AULA GESTÃO DO CUSTO PADRÃO/CUSTO META/VARIAÇÕES
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- Rosângela Araújo Osório
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1 AULA GESTÃO DO CUSTO PADRÃO/CUSTO META/VARIAÇÕES CUSTO PADRÃO UMA FORMA DE CONTROLE E GESTÃO O Custo Padrão não pode ser entendido como um método, mas sim um princípio de gestão, pois consiste na base para o controle dos custos e suas variações ao estimar/estipular os custos dos produtos e depois analisar as variações favoráveis e desfavoráveis. Por trazer metas de resultado operacional e impactar nos resultados comerciais e econômicos da empresa a definição do custo padrão deve levar em consideração alguns níveis: 1) Padrão Ideal: atingido em condições ideias de fabricação nível ótimo de produção, menores custos variáveis, sem desperdícios, etc, porém possui um impacto desmotivador na gestão, por estar muito longe ; 2) Padrão Corrente: Determinado ao se considerar as ineficiências e imperfeições do processo produtivo, considerando desperdícios e falhas, porém com um viés positivo em termos de resultado. 3) Custo Histórico: mais recomendado para pequenas empresas que não possuem um sistema de custos mais apurado devido ao custo de controle, este custo padrão consiste em utilizar a média suavizada das variações para dar base a análise presente e a tomada de decisões futuras. Importante ressaltar que todo sistema de controle só possui efetividade e utilidade quando suas conclusões e apontamentos geram uma reação da gestão em busca de prevenir acontecimentos ou corrigir expectativas, se não se torna apenas mais uma planilha. ORÇAMENTO FLEXÍVEL E CUSTO PADRÃO Apuração e estimativas O custo padrão pode ser calculado através da estimativa dos custos variáveis unitários e os custos fixos de produção por unidade e integrado ao sistema orçamentário para a geração de metas e base de análise entre o previsto e realizado o cálculo de cada conta integrante de um orçamento simples está ANEXO. Análise de Variações Os sistemas de controle não irão indicar diretamente o problema, sendo apenas um indicador de onde o mesmo ocorreu se foi na produção, no mercado, na gestão e quando falamos em estimativas, devemos ter em mente que as variações podem ocorrer de diversas formas: aumento de preço, não atingimento da meta de vendas, não atingimento das metas de produção, variação no volume, variações de mercado, inflação, etc, portanto se faz necessário uma análise mais apuradas das variações para se aproximar das respostas. As variações podem ser ESTÁTICAS: representando apenas o ocorrido que resulta num valor FAVORÁVEL ou DESFAVORÁVEL do total de cada conta e; Podem ser FLEXÍVEIS: quando forem separadas as VARIAÇÕES DE e VARIAÇÕES DE, resultando num valor FAVORÁVEL ou DESFAVORÁVEL para cada, ou seja, são mais específicas em apontar onde está o problema e o porquê das metas não terem sido atingidas.
2 Exemplo: REALIZADO PREVISTO REALIZADO DESVIO TOTAL F OU D FATURAMENTO R$ ,00 R$ ,00 -R$ ,00 DESFAVORÁVEL CUSTO VARIÁVEL TOTAL R$ ,00 R$ ,00 -R$ ,00 FAVORÁVEL CUSTO FIXO TOTAL R$ ,00 R$ ,00 -R$ 6.700,00 FAVORÁVEL MARGEM BRUTA R$ ,00 R$ ,00 -R$ ,00 RESULTADO VENDIDA DE VENDA R$ 100,00 R$ 95,00 CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO R$ 32,00 R$ 30,00 CUSTO FIXO PADRÃO UNI R$ 25,00 R$ 28,00 Temos que o faturamento realizado foi abaixo do previsto, portanto temos uma variação DESFAVORÁVEL no resultado comercial; O Custo Variável Total foi menor do que o esperado e por se tratar de custo, sua variação para baixo é FAVORÁVEL. Porém, para uma análise mais apurada precisamos separar os resultados em Preços e Quantidades unitárias para análise das Variações Comercial, Custeio Variável e Custo Fixo: Para analisar a variação pela devemos verificar a quantidade REALIZADA (1100) e achar a diferença da PREVISTA (1500) chegando a -400 unidades vendidas praticadas e multiplicar pelo preço realizado (R$ 95,00) - não estamos analisando preço somente a quantidade e teremos um total de -R$ ,00 que significa que se a empresa tivesse vendido as 1500 unidades, mesmo no preço praticado de R$ 95,00 ela teria faturado R$ ,00 a mais, porém ao verificar que a empresa vendeu a -R$ 5,00 a menos por produto, se tivesse vendido a quantidade meta, teria perdido -R$ em faturamento. Conclusão: A área comercial não atingiu sua meta de resultado de R$ 150 mil por não ter vendido a quantidade esperada (-R$ ,00) e por não ter praticado o preço estimado (-R$ 7.500,00) num total de -R$ DEFAVORÁVEL: VARIAÇÃO RELATIVA - COMERCIAL REALIZADO R$ 95,00 -R$ ,00 R$ 100,00 R$ 95,00 -R$ 5,00 QTD META R$ 7.500,00
3 E assim segue para a análise do custo variável e fixo que podem ser apurados por unidade: VARIAÇÃO RELATIVA - CUSTO VARIÁVEL REALIZADO R$ 28,00 -R$ ,00 R$ 32,00 R$ 28,00 R$ 4,00 QTD META 1500 R$ 6.000,00 VARIAÇÃO RELATIVA - CUSTO FIXO REALIZADO R$ 28,00 -R$ ,00 R$ 25,00 R$ 28,00 R$ 3,00 QTD META 1500 R$ 4.500,00 O resumo pode ser descrito da seguinte forma: METAS DE VENDA EM FICHA DE AVALIAÇÃO VARIAÇÃO RELATIVA - COMERCIAL -R$ ,00 -R$ 7.500,00 TOTAL -R$ ,00 VARIAÇÃO RELATIVA - CUSTO VARIÁVEL METAS DE CUSTO VARIÁVEL EM -R$ ,00 R$ 6.000,00 TOTAL -R$ 5.200,00 METAS DE PRODUÇÃO EM VARIAÇÃO RELATIVA - PRODUÇÃO -R$ ,00 R$ 4.500,00 TOTAL -R$ 6.700,00 Demais componentes do orçamento podem ser analisado de forma estática e através da análise Vertical e Horizontal.
4 FIN ADM PRODUÇÃO COMPRAS TERCEIROS COMERCIAL ÁREA CONTA FÓRMULA A SER VENDIDA A SER PRATICADO FATURAMENTO ESPERADO IMPOSTOS COMISSÕES TAXAS CUSTO DA MATÉRIA PRIMA CUSTO DA MOD (POR UNI) CUSTO DE EMBALAGENS CUSTO VARIÁVEL TOTAL MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ESPERADA CUSTO FIXO UNITÁRIO (RATEIO) A SER PRODUZIDA/VENDIDA CUSTO FIXO TOTAL MARGEM BRUTA DESPESA OPERACIONAL LUCRO OPERACIONAL OPERAÇÃO FINANCEIRA (+/-) RECEITA DE JUROS DESPESAS DE JUROS LUCRO ANTES DO IR E CSLL IR E CSLL LUCRO LÍQUIDO ESTIMATIVA MÉDIO PONDERADO ESTIMATIVA x MÉDIO ALÍQUOTA X FATURAMENTO PORCENTAGEM X FATURAMENTO ALÍQUOTA X FATURAMENTO CUSTO MÉDIO POR UNIDADE CUSTO HISTÓRICO POR UNIDADE CUSTO MÉDIO POR UNIDADE SOMA DOS CVs X VENDIDA/PRODUZIDA DIFERENÇA ENTRE AS RECEITAS E AS DESPESAS E CUSTOS VARIÁVEIS CUSTO HISTÓRICO POR UNIDADE QUANTO SERÁ PRODUZIDO/VENDIDO CUSTO POR UNIDADE X A SER PRODUZIDA/VENDIDA DIFERENÇA ENTRE A MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E OS CUSTOS FIXOS GASTO TOTAL DA ÁREA ADM, COMERCIAL E SUPORTE DIFERENÇA ENTRE A MARGEM BRUTA E A DESPESA OPERACIONAL DIFERENÇA ENTRE AS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS RECEITAS FINANCEIRAS ESPERADAS DESPESAS FINANCEIRAS ESPERADAS DIFERENÇA ENTRE/SOMA O LUCRO OPERACIONAL E A OPERAÇÃO FINANCEIRA ALÍQUOTA X LUCRO ANTES DO IR E CSLL SOBRA DE LUCRO APÓS PAGAR OS IR E CSLL
5 Custeio Meta O Custeio Meta ou Target Costing não é um método de custeio e sim uma filosofia, visto que pode ser utilizado com qualquer outro sistema de custeio (Absorção, Variável, ABC, etc) tendo semelhanças com o custo padrão por apurar um custo inicial para ser utilizado nos orçamentos para comparação da eficiência e atingimento das metas. A formação do custo meta parte da premissa de que os Preços de Venda vêm do mercado e a empresa para lucrar precisa gerir seus custos e não formar preço de venda. Ou seja, as empresas fazem gestão de custos e não formação de preço em mercados de concorrência saudável. Também entende que o mercado não aceita ineficiências e estas devem ser analisadas e incentivar um engajamento na organização em busca de resultados. Se a empresa ao apurar o custo meta e seu custo real e a diferença ser positiva existe uma margem de competividade para agregar mais custos ou reduzir o preço ganhando mercado. Para determinar o custo meta é necessário apurar o custo padrão, porém com início no preço de venda determinando os custos variáveis e apurando as despesas variáveis que incidem sobre o preço de venda numa função inversa da mark-up onde PV é o preço de mercado, temos: PV / 1 + MC desejada (%) = o resultado é a sobra que a empresa têm para cobrir os custos variáveis e encaixar o custo fixo de produção através do volume a ser produzido. Através da margem de contribuição também pode ser apurado os Pontos de Equilíbrio e se for utilizado em conjunto com a teoria das restrições para a produção pode otimizar os resultados.
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