PREFEITURA MUNICIPAL DE ESPERANÇA NOVA Comissão de Licitação
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- Agustina Cruz Mangueira
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1 JULGAMENTO - PEDIDO DE IMPUGNAÇÃO Tomada de Preços n 35/2017 Processo n 05/2017 Trata-se de Pedido de Impugnação ao Edital de Tomada de Preços n 05/2017, Processo n 35/2017, que tem como objeto a contratação de consultoria especializada para revisar o Plano Direito Municipal, apresentado pela Empresa DRZ GEOTECNOLOGIA E CONSULTORIA LTDA, protocolado em 26/06/2017, sob n 344/2017. Segundo a Impugnante, há exigências que restringem a participação dos interessados, lançando a efeito o Item Qualificação Técnica, alínea e, exigência de Cientista Social e Coordenador Técnico ser Arquiteto, e Anexo V, item 1.3.1, sob a mesma fundamentação. Quanto ao Coordenador da Equipe Técnica, sustenta que, além do Arquiteto o Engenheiro Civil também poderia desempenhar tal função, pois, possui atribuição para tanto consoante Resolução n 218 de 1937 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA. No que se refere ao profissional Cientista Social para compor a equipe técnica, argumenta que o mais indicado seria Assistente Social, pois possui mais atribuições que o profissional constante no Edital. E o breve relato. 1. Da Admissibilidade Considerando os requisitos formais para recebimento da presente impugnação, a mesma comporta prosseguimento, uma vez que foi apresentada antes do término do prazo constante no Item 25 do Edital, que limita as impugnações em 02 (dois) dias úteis anteriores ao dia da abertura da sessão, que será no dia 03/07/2017, portanto, o presente é manifestado a tempo e modo. 2. Das Razões A Impugnante demonstrou seu inconformismo com o Item do Edital que reza: Avenida Juvenal Silva Braga, n 400 -Fone (44) CNPJn / site
2 Qualificação Técnica: e) Comprovar possuir equipe multidisciplinar, composta no mínimo, por profissionais com a formação e qualificação técnica, detalhadas a seguir: Coordenador da equipe técnica: (i) graduação superior em Arquitetura e Urbanismo; (ii) possuir Certidão de Registro Profissional no respectivo Conselho de Classe; (iii) comprovação de participação anterior na coordenação da elaboração ou revisão de, no mínimo, 03 (três) Planos Diretores Municipais, que já se encontrem devidamente concluídos e recebidos, por meio de: a) Certificado de Acervo Técnico CAT, emitido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU ou pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA, b) ART ou RRT de elaboração de Plano Díretor Municipal, c) Atestado de contratante comprovando a participação na execução de Plano Diretor Municipal; (iv) estar exercendo simultaneamente a coordenação de, no máximo, 2 (dois) Planos Diretores Municipais, por não comprovar de capacidade técnico-operacional para execução do objeto do presente Termo de Referência. *Arquiteto e Urbanista: (i) graduação superior em Arquitetura e Urbanismo; (ii) possuir Certidão de Registro Profissional no respectivo Conselho de Classe; (iii) experiência comprovada de participação em equipe técnica para elaboração ou revisão de Plano Diretor Municipal, por meio de: a) Certificado de Acervo Técnico - CAT, emitido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU ou pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA, b) ART ou RRT de elaboração de Plano Diretor Municipal, c) Atestado de contratante comprovando a participação na execução de Plano Diretor Municipal. ^Engenheiro civil: (i) graduação superior em Engenharia Civil; (ii) possuir Certidão de Registro Profissional no respectivo Conselho de Classe; (iii) experiência comprovada de participação em equipe técnica para elaboração ou revisão de Plano Diretor Municipal, por meio de: a) Certificado de Acervo Técnico - CAT, emitido pelo Conselho de Classe, b) ART de elaboração de Plano Diretor Municipal, c) Atestado de contratante comprovando a participação na execução de Plano Diretor Municipal. *Engenheiro ambiental: (i) graduação superior em Engenharia Ambiental; (ii) possuir Certidão de Registro Profissional no respectivo Conselho de Classe; (iii) experiência comprovada de participação em equipe técnica para elaboração ou revisão de Plano Diretor Municipal, por meio de: a) Certificado de Acervo Técnico - CAT, emitido pelo Conselho de Classe, b) ART de elaboração de Plano Diretor Municipal, c) Atestado de contratante comprovando a participação na execução de Plano Diretor Municipal; *Economista: (i) graduação superior em Ciências Económicas; (ii) possuir Certidão de Registro Profissional no respectivo Conselho de Classe. Avenida Juvenal Silva Braga, n Fone (44) CNPJn / site
3 *Advogado: (i) graduação superior em Direito; (ii) possuir Certidão de Registro Profissional no respectivo Conselho de Classe. *Cientista social: (i) graduação superior em Sociologia; (ii) possuir Certidão de Registro Profissional no respectivo Conselho de Classe. Primeiramente, cabe ressaltar que a Lei 8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos Administrativos), exige a apresentação de algumas documentações para habilitar as empresas a participarem dos certames, conforme preconiza o Artigo 27 da Norma. No caso em tela, a documentação que esta sendo atacada é a referente à qualificação técnica, exposta no art. 30 do mencionado diploma legal, que dentro as suas hipóteses, destacamos a disciplinada em seu inciso II: Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a: II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; Mais à frente, parágrafo primeiro faz menção à comprovação de aptidão. Esclarece, em seguida, como se dará essa comprovação, ou seja, por meio de atestados de capacitação técnico-profissional e técnicooperacional, in verbis: 1 A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a: (Redação dada pela Lei n 8.883, de 1994) l - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de Avenida Juvenal Silva Braga, n Fone (44) CNPJn / site
4 maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos; (Incluído pela Lei n 8.883, de 1994) de Marcai Justen Filho: Sobre a capacitação técnico-profissional é o magistério "...utiliza-se a expressão 'qualificação técnica profissional' para indicar a existência, nos quadros (permanentes) de uma empresa, de profissionais em cujo acervo técnico constasse a responsabilidade pela execução de obra similar àquela pretendida pela Administração." (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 13a Ed. Pag. 421) Seguindo o entendimento, basta a empresa possuir em seu quadro de funcionários permanentes, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, que tenha executado obra similar àquela pretendida pela administração. Isso se faz necessário apenas para que a empresa comprove uma garantia mínima de que o eventual contratado possua capacidade de cumprir com suas obrigações, sendo descabidas exigências excessivas que restrinjam a competitividade dos concorrentes. Contas da União: Sobre o tema já foi decidido no Egrégio Tribunal de "As exigências relativas à capacidade técnica guardam amparo constitucional e não constituem, por si só, restrição indevida ao caráter competitivo de licitações conduzidas pelo Poder Público. Tais exigências, sejam elas de caráter técnico-profissional ou técnico-operacional, não podem ser desarrazoadas a ponto de comprometer o caráter competitivo do certame, devendo tão-somente constituir garantia mínima suficiente de que o futuro contratado detém capacidade de cumprir com as obrigações contratuais. Tais exigências ser sempre devidamente fundamentadas, de forma que fiquem demonstradas inequivocamente sua imprescindibilidade e pertinência em relação ao objeto licitado" (Acórdão n" 1.942/2009, Plenário, rei. Min. André Luís de Carvalho)(grífos nossos) Exposta a legalidade da exigência de comprovação técnica-profissional no Edital, como também o seu conceito e abrangência, passa-se a analisar a fundamentação da Impugnante. Avenida Juvenal Silva Braga, n Fone (44) CNP]n / site
5 Segundo a Peticionante, tanto o Arquiteto quanto o Engenheiro Civil possuem atribuições para exercerem a função de Coordenador da Equipe Técnica, utilizando como amparo a Resolução n 218, de 29 de junho de 1973, que disciplina: Art. 1 - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades: Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica; Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação; Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica; Atividade 04 - Assistência, assessor/a e consultoria; Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico; Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica; Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão; Atividade 09 - Elaboração de orçamento; Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade; Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico; Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico; Atividade 13 - Produção técnica e especializada; Atividade 14 - Condução de trabalho técnico; Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção; Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo; Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e instalação; Atividade 18 - Execução de desenho técnico. Art. 2 - Compete ao ARQUITETO OU ENGENHEIRO ARQUITETO: l - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1 desta Resolução, referentes a edificações, conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura paisagística e de interiores; planejamento físico, local, urbano e regional; seus serviços afins e correlates. Art. 7 - Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGENHEIRO DE FORTIFICAÇÃO e CONSTRUÇÃO: l - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1 desta Resolução, referentes a edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes, de abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, Avenida Juvenal Silva Braga, n 400-Fone (44) CNP]n / site
6 canais, barragens e diques; drenagem e irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e corre/aios. Da normativa citada extrai-se que, tanto o Arquiteto, quanto o Engenheiro Civil, estão autorizados a realizarem atividades de Supervisão, Coordenação e Orientação Técnica. Assim, a irresignação do impugnante é válida e comporta deferimento, uma vez que, estando apto a exercer a função deve constar a possibilidade do Engenheiro Civil também ser Coordenador da Equipe Técnica, como já consta o Arquiteto, possibilitando que tanto um quanto o outro figure no roí descrito na alínea e, do Item do Edital. De consequência, também deve ser revisto o Anexo V, item do Edital, para que seja incluído o Engenheiro Civil como Coordenador,' modificando também o item para que conste o Arquiteto naquele quesito, pois, quando apresentado o Engenheiro como Coordenador, possa pontuar o Arquiteto no outro item, ou vice e versa. De igual forma, deve ser parcialmente provida as razões do Impugnante no que se refere ao técnico de Cientista Social, contudo, ao invés de excluir tal exigência, poderia ser acrescido do Profissional Assistente Social, fazendo a conjunção ou, para que seja aceito um ou outro profissional mencionado. Nestas condições, conhecemos da impugnação e, no mérito, damos parcial provimento ao pleito, incluindo a possibilidade do Engenheiro Civil poder ser o Coordenador da Equipe Técnica, modificando a alínea e, do Item do Edital e seu Anexo V, bem como acrescentando o Assistente Social na equipe multidisciplinar, podendo ser ele ou o Cientista Social. É como decidimos. ~,<<^~z^?'" Helton"Pinto de Castro Presidente da CPL RosivãIdo Aparecido dos Santos Costa Membro da CPL João gatistá lanque Membro da CPL Avenida Juvenal Silva Braga, n 400-Fone (44) CNPJn / site
7 RATIFICO, nos termos do 4, do Art. 109, da Lei n 8.666/93, a decisão da Comissão Permanente de Licitação a mim submetida, mantendo-a irreformável pelos próprios fundamentos. Dê ciência e demais diligências necessárias. Valdir Hidalgo Martinez Prefeito Municipal. Avenida Juvenal Silva Braga, n Fone (44) CNPJn / site
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