Renova. Metrópole do Futuro. Dinheiro do Lixo

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1 3 edição nº Revista da Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo Renova DISTRIBUIÇÃO GRATUITA PÁGINAS 16 a 18 Dinheiro do Lixo Catadores se organizam para aumentar a coleta de produtos recicláveis e ganhar mais Maquete do escritório Tuma e Terra Arquitetura e Urbanismo para a região do Cabuçu de Cima 7 Metrópole do Futuro Concurso da Secretaria Municipal de Habitação seleciona 17 projetos de arquitetos renomados para mudar a vida de 84 mil famílias PÁGINAS 4 a 8 Mais do que futebol Jovens deixam o esporte de lado para praticar tênis, rúgbi e skate nas comunidades PÁGINAS 24 a 26

2 RENOVA SP Í N D I C E Real Parque a r t i g o Favelas famosas no mundo RICARDO PEREIRA LEITE Soube recentemente que a minha participação em um congresso na Universidade de Cambridge (Inglaterra) sobre informalidade na América Latina, no qual falei sobre o Programa Renova Centro, da Cohab, se transformará num livro. O programa, divulgado por mim numa das mais antigas instituições de ensino no mundo, se propõe a construir novas moradias na região central de São Paulo. Pela segunda vez, o Programa Municipal de Urbanização de Favelas, da Sehab, será tema da Bienal de Arquitetura de Roterdã, na Holanda. Nas duas das mais importantes universidades do mundo, as americanas Harvard e Columbia, o nome da cidade de São Paulo é citado toda vez que o assunto é habitação. Ninguém na Secretaria Municipal de Habitação tem como prioridade fazer um trabalho de repercussão internacional. Queremos resolver o problema de moradia dos paulistanos. Temos muito para resolver. São mais de 800 mil famílias vivendo em condições inadequadas na capital. Mas é fato: o que se produz aqui está servindo de modelo para o mundo. A Organização das Nações Unidas revelou que há um bilhão de moradores de favela no planeta, um em cada três moradores das áreas urbanas. Ou seja: habitação é a pauta do dia. E por que São Paulo chama tanta atenção fora do País? A reportagem de capa desta edição da Renova SP pode ser uma resposta: concurso realizado pela Sehab selecionou projetos, feitos pelos mais renomados arquitetos, para urbanizar 17 perímetros da cidade onde praticamente não há cidade: as moradias são precárias, os córregos, poluídos, falta praça, falta parque. A São Paulo do futuro, aquela com a qual todos sonhamos, igualitária, sustentável, feliz, está sendo desenhada neste momento. E pelos melhores especialistas. EXPEDIENTE 3 OPINIÃO E CARTAS HABITAÇÃO 4 Sai resultado de concurso que vai beneficiar 17 áreas carentes 9 Mulheres do Iporanga são premiadas pela Sehab DIÁRIO DE OBRAS 10 Quadra H do Real Parque entra na fase final 11 Primeiros redondinhos de Heliópolis estão prontos 12 Mapa das obras na cidade 13 Prédios para famílias da Água Espraiada começam a ser feitos 14 Começam as obras na favela do Bamburral 15 Comunidade do Dezenove recebe espaços de lazer EMPREGOS & FINANÇAS 16 Reciclar lixo é uma saída para faturar mais CONSTRUÇÃO & DECORAÇÃO 19 Beliches ajudam a ganhar espaço nos quartos 21 Passo a Passo e Pergunte ao Arquiteto CULTURA & LAZER 22 Rádios comunitárias ajudam a levar informação e serviços 24 Nem só de futebol vive a periferia 26 Minha Receita Pescada ao molho vermelho com cuscuz de sardinha 27 Meu Bairro, Minha História Maria da Graça dos Reis, de Cidade Tiradentes 28 Retrato Prefeito do Município de São Paulo: Gilberto Kassab Secretário Municipal de Habitação: Ricardo Pereira Leite Secretário Municipal de Comunicação: Marcus Vinicius Sinval Superintendente de Habitação Popular: Elisabete França Diretora Comercial e Social da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo: Ângela Barbon Conselho Editorial: Ricardo Montoro (presidente), Alonso López, Ângela Barbon, Carlos Alberto Pellarim, Elisabete França, Felinto Cunha, Luiz Henrique Girardi, Luiz Henrique Tibiriçá Ramos, Márcia Maria Fartos Terlizzi, Maria Cecília Sampaio Freire Nammur, Maria Teresa Diniz, Nancy Cavallete da Silva, Ricardo Sampaio, Tereza Beatriz Herling, Vanessa Padiá e Violêta Saldanha Kubrusly Coordenadoria de Imprensa do Município: Emerson Figueiredo e Sérgio Rondino Coordenador de Imprensa da Secretaria Municipal de Habitação: Sérgio Duran (jornalista responsável, MTB: ) Editor: Fernando Cassaro Repórteres: Débora Yuri e Marcos Palhares Fotógrafos: Hype Fotografia Projeto Gráfico e Diagramação: André Bunduki/DinBrasil Impressão e Acabamento: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Renova SP é uma publicação mensal da Secretaria Municipal de Habitação produzida pela DS Comunicação/Popcom Assessoria de Comunicação e Imprensa. Tiragem: 100 mil exemplares. Distribuição Gratuita Skate Ricardo Pereira Leite é secretário municipal de Habitação Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

3 RICARDO MONTORO Eco o quê? Você sabe o que é um ecoponto? Pois é, infelizmente, pouca gente sabe, e, por esse motivo, ainda assistimos a cenas tristes de sofás boiando nos rios e córregos da nossa cidade, galerias entupidas por objetos etc. Ecoponto é um bota-fora municipal, um local onde você pode depositar entulho e todo tipo de material que o lixeiro não carrega. Simples e prático, não é? Pois pasme: há quase 50 ecopontos espalhados pela cidade. A atual gestão foi a que mais abriu ecopontos. Estima-se que chegaremos a 80 até o fim do ano que vem, uma notícia fantástica. O ecoponto não apenas ajuda o meio ambiente paulistano, poupando nossas áreas verdes e leitos de água do entulho, mas facilita também o negócio da reciclagem, atividade econômica que movimenta bilhões no País, como nos revela uma reportagem desta edição da revista. Há muito trabalho pela frente para fazer com que os ecopontos se tornem populares, para que qualquer cidadão conheça o mais próximo da sua casa e a cultura de jogar lixo no local adequado seja incorporada por todos. Porém, toda maratona começa com um simples passo. Por isso, sugiro que você, leitor, faça a seguinte pergunta que abre esse artigo para o seu vizinho: você sabe o que é um ecoponto? Ricardo Montoro é vice-presidente da Cohab-SP ARTIGO ARTE: André Bunduki C A R T A S Gostaria de saber para quem e onde denuncio obra irregular. A situação é a seguinte: meu vizinho está levantando um sobrado com janelas para o quintal de minha casa sem recuo algum, já que a obra é na divisa do muro. O que devo fazer para evitar que ele continue a construir? Viviane Ricarda Veiga Para conseguir tais informações, procure a subprefeitura da região em que se localiza o imóvel. RECLAME AQUI Gostaria de saber como faço para ter acesso ao Parceria Social? Daniella Vanessa dos Santos Leal Esse programa é uma das formas de atendimento habitacional da Secretaria Municipal de Habitação destinado às famílias que serão removidas por conta de obras de urbanização, por alto risco ou em situação de rua. O morador aluga uma casa e a prefeitura paga 300 reais mensais ao proprietário do imóvel por 30 meses. Para isso, o beneficiário deve dar algumas contrapartidas, como comprovar Para tirar dúvidas, reclamar ou fazer sugestões, entre em contato com a Renova SP pelo leitor@renovasp.com.br que os filhos estão matriculados na escola. Já faz alguns anos que a Prefeitura regularizou a numeração da minha rua. Mas, de um tempos para cá, verificamos que no fim da rua existe uma área habitada e um dos moradores simplesmente resolveu colocar em sua residência o mesmo número que o da minha. O que devo fazer? Taís Martins Para esse tipo de problema, você deve procurar a subprefeitura mais próxima da sua casa. TELEFONES ÚTEIS Central de atendimento da Prefeitura 156 Central da Habitação A Renova SP se reserva ao direito de publicar apenas trechos das cartas. Informe nome completo, idade, bairro e profissão Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

4 HABITAÇÃO CONCURSO RENOVASP Sehab seleciona 17 projetos de arquitetos renomados para mudar a cidade Conjunto de obras vai urbanizar 213 favelas e loteamentos irregulares, beneficiando 84 mil famílias Divulgação Detalhe do projeto para Cabuçu de Baixo 12 A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) vai começar a mudar a vida de 84 mil famílias. No dia 29 de agosto, em evento na Prefeitura, foram divulgados os 17 projetos vencedores para urbanizar 213 assentamentos precários da cidade. O concurso foi realizado em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB Nacional) e teve 109 projetos de arquitetos renomados inscritos. O valor das contratações é de R$ 48 milhões. A urbanização é um trabalho que nos enche de orgulho. Assim, podemos melhorar a vida daquelas pessoas menos favorecidas que, um dia, tiveram que improvisar suas moradias. Essa alegria será compartilhada com os premiados nesse concurso, afirmou o secretário municipal de Habitação, Ricardo Pereira Leite. A superintendente de Habitação Popular, Elisabete França, destacou o fato de o concurso ter sido o primeiro totalmente eletrônico feito pela Prefeitura. São projetos que vão tornar São Paulo mais bonita, incluída e sustentável, destacou. Cinco áreas não tiveram propostas que atendessem às Bases do Concurso: Aricanduva 3 e 5, Lageado 1, Ribeirão dos Perus 6 (menção honrosa para o escritório Héctor Ernesto Vigliecca Gani) e Ribeirão Jaguaré 5 (menção honrosa para o escritório Drucker Arquitetos Associados). O atendimento para essas cinco áreas será reavaliado futuramente. Confira, nas próximas páginas, os vencedores do concurso e os detalhes principais de cada área beneficiada. MARCOS PALHARES Áreas escolhidas serão planejadas para contemplar ações de outros órgãos As benfeitorias dos projetos vencedores do concurso RenovaSP vão levar qualidade de vida para as comunidades escolhidas, transformando favelas e loteamentos em novos bairros da cidade. As áreas escolhidas foram definidas a partir de sub-bacias hidrográficas, baseadas no Plano Municipal de Habitação (PMH) e no Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Cada perímetro, chamado de PAI, abrange ações dos diferentes programas habitacionais da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) e sua relação com programas de outros órgãos. Como, por exemplo, parques lineares (da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente), Córrego Limpo e Projeto Tietê (da Sabesp) e Operações Urbanas (da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano). Ao concentrar as intervenções por sub-bacias, a Prefeitura facilitará a despoluição de córregos e rios. Os projetos de urbanização contemplam a eliminação das áreas de risco, implantação de infraestrutura urbana, drenagem, construção de espaços públicos e de novas unidades habitacionais. Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

5 NORTE CABUÇU DE CIMA CABUÇU DE BAIXO JARDIM JAPÃO Maquete da área Cabuçu de Cima 10 Três áreas do Cabuçu de Cima vão ser urbanizadas O Concurso RenovaSP premiou projetos para três áreas do perímetro da sub-bacia hidrográfica do Cabuçu de Cima, na Zona Norte. No total, estão reunidas famílias, em 40 assentamentos: 25 loteamentos e 15 favelas. Para a região 7, foi selecionada a proposta do escritório Tuma e Terra Arquitetura e Urbanismo. Nosso foco é tentar executar a obra com o mínimo de remoções possível, disse o arquiteto Pedro Tuma. Nessa área, os projetos concorrentes tiveram de focar os impactos da implantação do trecho Norte do Rodoanel e os limites com a Serra da Cantareira e com o município de Guarulhos. Para o Cabuçu de Cima 10, foi escolhida a proposta do escritório AXAL Consultoria e Projetos, que terá como uma das principais dificuldades a de reassentar famílias, em especial as que vivem na favela Alfredo Ávila. Partimos do princípio de que o projeto teria que atentar para as águas da região, afirmou a arquiteta Catherine Otondo. Já no Cabuçu de Cima 8, o projeto eleito foi o do escritório Hereñú e Ferroni Arquitetos. Ali, os principais desafios são a ocupação em áreas de declives acentuados. A gente procurou combinar ações sutis e outras mais estruturais, comentou o arquiteto Pablo Hereñú. 1 Cabuçu de Baixo terá obras em 32 assentamentos Os três Perímetros de Ação Integrada (PAI) do Cabuçu de Baixo, na Zona Norte, contemplados pelo concurso, possuem um total de 32 assentamentos 26 favelas e 6 loteamentos e 11,7 mil famílias. Os escritórios que fizeram os projetos escolhidos foram: B Arquitetos (Cabuçu de Baixo 4), Miguel Saraiva + PMA Arquitetura (Cabuçu de Baixo 5) e Drucker Arquitetos Associados (Cabuçu de Baixo 12). Detalhe do projeto para Cabuçu de Baixo 4 Divulgação Divulgação 2 3 Projeto no Jardim Japão beneficiará famílias Situado no distrito da Vila Maria, o Jardim Japão 1 tem 16 assentamentos, sendo 12 favelas, um loteamento urbanizado, dois conjuntos habitacionais e um núcleo urbanizado. Ao todo, são domicílios. Trata-se de uma área central e plana da cidade de São Paulo. O projeto vencedor para esta área foi o do escritório B Arquitetos. Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

6 SUDESTE ORATÓRIO ÁGUA ESPRAIADA MENINOS Plano para Oratório vai reorganizar a infraestrutura da região Projeto vai beneficiar 12 mil famílias 5 Projeto no Meninos O Perímetro de Ação Integrada (PAI) Oratório 1, na sub-bacia hidrográfica do Ribeirão do Oratório (Zona Sudeste), também foi incluído no concurso. Atualmente, essa área é composta por 11 assentamentos, sendo 8 favelas e 3 loteamentos, num total de famílias residentes. Estamos propondo a reorganização de toda a infraestrutura da região. O projeto prevê vários equipamentos públicos, como escolas e creches, que já estavam no Plano Diretor, para as quais fizemos propostas de posiciona- 6 mento e localização, disse Fábio Rago Valentim, arquiteto autor do projeto. Além de considerar as propostas contidas no Plano Regional Estratégico da Subprefeitura Vila Prudente/Sapopemba, o projeto para o perímetro do Oratório teve de considerar o Plano Municipal de Saneamento Básico especialmente no que diz respeito à implantação de coletores tronco para captação e destinação de esgoto às estações de tratamento e a extensão da Linha 2 Verde do Metrô para a região. vai beneficiar 2 mil famílias Localizado na sub-bacia hidrográfica do Ribeirão dos Meninos, na Subprefeitura Ipiranga, região Sudeste, a área Meninos 1 terá projeto de urbanização do escritório Projeto Paulista de Arquitetura. A ocupação da área começou irregularmente por volta da década de 1970, a partir das favelas Liviero e São Pedro. Atualmente, vivem na região famílias distribuídas em 7 assentamentos precários: 5 favelas, 1 loteamento e 1 empreendimento habitacional. Proposta de Paulo Bruna é escolhida para a Água Espraiada O escritório Paulo Bruna Arquitetos Associados foi o escolhido para urbanizar as áreas 2 e 5 da Água Espraiada, no Sudeste do município. Lá, existem 9 favelas, com um total de 531 famílias. Na Água Espraiada 2, o desafio proposto foi o de implantar espaços públicos que favoreçam a criação de novas centralidades urbanas no local. Já na área 5, o projeto terá de priorizar a conexão dos assentamentos ao entorno imediato e à malha urbana. Renova SP SETEMBRO OUTUBRO Maquete para a área Meninos 1 Divulgação Divulgação 4

7 LESTE ÁGUA VERMELHA TIQUATIRA CORDEIRO 9 ÁGUA VERMELHA TIQUATIRA CORDEIRO 8 Projeto vai trabalhar propostas ambientais Divulgação 8 Proposta envolverá 17 mil famílias na Água Vermelha O projeto do escritório Libeskindllovet foi o vencedor para a área do Água Vermelha 2, na Zona Leste. Naquele perímetro, residem mil famílias, em 23 assentamentos 10 favelas, 9 loteamentos e 4 núcleos urbanizados. Entre os principais desafios da área, estão eliminar áreas de risco, preservar os cursos d água, criar espaços de convivência e lazer para a população, planejar sistemas de drenagem, resgatar propostas ambientais que ajudem a trabalhar relações com o meio ambien- Proposta vai atender 440 famílias Divulgação 9 te local e conectar as comunidades. Um dos nossos projetos mais importantes é o da Água Vermelha. Precisamos abrir novas áreas verdes e espaços públicos de lazer, tudo isso aliado a uma ação que propicie uma qualidade de vida melhor, comentou Sandra Llovet, arquiteta e sócia-proprietária do escritório. Temos um projeto de ideias e agora precisamos formatá-lo, pois é uma área muito grande, completou. 7 Projeto do Cordeiro prioriza a natureza SUDESTE Com ocupação iniciada por volta da década de 1960, quando surgiu a favela Maranhão II, a área Cordeiro 1, na região Sudeste, também foi contemplada pelo concurso da Secretaria Municipal de Habitação. Com 7 assentamentos sendo 6 favelas e 1 loteamento, ela tem famílias. O projeto partiu do princípio de melhor aproveitamento do meio natural, disse Paloma Siqueira, arquiteta da Área Arquitetura, que colaborou com o projeto. Tiquatira vai eliminar barracos e palafitas O perímetro do Tiquatira 2, na Zona Leste, é constituído por duas favelas, com um total de 440 domicílios, isolados e construídos sobre o leito d água a maioria barracos de madeira e palafitas sobre o córrego. Encravada entre as subprefeituras de Ermelino Matarazzo e Penha, a região apresenta alto índice de vulnerabilidade social, com infraestrutura precária. Urbanizar essa área é o objetivo do projeto do escritório Arché Consultoria, Planejamento e Projetos. Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

8 SUL PIRAJUSSARA PONTE BAIXA MORRO DO S Divulgação 12 Pirajussara 5 vai ter um corredor verde Dois escritórios vão trabalhar na região do Pirajussara Na Zona Sul de São Paulo, o perímetro do Pirajussara teve duas áreas escolhidas para fazerem parte do concurso. O escritório Libeskindllovet, do arquiteto Claudio Libeskind, foi um dos contemplados e será o responsável pela área do Pirajussara 5. Queremos aproximar o Ribeirão Pirajussara dos moradores do entorno, com um corredor verde para ligar as diferentes áreas. O rio será o agente estruturador, revelou Sandra Llovet, arquiteta e sócia-proprietária do escritório premiado. Nesta área, o projeto terá de prever a instalação de equipamentos públicos de esporte e lazer que complementem a estrutura existente o CEU Campo Limpo, o CDC Jardim Martinica e o CDC Esporte Clube do Sapy. Já para o Pirajussara 7, o projeto escolhido foi o do escritório Barst Arquitetura e Urbanismo. Ao todo, serão beneficiadas famílias, que estão distribuídas em 30 assentamentos sendo 20 favelas, 5 loteamentos e 5 núcleos urbanizados. Divulgação Projeto para o Morro do S 4 é de Héctor Vigliecca Renova SP SETEMBRO OUTUBRO Proposta para a Ponte Baixa vai conectar bairro ao sistema viário Os 7 assentamentos da área Ponte Baixa 4, na Zona Sul, com famílias, terão projeto de Daniela Ramalho. Pensamos de forma global para atingir os pontos principais dessa região, observou a arquiteta. Havia um grande vazio urbano e, para resolver isso, queremos dar qualidade de vida para os moradores, acrescentou a autora da proposta premiada no concurso da Secretaria Municipal de Habitação. Naquela área, os desafios se concentram em eliminar as áreas de risco que se localizam junto ao Córrego Ponte Baixa e seus afluentes, reassentar as famílias em unidades habitacionais adequadas, implantar áreas verdes e equipamentos públicos de esporte e lazer, e melhorar as conexões de forma a integrar a área urbana aos principais eixos viários e ao transporte público local. Detalhe da Ponte Baixa 4 Divulgação Projeto vai atender 10 mil famílias no Morro do S O projeto do arquiteto Héctor Ernesto Vigliecca Gani foi o escolhido para urbanizar a região do Morro do S 4. A ocupação dessa área iniciou-se na década de 1960, com o Jardim Imbé II, e se intensificou entre os anos 1970 e início dos anos Atualmente, existem 29 assentamentos nesse perímetro: 20 favelas, 7 núcleos urbanizados e 2 loteamentos, totalizando famílias. Quando a gente faz projetos para áreas de favela, o grande objetivo é construir cidade. Porque, para fazer cidadania, temos que fazer cidade, ressaltou o arquiteto.

9 GERAÇÃO DE RENDA Sacolas do BEM Bolsas ecológicas produzidas por moradoras do Jardim Iporanga ganham prêmio da Sehab As Mulheres do Iporanga correm atrás de banners inutilizados. Cortam, limpam e secam as faixas publicitárias recolhidas. Com forro de chita e material reciclado, costuram sacolas amigas do movimento verde. E ganham dinheiro. O grupo é formado por 25 moradoras do Jardim Iporanga, na Capela do Socorro (Zona Sul), com idades entre 20 e 67 anos. Em julho, elas venceram o concurso de Boas Práticas Sociais para Geração de Renda, organizado pela Superintendência de Habitação Popular da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab). O objetivo do prêmio é divulgar e estimular iniciativas que, colocadas em prática nas comunidades em urbanização, elevaram a autoestima e a renda dos moradores (leia texto nesta página). Hoje, cada uma das Mulheres do Iporanga recebe cerca de um salário mínimo (R$ 545). Elas estão ganhando dinheiro para ajudar no orçamento familiar e, como trabalham perto de casa, podem cuidar dos filhos pequenos, conta Sandra Regina Pereira, de 44 anos. Ela é a coordenadora da oficina que fica na sede da Associação de Moradores do Jardim Iporanga. As costureiras produzem nécessaires, lixinhos para carro e carteiras. Mas o nosso grande sucesso são as sacolas, diz Sandra. O modelo que está na moda é o executivo, que tem fecho para carregar o laptop. Grandes empresas e órgãos públicos já encomendaram as bolsas, como escolas municipais e estaduais, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e a entidade internacional Cities Alliance. Todas as unidades trazem a etiqueta Iporanga, água linda menção ao processo de urbanização do local, que faz parte do Programa Mananciais e recuperou nascentes do Córrego Iporanga. DÉBORA YURI SERVIÇO Associação de Moradores do Jardim Iporanga R. Belizário Ferreira de Lima, 229, Jd. Iporanga, tel FOTO: Lucas Lima Mulheres do Iporanga trabalham com material reciclado Blog das Mulheres do Iporanga wordpress.com. Sehab estreia concurso de práticas sociais ARTE: André Bunduki O concurso de Boas Práticas Sociais para Geração de Renda, que premiou em sua primeira edição as Mulheres do Iporanga, deve virar uma prática da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab). Segundo o secretário Ricardo Pereira Leite, é necessário pensar grande para resolver os problemas sociais da cidade. As boas ideias precisam se espalhar. A superintendente de Habitação Popular da Sehab, Elisabete França, elogiou as equipes de trabalho social da secretaria que desenvolveram as práticas inscritas. O concurso é uma forma de elas verem como o trabalho é importante para a Prefeitura, afirmou. Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

10 DIÁRIO DE OBRAS NORTE SUL LESTE SUDESTE CENTRO mananciais SUL Quadra H do Real Parque entra em fase final Até o final deste ano, 140 apartamentos serão entregues no bairro Os primeiros 140 apartamentos que a Prefeitura está construindo no Real Parque, no Morumbi (Zona Sul), entraram em fase de acabamento, com previsão de entrega para dezembro deste ano. Eles integram a Quadra H, que terá três edifícios de sete pavimentos cada, quadra esportiva, playground, área de lazer coberta, pequenas praças e jardins. Todas as unidades habitacionais medem 50 m² e contam com dois quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço e uma sacada. Foi desenhada ainda uma passarela avarandada para permitir a circulação dos moradores. Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, Eduardo Argenton Colonelli, do Escritório Paulistano de Arquitetura, as varandas, a iluminação, a ventilação e a privacidade que os apartamentos oferecem são diferenciais. Vai ser uma grande melhoria para a comunidade que antes vivia sem qualquer estrutura. O arruamento que faremos também melhorará a circulação de veículos no bairro. As obras de urbanização do Real Parque começaram em setembro de 2010 e custarão cerca de R$ 140 milhões, beneficiando mais de pessoas, direta e indiretamente. Outras três quadras também receberão unidades habitacionais no total, serão construídos mais de novos apartamentos. O projeto ainda prevê boxes comerciais, creche e um parque com 10 mil m², que terá quadra esportiva, pista de skate e marquise. As obras devem ser concluídas em dezembro de Também no mês passado, os prédios do antigo Cingapura construídos no Real Parque foram incorporados ao Programa 3 Rs (Regularização, Recuperação dos Créditos e Revitalização dos Empreendimentos), criado pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab). Serão beneficiados cerca de 3 mil moradores que vivem em 980 apartamentos ao custo de R$ 2,5 milhões. DÉBORA YURI Real Parque terá mais de apartamentos FOTO: Newton Santos O Q U E É Área de Risco? É um local onde há risco de morte para as pessoas que o habitam. São identificados em margens de encostas e beira de córregos ou rios. Nesses pontos, sempre há perigo de deslizamentos, solapamentos e inundações. Locais com lixo ou entulho também são áreas de risco... Auxílio Aluguel? É um programa da Prefeitura destinado às famílias retiradas de área de risco ou por conta de obras de urbanização. Também pode ser usado em situação de emergência, como em caso de incêndio ou desabamento. O benefício é de R$ 300 mensais, tendo a duração de seis meses ou até a moradia definitiva ficar pronta... Cadastramento? É uma ficha que o funcionário da Prefeitura preenche com os dados do morador após uma visita à casa dele. Ela serve para identificar todas as pessoas que vivem em uma comunidade para, futuramente, atender a todos... Parceria Social? É um programa da Prefeitura voltado a famílias que vivem em situação de rua ou sem residência fixa, em situação de extrema pobreza. O benefício é de R$ 300 mensais, com duração de 30 meses, sendo que a pessoa deve guardar de R$ 6 a R$ 15 por mês em uma caderneta de poupança e cumprir várias obrigações... Programa 3 Rs? É a sigla para Recuperação do Crédito, Revitalização do Empreendimento e Regularização Fundiária da Prefeitura. Foi criado para recuperar conjuntos habitacionais já existentes que estavam degradados, inclusive com a invasão e criação de novas favelas nas áreas comuns dos prédios... Reintegração de Posse? É quando um juiz manda as pessoas que vivem em um terreno particular ocupado saírem. O pedido é feito pelo proprietário da área, e a Prefeitura não tem como impedir... Termo de Atendimento Habitacional? É um documento oficial afirmando que o morador tem direito a receber apartamento ou casa da Prefeitura. É dado quando ele deixa a sua moradia por conta de alguma obra ou remoção... Urbanização? É um projeto da Prefeitura para transformar a favela em um bairro com ruas pavimentadas, calçadas, rede de água e esgoto, praças, posto de saúde. Além disso, o morador recebe a documentação regularizada de sua casa Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

11 PERUS 7 2 O X H N JAÇANÃ TREMEMBÉ Obras da Secretaria Municipal de Habitação na cidade ARTE: André Bunduki 9 5 W Y A M T campo limpo PIRITUBA JARAGUÁ R I J D CC FF EE E F 1 butantã BB m boi mirim 36 H 5 6 G FREGUESIA Q BRASILÂNDIA casa verde C B lapa AA S SUL L DD santo amaro mananciais 4 parelheiros NORTE pinheiros N CENTRO cidade ademar 1 capela do socorro santana tucuruvi 7 6 sé vila mariana jabaquara 4 Z vila maria D vila guilherme U ipiranga V mooca G C I J vila prudente SUDESTE penha aricanduva ermelino matarazzo REGULARIZAÇÃO DE LOTEAMENTOS 1 - Brasil Novo 2 - Jardim Corisco II 3 - Campo Limpo 4 - Jardim Joana D Arc 5 - Jardim Paulistano 6 - Rua Francisco Reis 7 - Sitio Itaberaba DIVISA DAS REGIÕES LIMITE DAS SUBPREFEITURAS LIMITE DAS ÁREAS DE MANANCIAIS A E K L PARCERIAS 1 - Barra Bonita 2 - Brotas 3 - Campos do Jordão 4 - Leme 5 - Mongaguá 6 - Guarujá 7 - Caraguatatuba 8 - Mirassol 9 - Paranapiacaba 10 - Santa Adélia NOVAS UNIDADES 1 - Domenico Martinelli 2 - Areião 3 - Estevão Baião 4 - Corruiras PROGRAMA 3 R s A - Jd. do Lago B - Lidiane C - Jd. Imperador D - Nova Tietê E - São Domingos/Camarazal 4 F - São Domingos/Camarazal 7 G - José Paulino dos Santos H - City Jaraguá I - Chaparral J - Tiquatira K - Goiti L - Real Parque são miguel paulista LESTE K guaianases 10 7 Itaquera cidade 8 5 tiradentes 6 9 B 8 são mateus F 2 itaim paulista 1 COHAB 1 - Jardim Mirian 2 - Parque Boa Esperança 3 - Unidos Venceremos 4 - Paulo Freire 5 - Recanto da Felicidade 6 - Parque do Gato 7 - Olarias 8 - Barro Branco II 9 - Barro Branco I, II, III, IV - Sta. Etelvina 1/6A URBANIZAÇÃO DE FAVELAS A - Jardim Nova Tereza B - Dois de Maio C - Sampaio Côrrea D - Nova Jaguaré E - Vitotoma Mastroroza F - São Francisco Global G - Tiro ao Pombo H - Jardim Guarani / Boa Esperança I - Diogo Pires J - Barão de Antonina K - Nove de Julho L - Cinco de Julho M - Carina Ari N - Jardim Edite O - Bamburral P - Lidiane / Sampaio Côrrea Q - Gabi R - Ponte dos Remédios S - Paraisópolis T - Jardim Olinda U - Heliópolis V - Jardim Celeste V W - Jardim das Rosas X - Córrego da Mina Y - Parque Fernanda I Z - Cidade Azul AA - Jardim Colombo BB - São Judas CC - Thomas II DD - Real Parque EE - Sapé FF - Água Podre PROGRAMA MANANCIAIS 1 - Cidade Júlia 2 - Nova Pantanal 3 - Jd. Eldorado / Mata Virgem 4 - Jd. dos Lagos 5 - Santa Margarida V 6 - Jd. Dionísio I e II/Vila Santa Lúcia 7 - Vila Santa Célia 8 - Jd. Ângela II 9 - Jd. São Joaquim 10 - Jd. Arnaldo 11 - Vila Bom Jardim 12 - Nagib I e II 13 - Jd. Planalto 14 - Minuetos 15 - Pq. São Francisco 16 - Kagohara II 17 - Jd. Herculano 18 - Alto da Riviera B 19 - Neumas/Kagohara IV 20 - Pq. Novo Santo Amaro V / Luz Soriano 21 - Pq. Novo Santo Amaro III 22 - Pq. Novo Santo Amaro VI 23 - Pq. Novo Santo Amaro I e II 24 - Boulevard da Paz 25 - Pq. Nova Santo Amaro VII 26 - Costa do Valado 27 - Renato Locchi 28 - Jd. Solange 29 - Jararau II 30 - São Lourenço 31 - Fujihara II 32 - Jd. Fujihara I e III e Nakamura II 33 - Xambores I e II / Vila Verde 34 - Jd. Araguari / Muriçoca 35 - Chácara Flórida / Chácara Bandeirantes 36 - Cidade Ipava / Vila Jaci 37 - Jd. Capela / Santa Bárbara 38 - Pq. das Cerejeiras 39 - Enlevo 40 - Jd. Calú 41 - Chácara Sonho Azul 42 - Arizona 43 - Cavalo Branco 44 - Ângelo Tarsini 45 - Cardeal Rossi 46 - CEU Cidade Dutra 47 - Alcindo Ferreira / Jd. Cruzeiro 48 - Vinte 49 - Jd. Satélite I e II 50 - Dezenove 51 - Jd. Represa 52 - Ribeirão das Pedras 53 - Ipojuca Luis de Araújo 54 - Vila Rubi 55 - Jd. Pouso Alegre 56 - Jd. Real 57 - Pq. América 58 - Jd. Toca 59 - Pq. São José VI 60 - Jd. Itatiaia 61 - Pq. São José I e II 62 - Cantinho do Céu / Gaivota 63 - Jd. Horizonte Azul / Sapato Branco 64 - Jd. Manacás 65 - Pq. São José VII, Três Cânticos e Entorno 66 - Alto da Alegria 67 - Nova Grajaú II 68 - Cocaia I 69 - Jd. São Bernardo II 70 - Vila Santa Francisca / Cabrini IV 71 - Vila Santa Fé 72 - Pq. Maria Fernando I e II 73 - Chácara do Conde II 74 - Jd. Noronha 75 - Jd. Iporã / Jd. Casagrande 76 - Nova Varginha 77 - Jd. Nova Marilda 78 - Condomínio Vargem Grande 79 - Pabreu Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

12 SUDESTE Primeiros redondinhos de Ruy Othake estão prontos para moradores Condomínio 2 do Sabesp 1 receberá 162 famílias em setembro A partir da segunda quinzena de setembro, os primeiros prédios cilíndricos projetados pelo arquiteto Ruy Othake já poderão receber moradores em Heliópolis, no Sacomã (Zona Sudeste). As famílias receberam permissão para se mudarem para as 162 unidades habitacionais do Condomínio 2 do Sabesp 1, concluídas no mês de agosto. Ainda no Sabesp 1, o Condomínio 1 também está quase pronto. Com mais 162 unidades e previsão de entrega até o final deste ano. Com um investimento total de R$ 52 milhões sendo 64% da Prefeitura e 36% da Caixa Econômica Federal, o projeto do Sabesp 1 prevê três condomínios com 22 blocos e 390 apartamentos, incluindo área de lazer, espaços comunitários e paisagismo. As unidades habitacionais têm 50 m² cada. Eu sempre falo que sem sonho não se faz arquitetura. Ao aceitar o convite para fazer o projeto, imaginei de imediato um modo de morar diferenciado e digno para esses futuros moradores, afirma Ruy Othake. Sempre me desafiou a seguinte questão: será que a arquitetura não poderia contribuir para a melhora das condições das comunidades carentes de São Paulo e do Brasil? Quando surgiu a oportunidade de elaborar essas moradias para Heliópolis, a maior comunidade carente da cidade de São Paulo, precisei concretizar o desafio. Ou seja: o discurso em arquitetura real, completa. MARCOS PALHARES SUDESTE Primeiros prédios foram concluídos em agosto Começam obras para criar parque linear na Viela das Gaivotas A Prefeitura começou as obras de canalização do segundo trecho do Córrego Independência, na Viela das Gaivotas (Heliópolis). Após a conclusão dessa obra, a comunidade ganhará um parque linear na área. As obras terão investimento total de R$ 2,4 milhões. A previsão é de que tudo esteja concluído até o final do segundo semestre de Para fazer as obras, a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) atendeu 515 famílias que viviam no local. Esses moradores estão recebendo aluguel social da Prefeitura. SUL Prefeitura vai canalizar Córrego Independência Sehab conclui cadastros na Viela da Paz A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) finalizou em agosto o cadastro de moradores e unidades comerciais da Viela da Paz, favela do Jardim Peri Peri (Zona Sul) que será urbanizada. No total, foram feitos cadastros. No ano passado, cerca de 300 outras famílias, que viviam em áreas de risco, já haviam sido reassentadas. A Prefeitura vai elaborar a licitação para contratar as obras de urbanização que serão realizadas na comunidade. FOTOS: Divulgação Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

13 CENTRO Moradores da Água Espraiada serão atendidos na região Novos condomínios vão receber cerca de moradores do entorno Estevão Baião terá 300 unidades Divulgação As obras de provisão em três terrenos desapropriados pela Prefeitura na região do Campo Belo, Zona Sul, avançaram em agosto. O Iguaçu e o Gutemberg estavam em fase de conclusão da fundação de duas torres cada empreendimento terá uma, com 18 apartamentos, totalizando 36 unidades habitacionais, além de área de lazer com sala de leitura no térreo e playground. Já o Estevão Baião, que está em fase de terraplanagem, ganhará área de lazer, quadras esportivas, playground e três torres com 100 apartamentos cada um total de 300 unidades. Os três empreendimentos ficam próximos ao cruzamento das avenidas Washington Luís e Jornalista Roberto Marinho. Finas, altas e paralelas entre si, as torres do Estevão Baião estarão ligadas por uma passarela pública transversal de acesso. Ela vai ser uma ligação importante para o bairro. As pessoas conseguirão transitar e chegar à Washington Luís, a principal via da região, com mais facilidade, diz o arquiteto responsável pelo projeto, Marcelo Suzuki. O valor total da obra, que usa recursos da Operação Urbana Água Espraiada para construção de moradias sociais, é de R$ 42 milhões. Esses recursos vêm da venda, em leilões, dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs). Os novos prédios receberão cerca de moradores de favelas que ficam no entorno da Avenida Jornalista Roberto Marinho, área onde foi implantada a Operação Urbana Água Espraiada. Hoje, eles aguardam a entrega da moradia definitiva recebendo Aluguel Social. A conclusão das obras no Iguaçu e no Gutemberg está prevista para junho de 2012, enquanto o Estevão Baião deve ser finalizado em novembro do mesmo ano. DÉBORA YURI Reformas no Parque do Gato e Olarias estão em fase final As reformas nos conjuntos habitacionais Parque do Gato, no Bom Retiro, e Olarias, no Canindé, entraram na fase final. A Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP) refez a pintura externa dos prédios, instalou sistema de combate a incêndios e recompôs telhados, grades e pisos. Com início em fevereiro, a revitalização dos conjuntos vai beneficiar cerca de moradores do Parque do Gato, que tem 486 apartamentos, e 500 habitantes do Olarias, com 137 unidades habitacionais. Ao todo, foi investido R$ 1,2 milhão e a conclusão será em novembro. Divulgação Dois blocos do Corruíras começam a ser feitos Dois blocos do Corruíras, empreendimento que está sendo erguido no Jabaquara (Zona Sudeste), entraram em fase de fundação. No local, serão construídas 244 unidades habitacionais para receber moradores de favelas situadas no entorno da Avenida Jornalista Roberto Marinho região onde foi implantada a Operação Urbana Água Espraiada. As famílias aguardam a entrega dos apartamentos definitivos recebendo Aluguel Social da Prefeitura. Também estão em andamento a construção de um novo trecho de muro de arrimo e do sistema de drenagem sob dois blocos do conjunto. Com investimento de R$ 35 milhões, as obras no Corruíras devem ser concluídas em junho de PROJETO ATUAL Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

14 NORTE Começam as obras na favela do Bamburral Depois de atender 374 famílias, Prefeitura inicia urbanização da área Depois de atender 374 famílias com programas sociais da Prefeitura, começaram em agosto as obras na favela do Bamburral, no entorno do aterro sanitário dos Bandeirantes, em Perus (Zona Norte). As primeiras intervenções foram o tratamento, redirecionamento e canalização do Córrego Bamburral. O projeto prevê investimento de R$ 45 milhões e é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente e a Subprefeitura de Perus. No total, serão construídos 240 apartamentos, em cinco blocos, mais áreas de recreação, espaços de uso comunitário e playground. Além disso, serão feitas as redes de esgoto e água, pavimentação de ruas e estacionamentos, paisagismo com equipamentos de lazer e iluminação. A obra deve ser concluída no final de Uma grande área com 4 mil m² será o centro desse novo conjunto habitacional. A intenção é liberar o máximo de espaço livre, para lazer e convívio, afirma o arquiteto Marcelo Ferraz, sócio do escritório Brasil Arquitetura, responsável pelo projeto. Cada bloco de apartamentos terá uma área coberta, coletiva. Os apartamentos terão 50 m², acrescenta. O empreendimento vai abranger os assentamentos contíguos Bamburral e Árvore de São Tomás. MARCOS PALHARES Obras devem ser concluídas no final de 2012 FOTO: Newton Santos Divulgação Moradores do Francisco Reis recebem praça A Praça Achiles Silvestre foi entregue em agosto pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) aos moradores do loteamento Francisco Reis, Jardim Paulistano II, na Freguesia do Ó (Zona Norte). O espaço concluiu o conjunto de melhorias do projeto de urbanização que a Sehab fez no local, em uma área de 55,8 mil m². A obra beneficia diretamente 390 famílias, com investimento total de R$ 4,6 milhões. Além da praça, foram construídas também duas quadras de esportes e ANTES reservadas áreas verdes num total de 4,9 mil m². A obra teve ainda pavimentação, canalização de 650 metros de um córrego, drenagem de 1,9 mil metros, a instalação de 2 mil metros de esgoto e a construção de um muro de contenção de 64,8 m 2. DEPOIS Entrega de quadra conclui projeto no Jardim Paulistano II A entrega da última de três quadras esportivas, em agosto, finalizou as obras de urbanização que a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) fez no Jardim Paulistano II, na Freguesia do Ó (Zona Norte). O projeto atendeu famílias, em uma área aproximada de 205 mil m², dividida em lotes. Cerca de R$ 9,7 milhões foram investidos nas obras. Além das três quadras de esportes, foi reservada aos moradores do Jardim Paulistano II áreas verdes de 5,7 mil m². Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

15 MANANCIAIS Espaços de lazer são entregues aos moradores da favela Dezenove Quando concluída, urbanização beneficiará 531 famílias que vivem na região Duas quadras e uma pista de skate foram entregues na favela Dezenove, na Cidade Dutra (Zona Sul). A área está dentro da região atendida pelo Programa Mananciais. Uma das quadras é poliesportiva e a outra, de futebol. Os espaços de lazer integram o projeto de urbanização da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) que segue em curso no local. O investimento chega a R$ 18,9 milhões, em uma parceria entre a Prefeitura de São Paulo e o Governo Federal. A proposta de intervenção da comunidade Dezenove é decorrente da identificação das características, das expectativas e dos anseios da comunidade. Ela apresenta soluções para os problemas de saneamento básico, eliminação de riscos e de inundações, observa o arquiteto Stetson Lareu, do Prefeitura entregou quadras e pista de skate escritório Arquitetos Urbanistas responsável pelas obras. Segundo ele, as obras foram planejadas para que cada morador tenha acesso aos serviços básicos de infraestrutura e aos novos equipamentos públicos e coletivos. Essas articulações de espaços e equipamentos assumem uma dimensão urbanística e social, funcionam como elementos agregadores e conferem identidade de pequenas centralidades, contribuindo com a melhoria na qualidade de vida desta população, diz o arquiteto. Na região, 531 famílias serão beneficiadas. O projeto prevê a construção de 58 unidades habitacionais e a estimativa é que seja concluído em abril do próximo ano. MARCOS PALHARES Divulgação MANANCIAIS Desassoreamento de córrego concluirá obras em Ribeirão das Pedras O projeto de urbanização de Ribeirão das Pedras entrou na última etapa. Foi iniciado em agosto o desassoreamento do córrego que corta a área, localizada na Capela do Socorro (Zona Sul). Ali está sendo construído um parque linear com 56,1 mil m². O espaço terá uma quadra de futebol e áreas de convívio, beneficiando cerca Ribeirão das Pedras ganhará parque linear de famílias. O investimento é de R$ 19,8 milhões e faz parte do Programa Mananciais. A entrega está prevista para o primeiro semestre do próximo ano. Além do desassoreamento do Córrego Ribeirão das Pedras, foram feitas obras como remanejamento da rede de esgoto, drenagem, canalização e construção de muro de contenção. No parque e em seu entorno, ruas foram asfaltadas e guias, sarjetas e calçadas construídas, bem como a iluminação pública. Recentemente, foi colocada cobertura na quadra esportiva e em um estacionamento. Algumas residências locais também foram reformadas. LESTE Começa abertura de ruas na provisão 6 do São Francisco A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) iniciou as obras do sistema viário para acesso à provisão 6 do São Francisco, em São Mateus (Zona Leste). Serão feitas ruas e calçadas e, numa segunda etapa, intervenções de infraestrutura redes de água, esgoto e drenagem, além de luz e pavimentação. Duzentas unidades habitacionais estão em execução, com previsão de conclusão para o primeiro semestre de Elas integram a segunda fase da urbanização do São Francisco, a terceira maior favela de São Paulo, com cerca de 42 mil moradores. Outros 644 apartamentos serão construídos nesta etapa, que custará R$ 120 milhões e terá recursos da Prefeitura e do Governo Federal. Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

16 EMPREGO & FINANÇAS RECICLAGEM Dinheiro do lixo Catadores de comunidades se organizam para aumentar a coleta, preservar a saúde e faturar mais Diariamente, Davi Correa Soares, de 37 anos, coloca a mão no lixo e não reclama. Morador de Paraisópolis (Zona Sul), ele virou catador de materiais recicláveis e está ganhando dinheiro com a prática. Estou gastando a minha Kombi velha. Vou a prédios residenciais, empresas, aprendi a fazer triagem e separar os materiais, porque, assim, pagam mais, conta ele. São pessoas como Davi que fazem o setor de reciclagem no Brasil movimentar cerca de R$ 12 bilhões por ano, de acordo com dados do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). O mercado está aquecido, as cooperativas se fortaleceram e uma infinidade de possibilidades se abriu. Hoje, um catador de uma cooperativa organizada ganha, facilmente, mais de R$ por mês, diz o diretor-executivo da organização, André Vilhena. Estudos do Cempre revelam ainda que 13% do lixo urbano produzido no País é reciclado. Em 74% dos municípios que fazem coleta seletiva foram firmadas parcerias entre a prefeitura local e as cooperativas de catadores. O ganho do catador fica em torno de 1,5 salários mínimos (R$ 817) no Sul e no Sudeste e em um salário mínimo (R$ 545) nas demais regiões. Estima-se que existam cerca de 20 mil catadores na capital paulista, segundo Luzia Maria Honorato, diretora da Cooperativa Peruense de Reciclagem (Coopercose) e coordenadora de campo do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. É um negócio bom, de futuro, que dá dinheiro, mas que exige estrutura. Sem organização, o catador vai passar fome, diz. Existem quatro modalidades de catadores: puxadores de carroça individuais, grupos pequenos (cinco ou seis pessoas), grupos médios (com cerca de 20 membros) e grandes cooperativas, que, em geral, têm mais de cem funcionários. As associações mais indicadas são as médias e as grandes. Isso porque elas conseguem juntar lixo suficiente para vender a empresas de reciclagem, sem ter de repassar o material a atravessadores ou ferros-velhos (veja ao lado). Desestruturados, sem veículos nem galpão, os grupos pequenos dificilmente geram bom lucro para cada catador, afirma Luzia. E o carroceiro clássico, que trabalha por si mesmo? Ele até pode ganhar dinheiro porque não divide seus lucros com ninguém, mas tem uma rotina sofrida, diz ela. A maioria sente dores de cabeça, nas pernas, tem resfriado devido às chuvas e problemas na bexiga, porque muitas vezes precisam segurar a vontade de urinar. Outro entrave é que a indústria, que paga mais, não compra por quilo, e sim por tonelada volume difícil para se acumular sozinho. DÉBORA YURI Quanto vale o quilo do lixo* Alumínio (latinhas de refrigerante ou cerveja): R$ 2,80 Garrafa PET: R$ 1,50 PAD colorido (garrafas de plástico de amaciante, potes de manteiga): R$ 1,20 Tetrapak (embalagens de longa vida): R$ 0,33 Fonte: Cooper Viva Bem. *Valores por kg, vendidos diretamente para empresas de reciclagem. Preços apurados na semana de 22/8. Eles costumam variar semanalmente. FOTO: Lucas Lima PAD branco (garrafas de plástico brancas, como as de detergente): R$ 1,60 Sucata (objetos que enferrujam): R$ 0,29 Papel de revista: R$ 0,15 Papel de jornal: R$ 0,12 ARTE: André Bunduki Papel branco (folhas de sulfite ou de caderno): R$ 0,53 Papelão: R$ 0,34 Davi Soares gasta a Kombi velha atrás de lixo Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

17 Como montar uma Conheça bem todos os materiais recicláveis disponíveis e suas variações para não perder dinheiro. Parque do Gato cria sua própria cooperativa Uma dica para se aprofundar no tema é visitar cooperativas já existentes e conhecer os materiais. A agilidade e a estrutura do grupo propiciam aumento da produtividade. Fique atento a certos períodos do ano, como o Natal: nessa época, todo mundo compra em excesso, e dá-lhe lixo dando sopa nas ruas. Fins de semana são bons para encontrar os dois materiais mais cobiçados e rentáveis do ramo: latinhas, garrafas PET e PAD branco. Para legalizar uma cooperativa, é preciso registrá-la na Junta Comercial ou no Cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas da localidade e na Receita Federal. Além disso, é preciso obter alvará para funcionamento e licença ambiental. Fonte: Luzia Maria Honorato, fundadora da Cooperativa Peruense de Reciclagem (Coopercose) e coordenadora de campo do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis Nos meses bons, R$ no bolso Líder da Associação de Catadores Reciclando Esperança de Paraisópolis, Davi Correa Soares, de 37 anos, corre para profissionalizar o grupo de 25 membros de sua cooperativa e incrementar os lucros. Já demos entrada para pegar o CNPJ. Estamos trabalhando num centro de triagem provisório, cedido pela Prefeitura, conta ele, morador de Paraisópolis, Zona Sul, desde Com sua Kombi, Davi percorre prédios residenciais do Morumbi e do Real Parque, bairros vizinhos e abastados, onde tem diversas coletas agendadas semanalmente. Consigo tirar R$ por mês, quando o mês é bom, conta. A associação fez cadastro no Departamento de Limpeza Urbana de São Paulo (Limpurb) para receber caminhões carregados com lixo reciclado e fechou parceria com a Subprefeitura do Campo Limpo, que vai ceder ao grupo um ecoponto para retirada de lixo. Os integrantes também fazem bicos na própria comunidade. Um trabalho de triagem de meio período, que durou 15 dias, rendeu R$ 450 para cada catador, diz Davi. A história de amor de José Pereira da Silva, de 44 anos, e Maria da Piedade Alves, de 43, começou num ferro-velho da Baixada do Glicério, onde os dois trabalhavam na década de Sou catador há 20 anos e minha mulher, há mais de dez. Tem dias que a gente traz R$ 60 na nossa carroça, mas, em outros, só conseguimos R$ 20, diz ele. Com quatro filhas, o casal mora no conjunto habitacional Parque do Gato, no Bom Retiro (Centro), e anda pelo menos quatro quilômetros por dia. Uma hérnia impede Maria de ir para a rua quando o tempo fecha, ela conta. Chuva é pior que calor forte, porque a gente fica mais exposta ao perigo: os carros não freiam. Neste ano, José e Maria se uniram a 20 vizinhos catadores para criar uma cooperativa o nome escolhido foi Coopersonho Bom Retiro, e o grupo já tem CNPJ, mas procura agora um galpão para trabalhar. Como uma cooperativa, venderemos para os grandes, e eles pagam mais, diz Juliana da Silva, de 26 anos. Vamos tentar conseguir um caminhão de doação. Vai dar para cada um tirar R$ por mês, calcula. O caminhão é objeto de desejo de Vanessa da Silva, de 31 anos, que já foi atropelada puxando carroça e costuma sair para trabalhar vestida como um homem, boné na cabeça, para fugir dos engraçadinhos. Sofremos preconceito, humilhações, os carros passam por cima, chamam a gente de burro de carga. O pior é segurar a vontade de fazer xixi até achar um bar que deixe a gente usar o banheiro mas, quando estamos sujos, ninguém deixa, diz ela, que sonha com o dia em que não vai mais precisar puxar peso. Carroça, nunca mais! Procure a sua Muitas cooperativas grandes têm filiais espalhadas. As mais estruturadas são as conveniadas com a Prefeitura. As grandes cooperativas geralmente têm longa fila de espera. Uma alternativa, então, é procurar grupos médios, com pelo menos 20 pessoas. Verifique se a cooperativa tem equipamentos que otimizem o trabalho do grupo, como caminhão, balança e prensa. Fique de olho no seu ganho. Pela lei do cooperativismo, o gestor deve dividir os lucros igualmente. Fonte: Luzia Maria Honorato, fundadora da Cooperativa Peruense de Reciclagem (Coopercose) e coordenadora de campo do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

18 Um por todos e todos por um Os dias no galpão de resíduos sólidos do Espaço Aliança, no conjunto habitacional City Jaraguá (Zona Norte), são animados. Após parceria da Regional Norte (Habi-Norte) da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) com a Cooperativa Peruense de Reciclagem (Coopercose), o grupo de 23 integrantes passou a guardar e separar o material no local, além de sair às ruas para coletas. Fazemos a triagem de mais ou menos 30 toneladas por mês e, no sistema atual, cada um leva em dinheiro o que produz. Os que trabalham mais tiram R$ 700, diz a presidente da cooperativa, Maria Aparecida Honorato, de 45 anos. Com caminhão cedido pela Prefeitura, a Coopercose vende para a Cooperativa Viva Bem, em Pinheiros, uma das grandes da cidade. Acho melhor trabalhar aqui do que sozinho, pela estrutura e pelo pessoal, que é bem legal, compara Tiago da Silva Pio, de 22 anos, que curte o horário do almoço no galpão, quando todos os catadores comem juntos. O jovem não dá bola para o preconceito sofrido pela classe. O que importa é dinheiro no bolso. E tem muita gente que nos vê como salvadores do planeta porque estamos coletando o lixo e reciclando, fazendo bem ao meio ambiente. Coopercose faz triagem de 30 toneladas de lixo por mês FOTO: Lucas Lima Onde está o material reciclável? Todo cidadão pode depositar resíduos recicláveis, pequenos volumes de entulho e grandes objetos nos ecopontos da Prefeitura. O material reciclável vai para as cooperativas conveniadas e o entulho, para aterros. Veja o mapa com a quantidade de pontos de entrega que existe em cada região. Subprefeituras e número de ecopontos AF BT CL CS CV AD CT EM FO G IP IT IQ JA JT LA Aricanduva 2 Butantã 1 Campo Limpo 2 Capela do Socorro 0 Casa Verde 4 Cidade Ademar 1 Cidade Tiradentes 1 Ermelino Matarazzo 1 Freguesia/Brasilândia 1 Guaianases 1 Ipiranga 2 Itaim Paulista 1 Itaquera 1 Jabaquara 0 Jaçanã/Tremembé 0 Lapa 0 MB MO PA PE PR PI PJ ST SA SM MP SE VM MG VP M Boi Mirim 0 Mooca 2 Parelheiros 0 Penha 2 Perus 1 Pinheiros 2 Pirituba/Jaraguá 2 Santana/Tucuruvi 0 Santo Amaro 3 São Mateus 1 São Miguel Paulista 3 Sé 3 Vila Mariana 1 Vila Maria/Vila Guilherme 1 Vila Prudente 4 PR JT PJ FO ST CV MG LA SE MO PI BT VM CL SA IP JA AD MB CS PA PE AF VP EM IQ MP SM IT G CT Fonte: Secretaria Municipal de Serviços Veja a lista com endereços dos ecopontos de São Paulo: Como se conveniar à Prefeitura: A cooperativa precisa estar formada e seguir a lei do cooperativismo. O próximo passo é entrar em contato com o Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb), fazer o cadastro e cumprir as exigências para dar andamento ao pedido Limpurb: R. Azurita, 100, Canindé, tel Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

19 CONSTRUÇÃO & DECORAÇÃO GANHE ESPAÇO Use e abuse Para famílias grandes, os beliches podem ser aliados na hora de montar o quarto Há tempos aliados infalíveis de casas e apartamentos pequenos, os beliches estão cada vez mais equipados. Além das camas propriamente ditas, muitos deles hoje vêm com baús, gavetas ou prateleiras, ajudando a deixar o quarto mais arrumado. São ideais para guardar roupas, lençóis, cobertores, brinquedos e livros, e permitem que você decore o ambiente com porta-retratos, flores, CDs, laptops e aparelhos de som. Treliches, bicamas e sofás-camas são outras peças amigas dos imóveis de até 50 m². Confira dez modelos para economizar espaço a maioria deles também vai colaborar com a organização do cômodo. DÉBORA YURI Mistura de beliche, cama auxiliar, armário de uma porta e uma estante, o Treliche Ditália CM-15 branca organiza bem o quarto dos filhos. Por R$ 719,90, na CasasBahia.com.br. PARA TRÊS Em tabaco, o treliche Ditália CM-09 acomoda três pessoas e é uma aposta para organizar o quarto vem com armário de uma porta e duas gavetas brancas, além da escada de metal. Por R$ 619,90, no Extra.com.br. FOTOS: Divulgação Em branco, o treliche Politorno Londres confere um ar moderno ao ambiente e traz cama auxiliar com cinco rodízios. Por R$ 689,90, no PontoFrio.com. Branco, o treliche Grécia acompanha cama auxiliar com sistema de rodízios, escada e uma pequena estante. Por R$ 729 ou R$ 692,55 à vista, no Magazine Luiza. Renova SP SETEMBRO OUTUBRO

20 PARA DOIS Em branco e tabaco, o beliche Tecla Bianca tem um baú para a cama de baixo e outro para a de cima. O móvel também traz uma prateleira e escada de aço. Por R$ 449,90, no Extra.com.br. Beliche Luxo, da Móveis Lençóis, em MDF. Por R$ 399 ou R$ 379,05 à vista, no Magazine Luiza. O beliche Teen Flex Santos Andirá branco tem três gavetas e três prateleiras. O móvel pode vir com uma cama auxiliar. Por R$ 749 ou R$ 711,55 à vista, no Magazine Luiza. MULTIUSO Com baú e estantes para armazenar objetos, a bicama BB-28, da Ditália, vem com cama auxiliar móvel. Por R$ 299,90, no Carrefour. O sofá Bibox branco, da Ditália, traz cama auxiliar e duas gavetas. Por R$ 399,90, no Carrefour. Preto, o sofá-cama American Comfort Corino tem baú organizador e vira cama de casal. Por R$ 459,90, na CasasBahia.com.br. SERVIÇO Carrefour. e tel Casas Bahia. e tel Extra. e tel Magazine Luiza. e tel Ponto Frio. e tel Renova SP SETEMBRO OUTUBRO