prepare-se para um novo horizonte musical Arte em reprodução eletrônica nova sonoridade matéria técnica 2. PRÉ de phono Parasound Z Phono

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1 INTEGRADO DARTZEEL CTH-8550, CD Meridian G08.2, CAIXA PSB IMAGE T6, PRÉ de phono Parasound Z Phono e TV led 3d samsung UN 40C7000 Arte em reprodução eletrônica prepare-se para um novo horizonte musical ISSN Ano 15 JUlHO 2010 clubedoaudio.com.br ISSN ISSN R$ AMPLIFICADOR INTEGRADO DARTZEEL CTH-8550 AUDIO VIDEO MAGAZINE. JUlHO # 158. ANO 15 nova sonoridade digital CD PLAYER Meridian G08.2 TESTAMOS a nova TV led 3d da samsung Samsung UN 40C7000 E MAIS TesteS de áudio 1. CAIXA ACÚSTICA PSB IMAGE T6 2. PRÉ de phono Parasound Z Phono DICAS cuidados diários e manutenção de equipamentos High-end matéria técnica o que é áudio digital?

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3 teste áudio 1 AMPLIFICADOR INTEGRADO DARTZEEL CTH-8550 Fernando Andrette fernando@clubedoaudio.com.br Há cerca de dois meses recebi um de um antigo assinante parabenizando os 14 anos da revista e dando interessantes dicas de artigos técnicos que ele gostaria de ver publicados. Um trecho que me chamou bastante a atenção foi quando ele confessou que sentia falta dos meus testes apaixonados tão comuns nos primeiros anos da revista. Argumentei que, com o passar dos anos e com o patamar que os novos produtos hi-end atingiram, fica muito difícil ser pego de surpresa atualmente (ainda que algumas vezes apareçam para testes produtos acima da média, eles geralmente se destacam ou pela relação custo / performance ou então pela utilização de uma nova topologia). Para saber se fui inteiramente honesto e rigoroso em minhas avaliações costumo reler meus testes de tempos em tempos e percebo que nos produtos que me tocaram profundamente consegui expor minhas avaliações de forma mais contundente. A sensação que tenho é que nesses testes fica algo de atemporal, pois me retive tanto na performance do produto que ele não fica datado. Creiam que nada existe de intencional, apenas me deixo levar pelo impacto que o produto causou em mim e tento passá-lo ao leitor da mesma maneira que o recebi. O problema é que justamente esses testes são os mais inglórios e os que demandam mais tempo, dedicação e concentração. É um misto de alegria por estar ouvindo algo único e de uma enorme responsabilidade para com o leitor e o fabricante. Como diria meu pai: - Difícil colocar em palavras aquilo que não conseguimos decifrar para nós mesmos. Claro que depois de tantos anos testando produtos de qualidade você acaba por desenvolver técnicas de pré-avaliação de equipamentos que chegam para teste. Cada articulista certamente possui sua maneira de fazer este filtro inicial. Eu gosto de ouvir o produto inteiramente frio, se possível sem queima, anotar as qualidades e deficiências que me chamaram a atenção e depois dar o tempo necessário de queima do produto. Se detecto de imediato um grande potencial, faço uma avaliação a cada 24 ou 48 horas. Senão, costumo deixar o produto sem ouvir por até uma semana. Possuo até uma escala mental de temperatura que dou para o primeiro momento de contato com o equipamento que está entrando em teste. Segue a seguinte escala: frio, morno, quente, muito quente e intensamente quente. Interessante é que, acima de quente, o produto em teste dará muito mais trabalho e exigirá, depois de seu amaciamento completo, muitas horas de setup de cabos, sinergia entre os outros equipamentos e algumas horas preciosas de sono. Puxando pela memória, os produtos mais recentes que exigiram tal concentração foram: o Audiopax model 5, o Accuphase 2810, a caixa Dynaudio Master Reference, os dcs Paganini e Puccini, o EVO 600, o MBL 9008 A e os toca-discos ZET 3.2 e Apolon (ambos da Transrotor). Cada qual com sua personalidade, mas todos exigentes ao máximo. Gosto de buscar o último sumo de um produto excepcional e me sinto na obrigação de fazê-lo; caso contrário sinto que não cumpri JUlHO

4 com o meu papel. Quando estamos falando de teste aberto, a responsabilidade que deposito em meus ombros é ainda maior. Quando se testa produtos por muitos anos, você começa a ficar atento a testes feitos por outros colegas no exterior e, fatalmente, quando algum determinado produto começa a ter avaliações muito semelhantes, acende em minha cabeça uma luz verde de interesse de testar aquele produto. Foi exatamente o que ocorreu quando comecei a ler os primeiros testes do integrado da dartzeel em publicações europeias e americanas: nas entrelinhas os testes passavam que esse integrado tinha uma sonoridade diferente, não podendo ser classificada como som valvulado ou estado sólido, e sim como algo totalmente novo ou como uma classe à parte. Gosto de conhecer produtos que tiram a audiofilia do lugar comum, principalmente quando esses testes são assinados por profissionais com mais de 30 anos de vida integralmente dedicada à alta fidelidade. São profissionais que podem expressar sua opinião abertamente e não precisam provar mais nada a ninguém e, se ainda avaliam produtos de áudio, o fazem por pura paixão ao oficio. Hervé Deletraz é o suíço que para muitos é considerado o novo gênio da alta fidelidade. Trata-se, segundo alguns jornalistas que já o entrevistaram, de um homem de enorme autoconfiança e de um humor nada típico dos suíços. Em maio de 2002 ele apresentou ao mundo seu primeiro amplificador de potência: o NHB-108. Questionado sobre o significado da sigla NHB ele respondeu ser a abreviatura de Never Heard Before - Nunca Antes Ouvido. Ele não confirma nem tão pouco desmente esta passagem pitoresca, deixando simplesmente que ela navegue pelo mundo e que cada comprador de um produto dartzeel a confirme ou não. Outra mostra de seu enorme bom humor encontra-se estampada no controle de volume, tanto no integrado como em seu pré amplificador: Pleasure Control ou Controle de Diversão. Tratase realmente de um controle de volume integralmente diferenciado, tanto ao toque (tamanha sua precisão) quanto no acabamento. Para os leitores da revista Stereophile, muitos ainda irão lembrar dos seis artigos publicados em 2002 pelo então leitor suíço Hervé Delétraz com dicas do desenvolvimento do seu projeto de amplificador. A dartzeel nasceu oficialmente em 2 de janeiro de 2004 com o lançamento do NBH-108 model One, seguido em 2005 do pré amplificador NHB 18S e, no final de 2008, do integrado CTH No começo deste ano a dartzeel lançou seus monoblocos e já temos informações de que encontra-se no forno o primeiro CD player da marca para começo do próximo ano. Hervé possui uma ideia muito clara do mercado high-end: Você pode desenvolver um primeiro produto fantástico e ter uma aceitação imediata do mercado como aconteceu com o Power NHB-108, mas se não tiver um segundo e um terceiro tão bons quanto, você estará morto. Questionado de como chegou a uma sonoridade tão marcante em todos os seus produtos Hervé responde de forma muito direta e sincera: Quando comecei a projetar o NHB-108 tinha em mente desvendar como alguns amplificadores são mais musicais do que outros, mais ácidos ou mais suaves. Então, quando você começa a estudar a topologia e os números destes amplificadores percebe que a curva de resposta é uma linha reta, sem distorções. Isso não tem nada de novo, todo bom projetista sabe disso, mas em entender o porquê está o pulo do gato. Tentei fazer o circuito do NHB-108 o mais simples possível, mas foi uma tarefa bastante árdua; somente com um novo sistema de computação em CAD consegui simular esses circuitos no PC. Assim podia ir colocando um circuito que havia projetado na tela do PC e ver o projeto funcionando mesmo que ainda não existisse. Com isso você pode criar um circuito, ir removendo um componente e verificar se ele ainda funciona. Depois passa a alterar componentes e ver como o circuito se comporta. É como montar um Lego. 38 JUlHO. 2010

5 Finalmente, em 1999, eu já havia desenvolvido o circuito minimalista que desejava. O problema é que quando o circuito é muito simples você está muito perto do ponto em que ele se torna instável, e eu necessitava de um circuito que se mantivesse estável qualquer que fosse a carga. Além disso, havia determinado que deveria evitar qualquer realimentação negativa. A saída é um loop totalmente aberto e a largura de banda em um circuito muito simples também passa a ser outro problema, pois geralmente quando você não tem realimentação a largura de banda é muito pequena. Finalmente, depois de alguns anos de simulação e montagem de inúmeros protótipos eu consegui tudo que desejava: banda muito larga, muito rápida, sem nenhuma realimentação, nenhuma mudança de fase e usando o mínimo de componentes. O circuito acabou por ser patenteado, não para manter tudo em segredo ou para não ser copiado, mas sim para saber se alguém no mundo já tinha inventado esse tipo de circuito. Segundo Hervé, o circuito é tão simples que pode ser usado em qualquer ponto do caminho do sinal: tanto para o amplificador, para pré-amplificação e também no estágio de phono. Voltando ao teste, o integrado da dartzeel disponibiliza ao consumidor duas opções de acabamento: preto e dourado. Um grande diferencial deste produto é que antes de usá-lo você precisa localizar e instalar a chave USB em alumínio escovado com o logo dartzeel impresso no exterior e preso a uma pequena corrente. É necessário obter junto ao distribuidor o código de ativação que, uma vez instalado, memoriza todos os parâmetros do integrado permitindo todas as 50 opções de ajustes. Sem a chave USB o amplificador se autodesliga em segundos. Um interessante bloqueio anti-roubo, já que só você poderá reativar o integrado. O CTH-8550 possui display fluorescente para uma fácil utilização. Tem sete entradas simples, entre elas RCA, XLR e ligação Zeel (para utilização entre produtos dartzeel); duas entradas de phono MM e MC (opcionais), modo bypass para integração de sistema de home theater em todas as entradas de linha, uma saída pré-amplificador dartzeel para ligar ao amplificador de potência NHB-108, uma saída RCA préamplificador para ligar a qualquer amplificador de potência e uma saída RCA REC, com seleção independente de fonte. Você pode configurar praticamente qualquer parâmetro do CTH-8550, desde o nível máximo de volume que o aparelho irá reproduzir até mesmo o momento do dia em que deseja que ele ligue ou desligue automaticamente. Voltando ao controle de volume, trata-se de um verdadeiro deleite dar um toque sutil e vê-lo mudar o volume com tamanha precisão e conforto. O mesmo ocorre com a qualidade e o padrão de acabamento de seu controle remoto. Eu já achava o controle remoto do meu pré Accuphase 2810 o máximo, agora tenho que aceitar que ele tenha perdido o posto de referência para o controle remoto da dartzeel. O CTH-8550 chegou semi-amaciado (com quase 100 horas), só que como a curiosidade era enorme em escutá-lo, assim que instalei em meu sistema principal passei a ouvi-lo. Porém tinha algo de estranho em sua pegada e deslocamento de ar. Sabendo que o Vlamir da Logical Design o havia ajustado para as caixas da MBL que possuem sensibilidade mais baixa que as Dynaudio, achei que precisava de imediato corrigir os ajustes no ganho de saída para ter melhor desempenho. Feito isso, posso dizer que foi um susto atrás do outro durante os 30 dias que fiquei com o equipamento em teste. É desconcertante tentar traduzir em palavras o prazer que dá ouvir música neste integrado da dartzeel. A naturalidade com que ele apresenta a música é capaz de nos fazer reavaliar todos os conceitos e ideias que utilizamos para definir a alta fidelidade, assim também como o conceito de neutralidade e musicalidade. Se dissermos que para ser considerado a referência das referências um produto necessita antes de tudo ser o mais fiel possível à gravação, mixagem e masterização, o dartzeel atende com enorme folga este quesito; se por outro lado é a neutralidade que determina o estágio em que um grande produto hi-end se encontra, não haverá como não encontrar no topo da lista o CTH JUlHO. 2010

6 E para os que almejam encontrar o ápice da musicalidade para então cessarem sua busca pelo nirvana sonoro, afirmo de forma categórica que a trilha estreita para este objetivo final também desemboca neste dartzeel. Veja por qual ângulo desejar amigo leitor e você verá estampado em sua mente como que em uma sala de espelhos o dartzeel. Não há como fugir de suas garras depois de escutá-lo por meia hora em condições corretas, pois tudo que você assimilou até hoje e decodificou como referência em termos de áudio hi-end será colocado em xequemate. Sua única saída honrosa será negar sua existência, ou então justificar que ele se encontra totalmente acima de suas possibilidades financeiras. Caso contrário você fatalmente irá se render a seus encantos e passará os dias pensando e desejando ouvi-lo novamente. Acredite, não há saída. Por mais que você tente ou crie uma série de justificativas, no mínimo terá que concordar que se trata de um integrado absolutamente fora da curva. Imagine que seu maior desejo é poder ouvir suas obras preferidas por horas, com zero de fadiga auditiva e um conforto auditivo jamais antes experimentado, independente de ouvir em volume moderado ou alto. O dartzeel atende perfeitamente a qualquer de suas exigências sem jamais reclamar. Ou então seu sonho é materializar literalmente os músicos em sua sala. Prepare-se, pois você sentirá o grau de intencionalidade e perfeccionismo de cada músico e entenderá até mesmo aquela passagem que de tão complexa você já havia desistido de tentar ouvir. Quer um bom exemplo? Bolero de Ravel: você escutará como soa a soma dos instrumentos de sopro de madeira e metal e reconhecerá sem nenhum esforço cada um dos instrumentos. E ainda poderá apontar com precisão cirúrgica a origem de cada som no palco. Agora imagine que você seja um apaixonado por piano solo como eu, e tenha uma infinidade de obras para dois pianos e que muitas vezes, devido à posição dos instrumentos e a escolha dos microfones, seja difícil reconhecer se o som que você está ouvindo é proveniente do piano à direita ou à esquerda. Tudo se encaixa como mágica ao escutar essas gravações no dartzeel. Outro desejo facilmente realizável: ouvir o tamanho correto de um piano de cauda inteira em sua sala com total precisão dinâmica e de corpo. Esta tarefa o CTH-8550 faz com um pé nas costas (para desespero de muitos pré-amplificadores e powers top de linha). E por fim suponhamos que você seja aquele apaixonado, que galgou todos os estágios possíveis da audiofilia e chegou a conclusão que o amplificador perfeito não existe pelo fato de ser necessário aliar o melhor da válvula com o melhor do transistor sem, no entanto, partir para uma topologia híbrida, pois tudo que se conseguiu até o momento não o satisfaz! Acredite em mim e escute o dartzeel. Mesmo que você ache que ainda não é o que deseja, irá se surpreender como a sua sonoridade é diferente de tudo que já escutou na vida. O CTH-8550 é uma golfada de modernidade digna do século em que vivemos; ainda que possua uma imagem retrô, sua sonoridade encontra-se em um novo padrão de referência. Tentar dissecá-lo é uma enorme perda de tempo. Produtos como este estabelecem um novo patamar tanto para os fabricantes como para os consumidores. 42 JUlHO. 2010

7 Ouvi-lo com atenção é tudo que posso solicitar de vocês que me acompanham há tantos anos, e certamente, se o fizerem dispostos a conhecer e desfrutar do novo, irão descobrir que a música reproduzida eletronicamente mudou de patamar. E musicalidade, fidelidade, dinâmica, neutralidade, conforto auditivo, materialização do acontecimento musical, realismo, foco, recorte, arejamento etc. encontram-se na mesma proporção e equilíbrio em um só pacote. Potência nominal Ganho no estágio de linha Ganho no estágio de amplificação Impedância de entrada 200 watts RMS (230 de pico) em 8 ohms 330 watts RMS (360 de pico) em 4 ohms 330 watts RMS (400 de pico) em 2 ohms 12 db (nominal), até 22 db (máximo) 26 db em 8 ohms Phono MM: 47 kohms (Neumann RIAA 4th pole) Phono MC: 1 kohms (Neumann RIAA 4th pole) RCA: > 30 kohms XLR: > 15 kohms Certa vez disse que se estivesse em uma ilha deserta levaria o disco Pure Ela. Achei finalmente o integrado que também levaria para a ilha. Se não fosse mais articulista da revista e não tivesse o compromisso mensal do teste aberto, venderia toda a minha eletrônica e viveria feliz da vida com este integrado, pois na minha opinião ele é perfeito! Até o seu pré de phono opcional (que eu não dei muita bola na primeira semana de teste) calou minha boca. Eu jamais escutei um pré de phono tão silencioso em toda a minha vida! Não conseguimos saber até o final do teste qual será o valor exato do produto, pois esta unidade veio por transporte aéreo e isso aumentou seu custo consideravelmente. Mas imagino que seu preço final estará por volta de 40 mil dólares. Ainda assim ele vale cada centavo investido. Pois seu pré de phono concorre diretamente com prés de até 10 mil dólares, seu amplificador bate de frente tranquilamente com powers top de linha de até 30 a 40 mil dólares! E seu pré concorre com prés de até 15 mil dólares. E ainda economizaremos com um ou dois cabos de força e um cabo interconnect (uma economia de mais 4 ou 6 mil dólares). Como você pode ver, até mesmo pelo bolso fica difícil negar o quanto o CTH-8550 é atraente! AMPLIFICADOR INTEGRADO DARTZEEL CTH-8550 Impedância de saída de linha Impedância de saída para alto-falantes Resposta de frequência Rise time Slew rate Voltagem DC de saída Distorção Harmônica Total - THD Distorção no domínio do tempo Crosstalk Relação sinal-ruído Consumo de energia Dimensões (L x A x P) Peso líquido RCA: 75 ohms; dart BNC: 50 ohms < 0.33 ohms de 20 Hz a 20 8 ohms 3 Hz a db 20 Hz a db 20 Hz a 50 +/- 0.5 db < 0.8 µs > 88 V/µs, pico a pico < +/- 15 mv (máximo) 1 % de 7 Hz a 77 khz Nenhuma, em qualquer nível ou carga conforme especificado acima < - 90 db de 20 Hz a 20 khz > 115 db(a) em potência nominal 3 watts em standby 40 watts em repouso 1000 watts em potência máxima 440 x 170 x 335* mm *415 mm com alças 28 kg Equilíbrio Tonal 11,0 Soundstage 11,0 Textura 11,0 Transientes 11,5 Dinâmica 11,0 Corpo Harmônico 11,0 Organicidade 11,0 Musicalidade 11,5 Total 89,0 VOCAL ROCK. POP JAZZ. BLUES MÚSICA DE CÂMARA SINFÔNICA Logical Design (21) Preço sob consulta 44 JUlHO. 2010

8 OPINIÃO opinião do IMPORTADOR Vlamir Habib Freitas Chegamos numa manhã ensolarada em São Roque para o teste aberto da nova marca a ser distribuída pela Logical Design, diretamente da Suíça. Antenados com o que está acontecendo pelo mundo, recebemos a informação de que a eletrônica dartzeel ( com) estava ganhando todos os prêmios e elogios possíveis, juntamente com as marcas Playback Designs ( e Evolution Acoustics ( as quais estamos em contato para trazer para o Brasil. Isto é o que hoje está sendo considerado o melhor sistema do mundo pela mídia especializada internacional. Para se ter ideia, dentre as 274 salas na última CES 2010, este trio recebeu 70% dos votos de melhor sistema do evento. Este percentual antes ficava na casa dos 15%, devido ao número elevado de expositores. Os reviewers publicaram que era de longe o melhor sistema da feira, e alguns, o melhor que tinham escutado em suas vidas. E isto tocando em um local sem as condições ideais. E eu aqui pensando: humm... está na hora de ouvir isso no Brasil. Entramos em contato com Hervé Deletraz, projetista da dartzeel, solicitando uma unidade do CTH-8550 para a Logical Design avaliar. Fazemos este procedimento antes de distribuir qualquer marca, pois só indicamos o que realmente acreditamos ser o melhor custobenefício para os nossos clientes. Antes de enviar para a CAVI escutamos o produto em uma de nossas salas de testes, pois apesar de confiar nos ouvidos do Andrette, a curiosidade era enorme. Junto com o amigo Roberto da Alta Fidelidade, que não parava de criticar a Logical Design por estar trazendo mais uma marca para o Brasil (dizendo que isso dificultaria o trabalho das revendas), desembalamos o CTH Notamos que existe todo um cuidado na embalagem e com o uso de materiais ecologicamente corretos. Ponto para a dartzeel! Percebemos que os conectores, knobs e materiais utilizados na construção eram diferentes dos demais utilizados no mercado de áudio. Isto me agradou bastante, principalmente ao manusear o potenciômetro e não conseguir identificá-lo, apesar de já ter construído pré-amplificadores. Tinha algo misterioso ali... Ligamos logo em um sistema com caixas MBL, que exigem mais que as outras dos amplificadores e enquanto conectava os cabos da linha Special Edition da Logical Cables, sempre com os resmungos ao fundo de nossa principal revenda, era informado em tom quase ameaçador (risos) que a Alta Fidelidade não iria trabalhar mais uma marca de ponta e blá blá blá %$#@&*. Com o aparelho frio, sem nenhuma queima, bastou dar um play na música oito, Round Midnight do CD My Musical Universe Volume III, do amigo Dorival, e com os olhos arregalados veio a pergunta do Roberto: - Quanto custa mesmo este aparelho!? A resposta estava pronta, entalada na minha garganta. - Ué, já decidiu trabalhar a marca? A primeira impressão foi simplesmente arrebatadora. Com toda a experiência que temos, era impossível não perceber de imediato que estávamos ouvindo algo inédito em nossas vidas. Olhávamos assustados um para o outro e imaginávamos também o que o pré e power fariam... E isto com o aparelho frio e sem nenhuma queima já tendo superado o nosso integrado de referência, o que era ainda mais impressionante, mesmo com uma diferença de preço significativa. Antes de enviar para o teste da CAVI, convidamos alguns amigos para ouvir e o impacto foi fulminante para todos. Era a tal unanimidade da dartzeel. Os comentários elogiavam o silêncio de fundo, a musicalidade, a velocidade, e um detalhamento extremamente natural, sem nenhum resquício de agressividade. Era um passo definitivo em direção à reprodução analógica e percebemos inclusive que a ausência de compressão com o aumento do volume era total. Ouvimos a Radial 116 mostrar todo o seu potencial dinâmico, de forma doce e suave e ao mesmo tempo veloz e transparente. Impressionante. Em quatro dias de dartzeel, duas MBL Radialstrahler foram vendidas e a opinião geral convergia sobre a raridade do equipamento em todos os aspectos. Em contato com Hervé para consolidar a distribuição exclusiva no Brasil pela Logical Design, fui informado que patentes sobre um novo e revolucionário projeto de amplificação estavam registradas e publicadas para consultas através do endereço eletrônico descrito abaixo, pertencente ao website sobre propriedade intelectual: v3.espacenet.com/searchresults?db=epodoc&submitted=true&l ocale=en_ep&in=herve+deletraz&st=advanced&compact=false. Voltando para São Roque, começamos a audição com o CD Timbres da CAVI, que achei um dos pontos altos do teste. Que gravação espetacular, realmente Estado da Arte. E que diferença entre os microfones. O sistema de referência da CAVI tocava solto, como eu nunca o havia escutado antes. Estava mágico. Foi passada a metodologia da revista tocando CDs, com um destaque para o piano de Nelson Freire - em uma das melhores reproduções do instrumento que já ouvi em minha vida. Com o Apollon da Transrotor ouvimos um LP dos anos 50 da Billie Holliday, que mostrou um bumbo, um sax e um trompete absolutamente ao vivo. Não era mais reprodução. Era ao vivo mesmo com todas as letras. AO VIVO. Foi uma manhã muito agradável, em que constatamos a seriedade do trabalho e a capacidade do Fernando Andrette como articulista e principalmente como consultor para muitos que estão começando ou sem rumo no mundo do áudio, mas que desejam ao menos ter um retorno justo pelo que investiram. A minha conclusão sobre a dartzeel: a busca terminou. 46 JUlHO. 2010

9 opinião do leitor Alfredo Francelino Faljana Não há como começar este texto sem agradecer ao Fernando Andrette, anfitrião gentil e atencioso, pela oportunidade de participar em sua bela sala de audição do teste aberto desta edição. Também agradeço ao Ricardo de Marino, à Adriana, e toda a equipe da Áudio Vídeo Magazine. Aos demais participantes, envio um grande abraço: Vlamir, Marcelo, Roberto e o grande Luiz Pereira. O amplificador integrado dartzeel é um ponto fora da curva, segundo o próprio Andrette; opinião com a qual concordo. Originaram-se dezoito patentes durante seu desenvolvimento, fruto de pesquisas e inovações tecnológicas que resultaram num equipamento de excepcional desempenho. As fontes, caixas e cabos utilizados já são conhecidos pelos leitores. Foram apresentadas diversas faixas, em CD e LP, cada qual referente a um ou mais quesitos da metodologia desenvolvida pela revista. Tudo didaticamente explicado aos participantes. Iniciamos com o CD Timbres. As diferenças de captação mostraramse de maneira nada sutil, em especial no exemplo prato de bateria. Este, que soava corretamente quando gravado com o microfone B&K, parecia ter o dobro de massa e rigidez quando gravado pelo AKG. Música sinfônica era materializada de forma impetuosa ou sutil, conforme a exigência. O arejamento (só então pude perceber claramente este conceito) era soberbo. Caso uma escola de samba adentrasse na sala de concerto, a reprodução comportaria todos os instrumentistas sem congestionamento algum. Mesmo sendo um exemplo extremo, descreve com precisão a generosidade do palco sonoro apresentado. A sala foi totalmente preenchida pelo piano de Nelson Freire, executando Chopin. A sonoridade do órgão em Toccata and Fuge (Bach) extrapolava os limites impostos pelas inevitáveis paredes e teto. Em El Rompecabezas (Ron Carter), a música descrevia com precisão a amplitude do espaço onde fora executada. Não bastassem as qualidades já exibidas, o integrado em teste possuía pré-amplificador de phono (opcional, segundo o distribuidor). Nunca tive a oportunidade de ouvir música analógica com tamanho silêncio de fundo e de forma tão natural, fruto da dobradinha Transrotor & dartzeel. Billie Holiday, numa gravação de 1957, materializou-se na sala por alguns minutos, bem como Milton Nascimento, que surgiu entre as Dynaudio Temptation vindo de um singelo vinil da gravadora Som Livre. A marcação de tempo que precede a introdução da voz de Mc- Cartney em Blackbird / Yesterday (versão analógica do álbum Love para o espetáculo homônimo do Cirque du Soleil) soava tão real que um dos participantes - e eu - olhávamos em volta procurando quem produzia o ruído, tamanha a fidelidade apresentada. De modo geral, os detalhes foram sempre apresentados de forma muito clara, permitindo focar os diversos planos sonoros sem perda da coesão do conjunto. Transitava-se por todo espectro tonal com muita naturalidade, sem qualquer sinal de excesso, agressividade ou fadiga auditiva. Tudo acomodado num palco largo e profundo. Parabenizo a Logical Design pelo produto aqui distribuído e a Áudio Vídeo Magazine pelo seu profissionalismo e isenção. Todos nós fomos agraciados com horas de boa música executada magistralmente por este belo amplificador integrado. JUlHO

10 opinião do leitor Luiz Roberto Imaginem vocês uma pessoa muito acostumada a ouvir um pequeno órgão em uma capela, que de repente entra em uma catedral e passa a ouvir um órgão de dez mil tubos. Foi esta a impressão que tive na famosa sala de audição do Fernando Andrette, aliás, um termo muito inapropriado, pois trata-se de um verdadeiro templo de audição. Minha pequena sala tem 40 m³ e o templo cerca de 180 m³, uma cubagem 4,5 vezes maior! Na pequena sala é como se estivéssemos na primeira fila de um pequeno bar de jazz, tipo Blue Note em Nova York, você está praticamente dentro do acontecimento musical, sendo obrigado a se concentrar em um instrumento por vez, para apreciá-lo, em detrimento do conjunto. No templo você recebe todas as informações detalhadas simultaneamente: é como se estivesse na quinta fila do Teatro Alfa. Para o audiófilo iniciante não foi fácil a adaptação, levei cerca de uma hora para me acostumar com as novas referências, mas o resultado foi extremamente gratificante. Em termos de equipamento a diferença também foi enorme: de um opaco ouro para um diamante de muitos quilates. Por sorte, mas não por coincidência, pois sou leitor antigo, alguns dos discos utilizados pelo Andrette naquela manhã eram meus velhos conhecidos; vou citar dois deles que me ajudaram a colocar um pouco de ordem nas minhas confusas constatações. O primeiro deles, o famoso BIG 4, que tenho há muitos anos em vinil, também na primeira prensagem em CD e, por último, na versão da JVC (XRCD) que o Fernando tocou. O engenheiro de som, Val Valentim, muito famoso nos anos 50, montou um palco na ordem: Joe Pass, Duke, Ray Brown e Louie Bellson. Em todos os meus discos e setups que ouvi anteriormente, logo o piano do Duke não era suficientemente detalhado e sempre me pareceu em segundo plano em relação aos demais instrumentos. Bem, qual não foi a minha surpresa ao ver o piano ali na frente maior que a guitarra, como deveria ser, e aquele palco largo sensacional. Outro disco que aprecio muito é o You Won t Forget Me da Shirley Horn (dentre vários dela). A faixa 11 soou expetacular; a primeira grande surpresa foi o timbre da voz da Shirley parecendo ser o de uma cantora bem mais jovem e o piano, no minuto final, maravilhosamente natural. Nunca tinha ouvido nada sequer parecido: nota por nota, pressão por pressão, com um timbre extremamente fiel, um êxtase auditivo! Vale a pena comentar também o vinil Tutu do Miles Davis. Acreditem: o trompete soou doce; também a voz da Billie Holiday ficou muito suave no vinil e neste setup. Não sou qualificado para avaliar o quanto o integrado foi o responsável pela espetacular audição, no máximo posso dizer que ele não prejudicou o nível dos outros equipamentos. Felizmente, pelo abalizado review do Andrette vocês terão a precisa dimensão da responsabilidade do integrado dartzeel nesta configuração. Realmente tive o privilégio de ouvir o mais natural som reproduzido desde que me entendo por pretenso audiófilo. 48 JUlHO. 2010

11 opinião do leitor Marcelo da Costa Silva Sempre fui um apaixonado por música, apesar de não vir de uma família muito musical. Desde a adolescência adorava ficar em casa e colocar um disco para tocar, ficar curtindo um som, sem nem saber o que era qualidade. Naquela época pra mim o que importava era estar um pouco com meus artistas favoritos em minha sala. O tempo passou, passei da adolescência para a idade adulta e o prazer de simplesmente ouvir música sumiu da minha vida. Mais de quinze anos se passaram sem que a minha ligação com essa arte maravilhosa fosse reativada. Até que um dia, há mais ou menos cinco anos atrás, fui apresentado ao mundo do hi-end: foi paixão à primeira ouvida. Aquela experiência mudou minha vida, e a partir dali comecei a ler tudo que podia sobre áudio, tentei escutar o máximo de sistemas possíveis e fui a muitas feiras de áudio. Fiz vários amigos nesse tempo, pessoas maravilhosas que estão sempre dispostas a ajudar. Depois de muitas idas e vindas consegui montar o meu sistema, e estou muito feliz com ele. Passo horas me deleitando com os músicos lá na minha sala dividindo comigo um espaço pequeno que, por isso, acabou se tornando íntimo. Quando fui chamado para participar do teste aberto na casa do Fernando Andrette, fiquei muito feliz. Seria uma oportunidade de não somente poder escutar um equipamento muito elogiado pela crítica mundial, mas também conhecer uma referência no mundo do áudio, sua sala, e um pouco do seu gosto musical. Quanto ao teste aberto do integrado dartzeel CTH-8550, começamos pelo CD Timbres. Posso dizer que foi uma ideia maravilhosa fazê-lo (pena não ter em vinil) e que ele vai facilitar muito o ajuste dos sistemas. Com o 8550 podíamos perceber com muita facilidade cada mudança de microfone. Foi fácil ouvir os problemas de captação de cada um, isso se deve ao altíssimo nível de detalhamento e transparência e a perfeita reprodução de timbres e texturas do integrado. Passamos para os CDs de teste da CAVI e o integrado foi se mostrando uma obra de arte. Só escutei esse nível de reprodução em sistemas com pré-power de três vezes o seu valor. Parece que seu fôlego e sua energia não têm fim, sempre mantendo a musicalidade. Isso tornava um prazer sentir os músicos ali na sala conosco. Fomos trocando os CDs e os estilos musicais e nunca houve qualquer tipo de compressão em nenhum dos quesitos da metodologia. Em uma música do Ron Carter, o congestionamento na região grave que seria de se esperar (já que são muitos instrumentos naquela região), simplesmente não ocorreu. A música enchia a sala de forma mágica e natural. Podíamos perceber com clareza e facilidade o posicionamento dos músicos e o tamanho e textura de seus instrumentos. Paramos para um lanche com pão de queijo e torta de palmito orgânica, tudo feito com muito carinho. Como tudo mais na casa do Fernando, percebe-se a preocupação com os detalhes. Retornamos para a sala de audição e o prazer voltou. Cada CD causava uma surpresa, um espanto. Como era possível um integrado daquele tamanho (ele não é maior que os integrados top de outras marcas) tocar daquele jeito? Como os suíços conseguiram colocar um pré, dois monoblocos e um pré de phono naquele gabinete? Aí lembrei que eles são os mestres na fabricação de relógios. Só poderia ser isso aliado à tecnologia eletrônica de ponta. O pessoal da dartzeel descobriu algo inovador no áudio: poderia dizer que estamos em um mundo novo no hi-end. Alguma coisa vai mudar na concepção dos aparelhos daqui para frente. Passamos então para o vinil. Não me surpreendi com a diferença entre os dois formatos, tanto é que no meu sistema somente tenho vinil (nem CD player tenho mais). O que estava maravilhoso em CD se tornou mágico em minha opinião. Mesmo com um aparelho muito bom como é o DCS, o vinil (logicamente num equipamento de ponta bem ajustado) consegue reproduzir mais fielmente o acontecimento musical, com mais ambiência e naturalidade. Essas características me fascinam e me conquistam. Ter o Milton Nascimento totalmente presente ali na nossa frente foi um acontecimento surreal e inesquecível. Com os discos de vinil que escutamos foi fácil perceber o quão é excelente o pré de phono desse integrado. A conclusão que tive é que já se pode chegar ao topo do pinheiro sem dispor de uma fortuna. Não que ele seja um aparelho barato, muito pelo contrário, é bem caro. Mas no mundo do áudio temos que analisar o que conseguimos pelo que pagamos, e sem dúvida nenhuma o integrado da dartzeel nos mostra como pode ser simples um sistema de altíssimo nível, sem termos a necessidade de vários cabos de força e interconexão que sempre são difíceis de casar e caríssimos de comprar. E, além disso, nem todo mundo dispõe de uma sala capaz de colocar vários equipamentos que ocupam muito espaço e demandam uma enormidade de energia. Com o 8550 tudo se simplificou. Imagine no meu caso, que só uso toca-discos... passaria a ter somente um cabo de força. Isso mesmo, somente o que é ligado no integrado. Por isso, assim que tiver condição, será um upgrade definitivo no meu sistema. Gostaria de agradecer ao Fernando pela hospitalidade e oportunidade de passar momentos de prazer escutando músicas de excelente qualidade. Continue seu trabalho maravilhoso e às vezes criticado de revisor de áudio. Tenho certeza que muitos dos seus leitores não têm ideia da árdua tarefa que é fazer testes sérios como os que você faz... agora eu sei. 50 JUlHO. 2010

12 opinião do revendedor Roberto Marques Essa foi a segunda vez que fui convidado a participar do teste aberto. Na primeira acabei deixando de ir por problemas com a passagem de avião. Acho que tive sorte, pois acabei participando do teste do dartzeel CTH-8550 que havia escutado rapidamente na minha loja (hoje em Copacabana e futuramente no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca). Uma audição que me deixou impactado, pois o aparelho zerado, saído da caixa para o rack, fez o inimaginável! Tocou de forma magistral, fazendo-me esquecer das horas e trocando discos, um atrás do outro, sem acreditar que a reprodução eletrônica pudesse chegar a esse estágio. Por isso, quando recebi o convite para participar do teste aberto, aceitei imediatamente sem nem mesmo consultar a minha agenda. Não tinha como perder a oportunidade de escutá-lo em uma sala de referência, cercado por equipamentos do mais alto quilate. Tinha certeza de que o que estava por vir iria ser algo para nunca mais esquecer. E essa minha certeza se concretizou. Que felicidade foi poder fazer a audição do dartzeel na sala de referência do Fernando. Uma sonoridade diferente de tudo! Transparência absoluta, sem agressividade nenhuma; musicalidade de fazer chorar; pegada de deixar power de 500 W com vergonha. Tocando jazz, rock, MPB, música clássica, coros, órgãos e o que mais viesse, de forma sublime! O Fernando, logo no início do teste, colocou o extremamente bem gravado CD de Timbres. Ali já tinha ficado claro que o dartzeel era muito mais do que um simples amplificador integrado. As diferenças que ele foi capaz de mostrar entre os três microfones para os mais diversos instrumentos foram simplesmente assombrosas. Fez-me pensar por que usar em gravações microfones de qualidade menor... obviamente o custo é a resposta para essa questão. Outro CD que muito me impressionou foi o da Diane Reeves: Bridges. Ela se materializou na nossa frente. Os músicos estavam lá: nítida sensação de que poderíamos tocá-los se nos levantássemos da cadeira. Isso se fosse possível se levantar diante de tanto assombro... Quando passamos para o LP a coisa ficou ainda mais séria, como eu já esperava... Em uma gravação da Billy Holiday de 1957 o bumbo da bateria se fez presente fisicamente na minha frente, mais do que em uma típica gravação nova e moderna (estamos falando de uma gravação de 57!). Soou como uma gravação de referência absoluta. Assim eu não tive mais dúvida: daqui para frente existe uma nova referência no mundo do áudio. Um patamar acaba de ser superado, para a felicidade de todos nós que amamos a música e queremos tê-la reproduzida em nossas casas da melhor forma possível. Capítulo a parte é a construção e acabamento desse aparelho da dartzeel. Não sou novato nisso, muito pelo contrário, trabalho com isso há muitos anos e já passaram pelas minhas mãos as mais tradicionais marcas de equipamentos de áudio: americanas, inglesas, alemãs, holandesas, dinamarquesas etc. Garanto a vocês: nada chega perto! E tenho certeza de que, não por acaso, a dartzeel é fabricada artesanalmente na Suíça. Gosto muito de relógios e conheço a construção de joias como Jaeger Lê Coultre, Patek Philippe, Audemars Piguet, Hublot, Breguet e outros e posso garantir que esse aparelho segue internamente o mesmo padrão de construção. Realmente algo que só pode ser feito por suíços. A concorrência que se cuide, pois se quiserem chegar a esse novo estágio sonoro a que a dartzeel chegou eles serão obrigados a rever seus conceitos e processos de fabricação. Não vejo como um equipamento saído de uma linha de montagem convencional consiga chegar ao estágio em que hoje está a dartzeel. Concluo que daqui para frente o meu grau de exigência mudou, a minha referência está agora acima de todo o resto que conheço no mercado. Esse aparelho passa a ser o meu sonho de consumo pessoal, para ouvir na minha casa! Gostaria de terminar agradecendo ao Fernando pela oportunidade de participar do teste aberto. O Fernando e a editora CAVI estão de parabéns pela coragem e pela inovação, convidando não somente o importador, mas também revendas e leitores para poderem verificar de perto todas as conclusões sobre os equipamentos enviados para teste. Desconheço outra publicação no mundo que tenha tido essa iniciativa, uma vez sequer, quanto mais em transformar isso em uma rotina mensal! Isso sem contar a gentileza de receber várias pessoas na sua casa e ser um mestre, não só de cerimônias, apresentando uma joia do mundo do áudio, mas também um mestre na arte de receber as pessoas! Fernando, muito obrigado, e até o próximo teste! PS - Alguém, por favor, convença o Vlamir, que na próxima importação traga o dourado com vermelho! Um aparelho desses não pode ser vestido de preto básico. Que isso fique para os pobres concorrentes... JUlHO