Fatores Antecedentes do Modo de Entrada em Mercados Extra-Regionais: Proposição de um Modelo de Expansão Extra-Regional do Varejo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Fatores Antecedentes do Modo de Entrada em Mercados Extra-Regionais: Proposição de um Modelo de Expansão Extra-Regional do Varejo"

Transcrição

1 Fatores Antecedentes do Modo de Entrada em Mercados Extra-Regionais: Proposição de um Modelo de Expansão Extra-Regional do Varejo Autoria: Victor Manoel Cunha de Almeida RESUMO A literatura que trata de localização e expansão geográfica do varejo não oferece um modelo que explique as motivações estratégicas e demais fatores que antecedem a decisão da escolha do modo de entrada em mercados extra-regionais. Entretanto, a literatura existente sobre o processo de internacionalização da firma oferece um conjunto de teorias promissoras para investigar este fenômeno. De fato, o estudo de Welch e Wiederscheim-Paul (1980), com o sugestivo nome de Domestic expansion: internationalization at home, serviu como inspiração para o presente estudo. Os autores propuseram que a expansão nacional deveria ser vista como um passo que antecede a internacionalização da firma. Desta forma, o arcabouço teórico desenvolvido para entender a expansão internacional da firma poderia ser útil para explicar também a expansão nacional da firma. Este estudo objetiva, portanto, a proposição de um modelo para investigação da expansão extra-regional do varejo, a partir da adaptação e extensão do modelo de Hill, Hwang e Kim (1990), desenvolvido para o plano da expansão internacional, ao plano da expansão extra-regional do varejo, incorporando ainda a perspectiva contingencial de Aulakh e Kotabe (1997) e a contribuição de outros autores. 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O processo de expansão do varejo tem sido estudado sobre duas perspectivas teóricas bastante distintas: de um lado, por meio das teorias de localização do varejo; de outro, sob a perspectiva da internacionalização da firma. As teorias de localização no varejo buscam entender e prescrever aspectos associados a tal decisão, independentemente de se a mesma decorre de desejo de expansão dentro ou fora das fronteiras de uma região ou de um país (Berman e Evans,1998). Estas teorias não lidam, porém, com o aspecto estratégico envolvido nas decisões de expansão para outros mercados. A escolha da localização, ainda que reconhecida como fator crítico de sucesso no ambiente varejista, é tratada sob seus aspectos táticos e operacionais, voltada para um mercado específico, e, em muitos casos, para a escolha de microlocalizações. Outra vertente teórica que se tem preocupado com o processo de crescimento do varejo, em sua expansão para outros mercados, é formada pelas teorias de internacionalização (Johanson e Wiederscheim-Paul, 1975; Johanson e Vahlne, 1977, 1990). Dada a expansão internacional tardia do varejo, comparativamente às empresas industriais, considerável atenção tem sido dedicada a investigar como tem ocorrido tal processo (Sternquist, 1997; Larke, 2004). Não foram identificadas, na literatura, teorias específicas que tratem das etapas intermediárias do processo de expansão do varejo. Particularmente, não foram identificados estudos voltados para o entendimento do fenômeno de expansão extra-regional do varejo. Assim sendo, considerou-se que os modelos de internacionalização poderiam ser estendidos para o entendimento da etapa que antecede a internacionalização da firma varejista, ou seja, a expansão extra-regional, dentro das fronteiras geográficas de um mesmo país. Esta suposição é apoiada pelos teóricos que propuseram o modelo de internacionalização de Uppsala, que vê 1

2 a expansão da firma, de regional para nacional, como etapa que antecede o movimento de internacionalização, situando-o, claramente, como ponto de partida. Por exemplo, Johanson e Wiederscheim-Paul (1975), no trabalho que serviu de base ao desenvolvimento do modelo, tomam como pressuposto... que a empresa se desenvolve primeiro no mercado doméstico e que a internacionalização é conseqüência de uma série de decisões incrementais (p.305). Por sua vez, Welch e Wiederscheim-Paul (1980), em trabalho instigante baseado em firmas suecas, intitulado Domestic expansion: internationalization at home, sugeriram que a expansão extra-regional antecederia a internacionalização e que, após haver estabelecido amplamente suas bases no mercado doméstico, a empresa partiria para o mercado internacional. Estas observações mostram que o uso dos modelos de internacionalização da firma para entender o processo de expansão extra-regional do varejo não fere os princípios fundamentais que nortearam sua construção. Cabe chamar a atenção para o fato de que as peculiaridades do mercado brasileiro tornam particularmente adequado o locus de pesquisa. Pela extensão do território brasileiro e pelas diferenças regionais oriundas de zonas distintas de imigração e influência cultural e étnica, a expansão extra-regional de varejistas brasileiros pode aproximar-se bastante da expansão para outros países, particularmente aqueles com baixa distância cultural. Além disso, o movimento de expansão extra-regional de redes brasileiras de varejo é recente, o que possibilita entender esse processo em seus primeiros movimentos, e não quando tais movimentos já se consolidaram. Assim sendo, a questão teórica de que se ocupou este estudo refere-se ao entendimento de como se dão as etapas iniciais do processo de expansão de redes varejistas, quando as empresas buscam novos mercados regionais, fora de sua região de atuação de origem. A escolha do varejo é pertinente, ainda, pelos poucos estudos existentes sobre este setor, assim como sobre os setores de serviços em geral. Datta, Hermann e Rasheed (2002), em ampla revisão da literatura, examinaram a evidência empírica existente, salientando que os estudos sobre antecedentes de modos de entrada e desempenho se concentravam em indústrias manufatureiras, e que as indústrias de serviços têm sido ignoradas na pesquisa empírica sobre modos de entrada (p.145), chamando a atenção dos pesquisadores para a grande necessidade de novos estudos voltados para serviços. 2. MODELO CONCEITUAL E PROPOSIÇÕES Para abordar a questão principal deste estudo, ou seja, em que medida os fatores antecedentes podem determinar a escolha do modo de entrada dos varejistas brasileiros do setor de vestuário expandindo suas operações para mercados extra-regionais, foi proposto um modelo (ver Quadro 1), elaborado a partir da abordagem eclética para modos de entrada em mercados estrangeiros proposta por Hill, Hwang e Kim (1990). O modelo proposto pelos autores foi adaptado e estendido para o plano da expansão extra-regional do varejo, mais especificamente no que diz respeito aos fatores específicos da transação, fatores ambientais e fatores estratégicos. O modelo abrange ainda a perspectiva contingencial de Aulakh e Kotabe (1997), através da incorporação do fator relativo às competências organizacionais. Neste estudo são desenvolvidas dezesseis proposições, que relacionam cada um dos construtos relativos aos fatores antecedentes da decisão com a variável dependente modo de entrada em mercados extra-regionais e uma proposição geral que relaciona todos os fatores antecedentes com o modo de entrada. 2

3 Quadro 1 Modelo de Expansão Extra-Regional do Varejo Fatores Específicos Transação Valor do Know-how Específico Natureza Tácita do Know-how Especificidade dos Ativos Fatores Competências Organizacionais Experiência. Merc. Extra-Regionais Porte da Organização Fatores Ambientais Risco do País Risco do Merc. Extra-Regional Imprevisibilidade da Demanda Intensidade da Competição Distância Cultural Fatores Estratégicos Concentração do Setor Potencial de Sinergia Motiv. de Integração Motiv. de Posição de Mercado Motiv. de Diferenciação Motivação de Network Modo de Entrada Extra-Regional 2.1 Proposições Relativas aos Fatores Ambientais De forma análoga ao que acontece no processo de internacionalização da firma, empresas decidindo o modo de entrada em mercados extra-regionais podem ter sua decisão influenciada por aspectos macroambientais. Espera-se, portanto, que a decisão do modo de entrada em mercados extra-regionais seja influenciada pela percepção do tomador de decisão em relação: a) ao risco do país; b) ao risco do mercado extra-regional; c) a imprevisibilidade da demanda; d) a intensidade da competição; e e) a distância cultural. a) Risco do País: Os estudos do processo de internacionalização da firma sustentam que a incerteza a respeito do ambiente do país de destino constitui uma força relevante no processo de decisão do modo de entrada da firma. As fontes de incerteza identificadas em tais estudos incluem principalmente a instabilidade política e as flutuações da economia do país estrangeiro (Agarwal e Ramaswami, 1992; Gatignon e Anderson, 1988; Kim e Hwang, 1992). A literatura propõe ainda que quando o risco do país de destino é percebido como alto, as empresas procuram blindar o risco através do uso de um modo de entrada que implique baixo comprometimento de recursos (Bradley, 1977; Gatignon e Anderson, 1988; Kobrin, 1983; Vernon, 1983). Em conformidade com os argumentos aqui expostos, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 1 a : Quanto maior for o risco percebido do país, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada que envolva relativamente baixo comprometimento de recursos em mercados extra-regionais. 3

4 b) Risco do Mercado Extra-Regional: Analogamente, quando o risco do mercado extraregional é percebido como alto, as empresas procurariam blindar o risco através do uso de um modo de entrada que implicasse baixo comprometimento de recursos, reduzindo desta forma os custos de desinvestimento no caso de desistência de operar no mercado extra-regional. Estendendo, portanto, a relação verificada na literatura entre risco do país e modo de entrada para a instância estadual, poder-se-ia esperar que: Proposição 1 b : Quanto maior for o risco percebido do mercado extra-regional, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada que envolva relativamente baixo comprometimento de recursos em mercados extra-regionais. c) Imprevisibilidade da Demanda: Os estudos do processo de internacionalização da firma sustentam que a imprevisibilidade da demanda no país de destino constitui força relevante no processo de decisão do modo de entrada da firma. As empresas não estariam dispostas a investir volumes significativos de recursos em mercados cuja demanda não pudesse ser antecipada com relativa precisão, pois o comprometimento de recursos significaria assumir custos afundados substanciais em uma eventual decisão de desistência do mercado estrangeiro (Harrigan, 1983; Hill, Hwang e Kim, 1990). Analogamente, quando a imprevisibilidade da demanda no mercado extra-regional é percebida como alta, as empresas procurariam blindar o risco através do uso de um modo de entrada que implicasse baixo comprometimento de recursos, reduzindo desta forma os custos de desinvestimento no caso de desistência de operar no mercado extra-regional. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 1 c : Quanto maior for a imprevisibilidade da demanda percebida no mercado extra-regional, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada que envolva relativamente baixo comprometimento de recursos em mercados extraregionais. d) Intensidade da Competição: Os estudos do processo de internacionalização da firma sustentam que a intensidade da competição no país de destino constitui força relevante no processo de decisão do modo de entrada da firma. Um mercado sob intensa competição exigiria das empresas grande flexibilidade para rápida adaptação de preços, gastos de marketing e investimentos em geral. As empresas não estariam dispostas a investir volumes significativos de recursos em tais mercados, pois o comprometimento de recursos significaria assumir custos afundados substanciais em uma eventual decisão de desistência do mercado estrangeiro (Harrigan, 1985; Hill, Hwang e Kim, 1990). Analogamente, quando a intensidade da competição no mercado extra-regional é percebida como alta, as empresas procurariam blindar o risco através do uso de um modo de entrada que implicasse baixo comprometimento de recursos, reduzindo desta forma os custos de desinvestimento no caso de desistência de operar no mercado extra-regional. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 1 d : Quanto maior for a intensidade da competição percebida no mercado extra-regional, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada que envolva relativamente baixo comprometimento de recursos em mercados extra-regionais. e) Distância Cultural: Os estudos do processo de internacionalização da firma sustentam que a distância cultural ou psicológica percebida entre o país de origem e o país de destino constitui 4

5 força relevante no processo de decisão do modo de entrada da firma (Johanson e Wahlne, 1977, 1990). A distância psicológica seria uma medida da dificuldade que o vendedor tem de perceber ou estimar as necessidades do comprador, ou a dificuldade equivalente que o comprador experimenta para perceber a oferta do vendedor (Hallén e Wiederscheim-Paul, 1993, p. 293). Quanto maior a distância percebida entre os países de origem e destino, menor seria a propensão das empresas em investir volumes significativos de recursos, pois o comprometimento de recursos significaria assumir custos afundados substanciais em uma eventual decisão de desistência do mercado estrangeiro (Anderson e Coughlan, 1987; Davidson, 1980; Green e Cunninghan, 1975; Johanson e Wahlne, 1977; Kobrin, 1983; Stopford e Wells, 1972; Hill, Hwang e Kim, 1990). Mais recentemente, Tihanyi, Griffith e Russell (2005) realizaram uma meta análise de 66 estudos e constataram uma forte associação negativa entre distância cultural e o modo de entrada de empresas multinacionais com base nos EUA. Analogamente, quando a distância cultural entre o mercado extra-regional e o mercado local é percebida como alta, as empresas procurariam proteger-se do risco através do uso de um modo de entrada que implicasse baixo comprometimento de recursos, reduzindo desta forma os custos de desinvestimento no caso de desistência de operar no mercado extraregional. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 1 e : Quanto maior for a distância cultural percebida pelo varejista entre o mercado local e o mercado extra-regional, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada que envolva relativamente baixo comprometimento de recursos em mercados extra-regionais. 2.2 Proposições Relativas aos Fatores Específicos da Transação De forma análoga ao que acontece no processo de internacionalização da firma, empresas decidindo o modo de entrada em mercados extra-regionais podem ter sua decisão influenciada por aspectos associados aos custos de transação. Espera-se, portanto, que a decisão do modo de entrada em mercados extra-regionais seja influenciada pela percepção do tomador de decisão em relação: a) ao valor do know-how específico da firma; b) à natureza do know-how específico; e c) à especificidade dos ativos. a) Valor do Know-how Específico: Os estudos do processo de internacionalização da firma sustentam que, quando uma firma licencia seu know-how específico para uma empresa estrangeira ou disponibiliza seu know-how para sócios em joint-ventures, pode incorrer no risco de disseminação do know-how pela empresa estrangeira ou seus funcionários, reduzindo desta forma o valor esperado dos lucros futuros que seriam obtidos através das vantagens competitivas baseadas no know-how específico. O risco de disseminação poderia ser reduzido através da celebração de contratos de transferência de know-how que especificassem os direitos e obrigações das partes. Se a firma possui vantagens competitivas derivadas do uso de seu know-how específico, deveria considerar o valor e a natureza do seu know-how quando da escolha do modo de entrada em mercados estrangeiros. O valor do know-how, bem como sua natureza, poderiam influenciar o nível de controle exigido para o modo de entrada (Hill, Hwang e Kim, 1990). No varejo, as vantagens de propriedade baseadas em ativos se relacionam a posse de uma reputação superior ou a possibilidade de comercializar produtos exclusivos. Quanto mais valiosos os ativos que proporcionam uma vantagem de propriedade para a firma, mais importante se torna proteger tais ativos. Optando pelo modo de franquia, o varejista colocaria em risco suas vantagens proprietárias baseadas em ativos ou em transações (Sternquist, 1997). Ainda de acordo com a autora, a melhor maneira de um varejista em 5

6 processo de internacionalização proteger seus segredos operacionais seria a opção pela abertura de subsidiárias totalmente controladas pela matriz. Para muitas companhias essa opção exigiria investimentos demasiados e elas seriam forçadas a optar pela franquia para ganhar agilidade no processo de expansão. De acordo com a teoria dos custos de transação, parceiros em uma transação comercial podem exibir a tendência de se comportar oportunisticamente. Esse tipo de comportamento elevaria os custos de transação para negociar com o parceiro. Quando os custos da transação com um intermediário externo são altos, as firmas podem melhorar a sua eficiência aumentando o nível de controle sobre as suas atividades (Aulakh e Kotabe, 1997). A utilização de um modo de entrada de alto controle seria, portanto, uma forma de proteção da firma contra o risco de disseminação oportunística do seu know-how específico. Analogamente, quando o valor do know-how específico da rede é percebido como alto, os varejistas procurariam blindar o risco através do uso de um modo de entrada no mercado extra-regional que implicasse alto nível de controle, reduzindo desta forma os riscos de uso oportunístico do seu know-how. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 2 a : Quanto maior for o valor gerado pelo know-how específico da organização, maior a probabilidade que o varejista favoreça um modo de entrada de alto controle em mercados extra-regionais. b) Natureza Tácita do Know-how Específico: Os estudos do processo de internacionalização da firma sustentam que, quando o know-how específico da firma é de natureza tácita, o processo de transferência do know-how para a empresa parceira se tornaria mais difícil, podendo onerar a firma pelas perdas que poderiam acontecer no futuro decorrentes das dificuldades que a empresa parceira enfrentaria para utilizar o know-how específico da firma. Essas perdas poderiam advir da utilização inadequada do know-how ou da exploração limitada do know-how específico. Desta forma, quando o know-how específico da firma é predominantemente de natureza tácita, a firma optará por um modo de entrada de alto nível de controle, como a subsidiária própria, caso em que poderá transferir melhor o know-how tácito e rotinas informais, em virtude da habilidade de usar o capital humano e memória organizacional, reduzindo os custos de transação exigidos por uma transferência interorganizacional (Hill, Hwang e Kim, 1990, p. 125).Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 2 b : Quanto maior for a componente tácita do know-how específico da organização, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada de alto controle em mercados extra-regionais. c) Especificidade dos Ativos: Os estudos do processo de internacionalização da firma sustentam que, quanto mais específicos forem os investimentos, físicos ou intangíveis, realizados pela firma para suportar uma transação, menor será o seu poder de barganha, aumentando as chances de ocorrência de comportamento oportunístico pelos parceiros (Klein, Frazier e Roth, 1990). Erramilli e Rao (1993), estudando 381 decisões de entrada em mercados estrangeiros de 114 empresas norte-americanas do setor de serviços, constataram que modos de entrada de baixo controle são favorecidos quando o nível de especificidade dos ativos é baixo, os serviços são inseparáveis e as firmas são pequenas. Aulakh e Kotabe (1997) comprovaram parcialmente a relevância do impacto do construto especificidade dos ativos para explicar a escolha do modo de entrada. Os autores encontraram uma relação positiva e significativa entre o nível de especificidade e a escolha do modo de entrada de menor nível de 6

7 controle, contrariando a literatura de custos de transação. Considerando a literatura de custos de transação, a exigência de adaptação dos produtos e formatos de varejo ao mercado extraregional exigiriam dos varejistas investimentos de difícil recuperação no caso de serem mal sucedidos. Os varejistas, portanto, procurariam reduzir esse risco minimizando a sua dependência de parceiros locais, através da escolha de um modo de entrada no mercado extraregional que proporcionasse alto nível de controle. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 2 c : Quanto maior for a exigência de especificidade dos ativos da organização para operar no mercado extra-regional, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada de alto controle em mercados extra-regionais. 2.3 Proposições Relativas aos Fatores Estratégicos A extensa literatura de estratégia global converge em pelo menos duas prescrições: a) o objetivo final da firma é o sucesso corporativo como um todo e não a maximização da eficiência de cada unidade subsidiária; e b) para atingir esse objetivo, a interdependência entre as unidades subsidiárias deverá ser ativamente administrada (Hout, Porter e Ruden, 1982; Hamel e Prahalad, 1985; Kogut, 1985; Kim e Mauborgne, 1988; Yip, 1989). Kim e Hwang, (1992) propuseram que um grupo de variáveis - fatores estratégicos - deveria ser adicionado aos modelos que explicam o modo de entrada, de forma a permitir que a análise dos motivos para a entrada em determinado mercado não ficasse restrita à perspectiva isolada da entrada de uma dada unidade subsidiária em um mercado específico. A inclusão destes fatores permitiria explorar as motivações estratégicas da firma, a partir de uma visão ampla que incluiria o entendimento do papel de cada unidade no relacionamento estratégico entre as diversas operações internacionais. Em outras palavras, a entrada de uma unidade em determinado mercado específico não poderia ser explicada completamente sem a consideração da importância desse movimento na estratégia da firma como um todo. Esperase, portanto, que a decisão do modo de entrada em mercados extra-regionais seja influenciada pela percepção do tomador de decisão em relação: a) ao nível de concentração do setor no mercado extra-regional; b) a existência de sinergias entre a unidade do mercado extra-regional e as demais unidades da rede; c) as motivações de integração; d) as motivações de posição de mercado; e) as motivações de diferenciação; e f) as motivações de network. a) Concentração: O mercado global freqüentemente se apresenta na forma de um palco de competição oligopolística, ocupado por um número pequeno de grandes empresas multinacionais, que se enfrentam globalmente a despeito das fronteiras nacionais. Nesses setores globais, a competição acontece de forma altamente concentrada, ocasionando o desenvolvimento de relações de interdependência entre players globais (Kim e Hwang, 1992). Nesse cenário de concentração, as ações de um competidor global em um determinado mercado, freqüentemente desencadeia ações em outros mercados nacionais, afetando direta ou indiretamente os demais competidores (Watson, 1982; Kim e Mauborgne, 1988). Desta forma, firmas competindo em mercados concentrados, na presença dos principais competidores, privilegiariam um modo de entrada de alto controle para se assegurarem de que suas subsidiárias não viessem a adotar uma agenda estratégica desalinhada em relação aos objetivos mais amplos da organização como um todo. Chang e Rosenzweig (2001) constataram a existência de uma relação positiva entre concentração e a preferência por subsidiárias próprias em detrimento de aquisições ou joint ventures. Analogamente, para os varejistas, quanto maior a concentração no mercado extra-regional, representada pela presença de competidores de redes nacionais ou internacionais, maior a necessidade de 7

8 coordenar a estratégia das operações no mercado extra-regional. Os varejistas, portanto, privilegiariam um modo de entrada no mercado extra-regional de alto nível de controle. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 3 a : Quanto maior for o nível de concentração do setor, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada de alto controle em mercados extra-regionais. b) Sinergia: Sinergia global acontece quando unidades de uma firma multinacional compartilham suas competências essenciais, tais como marketing, produção ou pesquisa e desenvolvimento, como forma de explorar oportunidades globais (Kim e Hwang, 1992). Vantagens competitivas no plano global podem ser construídas por firmas multinacionais a partir do uso extensivo de sinergias globais, com impacto direto na lucratividade corporativa (Hamel e Prahalad, 1985; Ghoshal, 1987; Kim, Hwang e Burgers, 1989). O impacto nos resultados corporativos advém tipicamente de avanços nas competências de inovação da firma ou de alguma forma de redução de custos (Baumol, Panzer e Willig, 1982). Estudos mostram que as sinergias globais, inclusive economias de escala, podem ser melhor exploradas mediante a utilização de um modo hierárquico de controle, para garantir a realização dos objetivos corporativos a despeito dos eventuais desalinhamentos dos objetivos específicos de cada uma das unidades envolvidas (Jones e Hill, 1988; Harrigan, 1985; Porter, 1980). A utilização de um modo de baixo controle poderia resultar em comportamentos oportunísticos, sempre que os objetivos particulares de uma unidade contrariassem os objetivos corporativos. Analogamente, para os varejistas, quanto maior a sinergia proporcionada pelas operações no mercado extra-regional, maior o interesse de coordenar a estratégia das operações no mercado extra-regional. Os varejistas, portanto, privilegiariam um modo de entrada no mercado extraregional de alto nível de controle. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 3 b : Quanto maior for o potencial existente de sinergias entre a unidade no mercado extra-regional e as demais unidades de negócio da organização, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada de alto controle em mercados extraregionais. c) Motivação Estratégica de Integração: A perspectiva estratégica proporciona um olhar que transcende os objetivos de eficiência propostos pela análise dos custos de transação, alcançando também a eficácia da integração, ou seja, uma firma poderia decidir por um modelo de integração que exigisse maiores investimentos em determinado mercado, desde que esta decisão proporcionasse um resultado mais eficiente para as atividades interdependentes no âmbito global (Edwards, 1971; Watson, 1982; Hout, Porter e Rudden, 1982; Hamel e Prahalad, 1985, Kim e Mauborgne, 1988). Uma estratégia de integração exige que a firma coordene efetivamente as atividades ao longo da cadeia de valor, não apenas entre suas unidades funcionais, mas também entre unidades de negócios localizadas em diferentes países (Kogut, 1985; Kotabe, 1992). Essa exigência de coordenação que resulta da necessidade de resolver questões de interdependências entre distintas unidades só poderia ser resolvida mediante um processo de tomada de decisão centralizada (Roth, Chweiger e Morrison, 1991). De acordo com Porter (1986, p. 6), a coordenação das cada vez mais complexas redes de atividades dispersas globalmente está se tornando a principal fonte de vantagem competitiva e ainda, estratégias globais freqüentemente envolvem coordenação com parceiros de coalizões, bem como entre as subsidiárias próprias da firma. O autor explica que firmas que tentam implementar acordos de coalizão com empresas estrangeiras 8

9 geralmente têm enfrentado dificuldades para conciliar seus interesses de coordenação global. Kim e Hwang (1992) constataram a relevância do impacto do construto motivações estratégicas globais (integração) para explicar a escolha do modo de entrada, suportando a hipótese de existência de relação positiva entre motivações estratégicas globais e escolha de modo de entrada de alto nível de controle. Analogamente, para os varejistas, quanto maior a importância da motivação estratégica de integração, representada pelo interesse de ocupar mercados para futuras expansões ou para adquirir experiência nacional, maior a necessidade de coordenar os objetivos estratégicos das operações no mercado extra-regional. Os varejistas, portanto, privilegiariam um modo de entrada no mercado extra-regional de alto nível de controle. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 3 c : Quanto maior for a importância atribuída pela organização às motivações estratégicas para integração, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada de alto controle em mercados extra-regionais. d) Motivação Estratégica de Posição de Mercado: A estratégia global de posição de mercado da firma diz respeito à forma como uma firma irá competir no mercado, ou seja, como se posicionará relativamente aos seus competidores. Firmas perseguindo estratégias globais buscariam melhorar sua posição de mercado através da coordenação de suas operações internacionais, buscando estabelecer uma presença forte no mercado estrangeiro para dificultar a entrada de outros competidores (Kotabe, 1992). Essa perspectiva está baseada no trabalho de Caves (1982) e Hymer (1992), que interpretam os investimentos realizados por empresas multinacionais como tentativas de criar imperfeições de mercado capazes de proporcionar um poder monopolístico e levantar barreiras de entrada para outros competidores. De acordo com Hout, Porter e Rudden (1982), uma estratégia global vencedora exigiria, além de uma eficácia superior e vantagens de custos, habilidades em duas outras dimensões: a) timing - o competidor global bem sucedido poderia usar os custos de produção ou vantagens de distribuição para dificultar ou encarecer as ações de resposta dos competidores; e b) aspectos financeiros o inovador global comprometeria mais recursos em investimentos (instalações, tecnologia, canais de distribuição) do que qualquer outro. Ainda de acordo com os autores (1982, p. 104): Quanto mais tempo os competidores levam para responder, maior o retorno do inovador. A companhia global pode então empregar os recursos seja para aumentar os investimentos, seja para baixar os preços, criando barreiras de entrada para os novos competidores. Analogamente, para os varejistas, quanto maior a importância da motivação estratégica de posição de mercado, maior a necessidade de coordenação das operações no mercado extra-regional. Os varejistas, portanto, privilegiariam um modo de entrada no mercado extra-regional de alto nível de controle. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 3 d : Quanto maior for a importância atribuída pela organização às motivações estratégicas para a conquista de uma posição nacional de mercado, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada de alto controle em mercados extraregionais. e) Motivação Estratégica de Diferenciação: Empresas podem construir uma vantagem competitiva em mercados globais através da diferenciação, oferecendo valor superior para os clientes através de oferta de produtos e serviços diferenciados. A diferenciação pode tomar muitas formas, tais como: design, imagem da marca, tecnologia, serviços ao cliente, rede de 9

10 distribuidores, entre outras formas. A estratégia de diferenciação proporciona isolamento contra a rivalidade da competição em função da lealdade à marca pelos consumidores (Porter, 1980). Conseqüentemente, quanto mais importante for a motivação de criar um valor exclusivo para os produtos e serviços da firma, mais a firma buscará um modo de entrada de alto controle para evitar a perda dos diferenciais competitivos em função de comportamento oportunístico dos parceiros de negócios. Aulakh e Kotabe (1997) comprovaram a relevância do impacto do construto motivação estratégica de diferenciação para explicar a escolha do modo de entrada, obtendo evidências empíricas em apoio à hipótese de que a motivação estratégica de diferenciação encontra-se positivamente relacionada a modos de entrada de alto nível de controle. Analogamente, para os varejistas, quanto maior a importância da motivação estratégica de diferenciação, maior a necessidade de proteger suas vantagens comparativas. Os varejistas, portanto, privilegiariam um modo de entrada no mercado extra-regional de alto nível de controle. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 3 e : Quanto maior for a importância atribuída pela organização às motivações estratégicas para diferenciação, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada de alto controle em mercados extra-regionais. f) Motivação Estratégica de Network: A perspectiva de administrar as unidades subsidiárias não como um portifólio de unidades independentes e sim como uma network de operações interdependentes remonta ao trabalho pioneiro de Perlmutter (1969). De acordo com a autor, as subsidiárias da firma não são nem satélites nem cidades independentes, ao contrário, fazem parte de um todo cujo foco são os objetivos globais e os objetivos locais, cada parte contribuindo com sua competência (Perlmutter, 1969, p. 13). A literatura de internacionalização de empresas também chama a atenção para o fato de que as empresas não operam isoladamente, mas associadas a outras empresas, que podem ser fornecedoras, clientes, parceiras etc. As networks empresariais resultariam, então, da construção, ao longo do tempo, de relacionamentos entre empresas, estabelecendo vínculos de natureza variada: financeiros, sociais, legais, logísticos etc (Johanson e Hallén, 1989). A partir da teoria de networks, o processo de internacionalização tem sido visto no contexto de redes de empresas e não isoladamente. Inúmeras contribuições posteriores mostram como as networks interferem na internacionalização das empresas (Bonaccorsi, 1992; Welch e Luostarinen, 1993; Bell, 1995; Welch, 1996; Rezende, 2003). De acordo com Hemais e Hilal (2002, p. 31) a teoria de networks sugere que o grau de internacionalização de uma firma reflete não somente os recursos alocados no exterior, como também o grau de internacionalização da network que ela está inserida. De acordo com Rezende (2001), uma subsidiária representa um nodo entre a matriz, os atores externos e as demais subsidiárias, sofrendo, portanto, influências de mudanças iniciadas por quaisquer desses atores. Considerando-se, portanto, esses relacionamentos multilaterais inseridos em diversos contextos temporais e geográficos, verifica-se que determinada subsidiária se torna suscetível a mudanças iniciadas por atores espalhados em diversas redes de negócios com as quais está interligada. O processo de internacionalização de uma determinada subsidiária pode fazer parte, portanto, de outros processos de internacionalização, iniciados em momentos distintos, em contextos geográficos distintos, por outros atores conectados à mesma rede (Rezende, 2003). De forma análoga, a estratégia de expansão dos varejistas está sujeita à influência dos interesses estratégicos de parceiros de negócios. Desta forma, buscando capitalizar as oportunidades proporcionadas pelo efeito de rede, os varejistas privilegiariam um modo de entrada de alto controle em 10

11 mercados extra-regionais. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 3 f : Quanto maior for a importância atribuída pela organização às motivações estratégicas de network, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada de alto controle em mercados extra-regionais. 2.4 Proposições Relativas aos Fatores Competências Organizacionais De acordo com Chandler (1992) o conhecimento que forma a competência essencial da firma seria adquirido através dos processos relacionados de alguma forma a comercialização dos produtos em mercados nacionais e internacionais. O autor propõe que a capacidade de aprendizado da firma é um elemento essencial da criação e manutenção das competências que promoverão a competitividade da firma. Nesse sentido, o porte da organização seria uma proxy para a capacidade de investimento da firma nos seus ativos físicos e nas pessoas. Espera-se, portanto, de forma análoga ao que ocorre no processo de internacionalização, que a decisão do modo de entrada em mercados extra-regionais seja influenciada: a) pela experiência de operação em mercados extra-regionais; e b) pelo porte da organização. a) Experiência em Mercados Extra-Regionais: Os estudos do processo de internacionalização da firma oferecem duas perspectivas distintas e divergentes para analisar a influência da experiência internacional da firma no modo de entrada. Para a teoria dos custos de transação, a falta de experiência internacional da firma representaria um elemento adicional de incerteza na relação com o parceiro local, o que levaria à internalização da transação, através da escolha de um modo de entrada de maior nível de controle (Anderson e Gatignon, 1986). Fladmoe- Lindquist e Jaque (1995), estudando unidades internacionais de serviços de 12 firmas norte-americanas, constataram que a experiência internacional é positivamente relacionada com a propensão a escolha do modo de franquia em detrimento de subsidiárias. Entretanto, tipicamente, os estudos empíricos têm demonstrado o contrário, ou seja, que a experiência internacional leva as empresas a escolher um modo de entrada de alto controle (Kobrin, 1987; Gatignon e Anderson, 1988; Hennart, 1991; Shrader, Oviatt e McDougall, 2000). A teoria de internacionalização da firma de Uppsala fornece uma explicação para essa segunda vertente de pensamento. Propõe que o movimento na direção de mercados estrangeiros e a escolha do modo de entrada se dariam como resultado de uma série de decisões incrementais que resultariam em envolvimento crescente da empresa com as operações internacionais (Johanson e Vahlne, 1977). O acúmulo de experiência internacional permitiria a uma firma assumir níveis crescentes de comprometimento de recursos, levando-a a escolher seqüencialmente modos de entrada de maior nível de propriedade e controle. Aulakh e Kotabe (1997) comprovaram a relevância do impacto do construto experiência internacional da firma para explicar a escolha do modo de entrada, suportando a hipótese de que a experiência internacional da firma está positivamente relacionada com modos de entrada de alto nível de controle. Analogamente, para os varejistas, quanto maior a experiência prévia de operação em mercados extra-regionais, maior a disposição para comprometer recursos no mercado extraregional. Os varejistas, portanto, à medida em que se afastassem dos riscos proporcionados pela inexperiência no mercado extra-regional, procurariam maximizar os resultados da operação no mercado extra-regional fazendo uso de um modo de entrada de alto nível de controle. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: 11

12 Proposição 4 a : Quanto maior for a experiência extra-regional da organização, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada de alto controle em mercados extraregionais. b) Porte da Organização: Os estudos do processo de internacionalização da firma, em sua maioria, sugerem que quanto maior o porte da organização, mais predisposta a firma estaria a adotar um modo de entrada de alto nível de controle (Kobrin, 1987; Kogut e Singh, 1988; Erramilli, 1991, 1996; Agarwal e Ramaswami, 1992; Erramilli e Rao, 1993; Taylor, Zou e Osland, 1998). Erramilli (1996), estudando mais de 300 subsidiárias de agências de propaganda, constatou que o tamanho da firma é positivamente associado com a condição de maioria do capital da firma (nível de controle alto). Constatou ainda que essa relação enfraquece quando o mercado local é muito grande. De acordo com a literatura, portanto, os varejistas de grande porte, com maior disponibilidade de recursos para investir, procurariam maximizar os resultados da operação no mercado extra-regional fazendo uso de um modo de entrada de alto nível de controle. Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 4 b : Quanto maior for o porte da organização, mais o varejista irá favorecer um modo de entrada de alto controle em mercados extra-regionais. 2.5 Proposição Relativa ao Modo de Entrada A escolha do modo de entrada em mercados estrangeiros representa uma das mais importantes decisões estratégicas para uma firma que pretende internacionalizar suas operações. São inúmeros, portanto, os estudos que buscam estabelecer relações entre fatores antecedentes e a decisão do modo de entrada. Para Kuada e Sørensen (2000), muitos estudos têm defendido a tese de que a decisão do modo de entrada seria contingencial às circunstâncias peculiares de cada evento. Em outras palavras, a decisão do modo de entrada dependeria simultaneamente da estratégia e dos recursos da firma, bem como das características específicas do mercado. Kim e Hwang (1992) testaram empiricamente o modelo conceitual eclético dos fatores antecedentes da decisão do modo de entrada, proposto por Hill, Hwang e Kim (1990), concluindo que a decisão do modo de entrada seria afetada simultaneamente por três grupos de fatores (ambientais, específicos da transação e estratégicos). De acordo com os autores (1992, p. 31),...cada variável per si influencia a escolha do modo de entrada, mas é a consideração simultânea coletiva de todos os fatores que determina a decisão final. Aulakh e Kotabe (1997) estenderam o modelo proposto por Hill, Hwang e Kim (1990) para incluir mais um grupo de fatores relacionados às competências organizacionais. O modelo contingencial de Aulakh e Kotabe (1997) estabelece que a decisão sobre o nível de integração do canal de distribuição seria afetada simultaneamente por três grupos de fatores (estratégicos, específicos da transação e relativos às competências organizacionais). Em conformidade com os argumentos da literatura, foi formulada a seguinte proposição: Proposição 5: A decisão do varejista sobre o modo de entrada em mercados extraregionais é influenciada simultaneamente pelos fatores antecedentes ambientais, específicos da transação, estratégicos e relativos às competências organizacionais. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Modelo de Expansão Extra-Regional do Varejo ora proposto objetiva possibilitar a investigação do impacto de cada um dos fatores antecedentes na escolha do modo de entrada e 12

13 clarificar o caráter contingencial da decisão do modo de entrada ao conjunto de fatores antecedentes. Trata-se, assim, de mais um instrumento útil no repertório de modelos e técnicas à disposição dos pesquisadores interessados na matéria. Espera-se que os resultados de testes empíricos futuros do modelo venham demonstrar que, a exemplo do que ocorre no processo de internacionalização, não existe um modo de entrada correto. Espera-se que a decisão de escolha do modo de entrada em mercados extraregionais seja contingente ao contexto revelado pelos fatores antecedentes. Em outras palavras, cada fator antecedente contribuirá mais para a escolha de um ou de outro modo de entrada. Entretanto, seria o efeito conjunto dos fatores antecedentes que configuraria o contexto favorável à expansão por lojas próprias (modo hierárquico) ou por franquias e sócios locais (modo de mercado). Além disso, a expansão extra-regional é, por si só, um fenômeno que merece ser objeto de maior interesse dos pesquisadores, pela sua importância nas estratégias de crescimento de firmas, varejistas ou não, e como precursora dos movimentos de internacionalização. 4 REFERÊNCIAS Agarwal, S. e Ramaswami, S. N. Choice of foreign market entry mode: impact of ownership, location and internalization factors. Journal of International Business Studies, v. 23, n. 1, p. 1-27, Anderson, E. e Coughlan, A. T. International market entry and expansion via independent or integrated channels of distribution. Journal of Marketing, v. 51, n.1, p , Anderson, E. e Gatignon, H. Modes of foreign entry: a transaction cost analysis and propositions. Journal of International Business Studies, v. 17, n. 3, p. 1-26, Fall, Aulakh, P. S. e Kotabe, M. Antecedents and performance implications of channel integration in foreign markets. Journal of International Business Studies, v. 28, n. 1, p , Baumol, W.; Panzer, J. e Willig, R. Contestable markets and the theory of industry structure. New York: H. Brace, Bell, J. The internationalization of small computer software firms: a further challenge to stage theories. European Journal of Marketing, v. 29, n. 8, p , Berman, B. e Evans, J. R. Retail Management: a strategic approach. 7th ed. Upper Saddle River: Prentice Hall, c1998. Bonaccorsi, A. On the relationship between firm size and export intensity. Journal of International Business Studies, n. 23, p , Bradley, D. G. Managing against expropriation. Harvard Business Review, v. 55, n. 4, p , Caves, R. E. Multinational enterprise and economic analysis. New York: Cambridge University Press, Chandler, A. D. Organizational capabilities an the economic history of the industrial enterprise. Journal of Economic Perspectives, v. 6, n. 3, p , Chang, S. J. e Rosenzweig, P. M. The choice of entry mode in sequential foreign direct investment. Strategic Management Journal, v. 22, n. 8, p ,

14 Datta, D. K.; Herrmann, P. e Rasheed, A. A. Choice of foreign market entry modes: critical review and future directions. In: Hitt, M. A. e Cheng, J. L. C. Managing Transnational Firms: resources, market entry and strategic alliances. Amsterdam: JAI, p (Advances in International Management, v. 14) Davidson, W. H. The location of foreign direct investment activity: country characteristics and experience effects. Journal of International Business Studies, v. 11, n. 2, p. 9-22, Fall, Edwards, C. D. The significance of conglomerate concentration in modern economics. In: Arndt. H. (Ed.) Die konzentration in der wirtschaft. Berlin: Humboldt, Erramili, M. K. The experience factor in foreign market entry behaviour of service firms. Journal of International Business Studies, v. 22, n. 3, p , Nationality and subsidiary ownership patterns in multinational corporations. Journal of International Business Studies, v. 27, n. 2, p , Erramili, M. K. e Rao, C. P. Service firms international entry-mode choice: a modified transaction-cost analysis approach. Journal of Marketing, v. 57, n. 3, p , Fladmoe-Lindquist, K. e Jacque, L. L. Control modes in international service operations: the propensity to franchise. Management Science, v. 41, n. 7, p , Gatignon, H. e Anderson, E. The multinational corporation s degree of control over foreign subsidiaries: an empirical test of a transaction cost explanation. Journal of Law Economics, and Organization, v. 4, n. 2, p , Goshall, S. Global strategy: an organizing framework. Strategic Management Journal, v. 8, p , Green, R. T. e Cunninghan, W. H. The determinants of US foreign investment: an empirical examination. Management International Review, v. 15, n. 2/3, p , Hallén, L. e Widersheim-Paul, F. Psychic distance and buyer-seller interaction. In: Buckley, P. J. e Ghauri, P. (Ed.) The internationalization of the firm. London: Dryden Press, p Hamel, G. e Prahalad, C. K. Do you really have a global strategy? Harvard Business Review, v. 63, n. 4, p , Harrigan, K. R. Strategies for vertical integration. Lexington, MA: D. C. Heath, Exit barriers and vertical integration. Academy of Management Journal, v. 28, n.3, p , Strategies for intrafirm transfers and outside sourcing. Academy of Management Journal, v. 28, n. 4, p , Hemais, C. A. e Hilal, A. O processo de internacionalização da firma segundo a Escola Nórdica. In.: Rocha, A. (Org.). A internacionalização das empresas brasileiras: estudos de gestão internacional. Rio de Janeiro: Mauad, Hennart, J. F. The transaction costs theory of joint ventures: an empirical study of Japanese subsidiaries in the United States. Management Science, v. 37, n. 4, p , Hill, C. W.; Hwang, P. e Kim, C. An eclectic theory of the choice of international entry mode. Strategic Management Journal, v. 11, n. 2, p ,

15 Hout, T.; Porter, M. E. e Rudden, E. How global companies win out. Harvard Business Review, v. 60, n. 5, p , Sept./Oct., Hymer S. P. The international operations of national firms: a study of direct investment. Cambridge, MSS: MIT Press, 1992 Johanson, J. e Hallén, L. International business relationships and industrial networks. In: Cavusgil, T; Hallén, L. e Johanson, J. (Eds.). Networks of relationships in international industrial marketing. Greenwich: JAI, p (Advances in International Marketing 3). Johanson, J. e Vahlne, Jean-Erik. The internationalization process of the firm a model of knowledge development and increasing foreign market commitments. Journal of International Business Studies, v. 8, n. 1, p , The mechanism of internationalisation. International Marketing Review, v. 7, n. 4, p , Management of foreign market entry. Scandinavian International Business Review, v. 1, n. 3, p. 9-27, Johanson, J. e Wiedersheim-Paul, F. The internalization of the firm: four Swedish cases. Journal of Management Studies, v. 12, n. 3, p , Jones, G. R. e Hill, C. W. L. Transaction coast analysis strategy structure choice. Strategic Management Journal, v. 9, p , Kim, W. C. e Hwang, P. Global strategy and multinationals entry mode choice. Journal of International Business Studies, v. 23, n. 1, p , Kim, W. C. e Hwang, P. e Burgers, W. P. Global diversification strategy and corporate profit performance. Strategic Management Journal, v. 10, n. 1, p , Kim, W. C. e Mauborgne, R. A. Becoming an effective global competitor. Journal of Business Strategy, v. 9, n. 1, p , Klein, S.; Frazier, G. L. e Roth, V. J. A transaction cost analysis model of channel integration in international markets. Journal of Marketing Research, v. 27, n. 2, p , Kobrin, S. J. Selective vulnerability and corporate management. In. Morant, T. H.(Ed.). International Political risk assessment: the state of the art. George town, DC: Gorge Town University Press, Testing the bargain hypothesis in the manufacturing sector in developing countries. International Organization, v. 41, n. 4, p , Kogut, B. Designing global strategies: comparative and competitive value added chains. Sloan Management Review, v. 26, n. 4, p , Summer, Kogut, B. e Singh, H. The effect of national culture on the choice of entry mode. Journal of International Business Studies, v. 19, n. 3, p , Kotabe, M. A. Comparative study of U.S. and Japanese Patent Systems. Journal of International Business Studies, v. 23, n. 1, p , Kuada, J. e Sorensen, O. J. Internationalization of companies from developing countries. New York: International Business Press, Larke, R. Expansion of Japanese retailers overseas. Journal of Global Marketing, v. 18, n.1/2, p ,

16 Perlmutter, H. V. The tortuous evolution of the multinational corporation. Columbia Journal of World Business, v. 4, n. 1, p. 9-18, Porter, M. E. Competition in global industries. Boston: Harvard Business School Press, Competitive strategy: techniques four analyzing industries and competitors. New York: The Free Press, Rezende, S. F. L. The trajectories of UK Owned operational divisions in Brazil. Doctoral dissertation, The Department of Marketing, The Management School, Lancaster University, Lancaster, Internationalization processes: an analytical framework. Revista de Administração Contemporânea, v. 7, n. 2, p , Root, F. Entry strategies for international markets. New York: Lexington Books, Roth, K.; Chweiger e Morrison. Global strategy implementation at the business unit level: operational capabilities and administrative mechanism. Journal of International Business Studies, v. 22, n. 3, p , Shrader, R. C.; Oviatt, B. M. e McDougall, P. P. How new ventures exploit trade offs among international risk factors: lessons for the accelerated internationalization of the 21 st century. Academy of Management Journal. v. 43, n. 6, p , Dec., Sternquist, B. International expansion of US retailers. International Journal of Retail & Distribution Management, v. 25, n. 8, p , Stopford, J. M.; Wells. L. T. Managing the multinational enterprise. New York: Basic Books, Taylor, C. R.; Zou, S. e Osland, G. E. A Transaction cost perspective on foreign market entry strategies of US and Japanese firms. Thunderbird International Business Review, v. 40, n. 4, p , Tihanyi, L.; Griffith, D. A. e Russell, C. J. The effect of cultural distance on entry mode choice, international diversification, and MNE performance: a meta-analysis. Journal of International Business Studies, v. 36, n. 3, p , Vernon, R. Organizational and institutional responses to international risk. In:_ Herring, R. (Org.).Managing international risk. New York: Cambridge University Press, Watson, C. M. Counter competition abroad to protect home markets. Harvard Business Review, v. 60, n. 1, p , Welch. L. S. The internationalization process and networks: a strategic management perspective. Journal of International Marketing, v. 4, n. 3, p , Welch. L. S. eluostarinen, R. Inward outward connections in internationalization. Journal International Marketing, v. 1, p , Welch. L. S. e Wiedersheim-Paul, F. Domestic expansion: internationalization at home. Essays in International Business, n. 2, p , Dec Yip, G. S. Global strategy...in a world of nations? Sloan Management Review, v. 31, n. 1, p ,

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

ESTRATÉGIAS DE NÍVEL EMPRESARIAL. Administração Estratégica Conceitos. Autores Peter Wright Mark J. Kroll John Parnell

ESTRATÉGIAS DE NÍVEL EMPRESARIAL. Administração Estratégica Conceitos. Autores Peter Wright Mark J. Kroll John Parnell Administração Estratégica Conceitos Autores Peter Wright Mark J. Kroll John Parnell Alternativas Estratégicas É a estratégia que a alta administração formula para toda a empresa. Reestruturação Empresarial

Leia mais

Vantagens Competitivas (de Michael Porter)

Vantagens Competitivas (de Michael Porter) Vantagens Competitivas (de Michael Porter) CURSO: Administração DISCIPLINA: Comércio Exterior FONTE: SOARES, Claudio César. Introdução ao Comércio Exterior Fundamentos Teóricos do Comércio Internacional.

Leia mais

Negócios Internacionais

Negócios Internacionais International Business 10e Daniels/Radebaugh/Sullivan Negócios Internacionais Capítulo 1 Negócios Internacionais: Fundamentos 2004 Prentice Hall, Inc 1-1 Objectivos do Capítulo Definir negócios internacionais

Leia mais

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo:

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo: Perguntas e respostas sobre gestão por processos 1. Gestão por processos, por que usar? Num mundo globalizado com mercado extremamente competitivo, onde o cliente se encontra cada vez mais exigente e conhecedor

Leia mais

Exercícios sobre Competindo com a Tecnologia da Informação

Exercícios sobre Competindo com a Tecnologia da Informação Exercícios sobre Competindo com a Tecnologia da Informação Exercício 1: Leia o texto abaixo e identifique o seguinte: 2 frases com ações estratégicas (dê o nome de cada ação) 2 frases com características

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ

ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ INTRODUÇÃO Estratégia é hoje uma das palavras mais utilizadas

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

As Organizações e a Teoria Organizacional

As Organizações e a Teoria Organizacional Página 1 de 6 As Organizações e a Teoria Organizacional Autora: Sara Fichman Raskin Este texto é totalmente baseado no primeiro capítulo do livro Organizational theory: text and cases, do autor Jones Gareth,

Leia mais

MARKETING INTERNACIONAL

MARKETING INTERNACIONAL MARKETING INTERNACIONAL Produtos Ecologicamente Corretos Introdução: Mercado Global O Mercado Global está cada dia mais atraente ás empresas como um todo. A dinâmica do comércio e as novas práticas decorrentes

Leia mais

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade Luis Afonso Lima Pedro Augusto Godeguez da Silva Revista Brasileira do Comércio Exterior Outubro/Dezembro 2011 MOTIVAÇÕES PARA A

Leia mais

cada fator e seus componentes.

cada fator e seus componentes. 5 CONCLUSÃO Conforme mencionado nas seções anteriores, o objetivo deste trabalho foi o de identificar quais são os fatores críticos de sucesso na gestão de um hospital privado e propor um modelo de gestão

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS Agenda da Conferência O que são redes? O que são redes interorganizacionais? Breve histórico das redes interorganizacionais Tipos

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

ANALISANDO UM ESTUDO DE CASO

ANALISANDO UM ESTUDO DE CASO ANALISANDO UM ESTUDO DE CASO (Extraído e traduzido do livro de HILL, Charles; JONES, Gareth. Strategic Management: an integrated approach, Apêndice A3. Boston: Houghton Mifflin Company, 1998.) O propósito

Leia mais

Estratégia Internacional

Estratégia Internacional Estratégia Internacional Professor: Claudemir Vasconcelos Aluno: Sergio Abreu Estratégia Internacional A internacionalização não se limita somente ao Comércio exterior (importação & exportação); é operar

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

CONCEITO DE ESTRATEGIA

CONCEITO DE ESTRATEGIA CONCEITO DE ESTRATEGIA O termo estratégia deriva do grego stratos (exército) e agein (conduzir). O strategos era o que conduzia o exercito, isto é, o general, o comandante-chefe, o responsável pela defesa

Leia mais

Sistemas de Informação I

Sistemas de Informação I + Sistemas de Informação I Dimensões de análise dos SI Ricardo de Sousa Britto rbritto@ufpi.edu.br + Introdução n Os sistemas de informação são combinações das formas de trabalho, informações, pessoas

Leia mais

Pesquisa de Marketing

Pesquisa de Marketing Pesquisa de Marketing CONCEITOS INICIAIS Prof. Daciane de Oliveira Silva Fonte: MALHORTA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. MATTAR, Fauze Najib.

Leia mais

Inteligência Competitiva

Inteligência Competitiva Inteligência Competitiva Prof. Patricia Silva psilva@univercidade.br Aula 6 Objetivos da aula 6 n Análise SWOT n Bibliografia: Estratégia de Marketing O C. Ferrell Cap. 4 Strenghts (forças), Weaknesses

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso:

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso: PLANO DE NEGÓCIOS Causas de Fracasso: Falta de experiência profissional Falta de competência gerencial Desconhecimento do mercado Falta de qualidade dos produtos/serviços Localização errada Dificuldades

Leia mais

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé?

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé? 1 INTRODUÇÃO As empresas, inevitavelmente, podem passar por períodos repletos de riscos e oportunidades. Com a complexidade da economia, expansão e competitividade dos negócios, tem-se uma maior necessidade

Leia mais

PADRÕES TECNOLÓGICOS E DE COMÉRCIO EXTERIOR DAS FIRMAS BRASILEIRAS RESUMO

PADRÕES TECNOLÓGICOS E DE COMÉRCIO EXTERIOR DAS FIRMAS BRASILEIRAS RESUMO PADRÕES TECNOLÓGICOS E DE COMÉRCIO EXTERIOR DAS FIRMAS BRASILEIRAS CLASSIFICAÇÃO JEL: F12 Fernanda De Negri RESUMO Este artigo analisa a relação entre os padrões tecnológicos e o desempenho externo das

Leia mais

Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos?

Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos? Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos? Carlos Nuno Castel-Branco Professor Auxiliar da Faculdade de Economia da UEM

Leia mais

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica Danillo Tourinho S. da Silva, M.Sc. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Estratégia Competitiva é o conjunto de planos, políticas,

Leia mais

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com Quem somos? A BEATRIZ DEHTEAR KM apresenta a seus clientes uma proposta totalmente inovadora para implementar a Gestão do Conhecimento Organizacional. Nosso objetivo

Leia mais

Risco na medida certa

Risco na medida certa Risco na medida certa O mercado sinaliza a necessidade de estruturas mais robustas de gerenciamento dos fatores que André Coutinho, sócio da KPMG no Brasil na área de Risk & Compliance podem ameaçar a

Leia mais

Usada originalmente na área militar, esta palavra hoje é bastante usada na área de negócios.

Usada originalmente na área militar, esta palavra hoje é bastante usada na área de negócios. Usada originalmente na área militar, esta palavra hoje é bastante usada na área de negócios. A palavra vem do grego strátegos, que significa "a arte do general". Arte militar de escolher onde, quando e

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

Introdução ao Marketing. História do Conceito

Introdução ao Marketing. História do Conceito História do Conceito O termo marketing, de acordo com Cobra (1988, p. 34) é uma expressão anglo-saxônica derivada da palavra mercari, do latim, que significa comércio, ou ato de mercar, comercializar ou

Leia mais

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Caros alunos, Essa terceira atividade da nossa disciplina de Suprimentos e Logística

Leia mais

E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação

E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação Capítulo 2 E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação 2.1 2007 by Prentice Hall OBJETIVOS DE ESTUDO Identificar e descrever as principais características das empresas que são importantes

Leia mais

Prof. Marcopolo Marinho

Prof. Marcopolo Marinho Aula 05 Marketing Modelo E-C-D; Modelo de cinco forças de ameaças ambientais; Análise do Ambiente Externo; Ferramenta de mapeamento de processos e de planificação estratégica - 5w2h; O Plano Estratégico:

Leia mais

5 Considerações Finais 5.1 Conclusão

5 Considerações Finais 5.1 Conclusão 5 Considerações Finais 5.1 Conclusão Nos dias atuais, nota-se que a marca exerce papel relevante para criar a diferenciação da empresa e de seus produtos tanto no mercado interno como nos mercados internacionais.

Leia mais

3. Estratégia e Planejamento

3. Estratégia e Planejamento 3. Estratégia e Planejamento Conteúdo 1. Conceito de Estratégia 2. Vantagem Competitiva 3 Estratégias Competitivas 4. Planejamento 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Administração de Pequenas Empresas

Leia mais

Administrando os canais de distribuição (aula 2)

Administrando os canais de distribuição (aula 2) 13 Aula 2/5/2008 Administrando os canais de distribuição (aula 2) 1 Objetivos da aula Explicar como os profissionais de marketing usam canais tradicionais e alternativos. Discutir princípios para selecionar

Leia mais

ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB.

ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB. ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB.ORG/EVALUATION ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Organograma e Departamentalização DISCIPLINA: Introdução à Administração FONTE: BATEMAN, Thomas S., SNELL, Scott A. Administração - Construindo Vantagem Competitiva. Atlas. São

Leia mais

Horizons. O impacto financeiro da consumerização de TI As 10 principais percepções do Cisco IBSG Horizons Study. Introdução

Horizons. O impacto financeiro da consumerização de TI As 10 principais percepções do Cisco IBSG Horizons Study. Introdução O impacto financeiro da consumerização de TI As 10 principais percepções do Study Jeff Loucks/Richard Medcalf Lauren Buckalew/Fabio Faria O número de dispositivos de consumerização de TI nos seis países

Leia mais

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS Jorge Luis Nicolas Audy * A Universidade vem sendo desafiada pela Sociedade em termos de uma maior aproximação e alinhamento com as demandas geradas pelo

Leia mais

Capítulo 3. Avaliação das capacidades internas de uma empresa

Capítulo 3. Avaliação das capacidades internas de uma empresa Capítulo 3 Avaliação das capacidades internas de uma empresa O que uma análise interna nos diz? A análise interna nos permite ter um comparativo entre as capacidades da empresa Quais são as forças da empresa?

Leia mais

Respostas da Lista de Exercícios do Módulo 2: Vantagem Competitiva. Resposta do Exercício 1

Respostas da Lista de Exercícios do Módulo 2: Vantagem Competitiva. Resposta do Exercício 1 Respostas da Lista de Exercícios do Módulo 2: Vantagem Competitiva 1 Resposta do Exercício 1 Uma organização usa algumas ações para fazer frente às forças competitivas existentes no mercado, empregando

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

Estratégia Empresarial. Capítulo 6 Integração Vertical. João Pedro Couto

Estratégia Empresarial. Capítulo 6 Integração Vertical. João Pedro Couto Estratégia Empresarial Capítulo 6 Integração Vertical João Pedro Couto Natureza da integração vertical A integração vertical consiste na execução de várias funções da cadeia operacional sob a égide de

Leia mais

Módulo 4.Estruturas Organizacionais

Módulo 4.Estruturas Organizacionais Módulo 4.Estruturas Organizacionais Como vimos anteriormente, a Abordagem Contingencial afirma que a forma de atuar da organização deve levar em conta o ambiente onde está inserida. Sua estrutura, igualmente,

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS Versão 2.0 30/10/2014 Sumário 1 Objetivo... 3 2 Conceitos... 3 3 Referências... 4 4 Princípios... 4 5 Diretrizes... 5 5.1 Identificação dos riscos...

Leia mais

Estratégias. Chapter Title Gestão Grupos Empresas. 15/e PPT. Screen graphics created by: Jana F. Kuzmicki, Ph.D. Troy University-Florida Region

Estratégias. Chapter Title Gestão Grupos Empresas. 15/e PPT. Screen graphics created by: Jana F. Kuzmicki, Ph.D. Troy University-Florida Region McGraw-Hill/Irwin 2007 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved. 9 Estratégias Chapter Title Gestão Grupos Empresas 15/e PPT Screen graphics created by: Jana F. Kuzmicki, Ph.D. Troy University-Florida

Leia mais

Visão estratégica para compras

Visão estratégica para compras Visão estratégica para compras FogStock?Thinkstock 40 KPMG Business Magazine Mudanças de cenário exigem reposicionamento do setor de suprimentos O perfil do departamento de suprimentos das empresas não

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS E PLANOS DE MARKETING. Prof. Esp. Lucas Cruz

DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS E PLANOS DE MARKETING. Prof. Esp. Lucas Cruz DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS E PLANOS DE MARKETING Prof. Esp. Lucas Cruz Estabelecimento de metas Os objetivos devem atender aos critérios: ser organizados hierarquicamente, do mais importante para o

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Existem três níveis distintos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Alcance

Leia mais

ANEXO I CONCEITOS DE INOVAÇÃO

ANEXO I CONCEITOS DE INOVAÇÃO ANEXO I CONCEITOS DE INOVAÇÃO O requisito mínimo para se definir uma inovação é a introdução de novos elementos/instrumentos nos processos produtivos, de gestão ou comerciais, que favoreçam a melhor participação

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

Análise Estruturada de Sistemas

Análise Estruturada de Sistemas Análise Estruturada de Sistemas Capítulo 3 Estudo de Viabilidade Definição das Necessidades Funcionais O propósito desta etapa é produzir um documento formal que contenha uma descrição detalhada da proposta,

Leia mais

Logística Empresarial. Global Sourcing A Globalização e a Nova Visão da Logística Parte II. Aula 6. Conceitos Importantes.

Logística Empresarial. Global Sourcing A Globalização e a Nova Visão da Logística Parte II. Aula 6. Conceitos Importantes. Logística Empresarial Aula 6 Global Sourcing A Globalização e a Nova Visão da Logística Parte II Prof. Me. John Jackson Buettgen Contextualização Conceitos Importantes Fluxos logísticos É o movimento ou

Leia mais

Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP

Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP Parceiros de serviços em nuvem gerenciada Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP Implemente a versão mais recente do software da SAP de classe mundial,

Leia mais

PRESSUPOSTOS BASE PARA UMA ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO NO ALENTEJO

PRESSUPOSTOS BASE PARA UMA ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO NO ALENTEJO PRESSUPOSTOS BASE PARA UMA ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO NO ALENTEJO ÍNDICE 11. PRESSUPOSTO BASE PARA UMA ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO 25 NO ALENTEJO pág. 11.1. Um sistema regional de inovação orientado para a competitividade

Leia mais

1. O Contexto do SBTVD

1. O Contexto do SBTVD CT 020/06 Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2006 Excelentíssimo Senhor Ministro Hélio Costa MD Ministro de Estado das Comunicações Referência: Considerações sobre o Sistema Brasileiro de Televisão Digital

Leia mais

G t es ã tão E t s t ra é té i g? ca O Que é isso? TEORIA TE DAS DA ORGANIZA OR Ç GANIZA Õ Ç ES E Prof. Marcio Peres

G t es ã tão E t s t ra é té i g? ca O Que é isso? TEORIA TE DAS DA ORGANIZA OR Ç GANIZA Õ Ç ES E Prof. Marcio Peres Gestão Et Estratégica? téi O Que é isso? TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES Prof. Marcio Peres Estratégias Linhas de ação ou iniciativas altamente relevantes que indicam como serão alcançados os Objetivos Estratégicos.

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR

COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR COMO TORNAR-SE UM FRANQUEADOR O que é Franquia? Objetivo Esclarecer dúvidas, opiniões e conceitos existentes no mercado sobre o sistema de franquias. Público-Alvo Empresários de pequeno, médio e grande

Leia mais

(WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000)

(WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000) de Marketing e Estratégias de Marketing Parte 01 OPORTUNIDADES E AMEAÇAS DO AMBIENTE EXTERNO Marcoambiente Ambiente setorial Estratégia Administração Estratégica Estratégico Organização / Direção Estratégia

Leia mais

GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA. Profª. Danielle Valente Duarte

GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA. Profª. Danielle Valente Duarte GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA Profª. Danielle Valente Duarte 2014 Abrange três componentes interdependentes: a visão sistêmica; o pensamento estratégico e o planejamento. Visão Sistêmica

Leia mais

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso 7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso Saiba como colocar o PINS em prática no agronegócio e explore suas melhores opções de atuação em rede. Quando uma empresa

Leia mais

www.pwc.com.br Como melhorar a gestão da sua empresa?

www.pwc.com.br Como melhorar a gestão da sua empresa? www.pwc.com.br Como melhorar a gestão da sua empresa? Como melhorar a gestão da sua empresa? Melhorar a gestão significa aumentar a capacidade das empresas de solucionar problemas. Acreditamos que, para

Leia mais

Estratégia como fator de Competitividade. Resumo

Estratégia como fator de Competitividade. Resumo Estratégia como fator de Competitividade Autora: Claryce Barros Santos Resumo Em meio à variabilidade de processos organizacionais a estratégia surge como ferramenta crucial nas organizações. O presente

Leia mais

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos carlos@oficinadapesquisa.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Objetivo Geral da Disciplina: Apresentar

Leia mais

FUNDAMENTOS PARA A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

FUNDAMENTOS PARA A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA FUNDAMENTOS PARA A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Abordagem da estratégia Análise de áreas mais específicas da administração estratégica e examina três das principais áreas funcionais das organizações: marketing,

Leia mais

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos 1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br

Leia mais

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E Prof. Marcelo Mello Unidade III DISTRIBUIÇÃO E TRADE MARKETING Canais de distribuição Canal vertical: Antigamente, os canais de distribuição eram estruturas mercadológicas verticais, em que a responsabilidade

Leia mais

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani Planejamento Estratégico de TI Prof.: Fernando Ascani BI Business Intelligence A inteligência Empresarial, ou Business Intelligence, é um termo do Gartner Group. O conceito surgiu na década de 80 e descreve

Leia mais

Gestão dos Stakeholders Cap. 2 - A construção da Vantagem Competitiva

Gestão dos Stakeholders Cap. 2 - A construção da Vantagem Competitiva Gestão dos Stakeholders Cap. 2 - A construção da Vantagem Competitiva Profa. Dra. Thelma Rocha 1 Administração dos Públicos Estratégicos Vê a empresa como o centro de uma rede de públicos chamados de públicos

Leia mais

Prospeção e Desenvolvimento de Novos Negócios

Prospeção e Desenvolvimento de Novos Negócios Internacionalização ÍNDICE Breve Introdução da Visabeira Ambições e Objetivos na Internacionalização Prospeção e Desenvolvimento de Novos Negócios Implementação de Negócios Internacionais Modelo de Criação

Leia mais

Redes de políticas: novos desafios para a gestão pública

Redes de políticas: novos desafios para a gestão pública Redes de políticas: novos desafios para a gestão pública Disciplina: INSTITUIÇÕES, ORGANIZAÇÕES E DESENVOLVIMENTO Profs.: Luiz Fernando Paulillo e Mauro Rocha Côrtes Doutoranda: Aldara da Silva César Texto:

Leia mais

Por existir diferentes níveis em uma organização, existem diferentes tipos de sistemas servindo cada nível organizacional

Por existir diferentes níveis em uma organização, existem diferentes tipos de sistemas servindo cada nível organizacional Por existir diferentes níveis em uma organização, existem diferentes tipos de sistemas servindo cada nível organizacional Fonte: Tipos de Sistemas de Informação (Laudon, 2003). Fonte: Tipos de Sistemas

Leia mais

Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia

Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia Processo de EO Procedimentos que são, ou podem ser, usados para formular as estratégias de operações que a empresa deveria adotar (SLACK,

Leia mais

A Análise DAFO. Toward a Theory of Library Administration Alan R. Samuels & Charles R. McClure.

A Análise DAFO. Toward a Theory of Library Administration Alan R. Samuels & Charles R. McClure. A Análise DAFO Nunca conseguiríamos atingir a plenitude sem a Teoria. Sobrepor-se-á sempre à prática, por uma simples razão: a prática é estática. Consegue fazer bem apenas o que sabe. Não tem, contudo,

Leia mais

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Existem três categorias básicas de processos empresariais: PROCESSOS GERENCIAIS Conceito de Processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo (Graham e LeBaron, 1994). Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

DEBATE: UPP x MERCADO RELEVANTE. Arthur Barrionuevo

DEBATE: UPP x MERCADO RELEVANTE. Arthur Barrionuevo DEBATE: UPP x MERCADO RELEVANTE Arthur Barrionuevo Agenda: 1. Mercado relevante 2. Método UPP 3. Produtos Homogêneos 4. Conclusão Introdução Introdução Horizontal Merger Guidelines Uma operação (fusão,

Leia mais

Como agregar valor durante o processo de auditoria

Como agregar valor durante o processo de auditoria QSP Informe Reservado Nº 55 Fevereiro/2006 Como agregar valor durante o processo de auditoria Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QSP. Este guindance paper foi elaborado

Leia mais

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING Uma aplicação da Análise de Pontos de Função Dimensionando projetos de Web- Enabling Índice INTRODUÇÃO...3 FRONTEIRA DA APLICAÇÃO E TIPO DE CONTAGEM...3 ESCOPO DA

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Oportunidades e Riscos

Oportunidades e Riscos 2.4b INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS DISCIPLINA: Negócios Internacionais FONTE: DIAS, Reinaldo. RODRIGUES, Waldemar. Comércio Exterior Teoria e Gestão. Atlas. São Paulo: 2004. 1 MOTIVOS (ou VANTAGENS)

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais A dissertação traz, como foco central, as relações que destacam os diferentes efeitos de estratégias de marca no valor dos ativos intangíveis de empresa, examinando criticamente

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica Ementários Disciplina: Gestão Estratégica Ementa: Os níveis e tipos de estratégias e sua formulação. O planejamento estratégico e a competitividade empresarial. Métodos de análise estratégica do ambiente

Leia mais

3 Abordagem Sistêmica

3 Abordagem Sistêmica 3 Abordagem Sistêmica 3.1 A visão sistêmica Como uma das correntes do pensamento administrativo, a abordagem sistêmica foi introduzida em meados da década de 60. Os teóricos de sistemas definiram-na como,

Leia mais

O papel dos sistemas de informação no ambiente de negócios contemporâneo

O papel dos sistemas de informação no ambiente de negócios contemporâneo O papel dos sistemas de informação no ambiente de negócios contemporâneo Mestrado em Gestão estratégicas de Organizações Disciplina: Sistemas de Informação e Novas Tecnologias Organizacionais Professor:

Leia mais

O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey

O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey Executivos em todos os níveis consideram que a sustentabilidade tem um papel comercial importante. Porém, quando se trata

Leia mais

Boletim Benchmarking Internacional. Inteligência de Mercado

Boletim Benchmarking Internacional. Inteligência de Mercado Boletim Benchmarking Internacional Inteligência de Mercado Dezembro de 2012 Apresentação Visando contribuir para os objetivos estratégicos do SEBRAE, são apresentadas neste boletim informações relacionadas

Leia mais