O Planeamento dos Tempos

Transcrição

1 O Planeamento dos Tempos José Cruz Filipe 1 O processo geral O planeamento das actividades 2 1

2 O processo geral Os processos do PMOK Iniciação Planeamento Controlo Execução Fecho 3 O processo geral Os sub-processos do planeamento ctividades (Âmbito) Planeamento Tempos Risco Recursos e Custos 4 2

3 Planeamento 2 Tempos (Schedule) Sequência das actividades Estimativa duração das actividades Cronograma 5 sequência das actividades Representar as ligações entre as actividades ctividades precedentes: precede, ou seja, só se pode iniciar depois da conclusão de ctividades paralelas: nada, na execução de depende de e reciprocamente 6 3

4 sequência das actividades Representar as ligações entre as actividades ctividades acopladas: para a execução de é necessária alguma informação sobre ; mas para que se realize também é necessária informação sobre x y o CPM e o PERT NÃO contemplam actividades acopladas! 7 construção da rede contecimento: não tem duração, nem necessita de recursos D C H G I J K L 14 ctividade: tem início num acontecimento e fim noutro; tem uma duração e exige recursos D E C F H G I J K L H E F 8 4

5 Previsões "Toutes les prévisions se trompent, c'est une des rares certitudes qui a été donnée à l'homme. Mais si elles se trompent, elles disent vrai sur ceux qui les énoncent, non pas sur leur avenir, mais sur leur temps présent." ("Todas as previsões se enganam, esta é uma das raras certezas dadas ao homem. Mas enganando-se, dizem a verdade sobre quem as enuncia, não sobre o seu futuro, mas sobre o seu presente.") Milan Kundera, L'ignorance, Gallimard, Paris, Durações, datas... Estimativa da duração das actividades Estimativa da duração do projecto Estimativa das folgas de cada actividade Tendo em conta que: Qualquer estimativa tem um carácter PROILÍSTICO! Há vantagem em avaliar o RISCO do projecto 10 5

6 Tempos e recursos Quantidade de Recursos Produtividade dos Recursos Estimativa da Duração da ctividade Quantidade de Trabalho a Executar 11 Tempos e recursos The Mythical Man-Month (Frederick P. rooks) Será verdade? 12 dias.homem = 1 homem a trabalhar 12 dias 12 dias.homem = 2 homens a trabalhar 6 dias 12 dias.homem = 3 homens a trabalhar 4 dias 12 dias.homem = 4 homens a trabalhar 3 dias 12 dias.homem = 6 homens a trabalhar 2 dias 12 dias.homem = 12 homens a trabalhar 1 dia 12 6

7 Combinações de estimativas são incertas Supondo que adoptamos estimativas de durações seguras, ou seja, que consideramos ter 80% de probabilidade de cumprir o prazo de cada actividade Duração optimista Duração mais provável Duração pessimista Duração estimada (80%) ,6 14,7 27,3 Com probabilidade de 90% 14,7 Com probabilidade de 76% 13 duração das actividades Um caso real: Tempo gasto na resolução de um problema de Su-DoKu (Easy) Fonte: Distribuição de frequências Média: 7,

8 duração das actividades duração mais provável m Uma duração optimista a (10% de probabilidade de durar menos tempo) Uma duração pessimista b (10% de probabilidade de durar mais tempo) a m d b Ex: ctividade F: a + 4.m + b d = a = 3 d = 7 6 m = 6 s = 2 b = 15 s = b - a 6 probabilidade de a actividade durar menos de d é de 50%!!! 15 duração do projecto Depois de se terem resolvido as actividades acopladas, determina-se o caminho crítico pelo CPM duração estimada é a soma das durações das actividades críticas: D = SUM(d i ) variância da estimativa é a soma das variâncias das actividades críticas: S 2 = SUM(S 2 i ) 16 8

9 Cálculo da duração do projecto (CPM) * Cálculo dos "Tempos de início mais cedo" e "Tempos de fim mais cedo" F.M.C. = I.M.C. + Duração I.M.C. = máx F.M.C. (precedentes) * Cálculo dos "Tempos de início mais tarde" e "Tempos de fim mais tarde" I.M.T = F.M.T. - Duração F.M.T. = mín I.M.T. (s eguintes ) H Z 3 W 2 P I.M.C.(H) = I.M.C.(Z) I.M.C.(P) = I.M.C.(H) + 8 D H Z 3 W 2 17 F.M.T.(W) = F.M.T.(H) F.M.T.(D) = F.M.T.(W) 5 FOLG = F.M.T. F.M.C. 17 Cálculo da duração do projecto (CPM) Determinação do Caminho Crítico: desenhar a Rede determinar os "Tempos Mais Cedo" (passagem "para a frente") determinar os "Tempos Mais Tarde" (passagem "para trás") o Caminho Crítico fica definido pelas ctividades com Folga Nula 18 9

10 O cronograma (Henry L. Gantt, 1917) CRONOGRM C D E F Documento fundamental para a gestão do projecto Datas de início e fim de cada actividade ctividades críticas Folgas Milestones (Pontos de controlo) utilizar frequentemente no controlo 19 Planear para uma data objectivo Decisão Tomada Desenhar folhetos Imprimir folhetos Produzir fotolitos Contratar jornais Imprimir envelopes Envelopar folhetos Demora no correio Publicar anúncios Período mín. inscr. Follow-up telefónico Receber inscrições Iniciar o curso Semanas Lançar um plano de formação inter-empresas!! 20 10

11 Pontos de controlo (Milestones) São pontos do projecto que se consideram relevantes e que se assinalam logo na fase de planeamento Exemplos: Momentos importantes do projecto Conclusão de actividades ou fases importantes provação de um deliverable importante pelo cliente Momentos em que se deve fazer um ponto de situação formal e completo do estado do projecto 21 O nivelamento de recursos ELECTRONICS 1.1 Design Simulation uild oard Testing Final Drawings NTENN 2.1 Design uild Testing Final Drawings MECH. ENG. 3.1 Chassis Design uild Final Drawings SOFTWRE 4.1 Develop 4.2 Testing s actividades 4.3 Release iniciam-se nas datas mais cedo 5 - SSEMLY 5.1 System ss Quality Testing Documentation Handover to Manuf RESOURCES O Diagrama de Cargas Original

12 O nivelamento de recursos ELECTRONICS 1.1 Design Simulation uild oard Testing Final Drawings NTENN 2.1 Design uild Testing Final Drawings MECH. ENG. 3.1 Chassis Design uild Final Drawings SOFTWRE 4.1 Develop 4.2 Testing diou-se o início de 4.3 Release actividades não-críticas 5 - SSEMLY 5.1 System ss Quality Testing Documentation Handover to Manuf RESOURCES O Diagrama de Cargas Equilibrado O nivelamento de recursos ELECTRONICS 1.1 Design Simulation uild oard Testing Final Drawings NTENN 2.1 Design uild Testing Final Drawings MECH. ENG. 3.1 Chassis Design uild Final Drawings SOFTWRE 4.1 Develop 4.2 Testing diou-se o início de 4.3 Release mais 2 actividades não-críticas 5 - SSEMLY 5.1 System ss Quality Testing Documentation Handover to Manuf RESOURCES O Diagrama de Cargas Equilibrado

13 E se os recursos ainda não forem suficientes? Modificar a sequência de actividades largar o horário de trabalho horas extraordinárias trabalho ao sábado e ao domingo Contratar mais recursos Subcontratar algumas actividades Eliminar algumas actividades (degradando a qualidade produto final) 25 Pontos a notar (1) Não se teve em conta a probabilidade de a folga das actividades não críticas ser excedida Não se teve em conta a necessidade de se ter de refazer trabalho Não se teve em conta qualquer alteração à especificação do projecto Duplicar recursos não significa reduzir a duração de uma actividade a metade ( Lei de rooks ) Não se teve em conta que o nivelamento de cargas reduz as folgas 26 13

14 E... pontos a notar (2) probabilidade de completar o projecto no prazo estimado pelo CPM é INFERIOR a 50% umentar (por segurança) a duração das actividades não aumenta a probabilidade de cumprir a estimativa na mesma percentagem 27 O que leva ao... Sindroma dos 90 % vanço planeado vanço percepcionado vanço real vanço percepcionado não é idêntico a avanço real Trabalho a executar Pessoas lixo 1 Produtividade Trabalho em curso tempo que demora a descoberta dos erros lixo Qualidade Trabalho realmente executado Trabalho a refazer já identificado descoberta de erros Trabalho a refazer ainda não identificado 28 14