CONVERSANDO SOBRE FINANÇAS PESSOAIS PROF. DR. MOISÉS WAIMANN PROFª. DRª JUDITE SANSON DE BEM

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1 CONVERSANDO SOBRE FINANÇAS PESSOAIS PROF. DR. MOISÉS WAIMANN PROFª. DRª JUDITE SANSON DE BEM

2 Se você conhece o inimigo e conhece a Si mesmo, não precisa temer o Resultado de cem batalhas. Se você se Conhece mas não conhece o inimigo, Para cada vitória ganha sofrerá Também uma derrota. Se você não Conhece nem o inimigo nem a si mesmo, Perderá todas as batalhas... Sun Tzu Arte da Guerra.

3 Os seres humanos possuem vontades que devem ser supridas para poderem estar vivos. Estas necessidades são divididas em primárias e secundárias, dependendo do enfoque de sua maior ou menor importância para a sobrevivência. Os bens e serviços que satisfazem as demandas dos seres humanos acompanham de um lado o ciclo natural da vida e de outro, o momento histórico - cultural - social que estamos vivendo. Assim, os bens fundamentais para um jovem de 18 anos na década de 1970 era diferente de um jovem que vive no ano de Enquanto em 1970 os jovens adquiriam discos de vinil, quando desejavam ouvir uma música, hoje eles podem utilizar um computador para tal. No entanto, Os bens e serviços que satisfazem às necessidades são adquiridos/comprados, para isso é necessário ter renda. É desta relação entre as necessidades e a renda que emerge a conveniência de conversarmos sobre as finanças pessoais.

4 Finança pessoal diz respeito a como organizo os meus recursos domésticos, ou de outra forma, é como está a receita frente às despesas que ocorrem na minha vida. O ato de consumir nos auxilia a suprir as necessidades que temos. Estas podem ser, desde saciar a fome até adquirir um objeto que me inclua num grupo social, passando pela ânsia de transcendência. Consumir significa então adquirir um bem ou serviço que a nosso ver é útil para nós. Devo levar em consideração nesta ação o preço dos bens e/ou dos serviços, que vamos comprar, assim como o preço dos bens substitutos e complementares. Note que é muito importante saber, também, se existe outra mercadoria (substituta) que possa satisfazer este meu desejo e que, ao mesmo tempo, tenha um preço menor. Da mesma forma é relevante atentar para a renda que possuo, o meu gosto e preferência e a utilidade/prazer que este bem vai me trazer.

5 VOU EXEMPLIFICAR: No natal do último ano quis presentear o meu filho com um brinquedo de andar na rua. Pensei em uma bicicleta aro 20 ou num skate. Percebam que neste caso são substitutos, pois queria um brinquedo para divertimento na rua. Mesmo entre as bicicletas ou skates existem vários modelos e preços, desta forma é necessária uma pesquisa, uma reflexão. No entanto, para adquirir qualquer um deles, seria necessário, comprar capacete, joelheira, sendo estes últimos chamados bens complementares.

6 Vejam: comprar bens e serviços não faz de uma pessoa ser consumista! Mas, ser consumista é fazer gastos desnecessários, que consideram mais os impulsos e as nossas fraquezas e a satisfação de necessidades que não existe. Como diz um ditado popular: - comprar o que não se precisa com o dinheiro que não tem! Para que possamos gozar de uma boa saúde nas nossas finanças pessoais é importante saber o que ganhamos e o que e onde gastamos. Recomenda-se, para isso, elaborar um orçamento doméstico.

7 O orçamento doméstico é uma ferramenta onde se coloca lado a lado quanto ganhamos (receitas) e o quanto gastamos (despesas). E se isso é feito com as informações da casa, tem-se o orçamento doméstico. Pode-se dizer que orçamento é uma forma de expressar as receitas e despesas de uma pessoa ou família, dentro de um período limitado (geralmente mensal ou anual). Na tabela 1 sugere-se como você pode fazer o seu orçamento

8 Veja que há a descrição das contas, a receita prevista, o realizado e o resultado, isto é a diferença entre o que foi projetado e o que efetivamente aconteceu. Descrição das Contas Previsão Realizado Resultado RECEITAS Salário Rendas Financeiras Aluguel Outro TOTAL DA RECEITA 1. Alimentação 1.1. Alimentação fora de casa 1.2. Alimentos em casa Alimentos para animais Bebidas 2 Habitação 2.1. Higiene doméstica 2.2. Utensílios domésticos 2.3. Roupas de cama, mesa e banho 2.4. Móveis, acessórios, eletrodomésticos e outros 2.5. Energia, combustíveis, aluguel, tributos 2.5. Serviços domésticos de terceiros 3. Vestuário 3.1. Roupas feitas e acessórios para adultos 3.3. Roupas feitas e acessórias para crianças 4 Saúde e higiene pessoal 4.1 Higiene pessoal 4.2 Médicos, dentistas e hospital 4.3 Remédios 4.4 Cuidados pessoais 5. Transporte 5.1 Transporte público 5.2 Combustíveis e lubrificantes 5.3 Aquisição de veiculo 5.4 Acessórios para veículos (pneus) 5.5 Serviços de oficina 5.6 Impostos e seguro 6. Educação, leitura e recreação 6.1 Educação 6.2 Jornais, revistas e livros 6.3 Recreação e diversão 6.4 Férias e excursões 6.5 Uniforme escolar 7. Despesas diversas 7.1 Fumo 7.2 Previdência e sindicalismo 7.3 Outras despesas TOTAL DE DESPESAS

9 Traçar sonhos e objetivos faz parte da vida. E para que eles sejam realizados e atingidos sem surpresa durante o percurso, precisamos planejar, visualizando além do dia de hoje, da semana, do mês, do ano. É para isso que o orçamento se torna uma ferramenta muito importante.

10 As vantagens de se elaborar o orçamento doméstico é que podemos planejar e organizar melhor o futuro nosso e da nossa família, também a auxilia a ter uma visão geral do uso da renda, das despesas, dos investimentos e até das dívidas (bate na madeira!!).manter o orçamento equilibrado nos auxilia a não nos deixar em dificuldades na hora de honrar compromissos. Para fazer o orçamento doméstico, envolva todos os componentes da família que contribuem com as receitas e realizam a despesa. O orçamento só dará certo se todos estiverem comprometidos, e uma forma de conseguir este intento é chamar todos para colaborar.

11 Faça o seguinte: reúna os comprovantes dos pagamentos das contas dos últimos meses, escreva todos os ganhos (entre salários e demais rendas), relacione as despesas e os gastos do último mês, assinalando os fixos e os eventuais. No final, vai poder comparar o valor total da despesa com os ganhos. E, se tudo der certo, espera-se que o resultado do orçamento doméstico seja positivo: receitas maiores que as despesas. Como podemos chamar estes recursos que sobraram? Isso é o que se chamamos de poupança. Você vai poder guardar este dinheiro para gastar mais tarde. Pode-se guardar a poupança (o dinheiro que sobra) em uma caderneta de poupança ou em outras diversas aplicações financeiras que o gerente da sua conta no banco, vai poder ajudar. Agora se o resultado do orçamento foi que a despesa é maior do que a receita, temos trabalho pela frente. Veja a ilustração 1. Fonte:

12 CONSTRUINDO A LISTA DE PRIORIDADES Para solucionar esta questão, é importante responder se é possível aumentar a renda. Esta resposta tem que ser verdadeira! É possível? Os assalariados têm renda fixa e constante e não têm autonomia sobre a renda, logo vão responder que não. Desta forma, olhamos para o que temos gerência, a despesa. Organizar e diminuir os gastos não é uma tarefa simples e corriqueira, mas é possível e necessária Uma forma de diminuir os gastos é realizar uma análise detalhada separando o que é constante e o que é variável, ao mesmo tempo em que se realiza uma verificação na criticidade das despesas. Criticidade é a avaliação dos gastos quanto ao impacto que sua falta causará no funcionamento da nossa vida, facilidade em ser substituída. Fonte:

13 NO PROJETO DE MUNDO Faça, ao mesmo tempo, um estudo e verifique onde estão concentrados os maiores valores gastos. Converse com o pessoal da casa. Não é uma tarefa fácil, mas tem que ser feita. No tempo muda-se o padrão de consumo, e quem sabe, o padrão de renda e as coisas vão ficando melhor. Esta realidade, muitas vezes, é indiferente ao tamanho da nossa renda, tem mais a ver com a nossa desorganização na parte da despesa. Fonte:

14 PROJETANDO O FUTURO Para terminar, um caso: existiam duas moças, a primeira tinha uma renda familiar, ela e o marido de R$ ,00 e estava devendo a sua colega, cuja renda familiar (ela e o marido) era de R$1.700,00 e que tinha poupança. Quero com este exemplo dizer que não pode ser a renda a responsável pela nossa desorganização financeira. Fonte:

15 Temos que viver o melhor que podemos dentro das condições que possuímos. Se quisermos outra realidade devemos construí-la.

16 unilasalle.edu.br/canoas/business