Mobilização de recursos para a ação sindical em matéria do VIH/SIDA
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- Wilson Damásio Bennert
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1 Mobilização de recursos para a ação sindical em matéria do VIH/SIDA
2 INTRODUÇÃO O financiamento de uma resposta à epidemia do VIH/SIDA em países de baixo e médio rendimento continua a ser um dos maiores desafios a nível mundial; Contudo, o apoio internacional à luta contra o VIH/SIDA está a falhar, o que se reflete em quebras de financiamento significativas Os cortes no financiamento significam: Menos apoio para a prevenção, o tratamento, a prestação de cuidados e serviços de apoio em matéria de VIH Os médicos e enfermeiros veem-se forçados a recusar a admissão de pacientes nas clínicas Existe uma forte concorrência em matéria de fundos (cada vez mais reduzidos) para o combate ao VIH/SIDA As restrições ao financiamento em matéria de combate ao VIH/SIDA continuam a prejudicar os progressos efetuados em termos de diminuição das doenças e mortes relacionadas com a SIDA. 02
3 COMPREENDER COMO OS DOADORES OPERAM Doadores bilaterais Doadores multilaterais três dos principais doadores multilaterais são: O Fundo Mundial A União Europeia O Banco Mundial Ênfase nos projetos elaborados a nível nacional Reforço das abordagens participativas um passo em frente com vista a assegurar um processo inclusivo Nota: Apropriação nacional não significa controlo do governo exige o envolvimento dos parceiros sociais e de outras partes interessadas na conceção, no desenvolvimento, na implementação e no acompanhamento e avaliação dos projetos e programas que visam eliminar o VIH/SIDA. 03
4 COMPREENDER COMO OS DOADORES OPERAM Assegure-se de que compreende o mapa de financiamentos no seu setor ou país; dirija-se a um Escritório da OIT, ONUSIDA, ao Mecanismo de Coordenação Nacional (MCN) do Fundo Mundial e ao Conselho ou Comissão Nacional de Combate ao VIH/SIDA. Identifique as fontes de assistência e apoio para o desenvolvimento da sua proposta. Faça uma pesquisa cuidadosa sobre os doadores antes de os contactar e informe-se sobre os critérios para financiamento no seu país não tente elaborar logo uma proposta, pois isso poderia ser um desperdício de esforços. Verifique se o doador em que está interessado se encontra nesse momento disposto a receber propostas; alguns doadores solicitam a apresentação de propostas dentro de períodos com prazo limite específico. Verifique se o doador ao qual pretende apresentar uma proposta exige a apresentação de candidaturas num formato específico, ou se exige o preenchimento de um formulário de candidatura. Deve sempre respeitar os requisitos de apresentação. Caso haja alguma coisa que não compreenda no processo de candidatura, ou que ache difícil, haverá certamente alguém na organização doadora a quem possa solicitar esclarecimentos. Por exemplo, um gabinete de atendimento ou um responsável pelo programa. Não ignore estas áreas problemáticas. Entre em contacto com a organização de trabalhadores adequada e informe-se quanto à sua disponibilidade para a apresentação de uma proposta conjunta; pode também contactar o Ministério do Trabalho e averiguar se existe interesse na apresentação de uma proposta tripartida inclua outros parceiros, caso tal seja possível (as propostas conjuntas são, por norma, consideradas de forma mais favorável); chegue a acordo quanto a funções e responsabilidades no âmbito deste consórcio. Antes de apresentar uma proposta formal, tente entrar em contacto com o doador solicite uma reunião, se tal for possível. Prepare-se para a reunião, reunindo evidências dos progressos já alcançados e do que poderia alcançar caso dispusesse de mais recursos. Tenha uma ideia de projeto, mesmo se ainda não se encontra sob a forma de proposta. Informe a central sindical, para que lhe seja possível mencionar estas ideias em reuniões de alto nível e em reuniões sociais e, desta forma, contribuir para preparar o caminho. Informe a OIT (escritório a nível local, ACTRAV, OIT/SIDA) sobre aquilo que tenciona solicitar, caso não tenha previamente procurado aconselhar-se junto destes organismos. 04
5 O FUNDO MUNDIAL A designação completa é Fundo Mundial de Luta contra o VIH/SIDA, a Tuberculose e a Malária (GFATM) Não é uma agência de execução, e sim um mecanismo de financiamento criado para aumentar os recursos em matéria de VIH, Tuberculose e Malária, concentrando-se nas áreas que revelam maior necessidade. Parcerias entre governos, sociedade civil, setor privado e comunidades afetadas 05
6 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DO FUNDO MUNDIAL Operar como um instrumento financeiro, não como um organismo de execução Disponibilizar e alavancar recursos financeiros suplementares Apoiar programas que evoluem a partir de planos e prioridades nacionais Operar de forma equilibrada em termos de diferentes regiões, doenças e intervenções Prosseguir uma abordagem integrada e equilibrada à prevenção e ao tratamento Avaliar propostas através de processos de análise independentes Operar com transparência e responsabilização 06
7 COMO FUNCIONA O FUNDO? O Conselho de Administração do FM orienta as decisões políticas e estratégicas e aprova todos os financiamentos O Secretariado do FM é responsável pela gestão das operações correntes O Comité de Avaliação Técnica (CAT) avalia o mérito de todas as propostas e apresenta ao Conselho de Administração as recomendações de financiamento O MCN, composto por representantes do Governo, de ONG e do setor privado, apresenta propostas ao FM, nomeia os órgãos responsáveis pela administração do financiamento (beneficiário) e supervisiona a aplicação das subvenções O Beneficiário Principal (BP) é um organismo escolhido pelo MCN para receber os recursos do FM e implementar programas (por vezes, poderá haver um sub-beneficiário) Um agente de financiamento a nível local acompanha a implementação 07
8 PROCESSO DO FUNDO Os fundos são concedidos no âmbito de atribuições MUNDIAL de financiamento ceitam-se candidaturas para três componentes principais VIH/SIDA, Tuberculose e Malária Mundo do trabalho A CIS (Confederação Internacional dos Sindicatos) e a OIE (Organização Internacional dos Empregadores) assinaram uma carta de acordo conjunta concebida para incentivar a componente do mundo do trabalho nas propostas e a participação dos parceiros sociais em MCN Em 2008, a ONUSIDA e o FM assinaram um Memorando de Entendimento, integrando a OIT como um dos dez patrocinadores da ONUSIDA 08
9 COMO SOLICITAR A ASSISTÊNCIA Alerta para o convite à apresentação de propostas DO FM? ao e seu próprio MCN Nota: O FM aceita exclusivamente propostas apresentadas por parcerias elegíveis que representem partes interessadas públicas e privadas A primeira entidade a contactar é o Conselho Nacional de Combate ao VIH/SIDA Recomenda-se que as organizações sindicais atuem por via dos MCN, dos empregadores e dos Ministérios do Trabalho Assistência especial da OIT para a apresentação de uma proposta tripartida[workshop tripartido, contratação de um consultor para prestação de apoio durante o processo de elaboração Critérios de elegibilidade: Nível de desenvolvimento 09
10 A COMISSÃO EUROPEIA O apoio da UE em matéria de saúde e doenças transmissíveis incluindo o VIH é atribuído no âmbito dos programas regionais e nacionais Os programas são desenvolvidos no âmbito dos documentos de estratégia regionais (DER) e dos documentos de estratégia nacionais (DEN) da Comissão Os DEN são elaborados em cooperação com os países em questão, bem como com os parceiros na área do desenvolvimento 10
11 COMO SOLICITAR ASSISTÊNCIA? A Comissão atua através do Serviço de Cooperação EuropeAid e das Delegações da CE Informação adicional: 11
12 DOADORES BILATERAIS E FUNDAÇÕES PRIVADAS N.º Doador bilateral Informação adicional 1 Austrália 2 Canadá 3 Dinamarca 4 Finlândia 5 Alemanha 6 Países Baixos 7 Noruega 8 Suécia 9 Reino Unido Poverty/HIV-and-AIDs/ 10 Estados Unidos da América 11 Fundação Bill e Melinda Gates 12
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