Modelo de custo de produção em um sistema integrado de criação e ordenha de leite A

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1 Modelo de custo de produção em um sistema integrado de criação e ordenha de leite A Reinaldo Pacheco da Costa (POLI-USP) rpcosta@usp.br Ivanir Schroeder (POLI-USP /UNIVALI) ivanir@matrix.com.br Jocimari Tres Schroeder (UNIVALI) jocimari@matrix.com.br Davi Claudio (POLI-USP) davi@ppe.eng.br Resumo O artigo apresenta uma proposta de um modelo econômico conceitual para um sistema integrado de produção de leite tipo A. O modelo proposto foi aplicado em um estudo de caso em uma fazenda de pecuária leiteira, situada no estado de São Paulo. O modelo proposto busca superar as dificuldades de cálculo do custo de produção do leite quando utilizado o método do custeio por absorção - que trata da mesma maneira investimentos e custos operacionais que se dão ao longo de várias lactações (vários anos). O modelo permite não só o cálculo mais acurado do custo de produção do leite, mas também verificar qual o ótimo econômico para o número de lactações. Palavras chave: Modelo Econômico, Custeio na Produção Leiteira, Custo do Leite A. 1. Introdução O objetivo deste artigo é apresentar um modelo econômico de cálculo de custos de produção de leite em um sistema integrado de produção. O modelo proposto envolve desde a criação de bezerras e novilhas até a ordenha de vacas matrizes em várias lactações. Para ilustrar o modelo foi utilizada a sua implantação como um estudo de caso em uma fazenda leiteira no Estado de São Paulo. O leite in natura pode ser distribuído pasteurizado com a classificação do tipo A, B, C ou ultra-pasteurizado, na forma de longa vida. O leite tipo A tem qualidade superior devido ao seu processo, desde a criação da vaca, até a distribuição do leite, passando pela ordenha, industrialização e distribuição com rigoroso controle de qualidade. No caso do leite ultra-pasteurizado, este é acondicionado em embalagens longa vida ou UHT, que pode utilizar tanto leite do tipo A, B ou C. Normalmente o leite UHT é do tipo C, pois as propriedades básicas do leite serão alteradas devido ao superaquecimento (ultrapasteurização) no processo produtivo. O Brasil tem uma importante posição na produção mundial de leite de vaca. Segundo a FAO (2004), o maior produtor mundial de leite são os Estados Unidos, com aproximadamente 15% da produção mundial. O Brasil é o sexto maior produtor de leite do mundo e o maior das Américas, somente atrás dos Estados Unidos. A produção brasileira de leite cresceu mais que 50% entre 1990 e 2003, passando de 14,5 bilhões de litros para uma produção de 22,3 bilhões de litros (IBGE, 2003). Neste período a região sudeste foi responsável, em média, por mais de 50% da produção brasileira, com a liderança do estado de Minas Gerais, o maior produtor de leite no Brasil. Porém, apesar da expressiva produção de leite, o Brasil tem uma produtividade média baixa (1.137 litros/vaca/ano), quando comparada a países como Estados Unidos (8.226 litros/vaca/ano), Canadá (7.472 litros/vaca/ano) ou até mesmo com a Argentina (3.565 litros/vaca/ano) e o Uruguai (3.249 litros/vaca/ano), (EMBRAPA, 2004; INDI, 2003). No entanto, a produtividade brasileira aumentou 75,5% quando comparada ao ano de 1975 ENEGEP 2005 ABEPRO 2088

2 quando era de 648 litros/vaca/ano (INDI, 2003). Martins (2004), destaca que a oferta de leite do produtor no Brasil, é organizada próxima à concorrência perfeita (não há barreiras aos entrantes e o produto não tem diferenciação). Assim, devido à característica de estrutura de mercado os produtores têm lucros reduzidos, o que os obriga a ampliar a escala de produção e a modernizar-se, reduzindo custos. Além disso, a melhoria da qualidade do leite pode agregar valor ao produto, melhorando as margens de lucro do produtor. Neste sentido, destaca-se a produção do leite tipo A. A análise econômica da produção do leite tipo A em um sistema integrado de produção, - é o alvo central deste artigo. Entendendo o sistema integrado como o de criação de bezerras e novilhas, a manutenção da vaca matriz e a sua ordenha em várias lactações. Uma vantagem competitiva está na diferenciação dos produtos, para elevar a lucratividade. No caso do leite, a vantagem competitiva pode ser obtida pela diferenciação na qualidade do produto. O leite tipo A oferece tal diferenciação. Porém, os custos de produção são considerados elevados. Logo, é necessário um amplo controle dos custos associados à cadeia produtiva do leite tipo A. Assim, o delineamento de um modelo econômico pode ser uma ferramenta valiosa para o empresário que investe na produção do leite tipo A. 2. O problema de custeio da produção de leite em um sistema integrado O cálculo do custo de produção em um sistema integrado de produção de leite pode ser considerado complexo, por duas características em especial: em primeiro lugar, o nascimento de fêmeas irá gerar com o tempo (após sua criação), uma nova vaca matriz. Portanto, o gasto da criação da novilha, até a obtenção de uma vaca matriz e suas lactações, pode ser entendido como um investimento inicial. Em segundo lugar, a produção de leite ocorre ao longo de várias lactações, a partir do nascimento e aproveitamento de várias bezerras, ao longo da vida útil de uma vaca matriz. A produção de leite em um sistema integrado abordada por este estudo, pode ser entendida como um processo temporal que se inicia no nascimento da bezerra, sua criação como novilha, a inseminação, parto e produção de leite de uma vaca matriz em pelo menos cinco lactações. Cabe ressaltar que este processo se distribui por não menos do que seis (6) a sete (7) anos de duração. Portanto, apurar o cálculo do custo de produção de leite pode se tornar essencial para o controle dos gastos e a análise da rentabilidade do negócio. O cálculo do custo de produção do leite, na literatura consultada, utiliza normalmente o método de custeio por absorção (Martins, 2003). Neste método de custeio, e no sistema de produção de leite, os gastos anuais de produção (criação, manejo e ordenha) são rateados pela produção anual de leite. Neste sentido, o artigo de Mendonça et al. (1998), apresenta a análise dos processos de produção da pecuária leiteira, dos tipos B e C, no município de Lavras (MG). Os autores analisaram os custos da atividade leiteira pelo método de custeio por absorção. Foram classificados como custos fixos as benfeitorias, máquinas e equipamentos, animais repostos ou não pelo próprio rebanho, impostos fixos, custos alternativos do capital investido. Os custos variáveis atribuídos pelos autores são relativos à mão-de-obra, vacinas, medicamentos, serviços técnicos, transportes, impostos sobre produto, dentre outros. O artigo de Nunes et al. (1998), analisou a rentabilidade da pecuária leiteira no estado de Goiás, como um meio de subsídio para a orientação da política de incentivo à produção de leite. A amostra do estudo constituiu-se de 54 produtores de leite, distribuídos em 18 municípios das principais bacias leiteiras do estado de Goiás. Os custos de produção (fixos e variáveis) e despesas (de comercialização, financeiras e administrativas) foram calculados ENEGEP 2005 ABEPRO 2089

3 separadamente. Entretanto, na apresentação dos resultados, os autores utilizaram o custo total da atividade para expressar a soma dos custos de produção e das despesas. E, no estudo desenvolvido por Reis et al. (2001), também se utilizou o custeio por absorção, com o rateio dos custos indiretos, tendo como critério o índice percentual entre a área explorada com leite e a área total da propriedade. O estudo concluiu que os itens que mais afetaram o custo de produção do leite foram o custo de máquinas e equipamentos, no caso dos custos fixos e os gastos com alimentação e mão-de-obra, no caso dos custos variáveis. Os autores consideraram ainda que economicamente, a atividade leiteira estava em um processo de descapitalização, visto que parte do capital fixo aplicado na exploração não foi totalmente paga. No entanto, de acordo com Costa et.al. (2004), a utilização do método de custeio por absorção na atividade de pecuária leiteira, dá origem a uma série de distorções dos custos de produção, porque não separa dois grandes problemas ou situações temporais: a) Dentre os gastos anuais podem se confundir investimentos na criação da novilha, com custos operacionais da vaca matriz (mão-de-obra e ração, medicamentos, entre outros); b) A produção de leite de uma vaca matriz ocorre ao longo de várias lactações (de vida útil). A seção 3 e suas subseções, apresentam uma proposta alternativa de um modelo econômico de produção integrada de leite tipo A. 3. Proposta de um modelo de custo de produção de um sistema integrado do leite A O modelo de custeio de produção de um sistema integrado de produção de leite A, tratado neste artigo, pode ser visualizado por meio da Figura 1, a seguir. Criação ª. Lactação ---2ª. Lactação---3ª. Lactação----4ª. Lactação...etc...descarte. Bezerra/novilha vaca matriz--- vaca matriz--- vaca matriz--- vaca matriz--- vaca matriz--- Fonte: elaborada pelos autores Figura 1 - Modelo de custeio de produção de um sistema integrado de produção de leite Uma vaca se torna matriz ao parir, iniciando a produção de leite. No caso de parir uma fêmea dará início ao processo de criação de uma bezerra, que se transformará em uma novilha. Esta novilha depois de criada e ao ser emprenhada pode dar origem à outras vacas matrizes, repetindo o processo sucessivamente.a vaca matriz seria utilizada em algumas lactações, já que há um natural decréscimo de produção leiteira. Portanto, após um certo número de anos, devido a este decréscimo de produção, a vaca matriz poderia ser vendida ou para abate ou para continuar sua produção em situação de menor produtividade. Observe-se a semelhança de tal esquema com o de uma cultura agrícola semi-perene, como é o caso, por exemplo, da cana-de-açúcar. Tal problema já foi tratado na literatura especializada (Hoekstra, 1976), como um problema de engenharia econômica análogo ao problema de substituição/renovação de um ativo. No caso da cana-de-açúcar o problema de engenharia econômica seria o número ótimo econômico de cortes para a cultura, ou quando fazer a renovação do plantio. Na cana-deaçúcar os investimentos iniciais, como o preparo do terreno e o plantio, são únicos. E, os tratos do cultivo, como roçamento, aplicação de defensivos, aplicação de adubos, são gastos ao longo dos vários cortes. Assim, a receita é decrescente pelo decréscimo da produção do açúcar por hectare colhido. Tem-se, portanto, três (3) categorias econômicas diversas: investimentos, custos operacionais e receitas. ENEGEP 2005 ABEPRO 2090

4 Pode-se fazer uma analogia com o número ótimo de lactações, no processo de criação da novilha (investimentos), até que a produção da vaca matriz se inicie após o primeiro parto (chamado de primeira lactação), e daí sucessivamente até o descarte após l lactações. O investimento inicial na geração de vacas matrizes pode ser amortizado em um certo número de lactações. A criação da bezerra/novilha equivaleria ao investimento inicial para a obtenção de uma vaca matriz. Ao longo das várias lactações ocorrem custos operacionais de manutenção e alimentação da vaca matriz. Propõe-se, portanto, o seguinte esquema econômico-financeiro para o cálculo dos custos de produção do leite, diferenciados por três estágios do sistema: a) Criação de Bezerra/Novilhas Investimento; b) Inseminação e maternidade da Vaca Matriz Custos de manutenção da vaca matriz; c) Ordenha de Leite - Custo de produção do leite nas diversas lactações. As próximas seções detalham o esquema econômico-financeiro proposto, diferenciado pelos três estágios do sistema de pecuária leiteira Investimento na criação de bezerras e novilhas O valor do investimento na criação (bezerra/novilha) será o Valor Futuro (no início da 1ª lactação), do Fluxo de Caixa do custo de criação mensal, atualizado por uma taxa de juros mensal efetiva. O custo de criação mensal é representado pela Equação 1, a seguir. Cc m = Cc me Cf + m xfator. c b Equação 1 - Custo de criação mensal Onde: Ccm custo da criação no mês m. (m = 1...M) M é o mês início da primeira lactação. Ccme custo da criação por estágio, no mês m, já deduzido das mortes por diversos motivos. (e = 1...E), onde E = número de estágios da criação. Cfm custos fixos no mês m alocados aos animais (bezerra/novilhas) nos estágios de criação. Fator.c = fator de rateio dos custos fixos para a criação. b = número de bezerras e novilhas nos estágios O custo de criação mensal é o custo mensal por estágio, considerando perdas (mortalidades), adicionado do custo fixo do mês dividido pelo número de bezerras/novilhas em criação. Os estágios possibilitam a separação dos recursos envolvidos, como mão-de-obra, alimentos (comprados ou produzidos ao custo de oportunidade), medicamentos dentre outros. O investimento na criação de bezerras/novilhas, portanto, será: Onde: I n n = Cc1x( 1+ i) + Cc2 x(1 + i) +... Ccm (1 + i) Equação 2- Investimento na criação I0 = Investimento inicial Ccm custo mensal da criação bezerra/novilha (m = 1 a M) M= número de meses até o inicio da primeira lactação i = taxa de juros efetiva mensal (% a.m) 3.2. Custos de manutenção da vaca matriz O custo de manutenção mensal de uma vaca matriz é formado pelos custos de alimentação, insumos (Medicamentos e outros), mão-de-obra direta e indireta, e custos fixos mensais (administração, taxas, dentre outros). ENEGEP 2005 ABEPRO 2091

5 Cvm = Cm + Cf ( m xfator. v ) v Equação 3 - Custo anual de manutenção da vaca matriz Onde: Cvm = Custos de manutenção da vaca matriz, no mês m. Cm = Custo de manutenção mensal. Cf m custos fixos por mês. Fator.v = fator de rateio dos custos fixos para a vaca matriz v = número de vacas matrizes Onde: (Fator.v + Fator.c) = 100% do Custo Fixo Mensal Equação 4 - Fatores de alocação dos custos fixos (criação e vaca matriz) Fator.c = Custo da mão-obra-direta envolvida na criação/ custo da mão-de-obra-direta total Fator.v = Custo da mão-obra-direta das vacas matrizes/custo da mão-de-obra-direta total 3.3.Custo de Produção de Leite Fazenda FOB Fazendo analogia com Fleischer (1973, p. 114), o custo de produção do leite pode ser representado por um problema de baixa de um ativo com reposição idêntica, ou seja, se mantivermos a vaca matriz por duas lactações, o investimento inicial seria dado por Io; o custo mensal de manutenção da vaca é dado por Cvm, e podemos vendê-la no mercado por um preço P (l) após a l-ésima lactação (em N meses). A Figura 3 ilustra o fluxo de caixa, considerando como exemplo 2 ciclos de lactação da vaca matriz P.2 Cvm s (2) Io Figura 2 - Fluxo de caixa vaca matriz (com 2 ciclos de lactação) O custo de produção no ciclo da l-ésima lactação será o custo uniforme equivalente (por lactação), do fluxo de caixa representado pela figura anterior, quando consideramos um fluxo de duas lactações. O modelo de cálculo do custo uniforme equivalente CUE(l), portanto, pode ser representado, em termos discretos, conforme a fórmula a seguir. N CUE l = { I 0 [ Pl.(1 + i) ] + [ Cv N k= 1 m.(1 + i) k l (1 + i). i ]}.[ ] l (1 + i) 1 Equação 5 Custo Uniforme Equivalente CUEl (no ciclo de l lactações) Observe-se que N é dado em acumulado de meses da respectiva lactação. Soma-se ao investimento inicial (Io), o valor presente do preço de venda de uma vaca de l lactações (Pl), e também o valor presente do custo acumulado de manutenção da vaca matriz Cvm. Esta soma representa o valor presente do fluxo de caixa na l-ésima lactação. Esta soma então é transformada no custo uniforme equivalente (CUEl) para cada lactação l. ENEGEP 2005 ABEPRO 2092

6 Esta última equação representa a transformação do valor presente, de cada ciclo de lactações, em custo uniforme equivalente por lactação. O Custo de produção do leite - Cpl (em R$/litro), na l-ésima lactação, finalmente, é: CUEl C pl = PROD Equação 6 - Custo de Produção do leite (em R$/litro) l Onde: PRODl = produção de leite acumulado na l-ésima lactação. Na próxima seção será apresentado o estudo de caso realizado em uma fazenda de pecuária leiteira, com a aplicação do modelo econômico proposto. 4. Estudo de caso O estudo de caso foi realizado numa fazenda especializada em produção de leite tipo A, no estado de São Paulo, aqui denominada de Fazenda A. O plantel considerado foi de 390 bezerras/novilhas em criação em vários estágios, e de 497 vacas matrizes em várias lactações. O número máximo considerado foi de cinco (5) lactações para cada vaca matriz, quando, então, a vaca é vendida no mercado secundário de vacas leiteiras. A Tabela 1 mostra o esquema de criação da bezerra/novilha até o início da primeira lactação. Estágio Evento Recursos Dias Corridos Bezerra Novilha Vaca Matriz Pósparto Criação 1ª. Insemina ção Induz ao cio 2ª. insemina ção Alimentação Insumos (Medicamentos e outros) Veterinário e Mão de obra direta Custos fixos (administração, taxas, dentre outros) Fonte: Elaborada pelos autores Tabela 1 Criação da bezerra/novilha até o início da primeira lactação 3ª. insemina ção 1ª lactação Salienta-se que para os dados apresentados a seguir, foram considerados em cada estágio tempos/períodos médios. A Tabela 2 apresenta o custo do investimento (Io) na criação de bezerras/novilhas, utilizando-se as Equações 1 e 2. Mês Descartes Parcela Nr. Animais CCme CCm VF (m) 1 7 1,79% 1,13 46,59 79,95 108, ,56% 1,11 89,20 122,57 164, ,51% 1,09 86,97 120,34 159, ,26% 1,08 75,93 109,30 143, ,00% 1,08 99,40 132,77 172,96 (...) ,77% 1,01 54,91 88,28 91, ,00% 1,00 54,49 87,86 90, ,26% 1,00 54,49 87,86 89, ,00% 1,00 54,35 87,72 88, ,00% 1,00 54,35 87,72 87,72 IO (R$) 3.936,05 Fonte: Elaborada pelos autores Tabela 2 Investimento na criação de bezerras/novilhas ENEGEP 2005 ABEPRO 2093

7 A população considerada na Tabela 2 é de 390 animais, incluindo perdas mensais. O custo de manutenção da vaca matriz (Cvl), detalhado na Tabela 3, é obtido pela aplicação das Equações 3 e 5. Período (meses/lactação) Lactação 9,61 9,41 7,30 6,47 7,55 Vaca seca 2,08 2,90 5,89 5,76 1,89 Maternidade 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Total (meses) 12,69 13,31 14,19 13,23 10,43 Cvm (R$) VP acumulado Fonte: Elaborada pelos autores Tabela 3 Custo de manutenção da vaca matriz Logo, a Tabela 4 apresenta o custo de produção de leite que pode ser obtido pela Equação 6. Período (meses/lactação) Número de meses da lactação 12,69 13,31 14,19 13,23 10,43 (1) (Io)-Investimento inicial (R$) (2) (Pm)- Preço de venda (R$) (3) (Pm)-Valor presente (R$) (4) (CUEl) de (1) (3) (R$/lactação) (5) (CVm)-Custo manutenção da vaca no ciclo (R$/lactação) (6) (CVm/acum)-Custo acumulado do ciclo de (5) (R$/ciclo) (7) (CUEl do ciclo)- (4)+(6) (R$/ciclo) (8) (PRODl) -Produção de leite da lactação (litros/lactação) (9) (PRODl) Acumulado (litros/ciclo) (10) (Cpl) Custo de produção litro = (7)/ (9) (R$/litro/ciclo) 0,48 0,41 0,41 0,37 0,37 i = 0,95% a.m. Fonte: Elaborada pelos autores Tabela 4 Custo de produção do leite 5. Considerações finais O modelo econômico de uma empresa apresenta a situação atual de seu negócio. Logo, um modelo econômico possibilita também a análise de alternativas à situação atual da empresa. No caso da produção de leite tipo A, o aumento da lucratividade pode ocorrer pela diferenciação da qualidade do produto. Elevar a qualidade do leite exige um rígido controle no processo produtivo, desde a criação da vaca, passando pela ordenha, industrialização, até a distribuição do leite. Neste sentido, o controle dos custos, com a utilização de um adequado modelo econômico, torna-se essencial. O modelo econômico proposto neste artigo diferencia-se dos normalmente utilizados, por considerar as etapas do processo produtivo em três fases distintas: criação da bezerra/novilhas (como investimento inicial); custos de manutenção da vaca matriz; e o custo de produção do leite nas diversas lactações. Assim, evita-se a falácia de confundir os investimentos na criação da novilha, com os custos operacionais da vaca matriz e os custos das diversas lactações. Considerar de forma conjunta os custos de tais etapas poderá levar a decisões econômicas equivocadas, que ao longo do tempo colocam em risco a lucratividade e a manutenção do negócio. Resultado a ser destacado é que o modelo permite mostrar a redução do custo de produção unitário do leite A ao longo das lactações. Isto aponta, se for considerado também o lado da receita, qual o número ótimo econômico de lactações; o que mostraria a margem de lucro unitária ao longo das lactações, demonstrando, por conseguinte, o número ótimo econômico de lactações, auxiliando a tomada de decisão sobre a renovação econômica da vaca matriz. ENEGEP 2005 ABEPRO 2094

8 Referências COSTA, R. P. da.; ARAUJO, J. A.; NÉLO, A. (2004) Custos, Preços e Rentabilidade de Produtos. Revista do Conselho Regional do Paraná Ano 29, n EMBRAPA (2004). - Estatísticas do leite. Disponível em: < Acesso em: 29 abr FAO (2004). - Statistical Databases. Disponível em: < Acesso em: 28 abr FLEISCHER, G. A. (1973) - Teoria da aplicacao do capital: um estudo das decisoes de investimento. São Paulo: Edgard Blucher. HOEKSTRA, R. G. (1976) - Analysis of when to plough out a sugarcane field. Proceedings of the South African Sugar Technologists Association. June. IBGE (2003) - Pesquisa pecuária municipal. Rio de Janeiro. Vol. 1 p Disponível em: < Acesso em: 28 abr INDI (2003). Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais. A indústria de laticínios brasileira e mineira em números. INDI/P1/AI/001/EP/-/05/03. Belo Horizonte. MENDONÇA, M.C. A.; REIS, A. J. dos; & PÁDUA, T. de S. (1998) Análise econômica e comparativa da pecuária leiteira do município de Lavras MG. Caderno de Administração Rural, Lavras, Vol. 10, n. 1. jan./jun. MARTINS, E. (2003) - Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas. MARTINS, M. C. (2004) Competitividade da cadeia produtiva do leite no Brasil. Revista de Política Agrícola. Ano XIII, n. 3, jul./ago.set. 2004, p NUNES, C. L. de M.; GERALDINE, D. G; NORONHA, J. F. De & SILVA JR, R. P. da. (1998) Lucratividade da atividade leiteira em Goiás. Caderno de Administração Rural, Lavras, Vol. 10, n. 2. jul./dez. REIS, R. P.; MEDEIROS, A.L.; MONTEIRO, L.A. (2001) - Custos de produção da atividade leiteira na região Sul de Minas Gerais. Organizações Rurais e Agroindustriais, Lavras, Vol. 3, n. 2. jul./dez. ENEGEP 2005 ABEPRO 2095

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