Relatório Anual de Contas 2012
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- Rachel Gesser Bacelar
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1 O presente documento acompanha o Relatório Anual de Contas e destina-se a fornecer informações complementares sobre algumas rubricas e a propor uma análise dos resultados. 1 As demonstrações financeiras, relativas ao exercício de 2012, foram elaboradas de acordo com os princípios contabilísticos previstos no SNC (Sistema de Normalização Contabilística). Importa ainda referir que as especificidades do SNC para as associações entraram em vigor em 2012, tendo isto determinado a necessidade de se proceder à requalificação de algumas contas, em ordem à obtenção de uma evidência contabilística mais ajustada à realidade dos factos. 2 Critérios valorimétricos utilizados: Ativos fixos tangíveis: Custo de aquisição. Gastos de depreciação e de amortização: Calculados com base no método das quotas constantes. 3 Número médio de pessoas ao serviço do GEAL - sete. 4 Aspetos a considerar 4.1 O valor existente nas contas: Devedores por acréscimos de rendimentos Câmara Municipal da Lourinhã, no montante de ,03, refere-se a proveitos de 2009 ( ); de 2010 ( ); de 2011 (7.500 ), e de 2012 (18.750,03 ). Os valores contabilizados nesta conta encontram-se de acordo com o protocolo vigente, cumprindo-se assim o exposto no parágrafo 9.º da norma 22 do SNC Outros acréscimos de rendimentos Câmara Municipal da Lourinhã, no montante de 1.952,34, diz respeito a um proveito de 2005, formalizado com a CML. Está confirmada a existência desta quantia a favor do GEAL Outros acréscimos de rendimentos, no montante de 173,71, diz respeito a estorno do seguro de acidentes de trabalho Seguros Fidelidade, processado em 2013, referente à massa salarial de 2012.
2 27222 Credores por acréscimos de gastos Remunerações a liquidar, no valor de ,56, corresponde a provisões relativas a subsídios de férias, férias e Segurança Social Quotas a receber, no valor de , Rendimentos a reconhecer Quotas de 2013, no valor de 287,19, traduz um recebimento antecipado de quotas relativas a Rendimentos a reconhecer Quotas de 2014, no valor de 22,00, traduz um recebimento antecipado de quotas relativas a O Resultado Líquido do Exercício (RLE) de 2012 mostra um valor positivo de 2.437,05. Afigura-se-nos oportuno evidenciar alguns dos motivos que determinam este resultado. Assim, comparando os exercícios de 2011 e de 2012, através dos seguintes quadros síntese, percebem-se as variações existentes nas várias contas. Estas variações, a nível dos rendimentos, prendem-se, por um lado, com as alterações introduzidas pelo SNC na medida em que introduziu a necessidade de fazer migrar a rubrica entradas da conta de outros rendimentos e ganhos para a de prestações de serviços. Por outro lado, regista-se um decréscimo no volume de vendas de artigos da loja, bem como no montante das entradas, o que estará relacionado com a grave crise económica e financeira que se vive no país. Foram feitos esforços no sentido de contrariar a tendência de redução de receitas observada nas organizações em geral, designadamente através da realização das exposições temporárias indicadas no relatório de atividades. Ainda assim, o resultado global ficou aquém do desejado. Rendimentos Variação Vendas (loja) , ,98-45,8% Prestações de serviços 5.995, ,30 * Subsídios, doações e legados à exploração , ,00-27,9% Outros rendimentos e ganhos , ,86 * Juros, dividendos e outros rendimentos similares 163,4 93,45-42,8% Total , ,59-25,8% *) O valor total destas duas contas em 2011 é de ,77 e em 2012 é de ,16 (o que corresponde a -12,9%).
3 Relativamente aos gastos, nota-se um decréscimo na conta custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas e na conta fornecimentos e serviços externos, motivado por uma redução na aquisição de artigos para venda na loja e pela contenção de custos em várias rubricas, respetivamente. Observa-se também uma redução no valor da conta gastos com o pessoal que decorre da alteração do número de colaboradores na medida em que, em 2011, havia dois colaboradores no âmbito do programa de estágios profissionais do IEFP e destes foi admitido no GEAL apenas um. A diminuição na conta de gastos de depreciação e de amortização deve-se ao encerramento do ciclo de desvalorização de vários ativos tangíveis. Apesar dos esforços que têm sido realizados, não foi ainda possível cobrar todas as quotas dos associados que se encontram em atraso. Assim, em 2012 verifica-se a abertura da conta de perdas por imparidade, para integrar o valor das quotas dos associados por receber entre 1997 e Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Gastos Variação , ,90-53,2% Fornecimentos e serviços externos , ,62-22,4% Gastos com o pessoal , ,49-15,8% Gastos de depreciação e de amortização 7.165, ,86-55,7% Perdas por imparidade 5.191,49 Outros gastos e perdas 163,73 644,18 293,4% Gastos e perdas de financiamento 14, ,0% Total , ,54-22,8% 4.3 Nos investimentos realizados em 2012, constam a obras realizadas na receção e na loja. Conta Variação Ativos fixos tangíveis , ,61 27,8% A conta ativos fixos tangíveis revela um aumento que fica a dever-se às obras de requalificação do edifício principal do Museu, no âmbito do projeto submetido ao programa PRODER.
4 4.4 Numa perspetiva global, e não obstante as variações observadas, verifica-se que as estruturas de rendimentos e de gastos se mantêm. Assim, e de acordo com o gráfico abaixo apresentado, as principais fontes de rendimento são, por ordem decrescente: prestações de serviços que compreende quotas, entradas e exposições; subsídios, doações e legados à exploração, onde se integra a contribuição da CML que continua a ter um papel importante na construção do equilíbrio da estrutura económica e financeira; e vendas. Os principais gastos distribuem-se, por ordem decrescente, do seguinte modo: gastos com o pessoal ; fornecimentos e serviços externos ; e custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas. É de notar o aumento da dívida da CML para com o GEAL. Todavia, a dívida encontra-se constituída e devidamente documentada e registada em ambas as organizações. O compromisso existente leva-nos a crer que ela será oportunamente liquidada, à medida que as condições financeiras da CML o permitam. Não obstante esta expectativa fundamentada, refira-se ainda que a falta de liquidez de tesouraria decorrente desta situação está a impedir a realização de ações imperativas de requalificação e de manutenção dos espaços físicos do Museu, para além de provocar dificuldades acrescidas na gestão diária da tesouraria. Resultados de Exploração Gastos Proveitos
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