RELATÓRIO TÉCNICO Nº

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1 Relatório Técnico Nº i RELATÓRIO TÉCNICO Nº CRITÉRIOS GEOGRÁFICOS VIGENTES E MUDANÇAS PROPOSTAS ACERCA LIMITES TERRITORIAIS PARA FINS DISTRIBUIÇÃO ROYALTIES PETRÓLEO E GÁS NATURAL: LEVANTAMENTO E ANÁLISE EM RELAÇÃO AO ESTADO SÃO PAULO Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas CETAE Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental LabGeo Interessado: Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo SD/SP) Março/2009

2 Relatório Técnico nº ii SUMÁRIO p. 1 INTRODUÇÃO... 2 OBJETIVOS... 3 PROCEDIMENTOS E ATIVIDAS... 4 RESULTADOS OBTIDOS Características gerais da geologia da Bacia de Santos Origem e evolução da Bacia de Santos Estratigrafia da Bacia de Santos Supersequências deposicionais Atividades de E&P na Bacia de Santos Atividades no présal Atividades no póssal Poços exploratórios na Bacia de Santos Breve panorama sobre critérios geográficos vigentes em outros países e a abordagem dos limites territoriais Síntese sobre critérios geográficos vigentes para fins de distribuição de royalties no País e a influência em relação ao Estado de SP Normas gerais vigentes Critérios para a parcela de 5% Critérios para a parcela superior a 5% Situação atual em áreas marítimas correspondentes a SP Propostas de mudança de critérios geográficos contidas em projeto de lei Outras propostas divulgadas Estruturação de Base de Dados Geoespacial com limites vigentes e propostos em relação a SP Cálculo e traçado das linhas geodésicas ortogonais Delimitação das Linhas de Base Retas e Normais Determinação dos limites na plataforma continental Outros elementos incorporados no SIG elaborado Análise comparativa de cenários associados a eventuais mudanças gerais Algumas questões gerais a equacionar... 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES... EQUIPE TÉCNICA... REFERÊNCIAS... ANEXO A Breve Glossário de Termos Técnicos... ANEXO B Legislação Básica Vigente... ANEXO C Projetos de Lei Analisados... ANEXO D Mapa ilustrativo das simulações realizadas acerca dos Projetos de Lei da Solução Vigente

3 Relatório Técnico Nº i RESUMO O objetivo geral dos trabalhos compreende a realização de estudos acerca dos critérios geográficos legais vigentes no País em relação aos limites territoriais marítimos utilizados para fins de distribuição dos royalties provenientes da produção de P&G na Bacia de Santos, especialmente na região dos Estados do PR, SP e RJ. Visase, adicionalmente, examinar as propostas de projetos de lei em tramitação no legislativo federal, particularmente aquelas que tratam de alterações dos critérios geográficos relacionados a estados e municípios confrontantes a áreas produtoras ou potenciais, analisando e comparando eventuais efeitos em relação ao Estado de SP em face de distintos fatores e cenários possíveis. Dentre os objetivos específicos dos trabalhos, encontramse também o levantamento e a análise de dados e informações básicas acerca da geologia da Bacia de Santos, constituindose, em conjunto com os elementos relativos a critérios geográficos, uma base integrada de dados geológicos e exploratórios da região de interesse. Palavras Chaves Royalties; Petróleo; Gás natural; SP.

4 Relatório Técnico nº /183 RELATÓRIO TÉCNICO Nº Natureza do Trabalho: Interessado: Critérios geográficos vigentes e mudanças propostas acerca de limites territoriais para fins de distribuição de royalties de petróleo e gás natural: levantamento e análise em relação ao Estado de São Paulo Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo SD/SP) 1 INTRODUÇÃO Este Relatório Técnico atende solicitação efetuada pela Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo SD), acerca de estudos sobre critérios geográficos utilizados para fins de distribuição de royalties de petróleo e gás natural P&G) no Estado de São Paulo SP), tendo em conta seus municípios e os estados vizinhos. Os trabalhos apresentados neste Relatório foram executados pelo Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas Cetae) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo IPT), por meio do Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental Labgeo) e seu setor de geoprocessamento, em interação com a equipe da Diretoria de Gestão Estratégica DGE) do IPT. Os resultados obtidos inseremse no âmbito dos trabalhos da Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural do Estado de São Paulo Cespeg), conforme Decreto Estadual /08. A Cespeg foi criada pelo Governo do Estado de São Paulo Gesp), em face das perspectivas associadas à exploração potencial de P&G nas camadas geológicas designadas como présal, situadas na bacia geológica sedimentar de Santos denominada de Bacia de Santos). Buscase subsidiar o Estado com a obtenção de dados e informações relevantes para a gestão das múltiplas conseqüências que poderão advir dessa exploração, potencializando os aspectos positivos e mitigando eventuais impactos e decorrências negativas, bem como fundamentar a necessária formulação e implantação de políticas públicas correlatas.

5 Relatório Técnico nº /183 Descrevemse aqui as atividades realizadas no âmbito do presente estudo e os resultados obtidos de acordo com os termos do contrato firmado entre as partes. Compreende os levantamentos e análises iniciais acerca de critérios geográficos vigentes no País quanto à delimitação territorial de estados e municípios em áreas marítimas, para fins de distribuição de royalties de P&G, bem como de mudanças legais propostas no âmbito legislativo federal. Identificase, nesse panorama, o posicionamento do Estado de São Paulo SP) e sua confrontação em face dos estados vizinhos RJ e PR) e, ainda, entre os municípios do litoral paulista. Consideramse, para fins de orientação geral dessas atividades, as referências apresentadas pela SD em documento específico, de acordo com reunião de planejamento acerca dos trabalhos a executar, realizada em 08/09/08 com a equipe do IPT. 2 OBJETIVOS O objetivo geral dos trabalhos compreende a realização de estudos acerca dos critérios geográficos legais vigentes no País em relação aos limites territoriais marítimos utilizados para fins de distribuição dos royalties provenientes da produção de P&G na Bacia de Santos, especialmente na região dos Estados do PR, SP e RJ. Visase, adicionalmente, examinar as propostas de projetos de lei em tramitação no legislativo federal, particularmente aquelas que tratam de alterações dos critérios geográficos relacionados a estados e municípios confrontantes a áreas produtoras ou potenciais, analisando e comparando eventuais efeitos em relação ao Estado de SP em face de distintos fatores e cenários possíveis. Dentre os objetivos específicos dos trabalhos, encontramse também o levantamento e a análise de dados e informações básicas acerca da geologia da Bacia de Santos, constituindose, em conjunto com os elementos relativos a critérios geográficos, uma base integrada de dados geológicos e exploratórios da região de interesse. 3 PROCEDIMENTOS E ATIVIDAS Para atingir os objetivos previstos, os trabalhos foram realizados de acordo com o seguinte conjunto de procedimentos e atividades básicas originalmente propostas:

6 Relatório Técnico nº /183 a) caracterização geral da geologia do présal na Bacia de Santos, salientandose a região dos campos e jazidas recém descobertos, bem como as áreas mais promissoras em termos de P&G, com destaque ao domínio do présal; a) levantamento de normas legais sobre royalties vigentes em outros países, com foco na identificação de critérios geográficos adotados para fins de distribuição de royalties; b) levantamento e análise da legislação brasileira atual sobre royalties, com foco nas regras utilizadas para a definição dos limites territoriais estaduais e municipais, tendo como base dados e informações oficiais fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE) e pela Agência Nacional do Petróleo ANP), comparandoas às normas de outros países em termos de critérios geográficos adotados para fins de distribuição de royalties, bem como seus efeitos ao Estado de SP; c) levantamento e análise dos projetos de lei que visam alterar as normas vigentes no País, em particular os que pretendem alterar os critérios geográficos em relação aos estados e municípios confrontantes para fins de distribuição de royalties, apontando possíveis reflexos diretos ao Estado de SP e eventuais decorrências associadas; d) avaliação crítica dos critérios geográficos atuais, conforme vem sendo empregados para fins de distribuição dos royalties entre os entes federativos União, Estados e Municípios), provenientes de produção de P&G em áreas marítimas; e e) montagem de base de dados geoespacial sobre E&P de P&G na Bacia de Santos em relação ao Estado de SP, em ambiente de Sistema de Informações Geográficas SIG), elaborada a partir do material coletado nos itens anteriores, contendo mapas, dados e informações sobre P&G na região e os limites geográficos estaduais e municipais empregados para fins de distribuição de royalties, bem como para obter um panorama atualizável sobre as atividades exploratórias e de produção na região localização dos blocos, poços, dutos, entre outros dados e informações).

7 Relatório Técnico nº /183 Sob o ponto de vista metodológico, os trabalhos relativos a critérios geográficos foram conduzidos a partir de levantamento e análise da legislação vigente e dos projetos de mudanças em tramitação no legislativo federal. Tanto em relação aos critérios vigentes quanto frente aos projetos de lei, os trabalhos foram executados com base em análise e interpretação dos textos correspondentes e no desenvolvimento de aplicativos para a geração de coordenadas geodésicas das divisas entre os estados. A partir das coordenadas obtidas analiticamente, foram geradas visualizações superpondo as linhas geodésicas obtidas segundo os critérios vigentes e de acordo com as diferentes propostas de mudanças, efetuandose então a análise comparativa. Os dados iniciais para essa análise compreendem os pontos das linhas de base retas e respectivas orientações azimutes), conforme definidos pelo IBGE em 1986 e apresentados em documento básico sobre o assunto publicado pela ANP 2001). Adicionalmente, com a finalidade de auxiliar na compreensão expedita de alguns termos técnicos básicos, conforme usualmente encontrados na literatura técnica correlata, bem como em eventos e reuniões sobre o tema, elaborouse um pequeno Glossário de Termos Técnicos ANEXO A). 4 RESULTADOS OBTIDOS De acordo com os objetivos previstos e atividades realizadas, obtevese inicialmente um conjunto de dados e informações gerais sobre a exploração e produção E&P) na Bacia de Santos. Em seguida, elaborouse um breve panorama sobre os critérios geográficos vigentes no País em relação à distribuição de royalties e, ainda, acerca das propostas de mudanças em andamento no âmbito do legislativo federal. Após análise e integração geral, obtiveramse os resultados sintetizados a seguir, organizados em cinco partes: características gerais da geologia na Bacia de Santos, atividades de E&P na região, critérios geográficos vigentes em outros países e no País, propostas de mudanças no quadro legal e os possíveis cenários decorrentes de eventuais alterações nas normas legais. 4.1 Características gerais da geologia da Bacia de Santos A Bacia de Santos situase na região sudeste da margem continental brasileira, entre os paralelos 23º e 28º sul, ocupando cerca de km2 até a cota batimétrica de

8 Relatório Técnico nº / m MOREIRA et al., 2007), localizandose totalmente sob as águas do Oceano Atlântico. Situase, ainda, entre as bacias geológicas de Campos, ao norte, e a de Pelotas, ao sul. Abrange os litorais dos Estados do RJ, SP, PR e SC, limitandose, ao norte, com a Bacia de Campos, por uma estrutura geológica chamada Alto de Cabo Frio, em direção ao qual as camadas de sedimentos da Bacia se afinam, ou seja, tornamse menos espessas. Ao sul, limitase com a Bacia de Pelotas, pelo lineamento formado pela Dorsal de São Paulo e o Alto de Florianópolis, duas grandes feições regionais. A leste, a Bacia de Santos estendese até o limite oriental do Platô de São Paulo, que é marcado por uma terminação abrupta das camadas de sal. A oeste, a bacia adelgaçase na direção da linha de costa, numa feição geológica denominada de Linha de Charneira de Santos, além da qual as camadas sedimentares tornamse cada vez mais delgadas, praticamente inexistindo junto à linha de costa atual. O reconhecimento da geologia na Bacia de Santos constitui condição essencial para qualquer avaliação acerca das perspectivas exploratórias na região. Os dados disponíveis sobre a plataforma continental são relativamente escassos, razão pela qual se recorre com frequência a informações oriundas de trabalhos divulgados principalmente pela Petrobras. Nos subitens seguintes fazse uma abordagem da Bacia de Santos procurando caracterizar os eventos geológicos ocorridos na crosta terrestre que levaram à sua formação subitem 4.1.1), culminando com a abertura do Oceano Atlântico; apresentase uma descrição relativamente detalhada da estratigrafia da Bacia de Santos subitem 4.1.2), com a descrição das suas sequências sedimentares do Cretáceo, Paleógeno e Neógeno. No subitem descrevemse, resumidamente, os sistemas petrolíferos da Bacia e, no subitem 4.1.4, o magmatismo. As atividades exploratórias e de produção em andamento na Bacia de Santos são descritas no subitem 4.2 e seguintes Origem e evolução da Bacia de Santos A história de formação da Bacia de Santos relacionase à separação dos continentes Africano e SulAmericano. Esses dois continentes, juntamente com o continente Antártico, a Austrália, a Índia e Madagáscar, formavam um grande continente no Hemisfério Sul, que existiu entre aproximadamente 200 e 150 Ma milhões de anos) atrás, denominado de Gondwana que, junto com a Laurásia, formavam o Supercontinente

9 Relatório Técnico nº /183 Pangea, que teve existência entre 450 e 200 Ma atrás, aproximadamente. A Laurásia aglutinava os continentes do Hemisfério Norte, incluindo a Ásia, a Europa e a América do Norte Figura 1). O Supercontinente Pangea era envolto por um único oceano, denominado Panthalassa. O mar que se originou com a divisão do Pangea, entre o Gondwana e a Laurásia, foi denominado de Mar de Thetis. Fonte: Tassinari, C.C.G, 2001, in Teixeira et al., Figura 1 O Supercontinente Pangea e a indicação de sua subdivisão em dois continentes: Laurásia e Gondwana. Eventos ocorridos no manto superior da Terra levaram à fragmentação da crosta, de forma que o supercontinente foi dividido em partes menores que se dispersaram por movimentos predominantemente horizontais, explicados pela teoria da Tectônica de Placas, numa sequência de episódios: por volta de 200 Ma de anos atrás, o supercontinente Pangea fragmentase em Gondwana, a sul, e Laurásia, a norte, que por sua vez subdividemse, de forma que, por volta de 150 Ma atrás ocorre o início da separação da América do Sul e da África. Além da semelhança entre as margens dos continentes, que se encaixam como um grande quebracabeça, há evidências geológicas, paleontológicas e climáticas, particularmente nos continentes do hemisfério sul, que fundamentam tal hipótese. Por exemplo, a existência de rochas sedimentares depositadas em ambiente glacial, evidência marcante da presença de geleiras, ocorrida cerca de 300 Ma atrás, no sudeste da América do Sul exemplificadas pelas formações do Parque do Varvito, em Itu, SP), sul da África, Madagascar e da Índia e no sudoeste da Austrália,

10 Relatório Técnico nº /183 sugerem fortemente a existência de uma calota polar no hemisfério Sul, com os continentes interligados, conforme ilustração da Figura 2. Fonte: Tassinari, C.C.G, 2001, in Teixeira et al., Figura 2 Evidência geológica pela presença de geleiras há aproximadamente 300 Ma. À esquerda, distribuição atual, com as setas indicando a direção de movimento das geleiras; à direita, simulação, com os continentes interligados, indicando que as geleiras estariam restritas a uma calota polar situada no hemisfério sul. Como evidência por tipo de rochas, também pode ser citado o extenso vulcanismo do período EoCretáceo, que corresponde aos basaltos encontrados na Bacia do Paraná e que ocorrem também na África, Índia, Austrália. Dentre as evidências para esta antiga ligação destacase também a presença de fósseis, em rochas sedimentares correlacionáveis existentes nos diversos continentes. Isso tanto de animais, incluindo o Cynognathus e o Mesosaurus, que são encontrados na África e na América do Sul, o Lystrosaurus, encontrado na África, em Madagascar, na Índia e no continente Antártico, quanto também de vegetais, representados pela Glossopteris, encontrada na América do Sul, África, Madagascar, Índia, Antártida e Austrália, conforme ilustrado na Figura 3.

11 Relatório Técnico nº /183 Fonte: acesso em 22/12/08. Figura 3 Reconstituição dos continentes formadores do Supercontinente Gondwana, com as associações de fauna e flora fósseis presentes. Indicação semelhante é dada também pelos estudos de paleomagnetismo. Considerando que o campo magnético da Terra só pode ser representado por dois polos magnéticos, um norte e um sul, que são situados próximos ao polo geográfico respectivo. As rochas, ao serem formadas, guardam o registro da posição do polo magnético naquele momento, pois são afetadas pelo campo magnético da Terra. Dessa forma, a determinação da posição do polo magnético de um número de amostras de rochas com idades distribuídas num intervalo de tempo pode fornecer a posição do continente em relação ao polo naquele período, como pode ser observado na Figura 4, para a América do Sul e África. Nessa Figura, com os continentes na posição atual, temse que, entre 300 Ma e 200 Ma, as curvas apresentam formato similar, que se sobrepõem quando os continentes são colocados justapostos, na idade de 300 Ma. Tal não ocorre com a curva para os polos paleomagnéticos dos dois continentes para tempos mais recentes, posteriores a 200 Ma, uma vez que as rochas neles formadas já estavam separadas e

12 Relatório Técnico nº /183 com as distâncias relativas aumentando progressivamente e, consequentemente, registrando diferentes posições do polo magnético, o que é indicado pelas simetrias contrárias das curvas para os dois continentes. Fonte: Ernesto, M. e Marques, L.S., in Teixeira, et al., Figura 4 Curvas de posição dos polos magnéticos para a América do Sul e África, desde 300 Ma atrás. À esquerda, curvas com os continentes na posição atual e, à direita, na de 300 Ma. Uma vez descrita a fragmentação do supercontinente, procurarseá a seguir descrever como tal fenômeno se desenvolveu. Tratase de processos da dinâmica interna do Planeta, de formação de rochas a partir de magmas, com transferência significativa de material de porções mais profundas, do Manto, para porções mais superficiais, da Crosta terrestre. Tais processos são explicados como tendo início devido a um afinamento da Crosta em função da ascensão de material aquecido do Manto, pela ação de correntes de convecção internas que podem ser explicadas, resumidamente, como a subida de material quente e descida de material frio, em que a subida se dá nas zonas de divergência de placas tectônicas e a descida nas áreas de convergência), que aumentam a instabilidade, provocando fraturamentos e falhamentos de grande magnitude, propiciando a subida de magma, que se introduzem na Crosta pelas fraturas e falhas, chegando a extravasar na superfície em imensas áreas e com grandes espessuras. Com o posterior resfriamento dos magmas e consolidação das rochas que, como vieram do Manto, apresenta composição mais ferromagnesianas e são mais densas que as rochas da Crosta, mais leves, pois em sua composição predominam minerais com

13 Relatório Técnico nº /183 mais silício e alumínio, estas áreas passam a apresentar comportamento descendente devido ao peso das rochas então formadas, ou seja, afundam lentamente, formando bacias, com o aparecimento de grandes lagos continentais, onde são depositados sedimentos, cuja extensão, tanto em área como em espessura das camadas, dependem da dimensão das áreas que estão afundando, da velocidade de subsidência das bacias e da existência de áreas marginais com altitudes significativas para o fornecimento de sedimentos, estes gerados a partir da decomposição das rochas por intemperismo, da ação dos processos erosivos e do transporte. Esses processos, até se chegar à formação da bacia sedimentar continental e deposição dos sedimentos, sem a entrada, portanto, de água do mar, representam a primeira fase da Bacia de Santos, antes da deposição das camadas de sal, como se verá no subitem relativo à litoestratigrafia. Na margem continental brasileira, Mohriak 2004, in MANTESSONETO et al., 2004) destaca o episódio de magmatismo, ou seja, de formação de rochas a partir de magma do Manto, no âmbito da reativação tectônica mesocenozóica, cujo início foi marcado pelo soerguimento do Arco de Ponta Grossa, com a intrusão de grande quantidade de diques básicos de direção noroeste, e pela efusão de enorme quantidade de lavas basálticas tanto na Bacia do Paraná como nas bacias de Pelotas, Santos e Campos. O autor indica o intervalo de Ma como de intrusão dos diques, e que são aproximadamente contemporâneos com os basaltos da Bacia do Paraná, cuja idade admitida para os derrames do evento Serra Geral atualmente é Ma MILANI et al., 2007). Isso significa dizer que as rochas basálticas da Formação Serra Geral, que ocorrem em superfície na região das serras de Botucatu e de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo e sua continuidade para a região do Triângulo Mineiro e para os estados do sul do País, assim como aquelas que ocorrem em Torres, no Rio Grande do Sul, formando paredões junto à linha de costa e, em subsuperfície numa região de mais de 1,2 milhões de km2 na Bacia do Paraná, são admitidas como pertencentes a um mesmo evento de extrusão de imensas quantidades de lavas do manto, cobrindo uma vasta região da superfície da Crosta de então. E mais, que porções desse pacote de rochas basálticas, ao provocarem o afundamento de grandes áreas da Crosta situadas nas bordas leste da América do Sul e oeste da África, as quais já apresentavam

14 Relatório Técnico nº /183 instabilidade em função do aquecimento e estiramento da crosta, vieram a se tornar no embasamento para a sequência sedimentar da Bacia de Santos. Além do afundamento provocado pelo peso das rochas basálticas, a região da Crosta na borda atual do continente encontravase também sob forças tectônicas de tração, que provocaram fraturamentos de grande amplitude e levaram ao desenvolvimento de vales profundos, onde predominam falhas de gravidade, com rejeitos normais, blocos deprimidos grabens) e blocos comparativamente elevados horsts), o que acabou por proporcionar grande acumulação de sedimentos, mas com espessuras variadas. Por outro lado, no interior do continente, na depressão provocada pela pressão das grandes massas de basaltos, foi formada, no Cretáceo Superior entre 100 e 65 Ma, aproximadamente) e em condições semiáridas a desérticas, a Bacia Bauru, que abrange parte dos Estados de SP, PR, MS e MG. Reinterpretação efetuada por Mohriak 2004, acerca da proposta de Almeida, 1976; apud MONTESSONETO, 2004), ilustra bem a análise para a possível evolução da porção sudeste brasileira a partir de aproximadamente 120 Ma atrás Figura 5). Nela, na fase 1, no período AptianoAlbiano até 100 Ma, aproximadamente), representase em tom avermelhado uma extensa capa de basaltos cobrindo todo o embasamento cristalino e os sedimentos da Bacia do Paraná, a oeste; na porção central, o embasamento já se encontra deformado, com a formação de um alto, já há a indicação de falhamento junto à linha de costa de então, o embaciamento já formado, a leste, com camadas de sedimentos e a cobertura de sal da Bacia Santos. Em 2, no ConiacianoSantoniano 9085 Ma, aproximadamente), já havia sido erodida grande parte da cobertura de basaltos e da Bacia do Paraná, ficando extensa área de embasamento cristalino exposta entre a linha de costa, a leste, e os sedimentos da Bacia do Paraná, a oeste. Ocorre acentuado afundamento da Bacia de Santos, então com o Atlântico já formado, e já apareciam as intrusões alcalinas na borda do continente e que representam, hoje, a maior parte das rochas da Ilha de São Sebastião, pois são mais resistentes aos processos de intemperismo e erosão e ao embate das ondas do mar do que as rochas existentes ao seu redor. Em 3 e 4, acentuamse os processos de falhamentos, com soerguimentos e abatimentos de blocos, de subsidência regional a oeste, com a formação da Bacia Bauru entre 90 e 65 Ma), e de intemperismo e erosão, chegando, em 5, na representação da configuração atualmente observada, onde se tem, a oeste, a presença do Grupo Bauru

15 Relatório Técnico nº /183 sobre os basaltos da Formação Serra Geral, a depressão periférica, com a acentuada erosão dos sedimentos da Bacia do Paraná e com limite dado pelas escarpas dos basaltos da Serra de Botucatu e correlatas. Na porção intermediária dessa evolução, onde ocorrem rochas do embasamento cristalino, destacamse as serras da Mantiqueira, da Bocaina e do Mar, o Pico de Itatiaia rochas alcalinas vulcânicas), a Bacia do Paraíba, depositada num graben originado por falhamentos, o canal e a Ilha de São Sebastião e, a leste, as grandes espessuras dos sedimentos da Bacia de Santos.

16 Relatório Técnico nº /183 Fonte: Mohriak 2004, modificado de Almeida, 1976), in MONTESSONETO 2004). Figura 5 Evolução tectonomagmática da borda continental da Bacia de Santos.

17 Relatório Técnico nº /183 Os episódios de evolução da crosta ocorridos no continente Gondwana ocidental apresentam registros correspondentes na borda leste da América do Sul e na borda oeste da África, em maior ou menor grau, nas bacias marginais de ambos os continentes. E as sequências evaporíticas, ou as camadas de rochas salinas da costa leste brasileira, cuja deposição ocorreu no Aptiano Superior, estão distribuídas de maneira praticamente contínua desde a Bacia de Santos até a Bacia de SergipeAlagoas. A Figura 6 mostra a distribuição das bacias evaporíticas numa montagem dos dois continentes ainda na fase préderiva, ou seja, antes de se juntarem às águas do Atlântico Equatorial e Sul. Fonte: Dias, J.L. 2008, in Mohriak, Zatmari e Anjos, 2008) Figura 6: Mapa de reconstituição do Atlântico Sul ao final do Aptiano Ma), destacando a área da bacia evaporítica e as faixas de crosta oceânica já formadas, do futuro Oceano Atlântico. Na representação temse, a sul, a indicação de crosta oceânica já significativa entre os continentes, a qual se estreita para norte até a Dorsal de São Paulo. Daí para norte, a faixa correspondente à cadeia meso atlântica, onde há a formação da crosta oceânica, ou seja, do assoalho do Oceano Atlântico, deslocase para leste, de forma que

18 Relatório Técnico nº /183 a porção de bacia evaporítica da área da Bacia de Santos não apresenta correspondente do lado africano, ficando toda para o lado brasileiro. Mostra também que a Dorsal de São Paulo funcionou como um alto durante os eventos que levaram à deposição das camadas evaporíticas. Esse alto estrutural, que foi gerado no final do Aptiano, impedindo a livre circulação das águas do mar, associado a um clima de extrema aridez, criou condições para a evaporação e consequente deposição das camadas salinas, que são constituídas com predomínio de halita, na base, e por anidrita no topo, representando, respectivamente, ambientes de sedimentação de mar baixo e de mar alto. Os eventos de deposição de sal aconteceram num espaço de tempo de apenas aproximadamente 500 mil anos Gamboa et al., 2008, in Mohriak, Szatmari e Anjos, 2008), tendo sido depositado um pacote evaporítico com espessura original da ordem de m. Importante destacar que a expansão do fundo do Oceânico Atlântico, que se constitui no motor da deriva das placas tectônicas, ocorre na Dorsal MesoAtlântica, que é onde se dá o afastamento entre as placas SulAmericana e Africana, em consequência das correntes de convecção do Manto. A crista da dorsal situase geralmente entre e m abaixo do nível do mar, mas emerge em alguns pontos, formando ilhas, e é sulcada em toda a sua extensão por uma grande fossa tectônica rift), que a secciona no sentido longitudinal. A Dorsal ou cordilheira) é uma área de constante instabilidade geológica, com a subida de magma e consequente formação de rochas, de forma que os basaltos do assoalho oceânico são mais jovens junto à Dorsal e mais antigos à medida que dela estão afastados Figuras 7 e 8).

19 Relatório Técnico nº /183 Fonte: Apresentação do diretor de E&P da Petrobras ao BNS, em 03/12/08. Disponível em: br/upload/apresentacoes/apresentacao_bdhvunq0oz.pdf. Figura 7 Imagem de parte da América do Sul e África, mostrando o fundo do Oceano Atlântico. Notar a abertura na porção central da cadeia mesooceânica, por onde se dá a expansão do fundo oceânico, com a extrusão de magma e formação de rochas basálticas à medida que os continentes se separam; e os grandes falhamentos lesteoeste. Fonte: Fonte: Tassinari, C.C.G., 2002, in Teixeira, W. et al., Figura 8 Distribuição das idades, em Ma, do fundo oceânico do Atlântico Norte, no qual faixas de rochas de mesma idade situamse simetricamente dos dois lados da dorsal, com as mais jovens próximas à dorsal. A Figura 9 apresenta uma seção geológica regional da Bacia de Santos, com direção aproximada noroestesudeste, em alinhamento que passa aproximadamente na

20 Relatório Técnico nº /183 região de Santos, SP, onde são indicados os domínios tectônicos atuantes na área da Bacia. Nela, na porção mais a oeste, mais próxima à costa, predominam esforços extensionais e são freqüentes os diápiros de sal que podem chegar a milhares de metros) e domos, dentre outras feições. Na metade oeste da porção intermediária predominam esforços compressivos e é a região em que a estratigrafia das camadas está mais preservada, contrastando com a parte mais a leste desta porção, que apresenta as sequências evaporíticas altamente deformadas. É importante notar o grande número de falhamentos com abatimentos e soerguimentos relativos de blocos, na metade oeste da seção geológica, mais próximos à costa, e a sua quase ausência na metade leste, o que indica a atenuação dos processos tectônicos nas porções mais distantes da costa. Figura 9 Seção geológica regional da parte central da Bacia de Santos, evidenciando os domínios distensivos e compressivos no pacote dos evaporitos. Fonte: Gamboa et al., 2008, in Mohriak, Szatmari e Anjos, Estratigrafia da Bacia de Santos A estratigrafia é a descrição de todos os corpos rochosos que formam a crosta da Terra e sua organização em unidades mapeáveis distintas e úteis, com base em suas propriedades ou atributos intrínsecos, com vistas a estabelecer sua distribuição e relações no espaço e sua sucessão no tempo, para a interpretação da história geológica.

21 Relatório Técnico nº /183 Dividese em litoestratigrafia, que é o subcampo da estratigrafia que se baseia na análise das propriedades físicas e químicas das rochas, e na bioestratigrafia, o outro subcampo, que se baseia no estudo das evidências fósseis animais e vegetais) gravadas nas rochas. A bioestratigrafia é uma ferramenta crucial no estudo de bacias, de forma que a Petrobras criou uma coluna bioestratigráfica bastante detalhada, com base no levantamento das bacias brasileiras. Em decorrência da quebra do regime de monopólio estatal, que vigorou até 1997, uma vez que a bioestratigrafia é uma informação de inestimável valor estratégico no processo de exploração de petróleo, a Petrobras não mais tem divulgado dados bioestratigráficos. Entretanto, na publicação das cartas estratigráficas das bacias sedimentares brasileiras MILANI et al., 2007), cujos dados são aqui compilados, eles serviram de base para o posicionamento das seções sedimentares de acordo com escalas geocronológicas internacionais. As informações cronolitoestratigráficas de bacias sedimentares são geralmente apresentadas em colunas, onde são representadas as informações litológicas e estratigráficas, podendo também ser incluídas as informações tectônicas e magmáticas que afetaram o desenvolvimento das bacias. Esta representação é bastante útil, uma vez que é possível fazer uma visualização da evolução de determinada bacia, assim como de sua constituição, de forma imediata, no tempo e no espaço. A estratigrafia evoluiu bastante desde seu início, sendo, atualmente, a Estratigrafia de Sequências considerada o último grande avanço, e que tem sido adotada pelos técnicos da Petrobras quando da divulgação de dados e publicação de cartas estratigráficas sobre as bacias sedimentares brasileiras. Em recente trabalho de atualização, em função do grande volume de dados obtidos desde que Pereira e Feijó 1994) estabeleceram o arcabouço cronoestratigráfico da Bacia de Santos em termos de sequências deposicionais, Moreira et al. 2007) consideraram a geologia da Bacia de Santos genericamente descrita com três unidades geológicas fundamentais: embasamento da Bacia, supersequências deposicionais e magmatismo. O embasamento cristalino da Bacia, como já referido no subitem 4.1.1, é caracterizado por granitos e gnaisses pertencentes ao Complexo Costeiro e por metassedimentos da Faixa Ribeira, de idade précambriana mais antigos que 542 Ma). Uma importante feição do embasamento da Bacia é a Charneira de Santos, que limita os

22 Relatório Técnico nº /183 mergulhos suaves do embasamento, a oeste, dos mais acentuados, a leste. A sedimentação cretácea ocorre somente costa afora dessa feição, ou seja, a leste. O limite da crosta oceânica com a crosta continental estirada ocorre imediatamente a leste da feição fisiográfica denominada Platô de São Paulo. A versão mais atual da Carta Estratigráfica da Bacia de Santos está apresentada na Figura 10, enquanto que, na Figura 11, apresentase a variabilidade na representação das seções sedimentares em escala de tempo para a Bacia, conforme proposição de Moreira et al. 2007).

23 Relatório Técnico nº /183 Fonte: Moreira et al., Figura 10 Coluna estratigráfica que compõe a Carta Estratigráfica da Bacia de Santos.

24 Relatório Técnico nº /183 Fonte: Moreira et al., Figura 11 Coluna litológica e tectonomagmática que compõe a Carta Estratigráfica da Bacia de Santos. Para verificação dos tipos de rocha representados, ver Figura 10.

25 Relatório Técnico nº /183 Cabe observar que, na Carta Estratigráfica Figura 10), não mais se utilizam as denominações de Terciário e Quaternário como as duas subdivisões do Eratema Cenozóico, o qual é subdividido nos períodos Paleógeno e Neógeno, com limite entre ambos há 23 Ma, enquanto que o início do Paleógeno situase em 65,5 Ma, compondo, portanto, o limite entre o Eratema Mesozóico e o Cenozóico. O acompanhamento das descrições das sequências deposicionais na Carta Estratigráfica, com as denominações de grupos, formações, idade em Ma e também com nomes dos andares, como Rio da Serra, Aptiano, Alagoas, Santoniano etc.), número da sequência K60, K88 etc.) e das espessuras máximas das formações, auxilia a compreensão do arranjo das unidades da Bacia. Os andares idades) Dom João, Rio da Serra, Aratu, Buracica e Alagoas são de autoria da Petrobras e sua correspondência com a carta internacional pode ser vista nessa mesma Figura, onde as idades absolutas, em Ma milhões de anos), estão indicadas na coluna da esquerda. Na denominação das sequências deposicionais nas cartas estratigráficas utilizase de uma letra K, E, N) e de uma sucessão numérica 10, 20, 30 etc.) como referência, respectivamente, ao período geológico em que houve a deposição e ao empilhamento sedimentar. A letra K referese às sequências do Cretáceo entre 146 e 65,5 Ma), enquanto que as letras E e N são utilizadas para as Sequências Cenozóicas, sendo E para as do Paleógeno entre 65,5 e 23 Ma) e N para as do Neógeno desde 23 Ma até o presente), critério utilizado internacionalmente. Por sua vez, a Figura 11 indica a variabilidade no tempo e no espaço indicado pela 2a linha da carta) das três supersequências Rifte, PósRifte e Drifte, assim como dos eventos de magmatismo verificados na Bacia de Santos, além da indicação, codificada, da formação geológica e a representação dos tipos de rocha predominantes. Por exemplo, para a Formação Camboriú, base de toda a Bacia, com a abreviação CAM para Camboriú e a coloração avermelhada com o símbolo v invertido para designar basalto. Na Figura 12 apresentase a simbologia utilizada para os diferentes tipos de rocha que constam da carta da Figura 11. As discordâncias indicadas na Figura 10 achamse representadas, na Figura 11, como faixas em branco entre linhas onduladas e significam um hiato na deposição ou remoção de pacote depositado. O prolongamento destas faixas na vertical, frequentemente observado na Figura 11, indica que, pelo menos em parte da Bacia, o hiato na deposição estendeuse por longo período de tempo.

26 Relatório Técnico nº /183 Fonte: Milani et al. 2007). Figura 12 Simbologia de tipos de rocha que é utilizada nas cartas estratigráficas publicadas pela Petrobras, como a da Figura 11. Na Carta Estratigráfica da Bacia de Santos, Moreira et al. 2007) reinterpretam a estratigrafia da Bacia de Santos estabelecida por Pereira e Feijó 1994), elevando unidades definidas como formação para a categoria de grupo ou agrupando determinadas formações em um mesmo grupo. As fases Rift, de Transição e de Margem Passiva, da Carta Estratigráfica de 1994 PEREIRA e FEIJÓ, 1994), foram denominadas de Supersequências Rifte, PósRifte e Drifte. Assim é que, para a porção basal da bacia, foi criado o Grupo Guaratiba, que engloba todas as sequências das supersequências Rifte e PósRifte, ou seja, desde a Formação Camboriú CAM; Sequência K20K34), na base da fase rifte, até a Formação Ariri ARI; Sequência K50), no topo da fase pósrifte. A então Formação Guaratiba, conforme Pereira e Feijó 1994), foi subdividida por Moreira et al. 2007) em três formações: Piçarras PIÇ; Sequência K36), Itapema ITP;

27 Relatório Técnico nº /183 Sequência K38), ambas pertencentes à Supersequência Rifte, e Barra Velha BVE; Sequências K44 e K4648), pertencente à Supersequência PósRifte, como pode ser observado nas Figuras 10 e 11. As unidades da Supersequência Drifte foram englobadas em três grandes grupos: Camburi, Frade e Itamambuca, cada um deles com diversas formações Figuras 10 e 11). O Grupo Camburi abrange as formações Florianópolis FLO; Sequência K60), Guarujá GUA; Sequência K60) e Itanhaém ITN; Sequências K70 e K8286). O Grupo Frade engloba as formações Santos SAN; Sequências K88 a K130); Juréia JUR; Sequências K88 a K130) e ItajaíAçu ITA; Sequências K88 a K130). Do Grupo Itamambuca, que engloba todas as unidades do Cenozóico da Bacia de Santos, fazem parte as formações Ponta Aguda PAG; Sequências E10 a E80 e N10 a N60), Marambaia MAR; Sequências E10 a E80 e N10 a N60) e Iguape IGP; Sequências E70 a E80 e N10 a N60) e Sepetiba, que engloba os sedimentos do Pleistoceno Supersequências deposicionais Como já referido, foram definidas três supersequências deposicionais para a Bacia de Santos: Rifte, PósRifte e Drifte, cada uma delas composta por diversas Sequências, as quais são descritas adiante, com dados obtidos de Moreira et al Essas descrições são melhor acompanhadas visualizandose as Figuras 10 e 11. Supersequência Rifte Esta Supersequência, que corresponde à fase tectônica de fragmentação do Gondwana Ocidental, engloba o pacote de rochas depositadas na Bacia de Santos incluindo os derrames de lavas basálticas da Formação Camboriú Sequência K20K34), na base, as camadas de sedimentos terrígenos da Formação Piçarras Sequência K36), na porção intermediária, e os sedimentos com fragmentos de conchas da Formação Itapema Sequência K38). Este conjunto de rochas pode atingir espessura de alguns milhares de metros Figura 10) e destacase por conter excelente teor de matéria orgânica para a geração de hidrocarbonetos, ou seja, constituemse nas rochas geradoras do chamado présal. A Sequência K20K34 Formação Camboriú), com idade de Ma, é constituída por derrames basálticos que recobrem discordantemente as rochas do embasamento cristalino, de idade précambriana mais velhos que 542 Ma, início do

28 Relatório Técnico nº /183 período Cambriano do Eratema Paleozóico), ou seja, há um hiato de tempo da ordem de 400 Ma que não se têm dados. Os basaltos são cinza escuros ver exemplo na Figura 13), de granulação fina a média, constituídos principalmente por plagioclásio e piroxênio augita), em geral pouco alterados, e são considerados como o embasamento econômico ou seja, de interesse à exploração) da Bacia. Figura 13 Exemplos de pedreira e de amostras de basalto, semelhantes aos da Bacia de Santos. Há também um hiato erosivo após a consolidação dos basaltos da Formação Camboriú, antes da deposição da Formação Piçarras Sequência K36), possivelmente de alguns milhões de anos, uma vez que a deposição dos sedimentos da Formação Piçarras é tida como do Barremiano entre 130 e 126,4 Ma, aproximadamente), correspondente aos andares cronoestratigráficos locais Aratu Superior e Buracica. A Sequência K36 Formação Piçarras) é constituída, litologicamente, por leques aluviais de conglomerados e arenitos polimíticos formados por fragmentos de basalto, quartzo e feldspato, nas porções proximais, e por arenitos, siltitos e folhelhos nas porções lacustres. A sequência K38 Formação Itapema), informalmente denominada sequência das coquinas na Bacia de Campos, foi depositada entre a discordância intrabarremiano e a discordância da base do andar Alagoas entre 126,4 Ma e 123 Ma, aproximadamente) e é caracterizada por apresentar intercalações de calcirruditos e folhelhos escuros. Os calcirruditos são constituídos por fragmentos de conchas de pelecípodes que

29 Relatório Técnico nº /183 frequentemente encontramse dolomitizados e/ou silicificados. Nas porções mais distais ocorrem folhelhos escuros, ricos em matéria orgânica. No poço 1RJS625, constatouse 110 m de folhelhos radioativos e carbonatos intercalados. Supersequência PósRifte É constituída pelas sequências que compõem as formações Barra Velha BVE; Sequências K44 e K4648) e Ariri ARI; Sequência K50), depositadas no intervalo aproximado entre 123 e 112 Ma, conforme pode ser observado nas Figuras 10 e 11. A Sequência K44, que corresponde à porção inferior da Formação Barra Velha do Grupo Guaratiba, foi depositada em ambiente transicional entre continental e marinho raso, entre 123 e 117 Ma, e é constituída por calcários microbiais, estromatólitos e lamitos nas porções proximais mais próximas à costa), e folhelhos nas porções distais mais distantes da costa, em águas mais calmas). Ocorrem também grainstone e packstone compostos por fragmentos dos estromatólitos algas calcárias) e bioclastos ostracodes) associados. Esses carbonatos encontramse, por vezes, parcial ou totalmente dolomitizados. A Sequência K46K48, que corresponde à porção superior da Formação Barra Velha do Grupo Guaratiba, depositada entre 117 Ma e 113 Ma, também em ambiente transicional entre continental e marinho raso, marca a passagem da sequência sedimentar clástica/carbonática para um ambiente evaporítico. De modo geral, é formada por leques aluviais de arenitos e conglomerados, nas porções proximais, e por calcários microbiais intercalados a folhelhos nas porções mais distais. A Sequência K50 corresponde aos evaporitos camadas de sal) da Formação Ariri, unidade de topo do Grupo Guaratiba, que se depositaram no Neoaptiano, equivalente ao Andar Alagoas superior, e tem seu limite inferior o contato com os carbonatos da Sequência K46K Ma). O tempo estimado de deposição para os evaporitos é de 0,7 a 1 Ma DIAS, 1998, apud MOREIRA et al., 2007), permanecendo ainda imprecisa a taxa de acumulação, devido à alta mobilidade da halita. Entretanto, Gamboa et al. 2008, in Mohriak, Szatmari e Anjos, 2008), afirmam que o pacote evaporítico com espessura original em torno de m foi depositado em aproximadamente anos e, apesar da deformação plástica intensa que se prolongou até o final do Cretáceo, sua estratificação cíclica original ficou preservada sobre uma extensa área.

30 Relatório Técnico nº /183 Segundo Moreira et al. 2007), os evaporitos da Sequência K50 são compostos, geralmente, por halita e anidrita, tendo sido constatada também a presença de sais mais solúveis, tais como, taquidrita, carnalita e, localmente, silvinita. A Figura 14 mostra exemplos de rochas evaporíticas. Fonte: Szatmari et al. 2008, in MOHRIAKI, ZATMARI e ANJOS, 2008). Figura 14 Fotografias de testemunhos de sondagens de rochas evaporíticas com intercalações de folhelho e carbonato. Os cinturões evaporíticos do Atlântico Sul, ao longo das margens brasileira e africana, dos quais a Sequência K50 é a representante na Bacia de Santos, compõem limites conjugados em escala regional e documentam o término do episódio sedimentar que antecede o rompimento do segmento sul americanoafricano ocidental) do Gondwana e a consequente ligação do Atlântico Equatorial e do Atlântico Sul GAMBOA et al., 2008, in MOHRIAK, ZATMARI e ANJOS, 2008). Supersequência Drifte Esta supersequência compreende os sedimentos depositados em ambiente tectônico de margem passiva, conforme a Carta Estratigráfica da Bacia de Santos, de 1994 PEREIRA e FEIJÓ, 1994). Corresponde aos sedimentos continentais de ambiente de plataforma rasa e talude, depositados no Albiano EoCretáceo), e aos sedimentos marinhos de ambiente costeiro/ plataforma/ talude/ profundo, depositados a partir do final do Albiano NeoCretáceo), Paleógeno e Neógeno, conforme indicado na Figura 8. Ou seja, a Supersequência Drifte engloba toda a coluna de sedimentos depositados sobre as camadas evaporíticas da Sequência K50.

31 Relatório Técnico nº /183 As rochas sedimentares da Supersequência Drifte, que podem atingir no total mais de m de espessura, foram englobadas em três grandes grupos: Camburi, Frade e Itamambuca, cada um deles com diversas formações Figuras 8 e 9). O Grupo Camburi abrange as formações Florianópolis FLO; Sequência K60), Guarujá GUA; Sequência K60) e Itanhaém ITN; Sequências K70 e K8286). O Grupo Frade engloba as formações Santos SAN; Sequências K88 a K130); Juréia JUR; Sequências K88 a K130) e ItajaíAçu ITA; Sequências K88 a K130). Do Grupo Itamambuca, que engloba todas as unidades do Cenozóico da Bacia de Santos, fazem parte as formações Ponta Aguda PAG; Sequências E10 a E80 e N10 a N60), Marambaia MAR; Sequências E10 a E80 e N10 a N60) e Iguape IGP; Sequências E70 a E80 e N10 a N60) e Sepetiba, que engloba os sedimentos do Pleistoceno. A seguir descrevemse resumidamente as características de todas as sequências que compõem a Supersequência Drifte, a partir das descrições de Moreira et al. 2007). Sequência K60 É composta por três sequências deposicionais de 3ª ordem, perfazendo uma duração total de 8,9 Ma. Ocorrem três importantes folhelhos radioativos que representam três grandes períodos de inundações marinhas, desde o Albiano inferior até a porção basal do Albiano superior. É constituída pela parte inferior da Formação Florianópolis, Formação Guarujá e porção basal da Formação Itanhaém. Seu limite inferior é o topo das anidritas da Formação Ariri e seu limite superior é marcado pela entrada dos primeiros sedimentos arenosos da Formação Itanhaém. A Formação Florianópolis corresponde às fácies proximais e está constituída por conglomerados, arenitos e folhelhos, associados a sistemas de leques aluviais e deltaicos. A Formação Guarujá é caracterizada por uma plataforma carbonática albiana que se divide em interna e externa. Na interna ocorrem folhelhos e calcilutitos, de um sistema lagunar, e calcirruditos e calcarenitos oolíticos, pertencentes ao banco raso em borda de plataforma. Na plataforma externa ocorrem calcilutitos e margas gradando ou interdigitando a folhelhos escuros nas porções bacinais, onde há intervalos potenciais geradores de hidrocarbonetos.

32 Relatório Técnico nº /183 A parte inferior da Formação Itanhaém é constituída pelo folhelho radioativo Marco Beta e margas calcilititos sobrejacentes. Sequência K70 Corresponde às formações Florianópolis proximal) e Itanhaém distal), do Grupo Camburi, e o Membro Tombo. O limite inferior é dado pelo Marco Beta, nas porções distais, e pela discordância do topo dos sedimentos carbonáticos da Formação Guarujá, nas porções proximais. O limite superior é marcado por uma discordância que coincide com a passagem do Cretáceo inferior para o superior. Os depósitos da Formação Florianópolis correspondem a arenitos e folhelhos de leques aluviais e deltaicos, enquanto que a Formação Itanhaém é caracterizada por folhelhos e, mais raramente, margas de origem marinha distribuídas desde a plataforma até as regiões bacinais. Intercalados na Formação Itanhaém encontramse depósitos arenosos de sistemas originados de fluxos gravitacionais densos que compõem o Membro Tombo. Os depósitos da Sequência K70 são representativos de uma progressiva subida relativa do nível do mar. Sequência K82K86 Essa sequência tem como limite inferior a discordância que marca a passagem do Cretáceo inferior para o Cretáceo superior. Seu limite superior é caracterizado pela discordância de 91,2 Ma. Engloba unidades dos grupos Camburi formações Florianópolis e Itanhaém) e Frade formações Santos, Juréia e ItajaíAçu), e seus depósitos representam a maior ingressão marinha do registro sedimentar. Na porção proximal ocorrem os depósitos arenosos e pelíticos da Formação Florianópolis e os sedimentos conglomeráticos avermelhados de origem continental da Formação Santos. Na Formação Juréia ocorrem sedimentos arenosos, folhelhos, siltitos e argilitos depositados desde os ambientes continentais até os mais distais da plataforma, podendo ocorrer níveis de coquina e calcilutitos intercalados.

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