INTRODUÇÃO. No século XIX, no campo da literatura, houve preocupação em se regular a informação

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1 13 INTRODUÇÃO No século XIX, no campo da literatura, houve preocupação em se regular a informação na ficção. O estudo do ponto de vista começou, então, a ser alvo de interesse e de análise. Segundo Cortez (2011, p.30), ele era reconhecido como técnica de escritores que visavam a romper com o dogma da onisciência do narrador ou que buscavam outros mecanismos para a expressão dos traços da vida psíquica. No século seguinte, Genette, de vertente estruturalista, decidido a distinguir modo e voz, postulou os três modos de focalização narrativa (interna, externa e zero), em grande parte orientados pela perspectiva de quem vê e de quem sabe (CORTEZ, 2011, p ). Rabatel, conforme Cortez (2011, p. 30), abandonou essa definição por acreditar que faltava clareza na definição da focalização zero (contorno variável com múltiplas focalizações, a soma de todas as focalizações ou a ausência de focalização); passou, então, a privilegiar abordagem que pusesse em foco o objeto de análise, o sujeito focalizador e o objeto de conhecimento. Ao distanciar-se de Genette e após fazer uma releitura crítica de Benveniste e das contribuições de Ducrot, Rabatel afirmou que não há um único focalizador; que voz e enunciador são a mesma coisa por articularem-se argumentação e narração (EMEDIATO, 2013, p. 13). Foi imprescindível, portanto, abordar argumentação neste estudo. A propósito, o interesse em estudar a argumentação como componente do sistema lógico, retórico e dialético começou com Aristóteles na Grécia. Muitas contribuições foram acrescentadas desde então. A escolha do corpus desta pesquisa nos estimulou a entender mais sobre o tema escolhido, porque, nas peças jurídicas analisadas, predominam os aspectos argumentativo e narrativo. Para estudá-las, apoiamo-nos na teoria do ponto de vista, de Alain Rabatel. Assim, neste trabalho, abordamos a argumentação como atividade construtiva e persuasiva. Vale lembrar que persuasão envolve argumentos plausíveis ou verossímeis, diferentemente de convencimento, que envolve o raciocínio lógico, a demonstração. Conforme Marcuschi define na introdução do livro de Koch (KOCH, 2011, p.10), o ato de argumentar é visto como o ato de persuadir que procura atingir a vontade, envolvendo a subjetividade, os sentimentos, a temporalidade, buscando adesão e não criando certezas. Para realizar a pesquisa, escolhemos criteriosamente os documentos jurídicos petição inicial e contestação em ação de união estável, por apresentarem teor de embate discursivo. A situação de conflito, de discordância nesses documentos levou-nos a pensar em como se faz a construção de pontos de vista em textos em que predominam aspectos argumentativos e

2 14 narrativos. Redigidos por advogados com alguma pretensão e destinados ao juiz, um (contestação) nega alguns posicionamentos assumidos pelo outro (petição inicial). Ambos são narrativos, porque os advogados narram/contam os fatos, e argumentativos, porque se utilizam de argumentos para persuadir o juiz. Portanto, apesar de comportarem um padrão no que diz respeito à estrutura, o advogado precisa narrar os fatos enquanto argumenta, pois o seu interesse é persuadir o juiz em favor de seu cliente, inserindo vozes consoantes ou não com a sua. Eis a razão pela qual nos baseamos na teoria do ponto de vista, de Alain Rabatel, que articula narração e argumentação na construção do sentido, não apenas na progressão referencial mas também no modo de apresentar os referentes. O ponto de vista pode ser averiguado por meio de verbos de ação, dizer, percepção e de expressões nominais. Na nossa investigação, apoiamo-nos na definição estabelecida por Koch: as expressões nominais desempenham um papel de maior relevância na progressão textual e na construção do sentido (KOCH, 2012, p. 155). Além delas, o processo de referenciação mostrou-se de fundamental importância, pois se desenvolve na atividade discursiva, onde um sujeito interage com outros em função de um querer-dizer, com diversas formas de introdução de novos referentes. Segundo Cortez (2003, p.39), isso faz salientar o trabalho de sujeitos atores sobre o conteúdo do discurso, que, num contexto específico, selecionam recursos linguísticos para construção de pontos de vista, configurados nos gêneros textuais mais diversos. No âmbito jurídico, predominam os textos argumentativos. No sentido da focalização argumentativa das expressões nominais, nossa pesquisa não é pioneira. Nossa preocupação foi verificar, nos citados documentos, alguma particularidade quanto à construção do ponto de vista definido por Alain Rabatel, que, por meio de abordagem enunciativo-interacional (relação sujeito e objeto focalizado), defende-o como dispositivo argumentativo que atua na construção do sentido; como mecanismo para a expressão de subjetividade; como heterogeneidade enunciativa, pois constitui e gerencia as posições enunciativas em abordagem dialógica; como forma indireta de argumentação detectada por várias formas de manifestação da subjetividade (as vozes pertencentes ao discurso que dão orientação argumentativa do texto); como articulação entre narração e argumentação. Daí surgiu nosso interesse em analisar petição inicial e contestação em ação de união estável, e não em divórcio litigioso ou outro assunto. Por que elegemos a ação de união estável? O entendimento atual da justiça para o divórcio litigioso é que a pessoa tem igualmente o direito de se casar e de se separar. Uma parte não precisa (des)construir a imagem da outra; não há necessidade do embate discursivo:

3 15 pode haver ou não. Em contrapartida, se um casal viveu junto por um período, uma das partes terá que provar que houve união estável principalmente depois do falecimento da outra parte, para requerer algo à Justiça. Dessa forma, em geral, ocorre situação de conflito, sobretudo quando há qualquer divergência de interesses entre elas. Portanto, a escolha pela ação de união estável se deu, porque ela carrega um forte teor de embate discursivo: primeiro, uma das partes tem que deixar clara a existência de união estável; depois, pede algo; em seguida, a outra contesta. Nesse contexto, emergem diversas vozes (e pontos de vista), como as dos advogados e as dos seus representados. A sentença do juiz, por sua vez, também é repleta de vozes, de pontos de vista, de subjetividade. Vale salientar que, embora este trabalho não seja um aprofundamento do direito, das discussões legais, consideramos necessário dar breve explicação de determinados termos jurídicos no capítulo de fundamentação teórica. Ao lado disso, como pretendemos examinar os recursos linguísticos (expressões nominais) usados para a expressão de pontos de vista, foi interessante observar como são construídos os objetos de discursos diferentes sobre a mesma verdade factual. Os documentos jurídicos que analisamos são práticas discursivas, textos argumentativos voltados à persuasão e à produção de efeitos de sentido geradores de pontos de vista cuja caracterização depende da maneira como ocorrem a apresentação dos referentes e a progressão referencial. Os objetos de discurso são apresentados em função de um ou mais pontos de vista. A noção de língua aqui adotada não se limita a um código nem a um sistema de comunicação que privilegia o informacional ou o ideacional, como diz Koch (2005, p. 81). Língua não é manipulada pela lógica, não reflete a realidade. Nas palavras de Cortez, [...] a língua é, essencialmente, ação pública realizada e negociada discursivamente no âmbito das relações sociais, que se constituem pelo partilhamento, refutação, desqualificação e modificação de sentidos, experiências e conhecimentos de várias ordens, para que se possa opinar, interferir, rejeitar, chamar atenção e persuadir, entre outras ações, neste mundo verbal polifônico. Referência é vista nesse estudo em uma perspectiva discursiva e interacionista. (CORTEZ, 2003, p. 15). A voz do outro influencia e interfere no que está sendo dito. A atividade argumentativa se dá mediante o encadeamento referencial que configura a orientação interpretativa do texto. Portanto, para Bakhtin, no entendimento de Koch,

4 16 [ ] na concepção interacional dialógica da língua, na qual os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais, o texto passa a ser considerado o próprio lugar da interação e os interlocutores, como sujeitos ativos que dialogicamente nele se constroem e são construídos. (KOCH, 2005, p. 17). Assim, nosso objetivo geral consiste em analisar a construção e o gerenciamento do ponto de vista pelo principal em contexto de embate discursivo, em petição inicial e contestação de ação de união estável. Os objetivos específicos consistem em: i) verificar a construção do ponto de vista por meio do funcionamento das expressões nominais; ii) averiguar como o advogado, como enunciador principal, gerencia os pontos de vista no discurso; iii) entender como o advogado perspectiva os objetosde-discurso (fatos e personagens) na petição inicial e na contestação em ação de união estável. Assim, poderemos entender como se constroem objetos de discurso diferentes e, até mesmo, contrários, edificando-se verdades discursivas sobre a mesma verdade factual. Estruturamos a dissertação em três capítulos. No primeiro, procedemos a uma discussão teórica sobre argumentação, os gêneros petição inicial e contestação, argumentação e petição inicial / contestação, referente, referência e referenciação, expressões nominais, locutor/ enunciador/ voz, ponto de vista, tipos de ponto de vista e pontos de vista representados. No segundo, discorremos sobre os procedimentos metodológicos, como o tipo de pesquisa e a análise do corpus, a constituição do corpus da pesquisa, a descrição dos processos e o resumo do processo. No terceiro capítulo, expusemos os resultados e as discussões, ou seja, analisamos a construção do ponto de vista pelas expressões nominais por meio da petição inicial e da contestação em ação de união estável.

5 17 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 Argumentação Como dissemos na introdução, o estudo e o interesse pela argumentação vêm desde a Grécia antiga, com os trabalhos de Aristóteles. A argumentação foi inicialmente pensada como componente dos sistemas lógico, retórico e dialético, conjunto disciplinar cuja desconstrução foi completada no fim do século XIX. (PLANTIN, 2008, p. 8-9). Dessa forma, do ponto de vista da organização clássica, A argumentação está vinculada à lógica, a arte de pensar corretamente, à retórica, a arte de bem falar, e à dialética, a arte de bem dialogar. Esse conjunto forma a base do sistema no qual a argumentação foi pensada, de Aristóteles ao fim do século XIX. (PLANTIN, 2008, p. 8-9). Desde então, ela vem sendo objeto de estudo por muitos pesquisadores; consequentemente, outras definições surgiram. De acordo com a noção de língua / linguagem e do tipo de recurso analisado, o enfoque na argumentação é diferente. Assim, neste trabalho, norteou a sua concepção como atividade construtiva e persuasiva, inerente às mais diversas práticas discursivas (CORTEZ, 2003, p. 37) e como prática de convencimento. O advogado, ao argumentar, precisa persuadir e convencer o juiz; não se trata simplesmente de manipular formas linguísticas, uma vez que os sujeitos atores do conteúdo do discurso constroem pontos de vista (de acordo com a teoria de Rabatel) por meio de recursos linguísticos. Ademais, parece impraticável analisar as expressões nominais, os pontos de vista, sem inseri-los no processo argumentativo. Segundo Koch (2011, p.10), a interação social por intermédio da língua caracteriza-se, fundamentalmente, pela argumentatividade. Os atos argumentativos são construídos na tríade falar, dizer e mostrar. No entendimento da referida autora, o ato de argumentar é visto como o ato de persuadir. Já Chaim Perelman (1970), estudioso da argumentação e da lógica jurídica, distingue persuadir de convencer: convencer se dirige à razão, mediante um raciocínio lógico e provas objetivas, tem caráter demonstrativo, atemporal e conduz à certeza; persuadir exige inferências diante de argumentos plausíveis ou verossímeis, é temporal e subjetivo, tem caráter ideológico. O mesmo autor pontua:

6 18 Como imaginaremos os auditórios aos quais é atribuído o papel normativo que permite decidir da natureza convincente de uma argumentação? Encontramos três espécies de auditórios, considerados privilegiados a esse respeito, tanto na prática corrente como no pensamento filosófico. O primeiro, constituído pela humanidade inteira, ou pelo menos por todos os homens adultos e normais, que chamaremos de auditório universal; o segundo formado, no diálogo, unicamente pelo interlocutor a quem se dirige; o terceiro, enfim, constituído pelo próprio sujeito, quando ele delibera ou figura as razões de seus atos. (PERELMAN, 2005, p.33-34). Tanto a petição inicial quanto a contestação envolvem o convencer e o persuadir, pois os advogados, além de provas objetivas, recorrem a argumentos que consideram consistentes, a fim de o juiz julgar conforme o objeto proposto pelo documento jurídico. Para Cortez (2003, p. 41), a interlocução, na argumentação, são as diferentes vozes com as quais o produtor do texto dialoga bem como a interferência do leitor nesse processo. Assim, a instância narrativa apresenta um ponto de vista (PDV) e podemos averiguar várias vozes em uma única representada pelo produtor do texto. Cortez (2003, p ) acrescenta que a polifonia é um campo privilegiado para a observação da argumentação e que a teoria da argumentação é situada como atividade construtiva que leva em conta uma teoria da leitura, na medida em que se preocupa não apenas com a produção do texto, mas com o seu reconhecimento. Já para Portine (1983), dois sujeitos são identificados por meio dessa perspectiva, para operar sobre a linguagem, sobre a argumentação: produtor/leitor e enunciador/coenunciador. Por isso, a intervenção no conteúdo se faz necessária a fim de a argumentação ser entendida como construção dinâmica. 1.2 Os gêneros petição inicial e contestação: caracterização Petição inicial peça vestibular, exordial ou, simplesmente, inicial é um documento escrito (exceto o artigo 36 do Código de Processo Civil, CPC) feito por advogado ao juiz, que decidirá sobre uma pretensão, ou seja, o que o autor pretende do Estado frente ao réu. Sua finalidade é conseguir a condenação do réu, uma declaração... (tutela jurisdicional do Estado) e fazer valer direito subjetivo. Seus requisitos estão expressos no artigo 282 do Código de Processo Civil: I o juiz ou tribunal, a que é dirigida; II os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu; III o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV o pedido, com as suas especificações;

7 19 V o valor da causa; VI o requerimento para a citação do réu. (VADE MECUM COMPACTO, 2013, p. 380). Além das especificações acima, o artigo 283 do CPC pontua que a petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. O juiz se baseará no artigo 284 do CPC, para verificar se foram cumpridos os artigos 282 e 283 e se há defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito (VADE MECUM COMPACTO, 2013, p. 380). Se houver irregularidade, o juiz determinará que o autor a emende, ou complete, no prazo de 10 (dez) dias. Parágrafo único: Se o autor não cumprir a deligências, o juiz indefirirá a petição inicial. (VADE MECUM COMPACTO, 2013, p. 380). A contestação também é um documento escrito por advogado ao juiz. Ela está expressa no artigo 300 do CPC: Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. (VADE MECUM COMPACTO, 2013, p. 380). Os artigos 301 e 302 mostram, respectivamente, o que uma pessoa pode alegar e o que ela pode manifestar sobre os fatos narrados na petição inicial. Convém fazer alguns esclarecimentos jurídicos sobre certos termos usuais nas petições iniciais e nas contestações. Jurisprudência é um conjunto de decisões concordantes sobre uma mesma questão jurídica, das quais se extrai a norma jurídica aplicável às questões análogas, que se suscitarem no futuro (ROCHA, 2006, p. 58). Apelação cível é um documento jurídico cuja explicação se vê no artigo 515 do CPC; é um recurso que integra os próprios autos (a própria papelada) do processo. Ele é direcionado ao desembargador no tribunal de justiça. A primeira folha é reservada ao juiz que analisou o processo: pede-se a retratação do juiz ou se remete o documento para o segundo grau: desembargador do tribunal. O relator é um desembargador; é o responsável pelo processo (quando a decisão não é monocrática, o processo passa para o colegiado). Os gêneros petição inicial e contestação são reconhecidamente argumentativos, mas comportam, em suas estruturas, sequências narrativas, nas quais podemos averiguar o jogo de vozes e, por consequência, de pontos de vista (PDV) estabelecidos, quando se argumenta narrando em situação de conflito ou de embate discursivo, no domínio jurídico. O, ao narrar os fatos, argumenta, dialogando com diversas vozes, consonantes ou não. A noção de gênero neste trabalho dialoga com a de Bakhtin, segundo a qual o gênero do discurso são tipos relativamente estáveis de enunciados. Ele apresenta o conteúdo

8 20 temático, o estilo, a construção composicional indissoluvelmente ligados no todo do enunciado. (BAKHTIN, 2011, p. 262). Vale salientar que, para esse autor, todo enunciado unidade real da comunicação discursiva é individual, por isso pode refletir a individualidade do falante (ou de quem escreve). Toda compreensão da fala viva, do enunciado vivo é de natureza ativamente responsiva; o ouvinte se torna falante (BAKHTIN, 2011, p. 271). E, mais adiante, acrescenta: todo falante é por si mesmo um respondente em maior ou menor grau: porque ele não é o primeiro falante... (BAKHTIN, 2011, p. 272). Em seguida, afirma: [...] os limites de cada enunciado concreto como unidade da comunicação discursiva são definidos pela alternância dos sujeitos do discurso. [ ] alternância dos sujeitos do discurso de modo mais simples e evidente no diálogo real, em que se alternam as enunciações dos interlocutores (parceiros do diálogo), aqui denominadas réplicas. Por sua precisão e simplicidade, o diálogo é a forma clássica de comunicação discursiva. Cada réplica, por mais breve e fragmentária que seja, possui uma conclusibilidade específica ao exprimir certa posição do falante que suscita resposta, em relação à qual se pode assumir uma posição responsiva... As réplicas são interligadas. (BAKHTIN, 2011, p. 275). Daí a razão pela qual o discurso, para o autor, só existe na forma de enunciações concretas de determinados falantes, sujeitos do discurso. (BAKHTIN, 2011, p.274). Como nenhum texto é adâmico, pois um dialoga com outro por meio do processo eu, o objeto e o outro, o texto se torna dialógico. Assim, ao adotar a noção de dialogismo de Bakhtin, buscamos averiguar o diálogo entre a petição inicial e a contestação, no qual interagem gêneros textuais e estruturas sociais, conforme pontua Fairclough: [...] um conjunto de convenções relativamente estável que é associado com, e parcializa, um tipo de atividade socialmente aprovado, como a conversa informal, uma entrevista de emprego, um documentário de televisão, um poema, um artigo poema, um artigo científico. Um gênero implica não somente um tipo particular de texto, mas também processos particulares de produção, distribuição e consumo de textos. (FAIRCLOUGH, 2001, p. 161). Diante desse entendimento, a petição inicial e a contestação são tipos particulares de texto, ou seja, documentos jurídicos que possuem processos específicos de produção, pois, além de apresentarem estrutura própria de organização, são de exclusiva responsabilidade de advogado. Em relação à distribuição e ao consumo do texto, podemos falar em juiz, advogados e as partes envolvidas. Quanto à heterogeneidade dos gêneros, ocorre, porque existe sempre a fala do outro na nossa; a voz do outro está no texto mesmo que ele não fale. O dizer nunca é homogêneo. De

9 21 propósito, os processos jurídicos aqui analisados, escolhemo-los por serem argumentativos e por apresentarem sequências narrativas e conflito discursivo. Nosso objetivo não é apenas pensar na petição inicial e na contestação como textos argumentativo-narrativos, que expõem argumentos e contra-argumentos, ou seja, têm tese defendida, tese refutada, conclusão/resolução. Além disso, impõe-nos pensar em encenação de um ponto de vista. O advogado, longe da imparcialidade, reporta vozes, portanto, representa ideias e (PDV) de outrem. Ao criar uma identidade, ele se torna responsável por expressar sua subjetividade. Assim, ele interage com o leitor, persuadindo-o mediante a manipulação e a focalização de fatos. Já em relação à subjetividade, Rabatel a define assim: A subjetividade está em tudo pois ela corresponde a feixes de marcas, ou ainda a indícios de heterogeneidade, cuja interpretação torna-se complexa em contexto dialógico na medida em que os PDV subjetivos podem remeter a L1/E1, a locutores/enunciadores segundos e até mesmo a enunciadores segundos não locutores (RABATEL, 2012, p. 28) Para Rabatel 2001a apud Cortez 2003, p. 56, essa questão da focalização evidencia como são complexas e imbricadas as relações entre narrador e personagem na cenografia enunciativa e para tratar desse assunto, o autor baseia-se na concepção do ponto de vista (PDV), termo parassinônimo da noção de focalização. O autor estuda heterogeneidade e dialogismo (Bakhtin, Ducrot, Authier-Revuz e Rosier, autores citados por Rabatel). Ele propõe exploração das instâncias e das perspectivas do dialogismo generalizado, com base na concepção do PDV. Contudo, uma das consequências de tal exploração é a revalorização radical do narrador, segundo Cortez, pela visível importância de sua perspectiva para a construção da personagem, já que a perspectiva da personagem jamais pode ser feita sem a consideração da voz do narrador que o coloca em cena. É a esta questão da constituição das instâncias narratoriais e do jogo de vozes, que particulariza um modo de processar a argumentação. (CORTEZ, 2003, p. 56) Isso está evidente nos documentos jurídicos aqui analisados: o advogado coloca em cena, gerencia as diversas vozes existentes na petição inicial e na contestação em ação de união estável.

10 Referência, referente, referenciação De acordo com Koch (2005, p.80), referência, que tem significado linguístico, resulta de uma situação discursiva na qual as entidades são vistas como objetos de discurso; trata-se de uma operação realizada pelo sujeito à medida que o discurso se desenvolve. Para a citada autora, o próprio discurso cria uma memória compartilhada, discursiva, à proporção que ocorrem escolhas feitas pelos interlocutores por meio das expressões nominais: A interpretação de uma expressão anafórica, nominal ou pronominal, consiste não em localizar um seguimento linguístico ( um antecedente ) ou um objeto específico no mundo, mas sim em estabelecer uma ligação com algum tipo de informação que se encontra na memória discursiva. (KOCH, 2005, p. 81). Referente, segundo Koch (2005, p. 78), é elaborado na dimensão da percepção/cognição; é objeto mental, unidade cultural; é extralinguístico. No entendimento de Cortez, A distinção entre referentes pontualizados e referentes não pontualizados auxilia na compreensão da organização e construção dos PDV. A operação de encapsulamento, a qual contribui para resumir partes do texto, e a associação, em que a interpretação do referente não pontualizados está em dependência de estruturas do co-texto, marcam o PDV...Isto significa dizer que a referência a itens pontuais é que indica a polifonia [...]. (CORTEZ, 2003, p. 87). Em outras palavras, a referência a itens pontuais indica a polifonia, porque os vários sentidos dados a determinado referente revelam não só o PDV mas também a interferência de diversas vozes. Já a referenciação é uma atividade discursiva, pois suas formas são escolhas do sujeito em interação com outros sujeitos, em função de um querer-dizer. Os objetos-de-discurso não se confundem com a realidade extralinguística, eles a (re)constroem no próprio processo de interação. (KOCH, 2005, p. 79; 2006, p. 124; 2012, p. 134). Isso significa que a visão da língua e da linguagem é não referencial e que os objetos de discurso são dinâmicos, pois uma vez introduzidos, são constantemente modificados, desativados, reativados, transformados, recategorizados [ ]

11 23 Ao usar e manipular uma forma simbólica, usamos e manipulamos tanto o conteúdo como a estrutura dessa forma. E, deste modo, também manipulamos a estrutura da realidade de maneira significativa. (KOCH, 2005, p. 263). Conforme essa mesma autora, a referenciação e a progressão referencial consistem na construção e reconstrução de objetos de discurso. Denomina-se referenciação as diversas formas de introdução, no texto, de novas entidades ou referentes. Quando tais referentes são retomados mais adiante ou servem de base para a introdução de novos referentes, tem-se o que se denomina progressão referencial. (KOCH, 2006, p. 123; 2012, p ). Dessa forma, Koch (2005, p. 81, 2012b, p. 34) compartilha a ideia central de substituir a noção de referência pela de referenciação e a noção de referente pela de objeto de discurso, tal como postulam Mondada e Dubois (1995). Assim, referenciação é ainda o processo de introdução no texto de diversas entidades ou referentes. Ao lado disso, dá-se a progressão textual quando os referentes são retomados (de maneira retrospectiva ou anafórica, ou, então, de forma prospectiva ou catafórica) ou servem de base para novos referentes (KOCH, 2012, p. 132). Segundo Cortez (2013, p. 9), a relação do sujeito com as instâncias que povoam o discurso pode ser detectada a partir dos objetos de discurso, assim como os ajustes que o próprio locutor opera em seu ponto de vista. Esses objetos de discurso têm um papel importante na orientação argumentativa do texto e revelam pontos de vista, e seu modo de apresentação é o meio pelo qual se pode apreender a subjetividade (CORTEZ, 2013, p. 10). Para Rabatel (2005, p. 118 apud CORTEZ, 2013, p. 10), a referenciação dos objetos do discurso articula-se com a maneira como o locutor / enunciador se posiciona em seu discurso. De acordo com Rabatel (2008, p.121), o modo de apresentação dos referentes são escolhas altamente reveladoras do ponto de vista do enunciador. Segundo Koch (2002), uma das formas para a progressão referencial é a expressão nominal, que constitui um PDV. Rabatel, por sua vez, destaca: [...] consideramos que as formas nominais referenciais, enquanto marcas internas do PDV, são sinais de alteridade. O dialogismo, portanto, pode manifestar-se seja como uma representação do em relação a si mesmo (autodialogismo), seja como uma representação do com relação aos outros (heterodialogismo). (RABATEL, 2008, p.76).

12 24 Abordaremos polifonia na relação entre referenciação e argumentação, mais especificamente, por meio das expressões nominais. De qualquer modo, quando um locutor e um enunciador coincidem em ponto de vista, há entrecruzamento de vozes, porque a expressão nominal é retomada anaforicamente por correferência. Isso confirma a polifonia e seus efeitos, como afirma Cortez (2003, p. 82), que acrescenta: Exploração da polifonia pela referenciação, ou articulação dos objetos-dediscurso para o desenvolvimento do tópico e construção da coesão e coerência, evidencia que as expressões nominais, ao apresentarem os referentes, apontam para um centro de perspectiva, um ponto de vista, responsável pela emersão das instâncias narrativas na encenação da crítica. (CORTEZ, 2003, p. 83). Vale esclarecer que a polifonia é vista não somente pelos PDV mas também pelo dizer, saber, ou seja, pelo nosso conhecimento de mundo acerca de determinado tópico. A interferência dos outros e das demais vozes existentes na petição inicial e na contestação aponta para a polifonia, mesmo sem fala explícita. 1.4 Expressões nominais Para se analisar o ponto de vista, precisamos estudar as expressões nominais, pois, além de darem orientação argumentativa ao texto, assumem um PDV e levam a argumentação aos gêneros. Segundo Koch (2012, p ), elas têm relevância na progressão textual e na construção de sentido, obtidas pela coesão textual (microestrutural) com a introdução de novos referentes, com o uso de novas sequências ou de episódios da narrativa e pela paragrafação (macroestrutural). E mais: pela recategorização de referentes; pela explicação de termos por meio de sinonímia e hiperonímia; pela definição de termos supostamente desconhecidos do leitor; pela sumarização/encapsulamento de segmentos textuais antecedentes ou subsequentes por meio de rotulação. De acordo com Koch (2006, p ), o encapsulamento e o rotulamento têm, ao mesmo tempo, função predicativa, pois trazem informações novas. Entretanto, fazendo-se o encapsulamento sob a forma de expressão nominal, as nominalizações são transformadas em objetos de discurso. Quando as expressões nominais rotulam uma parte do cotexto precedente, tornam-se novo referente no discurso.

13 25 Para Koch (2005, p. 85), as estratégias de progressão referencial se apoiam no uso de pronomes ou elipses (pronome nulo) e no uso de expressões nominais definidas e indefinidas. As expressões nominais referenciais definidas têm, segundo o próprio esquema da autora (2005, p. 87), a seguinte constituição: Det. + Nome Det. + Modificador(es) + Nome + Modificador(es) Det. Artigo definido Demonstrativo Modificador Adjetivo SP Oração relativa Quanto às expressões nominais indefinidas, em geral apresentam função anafórica; logo, dificilmente, introduzem novos referentes textuais, apesar de, em certas circunstâncias, desempenharem tal função. Assim, tomamos como ponto de partida a definição de expressões nominais de acordo com Koch (1999, 2003, 2005, 2012). Para a autora, predicativa. Uma das formas mais ricas de progressão é aquela que podemos realizar por meio de expressões nominais, isto é, aquelas expressões que constam de um núcleo nominal (substantivo), acompanhado ou não de determinantes (artigos, pronomes adjetivos, numerais) e modificadores (adjetivos, locuções adjetivas, orações adjetivas). (KOCH, 2012, p. 147). Os elementos lexicais que integram as expressões nominais têm função referencial ou Koch (2005, p ) afirma que as formas nominais referenciais desempenham funções cognitivas para o processamento textual, por meio da remissão (re)ativação na memória do interlocutor e da recategorização ou refocalização do referente. Elas podem, então, funcionar como anáforas ou como catáforas (apresenta-se o referente de maneira vaga). E ainda: As expressões referenciais são multifuncionais: indicam pontos de vista, assinalam direções argumentativas, sinalizam dificuldades de acesso ao referente, recategorizam os objetos presentes na memória discursiva. (KOCH, 2006, p. 149).

14 26 Na verdade, constatamos sua importância para a progressão textual e para a construção do sentido, quando analisamos as expressões nominais na petição inicial e na contestação à busca de identificar os PDV. De acordo com Cortez, ao analisar o PDV para o processamento da argumentação pelas expressões nominais, Contemplamos aqueles componentes fundamentais no modo de apresentação do referente, que são: os objetos-de-discurso, a instância centro de perspectiva e a instância locutor. Os objetos-de-discurso indicam: i) fatos e acontecimentos narrados, ii) objeto(s) alvo de atenção na narrativa e iii) as instâncias narrador e personagem. A instância enunciador e a instância locutor podem indicar tanto o narrador quanto a personagem. (CORTEZ, 2003, p. 75). No caso deste estudo, os fatos e os acontecimentos narrados pelos advogados se relacionavam à vida afetiva e à financeira das partes envolvidas. Assim, enquanto a parte autora propõe ação declaratória de reconhecimento e dissolução por morte de união estável, partilha de bens e pedido de antecipação de tutela por meio da petição inicial, a parte autora oponente nega muitas afirmações daquela por meio da contestação. As instâncias narrador e personagem são, na verdade, a relação advogados partes envolvidas juiz de direito da Comarca de Recife. Por meio das expressões nominais, o constrói argumentos, a fim de persuadir o exposto sobre os fatos. 1.5 Locutor, enunciador, voz Definir locutor e enunciador não é tarefa fácil, tanto que muitos linguistas, ao se depararem com essa problemática, seguem caminhos distintos. Segundo Rabatel (2009), 1 Enfim, quando a distinção existe, ela não provoca consenso entre os enunciativistas, como por exemplo em Desclés X Ducrot. Ela também quase não faz sentido para os linguistas estrangeiros (os que estudam as problemáticas enunciativas). Na verdade, muitos linguistas utilizam indiferentemente locutor ou enunciador para se referirem ao produtor dos enunciados; outros usam exclusivamente um dos termos. Nesse sentido, Rabatel, após fazer uma leitura crítica de Benveniste e de Ducrot, distanciou-se deles em alguns quesitos. Um exemplo disso é a noção de locutor, enunciador e 1 Enfin, quand la distinction existe, elle ne fait pas consensus chez les énonciativistes, par exemple chez Desclés VS Ducrot. Aussi ne fait-elle guère sens pour lês linguistes étrangers (aux problematiques énonciatives).

15 27 de ponto de vista. Segundo Rabatel (2013), Benveniste definiu locutor e enunciador em dois momentos: no primeiro, locutor e enunciador são a mesma coisa, aquele que produz o enunciado; no segundo, o locutor (atualização dêitica) é também um sujeito modal. Já o enunciador (atualização modal) é a instância de que eu é a marca; é a expressão da subjetividade e ponto central das visadas argumentativas dos locutores; é a instância que se encontra na origem de um ponto de vista expresso em conteúdo proposicional. Rabatel concorda com esse segundo momento de Benveniste. Ele acrescenta ainda que, para Benveniste (RABATEL, 2013, p ), a concepção de locutor depende da concepção filosófica da linguagem, que invade a concepção da enunciação. Toda enunciação supõe um locutor e um auditor e, no primeiro, a intenção de influenciar o outro de alguma maneira (BENVENISTE, 1959, 1966, p. 242 apud RABATEL, 2013, p. 23). Em 1970, a enunciação é esse modo de colocar em funcionamento a língua por um ato individual de utilização ( ). Este ato é próprio ao locutor que mobiliza a língua por sua própria conta (BENVENISTE, 1970, 1974, p. 80, apud RABATEL, 2013, p. 23) O que Benveniste afirma é exatamente o que acontece nos documentos jurídicos aqui analisados: o locutor é o advogado; o auditor, o juiz. A intenção de o primeiro influenciar o segundo se impõe, porque aquele precisa defender seu cliente. Assim, para persuadir o auditor, o locutor coloca em funcionamento, por ato individual, a língua, ou seja, o advogado mobiliza a língua por sua própria conta, no sentido de atingir o objetivo: o juiz decidir a favor da pretensão dele (advogado). Segundo Rabatel, Benveniste afirma que o homem se constitui na e pela linguagem, portanto não é o homem que produz a linguagem, mas a linguagem que produz o homem (RABATEL, p. 21, 2013). Na concepção de Ducrot, segundo Rabatel, o locutor responsável pelo discurso, agente da enunciação é o ser a quem fazem referência os dêiticos pessoais de 1ª pessoa, é o ser do discurso pertencente ao sentido do enunciado. Em outras palavras, é responsável pelo enunciado que produz e a origem locutória do enunciado em questão. Já o enunciador assume o conteúdo proposicional do enunciado, apresenta o seu ponto de vista mesmo sem falar. Trata-se do apresentado no enunciado como realizador dos atos do discurso figura da enunciação que representa a pessoa de cuja perspectiva os acontecimentos são apresentados. Dito de outra forma, enunciadores são sujeitos dos atos ilocutórios elementares; eles se expressam por meio da enunciação, sem que lhe atribuam palavras precisas (DUCROT, 1987, p. 192). Logo, o enunciador está para o locutor assim como a personagem está para o autor (DUCROT, 1987, p. 192).

16 28 Diferentemente de Ducrot e dos outros linguistas, assim Rabatel define enunciador: voz é o conjunto de vozes que circulam no discurso aí se dá a heterogeneidade enunciativa. No entendimento de Rabatel, o discurso é povoado de diversas vozes, consonantes ou dissonantes, diretas ou indiretas, e, consequentemente, de diversos enunciadores. Assim, o locutor também é um enunciador, porém o primeiro, pois é ele quem fala, gerencia, dialoga com os outros enunciadores. Rabatel (2009) define 2 O locutor é a instância que emite um enunciado (em suas dimensões fonéticas e fáticas ou escriturais segundo uma referência/localização dêitica ou segundo uma referência/localização independente do ego, hic et nunc) (RABATEL, 2008, p. 56). 3 O locutor não é somente a instância da origem ao discurso, ele é sobretudo a instância que assume os conteúdos proposicionais que enfeitam seu discurso ou que imputa pontos de vista a outras fontes que são ora locutores secundários e ora enunciadores secundários que são fonte de um ponto de vista (PDV) sem tê-lo proferido. (RABATEL, 2009). Em síntese, conforme Rabatel, o locutor é aquele que gerencia todo o discurso, dialoga com os outros enunciadores; nesse entrecruzamento de vozes, são expressos pontos de vista, mesmo sem os enunciadores segundos terem dito algo claramente. No caso dos textos analisados neste estudo, o de cada documento é o advogado; os demais enunciadores são as partes, a Constituição Federal, o Código Civil, as revistas jurídicas, por exemplo. 4 No que nos concerne, o principal não se determina essencialmente pelo conteúdo (discurso da Lei, da Ciência, da Autoridade) nem mesmo pelos mecanismos linguísticos de apagamento enunciativo; ele se define pelo fato 2 Le locuteur est l instance qui profère un énoncé (dans ses dimensions phonétiques et phatiques ou scripturales selon un repérage déictique ou selon un repérage indépendant d ego, hic et nunc). (RABATEL, 2008, p. 56). 3 Le locuteur est non seulement l instance à origine du discours, c est surtout celle qui prend en charge les contenus propositionnels qui émaillent son discours, ou qui impute des points de vue à d autres sources, qui sont soit des locuters seconds, soit des énonciateurs seconds, qui sont source d un point de vue (PDV) sans l avoir proféré (RABATEL, 2009). 4 Pour notre part, le principal ne se détermine pas essentiellement par le contenu (discours de la Loi, de la Science, de l Autorité), ni même par les mécanismes linguistiques d effacement énonciatif; il se définit par le fait que c est lui qui correspond au PDV du locuteur en tant que tel et du locuteur être du monde, et au-delà de lui, au sujet parlant: en d autres termes, c est par rapport à ce principal que le locuteur engage son PDV, et c est par rapport à ce PDV qu on será(it) susceptible de lui demander des comptes, le cas échéant. Em ce sens, le principal correspond au syncrétisme du locuteur et de l énonciateur, celui qui, dans un énoncé monologique, correspond à L1/E1. C est aussi L1/E1, dans un énoncé dialogique, c est-à-dire celui qui correspond à ce que pense le locuteur/énonciateur premier, celui auquel l allocutaire ou le destinataire impute une position, en marquant que ce dernier est plutôt en accord avec tel énonciateur intradiscursif qu avec tel autre. (RABATEL, 2008, p ).

17 29 de que é ele que corresponde ao ponto de vista (PDV) do locutor, enquanto tal, e do locutor ser do mundo, e para além dele, corresponde ao sujeito falante: em outros termos, é em relação a esse principal que o locutor engaja seu ponto de vista (PDV) e é em relação a esse ponto de vista que se será suscetível a lhe pedir contas se for o caso. Neste sentido o principal corresponde ao sincretismo do locutor e do enunciador, aquele que, em um enunciado monológico corresponde a L1/E1. É também L1/E1, em um enunciado dialógico, ou seja, aquele que corresponde ao que pensa o primeiro, aquele ao qual o alocutório ou o destinatário imputa uma posição marcando que este último está muito mais de acordo com tal enunciador intradiscursivo que com o outro. (RABATEL, 2008, p. 58-9) Assim, o PDV principal é o do advogado. Isso parece um PDV único e um enunciado monológico, mas, na verdade, este é dialógico, pois o advogado imputa posições aos demais enunciadores no documento jurídico. Logo, cabe-lhe gerenciar os enunciadores, isto é, as vozes existentes na petição inicial e na contestação, e, consequentemente, dialogar com os outros PDV existentes no documento jurídico. 1.6 Ponto de vista (PDV) O estudo do ponto de vista começou no campo da literatura, para se tentar regular a informação dada na ficção era o estudo da focalização narrativa. Depois, no século XIX, passou a ser uma técnica de escritores que visavam a romper com o dogma da onisciência do narrador. No século XX, foi tema de discussão entre críticos literários. Segundo Cortez (2013), Genette influiu bastante na difusão da noção de PDV, por meio de sua vertente estruturalista que também influenciou os estudos narratológicos. Rabatel (1997, 2008b apud CORTEZ, 2013, p. 295) aponta, entretanto, dois problemas no estudo de Genette: a dificuldade em distinguir o que provém do narrador e o que provém do personagem e, consequentemente, a dificuldade em diagnosticar o tipo de focalização que caracteriza uma narrativa. Para Cortez (2013, p. 295), no entendimento de Rabatel, esses problemas ocorrem, porque pode haver coexistência ou conjugação do ponto de vista do narrador e o do personagem, não havendo, portanto, um único focalizador. Além do mais, a relação dos focalizadores (ditos internos e externos) com o que é focalizado nem sempre se dá de forma automática e direta. Dessa forma, determinado personagem (focalizador interno) pode realizar uma focalização externa.

18 30 Partindo do princípio de que, independentemente do gênero do discurso, sempre há perspectiva a guiar a interpretação e a referenciação, Rabatel reinterpreta a interferência da posição e do saber do narrador frente aos demais personagens e a sua repercussão para o processamento do sentido. Esse autor (2008, p. 12) afirma que o narrador (homo narrans) é um sujeito que conta histórias a um certo auditório. Homo narrans acrescenta Rabatel é um criador que está no cruzamento das inter-relações pelas quais um homem torna-se o que é, durante um processo socializado, ininterrupto de construção de sua identidade. 5 Se, então, nós pensarmos Homo narrans como sujeito, é enquanto sujeito que sua fala é complexa, heterogênea, mas ainda, e sobretudo, porque ela é opaca. O sujeito que narra por meio disso mesmo que ele narra e, sobretudo pelo próprio fato de narrar colocando em cena centros de perspectivas diferentes, abre potencialmente uma Caixa de Pandora, de onde saem vozes autorizadas e outras que são menos autorizadas, mas que, entretanto minam a autoridade das primeiras, de maneira que o relato, longe de ser a ilustração de uma verdade pré-estabelecida, abra as possibilidades infinitas da interpretação. (RABATEL, 2008, p. 15-6). Contudo, o precisa narrar e argumentar para colocar centros de perspectivas diferentes. Logo, a escolha de vozes consoantes à sua é de fundamental importância para a construção do PDV. Até mesmo vozes dissonantes auxiliam nesse processo e o ajudam a persuadir o leitor/o auditor, no caso deste trabalho, o juiz. Vale lembrar que, por mais que os textos pareçam ter apenas a voz do advogado no documento jurídico, há entrecruzamento de vozes/enunciadores e, consequentemente, de PDV. Dentro dessa ótica, Cortez (2013, p. 296) pontua que, para Rabatel, o narrador, assim como os demais personagens, não se priva de manifestar seu ponto de vista e de intervir sobre o ponto de vista alheio. O ponto de vista do outro é identificado não apenas pelo dizer assumido (prise en charge), mas também através do dizer e de percepções atribuídas pelo produtor do texto (imputação) a outro(s) enunciador(es). (CORTEZ, 2013, p. 294). Logo, a voz não precisa ser explícita para se considerar um enunciador. Pensamentos e percepções também se tornam enunciadores. Assim, o assume a veracidade das diversas vozes quando as insere na fala dele, no documento, para dar suporte à argumentação, à persuasão. Portanto, Aquele que diz, o locutor, nem sempre assume o que diz, pois pode 5 Si donc nous pensons Homo narrans comme sujet, c est en tant que sa parole est complexe, hétérogène, mais encore, et surtout, parce qu elle esta opaque. Le sujet racontant, par cela même qu il raconte, et surtout para le fait même de raconter, en mettant en scène des centres de perspective différents, ouvre potentiellement une boîte de Pandore d où sortent des voix autorisées et d autres qui le sont moins, mais qui néanmoins sapent l autorité des premières, em sorte que le récit, loin d être l illustration d une vérité préétablie, ouvre sur les possibles infinis de l interprétation. (RABATEL, 2008, p ).

19 31 estar não apenas dizendo pelo outro, mas imputando um ponto de vista ao outro, de quem ele quer marcar distanciamento (CORTEZ, 2013, p. 297). Ao inserir uma voz no seu discurso convém observar, não necessariamente o concorda com ela; apenas pode servir como base para o embate discursivo. A interpretação de PDV realizada por Rabatel se apoia na abordagem enunciativointeracional, pois, ao reinterpretar a noção de foco, ele deslocou o problema para a relação sujeito focalizador objeto focalizado (RABATEL 2008a, 2008b). O PDV não é apenas uma questão de foco, não se limita à posição interna ou externa de alguém para contar determinado fato, não se limita à expressão da vida psíquica dos personagens; ele envolve representação, engloba pensamentos, percepções, representação de falas (mesmo as frases sem fala permitem que se exprima um PDV por meio da representação por outro enunciador e ou ). Para Rabatel (2004), o ponto de vista é anterior ao julgamento, bem como o que se apresenta é tido como não contestável. Dessa forma, 6 [...] A lógica natural é assim feita para que se aceite facilmente o que resulta de uma observação a priori desnudada de desafios interpretativos, já que o que se vê com os olhos parece corresponder à emergência pura dos fenômenos, independentemente de toda a intencionalidade humana. (RABATEL, 2004, p. 43). De acordo com o mesmo autor (2008), o ponto de vista é definido com base nos meios linguísticos pelos quais o sujeito vislumbra o objeto, que pode ser concreto, pode ser uma situação, noção, acontecimento, personagem, em resumo, objeto de discurso. O sujeito, responsável da referenciação do objeto, exprime seu ponto de vista tanto diretamente por comentários explícitos como indiretamente pela referenciação do material linguístico (RABATEL, 2008, p. 21). Como já dissemos, o, ao afirmar (o dizer assumido, prise en charge), ao tomá-lo para si como verdade, assume toda a responsabilidade desse processo. O referente, então, é de extrema relevância por servir de base às expressões nominais na construção do ponto de vista. Tal processo vale ressaltar pode gerar polifonia e dialogismo (termos introduzidos por Bakhtin em 1929): polifonia, porque o discurso é repleto de vozes que permeiam a fala do e porque ocorrem vários PDV; dialogismo, porque há diálogo entre as palavras dos enunciadores, embora elas estejam 6 [ ] La logique naturelle est ainsi faite qu on accepte facilement ce qui résulte d une observation a priori dénuée d enjeux interprétatifs, puisque ce qu <<on voit de sés yeux>> semble correspondre à l émergence pure des phénomènes, indépendamment de toute intentionnalité humaine. (RABATEL, 2004, p. 43).

20 32 ausentes. O autor acrescenta que [...] todo ponto de vista é considerado, seja diretamente por um primeiro, seja indiretamente por um segundo (intratextual), seja ainda por um enunciador segundo não locutor (RABATEL, 2008, p. 56). Em seguida, afirma: 7 Se todo locutor é enunciador, todo enunciador não é necessariamente locutor, o que leva a dizer que um locutor pode fazer eco em seu discurso que possui vários centros de perspectivas modais, mais ou menos saturado semanticamente: essa disjunção permite se dar conta do fato que o locutor narrador faz ouvir o PDV de um enunciador personagem mesmo se seu ponto de vista (PDV) não é expresso em uma fala [...], mas ela permite também se dar conta das diversas posturas enunciativas auto dialógicas do locutor no momento em que ele se distancia de tal ou qual ponto de vista (PDV) que havia sido o seu ou que poderia ter sido o seu nos outros quadros de veridicção (RABATEL, 2008, p. 56). Diante disso, o é quem põe em evidência o PDV de um enunciador sem fala explícita, razão por que aquele pode inserir no próprio discurso vozes consoantes ou não. Como enunciadores são vozes, apenas o é quem as gerencia. Assim, não mais se analisa o ponto de vista como na obra de Genette, em termos de focalização narrativa, e sim como [...] um mecanismo textual-discursivo que põe em evidência a relação entre pelo menos dois espaços enunciativos, que atuam na orientação argumentativa do texto. Por essa relação, o locutor apreende e apresenta os objetos de discurso para fazer valer seu ponto de vista em meio ao ponto de vista de outros enunciadores. (CORTEZ, 2013, p. 294). Pelo exposto, não existe apenas o PDV do, pois o texto é repleto de vozes e, consequentemente, de PDV. Ademais, a análise do ponto de vista no âmbito textualdiscursivo abre espaço, de acordo com Cortez (2013, p. 297), para o estudo da heterogeneidade enunciativa. Em outras palavras, o PDV, além do campo literário, é estudado nas vozes pertencentes ao discurso e à orientação argumentativa do texto. Eis a razão pela qual procedemos ao estudo sobre ponto de vista em petição inicial e contestação em ação de união estável. 7 Si tout locuteur est énonciateur, tout énonciateur n est pas nécessairement locuteur, ce qui revient à dire qu un locuteur peut faire echo dans son discours à plusieurs centres de perspective modaux, plus ou moins saturé sémantiquement: cette disjonction permet de rendre compte du fait que le locuteur narrateur fait entendre le PDV d un énonciateur personnage même si son PDV n est pas exprimé dans une parole [...], mais elle permet aussi de rendre compte des diverses postures énonciatives autodialogiques du locuteur, lorsqu il se distancie de tel ou tel PDV qui avait été le sien, ou qui pourrait être le sien dans d autres cadres de véridiction [...]. (RABATEL, 2008, p. 56).

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