio intermediário entre a arrecadação e a atribuição do acervo a uma das pessoas jurídicas de direito público interno elencados na lei Herança Vacante Depois de procedida à arrecadação e averiguada a sua regularidade dentro do inventário, o juiz determina a expedição de editais, a fim de que eventuais interessados na partilha possam habilitar-se com vistas ao recebimento da 26

27 herança. O prazo para que qualquer herdeiro se habilite é de um ano, contado da primeira publicação dos editais na forma da lei processual. Transcorrido esse interregno sem que alguém prove a condição de sucessor, ou ao menos reclame o direito de habilitar-se, a herança será declarada vacante. Nota de Patrick Swaze: Inexistindo qualuqer das pessoas elencadas pelo legislador ao estabelecer a ordem de vocação hereditária, e não havendo companheiro apto a receber a herança, esta será endereçada a pessoas jurídicas de direito público interno, conforme art Procedimento 1) Sem herdeiros 2) abre-se procedimento (art , cc): herança jacente 3) arrecadação de bens 4) o juiz nomeia curador vai fiscalizar e cuidar dos bens arrecadados 5) diligências para sucessores (1.150 e 1.152, cc) localizar eventuais sucessores. A pessoa morreu mas pode haver até mesmo parentes desconhecidos. 6) edital durante 90 dias são 3 editais, expedidos 1 a cada 30 dias. Serve para chamar os sucessores. Havendo sucessor, o juiz o reconhece como herdeiro e o procedimento acaba, abrindo o inventário, que abre-se em decorrência de haver bens e herdeiros. 7) após 1 ano do 1º edital (art , cpc) não aparecendo ninguém, o procedimento continua. 8) declara-se vacância (art , cc) haverá sentença declarando que a herança é vacante! 9) Bens entregues a Fazenda Pública Neste momento, os bens, que estavam sob cuidado do curador, são entregues à fazenda pública. 10)Durante 5 anos da abertura da sucessão (morte) neste momento não mais é possível a abertura de inventário, pois já está nas mãos da fazenda 27

28 pública. Mas, ainda é possível o surgimento de herdeiro. Surgindo, o único modo é o herdeiro ajuizar uma Petição de Herança. Bens incorporam definitivamente ao Poder Público 16. Exclusão da sucessão por indignidade As causas de exclusão do herdeiro e do legatário considerado indigno têm por fundamento a repressão de ato ilícito praticado contra o autor da herança ou contra as pessoas que lhe são próximas. A sanção aplicável ao agente da indignidade consiste no seu afastamento da condição de sucessor. Nota de Frank Sinatra, meu ídolo: Não existe indignidade com efeito na sucessão sem prévia sentença transitada em julgado que a reconheça. E exclusão se faz em juízo, dentro de processo de conhecimento proposto por quem de direito para tal fim, onde será propiciado ao réu o mais amplo exercício do direito de defesa Causas de exclusão por indignidade Causas de exclusão interpretação restritiva e taxativa (art , cc): são excluído os herdeiros ou legatários (que recebem bem certo e determinado. Pode ser excluído: a) Quem causou homicídio doloso ou tentou, sem a necessidade de sentença condenatória contra qualquer pessoa, inclusive os familiares; b) Calúnia: a pessoa que acusa o falecido em juízo, durante uma ação qualquer, de ter cometido um ilícito que não cometeu, e, de repente, está lá para receber herança. Mas, se o morto efetivamente cometeu o crime, não há calúnia, então o acusador receberá normalmente. Assim, o interessado em excluí-lo não conseguirá tal feito; c) Crime contra a honra: injúria e difamação funcionam da mesma forma que a calúnia; 28

29 d) Vício de consentimento da vontade: aquele que forçou, induziu, coagiu o testador a dispor seus bens de tal forma provado isso no campo cível, há como excluir essa pessoa da sucessão. A doutrina também considera indigno a pessoa que auxiliou suicídio. Importante: o inimputável que cometeu o homicídio ou cometeu a calúnia não será excluído da herança Procedimento de exclusão Para pleitear judicialmente a exclusão de herdeiro ou legatário o interessado terá o prazo de 04 anos, que passa a fluir da data em que ocorrer o óbito do autor da herança. Cuida-se de prazo decadencial, sujeitando-se, portanto, à regras pertinentes. Transcorrido o mencionado lapso temporal sem que seja tomada qualquer iniciativa, extingue-se o direito das pessoas anteriormente legitimadas a reclamar a exclusão do herdeiro, ficando definitivamente consolidada a posição do sucessor no que diz com o recebimento do seu quinhão Efeitos da indignidade A exclusão de herdeiro por indignidade tem efeitos que se projetam unicamente sobre o excluído, em hipótese alguma admitindo-se que terceiros venham a ser penalizados em razão da sentença. Tratando-se de sucessão legítima, por exemplo, a indignidade provoca o chamamento dos sucessores do excluído para, por direito de representação, receberem o respectivo quinhão. A exclusão é pena, e como tal deve ser interpretada restritivamente. Nota de Fidel Castro, próximo moribundo: Ao reconhecer a indignidade, a sentença produz o total afastamento do excluído, inviabilizando a captação de proveitos relacionados à herança, ou seja, a proibição refere-se tanto ao usufruto convencional como ao de natureza legal, este último deferido em circunstâncias normais ao progenitor sobre os bens dos filhos menores. 29

30 Efeito ex tunc Sentença efeito ex tunc (art ), ou seja, retroage até o dia da morte. Para o terceiro de boa-fé que adquiriu o bem do indigno: o bem que foi vendido ao declarado indigno continuará com o bem, mas devolverá ao acervo hereditário o seu quinhão. Mas, se o indigno entregou o bem gratuitamente (doação), tem que ser devolvido ao acervo hereditário: o 3º não será preservado: ele não tem redução de patrimônio. E se o 3º recebeu por doação e vendeu para outra pessoa? Então, será aplicado o art , cc: será a outra pessoa considerada proprietário perfeito, resolvendo por ação de perdas e danos Reabilitação do indigno Consiste a reabilitação em providência unilateral do ofendido, que pode perdoar o ofensor mediante expressa declaração no sentido de seu desinteresse em vê-lo punido. 17. Exclusão da sucessão por deserção Deserção é o ato através do qual o testador, na cédula, priva o herdeiro necessário da parte que lhe caberia na legítima. Trata-se de medida fundada no caráter ético e moral que deve presidir as relações entre o autor da herança e o herdeiro necessário. As circunstâncias fáticas capazes de levar à deserção do herdeiro necessário pelo de cujos são as mesmas que, noutro contexto, estariam aptas a provocar a exclusão do sucessor por indignidade (art. 1814), além das causas elencadas no art e Testamento 18.1 Conceito Testamento é ato jurídico de última vontade através do qual as pessoas, às quais a lei reconhece a capacidade, dispõem de seus bens no todo ou em parte para depois de sua morte, podendo também fazer disposições de caráter não patrimonial. 30

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