Atos de Ofício Cíveis Aula 02 - TJMG Profª Danny Martins Aula 02 Atos de Ofício Cíveis Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)

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1 Aula 02 Atos de Ofício Cíveis Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) Professora: Danny Martins 1

2 Aula 02 Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas (Mt 6.33) Prezados Alunos! Segue a Aula 2 de Atos de Ofício! Desejo a todos um excelente aproveitamento em seus estudos! Sobre este material, importante mencionar que embora tenha feito um "resumo" sobre o Processo Eletrônico ao final da parte teórica, ou seja, antes dos exercícios, estou deixando na íntegra para vocês, a Lei de Informatização do Processo Judicial (Lei /06) e a Resolução que trata do Processo Judicial Eletrônico (Resolução 185/13). Qualquer dúvida, estou sempre à disposição. Vamos aos estudos e lembrem-se: "O sacrifício é temporário, mas o cargo é permanente" Termos processuais cíveis e criminais e autos: conceitos, conteúdo, forma e tipos. 1. Termos processuais Termo é a palavra que tem os mais variados sentidos. Preocupamo-nos apenas com os seus significados em direito, que também são múltiplos. Assim, no direito privado: termo de casamento, para significar ato escrito e solene do casamento; termo de óbito, para atestar a existência do fato do falecimento de uma pessoa. No direito processual, termo é a expressão escrita de atos processuais, dos mais simples termo de juntada, termo de vista, termo de conclusão aos mais complexos termo de audiência de instrução e julgamento. Ainda no processo, o vocábulo "termo" entra na teoria e na prática do tempo no processo. Doutrina e legislações o utilizam no sentido de limite de tempo. Assim se diz: termo inicial e termo final, no sentido, respectivamente, de dies a quo e 2

3 dies ad quem. Mas também é usado no sentido de prazo: o termo de contestação é de quinze dias, o termo de apelação é de quinze dias. Efetivamente, há atos escritos, isto é, há atos que se exprimem por escrito e que não são termos. Assim, a petição inicial e a contestação não são termos, conquanto sejam atos processuais; atos processuais são os despachos e sentenças dos juízes, que também se exprimem por escrito e não são termos. Parece mais acertado dizer-se que o vocábulo "termo" diz respeito àqueles atos em que intervém, para documentá-los, o escrivão ou outro serventuário da justiça. Daí definir-se termo, adotando a definição de Frederico Marques, como a documentação escrita e autêntica dos atos processuais, feitas por serventuários da justiça, no exercício da suas atribuições. O "termo" é a documentação de um ato. O escrivão lavra um termo, ou toma por termo, a fim de documentar uma atividade, um ato processual. Essa documentação é sempre por escrito. Além de escrita, autêntica. Um documento se diz autêntico quando nele se reconhece o seu autor. Autenticidade é a certeza de que o documento provém do autor nele indicado. O termo documenta o ato e torna certo o autor da documentação. O documentador, o serventuário da justiça, tem fé pública, e, autenticando a documentação, autentica o ato documentado. Por isso mesmo, o termo é sempre lavrado e subscrito por serventuário da justiça, no exercício de suas atribuições. Uma certa espécie de termo se dá a denominação de auto. Auto é o termo que documenta atividade do juiz, dos peritos, arbitradores, avaliadores e partes, bem como de outros serventuários da justiça quando essas atividades se realizam fora dos auditórios e dos cartórios. Termo diz respeito a ato que o escrivão documenta, sem necessidade de relatório ou exposição; auto diz respeito à atividade várias, que deverão ser registradas, sejam elas atividades do juiz, das partes, de peritos, avaliadores, ou mesmo de serventuários da justiça. Outra modalidade de termo é a ata. Ata é a denominação que se dá à narração escrita das ocorrências das reuniões dos tribunais superiores. 2. Forma dos termos Os termos têm forma determinada pela lei ou não a têm. Domina, todavia, o princípio da liberdade das formas, a que se fez referência ao estudar a forma dos atos processuais. 3

4 Todavia, por mais amplo que seja o princípio da liberdade das formas, os termos deverão respeitar a determinados requisitos, sem os quais deixarão de ter validade: Não são admissíveis espaços em branco, nem entrelinhas, rasuras ou emendas não ressalvadas, bem como neles não se usarão abreviaturas e serão escritos por extenso os números e as datas. Entre os requisitos formais dos termos processuais está o de serem escritos em língua portuguesa. A exigência dimana da natureza do processo. Este é instrumento da função jurisdicional do Estado e o Estado brasileiro somente fala e escreve a língua portuguesa, que é língua oficial. Acresce que vários textos de lei estão a dizer que os atos escritos em língua estrangeira deverão necessariamente, para sua admissão em juízo, ser vertidos para a língua portuguesa. TERMOS DE ANDAMENTO: A boa técnica recomenda se conheçam as denominações de outras espécies de termos, os chamados termos relativos ao andamento do processo. Deles o prof. Gabriel de Rezende Filho dá minuciosa relação, a que se acrescentará um ou outro mais: Termo de autuação: o escrivão atesta que foi iniciado o processo e que lhe foram apresentados a petição inicial e os documentos que a acompanham; Termo de Juntada: o escrivão atesta a juntada de petição, requerimento ou documento; Termo de vista: o escrivão atesta que abriu vista do processo às partes ou Ministério Público; Termo de conclusão: o escrivão atesta que os autos vão subir ao juiz, para algum despacho ou sentença; Termo de intimação: o escrivão certifica que intimou as partes ou o Ministério Público de algum despacho ou sentença; Termo de remessa: o escrivão atesta a remessa dos autos a outro juízo; Termo de apensamento: o escrivão atesta que aos autos principais foram apensados outros autos, considerados secundários ou acessórios, ou mesmo processo referentes a ações conexas; Termo de desentranhamento: o escrivão atesta que, por despacho do juiz, foram desentranhados dos autos determinadas peças ou documentos. 4

5 AUTOS: Já se falou em auto; fala-se, agora, em autos, no plural. Auto é modalidade de termo. Autos são conjunto dos atos e termos do processo. Os autos são, conforme sejam os originais ou sua cópia, denominados originais ou suplementares. Os primeiros, os autos originais, se constituem dos atos e termos originais que compõem o processo: a petição inicial, o instrumento de procuração, documentos que instruem a inicial e outros que se juntam, a resposta do réu, requerimento das partes, quesitos, laudos periciais, termos de depoimentos, despachos, decisões etc. Suplementares são autos que se constituem de cópias das peças que formam os autos originais. Duas são as principais utilidades dos autos suplementares. A primeira consiste em poderem substituir os autos originais no caso de extravio destes. Com efeito, verificado o desaparecimento dos autos (originais), pode qualquer das partes promover-lhes a restauração. Mas, havendo autos suplementares, nestes prosseguirá o processo. Consiste a segunda em se processar a execução da sentença nos autos suplementares, quando esta seja provisória: A execução definitiva far-se-á nos autos principais, a execução provisória, nos termos suplementares, onde houver, ou.... Aquela primeira utilidade recomenda que os autos suplementares sejam resguardados contra possível extravio. Daí determinar a lei que os autos suplementares só sairão de cartório para conclusão ao juiz, na falta dos autos originais. Os autos, tanto os originais como os suplementares, estão sob a guarda e responsabilidade do escrivão. Este numerará as folhas do processo e rubricará as em que não houver a sua assinatura. ATOS PROCESSUAIS Inicialmente cumpre mencionar uma breve diferença entre ATOS e FATOS processuais, quais sejam: Atos processuais se referem a uma "ação" humana tendente à produção de efeito jurídico sobre o processo. Fatos processuais são os acontecimentos naturais que são relevantes ao processo, mas que não dependem de uma atividade humana para se realizar. Ex: morte de uma das partes, decurso do tempo, desaparecimento dos autos e outros. 5

6 Os Atos Processuais (gênero) são todos aqueles praticados pelos sujeitos que compõem o Processo (as Partes, Juiz, serventuários/servidores da Justiça, terceiros juridicamente interessados, etc), visando à criação, modificação ou extinção da relação jurídica processual. O ato processual é todo aquele que visa instaurar, desenvolver, modificar ou extinguir a relação jurídica processual. Os atos processuais necessitam de uma atividade comissiva (ação). Ocorre que existem omissões processualmente relevantes ao processo, uma delas, a revelia (ausência de contestação, que pode gerar a presunção da veracidade das alegações do autor). Em todas as fases do Processo Judicial são praticados atos processuais pelos diversos agentes partícipes, desde a petição inicial, despacho de recebimento do Juiz, citação do réu, réplica a contestação, etc. O Código de Processo Civil (CPC) classifica os Atos Processuais em 3 (três) grandes grupos, com base no agente/sujeito que o pratica: 1. Atos das Partes; 2. Atos do Juiz; 3. Atos do Escrivão ou Chefe de Secretaria. 1. FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS A regra é que os atos processuais não tenham forma definida ou delimitada, salvo quando a própria Lei venha a exigir. Isto é, os atos processuais, em regra, são NÃO solenes, não dependem de forma determinada por Lei (forma livre). Exemplo: a petição inicial do Autor não tem uma forma determinada por lei, devendo apenas respeitar os requisitos legais quanto ao seu conteúdo (a forma de escrever e de requerer dependerá de cada autor); da mesma o Juiz decidirá na forma que melhor lhe aprouver (a sentença também não tem uma forma definida em lei, salvo o seu conteúdo: Relatório, Fundamentação, Dispositivo). Mesmo quando a Lei exige determinada formalidade (Ex: intimação do réu apenas no Diário Oficial), se o ato for praticado por outra forma com o preenchimento de sua finalidade essencial, são reputados como válidos os atos processuais realizados. É o que vislumbramos no art. 188 que por sua vez recebe a denominação de Princípio da liberdade das formas. Vejamos: 6

7 Art Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. A Lei nº e a Lei nº /2006 trouxeram a inovação do Processo Eletrônico, dispondo acerca da prática de atos processuais por meio eletrônico. Agora o processo não é mais somente no papel! Muitos tribunais, especialmente os Tribunais Superiores, já têm adotado tal prática, visando imprimir maior celeridade e organização no trâmite do processo e na prática dos atos processuais. A partir de agora todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e assinados por meio eletrônico, na forma da lei. Estes diplomas legais autorizam os Tribunais a regularem internamente (por meio de Resolução interna) a prática de atos processuais em meio eletrônico, atendendo-se aos requisitos de segurança: de autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil. Com a regulamentação do Tribunal, a petição inicial do Advogado, a Contestação do réu e a decisão do Juiz podem ser realizadas em meio eletrônico, sem a juntada de qualquer papel. 2. PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS A regra é que os atos processuais são PÚBLICOS. Com isso, salvo exceções legais, qualquer pessoa pode ter acesso a qualquer processo judicial e a qualquer prática de ato processual. Todavia, a lei determina que alguns casos devem ser resguardados pelo segredo de justiça, que são: em que o exija o interesse público ou social; que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 7

8 Nestes processos de segredo de justiça, o acesso aos autos e o direito de certidão somente será franqueado às partes e seus procuradores. Terceiros juridicamente interessados (não partes ex: filho de casal que está litigando em processo de divórcio), terá direito a certidão do dispositivo da Sentença (parte final da sentença que efetivamente decide a questão), e do inventário e partilha dos bens decorrentes da atual separação judicial ou do divórcio. Art Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: I - em que o exija o interesse público ou social; II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores. 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação. Os atos e termos processuais devem ser praticados e escritos em língua oficial adotada por nosso país (obrigatório o uso do vernáculo). Assim, uma petição em língua estrangeira deve ser acompanhada de sua respectiva tradução por tradutor juramentado ou indicado pelo Juiz. Se não houver a tradução, o ato processual será considerado NULO. Art Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado. 8

9 DA PRÁTICA ELETRÔNICA DE ATOS PROCESSUAIS Lei nº /2006 A Lei nº /2006, também conhecida como Lei do Processo Eletrônico, é o diploma legal que regula o PROCESSO ELETRÔNICO no Brasil. Trata-se de uma lei inovadora, pois ela pretende ajustar a realização dos atos processuais aos tempos atuais marcados pelo avanço tecnológico decorrente da crescente presença da internet na sociedade, a qual vem tornando as comunicações cada vez mais céleres. O CPC-2015 trouxe diversas previsões acerca da prática de atos processuais eletronicamente. Antes da Lei do Processo Eletrônico, a principal norma jurídica que foi permitia o uso de meios eletrônicos no processo judicial foi a Lei nº 9.800/99 (Lei do Fax). A Lei do Fax permitiu às partes que se utilizassem do fax para praticar atos processuais, desde que os originais dos documentos transmitidos fossem protocolados no prazo de cinco dias do envio do fax. Apesar das importantes contribuições geradas, a Lei nº /2006 NÃO impõe uma mudança radical no sentido de que todos os atos processuais deverão ser informatizados, mas oferece uma alternativa, ou seja, uma opção, para o Poder Judiciário brasileiro se adaptar à realidade contemporânea e adotar procedimentos eletrônicos para exteriorizar os atos processuais. A Lei do Processo Eletrônico oferece a informatização do processo judicial como uma possibilidade para que o Poder Judiciário possa decidir por um processo total ou parcialmente eletrônico. O processo totalmente eletrônico envolve a realização de todos os atos por meio de dados informatizados, utilizando a rede mundial de computadores (internet). O processo parcialmente eletrônico é aquele que combina a realização de atos processuais em suporte virtual, ou seja, por meio de dados informatizados (eletrônicos), com os atos processuais realizados na forma tradicional, em suporte de papel (processo cartular). Processo totalmente eletrônico = APENAS virtual Processo parcialmente eletrônico = virtual + papel A Lei nº , de 19 de dezembro de 2006, é composta de quatro Capítulos: a) o Capítulo I, que trata da Informatização do processo judicial ; b) o Capítulo II, que trata da Comunicação eletrônica dos atos processuais ; c) o Capítulo III cuida Do processo eletrônico ; d) e o Capítulo IV, versa sobre as Disposições gerais e finais. 9

10 Esta Lei do Processo Eletrônico NÃO cria novos atos processuais, ela apenas altera a FORMA como os atos processuais são realizados. A conservação dos autos judiciais poderão se dar de duas formas: Total Parcial A primeira hipótese será totalmente conservada em meio digital. Já a segunda hipótese admite que apenas parte dos autos esteja mantida em meio eletrônico. Os sistemas de automação processual respeitarão a publicidade dos atos, o acesso e a participação das partes e de seus procuradores, inclusive nas audiências e sessões de julgamento, observadas as garantias da disponibilidade, independência da plataforma computacional, acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações que o Poder Judiciário administre no exercício de suas funções. O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos, que atenderão aos requisitos de autenticidade, integridade, temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos que tramitem em segredo de justiça, confidencialidade, observada a infraestrutura de chaves públicas unificada nacionalmente, nos termos da lei. Compete ao CNJ e, supletivamente, aos tribunais, regulamentar a prática e a comunicação oficial de atos processuais por meio eletrônico e velar pela compatibilidade dos sistemas, disciplinando a incorporação progressiva de novos avanços tecnológicos e editando, para esse fim, os atos que forem necessários, respeitadas as normas fundamentais do CPC. Os tribunais devem divulgar as informações constantes de seu sistema de automação em página própria na rede mundial de computadores, gozando a divulgação de presunção de veracidade e confiabilidade. Nos casos de problema técnico do sistema e de erro ou omissão do auxiliar da justiça responsável pelo registro dos andamentos, poderá ser configurada a justa causa. A justa causa é o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar. As unidades do Poder Judiciário deverão manter gratuitamente, à disposição dos interessados, equipamentos necessários à prática de atos processuais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos documentos dele constantes. Será admitida a prática de atos por meio não eletrônico no local onde não estiverem disponibilizados os equipamentos. As unidades do Poder Judiciário assegurarão às pessoas com deficiência acessibilidade aos seus sítios na rede mundial de computadores, ao 10

11 meio eletrônico de prática de atos judiciais, à comunicação eletrônica dos atos processuais e à assinatura eletrônica. RESUMO da LEI DE PROCESSO ELETRÔNICO: A Lei nº /2006, também conhecida como Lei do Processo Eletrônico, é o diploma legal que regula o PROCESSO ELETRÔNICO no Brasil. Antes da Lei do Processo Eletrônico, a principal norma jurídica que foi permitia o uso de meios eletrônicos no processo judicial foi a Lei nº 9.800/99 (Lei do Fax). A Lei do Fax permitiu às partes que se utilizassem do fax para praticar atos processuais, desde que os originais dos documentos transmitidos fossem protocolados no prazo de cinco dias do envio do fax. Percebe-se que tanto o processo judicial eletrônico como o processo judicial tradicional obedecem a um formalismo. A diferença é que o suporte (a forma como é exteriorizado o ato processual) do primeiro são os dados eletrônicos enquanto que o suporte do processo tradicional é a folha de papel (forma cartular). A Lei nº , de 19 de dezembro de 2006, é composta de quatro Capítulos: a) o Capítulo I, que trata da Informatização do processo judicial ; b) o Capítulo II, que trata da Comunicação eletrônica dos atos processuais ; c) o Capítulo III cuida Do processo eletrônico ; d) e o Capítulo IV, versa sobre as Disposições gerais e finais. O primeiro capítulo da Lei do Processo Eletrônico (arts. 1º a 3º) prevê normas jurídicas que disciplinam a forma pela qual o processo judicial será informatizado, ou seja, a maneira como os atos processuais serão convertidos em dados a serem inseridos no meio virtual. A assinatura eletrônica precisa ser CONFIÁVEL e SEGURA para que ela atenda à sua finalidade: a identificação inequívoca do signatário (ou seja, de quem assina o documento). É por causa disso que o legislador previu duas formas de controle dessa assinatura: Certificação digital mantida por uma Autoridade Certificadora credenciada prevista em lei específica; Cadastro de usuário perante um sistema do próprio Judiciário. O segundo capítulo da Lei do Processo Eletrônico (arts. 4º a 7º) prevê normas jurídicas que disciplinam a forma como as citações, as intimações, as cartas precatórias, rogatórias e de ordem devem ser realizadas no âmbito do processo eletrônico. 11

12 É permitido a cada Tribunal instituir seu DJE (Diário de Justiça Eletrônico), no qual todas as publicações diárias serão realizadas em nome do advogado da parte, substituindo qualquer outra forma de publicação oficial. De acordo com os parágrafos 3º e 4º do artigo 4º, todo despacho publicado no DJE ensejará que o prazo para seu cumprimento se inicie no primeiro dia útil subseqüente ao da publicação do despacho, sendo considerado publicado o despacho no primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização no DJE. Os usuários que fizerem o credenciamento exigido pela Lei de Processo Eletrônico para a obtenção de assinatura eletrônica não precisarão ser intimados por meio de publicação oficial, pois serão intimados somente no dia em que o intimado efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, após o envio de um avisando-lhe sobre a intimação. Caso a consulta feita pelo intimado ocorra em dia NÃO útil (sábado, domingo, féria forense, greve ou feriado), a intimação será considerada no primeiro dia útil seguinte. A consulta ao teor da intimação deverá ser feita em no máximo 10 (dez) DIAS corridos da data do envio da intimação, sob pena de ser considerada automaticamente realizada na data do término desse prazo. As citações dos litigantes e interessados poderão ser realizadas de forma eletrônica com a exceção dos casos que tramitam em dois tipos de processos: Ações do Processo Penal; Ações do Processo Judicial aplicável a atos infracionais praticados por crianças e adolescentes. O terceiro capítulo da Lei do Processo Eletrônico (arts. 8º a 13) prevê normas jurídicas que admitem a prática de todos os atos processuais por meio eletrônico, englobando a transmissão e anexação aos autos virtuais em qualquer modalidade de processo, em qualquer órgão do Judiciário e, também, em qualquer rito processual adotado. A inserção dos documentos que correspondem a atos processuais PODERÁ ser feita pelo próprio procurador das partes, devidamente credenciado, e portador de uma assinatura eletrônica, sem necessitar que um serventuário da justiça interfira diretamente nessa inclusão de documentos. As provas e documentos úteis ao processo judicial devem ser digitalizados. Assim, essas provas e documentos digitalizados valerão como se fossem ORIGINAIS para todos os efeitos legais. 12

13 OBSERVAÇÃO! Toda vez que determinado ato processual tiver prazo por meio de petição eletrônica, será considerado TEMPESTIVO o ato efetivado até às 24 horas do último dia e, não, até o horário de expediente do fórum. De acordo com o art. 12, a conservação dos autos judiciais poderão se dar de duas formas: Total Parcial A primeira hipótese será totalmente conservada em meio digital. Já a segunda hipótese admite que apenas parte dos autos esteja mantida em meio eletrônico. No capítulo que trata das disposições finais (arts. 14 a 22), foram estabelecidas normas jurídicas de orientação aos órgãos do Poder Judiciário no desenvolvimento dos sistemas de informação processual, acessíveis ininterruptamente por meio da internet. A Lei do Processo Eletrônico dispõe ainda sobre a adoção de mecanismos de identificação de: PREVENÇÃO LITISPENDÊNCIA COISA JULGADA O dispositivo do art. 15 trata da exigência de informar o CPF ou CNPJ na distribuição de qualquer PETIÇÃO INICIAL. A regra do art. 16 trata de aspectos pertinentes aos cartórios judiciais, visando integrar as atividades desenvolvidas nesses órgãos com a sistemática introduzida pelo processo eletrônico. O art. 18 da Lei nº /2006 confere um poder regulamentar aos órgãos do Poder Judiciário para disciplinar o processo eletrônico no que couber, no âmbito das respectivas competências. Atenção! O Poder Judiciário possui poder normativo, inclusive o poder regulamentar, visto que se trata de uma função atípica do Judiciário a produção de normas jurídicas voltadas para a disciplina de sua organização interna. A regra contida no art. 19 pretende conferir segurança jurídica às iniciativas pioneiras desenvolvidas pelos tribunais no âmbito do processo eletrônico e, assim, evitar eventuais questionamentos judiciais às decisões proferidas. 13

14 3. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 3.1. Atos das partes Os atos das partes são praticados pelo autor, réu, terceiros juridicamente interessados e pelo Ministério Público, de forma unilateral ou bilateral. A regra é que os atos das partes produzam efeitos imediatos. A doutrina classifica os atos das Partes em 3 (três) diferentes espécies: 1. Atos Postulatórios são os atos em que as partes apresentam um pedido ao Juiz, apresentado suas teses de ataque ou de defesa. Exemplo: petição inicial, recursos, contestação, reconvenção, etc. 2. Atos Probatórios são atos instrutórios do processo, realizados na tentativa de provar, de convencer o Juiz acerca dos fatos. Exemplo: apresentação de documentos, oitiva de testemunhas, interrogatório, etc. 3. Atos de Disposição são atos da parte que tem por objetivo facilitar a resolução do conflito de interesses, seja pelo reconhecimento jurídico do pedido, pela renúncia, transação e desistência. o Reconhecimento Jurídico do Pedido gera a extinção do processo com resolução de mérito, pois uma parte se submete ao pedido da outra de forma espontânea. Exemplo: réu que concorda com o pedido do autor e resolve cumpri-lo de forma espontânea. o Renúncia é o ato da parte que renuncia a um direito material ou processual por conta própria, sem direito à retratação. Exemplo: autor que, no meio do processo, renuncia a um de seus pedidos ou alegações formuladas na petição inicial. A renúncia gera efeitos imediatos não dependendo de homologação judicial. o Transação é o ato das partes que, reciprocamente abrem mão de parte de suas pretensões individuais, visando uma conciliação e composição do litígio. Dispensa a homologação judicial, pois também produz efeitos imediatos. o Desistência é ato do autor da ação, de natureza eminentemente processual, que desiste do prosseguimento da ação interposta. A desistência da ação DEPENTE da aceitação pelo Juiz, por meio de homologação por sentença, pois o direito de ação é exercido contra o Juiz (é um direito ao provimento jurisdicional). Como a desistência depende de homologação, cabe retratação da desistência da ação, antes da decisão do Juiz. Com isso, a desistência NÃO produz efeitos imediatos, contrariando a regra de que os atos das partes produzem efeitos imediatos! 14

15 Segundo o CPC, os atos das partes consistem em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade e produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. Unilateral (não necessita do consentimento da parte adversa) ex. petição inicial. Bilateral (necessita do consentimento da parte adversa) ex. transação (acordo). Art Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. EXCEÇÃO: Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial. Art As partes poderão exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem em cartório. Art É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo Atos do juiz São os atos realizados pelo juiz no processo. Art Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Importante: os atos judiciais previstos no art. 203 não são os únicos atos realizados pelo juiz no processo. Na verdade, o rol previsto no art. 203 do NCPC trata dos provimentos judiciais, enquanto que o juiz pode realizar outros atos, tais como, oitiva das partes, interrogatório, inspeção judicial, etc, sendo que esses são chamados de atos materiais. Mas vamos à distinção dos pronunciamentos: a) SENTENÇA Antigamente o conceito de Sentença era o ato pelo qual o Juiz põe fim ao processo, decidindo ou não o mérito da causa (da ação). Assim, o conceito 15

16 anterior restringia a Sentença a uma decisão que finalizava o processo. Todavia, em reforma do CPC ainda antigo realizada no ano de 2005 pela Lei nº /2005, a Sentença passou a ser conceituada como a decisão ou ato do Juiz que implicasse em alguma das situações previstas no art. 267 ou 269 do Código. Porém, com o novo CPC, a Sentença passou a ser conceituada como o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva (de conhecimento) do procedimento comum, bem como extingue a execução. Segundo o art. 203, 1º, do NCPC: Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. O conceito anterior de Sentença como o ato que implicava na finalização do processo se justificava a época, porque o sistema processual anterior à Lei nº /2005 era dividido em processos estanques e separados: Processo de Conhecimento e Processo de Liquidação e Execução de Sentença. Uma coisa era a certificação do direito no Processo de Conhecimento (ex: Sentença do Juiz determinando a reintegração de posse de uma determinada propriedade). Outra coisa era a execução desta mesma sentença. Para executar deveria ser aberto um novo processo (+ 1 processo) só para conseguir, na prática, a reintegração de posse conferida pela sentença inicial. Assim, a Sentença antes marcava o fim do processo de certificação do direito (Processo de Conhecimento), dando azo à abertura de um novo Processo para executá-lo (Processo de Execução). Com efeito, o CPC novo trouxe um novo conceito de processo. Hoje o processo é único, dividido apenas em FASES. Existe a Fase de Conhecimento, Fase de Liquidação e Fase de Execução da Sentença. Não cabe aqui estudar o conceito e detalhes de cada Fase. Contudo, cabe informar que a Sentença NÃO mais põe fim ao processo! Por uma razão simples: a Sentença apenas finaliza 1 (uma) de suas fases (a fase de Conhecimento). O Processo não é mais finalizado com a Sentença, mas apenas com a execução definitiva. Esta junção de todas as Fases em 1 (um) único Processo é chamada pela doutrina de Processo Sincrético. Agora o Processo de Conhecimento é formado pela união ou fusão de processos diversos em apenas 1 (um). 16

17 Por causa disso, o conceito de Sentença teve que ser modificado. O conceito anterior não tem hoje mais razão de ser porque o processo não mais é ultimado com a exaração da Sentença pelo Juiz. Nesse sentido, o legislador entendeu por bem conceituar a Sentença como o ato do Juiz que implica em alguma das situações previstas nos incisos dos arts. 485 e 487 do CPC: Art O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII - homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste Código. Art Haverá resolução de mérito quando o juiz: I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Ok Professora, Sentença é a decisão do Juiz que examina ou não examina o mérito, nas hipóteses do art. 485 e 487. Todavia, o que é Acórdão? Enquanto os Juízes de 1º Grau de Jurisdição (Juízes de 1ª Instância) proferem as Sentenças para poderem fim à Fase de Conhecimento, os 17

18 Tribunais de 2ª Instância (Ex: Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunais Regionais Federais, etc) e os Tribunais Superiores (STF, STJ, TSE, TST, etc) proferem os chamados Acórdãos, decidindo ou não o mérito, mas também pondo fim à Fase de Conhecimento. Recebe a denominação Acórdão o julgamento proferido pelo órgão colegiado do Tribunal, que resume a decisão ( voto ) dos Membros da Corte. Art Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. Cada Membro do Tribunal, contudo, profere as chamadas Decisões Monocráticas (decisões tomadas pessoalmente, sem a participação de toda a Corte), quando decide uma questão incidental no processo. Estas Decisões Monocráticas têm natureza de Decisões Interlocutórias, como veremos à frente. As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com observância de 3 (três) ELEMENTOS essenciais: 1) RELATÓRIO é o histórico dos fatos que ocorreram no processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos principais incidentes do processo e das provas produzidas. É uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa exposição circunstanciada de toda a marcha do procedimento, de forma sucinta e objetiva. 2) FUNDAMENTAÇÃO o Juiz expõe as razões do convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do pedido do autor). 3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO parte que contém a efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as questões que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou rejeição do pedido do autor, ou mesmo extinguindo o processo sem julgamento de mérito (Sentença Terminativa). Art São elementos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem. 18

19 Princípio da Congruência ou Adstrição Art É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional. extra petita quando o juiz decide fora do pedido (natureza diversa do pedido). ultra petita quando o juiz decide em extensão maior do pedido. infra (citra) petita quando o juiz deixa de apreciar pedido expressamente formulado. b) DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS Segundo o art. 203, 2º, CPC: Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no 1o. As Decisões Interlocutórias são aqueles pronunciamentos judiciais que não se enquadram no conceito de sentença. Por meio das Decisões Interlocutórias o Magistrado, por exemplo, indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui coautor ou corréu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de liminar e tutela antecipada. Observem que em todas estas hipóteses o Juiz não põe termo (fim) à Fase /de Conhecimento. O processo continua normalmente após a Decisão Interlocutória. Um exemplo simples citado: Ação de Investigação de Paternidade; a parte autora, além do pedido de investigação, solicita que lhe seja assegurada a gratuidade da justiça; o Juiz precisa decidir esta questão também, não é verdade? Não poderá simplesmente julgar a investigação sem debruçar-se se ela tem ou não direito à assistência judiciária gratuita; esta questão incidente ao mérito (questão principal) deve ser decidida por meio de Decisão Interlocutória. Fácil, não? Cabe assinalar que, em regra, das Sentenças cabe o Recurso de APELAÇÃO e das Decisões Interlocutórias, o Recurso de AGRAVO. 19

20 Resumo: SENTENÇAS: o Põem fim à Fase de Conhecimento, decidindo ou não o mérito do Processo (questão principal); o Hipóteses dos arts. 485 e 487; o Cabe o Recurso de Apelação. DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: o Pronunciamentos judiciais que não se enquadram no conceito de sentença. o Cabe o Recurso de Agravo. Decisões interlocutórias também possuem conteúdo decisório. Diferem-se da sentença, pois são proferidas no decurso do processo, sem aptidão para encerrá-lo ou por fim à fase de conhecimento, em primeiro grau. c) DESPACHOS Art. 203, 3o: São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. Os Despachos, comumente chamados de Mero Expediente, são atos sem nenhum cunho decisório que têm por finalidade tão somente impor a marcha normal do procedimento, por força do Princípio Processual do Impulso Oficial. Em outros termos, os Despachos são todo e qualquer provimento emitido pelo Juiz que tem por finalidade dar andamento ao processo, sem decidir qualquer questão processual ou de mérito. Exemplo: marcação de nova data de audiência a pedido da parte ou de ofício. O Código de Processo Civil conceitua os Despachos como todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. Portanto, os Despachos têm um caráter residual, são atos sem cunho decisório e que não se encaixam no conceito de Sentença e nem de Decisão Interlocutória. Por não ser propriamente uma Decisão, dos Despachos NÃO cabem qualquer Recurso! 20

21 Art Dos despachos NÃO cabe recurso. Lógico que um pronunciamento do Juiz que venha a tumultuar o processo, causando prejuízo à parte, poderá ser atacado por meio de Correição Parcial ou Mandado de Segurança. Assim, os despachos de mero expediente são atos judiciais SEM conteúdo decisório, que servem para impulsionar o processo. Exemplos: Citação, abertura de vista às partes, dá ciência de um documento juntado aos autos, etc. d) ATOS MERAMENTE ORDINATÓRIOS Art. 203, 4o: Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados DE OFÍCIO pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo. Vale ressaltar que os Atos Ordinatórios podem ser praticados pelos Juízes, apenas independem de Despacho deles. Isso não impede que os Juízes também o façam, ok? Por isso, os Atos Ordinatórios são atos dos Juízes e dos Servidores. Prazos para a prática dos Atos do Juiz: Determina o art. 226 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos dentro de um limite temporal, assim resumido: o Sentenças 30 DIAS o Decisões (Decisões Interlocutórias) 10 DIAS o Despachos de Expediente 5 DIAS 21

22 Redação e Assinatura das Decisões: O CPC determina que todos os Despachos, Decisões, Sentenças e Acórdãos devem ser redigidos, datados e assinados pelos Juízes competentes. Da mesma forma, as Decisões proferidas oralmente (exemplo: em Audiência) devem ser reduzidas a termo, revistas e assinadas pelos Juízes. Com o advento do Processo Eletrônico, no qual as peças dos autos do processo são todas digitais (em meio eletrônico), inclusive as Decisões Judiciais, as assinaturas dos juízes poderão ser confeccionadas eletronicamente (assinaturas eletrônicas). Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico. Art Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. 1o Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os documentará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. 2o A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei. 3o Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico DOS ATOS DO ESCRIVÃO OU DO CHEFE DE SECRETARIA Ao escrivão co mpete os atos processuais de administração e gestão dos processos afetos ao respectivo cartório. Em síntese, o Escrivão ou Chefe da Secretaria do Juízo devem seguir as seguintes diretrizes básicas: após a distribuição do Processo ao Juízo, deverá receber a petição inicial de qualquer processo, autuar, mencionando o juízo, a natureza do feito, o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início; proceder do mesmo modo quanto aos volumes que se forem formando; deve numerar e rubricar todas as folhas dos autos; À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da justiça é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem. os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão. 22

23 Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta escura e indelével, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão certificará, nos autos, a ocorrência. Os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, quando essas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência. Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. Possíveis contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão (perda do direito de alegar), devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo. Não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco, bem como entrelinhas, emendas ou rasuras. No entanto, será possível se os espaços em branco forem inutilizados e as entrelinhas, emendas ou rasuras forem expressamente ressalvadas. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal. Art Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, e procederá do mesmo modo em relação aos volumes em formação. Art O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e rubricará todas as folhas dos autos. Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da justiça é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem. Art Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe de secretaria. Art Os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, quando essas não puderem ou não quiserem firmálos, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência. 23

24 1o Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado em autos eletrônicos, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. 2o Na hipótese do 1o, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento de realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano e ordenar o registro, no termo, da alegação e da decisão. Art É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal. Art Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em branco, salvo os que forem inutilizados, assim como entrelinhas, emendas ou rasuras, exceto quando expressamente ressalvadas. 4. DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS Tempo dos Atos Processuais: Os atos processuais devem ser praticados em Dias ÚTEIS (não em férias e em feriados), entre as 06 às 20 Horas. São feriados para efeitos forenses, os sábados, domingos, os dias em que não haja expediente forense e os dias declarados em lei federal, estadual ou municipal (ex: dia do padroeiro da cidade). O horário e os dias úteis são sempre regulados pelas Leis de Organização Judiciária dos Estados. Por isso, a prática do ato deve obedecer, sobretudo, ao horário e dia estabelecidos na Lei de organização judiciária e não apenas ao CPC. A prática do ato da parte, por meio de petição, deve ser realizado no horário de expediente previsto na Lei de Organização Judiciária. Assim, se a lei determina que o expediente é até às 17 horas, não há como sustentar que o CPC prevê prazo maior, até às 20 horas, pois esta é uma regra geral, que serve como parâmetro para as próprias leis de organização judiciárias. Exceções aos dias e horários regulares: Podem ser concluídos os atos processuais depois das 20 HORAS iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. 24

25 As citações, intimações e a penhora poderão, em casos excepcionais, e SEM a necessidade de autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos, férias forenses e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário de 6 às 20 HORAS. A regra é que durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais, salvo também as TUTELAS DE URGÊNCIA. Processam-se normalmente durante as férias e recessos forenses e não se suspendem pela superveniência delas: os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento (ex: cumprimento de liminares, dada sua urgência); a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador; todas as outras causas que a lei determinar. Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 HORAS do último dia do prazo. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo. Ex: não é o horário oficial de Brasília, mas o horário local do juízo. São considerados feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense. Lugar dos Atos Processuais: O ordinário é que os atos processuais sejam praticados na SEDE do Juízo (dependências do Fórum). Contudo, é possível que sejam realizados fora da sede nos casos de: Critério de Deferência prerrogativa pessoal da autoridade a ser ouvida em local, data e horário previamente marcados. Exemplo: Chefe do Poder Executivo, Desembargador de Justiça, etc. Interesse da Justiça Exemplo: inspeção judicial realizada pelo Juiz in loco em obra reputada ilegal ou em terra acusada de ter sido grilada; Obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo Juiz Exemplo: caso de réu doente no hospital. 25

26 NULIDADES Os Atos Processuais estão sujeitos a vícios com três ordens diversas, que resumo brevemente: 1. Inexistência atos processuais inexistentes são aqueles impossíveis sequer de ocorrer e de gerar qualquer efeito jurídico prático. Exemplo: Sentença prolatada por um Delegado ou por um Promotor. 2. Nulidade Absoluta - os atos que não respeitam os requisitos essenciais previstos em lei em razão do interesse público são nulos de pleno direito. Exemplo: desrespeito ao contraditório e à ampla defesa; ausência de citação do réu; parcialidade do Juiz, etc. 3. Nulidade Relativa decorre da não observância da forma prevista em lei para o ato processual, mas que não é impeditiva para a produção dos efeitos jurídicos do ato, salvo se a parte alegar prejuízo. A nulidade relativa visa proteger o interesse privado. Se a parte entende que não foi violado, o vício será convalidado, precluindo o direito de alegá-lo posteriormente. Exemplo: incompetência relativa do Juiz; recolhimento a menor das custas processuais; publicação de ato processual com equívoco na nomenclatura da parte, etc. A Teoria das Nulidades do Direito Processual elenca, na realidade, uma série de princípios processuais. Seguindo esta principiologia, o CPC previu uma série de postulados normativos acerca das nulidades processuais: Princípio da Instrumentalidade das Formas o processo é um meio para se alcançar um fim, e não um fim em si mesmo, por isso, é considerado válido o ato praticado de forma diferente da prescrita em lei, desde que atinja o seu objetivo. Isso somente ocorrerá se a lei não prescrever a sanção de nulidade do ato. Art Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento. Ninguém pode beneficiar-se da própria torpeza - a Nulidade deve ser decretada a requerimento da parte que sofreu prejuízos e não da parte causadora dos vícios. 26

27 Art Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. o Princípio da Preclusão as nulidades relativas devem ser alegadas na 1ª oportunidade em que couber alega-las nos autos, sob pena de serem convalidadas, precluindo o direito de aduzi-las novamente. Se houver legítimo impedimento será possível a parte alegar as nulidades relativas posteriormente. As nulidades relativas não podem ser reconhecidas de ofício pelo Juiz. As nulidades absolutas podem ser arguidas a qualquer tempo, podendo ser reconhecidas de ofício pelo Juiz. Intimação Obrigatória do MP quando for o caso de intervenção do Ministério Público e este não for intimado para intervir, o processo será declarado NULO. Se a ausência de intervenção for apenas parcial, a anulação será apenas dos atos praticados a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado. Contudo, a nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo. Art É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. 1o Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado. 2o A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo. Princípio da Causalidade ou Consequencialidade a anulação do processo somente atingirá os atos que tiverem uma relação de causa e efeito (interdependência). Tal princípio está em consonância com outro Princípio: o da Economia Processual. Exemplo: nos atos instrutórios de um processo, será plenamente possível anular uma perícia realizada irregularmente, permanecendo com as outras provas já colhidas; de outro lado, a nulidade de um documento falso juntado aos autos contamina os depoimentos colhidos sobre aquele mesmo documento falso. Por isso que, anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que 27

28 dele dependam. Todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes. Princípio do Prejuízo só haverá nulidade de houver prejuízo à parte; não será declarada nulidade se não houve prejuízo às partes e não aproveita a quem deu causa. Há causas de nulidade absoluta que o prejuízo é presumido, não precisa ser provado. Exemplo: imparcialidade do Juiz. Com isso, o ato não se repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar a parte. Princípio da Conservação - O juiz deve pronunciar a nulidade, declarar quais serão os atos atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados, mas somente os estritamente necessários. No entanto, quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. Ademais, o erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. Como regra, devem-se aproveitar os atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa. Art As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais. Art Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes. Art Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. 1o O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte. 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. Art O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais. 28

29 Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte. 1. Disposições Gerais COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS Os Atos Processuais praticados ou a serem praticados pelas partes e pelo Juiz, em regra, devem ser devidamente comunicados aos sujeitos participantes do Processo. Exemplo: se o autor interpõe ação contra o réu, solicitando que este deixe de fazer algo, será logicamente necessário que seja cientificado da instauração do processo para que possa defender-se da demanda do autor; esta comunicação ao réu para responder à ação apresentada pelo autor é chamada de CITAÇÃO. Os Atos Processuais serão comunicados na esfera de competência do Juiz, por ordem judicial específica para cientificação do sujeito participante do processo. Exemplo: determinação de intimação de testemunha que resida na Comarca do Magistrado, para comparecer em juízo e prestar depoimento. Isto é, os atos processuais devem ser cumpridos por ordem judicial. Esta intimação será realizada em virtude da ordem do Juiz, que manda em sua Comarca, Seção Judiciária (circunscrição territorial de sua competência jurisdicional). Um Juiz de outra localidade não pode determinar a mesma intimação, sem a prévia ciência e participação do Magistrado vinculado ao seu respectivo território em que exerce competência. Burlar tal regra geraria invasão da competência de outro Juiz (conflito de competências). Se um Juiz necessitar cumprir ou comunicar determinado Ato Processual a pessoa localizada em outra Comarca (outra circunscrição territorial) diversa da que exerce competência, terá que expedir uma CARTA. Art. 236, 1o Será expedida carta para a prática de atos fora dos limites territoriais do tribunal, da comarca, da seção ou da subseção judiciárias, ressalvadas as hipóteses previstas em lei. 2o O tribunal poderá expedir carta para juízo a ele vinculado, se o ato houver de se realizar fora dos limites territoriais do local de sua sede. 29

30 O novo CPC admite a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real. Ex: formas de comunicação simultânea via recursos eletrônicos e/ou tecnológicos. As Cartas expedidas entre Magistrados são de 4 Espécies diversas: Carta de ORDEM expedida de um Tribunal para um Juiz a ele vinculado. A Carta é de Ordem, pois existe uma relação de hierarquia entre o Tribunal e o Juiz (ordem de cima para baixo ). O tribunal poderá expedir carta para juízo a ele vinculado, se o ato houver de se realizar fora dos limites territoriais do local de sua sede. Carta PRECATÓRIA expedida entre Juízes ou Tribunais de mesma hierarquia ou mesmo grau jurisdicional (Exemplo: de um Juiz de uma Comarca para o Juiz de outra Comarca, do mesmo ou de outro Estado; de um Tribunal para outro Tribunal) - para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por órgão jurisdicional de competência territorial diversa; Carta ROGATÓRIA expedida para autoridade judiciária estrangeira (ato a ser realizado no exterior) - Para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro; Carta ARBITRAL - para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória. O CPC-2015 autoriza expressamente que o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior (Ex: STJ) houver de ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo estadual da respectiva comarca. Assim, se um ato deve ser praticado em um município no qual não haja Vara Federal em sua sede, pode um Juiz Federal ou Ministro de Tribunal Superior encaminhar carta ao Juízo Estadual daquele município para cumprimento do ato processual respectivo. 30

31 Deprecante X Deprecado a) Juízo Deprecante, Ordenante, Rogante, Arbitrante - quem expede a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória. b) Juízo Deprecado, Ordenado, Rogado, Arbitrado quem recebe a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória para cumprimento. Cartas Processuais: A Lei prevê que todas as 4 espécies de Cartas, inclusive a arbitral, devem obedecer aos seguintes requisitos legais: a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato; o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao Advogado (Procuração); a menção do ato processual, que lhe constitui o objeto (Ex: citação, intimação, penhora, oitiva de testemunha, etc); o encerramento com a assinatura do juiz. Peculiaridades das CARTAS: Se na diligência requerida na Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória for necessário o exame de peças do processo pelas partes, peritos ou testemunhas, inclusive, de mapa, desenho ou gráfico, tais peças devem ser encaminhadas juntamente com a Carta. Se a Carta visar exame pericial de documento, este deve ser encaminhado com a Carta, no original. Nos autos do processo originário ficará apenas cópia. A carta arbitral deve atender aos requisitos legais e será instruída com a convenção de arbitragem e com as provas da nomeação do árbitro e de sua aceitação da função. Com o processo eletrônico da atualidade, é possível a expedição de Carta de Precatória, de Ordem ou Rogatória por MEIO ELETRÔNICO, com assinatura digital (eletrônica) do Juiz. O Juiz que expedir a Carta deve fixar o prazo para o cumprimento da solicitação, atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência. As partes deverão ser intimadas pelo juiz do ato de expedição da carta. A Carta tem caráter itinerante, isto é, não é vinculada ao Juízo inicialmente destinatário. Se após a sua expedição for verificado que o 31

32 cumprimento do ato processual deve ocorrer em outro juízo, a este deverá ser remetido. Exemplo: Juiz da Comarca de Porto Alegre/RS encaminha carta precatória a Juiz da Comarca de Campo Grande/MS, mas, posteriormente descobre que o ato deve ser cumprido em Cuiabá/MT; outro exemplo é caso do réu que deverá ser citado da ação mudar-se de domicílio, necessitando a alteração do Juízo destinatário da Carta. Com isso, a Carta poderá ser remetida para o novo destinatário, dada sua itinerância. Estas Cartas transmitidas por telegrama ou eletrônico serão executadas de ofício (iniciativa própria e imediata do Juízo Deprecado, Ordenado ou Rogado). No entanto, a parte requerente deve depositar na Secretaria do tribunal ou no Cartório do juízo deprecante, a importância correspondente às despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-se o ato. A respeito de Cartas por Telefone, o Secretário do Tribunal ou o Escrivão do Juízo Deprecante transmitirá, a carta de ordem, ou a carta precatória ao juízo, em que houver de cumprir-se o ato, mediante o aparelho telefônico. Esta Carta deverá ser dirigida ao escrivão do 1º Ofício da 1ª Vara da Comarca, caso existam mais de uma. O escrivão do Juízo Deprecado ou Ordenado deverá retornar a ligação ao Juízo Deprecante ou Ordenante no mesmo dia ou no próximo dia útil para confirmar o teor da Carta. Somente após esta confirmação por telefone é que a Carta será submetida a Despacho do Juiz (será conclusa para julgamento). Depois que a Carta Precatória, de Ordem, Rogatória ou Arbitral for cumprida, deverá ser encaminhada ao Juízo de origem em até 10 DIAS, devendo as custas ser pagas pela parte requerente. Recusa do cumprimento de Carta Precatória: A Lei autoriza ao Juiz recusar o cumprimento de Carta precatória ou arbitral nas seguintes hipóteses, nas quais poderá devolvê-la com um Despacho Motivado (fundamentado): quando não estiver revestida dos requisitos legais (ex: não houver menção ao ato a ser praticado; ausência de assinatura do Juiz, etc); quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia (quando o Juiz for incompetente funcional para julgar o caso incompetência absoluta, não apenas relativa); a doutrina sustenta que a incompetência territorial também é caso para recusa da Carta 32

33 Precatória (exemplo: Juiz de uma Comarca não poderá cumprir uma Carta materialmente deverá ser cumprida no território de outra comarca). quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade. No caso de incompetência em razão da matéria ou da hierarquia, o juiz deprecado, conforme o ato a ser praticado, poderá remeter a carta ao juiz ou ao tribunal competente. CITAÇÃO A Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o RÉU, o Executado ou o interessado para integrar a relação processual e defender-se das alegações do autor. É o ato de chamamento do sujeito passivo a juízo, que o vincula ao processo e a seus efeitos. Sem a realização da citação não será fechada a relação jurídica triangular entre Autor, Juiz e Réu. Mediante a citação válida, a relação jurídica processual torna completa com a integração do réu ao processo, sendo. Por isso, a lei torna obrigatória a citação do sujeito passivo em todos os processos judiciais. Isto é, para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. A ausência de citação válida do réu é uma irregularidade processual de natureza gravíssima, que pode ensejar a nulidade absoluta do processo por meio de Ação própria (Querela nullitatis). A despeito da necessidade de citação expressa, em sua falta, caso o réu compareça espontaneamente em juízo a ausência de citação será suprida para todos os fins processuais. Se ele comparece em juízo, não há motivo para uma exigência burocrática e inútil de nova citação, não é verdade? Com o comparecimento do réu, flui a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução. Caso o réu compareça e alegue nulidade de citação, a rejeição da do Juiz desta alegação de nulidade ensejará efeitos diversos, a depender da fase processual: * Fase de conhecimento - o réu será considerado revel; * Fase de execução, o feito terá seguimento. 33

34 Efeitos da Citação: A Citação do Réu é um ato processual de extrema relevância, que gera diversos efeitos processuais (Litispendência e Litigiosidade da coisa) e efeito material (constituição em mora do devedor). A citação gera 3 efeitos diversos: 1. Litispendência a litispendência ocorre quando, pendente uma ação, outra idêntica é apresentada (identidade de 2 ou mais ações). Lide Pendente. A identidade de ações, neste caso, envolve as mesmas partes, o mesmo pedido e a mesma causa de pedir (identidade de ações). O primeiro processo em que houver citação prosseguirá normalmente, mas os demais serão extintos sem resolução de mérito. 2. Litigiosidade do Objeto implica na caracterização de eventual fraude à execução do processo. Isto porque a alienação da coisa discutida em juízo, após a citação válida, é ineficaz para o processo, não gerando a alteração das partes e vinculando seu destino à futura sentença. 3. Constituição em Mora do Devedor a mora decorrente da citação tem os efeitos de uma interpelação judicial, gerando, entre outros efeitos, a incidência de juros moratórios (por atraso no pagamento). O Autor deve promover a citação do réu, deve requerer e diligenciar a citação no prazo de 10 DIAS após o despacho que a ordenar, devendo fornecer o endereço do réu e pagar as custas e despesas processuais pela citação. Eventual superação deste prazo por conta de atraso do serviço judiciário não prejudica o autor para fins interrupção da prescrição. Somente se a citação não ocorrer por conta do autor é que não será reputada como interrompida. O Juiz deve pronunciar de ofício a prescrição, a despeito de ser ainda matéria de livre disposição das partes e não de ordem pública. Os efeitos da citação (Litispendência, Litigiosidade e constituição em mora) são gerados mesmo quando a citação é realizada por Juiz incompetente. Vale ressaltar que a interrupção da prescrição ocorria antes do CPC como um dos efeitos da citação válida. Com a nova regulamentação, a interrupção da prescrição ocorre pelo despacho que ordena a citação. Isto é, com o despacho do Juiz que dá a ordem 34

35 de citação, opera-se a interrupção da +prescrição, não dependendo da efetivação da citação válida. A interrupção ocorrerá mesmo que o despacho seja proferido por juízo incompetente, e retroagirá à data de propositura da ação. Art A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no , de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação. 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no 1o. 3o A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. 4o O efeito retroativo a que se refere o 1o aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei. Citação Pessoal: A regra é que a citação do réu seja PESSOAL, isto é, na pessoa do réu ou de quem detenha poderes específicos de representação (representante legal ou procurador legalmente autorizado). A citação só não será na pessoa do réu quando este estiver ausente. Neste caso, a citação será realizada na pessoa, não do réu, mas de seu mandatário, administrador, preposto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados. Exemplo: um Pecuarista que seria citado em ação de cobrança de dívidas de empréstimos rurais encontra-se em viagem; neste caso a citação poderá ser realizada na pessoa do Administrador ou Gerente da Fazenda. No caso específico de ausência de Locador de Imóvel, o CPC prevê expressamente que na hipótese de sua ausência do país sem a devida ciência ao Locatário acerca de eventuais procuradores, é determinada a citação na pessoa do Administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis. 35

36 Citação da Fazenda Pública: A citação da Fazenda Pública (União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público) será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial. Ex: AGU, Procuradorias Estaduais e Municipais. Lugar da Citação: O réu, o executado ou o interessado poderão ser citados em qualquer lugar em que se encontre (Ex: em casa, no trabalho, no fórum, etc). Apenas se for Militar ativo, é que deverá ser citado na unidade em que estiver servindo se não for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado. Impedimentos para a Citação do réu: A Lei prevê algumas hipóteses em que a citação não será realizada (como regra). São situações temporárias em que não é recomendada a citação, que poderá ser realizada tão somente quando for estritamente necessária para evitar o perecimento do direito (ex: prescrição de dívida). Hipóteses de não citação do réu, salvo para evitar o perecimento do direito: 1. a quem estiver participando de qualquer ato de culto religioso; 2. ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em 2º GRAU, no dia do falecimento e nos 7 DIAS seguintes até após a Missa do 7º dia do falecido os parentes até o 2º GRAU não poderão ser citados! 3. aos NOIVOS, nos 3 primeiros DIAS de bodas; 4. aos DOENTES, enquanto grave o seu estado. Como colocado, nestas hipóteses acima ainda é possível a citação se for caso de urgente, para evitar o perecimento do direito do autor. 36

37 De outro lado, o CPC prevê que NÃO será realizada citação, mesmo se for caso urgente, se o réu for mentalmente incapaz ou estiver impossibilitado de recebê-la. Mesmo que o direito esteja próximo de perecer, se o réu não estiver em condições físico-mentais (incapacidade) para receber a citação ou estiver mentalmente incapaz, a citação não será realizada. Neste caso de incapacidade do réu, o Oficial de Justiça deve certificar o fato para que seja nomeado médico perito, que elaborará Laudo em 5 DIAS. Se for reconhecida a impossibilidade do réu de receber a citação, o Juiz nomeará um CURADOR para a prática do ato citatório. Esta nomeação do Curador não é para todo e qualquer processo, mas apenas para aquele especificamente tratado nos autos (restrita à causa). O Curador terá o encargo de receber a citação e de defender o réu. É dispensada a nomeação de médico perito se pessoa da família apresentar declaração do médico do citando que ateste a incapacidade deste. Espécies de Citação: As formas de citação são classificadas pela doutrina em 2 Grupos, a depender da certeza da citação do réu: Citações REAIS as citações reais são aqueles em que se tem a certeza da efetiva citação do réu (que este realmente foi citado e tem inteiro conhecimento da existência do processo). São também chamadas de Citações Pessoais (na pessoa do réu). As modalidades de citações reais geram os efeitos da revelia do réu na hipótese de não apresentação de resposta do réu (Ex: falta de contestação à Ação). Formas de Citação REAL: a) Por CORREIO a citação feita pelo Correio (correspondência) poderá ser realizada em qualquer Comarca do País, salvo as exceções legais. Tem sido a adotada como regra geral na Justiça, pela facilidade de comunicação mediante os Correios, salvo nas seguintes hipóteses (vedação de citação pelos Correios): nas Ações de Estado (Estado Civil da pessoa física: casamento, separação, divórcio, investigação de paternidade, etc); quando for RÉ pessoa incapaz; quando for RÉ pessoa de direito público; 37

38 quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência (Ex: alguns vilarejos do interior do Rio Amazonas); quando o autor a requerer de outra forma. Na citação pelos Correios o escrivão ou chefe da secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz. Ademais, deve-se comunicar o prazo de resposta (Ex: 15 DIAS para Contestar), o juízo e cartório, com o endereço respectivo. A validade da citação depende da assinatura do réu (assinar o recibo) ou de quem o represente no Aviso de Recebimento da própria citação. No caso do réu ser Pessoa Jurídica, a entrega e assinatura do Aviso de Recebimento da citação será na pessoa com poderes de gerência geral ou de administração, ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de correspondências. A citação de réu residente em condomínios edilícios (prédio de apartamentos ou casas) ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente. b) Por OFICIAL DE JUSTIÇA a regra é que se o autor não optar pela citação pelos Correios ou esta for frustrada (sem sucesso), a citação será por meio do Oficial de Justiça, que cumprirá o mandado de citação com o seguinte conteúdo: os nomes do Autor e do Réu, bem como os respectivos domicílios ou residências; o fim da citação (finalidade), com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a advertência do dever de contestar, sob pena da presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor (REVELIA), se o litígio versar sobre direitos disponíveis, ou apenas para embargar a execução; a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver; 38

39 se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento; a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória; a assinatura do escrivão ou chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do Juiz. Ao Oficial de Justiça cabe citar o réu onde o encontrar e: Ler o mandado e entregar a contrafé; Portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé (o Oficial de Justiça deve certificar se o réu recebeu ou recusou de assinar a citação); Obter a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado esta certidão tem fé pública e presunção relativa de veracidade. O Oficial de Justiça poderá realizar as citações e intimações nas Comarcas contíguas (não distam mais de 100 km umas das outras) ou nas da mesma região metropolitana (Ex: Comarca do Rio de Janeiro e Niterói), mesmo que não seja especificamente a Comarca onde exerce prioritariamente suas funções. c) Pelo ESCRIVÃO ou CHEFE DE SECRETARIA, se o citando comparecer em cartório Caso o citando compareça no cartório, basta o escrivão pegar a assinatura dele no mandado de citação, que já será considerado formalmente citado. Esta citação é também, por óbvio, pessoal. d) Por MEIO ELETRÔNICO com o advento do processo eletrônico, as citações agora também podem ser realizadas por meio eletrônico, desde que sejam obedecidos os requisitos previstos no art. 5º da Lei nº /2006. Esta citação pode ser considerada como real, pois permite ao réu amplo e irrestrito acesso aos autos. Citações FICTAS ou PRESUMIDAS são formas de citação em que apenas se presume formalmente a citação do réu, dadas as dificuldades para sua citação real. Nestes casos, o réu não sofrerá os efeitos da revelia, sendo nomeado Curador Especial para sua defesa. São formas de citação Ficta ou Presumida: a) Por EDITAL a citação por meio de edital ocorrerá quando: 39

40 1. For desconhecido ou incerto a pessoa do RÉU o desconhecimento ou a incerteza refere-se à pessoa física do réu ( se o réu é ele mesmo ); 2. For ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o RÉU localização imprecisa ou absoluto desconhecimento do paradeiro do réu. 3. Hipóteses expressamente previstas em Lei Especial. Se um País recusar o cumprimento de carta rogatória, este será considerado inacessível para fins de citação por Edital. Ademais, nas hipóteses de inacessibilidade do réu, a sua citação por edital será acompanhada de notícia divulgada no Rádio (se na comarca houver emissora de radiodifusão). O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos. Requisitos de validade do Edital de citação: 1. a afirmação do AUTOR, ou a certidão do oficial, de ser desconhecido ou incerto a pessoa física do réu ou de ser ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o réu; 2. a afixação do Edital na rede mundial de computadores (internet), no sítio do tribunal e na plataforma de editais do CNJ, que deve ser certificada nos autos; 3. a fixação do prazo do edital entre 20 e 60 DIAS; 4. a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia. O autor responderá por perdas e danos caso venha a informar dolosamente desconhecer o lugar onde se encontra o réu ou quem é o próprio réu (alegando dolosamente a ocorrência das circunstâncias autorizadoras para sua realização), ensejando a citação por Edital de forma indevida. Neste caso, sofrerá multa de 5 VEZES o salário mínimo, que será revertida ao réu a ser citado (citando). O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias. Hipóteses em que devem ser publicados Editais, obrigatoriamente: na ação de usucapião de imóvel; na ação de recuperação ou substituição de título ao portador; 40

41 em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a provocação, para participação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos. b) Por HORA CERTA para os casos em que o réu estiver furtando-se deliberadamente de receber a citação, a Lei prevê que o Oficial de Justiça deve comparecer por 2 VEZES no domicílio do réu (no antigo CPC eram 3 vezes). Se não o encontrar e houver suspeita da sua ocultação para não ser citado, deverá o Oficial de Justiça informar a qualquer pessoa da família do réu, bem como a qualquer vizinho, que no próximo dia (dia imediato) retornará em horário previamente marcado para realizar a citação do réu. Chegando ao local no dia e hora marcado, caso não encontre o réu, o Oficial de Justiça o citará, deixando a contrafé com os familiares ou vizinhos. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será também válida a intimação a citação por hora certa feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência. Por fim, depois de ter Ficticiamente citado o Réu, mediante a Hora Certa, o escrivão enviará ao Réu, no prazo de 10 DIAS, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência. Art Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência. Art No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência. 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informarse das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias. 2o A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o mandado. 41

42 3o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome. 4o O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial se houver revelia. Art Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência. Peculiaridades da citação do CPC-2015: Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio. Assim, empresas privadas (salvo microempresas e as de pequeno porte) e empresas públicas devem manter cadastro para recebimento de citações via eletrônica; A Fazenda Pública (União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da administração indireta) devem manter cadastro também para recebimento de citações e intimações via eletrônica; Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio (neste caso não é necessária citação pessoal). Comunicação do trânsito em julgado O CPC-2015 prevê que após o trânsito em julgado da sentença de mérito proferida em favor do réu antes da citação, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento. INTIMAÇÃO O CPC não diferencia o que é Intimação de Notificação. No entanto, para a doutrina a Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do processo que já foram praticados. 42

43 Já a Notificação seria a comunicação da prática de um ato a ser realizado, convocando alguém para que faça ou deixe de fazer alguma coisa no futuro. Esta diferenciação não tem relevância para o CPC, que conceitua a Intimação genericamente como o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa. A Citação é o ato inicial pelo qual o réu toma conhecimento da existência do processo, passando a fazer parte dele. Já as Intimações são atos de informação da prática dos demais atos do processo. Exemplo: intimação para acompanhar oitiva de testemunha previamente marcada; intimação de juntada de prova pericial, etc. Peculiaridades das Intimações: Enquanto a citação deve ser requerida pelo Autor, em regra, as intimações são realizadas por impulso oficial (ex-oficio) nos processos já deflagrados, salvo as exceções em que a própria lei prevê a possibilidade de requerimento de alguma das partes. As intimações podem ser realizadas por Escrivão, por Oficial de Justiça, por publicação na imprensa e por Meio Eletrônico. Igual às citações, as intimações podem ser realizadas por meio eletrônico, de acordo com a Lei nº /2006. A preferência é que as intimações sejam realizadas por meio eletrônico! É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento. Este ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença. A intimação da Fazenda Pública (União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público) será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial. O Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública devem manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial (Ex: Diário de Justiça Eletrônico). Peculiaridades da Publicação de acordo com o novo CPC: 43

44 O CPC-2015 prevê que os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o nome da sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na OAB. É indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na OAB, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados, sob pena de NULIDADE. A grafia dos nomes das partes NÃO deve conter abreviaturas. A grafia dos nomes dos advogados deve corresponder ao nome completo e ser a mesma que constar da procuração ou que estiver registrada na OAB. Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará nulidade. A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação. O advogado e a sociedade de advogados deverão requerer o respectivo credenciamento para a retirada de Autos por preposto: A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido. Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade de acesso prévio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da intimação, caso em que o prazo será contado da intimação da decisão que a reconheça. Se inviável a intimação por meio eletrônico e não houver na localidade publicação em órgão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe de secretaria intimar de todos os atos do processo os advogados das partes: pessoalmente, se tiverem domicílio na sede do juízo; por carta registrada, com aviso de recebimento, quando forem domiciliados fora do juízo. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do 44

45 processo pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria. Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço. Requisitos da certidão de intimação: o a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número de seu documento de identidade e o órgão que o expediu; a declaração de entrega da contrafé; a nota de ciente ou a certidão de que o interessado não a apôs no mandado. Se necessário, a intimação poderá ser efetuada com hora certa ou por edital. A intimação por meio de Oficial de Justiça é também subsidiária, somente sendo cabível quando frustrada a realização por meio eletrônico ou pelo Correio. LEI Nº , DE 19 DE DEZEMBRO DE Dispõe sobre a informatização do processo judicial; altera a Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Código de Processo Civil; e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA INFORMATIZAÇÃO DO PROCESSO JUDICIAL Art. 1 o O uso de meio eletrônico na tramitação de processos judiciais, comunicação de atos e transmissão de peças processuais será admitido nos termos desta Lei. 45

46 1 o Aplica-se o disposto nesta Lei, indistintamente, aos processos civil, penal e trabalhista, bem como aos juizados especiais, em qualquer grau de jurisdição. 2 o Para o disposto nesta Lei, considera-se: I - meio eletrônico qualquer forma de armazenamento ou tráfego de documentos e arquivos digitais; II - transmissão eletrônica toda forma de comunicação a distância com a utilização de redes de comunicação, preferencialmente a rede mundial de computadores; III - assinatura eletrônica as seguintes formas de identificação inequívoca do signatário: a) assinatura digital baseada em certificado digital emitido por Autoridade Certificadora credenciada, na forma de lei específica; b) mediante cadastro de usuário no Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos órgãos respectivos. Art. 2 o O envio de petições, de recursos e a prática de atos processuais em geral por meio eletrônico serão admitidos mediante uso de assinatura eletrônica, na forma do art. 1 o desta Lei, sendo obrigatório o credenciamento prévio no Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos órgãos respectivos. 1 o O credenciamento no Poder Judiciário será realizado mediante procedimento no qual esteja assegurada a adequada identificação presencial do interessado. 2 o Ao credenciado será atribuído registro e meio de acesso ao sistema, de modo a preservar o sigilo, a identificação e a autenticidade de suas comunicações. 3 o Os órgãos do Poder Judiciário poderão criar um cadastro único para o credenciamento previsto neste artigo. Art. 3 o Consideram-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia e hora do seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do que deverá ser fornecido protocolo eletrônico. Parágrafo único. Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo processual, serão consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do seu último dia. CAPÍTULO II 46

47 DA COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA DOS ATOS PROCESSUAIS Art. 4 o Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede mundial de computadores, para publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral. 1 o O sítio e o conteúdo das publicações de que trata este artigo deverão ser assinados digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada na forma da lei específica. 2 o A publicação eletrônica na forma deste artigo substitui qualquer outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal. 3 o Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. 4 o Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação. 5 o A criação do Diário da Justiça eletrônico deverá ser acompanhada de ampla divulgação, e o ato administrativo correspondente será publicado durante 30 (trinta) dias no diário oficial em uso. Art. 5 o As intimações serão feitas por meio eletrônico em portal próprio aos que se cadastrarem na forma do art. 2 o desta Lei, dispensando-se a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico. 1 o Considerar-se-á realizada a intimação no dia em que o intimando efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos a sua realização. 2 o Na hipótese do 1 o deste artigo, nos casos em que a consulta se dê em dia não útil, a intimação será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte. 3 o A consulta referida nos 1 o e 2 o deste artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias corridos contados da data do envio da intimação, sob pena de considerar-se a intimação automaticamente realizada na data do término desse prazo. 4 o Em caráter informativo, poderá ser efetivada remessa de correspondência eletrônica, comunicando o envio da intimação e a abertura automática do prazo processual nos termos do 3 o deste artigo, aos que manifestarem interesse por esse serviço. 47

48 5 o Nos casos urgentes em que a intimação feita na forma deste artigo possa causar prejuízo a quaisquer das partes ou nos casos em que for evidenciada qualquer tentativa de burla ao sistema, o ato processual deverá ser realizado por outro meio que atinja a sua finalidade, conforme determinado pelo juiz. 6 o As intimações feitas na forma deste artigo, inclusive da Fazenda Pública, serão consideradas pessoais para todos os efeitos legais. Art. 6 o Observadas as formas e as cautelas do art. 5 o desta Lei, as citações, inclusive da Fazenda Pública, excetuadas as dos Direitos Processuais Criminal e Infracional, poderão ser feitas por meio eletrônico, desde que a íntegra dos autos seja acessível ao citando. Art. 7 o As cartas precatórias, rogatórias, de ordem e, de um modo geral, todas as comunicações oficiais que transitem entre órgãos do Poder Judiciário, bem como entre os deste e os dos demais Poderes, serão feitas preferentemente por meio eletrônico. CAPÍTULO III DO PROCESSO ELETRÔNICO Art. 8 o Os órgãos do Poder Judiciário poderão desenvolver sistemas eletrônicos de processamento de ações judiciais por meio de autos total ou parcialmente digitais, utilizando, preferencialmente, a rede mundial de computadores e acesso por meio de redes internas e externas. Parágrafo único. Todos os atos processuais do processo eletrônico serão assinados eletronicamente na forma estabelecida nesta Lei. Art. 9 o No processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, inclusive da Fazenda Pública, serão feitas por meio eletrônico, na forma desta Lei. 1 o As citações, intimações, notificações e remessas que viabilizem o acesso à íntegra do processo correspondente serão consideradas vista pessoal do interessado para todos os efeitos legais. 2 o Quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização de citação, intimação ou notificação, esses atos processuais poderão ser praticados segundo as regras ordinárias, digitalizando-se o documento físico, que deverá ser posteriormente destruído. Art. 10. A distribuição da petição inicial e a juntada da contestação, dos recursos e das petições em geral, todos em formato digital, nos autos de processo eletrônico, podem ser feitas diretamente pelos advogados públicos e 48

49 privados, sem necessidade da intervenção do cartório ou secretaria judicial, situação em que a autuação deverá se dar de forma automática, fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo. 1 o Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição eletrônica, serão considerados tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia. 2 o No caso do 1 o deste artigo, se o Sistema do Poder Judiciário se tornar indisponível por motivo técnico, o prazo fica automaticamente prorrogado para o primeiro dia útil seguinte à resolução do problema. 3 o Os órgãos do Poder Judiciário deverão manter equipamentos de digitalização e de acesso à rede mundial de computadores à disposição dos interessados para distribuição de peças processuais. Art. 11. Os documentos produzidos eletronicamente e juntados aos processos eletrônicos com garantia da origem e de seu signatário, na forma estabelecida nesta Lei, serão considerados originais para todos os efeitos legais. 1 o Os extratos digitais e os documentos digitalizados e juntados aos autos pelos órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas autoridades policiais, pelas repartições públicas em geral e por advogados públicos e privados têm a mesma força probante dos originais, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração antes ou durante o processo de digitalização. 2 o A argüição de falsidade do documento original será processada eletronicamente na forma da lei processual em vigor. 3 o Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no 2 o deste artigo, deverão ser preservados pelo seu detentor até o trânsito em julgado da sentença ou, quando admitida, até o final do prazo para interposição de ação rescisória. 4 o (VETADO) 5 o Os documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável devido ao grande volume ou por motivo de ilegibilidade deverão ser apresentados ao cartório ou secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados do envio de petição eletrônica comunicando o fato, os quais serão devolvidos à parte após o trânsito em julgado. 6 o Os documentos digitalizados juntados em processo eletrônico somente estarão disponíveis para acesso por meio da rede externa para suas respectivas partes processuais e para o Ministério Público, respeitado o disposto em lei para as situações de sigilo e de segredo de justiça. 49

50 Art. 12. A conservação dos autos do processo poderá ser efetuada total ou parcialmente por meio eletrônico. 1 o Os autos dos processos eletrônicos deverão ser protegidos por meio de sistemas de segurança de acesso e armazenados em meio que garanta a preservação e integridade dos dados, sendo dispensada a formação de autos suplementares. 2 o Os autos de processos eletrônicos que tiverem de ser remetidos a outro juízo ou instância superior que não disponham de sistema compatível deverão ser impressos em papel, autuados na forma dos arts. 166 a 168 da Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de Código de Processo Civil, ainda que de natureza criminal ou trabalhista, ou pertinentes a juizado especial. 3 o No caso do 2 o deste artigo, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará os autores ou a origem dos documentos produzidos nos autos, acrescentando, ressalvada a hipótese de existir segredo de justiça, a forma pela qual o banco de dados poderá ser acessado para aferir a autenticidade das peças e das respectivas assinaturas digitais. 4 o Feita a autuação na forma estabelecida no 2 o deste artigo, o processo seguirá a tramitação legalmente estabelecida para os processos físicos. 5 o A digitalização de autos em mídia não digital, em tramitação ou já arquivados, será precedida de publicação de editais de intimações ou da intimação pessoal das partes e de seus procuradores, para que, no prazo preclusivo de 30 (trinta) dias, se manifestem sobre o desejo de manterem pessoalmente a guarda de algum dos documentos originais. Art. 13. O magistrado poderá determinar que sejam realizados por meio eletrônico a exibição e o envio de dados e de documentos necessários à instrução do processo. 1 o Consideram-se cadastros públicos, para os efeitos deste artigo, dentre outros existentes ou que venham a ser criados, ainda que mantidos por concessionárias de serviço público ou empresas privadas, os que contenham informações indispensáveis ao exercício da função judicante. 2 o O acesso de que trata este artigo dar-se-á por qualquer meio tecnológico disponível, preferentemente o de menor custo, considerada sua eficiência. 3 o (VETADO) 50

51 CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS Art. 14. Os sistemas a serem desenvolvidos pelos órgãos do Poder Judiciário deverão usar, preferencialmente, programas com código aberto, acessíveis ininterruptamente por meio da rede mundial de computadores, priorizando-se a sua padronização. Parágrafo único. Os sistemas devem buscar identificar os casos de ocorrência de prevenção, litispendência e coisa julgada. Art. 15. Salvo impossibilidade que comprometa o acesso à justiça, a parte deverá informar, ao distribuir a petição inicial de qualquer ação judicial, o número no cadastro de pessoas físicas ou jurídicas, conforme o caso, perante a Secretaria da Receita Federal. Parágrafo único. Da mesma forma, as peças de acusação criminais deverão ser instruídas pelos membros do Ministério Público ou pelas autoridades policiais com os números de registros dos acusados no Instituto Nacional de Identificação do Ministério da Justiça, se houver. Art. 16. Os livros cartorários e demais repositórios dos órgãos do Poder Judiciário poderão ser gerados e armazenados em meio totalmente eletrônico. Art. 17. (VETADO) Art. 18. Os órgãos do Poder Judiciário regulamentarão esta Lei, no que couber, no âmbito de suas respectivas competências. Art. 19. Ficam convalidados os atos processuais praticados por meio eletrônico até a data de publicação desta Lei, desde que tenham atingido sua finalidade e não tenha havido prejuízo para as partes. Art. 20. A Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de Código de Processo Civil, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art Parágrafo único. A procuração pode ser assinada digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada, na forma da lei específica." (NR) "Art Parágrafo único. (Vetado). (VETADO) 51

52 2 o Todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e assinados por meio eletrônico, na forma da lei." (NR) "Art Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei." (NR) "Art o É vedado usar abreviaturas. 2 o Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. 3 o No caso do 2 o deste artigo, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo." (NR) "Art o A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei." (NR) "Art IV - por meio eletrônico, conforme regulado em lei própria." (NR) "Art Parágrafo único. As intimações podem ser feitas de forma eletrônica, conforme regulado em lei própria." (NR) "Art

53 V - os extratos digitais de bancos de dados, públicos e privados, desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na origem; VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento, público ou particular, quando juntados aos autos pelos órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados públicos ou privados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração antes ou durante o processo de digitalização. 1 o Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no inciso VI do caput deste artigo, deverão ser preservados pelo seu detentor até o final do prazo para interposição de ação rescisória. 2 o Tratando-se de cópia digital de título executivo extrajudicial ou outro documento relevante à instrução do processo, o juiz poderá determinar o seu depósito em cartório ou secretaria." (NR) "Art o Recebidos os autos, o juiz mandará extrair, no prazo máximo e improrrogável de 30 (trinta) dias, certidões ou reproduções fotográficas das peças indicadas pelas partes ou de ofício; findo o prazo, devolverá os autos à repartição de origem. 2 o As repartições públicas poderão fornecer todos os documentos em meio eletrônico conforme disposto em lei, certificando, pelo mesmo meio, que se trata de extrato fiel do que consta em seu banco de dados ou do documento digitalizado." (NR) "Art o O depoimento será passado para a versão datilográfica quando houver recurso da sentença ou noutros casos, quando o juiz o determinar, de ofício ou a requerimento da parte. 2 o Tratando-se de processo eletrônico, observar-se-á o disposto nos 2 o e 3 o do art. 169 desta Lei." (NR) "Art o Tratando-se de processo eletrônico, observar-se-á o disposto nos 2 o e 3 o do art. 169 desta Lei." (NR) 53

54 "Art Parágrafo único. Os votos, acórdãos e demais atos processuais podem ser registrados em arquivo eletrônico inviolável e assinados eletronicamente, na forma da lei, devendo ser impressos para juntada aos autos do processo quando este não for eletrônico." (NR) Art. 21. (VETADO) Art. 22. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias depois de sua publicação. Brasília, 19 de dezembro de 2006; 185 o da Independência e 118 o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Márcio Thomaz Bastos Resolução Nº 185 de 18/12/2013 Ementa: Institui o Sistema Processo Judicial Eletrônico - PJe como sistema de processamento de informações e prática de atos processuais e estabelece os parâmetros para sua implementação e funcionamento. O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ), no uso de suas atribuições legais e regimentais, e CONSIDERANDO as diretrizes contidas na Lei n , de 19 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial, especialmente o disposto no art. 18, que autoriza a regulamentação pelos órgãos do Poder Judiciário; CONSIDERANDO os benefícios advindos da substituição da tramitação de autos em meio físico pelo meio eletrônico, como instrumento de celeridade e qualidade da prestação jurisdicional; CONSIDERANDO a necessidade de racionalização da utilização dos recursos orçamentários pelos órgãos do Poder Judiciário; CONSIDERANDO o contido no Acórdão TCU 1094, que, entre outras medidas, recomenda que o Conselho Superior da Justiça do Trabalho - CSJT fiscalize "as medidas a serem adotadas pelos órgãos integrantes da Justiça do Trabalho, de modo a evitar o desperdício de recursos no 54

55 desenvolvimento de soluções a serem descartadas quando da implantação dos projetos nacionais, orientando acerca da estrita observância dos termos do Ato Conjunto CSJT.TST.GP.SE 9/2008, especialmente em seus arts. 9º e 11, zelando pela compatibilidade das soluções de TI adotadas no âmbito da Justiça do Trabalho, bem como se abstendo da prática de contratações cujo objeto venha a ser rapidamente descartado, podendo resultar em atos de gestão antieconômicos e ineficientes", com envio de cópia ao Conselho Nacional de Justiça; CONSIDERANDO as vantagens advindas da adoção de instrumentos tecnológicos que permitam a adequação do funcionamento do Poder Judiciário aos princípios da proteção ambiental; CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a implantação do sistema Processo Judicial Eletrônico - PJe nos órgãos do Poder Judiciário, de modo a conferir-lhe uniformidade; CONSIDERANDO a edição da Resolução nº. 94 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho - CSJT, de 23 de março de 2012, e suas posteriores alterações, que regulamentou o PJe-JT no âmbito daquela justiça especializada; CONSIDERANDO a Resolução n. 202, de 29 de agosto de 2012, do Conselho da Justiça Federal, que "Dispõe sobre a implantação do Sistema Processo Judicial Eletrônico - PJe no âmbito do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus"; CONSIDERANDO o Acordo de Cooperação Técnica n. 029/2012, celebrado entre o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho da Justiça Federal, detalhando as obrigações dos partícipes quanto à customização, implantação e utilização do PJe no âmbito da Justiça Federal; CONSIDERANDO a Resolução n /2013, aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral na Sessão Administrativa de 10 de setembro de 2013, que regulamentou o Processo Judicial Eletrônico - PJe na Justiça Eleitoral; CONSIDERANDO a adesão de grande número de Tribunais de Justiça ao Sistema PJe, por meio do Acordo de Cooperação n. 043/2010; CONSIDERANDO as atribuições do Conselho Nacional de Justiça, previstas no art. 103-B, 4º, da Constituição Federal, especialmente no que concerne ao controle da atuação administrativa e financeira e à coordenação do planejamento estratégico do Poder Judiciário, inclusive na área de tecnologia da informação, 55

56 CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do Conselho Nacional de Justiça na 181ª Sessão Ordinária, realizada em 17 de dezembro de 2013; RESOLVE: Instituir o Sistema Processo Judicial Eletrônico - PJe como sistema informatizado de processo judicial no âmbito do Poder Judiciário e estabelecer os parâmetros para o seu funcionamento, na forma a seguir: CAPÍTULO I DO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO Seção I Das Disposições Gerais Art. 1º A tramitação do processo judicial eletrônico nos órgãos do Poder Judiciário previstos no art. 92, incisos I-A a VII, da Constituição Federal, realizada por intermédio do Sistema Processo Judicial Eletrônico - PJe, é disciplinada pela presente Resolução e pelas normas específicas expedidas pelos Conselhos e Tribunais que com esta não conflitem. Art. 2º O PJe compreenderá o controle do sistema judicial nos seguintes aspectos: I o controle da tramitação do processo; II a padronização de todos os dados e informações compreendidas pelo processo judicial; III a produção, registro e publicidade dos atos processuais; IV o fornecimento de dados essenciais à gestão das informações necessárias aos diversos órgãos de supervisão, controle e uso do sistema judiciário. Art. 3º Para o disposto nesta Resolução, considera-se: I assinatura digital: resumo matemático computacionalmente calculado a partir do uso de chave privada e que pode ser verificado com o uso de chave pública, estando o detentor do par de chaves certificado dentro da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Br), na forma da legislação específica; 56

57 II autos do processo eletrônico ou autos digitais: conjunto de metadados e documentos eletrônicos correspondentes a todos os atos, termos e informações do processo; III digitalização: processo de reprodução ou conversão de fato ou coisa, produzidos ou representados originalmente em meio não digital, para o formato digital; IV documento digitalizado: reprodução digital de documento originalmente físico; digital; V documento digital: documento originalmente produzido em meio VI meio eletrônico: ambiente de armazenamento ou tráfego de informações digitais; VII transmissão eletrônica: toda forma de comunicação à distância com a utilização de redes de comunicação, preferencialmente a rede mundial de computadores; VIII usuários internos: magistrados e servidores do Poder Judiciário, bem como outros a que se reconhecer acesso às funcionalidades internas do sistema de processamento em meio eletrônico, tais como estagiários e prestadores de serviço; IX usuários externos: todos os demais usuários, incluídos partes, advogados, membros do Ministério Público, defensores públicos, peritos e leiloeiros. Art. 4º Os atos processuais terão registro, visualização, tramitação e controle exclusivamente em meio eletrônico e serão assinados digitalmente, contendo elementos que permitam identificar o usuário responsável pela sua prática. 1º A reprodução de documento dos autos digitais deverá conter elementos que permitam verificar a sua autenticidade em endereço eletrônico para esse fim, disponibilizado nos sítios do Conselho Nacional de Justiça e de cada um dos Tribunais usuários do Sistema Processo Judicial Eletrônico - PJe. 2º O usuário é responsável pela exatidão das informações prestadas, quando de seu credenciamento, assim como pela guarda, sigilo e utilização da assinatura digital, não sendo oponível, em qualquer hipótese, alegação de uso indevido, nos termos da Medida Provisória n , de 24 de agosto de º Somente serão admitidas assinaturas digitais de pessoas físicas e de pessoas físicas representantes de pessoas jurídicas, quando realizada no 57

58 sistema PJe ou a este destinada, se utilizado certificado digital A3 ou equivalente que o venha a substituir, na forma da normatização do ICP-Brasil. 4º A assinatura digital por meio de aparelhos móveis que não possam ser acoplados a dispositivo criptográfico portável (tokens ou cartões) com certificado A3 será realizada na forma a ser definida pelo Comitê Gestor Nacional do PJe. Art. 5º A distribuição dos processos se realizará de acordo com os pesos atribuídos, dentre outros, às classes processuais, aos assuntos do processo e à quantidade de partes em cada polo processual, de modo a garantir uma maior uniformidade na carga de trabalho de magistrados com a mesma competência, resguardando-se a necessária aleatoriedade na distribuição. 1º A atribuição dos pesos referidos no caput será realizada pelos Conselhos, Tribunais e/ou Corregedorias, no âmbito de suas competências, devendo ser criados grupos de magistrados de todas as instâncias para validação das configurações locais, sendo possível a atribuição de um peso idêntico para cada um dos aspectos passíveis de configuração. 2º A distribuição em qualquer grau de jurisdição será necessariamente automática e realizada pelo sistema imediatamente após o protocolo da petição inicial. 3º O sistema fornecerá indicação de possível prevenção com processos já distribuídos, com base nos parâmetros definidos pelo Comitê Gestor Nacional do PJe, cabendo ao magistrado analisar a existência, ou não, da prevenção. 4º É vedado criar funcionalidade no sistema para exclusão prévia de magistrados do sorteio de distribuição por qualquer motivo, inclusive impedimento ou suspeição. 5º Poderá ser criada funcionalidade para indicação prévia de possível suspeição ou impedimento, que não influenciará na distribuição, cabendo ao magistrado analisar a existência, ou não, da suspeição ou do impedimento. Seção II Do Acesso ao Sistema Art. 6º Para acesso ao PJe é obrigatória a utilização de assinatura digital a que se refere o art. 4º, 3º, desta Resolução, com exceção das situações previstas no 4º deste artigo. 58

59 1º Os usuários terão acesso às funcionalidades do PJe de acordo com o perfil que lhes for atribuído no sistema e em razão da natureza de sua relação jurídico-processual. 2º Quando necessário, o fornecimento de certificados digitais aos usuários internos será de responsabilidade de cada Tribunal ou Conselho, facultado ao Conselho Nacional de Justiça atuar na sua aquisição e distribuição. 3º Serão gerados códigos de acesso ao processo para as partes constantes do polo passivo, com prazo de validade limitado, que lhe permitam o acesso ao inteiro conteúdo dos autos eletrônicos, para possibilitar o exercício do contraditório e da ampla defesa. 4º Será possível o acesso e a utilização do sistema PJe através de usuário (login) e senha, exceto para: I assinatura de documentos e arquivos; II operações que acessem serviços com exigência de identificação por certificação digital; III consulta e operações em processos que tramitem em sigilo ou em segredo de justiça. 5º O usuário, acessando o PJe com login e senha, poderá enviar arquivos não assinados digitalmente, devendo assiná-los com certificado digital em até 5 (cinco) dias, nos termos da Lei n , de 26 de maio de º O disposto nos 4º e 5º só vigorará a partir da versão do PJe que implemente as soluções neles previstas. Art. 7º O credenciamento dar-se-á pela simples identificação do usuário por meio de seu certificado digital e remessa do formulário eletrônico disponibilizado no portal de acesso ao PJe, devidamente preenchido e assinado digitalmente. 1º O cadastramento para uso exclusivamente através de usuário (login) e senha deverá ser realizado presencialmente, nos termos do art. 2º, 1º, da Lei n , de 19 de dezembro de º Alterações de dados cadastrais poderão ser feitas pelos usuários, a qualquer momento, na seção respectiva do portal de acesso ao PJe, exceto as informações cadastrais obtidas de bancos de dados credenciados, como Receita Federal, Justiça Eleitoral e OAB, que deverão ser atualizadas diretamente nas respectivas fontes. Art. 8º O PJe estará disponível 24 (vinte e quatro) horas por dia, ininterruptamente, ressalvados os períodos de manutenção do sistema. 59

60 Parágrafo único. As manutenções programadas do sistema serão sempre informadas com antecedência e realizadas, preferencialmente, entre 0h de sábado e 22h de domingo, ou entre 0h e 6h dos demais dias da semana. Art. 9º Considera-se indisponibilidade do sistema PJe a falta de oferta ao público externo, diretamente ou por meio de webservice, de qualquer dos seguintes serviços: I consulta aos autos digitais; II transmissão eletrônica de atos processuais; ou III acesso a citações, intimações ou notificações eletrônicas. 1º Não caracterizam indisponibilidade as falhas de transmissão de dados entre as estações de trabalho do público externo e a rede de comunicação pública, assim como a impossibilidade técnica que decorra de falhas nos equipamentos ou programas dos usuários. 2º É de responsabilidade do usuário: I o acesso ao seu provedor da internet e a configuração do computador utilizado nas transmissões eletrônicas; II o acompanhamento do regular recebimento das petições e documentos transmitidos eletronicamente; III a aquisição, por si ou pela instituição ao qual está vinculado, do certificado digital, padrão ICP-Brasil, emitido por Autoridade Certificadora credenciada, e respectivo dispositivo criptográfico portável. Art. 10. A indisponibilidade definida no artigo anterior será aferida por sistema de auditoria fornecido pelo Conselho Nacional de Justiça ou por órgão a quem este atribuir tal responsabilidade. 1º Os sistemas de auditoria verificarão a disponibilidade externa dos serviços referidos no art. 8º a intervalos de tempo não superiores a 5 (cinco) minutos. 2º Toda indisponibilidade do sistema PJe será registrada em relatório de interrupções de funcionamento acessível ao público no sítio do Tribunal e dos Conselhos, devendo conter, pelo menos, as seguintes informações: I data, hora e minuto de início da indisponibilidade; II data, hora e minuto de término da indisponibilidade; e III serviços que ficaram indisponíveis. 60

61 3º O relatório de interrupção, assinado digitalmente e com efeito de certidão, estará acessível preferencialmente em tempo real ou, no máximo, até às 12h do dia seguinte ao da indisponibilidade. Art. 11. Os prazos que vencerem no dia da ocorrência de indisponibilidade de quaisquer dos serviços referidos no art. 8º serão prorrogados para o dia útil seguinte, quando: I a indisponibilidade for superior a 60 (sessenta) minutos, ininterruptos ou não, se ocorrida entre 6h00 e 23h00; ou II ocorrer indisponibilidade entre 23h00 e 24h00. 1º As indisponibilidades ocorridas entre 0h00 e 6h00 dos dias de expediente forense e as ocorridas em feriados e finais de semana, a qualquer hora, não produzirão o efeito do caput. 2º Os prazos fixados em hora ou minuto serão prorrogados até às 24h00 do dia útil seguinte quando: I ocorrer indisponibilidade superior a 60 (sessenta) minutos, ininterruptos ou não, nas últimas 24 (vinte e quatro) horas do prazo; ou II ocorrer indisponibilidade nos 60 (sessenta) minutos anteriores ao seu término. 3º A prorrogação de que trata este artigo será feita automaticamente pelo sistema PJe. Art. 12. A indisponibilidade previamente programada produzirá as consequências previstas em lei e na presente Resolução e será ostensivamente comunicada ao público externo com, pelo menos, 5 (cinco) dias de antecedência. Seção III Do Funcionamento do Sistema Art. 13. O sistema receberá arquivos com tamanho máximo definido por ato do Tribunal ou Conselho e apenas nos formatos definidos pela Presidência do Conselho Nacional de Justiça, ouvido o Comitê Gestor Nacional do PJe. 1º O tamanho máximo de arquivos, definido por cada Conselho ou Tribunal, não poderá ser menor que 1,5Mb. 2º Na hipótese de capacidade postulatória atribuída à própria parte, a prática de ato processual será viabilizada por intermédio de servidor da 61

62 unidade judiciária destinatária da petição ou do setor responsável pela redução a termo e digitalização de peças processuais. 3º Será admitido peticionamento fora do PJe, pelas vias ordinárias, nas seguintes hipóteses: I o PJe estiver indisponível e o prazo para a prática do ato não for prorrogável na forma do art. 11 ou essa prorrogação puder causar perecimento do direito; II prática de ato urgente ou destinado a impedir perecimento de direito, quando o usuário externo não possua, em razão de caso fortuito ou força maior, assinatura digital. 4º A parte ou o advogado poderá juntar quantos arquivos se fizerem necessários à ampla e integral defesa de seus interesses, desde que cada um desses arquivos observe o limite de tamanho máximo e formatos previstos. Art. 14. Os documentos produzidos eletronicamente, os extratos digitais e os documentos digitalizados e juntados aos autos pelos órgãos do Poder Judiciário e seus auxiliares, pelos membros do Ministério Público, pelas procuradorias e por advogados públicos e privados têm a mesma força probante dos originais, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração. 1º Incumbirá àquele que produzir o documento digital ou digitalizado e realizar a sua juntada aos autos zelar pela qualidade deste, especialmente quanto à sua legibilidade. 2º Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no caput deste artigo, deverão ser preservados pelo seu detentor até o trânsito em julgado da sentença ou, quando admitida, até o final do prazo para propositura de ação rescisória. 3º A arguição de falsidade do documento original será processada eletronicamente na forma da lei processual em vigor. 4º Os documentos cuja digitalização mostre-se tecnicamente inviável devido ao grande volume, tamanho/formato ou por motivo de ilegibilidade deverão ser apresentados em secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados do envio de petição eletrônica comunicando o fato. Após o trânsito em julgado, os referidos documentos serão devolvidos, incumbindo-se à parte preservá-los, até o final do prazo para propositura de ação rescisória, quando admitida. 5º O usuário deve assegurar que os arquivos eletrônicos que envia ao PJe estejam livres de artefatos maliciosos, podendo o Sistema, caso 62

63 constatada a presença desses artefatos, rejeitá-los de plano, informando ao usuário as razões da rejeição, com efeito de certidão. Art. 15. Os documentos físicos apresentados com fundamento nos 2º e 3º do art. 13 desta Resolução deverão ser retirados pelos interessados, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, para os efeitos do art. 11, 3º, da Lei n , de 19 de dezembro de Parágrafo único. Findo o prazo estabelecido no caput, a Unidade Judiciária correspondente poderá inutilizar os documentos mantidos sob sua guarda em meio impresso. Art. 16. Os documentos que forem juntados eletronicamente em autos digitais e reputados manifestamente impertinentes pelo Juízo poderão ter, observado o contraditório, sua visualização tornada indisponível por expressa determinação judicial. Art. 17. Os documentos digitalizados e anexados às petições eletrônicas serão classificados e organizados de forma a facilitar o exame dos autos eletrônicos. Parágrafo único. Quando a forma de apresentação dos documentos puder ensejar prejuízo ao exercício do contraditório e da ampla defesa, deverá o juiz determinar nova apresentação e a exclusão dos anteriormente juntados. Art. 18. Os órgãos do Poder Judiciário que utilizarem o Processo Judicial Eletrônico - PJe manterão instalados equipamentos à disposição das partes, advogados e interessados para consulta ao conteúdo dos autos digitais, digitalização e envio de peças processuais e documentos em meio eletrônico. 1º Para os fins do caput, os órgãos do Poder Judiciário devem providenciar auxílio técnico presencial às pessoas com deficiência e que comprovem idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 2º Os órgãos do Poder Judiciário poderão realizar convênio com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou outras associações representativas de advogados, bem como com órgãos públicos, para compartilhar responsabilidades na disponibilização de tais espaços, equipamentos e auxílio técnico presencial. Seção IV Dos Atos Processuais Art. 19. No processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, inclusive da Fazenda Pública, far-se-ão por meio eletrônico, nos termos da Lei n , de 19 de dezembro de

64 1º As citações, intimações, notificações e remessas que viabilizem o acesso à íntegra do processo correspondente serão consideradas vista pessoal do interessado para todos os efeitos legais, nos termos do 1º do art. 9º da Lei n , de 19 de dezembro de º Quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização de citação, intimação ou notificação, ou nas hipóteses de urgência/determinação expressa do magistrado, esses atos processuais poderão ser praticados segundo as regras ordinárias, digitalizandose e destruindo-se posteriormente o documento físico. 3º Os Tribunais poderão publicar no Diário da Justiça Eletrônico as citações, intimações e notificações de processos em tramitação no sistema PJe, nos termos do art. 4º e parágrafos da Lei n , de 19 de dezembro de Art. 20. No instrumento de notificação ou citação constará indicação da forma de acesso ao inteiro teor da petição inicial, bem como ao endereço do sítio eletrônico do PJe, nos termos do art. 6º da Lei n , de 19 de dezembro de Art. 21. Para efeito da contagem do prazo de 10 (dez) dias corridos de que trata o art. 5º, 3º, da Lei n , de 19 de dezembro de 2006, no sistema PJe: I o dia inicial da contagem é o dia seguinte ao da disponibilização do ato de comunicação no sistema, independentemente de esse dia ser, ou não, de expediente no órgão comunicante; II o dia da consumação da intimação ou comunicação é o décimo dia a partir do dia inicial, caso seja de expediente judiciário, ou o primeiro dia útil seguinte, conforme previsto no art. 5º, 2º, da Lei n , de 19 de dezembro de Parágrafo único. A intercorrência de feriado, interrupção de expediente ou suspensão de prazo entre o dia inicial e o dia final do prazo para conclusão da comunicação não terá nenhum efeito sobre sua contagem, excetuada a hipótese do inciso II. Art. 22. A distribuição da petição inicial e a juntada da resposta, dos recursos e das petições em geral, todos em formato digital, nos autos de processo eletrônico serão feitas diretamente por aquele que tenha capacidade postulatória, sem necessidade da intervenção da secretaria judicial, situação em que a autuação ocorrerá de forma automática, mediante recibo eletrônico de protocolo, disponível permanentemente para guarda do peticionante. 64

65 1 No caso de petição inicial, o sistema fornecerá, imediatamente após o envio, juntamente com a comprovação de recebimento, informações sobre o número atribuído ao processo, o Órgão Julgador para o qual foi distribuída a ação e, se for o caso, a data da audiência inicial, designada automaticamente, seu local e horário de realização, dos quais será o autor imediatamente intimado. 2 Os dados da autuação automática poderão ser conferidos pela unidade judiciária, que procederá a sua alteração em caso de desconformidade com os documentos apresentados, de tudo ficando registro no sistema. 3º Faculta-se, quando o rito processual autorizar, a apresentação de resposta oral e a entrega de documentos em audiência, hipótese em que será reduzida a termo e lançada, juntamente com os documentos, no sistema. Art. 23. A comprovação da entrega de expedientes por oficiais de justiça será feita por certidão circunstanciada acerca do cumprimento da diligência. Parágrafo único. Haverá opção de digitalizar a contrafé subscrita pelos destinatários e juntá-la aos autos, ou realizar a guarda desta em meio físico, até o trânsito em julgado da sentença ou transcurso do prazo para ação rescisória, quando cabível. Art. 24. Os avisos de recebimento (ARs) devidamente assinados pelo recebedor das comunicações feitas pelos Correios deverão ser digitalizados e os respectivos arquivos juntados aos autos eletrônicos. Art. 25. As atas e termos de audiência poderão ser assinados digitalmente apenas pelo presidente do ato, assim como o documento digital, no caso de audiências gravadas em áudio e vídeo, os quais passarão a integrar os autos digitais, mediante registro em termo. Parágrafo único. Os demais participantes da audiência que possuam assinatura digital poderão assinar os termos. Art. 26. Os atos processuais praticados por usuários externos considerar-se-ão realizados na data e horário do seu envio no PJe. 1º A postulação encaminhada considerar-se-á tempestiva quando enviada, integralmente, até as 24 (vinte e quatro) horas do dia em que se encerra o prazo processual, considerado o horário do Município sede do órgão judiciário ao qual é dirigida a petição. 2º A suspensão dos prazos processuais não impedirá o encaminhamento de petições e a movimentação de processos eletrônicos, podendo a apreciação dos pedidos decorrentes desses prazos ocorrer, a critério 65

66 do juiz, após o término do prazo de suspensão, ressalvados os casos de urgência. 3º O sistema fornecerá ao usuário externo recibo eletrônico da prática do ato processual, disponível permanentemente para guarda do peticionante, contendo a data e o horário da prática do ato, a identificação do processo, o nome do remetente e/ou do usuário que assinou eletronicamente o documento e, se houver, o assunto, o órgão destinatário da petição e as particularidades de cada arquivo eletrônico, conforme informados pelo remetente. 4º Será de integral responsabilidade do remetente a equivalência entre os dados informados para o envio e os constantes da petição remetida. 5º Não serão considerados, para fins de tempestividade, o horário inicial de conexão do usuário à internet, o horário de acesso do usuário ao sítio eletrônico do Tribunal ou ao PJe, tampouco os horários registrados pelos equipamentos do remetente. 6º A não obtenção de acesso ao PJe e eventual defeito de transmissão ou recepção de dados não-imputáveis à indisponibilidade ou impossibilidade técnica do sistema não servirão de escusa para o descumprimento de prazo processual, salvo deliberação expressa da autoridade judiciária competente. Seção V Da Consulta e do Sigilo Art. 27. A consulta ao inteiro teor dos documentos juntados ao PJe somente estará disponível pela rede mundial de computadores, nos termos da Lei n , de 19 de dezembro de 2006, e da Resolução CNJ n. 121, de 5 de outubro de 2010, para as respectivas partes processuais, advogados em geral, Ministério Público e para os magistrados, sem prejuízo da possibilidade de visualização nas Secretarias dos Órgãos Julgadores, à exceção daqueles que tramitarem em sigilo ou segredo de justiça. 1º Para a consulta de que trata o caput deste artigo será exigido o credenciamento no sistema, dispensado na hipótese de consulta realizada nas secretarias dos órgãos julgadores. 2º Os sítios eletrônicos do PJe dos Conselhos e dos Tribunais deverão ser acessíveis somente por meio de conexão segura HTTPS, e os servidores de rede deverão possuir certificados digitais Equipamento Servidor da ICP-Brasil adequados para essa finalidade. 66

67 Art. 28. Na propositura da ação, o autor poderá requerer segredo de justiça para os autos processuais ou sigilo para um ou mais documentos ou arquivos do processo, através de indicação em campo próprio. 1º Em toda e qualquer petição poderá ser requerido sigilo para esta ou para documento ou arquivo a ela vinculado. 2º Requerido o segredo de justiça ou sigilo de documento ou arquivo, este permanecerá sigiloso até que o magistrado da causa decida em sentido contrário, de ofício ou a requerimento da parte contrária. 3º O Tribunal poderá configurar o sistema de modo que processos de determinadas classes, assuntos ou por outros critérios sejam considerados em segredo de justiça automaticamente. 4º Nos casos em que o rito processual autorize a apresentação de resposta em audiência, faculta-se a sua juntada antecipada aos autos eletrônicos, juntamente com os documentos, hipótese em que permanecerão ocultos para a parte contrária, a critério do advogado peticionante, até a audiência. Seção VI Do Uso Inadequado do Sistema Art. 29. O uso inadequado do sistema que cause redução significativa de sua disponibilidade poderá ensejar o bloqueio total, preventivo e temporário, do usuário. 1º Considera-se uso inadequado do sistema, para fins do caput, as atividades que evidenciem ataque ou uso desproporcional dos ativos computacionais. 2º Na hipótese do caput deve ser procedido o imediato contato com o usuário bloqueado para identificação da causa do problema e reativação no sistema e, em caso de advogado, a comunicação à respectiva Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. 3º A automatização de consultas ao sistema deve ser feita mediante utilização do modelo nacional de interoperabilidade, previsto na Resolução Conjunta CNJ/CNMP n. 3, de 16 de abril de CAPÍTULO II DA ADMINISTRAÇÃO DO SISTEMA 67

68 Seção I Dos Comitês Gestores Art. 30. A administração do PJe caberá ao Comitê Gestor Nacional e aos Comitês Gestores dos Conselhos e dos Tribunais, no âmbito de suas respectivas áreas de atuação, compostos por usuários internos e externos do sistema. 1º Os Comitês Gestores dos Conselhos e dos Tribunais terão composição e atribuições definidas por atos dos órgãos que os constituírem, observadas as regras desta Resolução e as deliberações do Comitê Gestor Nacional. 2º É instituído o Comitê Gestor da Justiça dos Estados e do Distrito Federal e dos Territórios (CGJE-PJe), composto por membros dos Tribunais com o PJe em produção, cujas atribuições serão definidas por ato do Presidente do CNJ, garantida a participação de representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil, da advocacia pública e da Defensoria Pública, indicados pelas respectivas instituições. 3º Faculta-se a participação no CGJE-PJe, como ouvintes, dos Tribunais com o PJe em fase de implantação. Art. 31. O Comitê Gestor Nacional supervisionará o gerenciamento, a especificação, o desenvolvimento, a implantação, o suporte e a manutenção corretiva e evolutiva do Processo Judicial Eletrônico - PJe, bem como desempenhará as seguintes atribuições: I definir requisitos funcionais e não funcionais do sistema, conciliando as necessidades dos diversos segmentos do Poder Judiciário e dos usuários externos, com o auxílio dos grupos de requisitos, de mudanças e de gestão geral do projeto; II propor normas regulamentadoras do sistema à Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Infraestrutura do Conselho Nacional de Justiça; III elaborar, aprovar e alterar o plano de projeto; IV autorizar a implementação de mudanças, inclusive de cronograma; V aprovar o plano de gerência de configuração e o cronograma de liberação de versões, cujo conteúdo será definido pela gerência técnica do PJe; VI designar e coordenar reuniões do grupo de mudanças e do grupo de gerência geral; 68

69 VII designar os componentes dos grupos de mudanças, do grupo de gerência geral e dos grupos de trabalho de desenvolvimento e de fluxos, previstos no plano de projeto; VIII deliberar sobre questões não definidas no plano de projeto e realizar outras ações para o cumprimento do seu objetivo. Art. 32. As deliberações do Comitê Gestor Nacional serão comunicadas à Presidência e à Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Infraestrutura do CNJ. Art. 33. Os membros do Comitê Gestor Nacional do PJe serão designados por ato do Presidente do CNJ, garantida a participação de representantes de todos os segmentos do Poder Judiciário, do Conselho Nacional do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil, da advocacia pública e da Defensoria Pública, indicados pelas respectivas instituições. Parágrafo único. Até deliberação ulterior, o Comitê terá a composição prevista na Portaria CNJ n. 65, de 22 de abril de 2010, e suas modificações posteriores. CAPÍTULO III DA IMPLANTAÇÃO Art. 34. As Presidências dos Tribunais devem constituir Comitê Gestor e adotar as providências necessárias à implantação do PJe, conforme plano e cronograma a serem previamente aprovados pela Presidência do CNJ, ouvido o Comitê Gestor Nacional. 1º Os Tribunais encaminharão à Presidência do CNJ e, quando houver, à do Conselho de seu segmento do Poder Judiciário, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, cópias do ato constitutivo do Comitê Gestor, do plano e do cronograma de implantação do PJe. 2º O plano deve descrever as ações e contemplar informações sobre os requisitos necessários à implantação, como infraestrutura de tecnologia da informação e capacitação de usuários, observado modelo a ser disponibilizado pelo CNJ. 3º O cronograma deve relacionar os órgãos julgadores de 1º e 2º Graus em que o PJe será gradualmente implantado, a contar do ano de 2014, de modo a atingir 100% (cem por cento) nos anos de 2016, 2017 ou 2018, a depender do porte do Tribunal no relatório Justiça em Números (pequeno, médio ou grande porte, respectivamente). 69

70 4º No ano de 2014, o PJe deve ser implantado em, no mínimo, 10% (dez por cento) dos órgãos julgadores de 1ª e 2ª Graus. Art. 35. O Tribunal ou Conselho deverá divulgar na página principal de seu sítio na internet e no respectivo veículo de comunicação oficial dos atos processuais, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias, os órgãos julgadores em que o PJe será implantado, incluindo informação sobre a amplitude da competência abrangida pela implantação. 1º No território de órgão jurisdicional em que tenha havido a implantação do PJe, a ampliação para outras competências ou órgãos deverá ser precedida de divulgação com prazo mínimo de 30 (trinta) dias. 2º As divulgações de que tratam o caput e o 1º deverão ser mantidas na página principal do sítio do Tribunal ou Conselho na internet durante os prazos neles mencionados. 3º É necessária apenas uma publicação no órgão de comunicação oficial dos atos processuais. 4º A divulgação a que se referem o caput e o parágrafo primeiro também será feita por meio de ofício à seção da Ordem dos Advogados do Brasil, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos órgãos de Advocacia Pública. Art. 36. A partir da implantação do PJe, o recebimento de petição inicial ou de prosseguimento, relativas aos processos que nele tramitam, somente pode ocorrer no meio eletrônico próprio do sistema, sendo vedada, nesta hipótese, a utilização de qualquer outro sistema de peticionamento eletrônico, exceto nas situações especiais previstas nesta Resolução. Art. 37. A instalação da versão atualizada do sistema ficará a cargo das equipes técnicas dos Conselhos e Tribunais e deverá ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a partir do lançamento da versão devidamente homologada. Parágrafo único. Os procedimentos de homologação e instalação das versões serão disciplinados pela gerência técnica do projeto, devendo incluir a realização de testes por equipes designadas pelos Tribunais. CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 38. Os artefatos instaláveis do PJe, fornecidos aos Conselhos e Tribunais, não poderão ser repassados a terceiros sem autorização expressa do CNJ. 70

71 Art. 39. Os códigos fontes do Sistema PJe, e respectiva documentação técnica, serão entregues aos Conselhos e Tribunais que atuem junto ao CNJ como fábrica do sistema, mediante assinatura, pelo respectivo Presidente, de Termo de Uso e Confidencialidade que assegure sua utilização para os fins e nos moldes previstos pelo CNJ. Parágrafo único. Ato do Comitê Gestor Nacional do PJe, referendado pela Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Infraestrutura e pela Presidência do CNJ, disciplinará o processo de distribuição dos códigos-fontes e respectiva documentação do PJe. Art. 40. Os Conselhos e Tribunais promoverão a capacitação de usuários internos, a fim de prepará-los para aproveitamento adequado do PJe. Art. 41. A partir da data de implantação do PJe, os Tribunais manterão, no âmbito de suas atribuições, estruturas de atendimento e suporte aos usuários. 1º Os Conselhos e Tribunais deverão treinar multiplicadores do Ministério Público, da OAB, das Procuradorias de órgãos públicos e da Defensoria Pública, previamente à obrigatoriedade de utilização do PJe. 2º Os Conselhos e Tribunais deverão disponibilizar ambiente de treinamento do PJe, acessível ao público externo. Art. 42. As cartas precatórias expedidas para as unidades judiciárias nas quais tenha sido implantado o PJe tramitarão também em meio eletrônico e quando da devolução ao juízo deprecante será encaminhada certidão constando o seu cumprimento com a materialização apenas de peças essenciais à compreensão dos atos realizados. Art. 43. O juiz da causa resolverá todas as questões relativas à utilização e ao funcionamento do PJe em cada caso concreto, inclusive as hipóteses não previstas neste regramento. Art. 44. A partir da vigência desta Resolução é vedada a criação, desenvolvimento, contratação ou implantação de sistema ou módulo de processo judicial eletrônico diverso do PJe, ressalvadas a hipótese do art. 45 e as manutenções corretivas e evolutivas necessárias ao funcionamento dos sistemas já implantados ou ao cumprimento de determinações do CNJ. Parágrafo único. A possibilidade de contratação das manutenções corretivas e evolutivas referidas no caput deste artigo não prejudica o integral cumprimento do disposto no art. 34 desta Resolução. 71

72 Art. 45. O Plenário do CNJ pode, a requerimento do Tribunal, relativizar as regras previstas nos arts. 34 e 44 desta Resolução quando entender justificado pelas circunstâncias ou especificidades locais. Art. 46. As doações de ativos de tecnologia da informação pelo CNJ serão direcionadas, exclusivamente, aos Tribunais que implantaram ou estão em fase de implantação do PJe. Art. 47. O CNJ coordenará as ações permanentes de desenvolvimento e manutenção do PJe, realizadas por equipe do CNJ, dos Conselhos e de todos os Tribunais, presencialmente ou a distância. Art. 48. Os casos não disciplinados por esta Resolução e que possuam caráter nacional serão resolvidos pela Presidência do Conselho Nacional de Justiça, que poderá delegar tal atribuição à Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Infraestrutura do CNJ. Art. 49. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Ministro Joaquim Barbosa QUESTÕES: TRT 8ª - Analista Judiciário [FCC] ) Com relação aos atos processuais, considere: I. A decisão interlocutória é o ato por meio do qual resolvem-se as questões incidentes. II. Os atos meramente ordinatórios são praticados exclusivamente pelo juiz. III. Só é chamado de sentença o ato do juiz que põe termo ao processo decidindo o mérito da causa. IV. Os despachos são atos do juiz, sem conteúdo decisório, destinados a dar andamento ao processo. É correto o que consta APENAS em a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. TRF - 5 ª [FCC] ) Ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. Trata-se de: a) sentença mista. b) despacho. c) ato meramente ordinatório. d) acórdão. e) decisão interlocutória. 72

73 MPE - SP - [VUNESP] ) Com relação aos atos processuais praticados pelo juiz, o Código de Processo Civil prevê como prazos para proferir despachos de mero expediente e decisões, respectivamente, a) 3 e 5 dias. b) 2 e 10 dias. c) 2 e 5 dias. d) 3 e 10 dias. e) 5 e 30 dias. TJ - PI - [FCC] ) Os atos processuais são públicos. Disto decorre a afirmação de que a consulta dos autos e o acompanhamento das audiências é assegurado a) a todos, salvo nas hipóteses legais de segredo de justiça, em que o acesso é restrito. b) a todos, indistintamente. c) a todos, com exceção dos profissionais de imprensa, nos casos em que o juiz reputar presente algum risco de dano grave e difícil reparação. d) apenas às partes e seus procuradores. e) a todos, com exceção do órgão do Ministério Público. TRT - 1ª - FCC ) Segundo disposto no CPC/2015, far-se-á a citação por oficial de justiça, EXCETO: a) quando frustrada a citação pelo correio. b) nas ações de estado. c) quando o autor afirmar ser inacessível o lugar em que o réu se encontrar. d) quando for ré pessoa incapaz. e) quando for ré pessoa de direito público. IF-PA - FUNRIO ) A intimação deverá conter: I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; II - finalidade da intimação; III - data, hora e local em que deve comparecer; IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; V - informação do arquivamento do processo independentemente do seu comparecimento; VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. a) I, II, III, IV e V. b) II, III, IV, V e VI. c) I, II, III, V e VI. d) I, II, IV, V e VI. e) I, II, III, IV e VI. 73

74 DPE-RR - FCC ) Os atos e termos processuais: a) não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial. b) dependem sempre de forma determinada, a ser estabelecida pelo juiz em caso de omissão da lei, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial. c) não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se inválidos os realizados de outro modo, ainda que Ihe preencham a finalidade essencial. d) dependem sempre de forma determinada, a ser estabelecida pelo juiz em caso de omissão da lei, reputando-se inválidos os realizados de outro modo, ainda que Ihe preencham a finalidade essencial. e) dependem sempre de forma determinada, conforme previsto em lei, reputando-se inválidos os realizados de outro modo, ainda que Ihe preencham a finalidade essencial. TJ-MT - UFMT ) De acordo com o disposto na Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973, NÃO é requisito essencial da carta de ordem: a) A indicação dos juízes de origem e cumprimento do ato. b) O encerramento com a assinatura do juiz. c) A menção do ato processual que lhe constitui o objeto. d) O resumo da petição e do despacho judicial. DER-CE ) É exemplo de comunicação oficial com ciência ficta arrolada no CPC a citação a) postal. b) por edital. c) por carta precatória. d) por carta de ordem. 74

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