UNIVERSIDADE DE AVEIRO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E ARTE UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE LETRAS
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- Regina Taveira Castilhos
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1 UNIVERSIDADE DE AVEIRO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E ARTE UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE LETRAS REGULAMENTO DO CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE DOUTOR EM INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM PLATAFORMAS DIGITAIS Artigo 1.º Criação A Universidade de Aveiro, através do Departamento de Comunicação e Arte e a Universidade do Porto, através da Faculdade de Letras, adiante designadas por Universidades, conferem em conjunto o grau de doutor em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais. Artigo 2.º Áreas científicas O ciclo de estudos conducente ao grau de doutor integra-se nas áreas científicas de Ciências e Tecnologias da Comunicação, Ciências da Comunicação e Ciência da Informação. Artigo 3.º Objectivos O ciclo de estudos conducente ao grau de doutor em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais destina-se aos detentores do grau de Mestre ou de formação considerada equivalente e tem como objectivo especializá-los nas áreas científicas referidas no art. 2.º, dotando-os de competências acrescidas no exercício de investigação científica, aplicada e inovadora, nessas áreas do saber. Artigo 4.º Direcção e Coordenação A gestão do ciclo de estudos é assegurada por uma Comissão Científica e por um Director de Curso. Artigo 5.º Comissão Científica 1/10
2 1. A Comissão Científica é constituída por quatro professores, dois de cada uma das Universidades participantes, cabendo aos órgãos competentes de cada uma delas a sua designação. 2. Compete à Comissão Científica: a. Aprovar as propostas de Plano e Orçamento do ciclo de estudos, bem como os Relatórios de Execução; b. Definir anualmente o elenco e o conteúdo das disciplinas da componente curricular do ciclo de estudos identificado como opção 1 e opção 2 ; c. Seleccionar os candidatos, dar parecer sobre a sua admissão provisória no ciclo de estudos e definir a componente curricular de cada estudante; d. Nomear o Grupo de Acompanhamento de cada estudante, incluindo o orientador e o co-orientador, caso exista; e. Dar parecer sobre a admissão definitiva do estudante no ciclo de estudos, tendo em conta o desempenho na componente curricular e a apreciação do plano de trabalhos; f. Elaborar as propostas de constituição de júris de doutoramento, ouvido o orientador, e submetê-las superiormente para aprovação e nomeação; g. Definir a área temática de cada edição, bem como o respectivo plano de estudos e a lista de dissertações. 3. À Comissão Científica compete ainda apoiar o Director na gestão global do ciclo de estudos, garantir o bom funcionamento do mesmo e contribuir para a sua divulgação nacional e internacional. Artigo 6.º Director de Curso 1. O Director é um professor do quadro permanente de uma das Universidades, eleito pela Comissão Científica entre os seus membros. 2. O mandato do Director é anual e rotativo pelas duas Universidades. 3. O Director tem as funções de direcção e coordenação global do ciclo de estudos, em articulação com a Comissão Científica. 4. Compete ao Director: a. Garantir o bom funcionamento do ciclo de estudos; b. Preparar e executar o Plano e Orçamento do ciclo de estudos e elaborar os Relatórios de Execução; c. Representar oficialmente o ciclo de estudos; d. Promover a divulgação nacional e internacional do ciclo de estudos; 2/10
3 e. Preparar a proposta de distribuição de serviço docente, em articulação com os Departamentos envolvidos, para aprovação pelos órgãos competentes de cada uma das Universidades; f. Promover a discussão alargada junto dos grupos de investigação das áreas científicas das Universidades participantes, tendo em vista a definição da área temática e a escolha dos temas de dissertação. 5. O Director pode delegar algumas das suas funções em membros da Comissão Científica. Artigo 7.º Orientador e Grupo de Acompanhamento 1. Durante o primeiro ano curricular, a Comissão Científica, com o acordo do estudante, designa o orientador do doutoramento, que será um Professor de uma das Universidades participantes e, caso seja aceite pela Comissão Científica, de outro estabelecimento de ensino superior ou de investigação, nacional ou estrangeiro. 2. A Comissão Científica pode ainda designar, com o acordo do estudante e do orientador, um co-orientador de outro estabelecimento de ensino superior ou de investigação, nacional ou estrangeiro. 3. Compete ao orientador e, caso exista, ao co-orientador avaliar as necessidades de formação do estudante e propor à Comissão Científica, quando necessário, as disciplinas a frequentar no âmbito das unidades curriculares opção 1 e opção O Grupo de Acompanhamento é constituído pelo orientador e pelo coorientador, se existir, e por mais dois professores ou especialistas de reconhecido mérito nomeados pela Comissão Científica, ouvido o orientador, devendo, pelo menos, um deles não pertencer às Universidades que conferem o grau de doutor. 5. Ao Grupo de Acompanhamento compete emitir parecer sobre o plano de trabalhos referido no artigo 13.º, n.º 6, e prestar apoio, quando solicitado, à investigação desenvolvida pelo estudante. Artigo 8.º Tutor 3/10
4 1. Até à nomeação do orientador de Doutoramento, nos termos previstos no artigo 7.º, cada estudante deverá ser acompanhado por um tutor, nomeado pela Comissão Científica. 2. São responsabilidades do tutor propor à Comissão Científica o plano curricular do estudante, monitorar o seu progresso e promover o contacto entre o estudante e possíveis orientadores/co-orientadores, guiando-o nos seus interesses de investigação. Artigo 9.º Organização do ciclo de estudos 1. O ciclo de estudos conducente ao grau de doutor em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais organiza-se pelo sistema de créditos europeus (European Credit Transfer and Accumulation System ECTS). 2. O ciclo de estudos tem uma duração de 3 anos, seis semestres lectivos, e contempla: a) Um Curso de Doutoramento, correspondente aos dois primeiros semestres (1º ano), durante o qual os estudantes devem frequentar seis unidades curriculares, correspondentes a 48 ECTS, a que se somam mais 12 ECTS, correspondentes à preparação do projecto de tese; b) Uma componente compreendendo 2 unidades curriculares anuais (16 ECTS), para actividade de investigação em equipa transdisciplinar e para apoio à preparação e redacção da tese; c) A elaboração de uma tese original e especialmente preparada para este fim, que corresponde a 104 ECTS. 3. Para obter o Grau de Doutor o estudante deverá perfazer um mínimo de 180 ECTS e obter aprovação na tese de doutoramento. Artigo 10.º Estrutura curricular A estrutura curricular do ciclo de estudos é a que consta do Anexo I. Artigo 11.º Plano de estudos O plano de estudos é o que consta do Anexo II. Artigo 12.º Condições de acesso 4/10
5 1. Em conformidade com o disposto no artigo 30.º do Decreto-lei n.º 74/2006, de 24 de Março, são admitidos à candidatura à matrícula no ciclo de estudos conducente ao grau de doutor em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais os estudantes detentores das seguintes habilitações: a) Os titulares do grau de Mestre (que, cumulativamente com o grau de Licenciatura, deve perfazer um mínimo de 300 ECTS) ou equivalente legal, nas áreas científicas mais predominantes ou afins; b) Os titulares de grau de Licenciado (correspondente a um mínimo de 180 ECTS), detentores de um currículo escolar ou científico especialmente relevante, que seja reconhecido como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pela Comissão Científica do ciclo de estudos; c) Os detentores de graduação em Ensino Superior e com um currículo escolar, científico ou profissional que seja reconhecido como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pela Comissão Científica do ciclo de estudos; d) Os titulares de graus académicos equivalentes aos referidos nas alíneas anteriores, organizados de acordo com os princípios do Processo de Bolonha, e conferidos por um estabelecimento de ensino superior de um Estado aderente a este Processo. 2. Os candidatos devem ter um bom domínio, falado e escrito, da língua portuguesa e da língua inglesa, podendo, em casos justificados, a Comissão Científica aceitar candidatos noutras condições. Artigo 13.º Funcionamento do ciclo de estudos 1. Em cada ano lectivo, a Comissão Científica proporá o elenco das unidades curriculares que integram as Opção 1 e Opção 2 do Plano de Estudos, podendo ser oferecidas unidades curriculares no âmbito de cursos de estudos avançados ou de outros programas de doutoramento ministrados pelas Universidades que conferem o grau ou por outras universidades, nacionais ou estrangeiras. 2. A componente curricular poderá decorrer em língua portuguesa e/ou inglesa e corresponde, no mínimo, a um ano de trabalho em tempo integral. 3. A Comissão Científica pode reconhecer ao estudante unidades de crédito da parte curricular, tendo em consideração o seu currículo. 4. Cada estudante admitido é inscrito provisoriamente como estudante de doutoramento, ficando a inscrição definitiva dependente de parecer favorável da Comissão Científica e dos órgãos competentes das Universidades participantes, que 5/10
6 terá em consideração o desempenho na componente curricular, a qual deve obrigatoriamente estar concluída, e a apreciação do plano de trabalhos. 5. A escolha do tema de dissertação deverá ser efectuada pelo estudante durante o primeiro semestre, devendo, para o efeito, ser promovidos contactos entre os estudantes e orientadores, em conformidade com o disposto no artigo 8.º. 6. O plano incluído no documento designado por Proposta de Projecto de Tese será apreciado, no contexto da unidade curricular Preparação do Projecto de Tese, por um júri constituído por um membro da Comissão Científica, que preside, e pelos membros do Grupo de Acompanhamento de doutoramento, devendo, para o efeito, ser agendada uma apresentação oral, do estudante ao júri, seguida de discussão. 7. O membro da Comissão Científica referido no número anterior poderá delegar noutro professor a presidência e participação no júri. 8. A inscrição definitiva como estudante de doutoramento só ocorre após a conclusão do Curso de Doutoramento e depende da obtenção de uma média ponderada das classificações das unidades curriculares, não inferior a 14 valores, e da classificação na Preparação do Projecto de Tese que não pode ser inferior a 16 valores. 13. Tendo sido aceite a inscrição definitiva como estudante de doutoramento, este deve, no prazo de trinta dias a contar da notificação, proceder ao registo do tema da tese e do respectivo plano junto dos Serviços Académicos, que providenciarão com vista à sua inclusão no registo nacional de teses de doutoramento em curso. 14. Após a inscrição definitiva como estudante de doutoramento, o estudante realizará trabalho de investigação conducente à submissão da dissertação de doutoramento, correspondendo a uma duração normal prevista de dois anos (mínimo de 120 ECTS) consecutivos de trabalho em tempo integral ou noutro regime a estabelecer de acordo com o artigo 14.º, n.º 1 e/ou n.º A aprovação em todas as unidades curriculares do 1º ano confere um Diploma de Curso de Doutoramento nas áreas científicas predominantes do ciclo de estudos. Artigo 14.º Duração do doutoramento 1. A duração do doutoramento é, no mínimo, de três anos consecutivos em regime de tempo integral, não devendo exceder o prazo de quatro anos. 6/10
7 2. Em circunstâncias excepcionais e a requerimento do estudante, o prazo de entrega da dissertação pode ser antecipado relativamente aos três anos previstos ou prorrogado para além de quatro anos, sendo o requerimento efectuado respectivamente até 90 dias antes do termo da data em que o estudante pretende entregar a dissertação ou do prazo estipulado. 3. Em circunstâncias excepcionais e a requerimento do estudante, o prazo para finalizar a componente curricular do curso pode ser antecipado relativamente ao único ano previsto ou prorrogado para além deste, sendo o requerimento efectuado durante a inscrição anual. 4. O requerimento referido nos n.º 2 e/ou n.º 3 anteriores é submetido à Comissão Científica, que delibera depois de ouvido o Grupo de Acompanhamento. Artigo 15.º Selecção, calendário, número de vagas e propinas Os critérios de selecção, as datas de inscrição, o calendário lectivo, o número de vagas, o número mínimo de estudantes e o montante das propinas são fixados anualmente por despacho conjunto dos Reitores das Universidades, sob proposta da Comissão Científica. Artigo 16.º Dissertação e provas de doutoramento 1. A dissertação de doutoramento será apresentada em língua portuguesa, devendo o título e o resumo ser também apresentados em língua inglesa. 2. A dissertação de doutoramento poderá ser apresentada noutra língua da UE desde que seja autorizado pelo órgão científico competente da universidade onde se encontra inscrito, ouvida a Comissão Científica, e devendo, nestes casos, o título e o resumo ser também apresentados em língua portuguesa. 3. A dissertação deve ser apresentada em versão provisória, acompanhada de um parecer do orientador e do co-orientador, caso exista. 4. O júri de doutoramento é indicado pelo Director, mediante proposta da Comissão Científica, de acordo com o artigo 5.º, n.º 2, alínea f), do presente regulamento, e com a legislação e regulamentos em vigor. 5. As provas de doutoramento realizar-se-ão nos termos da legislação e regulamentos em vigor. 6. Após as provas, o estudante deverá submeter uma versão definitiva da dissertação, incluindo uma versão electrónica, com as eventuais correcções indicadas pelo júri de doutoramento, as quais deverão ser objecto de verificação 7/10
8 pelo orientador da dissertação, e com a menção dos nomes dos membros do júri, bem como da data da aprovação. 7. Cumprido o disposto no n.º anterior, o grau de doutor é titulado, conjuntamente, por uma Carta Doutoral emitida, conjuntamente, pelos órgãos legal e estatutariamente competentes da Universidade de Aveiro e da Universidade do Porto. Artigo 17.º Diploma do Curso de Doutoramento 1. A aprovação no Curso de Doutoramento confere direito a um Diploma com uma denominação diferente da do grau de doutor. 2. O Diploma é acompanhado de um Suplemento ao Diploma elaborado nos termos e para os efeitos do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22 de Fevereiro. Artigo 18.º Propriedade intelectual 1. Os direitos de autor das dissertações pertencem ao doutorando. 2. Sem prejuízo do disposto no nº anterior, as Universidades participantes poderão utilizar livremente o título e o resumo das dissertações de doutoramento e permitir a consulta integral das mesmas, nomeadamente através dos seus serviços de documentação e biblioteca. 3. Se, da investigação a desenvolver pelo doutorando no âmbito da preparação da dissertação de doutoramento, resultarem produtos ou sistemas inovadores, susceptíveis de protecção pela legislação sobre Propriedade Industrial e/ou sobre Direitos de Autor, a titularidade dos respectivos direitos pertencerá à Universidade em que a mesma investigação foi desenvolvida. 4. Serão objecto de acordo autónomo entre o doutorando e a Universidade em que a investigação foi desenvolvida os termos da exploração comercial dos produtos ou sistemas referidos no nº anterior, bem como da repartição de eventuais resultados dessa exploração. Artigo 19.º Recursos 1. A responsabilidade da leccionação das unidades curriculares do curso é repartida entre as duas Universidades, por decisão do Director do Curso, ouvida a Comissão Científica, uma vez obtida a aprovação dos órgãos competentes das duas Universidades. 8/10
9 2. As Universidades comprometem-se a assegurar os meios requeridos para o adequado funcionamento das unidades curriculares sob a sua responsabilidade. Artigo 20.º Entrada em funcionamento O ciclo de estudos conducente ao grau de doutor em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais entrará em funcionamento no ano lectivo de Artigo 21.º Regime transitório Aos programas de doutoramento em curso à data da entrada em vigor do presente Regulamento aplica-se o regulamento vigente à data do seu início. Artigo 22.º Casos omissos As situações não contempladas neste Regulamento seguem o preceituado no Decreto-lei n.º 74/2006, de 24 de Março, e demais legislação aplicável, sendo os casos omissos decididos por despacho dos Reitores, sob proposta da Comissão Científica do ciclo de estudos. ANEXO I Estrutura curricular 1 As áreas científicas do ciclo de estudos em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais são as seguintes: Áreas científicas predominantes Ciências e Tecnologias da Comunicação (CTC) / Ciências da Comunicação (CC) / Ciência da Informação (CI). Áreas científicas complementares Ciências Sociais (CS) e outras. 2 Duração normal do curso seis semestres lectivos. 3 ECTS do plano de estudos: Número total de ECTS necessários à concessão do grau 180 9/10
10 Componente obrigatória das áreas científicas predominantes (unidades curriculares) 160 ECTS Componente obrigatória das áreas científicas complementares 8 ECTS Componente optativa mínimo 12 ECTS. ANEXO II Plano de estudos Estabelecimento de ensino: Universidade de Aveiro / Universidade do Porto Unidades orgânicas: Departamento de Comunicação e Arte (UA) /Faculdade de Letras (UP) Curso: Informação e Comunicação em Plataformas Digitais Grau: Doutoramento Área científica predominante: Ciências e Tecnologias da Comunicação 1.º ano / 1.º Semestre curricular UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA CRÉDITOS Culturas de Convergência nos Media CTC/CC/CI 8 Novos paradigmas de Informação e Comunicação em plataformas digitais CTC/CC/CI 10 Opção 1 CTC/CC/CI/ Outra 6 Opção 2 CTC/CC/CI/ Outra 6 1.º ano / 2.º Semestre curricular UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA CRÉDITOS Métodos e Técnicas de Investigação CS 8 Seminário de Investigação 1 CTC/CC/CI 10 Preparação do Projecto de Tese CTC/CC/CI 12 2.º e 3.º anos 3.º a 6.º Semestres curriculares UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA CRÉDITOS Seminário de Investigação 2 CTC/CC/CI 16 Tese CTC/CC/CI /10
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