Matéria de Capa. Os Novos Rumos da Educação. Entrevista Ivaldo Bertazzo. Meu sonho é que, um dia, meu método chegue às escolas.

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1 Divulgação Sieeesp

2 Expediente / Índice escolaparticular@sieeesp.com.br DIRETORIA Presidente Benjamin Ribeiro da Silva Colégio Albert Einstein 1º Vice-presidente José Augusto de Mattos Lourenço Colégio São João Gualberto 2º Vice-presidente Waldman Biolcati Curso Cidade de Araçatuba 4 Matéria de Capa Os Novos Rumos da Educação 1º Tesoureiro José Antonio Figueiredo Antiório Colégio Padre Anchieta 2º Tesoureiro Antonio Batista Grosso Colégio Átomo 1º Secretário Itamar Heráclio Góes Silva Educ Empreendimentos Educacionais 2º Secretário Antonio Francisco dos Santos Colégio Novo Acadêmico DIRETORES DE REGIONAIS ABCDMR Oswana M. F. Fameli - (11) Araçatuba Waldman Biolcati - (18) Bauru Gerson Trevizani - (14) Campinas Antonio F. dos Santos - (19) Marília Luiz Carlos Lopes - (14) Ribeirão Preto João A. A. Velloso - (16) Osasco José Antonio F. Antiório - (11) Presidente Prudente Antonio Batista Grosso - (18) Santos Ermenegildo P. Miranda - (13) São José dos Campos Maria Helena Baeza - (12) São José do Rio Preto Cenira Blanco Fernandes Lujan - (17) Sorocaba Edgar Delbem - (15) OUTUBRO DE 2013 Editor Adhemar Oricchio - MTB Repórteres Gisele Carmona Ygor Jegorow (estagiário) Assessoria de Imprensa e Produção Editorial Editor-chefe: Adhemar Oricchio Editor gráfico: Balduino Ferreira Leite Site: Gisele Carmona Redes Sociais: Ygor Jegorow Impressão: Companygraf Colaboradores Ana Paula Saab Antonio Higa Carlos Alberto Nonino Clemente de Sousa Lemes Ivaci de Oliveira Jocelin de Oliveira José Maria Tomazela José Rodrigues Ulisses de Souza Av. das Carinás, São Paulo - SP CEP (11) Entrevista Ivaldo Bertazzo Meu sonho é que, um dia, meu método chegue às escolas Jurídico As festas juninas e o Ecad Comportamento Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade Língua Estrangeira Ensinar língua estrangeira por meio de projetos didáticos Aprendizagem TDAH Conhecimento Gestão Viagem Educacional Finlândia e Rússia Regionais Diretoria do Sieeesp realiza segunda jornada em 2013 Saúde Mental Educando a mente para ser feliz Educação Digital Fatores invisíveis, resultados visíveis Atividade Esportiva Piscina Um grande diferencial de matrícula Congresso Saber Congresso Saber reúne 6 mil aducadores Gestão Escolar A importância e o cuidado na escolha de um sistema de gestão educacional Municipalização Começar pela raiz Entrevista Rosy Greca Canções para ensinar Atividade Lúdica Recreio Obrigações Cursos 2 Escola Particular

3 Editorial Uma entidade representativa mês de outubro é de festas O para nós do Sieeesp. No dia 16 comemoramos 81 anos de existência. Ao longo destas oito décadas de relevantes serviços prestados à educação brasileira, desenvolvemos e apresentamos grandes projetos na área educacional, de impacto não só para os associados como também para a educação brasileira como um todo. O Sieeesp é hoje uma das mais importantes entidades representativas do setor escolar privado do Brasil, e os números comprovam isso: escolas, que representam 36% do total de estabelecimentos no Estado de São Paulo e aproximadamente 2 milhões e 200 mil alunos, 20% do total em território paulista. A escola particular vive o seu melhor momento. Nunca tivemos tantos alunos como agora. O último Censo da Escola Particular apontou um grande crescimento na educação infantil e no ensino fundamental I, o que significa que ainda há muito para crescer, no mínimo mais dez anos. E isso se deve, em grande parte, à melhoria financeira do país, pois nós dependemos muito do crescimento econômico. Lógico que manter a qualidade das escolas é uma obrigação e elas têm feito isso, por isso tem se mantido todo esse tempo como sonho de consumo da população. Uma as realizações que melhor ilustram o espírito de vanguarda do Sieeesp é o Congresso Saber. O evento que se tornou ao longo dos anos um dos mais importantes encontros da educação brasileira, reuniu o mês passado, na sua 17ª edição, no Centro de Exposições Imigrantes, seis mil educadores que ocuparam 12 mil atividades. Foram 132 palestrantes brasileiros e estrangeiros. Paralelamente ao Congresso foi realizada a Feira Saber, por onde passaram mais de nove mil visitantes, com 60 expositores que apresentaram os últimos lançamentos em produtos e serviços destinados à educação. Nesta edição de outubro da Revista Escola Particular, órgão oficial de divulgação do Sieeesp, demonstrando o espírito pioneiro e de vanguarda da entidade, iniciamos a publicação de uma série de matérias debatendo os rumos da educação brasileira. A publicação não tem a pretensão de ditar normas, mas sim de ouvir educadores e especialistas para que opinem, demonstrem o atual Benjamin Ribeiro da Silva Presidente do Sieeesp Sindicato dos Estabelacimentos de Ensino no Estado de São Paulo benjamin@einstein24h.com.br Uma das realizações que melhor ilustram o espírito de vanguarda do Sieeesp é o Congresso Saber estágio do setor e mostrem o caminho certo para crescermos e nos desenvolvermos nessa área. Está mais do que provado que um país só se desenvolve e atinge sua real capacidade de produção e de estabilidade social com uma boa educação. Mais uma vez só queremos contribuir e demonstrar qual o rumo certo. As opiniões não são nossas, mas sim dos melhores mestres, em busca da melhoria da qualidade do ensino do país. Como uma entidade octogenária e representativa sabemos da nossa responsabilidade e do papel que temos que desempenhar na sociedade, sempre em busca de melhores dias para a população brasileira. Já desenvolvemos muitas atividades, mas tempos muito ainda a oferecer e esperamos contar com a união e a colaboração de todos representantes da escola particular paulista e brasileira. Escola Particular 3

4 Matéria de Capa Adhemar Oricchio Gisele Carmona A partir desta edição, a Revista Escola Particular inicia a publicação de uma série de matérias debatendo os rumos da educação brasileira. Não temos a pretensão de ditar normas, mas sim de ouvir educadores e especialistas de notável conhecimento na área educacional para contribuir com esse importante segmento da vida dos brasileiros. Entendemos que a educação não é pública nem privada, mas sim um patrimônio dos cidadãos que, com os conhecimentos adquiridos, podem contribuir para o engrandecimento do país. Pretendemos entender em que patamar estamos e para onde podemos caminhar para melhorar a qualidade do ensino. Vamos em busca de um diagnóstico dos especialistas para mostrar a verdadeira situação do ensino no Brasil, pois, infelizmente, as pesquisas demonstram que estamos muito atrás de países não só mais desenvolvidos, como outros com economias e situação bem inferiores à nossa. Sempre que se fala em educação, aponta-se a falta de verbas para o setor. Ainda recentemente foram aprovados 75% dos recursos advindos da exploração da camada pré-sal de petróleo para a educação. Afinal, qual o volume desses recursos, e quando eles virão? Atingirão seus objetivos? 4 Escola Particular

5 Todos são unanimes em afirmar que um país só atinge sua real capacidade de desenvolvimento através da educação. De que forma podemos fazer isso? Quais os caminhos que os especialistas apontam? Entendemos que a educação deveria ser um projeto de Estado e não de Governo como é atualmente. Com a mudança de governos e de autoridades ligadas ao setor, o segmento sofre solução de continuidade prejudicando o planejamento. Os Planos Nacionais de Educação são bastante discutidos, mas sua execução é muito demorada. Por exemplo, o último PNE que deveria valer de 2011 a 2020 ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional. Submetemos todos esses questionamentos e as incertezas vividas na área educacional para que os educadores e especialistas nos esclareçam dúvidas e nos deem o rumo certo da educação brasileira. Iniciamos a série com a educadora Claudia Costin, especialista em Gestão Pública, políticas públicas e combate à pobreza. A educadora tem larga experiência acadêmica, de assessoramento técnico e de gestão em governos e no Terceiro Setor, no Brasil e em outros países. É secretária de Educação do município do Rio de Janeiro. Foi Ministra de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado, Secretária de Planejamento e Avaliação do Ministério da Economia. No governo do Estado de São Paulo foi secretária da Cultura e coordenadora de diversos projetos na FUNDAP- Fundação do Desenvolvimento Administrativo. Foi também vice-presidente executiva da Fundação Victor Civita. Por dois anos, foi Gerente de Políticas Públicas e Combate à Pobreza para a América Latina no Banco Mundial. Além disso, estudou Administração Pública na Escola de Administração de Empre- sas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, onde cursou também o mestrado em Economia e o doutorado em Gestão. Fez um curso executivo em Gestão e Desenvolvimento em Harvard e em Liderança Global na Georgetown University. Um breve histórico Segundo análise feita pelo grupo Todos pela Educação, o percentual de crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creches e de crianças de 4 e 5 anos que frequentam Pré- Escola aumentam a cada ano. No entanto, o universo proposto no Plano Nacional de Educação (PNE), onde todas essas crianças possuem o direito a uma vaga para que possam estudar, ainda está distante. Há imensas filas de espera em diversas cidades brasileiras e nenhum projeto para que essa demanda seja regularizada. Fonte: Anuário Brasileiro da Educação Básica 2013 Todos Pela Educação/IBGE Notas: As estimativas levam em consideração a idade em anos completos em 30 de junho, ou idade escolar. Em 2004 a área rural da região Norte foi incorporada no plano amostral da Pnad. Assim, até 2003, os dados da região Norte são referentes apenas à área urbana. A partir de 2004, os valores apresentados se referem à área urbana e à área rural da região Norte. Enquanto isso, entre 2010 e 2011, as matrículas no Ensino Fundamental apresentaram recuo, passando de 31 milhões para 30,3 milhões. Apesar de 80% dos jovens de 15 a 17 anos estarem matriculados na escola, apenas 52,25% estão no Ensino Médio etapa de ensino adequada para a idade citada. E onde estarão os demais? Segundo pesquisa do IBGE divulgada pelo Todos pela Educação 15,1% não estudam e 25,5% ainda permanecem no Ensino Fundamental. Os números de fato não estão a nosso favor. Durante a fase importante de desenvolvimento as crianças precisam esperar a oportunidade de uma vaga em creches públicas ou, se seus pais tiverem condições, estudar em escolas particulares. Essa falta de investimento reflete nas demais fases, onde os jovens demonstram a perda de interesse pela escola, chegando algumas vezes a abandonar os estudos. Fonte: Anuário Brasileiro da Educação Básica 2013 Todos Pela Educação/IBGE Nota: As estimativas levam em consideração a idade em anos completos em 30 de junho, ou idade escolar. Foco no professor Conversamos com Claudia Costin, que, quando questionada sobre a qualidade do ensino em nosso país, mencionou que o Brasil se apresenta como 6ª economia no mundo, Escola Particular 5

6 Matéria de Capa mas aparece como a 53º entre os 65 países ou unidades subnacionais que participam do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), isso, apesar de ter avançado bastante na última edição do exame com resultados divulgados (2009). Qual a razão deste descompasso? Não ter priorizado Educação durante muito tempo é certamente parte da resposta. Em 1930, tínhamos aqui apenas 21,5% das crianças na escola, dado muito semelhante ao da Coréia, o primeiro país no PISA. No entanto, diferentemente deles, mantivemos um acesso ainda bastante reduzido ao final da década de 60. Apenas em meados dos anos 90 universalizamos o ensino. A escolaridade dos pais tem importante impacto na aprendizagem dos alunos. Com isso, as chances de sucesso escolar das novas gerações diminuiram. Afinal seus pais pouco estudaram. Para ela, um fator que merece destaque é a valorização do professor e da escola, expressado não apenas nos salários e no status social, que pode ajudar a atrair talentos para a profissão. É importante que haja condições para que os mestres possam exercer bem sua função. O primeiro passo é organizar a formação dos docentes. Pesquisa recente da Fundação Carlos Chagas evidenciou que o professor recebe uma formação muito centrada em fundamentos da educação, sem ênfase naquelas competências mais relevantes à sua prática em sala de aula. Claudia comenta que, para que o trabalho de um professor seja adequado, há necessidade de definição mais clara de currículos, com livros e materiais adequados ao seu desenvolvimento. Definimos, na década de 90, Parâmetros Curriculares Nacionais, bastante genéricos, e não tivemos a coragem de definir com mais precisão o nosso currículo básico. O que uma criança de 3º ano deve saber sobre frações? Na falta dessas informações, o livro didático vira o currículo e o plano de aula do professor. O problema torna-se ainda maior quando a situação se reflete nos resultados das avaliações externas aplicadas aos alunos. O desempenho nos anos iniciais do Ensino Fundamental tem melhorado a um ritmo mais intenso que o dos anos finais e do Ensino Médio. Em 2011, 40% dos alunos de 5º ano tinham o nível de proficiência esperado para a série em Língua Portuguesa (contra 27,6% em 1999) e 36,3% em Matemática (contra 18,6% em 1999). Já no Ensino Médio, houve reduzida melhora em Língua Portuguesa e uma piora em Matemática, no mesmo período. A educadora aproveita para criticar as aulas em horários que deveriam ser destinados ao descanso. Não tem ajudado o fato de que, em muitas redes públicas, o ensino médio é predominantemente noturno. Claudia Costin concorda que o Brasil só atingirá sua real capacidade de desenvolvimento através da educação e que, para que isso ocorra, ainda precisamos percorrer alguns caminhos. Como forma de encontrar novos horizontes para a educação em nosso país, ela acredita que existem algumas medidas que precisam ser tratadas com mais urgência. Entre essas opções estão: currículo básico nacional, definindo com clareza o que se espera que o aluno aprenda a cada série, a ser complementado em cada região com conteúdos relativos a culturas locais, acompanhado de produção de materiais e livros didáticos com base no currículo; formação na Universidade que enfatize mais a prática e uma formação continuada mais centrada no currículo e na gestão da sala de aula; ampliação de iniciativas como o PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Docência) para preparar melhor o futuro professor; valorização, inclusive salarial, do professor; avaliação externa, com utilização dos dados para aprimorar o processo de ensinoaprendizagem e informar o reforço escolar; constituição de um sistema sólido de reforço escolar, para lidar com os alunos que aprendem a um ritmo diferente; retardar a idade de contato com o professor especialista, mantendo o 6º ano com o professor primário; certificação nacional de professores, mantida a gestão pelas redes subnacionais; ampliar a carga horária nas escolas, com um mínimo de sete horas de aulas por dia; e aprovação do PNE, que estabelece metas para a Educação Brasileira, com base nos consensos já alcançados. Em minha opinião, é necessária a criação de um grande projeto nacional pela Educação, com base no PNE, mas com mobilização e criação de pactos locais. Definir etapas no projeto, sem tentar priorizar tudo ao mesmo tempo. Aumentar os recursos para a área. Aumentar os investimentos para viabilizar salários mais atraentes. Diminuir o número de disciplinas obrigatórias no Ensino Médio e mantê-lo como curso diurno para as faixas etárias de até 17 anos. Diversificar as trajetórias educacionais desde os anos finais do Ensino Fundamental, permitindo caminhos alternativos para diferentes preferências e talentos dos jovens. Criar escolas em empresas de mais de 400 empregados (ou convênios com escolas), permitindo a continuidade dos estudos na modalidade EJA e ampliar iniciativas como o PRONATEC. Essas são apenas algumas das sugestões para que o nosso país comece a encontrar um rumo adequado. Segundo a especialista, educação deveria ser um projeto de Estado e de nação. Para ela, deveríamos construir um grande pacto nacional pelo avanço na aprendizagem e mobilizar a sociedade nesta direção. Um projeto deve ter etapas e tarefas igualmente pactuadas e não apenas metas. Digo isso, pois os países que mais avançaram não construíram tudo ao mesmo tempo. Inicialmente priorizaram os anos iniciais do Ensino Fundamental, como no caso da Coréia. Queremos aqui resolver o 1/3 do tempo para planejamento, o salário do professor (este mais urgente), a universalização da pré-escola, diminuir o tamanho das turmas, colocar todos em tempo integral, tudo ao mesmo tempo. A China, por exemplo, com ótimos resultados no PISA, tem ainda salas lotadas, e a Finlândia tem menos de 1/3 do tempo para planejamento e es- 6 Escola Particular

7 tudo dos professores. Além disso, a pré-escola não é obrigatória em quase nenhum país com os melhores sistemas educacionais (embora ache importante avançar na pré-escola no Brasil). Precisamos estabelecer não só um projeto nacional de Educação, mas uma agenda clara e sequencial. Para Claudia, o primeiro PNE foi uma iniciativa louvável e, segundo ela, apesar de ter um sucesso limitado nas suas metas, de certa maneira ordenou as aspirações e procurou organizar os esforços de diferentes entes da federação. Em 2010 foi enviado ao Congresso o Projeto de Lei contendo o segundo PNE, com validade de 2011 a Com avanços em relação ao primeiro, reflete os consensos possíveis. Mas, apesar da prioridade dada à Educação no discurso de muitos parlamentares, ainda não tivemos votação no Senado. Talvez a maior dificuldade, seja na votação deste ou na execução do anterior, sejam as opções de políticas públicas que, ao serem feitas, contrariam interesses cristalizados. Na opinião da educadora, é urgente que se pense, em primeiro lugar, em avançar na construção de um país com melhor educação e não em colocar na frente interesses deste ou daquele grupo ou corporação. Quanto à destinação de verbas do pré-sal para a educação, Costin volta a tocar no assunto salarial. Infelizmente, com os recursos atuais, sendo que um dos maiores gastos de muitos municípios e estados é com a folha da É importante que haja condições para que os mestres possam exercer bem sua função Claudia Costin Secretária de Educação do Município do Rio de Janeiro Educação, é difícil concretizar um aumento importante nos salários. Os recursos do pré-sal podem ser um caminho para isso, desde que bem gerenciados. A especialista afirma que o dever de casa para países que estão em diferentes etapas em sua evolução é igualmente distinto. Ou seja, o que é importante para a Coreia (no caso, descentralizar, dar mais autonomia para as escolas), por exemplo, não é o mesmo para o Brasil. Devemos definir, como disse em questões anteriores, um currículo nacional básico, formar nossos profissionais de forma correta, va- Escola Particular 7

8 Matéria de Capa lorizar os professores, entregar instrumentos adequados a sua prática, aumentar o número de horas de estudo (em sala e em casa), manter um bom sistema de avaliação de aprendizagem acompanhado de reforço escolar para os que aprendem em ritmos diferentes e evitar, a todo custo, a evasão escolar. Ela ainda complementa dizendo que, enquanto cumprimos estas tarefas, devemos apoiar e incentivar iniciativas experimentais controladas com pedagogias alternativas. Essas iniciativas, para Costin, podem lançar luzes importantes para o futuro da educação. Claudia acredita que é importante manter vivos os dois sistemas de ensino (público e privado) para que seja possível atender a todas as preferências dos pais. No entanto, ela salienta que são prejudiciais comparações entre as duas redes sem levar em conta realidades distintas. Em primeiro lugar, muitas das escolas particulares possuem exames de entrada, o que significa trabalhar com alunos que apresentam desafios menores. Além disso, a escolaridade normalmente associada à renda dos pais é importante, já que se trata de um parâmetro para o sucesso escolar dos filhos. Como escolas privadas são pagas, tende-se a ter mais alunos de meios sociais favorecidos e que, no caso de insucesso escolar, podem encaminhar seus filhos para aulas particulares e atendimento especializado. Ainda assim, ela cita que a crise da educação brasileira não é apenas das escolas públicas. O currículo, por vezes enciclopédico, e a reduzida ênfase em leitura e em escrita, têm feito os alunos de elite brasileiros disputarem os últimos lugares no PISA edição após edição. É importante notar que os professores que ensinam em escolas privadas, muitas vezes compartilhados com as escolas públicas, recebem o mesmo curso nas universidades que, como disse acima, precisa ser revisto, por dar ênfase excessiva em fundamentos e deixar a prática e as didáticas específicas um pouco de lado. Dessa forma, a transformação deve ocorrer tanto em escolas públicas quanto privadas. O Brasil merece! Nosso país ainda está engatinhando quando se trata de educação. Ainda temos muito a desenvolver para que possamos alcançar o patamar de outros países. No entanto, como citado anteriormente, as etapas precisam ser trabalhadas separadamente e, nem sempre, podemos comparar o nosso momento com o de outros países, que já estão com projetos de educação a muito mais tempo do que nós. Balduino Ferreira Leite O professor precisa ser valorizado e ter sua autoestima e o seu entusiasmo preservados, já que ele é o principal agente dessa mudança Marcelo Tas, jornalista, autor e diretor de TV, esteve presente no Congresso Saber 2013 com a palestra Redes Sociais: virtudes e efeitos colaterais da nova comunicação digital. Desde 2003, o comunicador mantém um dos blogs mais premiados do país o Blog do Tas, hoje hospedado no portal Terra, onde costuma debater diversos assuntos de extrema relevância para a nossa sociedade, inclusive a educação. Aproveitando sua presença, conversamos com ele sobre a atual situação do investimento educacional em nosso país e o resultado você confere agora: Escola Particular Pesquisas demonstram que a educação brasileira não está entre as melhores, principalmente se comparada a outros países. Gostaríamos de um diagnóstico, com sua análise, sobre a verdadeira situação do ensino no Brasil. Marcelo Tas A situação da educação brasileira, infelizmente, é muito precária. E esse é o resultado do absoluto descaso com que foi tratada desde sempre. Se 10% dos discursos fossem levados a sério, isso poderia ser bem diferente. Ultimamente, o discurso que eu mais ouço é que a prioridade atual do país é a educação. E isso é uma coisa inclusive apartidária, em todos os níveis municipal, estadual, federal, ao longo de vários governos, de esquerda e de direita. Mesmo assim, com tanta gente falando sobre o assunto, tudo que acontece nesse sentido vem a pequenos passos, quase microscópicos, sendo que, na maior parte do tempo, temos somente blá, blá, blá. Para fazermos uma análise do trabalho dos outros não precisamos nem ir longe, como no Japão ou nos Estados Unidos. Basta comparar com a Argentina, por exemplo. Até mesmo o Paraguai, que está aqui ao lado, tem os níveis melhores do que os nossos. O resultado vem se você levar a sério a estratégia. A Educação nos Estados Unidos é uma estratégia de governo, eles disponibilizam uma quantidade desproporcional de recursos e atenção. Lá, somente o serviço militar recebe mais investimento do que a educação. Enquanto que aqui, é discurso atrás de discurso, é promessa de dinheiro do pré-sal, mas nada disso é a realidade. Durante a minha palestra muita gente esperava que eu fosse fazer comentários como vamos colocar tablets dentro da sala de aula. Em minha opinião não é isso que importa, o que realmente deve ser levado em consideração é a valorização da sala de aula. Se dentro do ambiente está chovendo, precisamos primeiro pensar em colocar telhados. Temos de valorizar, principalmente, o professor, que ganha mal, que não tem tempo de se atualizar, que não consegue ter uma vida saudável, que não tem tempo para se cuidar fisicamente, de ler revistas ou acessar coisas que ele precisa ter nas mãos para participar desse mundo novo junto com seus alunos, que já são parte da fase digital. O professor precisa ser valorizado e ter sua autoestima e o seu entusiasmo preservados, já que ele é o principal agente dessa mudança. Escola Particular A educação poderia ser um projeto de Estado ao invés de Governo? Isso não facilitaria a prática das metas estabelecidas? Marcelo Tas O nosso estágio educacional, assim como o nosso Estado, é tão primitivo que não há uma receita pronta para isso. Não tem como garantir que esse tipo de mudança provocaria algum resultado, o negócio não é esse. O primeiro agente de mudança é a sociedade, que precisa cobrar e ter consciência da importância de seu papel. Isso parece que está começando a acontecer. Algumas pesquisas, inclusive de classe C e D, demonstram que a principal preocupação da mãe de hoje não é comprar uma geladeira, é garantir a educação para o filho. Ela sabe, já que também é vitima disso, que se seu filho não tiver uma boa formação, isso será um desastre para a futura família do seu neto. As pessoas perceberam que todos aqueles discursos sobre redução do IPI, oferta desmedida de compras por preços mais baixos, a oportunidade de consumir mais carne não que eu esteja desfazendo dos avanços relacionados ao consumo, isso também é importante nos levaram apenas ao avanço no sentido material. Não houve de fato um crescimento consistente. Não viramos uma sociedade mais justa só comendo bem ou comprando carro 1.0 sem IPI. Viramos uma sociedade mais justa e mais feliz com educação. Se nos tornamos uma sociedade bem educada, cobramos melhor, usamos o nosso dinheiro melhor, não somos enganados pelos nossos representantes e nem pelas empresas que nos prestam serviços. Quer dizer, a educação trafega diagonalmente pela vida das pessoas. Não é só na escola, ela diz respeito à felicidade e à prosperidade. Por exemplo, uma pequena empresa que foi criada precisa de educação para conseguir sobreviver. O cara inventa uma empresa que faz, por exemplo, bolo de noiva, aí eles recebem uma encomenda de 50 bolos e quebram porque não tinham ferramentas para se planejar e se preparar. É o tal do PAC, esse sistema de crescimento acelerado, que eu acho uma das piores ideias que alguém já criou. É um absurdo pensar que acelerar o crescimento pode ser a saída para um país. Eu acho essa ideia extremamente infeliz, independentemente do objetivo que possa ter sido atingido. Acelerar o crescimento sem educação é apostar no fracasso absoluto de uma sociedade. Você acaba conseguindo um monte de gente com carros novos na rua, sem ter a educação para utilizá-los. O resultado é o que estamos vendo aí, o caos geral em estradas e aeroportos. É uma prosperidade ignorante. Todo mundo com o som dos veículos no último, todos ao mesmo tempo e com músicas diferentes. Isso é o crescimento acelerado, é o crescimento com ignorância. Não é um crescimento onde você respeita o outro, onde tem regras. Educação tem que ser levado mais a sério. 8 Escola Particular

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10 Entrevista Gal Oppido Meu sonho é que, um dia, meu método chegue às escolas Ivaldo Bertazzo já rodou o mundo (especialmente Europa, Ásia) pesquisando o movimento. Deu muitos cursos de dança, foi coreógrafo de vários espetáculos (o último se chamou Carrossel das Espécies) e, nos últimos anos, se dedica a difundir seu método como autor de livros, ministrando cursos da Reeducação do Movimento. Em 2010, Bertazzo lançou o livro Corpo Vivo e, em 2012, Cérebro Ativo. Para 2014, ele prepara o último da trilogia. A prática diária, o investimento de poucos minutos por dia na psicomotricidade da criança e do jovem e, mesmo no adulto, traz rapidamente benefícios positivos ao clima de aprendizado e concentração na sala de aula. Oferecer conhecimentos e ferramentas para o desenvolvimento da estrutura psicomotora certamente fortalece o professor, acelerando os mecanismos do aluno para o estudo. O exercício psicomotor amplia a concentração e a cognição, além de diminuir a hiperatividade do aluno em sala de aula, pois desmancha retrações musculares, propicia encaixe nas articulações, foco ao olhar, encaixe da cabeça sobre a coluna vertebral e apoio adequado da bacia sobre a cadeira; tudo isso traz conforto ao corpo da criança, favorecendo que permaneça, horas a fio, sentada. Frequentemente esquecemos que os índices de desorganização mecânica são fatores primordiais para as dificuldades no aprendizado. O desenvolvimento da psicomotricidade fina acelera os caminhos sensoriais/perceptivos do jovem e da criança. Então, sim, nossa ambição é introduzir essas práticas no ensino formal, para ajudar o educador, e isso não implica em mexer nos conteúdos estabelecidos no Ensino. Por Tânia Bernucci De que forma o seu livro pode ajudar as pessoas a melhorar a qualidade de vida e o que significa manter o cérebro ativo? CÉREBRO ATIVO é o segundo de uma série de três livros que começou com CORPO VIVO - Reeducação do Movimento. Editado pelo Sesc SP e Manole, ele busca mobilizar a compreensão do leitor sobre a organização do movimento, por meio de exercícios físicos e reflexões. O movimento está intrinsecamente ligado ao espaço e tempo, ou seja, ele não acontece desvinculado da relação com o espaço que nos cerca e, para cada ação, ele se desenvolve num tempo determinado. O gesto associa-se ao cálculo, previsão, sensações de profundidade e distância, graduação de força, essa multiplicidade de estímulos alimenta o sistema nervoso central, abrindo portas para o amadurecimento e construção do psiquismo do indivíduo. Meus livros tentam ensinar como as pessoas podem colocar tudo isso em prática, construindo uma rede de ideias do significado do movimento. Ao escrevê-los, quero alimentar as áreas da educação, a saúde e as performances esportiva e artística. Qual a importância de se movimentar da maneira correta? Pegar um copo, levantar-se da cadeira, dar um passo, girar a maçaneta, descascar a laranja, essas múltiplas ações presentes em nosso cotidiano e necessárias à nossa sobrevivência, inicialmente foram construídas numa íntima relação entre corpo/meio ambiente/cérebro e, finalmente, em velocidade luz acontecem. Essa inteligência espontânea e presteza necessitam de uma constante reciclagem e manutenção. O Método da Reeducação do Movimento aponta esses caminhos no sentido da autonomia, liberdade e criatividade do movimento. O imenso leque de possibilidades gestuais humanas tem a sua origem na experimentação, até que o cérebro registre esses padrões e, finalmente, lance a chama do gesto ao corpo. Autonomia traz segurança, solidez ao psiquismo e possibilidade de criar novos caminhos. É aí que o humano se diferencia das outras espécies. O cérebro necessita constantemente de informações para gerar movimentos e, cada vez que damos a ele estímulos novos, ele processa movimentos mais organizados e equilibrados Qual o trabalho do cérebro na execução dos movimentos? O cérebro necessita constantemente de informações para gerar movimentos e, cada vez que damos a ele estímulos novos, ele processa movimentos mais organizados e equilibrados. Digo sempre que precisamos reorganizá-lo de tempos em tempos, é como fazer uma atualização de um software no computador pra que ele funcione melhor e mais rápido. Cada pessoa tem sua história particular e isto, de alguma forma, está marcado em seu corpo. Em alguns momentos da vida sofremos desordens por fatores internos (doenças, quedas, por exemplo) e externos, como o estresse, condições do meio em que vivemos, então é fundamental dar vida nova ao cérebro e não deixá-lo estagnado, preso à caixa craniana. Qual o diferencial do seu método? O Método Bertazzo da Reeducação do Movimento é resultado de mais de 40 anos de trabalho prático com os corpos mais variados, alunos de diferentes etnias, profissões e histórico e, ainda, de pesquisas com as quais me envolvi. No início da minha vida profissional busquei muitas informações nas escolas de psicomotricidade orientais, como as da Índia, Indonésia, China, cada uma privilegia um processo do psicomotor humano. Depois somaram-se os diferentes estudos sobre os movimentos do bebê, seu desenvolvimento e as etapas posteriores necessárias à escrita, fala, canto, aprendizado de instrumentos, pintura, construção de objetos, etc. Podemos dizer que o método é uma síntese de ferramentas para atender as etapas do desenvolvimento psicomotor humano. Mesmo um organismo saudável, necessita de ajuda, estímulos e aprendizados, práticas e realizações para definir-se como tal. O método é fruto do trabalho que desenvolvo com professores, educadores físicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, enfermeiros, psicólogos, desenvolvendo exercícios para ensinar os seus alunos, esportistas ou pacientes, estimulandoos a maior concentração nas atividades físicas e intelectuais. Em síntese, buscamos obter mais eficiência do corpo e intelecto, sem desgastes e estresse. 10 Escola Particular

11 O CORPO É UMA FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO. O MOVIMENTO CONSTRÓI PONTES ENTRE O PSIQUISMO E O CORPO FÍSICO Você desenvolveu vários trabalhos com crianças e adolescentes da periferia, como a favela da Maré, no Rio de Janeiro. Esse trabalho até foi tema do documentário A ALMA DA GENTE, que está em cartaz em algumas praças do Brasil. Mesmo tendo sido considerado um professor rigoroso e que não faz concessões só porque o aluno não tem recursos, você foi muito elogiado por todos e foi apontado como agente de grandes transformações na vida de algumas daquelas pessoas. O que você julga fundamental na educação? Dar estrutura, colaborando para que as pessoas possam desenvolver suas habilidades psicomotoras, é capital para a construção de uma sociedade, quando o terreno é fértil, a chance de que muita coisa prospere é enorme. No documentário podemos ver o que aconteceu, como alguns foram despertados através da Arte/Educação. É claro que alguns tiverem destino trágico, mas a grande maioria pôde alimentar e desenvolver os seus sonhos. Quando o Estado está ausente, o desamparo é patente. Todo jovem, no futuro, vai competir no mercado de trabalho e, se ele não tiver desenvolvido elaborado seus gestos, fala, raciocínio, escuta, ou seja, se não tiver construído um universo interior produtivo, como irá se diferenciar e conquistar o trabalho que deseja? O aluno que fica jogado numa cadeira como um saco de O aluno que fica jogado numa cadeira como um saco de batatas não tem condições de se concentrar e aprender, de usar a sua grande ferramenta, que é o corpo batatas não tem condições de se concentrar e aprender, de usar a sua grande ferramenta, que é o corpo. Por isso, é necessária a boa postura, a percepção do volume que o corpo de cada um ocupa no espaço. Insisto, o trabalho da Arte/Educação quer trabalhar de mãos dadas com o ensino formal e não competir com ele. Qual é seu sonho para a educação? Construir uma rede de entendimento, compreensão e prática do movimento humano. A Escola do Movimento ensina seus conteúdos e forma profissionais ligados à arte/educação, preparação física, terapias corporais, gestão de empresas... Oferecemos cursos de formação e constante reciclagem a esses profissionais terapeutas/educadores e espero que meu método chegue, finalmente, à prática regular nas escolas. Se puder contribuir para a saúde física, o equilíbrio, a organização estrutural das pessoas, já terá sido uma grande alegria. Eu adoro ensinar e é muito estimulante saber que há muitos que querem aprender. Escola Particular 11

12 Jurídico 9ª Câmara de Direito Privado do A Tribunal de Justiça de São Paulo indeferiu recurso do ECAD - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição - na ação proposta contra a Paróquia de Itararé, que tinha como objetivo a cobrança de direitos autorais em razão da execução pública de músicas durante as festividades religiosas naquela Paróquia. O pedido do ECAD tinha como argumento a previsão legal de que é devido o pagamento de direitos autorais por quem explora obra artística com fins lucrativos, ainda que de forma indireta. Segundo o entendimento da turma julgadora, não há intuito de lucro na realização de missas, quermesses e eventos religiosos correlatos, de qualquer religião ou seita, sendo considerados essencialmente filantrópicos nas palavras da relatora, Lucila Toledo, quando do seu voto. Segundo a relatora, embora a Constituição Federal assegure o direito à propriedade intelectual, protege ela, igualmente, a livre manifestação da religiosidade das pessoas, garantindo não só a liberdade de culto religioso, mas também que tal prática não será embaraçada nem mesmo pelas entidades tributantes, independentemente de se tratar de evento pequeno, médio ou de grande porte. A decisão acima me fez lembrar as insistentes cobranças feitas pelo ECAD aos Estabelecimentos de Ensino, por ocasião das festas juninas. Todos os anos, quando se aproxima o mês de junho, os Estabelecimentos de Ensino são surpreendidos com notificações e visitas de representantes do ECAD cobrando o pagamento para a execução das músicas, por ocasião das festas realizadas nesse mês. A previsão contida na Lei nº /98, no seu artigo 46 - inciso VI, é clara quando estabelece que não constitui ofensa aos direitos autorais a representação teatral e execução musical quando realizadas no recesso familiar, ou para fins exclusivamente didáticos nos estabelecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro. A meu ver, a previsão legal acima vai ao encontro das sábias palavras da relatora na decisão mencionada, podendo ser aplicada às festas juninas. Isto porque as festas juninas não têm finalidade lucrativa, têm natureza didático-pedagógica, são uma celebração do folclore brasileiro e podemos, por fim, afirmar que os Estabelecimentos de Ensino equivalem-se ao prolongamento do lar e as famílias têm participação ativa nesses eventos. Nesse mesmo raciocínio, cabe ao ECAD somente a representação dos direitos autorais de obras musicais, não podendo esses órgãos, que são associações civis, sem determinação judicial, impedir ou exigir a suspensão das festas juninas e nem exigir o pagamento de qualquer valor ou taxa para a execução das músicas. Importante preservar a nossa cultura, o nosso folclore, não permitindo que tais celebrações sejam esquecidas, pois um povo precisa cuidar da sua memória, da sua cultura e dos seus valores. E quem não gosta de uma festa junina com fogueira, quadrilha, prendas, quitutes, quentão e vinho quente? Josiane Siqueira Mendes Advogada do Sieeesp 12 Escola Particular

13 Escola Particular 13

14 Comportamento Os pacientes com este diagnóstico apresentam prejuízos no desempenho acadêmico e social déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) O é um dos transtornos comportamentais com maior incidência na infância e adolescência. Pesquisas realizadas em diversos países revelam que o TDAH está presente em torno de 5% da população em idade escolar. Trata-se de uma síndrome clínica caracterizada basicamente pela tríade sintomatológica: déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade, mas não há a necessidade de que os três sintomas estejam presentes simultaneamente. Comportamentos característicos de crianças e adolescentes com TDAH incluem dificuldade em focar a atenção em um único objeto, são facilmente distraídos e/ou agem como se estivessem no mundo da lua. Podem não terminar seus deveres de casa, apresentando grande dificuldade em se organizar e frequentemente perdem seus materiais escolares, chaves, dinheiro ou brinquedos. A criança pode se apresentar inquieta, não conseguindo permanecer sentada, abandonando sua cadeira em sala de aula ou durante o almoço de família. Está sempre a mil por hora, como se estivesse ligado em uma tomada de 220 v, fala em demasia, dificilmente brinca silenciosamente, está sempre gritando e é muito impulsivos. Os pacientes com este diagnóstico apresentam prejuízos no desempenho acadêmico e social, pois têm dificuldade em se organizar, em manter atenção em sala de aula, em realizar deveres escolares ou permanecer sentados ou quietos. O diagnóstico do TDAH é essencialmente clínico. Não existem exames laboratoriais ou de imagem que façam o diagnóstico. A investigação do TDAH envolve detalhado estudo clínico através de avaliação com os pais, com a criança e com a escola. Escalas de avaliação padronizadas para pais e professores podem ser utilizadas. A avaliação com os pais deve abranger uma história detalhada de todo o desenvolvimento da criança ou adolescente contendo desde a história gestacional da mãe até os dias atuais. Por fim, deve haver claro prejuízo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional da criança ou adolescente. Sem prejuízo, não há o diagnóstico do transtorno. Crianças com TDAH não diagnosticadas e não tratadas apresentam uma série de prejuízos no decorrer dos anos. Inicialmente ocorre um baixo rendimento escolar, a criança não consegue acompanhar sua turma, sendo muitas vezes até reprovada. Perda da autoestima, tristeza, falta de motivação nos estudos e prejuízos nos relacionamentos sociais podem desencadear episódios depressivos graves. Durante a adolescência, os prejuízos acadêmicos e sociais acarretados podem facilitar abandonos escolares ou da faculdade ou propiciar o início do uso abusivo de drogas e álcool. Possivelmente esses jovens se tornarão adultos inseguros, pouco habilidosos socialmente, com menos anos de educação, trabalhando nos piores empregos e com maiores dificuldades de serem absorvidos pelo mercado de trabalho. sxc.hu 14 Escola Particular

15 As causas do TDAH ainda não estão bem estabelecidas. Acredita-se em uma origem multifatorial, sendo que o fator mais importante é a herança genética. Muitas crianças possuem familiares (pais, tios, avós, irmãos) com o mesmo diagnóstico. A incidência pode chegar até dez vezes mais em famílias de crianças com TDAH quando comparadas à população em geral. Alguns estudos relacionam a herança genética ligada a genes do receptor e transportador de dopamina, substância que realiza juntamente com outras substâncias a comunicação entre os neurônios. Filhos de pais hiperativos possuem maior chance de terem o transtorno, assim como irmãos de crianças hiperativas possuem até duas vezes mais chances de apresentar o diagnóstico quando comparadas com irmãos sem o transtorno. Estudos já demonstram que os cérebros de crianças com TDAH funcionam de forma diferente dos de crianças sem o transtorno. Essas crianças apresentam um desequilíbrio de substâncias químicas que ajudam o cérebro a regular o comportamento. Estudos neuropsicológicos sugerem alterações no córtex pré-frontal e de estruturas subcorticais do cérebro. Prejuízos nos testes de atenção, aquisição e função executiva sugerem também um déficit do comportamento inibitório e de funções executivas. Faz-se muito importante ressaltar que, à luz da ciência, não existem estudos que comprovem teorias que liguem o surgimento do TDAH às dietas, aditivos alimentares, açúcares ou problemas ortomoleculares que justifiquem a necessidade de nutrientes especiais, vitaminas ou dietas restritivas. Sendo assim, alimentos não causam TDAH, assim como dietas especiais não são opções de tratamento de um problema comportamental caracteristicamente de origem genética. O tratamento deve envolver uma abordagem multidisciplinar associando o uso de medicamentos a intervenções psicoeducativas e psicoterapêuticas. As medicações de primeira escolha para o TDAH são os estimulantes. Trata-se de fármacos seguros, eficientes, muito bem tolerados pelos pacientes e sem riscos de dependência química. O medicamento estimulante é rapidamente absorvido após a ingestão oral e age no cérebro aumentando as concentrações de dopamina e noradrenalina, dois neurotransmissores que estão diminuídos no cérebro de portadores do TDAH. O medicamento tem um início de ação rápido e cerca de 30 minutos após a administração, o portador já é capaz de perceber os efeitos da substância: melhoria da capacidade atencional, diminuição do comportamento hiperativo, diminuição da inquietação, da agitação e da impulsividade. As intervenções psicoeducativas estão relacionadas com a educação e aprendizagem de pais, professores e paciente acerca do transtorno. Materiais didáticos, folders e livros devem ser ofertados, programas de treinamento para pais e professores podem ser desenvolvidos para ensiná-los a lidar com o transtorno. Mudanças simples na rotina da criança ou adolescente, como sentar em carteiras próximas ao quadro negro e longe de janelas, ajudam a focar a atenção mais facilmente. A determinação de rotinas de estudo, com horários predeterminados combinados em conjunto com a criança, aplicação de pausas regulares durante o estudo, associada a ambientes silenciosos, longe de estímulos visuais como brinquedos, televisão, rádio, telefone ou materiais escolares que não o de estudo naquele momento, podem auxiliar muito na melhoria do rendimento escolar. A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a criança no controle de sua agressividade, ajuda a modular seu comportamento social, ensina estratégias de solução de problemas, controla a impulsividade e a regulação de sua atenção. A terapia cognitivo-comportamental também deve ser utilizada sempre que transtornos associados, como depressão ou transtornos ansiosos, estejam presentes. Dr. Gustavo Teixeira Médico psiquiatra da infância e adolescência. Professor visitante da Bridgewater State University. Mestre em Educação, Framingham State University. comportamentoinfantil.com Escola Particular 15

16 Língua Estrangeira Ensinar língua estrangeira por meio de projetos didáticos inclusão de um segundo idioma na escolaridade é diretriz dos parâmetros curriculares A nacionais. Além disso, é uma demanda social forte dada a proximidade que hoje se tem de falantes de outros países em situações de lazer, trabalho ou estudo. Por isso, uma das grandes preocupações dos educadores é como desenhar um currículo de línguas estrangeiras eficaz nas escolas. O aprendizado de outro idioma promove um avanço na formação dos alunos que vai além da capacidade de comunicação com nativos de outras regiões do mundo. Ele favorece o aprendizado da língua materna, pois cria situações de comparação que favorecem a reflexão sobre o funcionamento das línguas como um todo e da língua materna em particular. Nos primeiros anos da escolaridade, essa reflexão se dá por meio do reconhecimento de regularidades e sonoridades. Ao aprofundar o estudo dos idiomas, o contato com obras produzidas em um e outros idiomas, com traduções e versões, com a expressão cultural por meio das várias línguas, amplia a visão de mundo dos alunos e, com isso, permite a formação de cidadãos mais capazes de compreender o diferente, o outro. No entanto, o desenho de um curso eficiente de língua estrangeira gera uma grande quantidade de dúvidas, algumas delas aparentemente com respostas conflitantes. Como definir as prioridades curriculares? Como e quando abordar temas de gramática? Como desenvolver habilidades comunicativas? Como lidar com a diversidade de experiências anteriores dos alunos do grupo? O trabalho com projetos didáticos é uma forma poderosa de obter algumas respostas. Essa temática foi escolhida para uma conferência de professores de inglês organizada pela Associação dos Professores de Inglês do Rio Grande do Sul, a APIRS, que aconteceu em Porto Alegre nos dias 17 e 18 de julho deste ano. A conferência promove anualmente uma oportunidade para os profissionais trocarem experiências, esclarecerem dúvidas, entrarem em contato com produções editoriais, enfim, atualizarem suas práticas. Neste ano, o tema dos projetos foi escolhido e fui convidada a compartilhar um pouco da experiência da Target como key-note speaker. Os projetos se apresentam ao mesmo tempo como solução e problema para cursos de inglês. Por um lado, abrem a possibilidade de trabalho cooperativo, inclusivo e significativo para os alunos. Por outro lado, causam certa insegurança nos professores acostumados a definir os saberes desejados em termos de uso de regras ou unidades temáticas. A principal característica do trabalho com projetos é colocar o aluno como centro da ação. Ao buscar resolver uma situação de comunicação complexa, o aluno ativa conhecimentos de diversas naturezas e assim desenvolve suas habilidades comunicativas, no caso, em língua estrangeira. Para os professores, o desafio é compreender e planejar esses dois papéis: o do aluno como protagonista da ação e o do professor como guia que conduz, orienta as escolhas, avalia e propõe regulações no percurso, de forma a alcançar os objetivos de aprendizagem pretendidos. A conferência apresentou outras ideias interessantes como exemplos de trabalho com projetos nos EUA, institutos e livros didáticos que discutiram o grande alcance educacional dessa proposta. Mas sem dúvida, o que mais me chamou a atenção foi a apresentação dos resultados extremamente positivos da formação docente. Tenho plena certeza de que compartilhar experiências e investir na formação dos professores são elementos chave de cursos bem sucedidos. A decisão de incluir cursos de língua estrangeira no currículo demanda reflexão sobre os objetivos educacionais da escola e as metas em relação à aquisição da proficiência linguística. A Target Idiomas dedica-se exclusivamente a essas reflexões desde sua fundação, em Sandra Baumel Durazzo, da Target Idiomas, formadora de professores de LE A Target idiomas é uma empresa que atua em escolas regulares com assessoria, terceirização e supervisão na área de línguas estrangeiras. A empresa é dirigida por Sandra Baumel Durazzo e Vera Richetti Lemos. Saiba mais em: ou entre em contato com a nossa gerente de relacionamentos Rosana Gregori rosana@targetidiomas.com.br ou Escola Particular

17 Escola Particular 17

18 Aprendizagem Houve um aumento significativo e sem precedentes de diagnósticos de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade com o objetivo de justificar problemas de aprendizagem. Por isso, em nome do compromisso ético que tenho com a educação resolvi ir em busca de alguns esclarecimentos sobre o que envolve essa temática. Fiquei surpresa e, ao mesmo tempo, assustada com os rumos que estão tomando os encaminhamentos de crianças e jovens aos consultórios médicos em decorrência do não aprender. São inúmeros diagnósticos de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, feitos de forma irresponsável e inconsequente, bem como a prescrição de metilfenidato, droga psicotrópica, tarja preta, portanto com alto risco de dependência química. Confesso que senti um misto de indignação e impotência diante de um assunto tão sério: em decorrência de problemas de ordem social estamos condenando indivíduos em formação e com um enorme potencial a viver sob o estigma de uma etiqueta psiquiátrica, muitas vezes, para o resto de suas vidas. Por entender que este é um problema identificado em sala de aula resolvi então compartilhar com os meus colegas algumas das descobertas que fiz na expectativa de contribuir com uma reflexão sobre um assunto tão relevante e próximo de nós. Entendo que as informações postas servirão de suporte para um olhar mais crítico e cuidadoso sobre esta realidade com possibilidade de mudanças efetivas neste quadro assustador e cruel. O Brasil é o segundo país no mundo que mais consome metilfenidato, Ritalina e Conserta, medicamentos utilizados para o tratamento de TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, perdendo apenas para os Estados Unidos da América. Conforme aponta o Instituto Brasileiro de Defesa do Usuário de Medicamento 1 IDUM no ano 2000 foram vendidas 71 mil caixas da droga e em 2010 este número alcançou a marca de 2 milhões de caixas vendidas. Portanto, nos últimos 13 anos houve um aumento expressivo de diagnóstico para este transtorno. Nos Estados Unidos, James Swanson, professor de Psiquiatria na Universidade Internacional da Flórida e um renomado pesquisador de TDAH declarou uma preocupação com o aumento de diagnósticos. Não há como um em cada cinco meninos do ensino médio ter TDAH, afirmou. Se nós começarmos a tratar crianças que não têm o transtorno com estimulantes, um certo porcentual terá problemas que são previsíveis: alguns deles terminarão com abuso e dependência 2. Já o Dr. William Graf 3, neurologista pediátrico, em New Haven, e professor na Escola de Medicina de Yale afirma estar chocado com o número de diagnósticos que, segundo ele, é astronômico. Sabemos que erros profissionais ocorrem em todas as áreas e atividades, contudo há situações que exigem o máximo de cuidado porque põem em risco vidas humanas. O erro de um profissional que se atrapalha ao imprimir cartões de visita é muito diferente do erro do piloto de uma aeronave de uso comercial. Guardadas as devidas proporções, um profissional médico tem de ter critérios rigorosos para diagnosticar patologias, psicopatologias, transtornos e distúrbios mentais, porque, caso o faça de forma equivocada, o seu paciente terá de pagar um alto ônus por todo o sofrimento, principalmente se lhe for prescrita uma droga, visto que um tratamento medicamentoso poderá trazer problemas à vida do indivíduo. Recentemente, vivi uma situação que demonstra o cuidado que todos deveriam ter ao considerar uma prescrição médica. Minha filha viajou com duas amigas para uma determinada região do Brasil. Depois de alguns dias as duas sofreram com alguns sintomas, dentre os quais estavam dores abdominais, vômito e diarreia. Passaram por uma avaliação médica e ficou constatada uma virose. Quando voltaram a São Paulo foi a minha filha quem teve os sintomas, os mesmos. Imediatamente, levei-a a um conceituado pronto-socorro e expliquei à médica sobre a virose contraída pelas amigas, aparentemente, com o mesmo quadro clínico. Depois de um exame bem superficial a médica nos orientou sobre o tratamento. Mesmo sem nenhum dado de exames de imagem, diagnosticou e prescreveu um tratamento para úlcera com um medicamento chamado Nexium 40mg, alegando ser o mesmo tratamento prescrito a ela pelo seu gatroenterologista. O conhecido médico Dr. Dráuzio Varella 4 afirma que o diagnóstico de úlcera se faz com auxílio de um exame denominado endoscopia. Um profissional médico tem de ter critérios rigorosos para diagnosticar patologias, psicopatologias, transtornos e distúrbios mentais sxc.hu 18 Escola Particular

19 Diante do absurdo, não comprei o remédio e consultei outro médico, bastante consciente e profissional que, depois de um apurado exame clínico, justificou os sintomas como sendo, provavelmente, a mesma virose contraída pelas amigas. Três dias depois minha filha estava livre dos sintomas. A dúvida é: se é possível haver um diagnóstico completamente equivocado de uma patologia que reúne possibilidades tão objetivas de avaliação, como será então o diagnóstico de um transtorno como o TDAH, cujos sintomas são subjetivos e interpretados com base em um questionário contraditório à própria bula do medicamento indicado? Sim, porque uma das contraindicações da Ritalina 5 diz que não deve ser usada em pacientes com ansiedade, tensão ou agitação. E uma das perguntas do teste para avaliar TDAH é: tem dificuldade em ficar parado, está sempre balançando as pernas, mexendo as mãos, se contorcendo? Há também um manual criado pela Associação Americana de Psiquiatria, com o nome de DSM - Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) que está em sua quinta edição e tem como objetivo servir de suporte para o diagnóstico de psicopatologias, distúrbios e transtornos mentais. A última edição está bastante polêmica em decorrência da criação de uma série de novas desordens mentais. Entre os críticos está Allen Frances 6, responsável DSM4, ou seja, a edição anterior do Manual. Alencar (2013), afirma que entre os argumentos de Frances estão os numerosos diagnósticos infantis, assim como as medicações exageradas ou até mesmo infundadas que só aumentam os casos de doenças, como o Transtorno de Déficit de Atenção, o Autismo, o Transtorno Bipolar. Argumenta ele: nós não temos ideia de como esses novos diagnósticos não testados irão influenciar no dia-a-dia da prática médica, mas meu medo é que isso irá exacerbar e não amenizar o já excessivo e inapropriado uso de medicação em crianças. Além disso, entre suas críticas mais contundentes está o fato de o DSM-5 ter transformado o que chama de birra infantil em Transtorno Disruptivo de Desregulação do Humor. Este transtorno afeta crianças com frequentes episódios de descontrole emocional, como a irritabilidade. Esse campo deveria sentir-se constrangido por esse currículo lamentável e deveria engajar-se agora na tarefa crucial de educar os profissionais e o público sobre a dificuldade de diagnosticar as crianças com precisão e sobre os riscos de medicá-las em excesso. O DSM-5 não deveria adicionar um novo transtorno com o potencial de resultar em um novo modismo e no uso ainda mais inapropriado de medicamentos em crianças vulneráveis, conclui ele. O que chama a atenção é o fato da denúncia ser feita por um profissional Psiquiatra, responsável pela edição anterior do DSM4. Portanto, entendo ser fundamental pensarmos se é justo crianças e jovens serem diagnosticados de forma imprudente e leviana, por alguns profissionais, e condenadas a tomar remédio psiquiátrico sem necessidade? É justo que paguem com o seu futuro o preço da inconsequência de nossas ações enquanto adultos? De que forma, nós, profissionais da educação, podemos contribuir para que isso não continue acontecendo? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. IDUM - Instituto Brasileiro de Defesa do Usuário de Medicamento ( 2. Associação Médica de Minas Gerais ( 3. A cientista que virou mãe ( 4. Dráuzio Varella ( 5. Anvisa ( 6. Universidade de São Paulo ( Lucy Duró Pedagoga, Psicopedagoga e membro do Laboratório Interinstitucional de Pesquisa em Psicologia Escolar do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. evoluireducacional.com.br Escola Particular 19

20 Conhecimento GESTÃO office.microsoft.com Discute-se muito sobre gestão escolar, gestão empresarial, gestão de pessoas, porém o mais importante e coerente, seria desenvolver primeiro a gestão individual, pois só assim poderemos atingir outras metas. Nenhum profissional, de qualquer que seja o setor, por mais conhecimento teórico que possua, conseguirá realizar uma atividade de gestão, plenamente, se não souber gerir seu próprio viver. Sua realização profissional dependerá da sua realização pessoal. O conhecimento interno é complexo e doloroso, mexe com a essência do eu, das falhas, das inseguranças, das perdas. É um trabalho que requer um repensar, um diálogo com a realidade, porém é necessário que entremos nessa busca da própria integridade para conhecermos as mais profundas mazelas; não para um sofrer, e sim para entendê-las melhor e ter um viver mais intenso e digno. Esse repensar necessita de um momento, durante o dia, mesmo que seja mínimo, mas reservado e silencioso, para que as pessoas possam encontrar o seu próprio eu através de reflexões e análises, levando-as a assumir, gradativamente, um viver mais autêntico e feliz. Só através desse processo o ser humano estará preparado, não só técnico/teórico, mas também para obter um equilíbrio no desempenho de suas atividades, sejam elas profissionais ou pessoais do seu cotidiano, com segurança e transparência. Quando se tem clareza dos objetivos, ideais e responsabilidades, as pessoas tornam-se mais completas e preparadas para uma gestão mais eficiente e capaz. O bom gestor consegue perceber o eu, o ser e o outro, ao mesmo tempo, com equilíbrio suficiente sem que um sufoque o outro. Saber fazer e como fazer é muito importante, prin- O conhecimento interno é complexo e doloroso, mexe com a essência do eu, das falhas, das inseguranças, das perdas cipalmente porque hoje as oportunidades de trabalho são variadas e muito competitivas, exigindo não só conhecimento, mas uma compreensão mais ampla de valores e conceitos mediante a necessidade da humanidade e seu meio ambiente. Para ser gestor é muito importante um envolvimento participativo, uma escuta, um pensar antes de agir e realizar. Isso a pessoa só adquire quando conhece a si mesma com profundidade, sabedoria, sem medos e receios. Caso contrário, será mais um mero condutor de conhecimentos e regras, onde sua função se perderá no decorrer da caminhada sem saber o porquê e como. Clarice da Silva Coneglian Pedagoga, Arte-educadora, Psicopedagoga, especialista em Arte-educação 20 Escola Particular

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