O que é o PISA? O estudo PISA foi lançado pela OCDE (Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Económico), em 1997.
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- Joaquim Fagundes Maranhão
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2 O que é o PISA? O estudo PISA foi lançado pela OCDE (Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Económico), em Os resultados obtidos nesse estudo permitem: monitorizar, de uma forma regular, os sistemas educativos em termos do desempenho dos alunos, no contexto de um enquadramento conceptual aceite internacionalmente.
3 O PISA procura: medir a capacidade dos jovens de 15 anos para usarem os conhecimentos que têm de forma a enfrentarem os desafios da vida real, em vez de simplesmente avaliar o domínio que detêm sobre o conteúdo do seu currículo escolar específico.
4 Organização O estudo está organizado em ciclos de 3 anos
5 Primeiro Ciclo A primeira recolha de informação ocorreu em 2000 (primeiro ciclo do PISA). Principal domínio de avaliação: a literacia em contexto de leitura. Definida como a capacidade de cada indivíduo compreender, usar textos escritos e reflectir sobre eles, de modo a atingir os seus objectivos, a desenvolver os seus próprios conhecimentos e potencialidades e a participar activamente na sociedade.
6 O estudo envolveu, então, cerca de alunos de 15 anos, de 32 países, 28 dos quais membros da OCDE. Em Portugal o PISA envolveu 149 escolas (sendo 138 públicas e 11 privadas), abrangendo 4604 alunos, desde o 5.º ao 11.º ano de escolaridade.
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8 Segundo Ciclo O PISA 2003 (segundo ciclo do PISA), contou com 41 países, incluindo a totalidade dos membros da OCDE (30 + República Eslovaca, Turquia), envolvendo mais de alunos de 15 anos. Principal domínio de avaliação: literacia matemática domínios secundários as literacias de leitura e científica, bem como a resolução de problemas. Em Portugal o PISA envolveu 153 escolas (sendo 141 públicas e 12 privadas), abrangendo 4608 alunos, desde o 7.º ao 11.º ano de escolaridade.
9 Terceiro Ciclo No estudo PISA que decorreu em 2006 (terceiro ciclo). Principal domínio de avaliação: literacia científica. Participação de cerca de 60 países, envolvendo mais de alunos de escolas. Em Portugal o PISA envolveu 172 escolas (sendo 152 públicas e 20 privadas), abrangendo 5109 alunos, desde o 7.º ao 11.º ano de escolaridade.
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12 Como foram escolhidos os jovens a testar no PISA? A população alvo consistiu nos alunos que, na altura da sondagem, tinham idades compreendidas entre os 15 anos e três meses e os 16 anos e dois meses, desde que frequentassem a escola, independentemente do tipo de instituição onde o fizessem. A selecção foi feita segundo um processo de amostragem aleatória estratificada, a partir das escolas do país. Em Portugal, explicitamente, foram tidas em conta nesta selecção a representação das regiões (NUT II) Alentejo, Algarve, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Norte, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira - e a dimensão de cada escola. De uma forma implícita, foram considerados o carácter público ou privado da escola e o estatuto socioeconómico médio dos seus alunos.
13 O que se espera alcançar com este estudo? Os resultados deste estudo poderão ser utilizados pelos governos dos vários países envolvidos como instrumentos de trabalho na definição e/ou refinamento de políticas educativas tendentes a melhorar a preparação dos jovens para a sua vida futura.
14 Resultados Na literacia em ciências, Portugal apresenta 2006: um valor de : : 459. Já na literacia em leitura: 2006: : : 470 Por fim, na literacia em matemática, 2006: : : 459
15 Conclusões Numa escala até 600, os estudantes portugueses alcançaram uma pontuação de 474, enquanto a média global é de 491 pontos. Entre os países da União Europeia que participaram no PISA, só a Grécia, Bulgária e Roménia registam pontuações mais baixas do que a portuguesa.
16 A tabela global volta a ser liderada pela Finlândia, cujos estudantes alcançaram uma pontuação de 563 valores, seguida pelo Canadá, que obteve 534. A nível da Matemática, Portugal surgiu em 25.º lugar, com apenas 1% dos jovens a responder com sucesso às questões mais complexas.
17 Já no que diz respeito à literacia da leitura, metade dos alunos portugueses (52%) não foi além do nível dois, o que significa que foram apenas capazes de realizar tarefas básicas de leitura e interpretação de texto.
18 O estudo conclui que o peso da origem socioeconómica dos alunos no seu desempenho escolar é maior em Portugal do que na média dos 57 países. Os resultados dos alunos portugueses de meios mais favorecidos superam em mais de 100 pontos os obtidos pelos colegas oriundos de famílias com menos recursos. Na Leitura, por exemplo, os estudantes de meios favorecidos obtêm 529 pontos, enquanto os de famílias com menos recursos alcançam 421. Na Matemática, há uma diferença de 95 pontos. Só nos conhecimentos científicos, a desigualdade entre os alunos de diferentes meios socioeconómicos é menor.
19 A formação dos pais é um também um factor determinante. Os cerca de 54% de estudantes cujos pais não têm mais do que o 3.º ciclo do Ensino Básico têm uma pontuação de 454 nas Ciências, 450 na Leitura e 446 na Matemática. Os colegas cujos pais concluíram o Ensino Superior (22,5%) apresentam resultados substancialmente melhores, com desempenhos médios de 513, 515 e 504, respectivamente. A presença de bens culturais em casa tem igualmente os seus reflexos. Ao nível da Leitura, os alunos com mais livros em casa superam os resultados dos restantes em 88 pontos (516 contra 428).
20 O secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira: sustentou que um dos problemas reside precisamente nas taxas de retenção que, em Portugal, estão acima da média. O que significa que há alunos com 15 anos a frequentarem o 7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade e que, portanto, não demonstram um nível de conhecimentos expectável para a sua idade.
21 O PISA revela, a propósito, que a percentagem dos repetentes no 3.º ciclo atinge os 12,8% em Portugal e sobe para 16,9 no Secundário, enquanto a média entre os países da OCDE não supera os 2,7% e os 3,9%.
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