As cinco premissas de uma boa negociação. trabalhista. Conteúdo

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1 As cinco premissas de uma boa negociação trabalhista Conteúdo

2 Hoje, o processo de negociação realizado é burocrático e não envolve diretamente os colaboradores, que são representados pelo sindicato. Com a aprovação da reforma trabalhista no Congresso, empresas e trabalhadores terão que manter uma relação mais próxima, segundo o especialista Heli Gonçalves Moreira, sócio da HGM Consultores, que participou do Comitê Estratégico de Relações do Trabalho da Amcham São Paulo, em 22/6. Uma das propostas do texto prevê a validação de acordos coletivos não previstos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Com a reforma trabalhista aprovada, o grande ganho e também o principal desafio será a valorização do processo de negociação. Porque, hoje, a negociação é uma coisa rotineira, chata, que as pessoas querem se livrar. As partes se encontram com o objetivo de fechar um acordo o mais rápido possível. E não se pode negociar dessa forma, argumenta. Para tornar a negociação mais eficaz, Moreira lista cinco práticas.

3 Antes de a negociação chegar a valores, Moreira recomenda iniciar com reuniões de alinhamento de intenções. Se todos começarem a negociação definindo valores e brigando, a relação vai se transformar em ganha e perde, segundo o especialista. #1. Fundamentos e características Sugerimos ter a primeira, segunda ou terceira reunião, se for o caso, para estabelecer regras e objetivos. Não é só entregar uma pauta de reivindicações, mas demonstrar senso de interesse comum e boa fé. Mostrar também que, se não houver vontade de chegar a um acordo, os prejuízos serão recíprocos.

4 #1. Fundamentos e características Também é comum que os empregados não sejam ouvidos no processo. Mas eles acompanham à distância, segundo Moreira. Ele recomenda que, se a empresa tiver margem de negociação para um aumento salarial, que ofereça um valor próximo. Como exemplo, cita o caso de uma empresa que pode dar 10% de aumento, mas oferece zero na negociação com o sindicato esperando fechar o menor percentual possível. Se a empresa chega em 7% de aumento depois que o sindicato pediu 10%, para o empregado vai soar como má fé da empresa. Porque se a empresa tivesse oferecido os 7% de cara, poderia chegar a um valor próximo. Agindo de boa fé, aos poucos se ganha a confiança do empregado.

5 Se a empresa tiver boa relação com os sindicatos, pode convidar, por exemplo, representantes da entidade a discutir projetos de expansão de capacidade que exijam profissionais especializados ou então para aumentar ou reduzir o quadro de funcionários. #2. Negociar com, sem ou apesar dos sindicatos laborais No caso de a relação da empresa com o sindicato não for amistosa, o jeito é fazer sozinho. A empresa pode usar instrumentos legais. Também pode chamar os empregados para serem protagonistas, ou acionar a Justiça do Trabalho. Mesmo que o sindicato ameace fazer greve, a empresa deve ir em frente.

6 As empresas podem oferecer melhorias aos sindicatos e trabalhadores que podem ser incluídas em um acordo. #3. Moedas de troca Quando a entidade precisa de alguma obra, a empresa pode fazer. É uma contribuição que fica para o sindicato, e não para os diretores que negociam., Também há possibilidade de a empresa apoiar programas sociais, educativos e esportivos. Outra moeda de troca pode surgir caso a reforma trabalhista seja aprovada. Se o fim da contribuição sindical obrigatória se concretizar, as empresas poderão oferecer ajuda financeira e usar isso como instrumento de negociação, acrescenta o especialista.

7 É preciso esclarecer a toda empresa e colaboradores que o processo de negociação trabalhista não diz respeito apenas ao aumento salarial. Isso porque o salário não é a única fonte de remuneração do empregado, destaca Moreira. Além do salário, há benefícios, programas sociais, promoções e plano de carreira. #4. Desmistificação da negociação coletiva Como a maioria das empresas não esclarece esses benefícios aos colaboradores, o acordo coletivo acaba sendo visto por eles como a única fonte de recompensa. Para algumas categorias ela até é. Mas, de modo geral, o acordo não é o mais importante. Desmistificar a negociação passa por um processo educativo. O empregado tem que ser envolvido e informado dos benefícios. Só assim a empresa vai despertar nele o senso de participação e propriedade, segundo Moreira. Conscientizado, o colaborador vai participar mais da vida sindical e não deixar as decisões apenas para o sindicato.

8 A negociação ganha-ganha só funciona quando o diálogo é feito para atingir benefícios mútuos, segundo Moreira. #5. Relação ganha ganha Ela tem se basear em respeito e confiança, e não vai existir se só um lado usufruir da relação. O foco é chegar a termos vantajosos para os dois lados.?

9 Expediente Amcham Brasil CEO Deborah Vieitas Presidente do Conselho de Administração Hélio Magalhães Diretora de Produtos e Serviços Camila Moura Gerente de Comunicação/editor Dirceu Pinto Repórter André Inohara Projeto Gráfico Renato Orlandini Santos

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