Provisões e Juízos de Valor
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- Bruna Ferrão Padilha
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1 1 O SNC E OS JUÍZOS DE VALOR Uma perspetiva crítica e multidisciplinar Provisões e Juízos de Valor
2 Agenda 2 Provisões Aspectos teóricos e conceptuais Quadro normativo Práticas divulgação pelas empresas portuguesas Reflexões finais
3 3 O que são provisões?
4 4
5 O conceito 5 Provisões são "custos actuais e estimados Pessoalmente, sempre assinalámos que... as provisões se encaram como custos estimados (de exercício) mas relativos a processamentos futuros de despesas (ou de não receitas), despesas de incerta comprovação futura. Rogério Fernandes Ferreira
6 6 Que normas regulam as provisões?
7 É possível distinguir na regulamentação... 7 Fase de reconhecimento da necessidade de normalização Fase de normalização nacional Fase de harmonização internacional Fase de normalização internacional Fase de harmonização mundial
8 Evolução Conceptual 8 BALANÇO Provisões Provisões (POC de 1977 e ainda PCIPSS em 2010) (POC-reformulado) Ajustamentos BALANÇO Provisões BALANÇO Imparidades Provisões (IAS/ IFRS e SNC)
9 Normas contabilísticas actuais 9 IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes NCRF 21 Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes
10 Objectivos da IAS 37 e da NCRF Assegurar: A aplicação de critérios apropriados de reconhecimento e mensuração A existência de divulgações suficientes ao nível da natureza, tempestividade e quantia Apenas direitos e obrigações, certos ou prováveis, figuram nas demonstrações financeiras. Abrange todas as provisões, passivos e activos contingentes, excepto os provenientes de: Instrumentos financeiros registados pelo justo valor Itens cobertos por outras IAS
11 Código do IRC SUBSECÇÃO IV Imparidades eprovisões 11 Artigo 35.º Perdas por imparidade fiscalmente dedutíveis Artigo 36.º Perdas por imparidade em créditos Artigo 37.º Empresas do sector bancário Artigo 38.º Desvalorizações excepcionais Artigo 39.º Provisões fiscalmente dedutíveis Artigo 40.º Provisão para a reparação de danos de carácter ambiental
12 12 Reconhecimento Provisões versus passivos (fonte: UNL, Rita Moreira, 2009) Provisão Obrigação presente de acontecimento passado Exfluxo provável = + + Fiabilidade de mensuração Passivo contingente Obrigação Exfluxo possível de = e/ou não e/ou acontecimento provável passado Impossibilidade de mensuração
13 Conceito de Provisão 13 Obrigação presente Critério da probabilidade Nos casos raros em que não é claro se existe ou não uma obrigação presente presume se que um acontecimento passado dá origem a uma obrigação presente se, tendo em conta toda a evidência disponível, for mais provável do que não que tal onbrigação presente exista à data do Balanço
14 Conceito de Passivo contingente 14 Passivo contingente é: Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque: Não é provável que venha a ser exigida uma saída de recursos que incorporam benefícios económicos para satisfazer a obrigação; ou A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade
15 Aspectos a considerar 15 Reconhecimento Mensuração Apresentação Divulgações
16 16 Como se reconhecem provisões?
17 Árvore de decisão 17
18 Reconhecimento de provisões 18 Uma provisão deve ser reconhecida no Balanço quando: A entidade tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado de um acontecimento passado; É provável que venha a ser exigida uma saída de recursos que incorporam beneficios económicos para satisfazer a obrigação; e É possível estimar a sua quantia de modo fiável.
19 Os passivos contingentes Não devem ser reconhecidos no Balanço; Devem ser divulgados no Anexo: a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos que incorporem benefícios económicos activo possível proveniente de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência ou falta de ocorrência de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob controlo pela entidade
20 20 Em que contas se registam as provisões?
21 21 Passivo: 29 Provisões 291 Impostos 292 Garantias a clientes 293 Processos judiciais em curso 294 Acidentes de trabalho e doenças profissionais 295 Matérias ambientais 296 Contratos onerosos 297 Reestruturação 298 Outras provisões
22 22 Gasto: 67 Provisões do período 671 Impostos 672 Garantias a clientes 673 Processos judiciais em curso 674 Acidentes no trabalho e doenças profissionais 675 Matérias ambientais 676 Contratos onerosos 677 Reestruturação 678 Outras provisões
23 23 Rendimento: 763 Reversões de provisões 7631 Impostos 7632 Garantias a clientes 7633 Processos judiciais em curso 7634 Acidentes no trabalho e doenças profissionais 7635 Matérias ambientais 7636 Contratos onerosos 7637 Reestruturação 7638 Outras provisões
24 24 Como mensurar as provisões?
25 Mensuração 25 [Estrutura conceptual,parágrafos 97 a 99] é o processo de determinar as quantias monetárias pelas quais os elementos das demonstrações financeiras devam ser reconhecidos e inscritos no balanço e na demonstração dos resultados. envolve a selecção da base de mensuração.
26 Bases de mensuração 26 Nas demonstrações financeiras, podem utilizarse, em graus diferentes e em combinações variadas as seguintes bases de mensuração: o custo histórico, o custo corrente, o valor realizável (de liquidação), o valor presente e o justo valor. O POC e as Directrizes Contabilísticas desenvolviam já grande parte destas bases de mensuração, (v.g., a Directriz Contabilística n.º 13/93 enuncia o conceito de justo valor ).
27 27 Mensuração de provisões: A Melhor estimativa As provisões devem corresponder à melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente (ou transferi la para um terceiro) à data do balanço Julgamento do órgão de gestão Julgamento do TOC Relatórios de peritos independentes Experiência da entidade em transacções semelhantes Recurso ao Valor esperado : Quando a provisão a mensurar envolver grande população de itens, a obrigação é estimada ponderando todos os possíveis desfechos pelas probabilidades a estes associadas.
28 28 Aspectos a considerar na mensuração da provisão Utilização do «valor esperado» Existência de riscos e incertezas Valor temporal do dinheiro => Valor Presente Evidência da ocorrência de acontecimentos futuros Ganhos da alienação esperada de activos Reembolsos esperados Revisão das provisões à data do balanço Uso de provisões
29 Perdas operacionais futuras 29 Não devem ser reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras ; As perdas operacionais futuras não satisfazem a definição de Passivo nem os critérios gerais de reconhecimento; No entanto, este evento é um indicador de que os activos podem estar sobreavaliados e, nesses casos, deve analisar se o reconhecimento de uma perda por imparidade (IAS 36).
30 Contratos onerosos 30 Se a entidade tiver um contrato que seja oneroso, a obrigação presente segundo o contrato deve ser reconhecida e mensurada como uma provisão. Antes de ser estabelecida uma provisão separada para um contrato oneroso, uma empresa deve reconhecer uma perda por imparidade (NCRF 12) que tenha ocorrido nos activos inerentes a esse contrato.
31 Custos de restruturação (I) 31 Uma obrigação construtiva de reestruturação surge somente quando uma empresa: Tenha um plano formal detalhado, identificando: Negócio e locais afectados; Empregados que serão compensados pelo término; Dispêndios que serão efectuados; e Quando será implementado o plano Tenha sido criada uma expectativa válida nos afectados; O plano deve ter sido adequadamente comunicado às partes afectadas ou já ter sido iniciado. Não é suficiente uma decisão da administração sem comunicação aos afectados.
32 Custos de restruturação (II) 32 Nenhuma obrigação surge pela venda de uma unidade operacional até que a empresa esteja comprometida com a venda (isto é, haja um acordo vinculativo). Uma provisão de reestruturação: inclui: dispêndios directos provenientes da reestruturação (v.g., os que são consequência directa da reestruturação e os que não se relacionem com as actividades continuadas da entidade). Não inclui: custos relacionados com a conduta futura da empresa (v.g., treinar ou deslocalizar o pessoal que continua ao serviço da empresa; investimento em novos sistemas e redes de distribuição).
33 33 Como devem as provisões ser apresentadas nas demonstrações financeiras?
34 Impacto ao nível das DF: Do POC ao SNC Apresentação Balanço Anexo n.º 1 da Portaria 986/
35 Apresentação Demonstração dos resultados por natureza Anexo n.º 2 da Portaria 986/
36 Impacto ao nível das DF: Do POC ao SNC Apresentação Demonstração dos resultados por funções Anexo n.º 3 da Portaria 986/2009, 7/9 36
37 2.3.4 Impacto ao nível das DF: Do POC ao SNC Apresentação Demonstração dos fluxos de caixa Anexo n.º 4 da Portaria 986/2009, 7/9 37 Método Directo: as actividades operacionais são arrumadas em pagamentos e recebimentos. as provisões não correspondem a fluxos monetários, pelo que não se apresentam no mapa. Método Indirecto: as provisões são apresentadas em linha autónoma, incluida nas Actividades Operacionais, a somar ao resultado líquido do exercício (primeira linha da DFC), por ser um custo que não implica um pagamento. 37
38 38 Acerca das demonstrações dos resultados... o modelo é vertical o modelo é único: para as contas individuais e as contas consolidadas; conteúdo mínimo definido: o normativo exige a divulgação da natureza e da quantidade de itens materiais de rendimento e de gasto. podem acrescentadas rubricas, dependendo dos conceitos de materialidade e agregação; quando as linhas não apresentem valores devem ser removidas; comparativos obrigatórios; Referências cruzadas.
39 39 Divulgações Provisões IAS 37 Provisões, passivos e activos contingentes Movimento no exercício: Saldo inicial Reforço Utilizações Anulações Efeito de desconto das provisões Efeito de qualquer alteração na taxa de desconto Saldo final Breve descrição de: Natureza e tempestividade da obrigação Eventuais incertezas e assumpções feitas na quantia ou tempestividade dos dispêndios Eventual possibilidade de reembolsos (Não é necessária a informação comparativa)
40 Divulgações Passivos contingentes IAS 37 Provisões, passivos e activos contingentes 40 Descrição da natureza do passivo contingente e se for praticável: Estimativa do efeito financeiro Indicação de eventuais incertezas na quantia ou tempestividade dos dispêndios Possibilidade de eventual reembolso Excepção: não divulgação quando a possibilidade de dispêndio é remota Quando uma provisão e um passivo contingente provêm do mesmo conjunto de circunstâncias, uma empresa fará as divulgações exigidas de uma maneira que eles mostrem a ligação entre a provisão e o passivo contingente.
41 41 Divulgações no Anexo às demonstrações financeiras O Anexo do SNC integra o conjunto completo de demonstrações financeiras do SNC e inclui nota específica relativa às provisões, passivos contingentes e activos contingentes : Modelo geral: a nota 22. Modelo reduzido: nota 11. O modelo reduzido é aplicável às entidades que tenham optado por adoptar a NCRF-PE em vez das NCRF. 41
42 42 Que práticas de divulgação de provisões têm ocorrido em Portugal?
43 Exemplo 1: Altri, S.G.P.S., S.A. Contas anuais e) Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando a Empresa (i) tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um evento passado, (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa do Conselho de Administração a essa data. As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor actual dos mesmos.
44 44 Exemplo 1: Altri, S.G.P.S., S.A. Contas Consolidadas 2010 i) Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tenha uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
45 Exemplo 1: Altri, S.G.P.S., S.A. Contas Consolidadas PASSIVO (valores em euros) PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos bancários 6 e Outros empréstimos 6 e Outros credores não correntes 6 e Outros passivos não correntes 6 e Passivos por impostos diferidos Provisões Total de passivos não correntes
46 46 Exemplo 2: COMPTA EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA, S.A. Contas anuais 2010 I. Políticas São constituídas provisões somente quando a empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um acontecimento passado, sempre que seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser fiavelmente mensurado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. 13. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES A Empresa não registou provisões nos exercícios em apreço. Não existiam quaisquer activos ou passivos contingentes à data do balanço.
47 47 Exemplo 2: COMPTA EQUIPAM. E SERV. DE INFORM. E SUBSIDIÁRIAS Contas consolidadaas 2010 Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de Provisões, passivos e activos contingentes Sempre que o Grupo reconhece a existência de uma obrigação fruto de um evento passado, a qual exige o dispêndio de recursos, e sempre que o seu valor possa ser razoavelmente estimado, é constituída uma provisão. Estas provisões são revistas à data do balanço de forma a transmitirem uma estimativa actual. Na possibilidade de uma das condições anteriores não ser cumprida, mas mantenha se a possibilidade de afectar os exercícios futuros, o Grupo não reconhece um passivo contingente mas promove a divulgação na Nota 32. Quando se verificam activos contingentes resultantes de eventos passados, mas cuja ocorrência depende de eventos futuros incertos, estes não são registados. À semelhança dos passivos, também os activos contingentes são divulgados na Nota 32.
48 48 Exemplo 2: SUMOL + COMPAL Contas anuais 2010 As provisões (Nota 15) são reconhecidas quando, e somente quando, a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado e é provável que, para a resolução dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e que o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
49 Exemplo 2: SUMOL + COMPAL Contas anuais PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2010, a variação nas perdas de imparidade e provisões acumuladas foi a seguinte: Mapa descritivo a 2012, com as rubricas seguintes: Em coluna: Saldo inicial, Reforço, Utilização, Reversão, Saldo final, Em linha: Perdas de imparidade: Em investimentos do grupo, Em investimentos em associadas Em outros investimentos financeiros, Em clientes de cobrança duvidosa, Provisões No período findo em 31 de Dezembro de 2010, o reforço das provisões está relacionado com investimentos financeiros e processos judiciais em curso interpostos por terceiros contra a Empresa. Na mesma data, a utilização de provisões refere se ao processo de reestruturação mencionado no relato financeiro anual de 2008 da Empresa, o qual continua em curso.
50 Exemplo 2: SUMOL + COMPAL Contas anuais Rubricas Perdas de imparidade: Em investimentos do grupo Em investimentos em associadas Em outros investimentos financeiros Em clientes de cobrança duvidosa Provisões Saldo Inicial ( ) (71.897) (39.156) ( ) Reforço Utilização Reversão Saldo final ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) (39.156) - - ( )
51 Exemplo 3: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL FUTEBOL, SAD Época Políticas Contabilisticas (...) p) Provisões São constituídas provisões quando 1) existe uma obrigação presente, legal ou construtiva, 2) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido, 3) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. Provisões As estimativas consideradas pelo Conselho de Administração para a constituição das provisões reconhecidas têm por base a melhor informação disponível à data de aprovação das Demonstrações Financeiras. Quaisquer alterações nos pressupostos considerados poderão resultar em estimativas diferentes.
52 Exemplo 3: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL FUTEBOL, SAD Época Provisões EUR Jun. 11 EUR Jun. 10 Provisão p/complementos de Pensões de Reforma Provisão para outros riscos e encargos Total Junho 10 EUR Jun. 09 Provisão p/complem. Pensões de Reforma 821 Provisão para outros riscos e encargos 473 EUR 000 Aumentos EUR 000 Redução - 65 EUR 000 Utilização EUR Jun Total Junho 11 EUR Jun. 10 Provisão p/complem. Pensões de Reforma 811 Provisão para outros riscos e encargos 577 EUR 000 Aumentos EUR 000 Redução EUR 000 Utilização EUR Jun Total
53 Exemplo 3: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL FUTEBOL, SAD Época A provisão para outros riscos e encargos foi constituída para fazer face a: Processos em curso, nomeadamente os relativos a matérias fiscais no montante de milhares de Euros ( 30 Jun milhares de Euros); Indemnizações decorrentes com revogação de contratos de trabalho desportivo no montante de milhares de Euros; O valor remanescente destina se à cobertura de potenciais perdas decorrentes da actividade normal da Sociedade. O aumento da provisão para outros riscos e encargos inclui Euros 693 milhares que transitaram para SCP Futebol SAD em consequência da fusão da SCS, SA
54 RQ: Reconhecimento de provisões (Source: NOVASBE, Master Thesis Rita Moreira supervised by L Ferreira) 54 Recognition Companies listed in the Euronext Lisbon [1]:Are recognition requirements of provisions mentioned in financial report? (IAS 37, 14) 1 ALTRI SGPS 1 2 BRISA 1 3 CIMPOR,SGPS 1 4 CIRES 1 5 COFINA,SGPS 1 6 CORTICEIRA AMORIM 1 7 EDP 1 8 ESTORIL SOL P 1 9 FISIPE 1 10 FUT.CLUBE PORTO 0 11 GALP ENERGIA-NOM 1 12 IBERSOL,SGPS 1 13 IMOB.C GRAO PARA 1 14 IMPRESA,SGPS 1 15 INAPA-INV.P.GESTAO 1 16 J.MARTINS,SGPS 1 17 LISGRAFICA 1 18 MARTIFER 1 19 MOTA ENGIL 1 20 NOVABASE,SGPS 1 21 OREY ANTUNES ESC P.TELECOM 1 23 PARAREDE 1 24 PORTUCEL 1 25 REDITUS,SGPS 1 26 REN 1 27 S.COSTA 1 28 SAG GEST 1 29 SEMAPA 1 30 SONAE CAPITAL 1 31 SONAE IND.SGPS 1 32 SONAE,SGPS 1 33 SONAECOM,SGPS 1 34 SPORTING 1 35 SUMOLIS 1 36 TEIXEIRA DUARTE 1 37 TOYOTA CAETANO 1 38 VAA VISTA ALEGRE 1 39 ZON MULTIMEDIA 1 Total 38 % 97% Recomendação: - Os TOC devem elaborar os anexos tão costumizados quanto possível - Os auditores, enquanto revisores devem também dar um contributo para isso
55 RQ: Mensuração de provisões (Source: NOVASBE, Master Thesis Rita Moreira supervised by L Ferreira) 55 Companies listed in the Euronext Lisbon [2]: Is the statement of IAS 37: Provisions should be reviewed at each balance sheet date and adjusted to reflect the current best estimate IAS (37, IN8) mentioned in financial report? Measurement [3]: In financial report namely Judgement and estimates there is a reference to provisions? [4]:The basis of estimates is mentioned in financial report? 1 ALTRI SGPS BRISA CIMPOR,SGPS CIRES COFINA,SGPS CORTICEIRA AMORIM EDP ESTORIL SOL P FISIPE FUT.CLUBE PORTO GALP ENERGIA-NOM IBERSOL,SGPS IMOB.C GRAO PARA IMPRESA,SGPS INAPA-INV.P.GESTAO J.MARTINS,SGPS LISGRAFICA MARTIFER MOTA ENGIL NOVABASE,SGPS OREY ANTUNES ESC P.TELECOM PARAREDE PORTUCEL REDITUS,SGPS REN S.COSTA SAG GEST SEMAPA SONAE CAPITAL SONAE IND.SGPS SONAE,SGPS SONAECOM,SGPS SPORTING SUMOLIS TEIXEIRA DUARTE TOYOTA CAETANO VAA VISTA ALEGRE ZON MULTIMEDIA Total % 62% 51% 74% Galp: Certain estimates are considered critical if: (i) the nature of the estimates is considered to be significant due to the level of subjectivity and judgement required to record situations in which there is great uncertainty or are very susceptible to changes in the situation and; (ii) the impact of the estimates on the financial situation or operating performance is significant. Reccomendation: -Accountants shall try to explain the best and clearest possible the measurement of provisions made, i.e. the basis of estimates and the assumptions made for it; - Auditors, as reviewers shall also contribute for it; - Regulators shall required, in IAS 37, more specific details about the assumptions that are made in estimates.
56 RQ: Divulgações sobre provisões (Source: NOVASBE, Master Thesis Rita Moreira supervised by L Ferreira) 56 Under IAS 37? Types of provisions Nr of companies YES Other provisions 26 YES Provisions for legal and tax risks 21 YES Provisions for guarantees 4 YES Enviroment 4 NO Provision for employee benefits and others personnel provisions 5 NO Unspecified (do not classify the types of provisions) 5 NO Investments in associated companies 3 NO Provisions for pensions 2 Unspecified provisions: occurs when a company recorded the movements occurred in provisions during the year but is about provisions in general, not dividing them by types. There is no explanation in the notes to the financial statements about those provisions or the explanation exists but is unclear and so it is impossible to understand if those provisions are under IAS 37. Other provisions: occurs when provisions do not fit on the most used types, being classifying as others and unlike the unspecified it is possible to understand their nature and if its under IAS 37.
57 RQ: Divulgações sobre provisões (Source: NOVASBE, Master Thesis Rita Moreira supervised by L Ferreira) 57 Types of provisions Total Companies listed in the Euronext provisions for legal and tax provisions for other Lisbon enviroment risks guarantees provisions 1 ALTRI SGPS BRISA CIMPOR,SGPS CIRES** COFINA,SGPS CORTICEIRA AMORIM* EDP ESTORIL SOL P FISIPE FUT.CLUBE PORTO GALP ENERGIA-NOM IBERSOL,SGPS IMOB.C GRAO PARA IMPRESA,SGPS INAPA-INV.P.GESTAO J.MARTINS,SGPS LISGRAFICA** MARTIFER MOTA ENGIL NOVABASE,SGPS OREY ANTUNES ESC.* P.TELECOM PARAREDE* PORTUCEL REDITUS,SGPS REN S.COSTA SAG GEST SEMAPA SONAE CAPITAL SONAE IND.SGPS* SONAE,SGPS SONAECOM,SGPS SPORTING SUMOLIS* TEIXEIRA DUARTE TOYOTA CAETANO VAA VISTA ALEGRE ZON MULTIMEDIA Total provisions unclear * ** Companies with unspecified provisions Companies without provisions under IAS 37
58 RQ: Divulgações sobre provisões (Source: NOVASBE, Master Thesis Rita Moreira supervised by L Ferreira) 58 Limitation factores Nr of companies 1 Do not divide used amount from amount released in the movements of the year 8 2 Different items in the movements of the year that are not required by IAS Not make reference to amounts released. 4 4 The information available in the balance sheet not correspond with provisions note' of financial statements. 1 5 In the same colum has decreases/tranfers 1 Type of provision Nature Timing Uncertainties Assumptions Reimbursements provisions for legal and tax risks provisions for guarantees enviroment other provisions unespecified Total of companies % 82% 28% 15% 23% 3% Reccomendation: -Accountants that they shall make an effort to comply with the requirements of IAS 37 as best as possible and those they may need training with the objective of having a better knowledge of the requirements of the international standard; - Auditors should also review the annual report s information in order to achieve it; - Regulators should define the types of provisions and the items for the movements of each class of provision in order to avoid the nuances found in the companies analysed. Another point for regulators is to make effective enforcement mechanisms in what refers to the new parts of IAS 37 and that the POC not stated because, as was seen, there are some companies where this process has been somewhat slow.
59 RQ: Divulgações sobre provisões (Source: NOVASBE, Master Thesis Rita Moreira supervised by L Ferreira) 59 Audit Company Nr % Total Assets by audit company % Deloitte Companies 17 44% 46,363,447 47% Price Water House Coopers 10 26% 16,537,314 17% Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A. 2 5% 919,159 1% BDO bdc & Associados - SROC 4 10% 1,079,002 1% KPMG 1 3% 31,483,807 32% Oliveira Rego & Associados 1 3% 177,426 0% Moore Stephens & Associados, SROC, S.A. 1 3% 199,039 0% Mariquito, Correia & Associados 1 3% 1,188,826 1% Lampreia & Viçoso, SROC 1 3% 358,228 0% AUREN Auditores & Associados, SROC, S.A. 1 3% 106,348 0% Total % 98,412, % Reccomendation: - Auditors must help companies accountants to disclose the maximum possible, in a clear way, so that the user of the financial report understands all the movements occurred during the year as IAS 37 requires.
60 60 Breve reflexão final
61 61 Comparabilidade versus utilidade Normas, cumprimento e sanções Ferramentas e tecnologias Trabalho colaborativo de quem prepara e usa
62 62 Muito obrigada!
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