Ano lectivo 2008/2009
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- Lívia Coelho Barbosa
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1 Modulo 1 Introdução Ano lectivo 2008/ INTRODUÇÃO Desenvolvimento histórico O desenvolvimento da Contabilidade está naturalmente ligado ao desenvolvimento económico. Alguns marcos de desenvolvimento: Séc. XV introdução das partidas dobradas (frade Luca Paccioli) Séc. XV preocupações p de Contabilidade de Custos (Arsenal de Veneza; registos da família Medicis) Séc. XVIII a Revolução Industrial A Inglaterra, 1.º país industrial, acabou suplantada pela França (séc. XIX) nos estudos da Contabilidade de Custos. Finais do séc. XIX e séc. XX deve destacar-se o papel primordial desempenhado pelos EUA. 2 A normalização contabilística Ainda no séc. XIX a necessidade de regulamentar faz-se sentir. Exigências dos utentes da informação accionistas, credores, público... tendência para uniformizar a apresentação de contas e de resultados. O plano contabilístico de Schmalenbach, publicado em 1927 base do 1.º plano contabilístico alemão em 1937, teve grande impacto na Europa e partia da ideia que a Contabilidade de Custos devia ter um papel preponderante na organização da Contabilidade. O Plano Francês (1947), inspira-se no alemão, integra a Contabilidade de Custos na Contabilidade que é única (foi revisto em 1957 e em 1982). As duas Contabilidades eram autónomas e podiam ser articuladas por meio de contas reflectidas. A adopção da Contabilidade Geral era obrigatória; A Contabilidade Analítica era facultativa. O Plano Francês serviu de modelo a outros países. 3 1
2 A normalização contabilística Os países de influência anglo-saxónica têm sido hostis à adopção de um plano contabilístico obrigatório cada empresa deve estabelecer o seu plano. De destacar o papel desempenhado nestes países pelas organizações de profissionais divulgação de normas e princípios contabilísticos. Portugal Em 1977 foi publicado o diploma legal que instituiu o plano de contas para as empresas POC. Não desenvolveu aspectos ligados à Contabilidade Analítica (classe 9), mas apresentou o conceito de custo de produção de um bem que... compreende os consumos de matérias-primas e materiais, a mãode-obra e os gastos que, de acordo com o sistema de custeio da empresa, nele tenham sido incorporados. 4 A normalização contabilística Influência do movimento de integração europeia as directivas de harmonização dos Estados Membros O novo Sistema de Normalização Contabilística (SNC)... para substituir o POC e legislação complementar a partir de 1 de Janeiro de 2010!... No entanto, apenas disposições relativas à Contabilidade Geral Em resumo: Contabilidade Geral cada vez mais normalizada. Contabilidade Analítica adopção facultativa, deve corresponder às necessidades de cada empresa. 5 A normalização contabilística Vantagens da Normalização: para a empresa para a profissão de técnico de Contabilidade é didáctica e pedagógica facilita análise macro-empresarial para a Administração fiscal Perigo a evitar o excesso! 6 2
3 Características da Informação Financeira Destinatários da informação: Investidores Financiadores Trabalhadores Fornecedores e outros credores Administração Pública Público em geral a responsabilidade pela preparação é das Administrações de cada empresa, que também é utilizador e tem acesso a informação adicional. Objectivos: As demonstrações financeiras devem proporcionar informação acerca da posição financeira, das alterações desta e dos resultados das operações. 7 Características qualitativas: 1. Relevância qualidade da informação para influenciar decisões 2. Fiabilidade informação liberta de erros materiais e de juízos prévios. 3. Comparabilidade registos dos acontecimentos de forma consistente. 8 Princípios contabilísticos Com o objectivo de obter uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados das operações da empresa. Princípios contabilísticos fundamentais: a) da continuidade a empresa opera continuadamente, com duração ilimitada. b) da consistência a empresa não altera as suas políticas contabilísticas de um exercício para outro. c) da especialização ou do acréscimo os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento. d) da custo histórico registos baseados em custos de aquisição ou de produção. 9 3
4 Princípios contabilísticos Princípios contabilísticos fundamentais: e) da prudência é possível integrar nas contas um grau de precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de incerteza (sem excessos...) f) da substância sobre a forma as operações devem ser contabilizadas atendendo à sua substância e à realidade financeira e não apenas è sua forma legal. g) da materialidade as demonstrações financeiras devem evidenciar todos os elementos que sejam relevantes e possam afectar avaliações ou decisões. 10 Critérios de Valorimetria Existências (alguns destaques) As existências serão valorizadas ao custo de aquisição ou ao custo de produção, sem prejuízo das excepções adiante consideradas. Considera-se como custo de aquisição de um bem a soma do respectivo preço de compra com os gastos suportados directa ou indirectamente para o colocar no seu estado actual e no local de armazenagem. Considera-se como custo de produção de um bem a soma dos custos das matérias-primas e outros materiais directos consumidos, da mão-de-obra directa, dos custos industriais variáveis e dos custos industriais fixos necessariamente suportados para o produzir e colocar no estado em que se encontra e no local de armazenagem. 11 Critérios de Valorimetria Existências (alguns destaques) Os custos industriais fixos poderão ser imputados ao custo de produção, tendo em conta a capacidade normal dos meios de produção. Os custos de distribuição, de administração geral e os financeiros não são incorporáveis no custo de produção. Se o custo de aquisição ou de produção for superior ao preço de mercado, será este o utilizado. Os subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos serão valorizados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido. Considera-se como valor realizável líquido de um bem o seu esperado preço de venda deduzido dos necessários custos previsíveis de acabamento e venda. 12 4
5 Critérios de Valorimetria Existências (alguns destaques) Como métodos de custeio das saídas adoptam-se os seguintes: a) Custo específico; b) Custo médio ponderado; c) FIFO; d) LIFO; e) Custo padrão. As existências poderão ser valorizadas ao custo padrão se este for apurado de acordo com os princípios técnicos e contabilísticos adequados; de contrário, deverá haver um ajustamento que considere os desvios verificados. 13 A Contabilidade Geral e a informação para a Gestão Objectivos fundamentais da Contabilidade Geral: Controlo das operações com terceiros Relevar as variações patrimoniais Apurar o resultado do exercício A Contabilidade Geral não dá resposta às necessidades da Gestão: É uma Contabilidade do passado A informação está submetida a regras rígidas Atende a normativos jurídicos e fiscais Dá informações globais Necessidade de uma Contabilidade mais virada para o interior da empresa e mais pormenorizada. A Contabilidade Interna, Analítica ou de Gestão! 14 A evolução: de Contabilidade Industrial ou de Custos a Contabilidade Analítica (de Exploração) e a Contabilidade de Gestão. Contabilidade Industrial tem por objecto o apuramento e análise dos custos industriais ou fabris Contabilidade Analítica ou de Gestão abrange todos os aspectos da Contabilidade Industrial e ainda todos os custos e proveitos respeitantes às restantes áreas da empresa. é um sistema de medida de diferentes grandezas da empresa, facilitando a tomada de decisões e o controlo de gestão. 15 5
6 Em suma, a Contabilidade Analítica ou de Gestão, permite: valorizar os produtos fabricados e em curso de fabrico. fornecer dados para o controlo de gestão comparar com dados de períodos anteriores (no tempo), comparar com outras empresas (no espaço). 16 O processo Gestão e a Contabilidade Analítica Principais funções da gestão: Planeamento, Organização, Direcção, Controlo. A Contabilidade Analítica fornece os dados indispensáveis para o planeamento e para o controlo. Processo de tomada de decisão: escolha entre alternativas surge como reacção à existência de um problema. Toda a decisão requer interpretação e avaliação de informação. 17 O processo de tomada de decisão: Planeamento Contabilidade Analítica Tomada de Decisão Controlo 18 6
7 Na evolução da Contabilidade Analítica ou de Gestão podemos distinguir 4 fases: 1. Fase 1 (até ) determinação dos custos e seu controlo (actividade técnica) 2. Fase 2 ( ) fornecimento de informação para o planeamento e o controlo de gestão (actividade de gestão de apoio informação) 3. Fase 3 ( ) utilização eficiente dos recursos nos processos empresariais. 4. Fase 3 (após ) criação de valor com a utilização eficaz dos recursos. 19 A Contabilidade Analítica ou de Gestão é a componente do processo gestão centrada na utilização eficiente e eficaz dos recursos, que acrescenta claramente valor à organização ao comprovar de modo contínuo se os recursos estão a ser correctamente utilizados e interliga-se, na perspectiva dos recursos, com as outras componentes do processo. Estádios de evolução que podemos encontrar: 1. Contabilidade de custos 2. Contabilidade de gestão operacional 3. Contabilidade de gestão estratégica 20 Requisitos da Contabilidade Analítica Ser objectiva e reflectir com clareza a realidade empresarial em observação. Ser estruturada e utilizada de acordo com as necessidades concretas da organização. As informações fornecidas devem ser: Claras, Precisas, Suficientes, Oportunas. As informações a obter devem ser rentáveis, ou seja, benefício > custo 21 7
8 FIM 8
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