ESTADO DE SÃO PAULO DECRETO Nº DE 27 DE ABRIL DE O PREFEITO MUNICIPAL DE CUBATÃO, no uso das atribuições legais;

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1 DECRETO Nº DE 27 DE ABRIL DE 2015 REGULAMENTA, NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL, O DISPOSTO NO ARTIGO 13 DA LEI FEDERAL Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992, INSTITUI A SINDICÂNCIA PATRIMONIAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O PREFEITO MUNICIPAL DE CUBATÃO, no uso das atribuições legais; CONSIDERANDO o disposto no artigo 30, incisos I e II, da Constituição Federal de 1988, segundo os quais Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; [...] ; CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 13, da Lei Federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992, a posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado; e, CONSIDERANDO a necessidade de se regulamentar, em âmbito municipal, dispondo sobre a apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o patrimônio privado do agente público, a fim de se assegurar o cumprimento do disposto na legislação federal; DECRETA: Art. 1º Art. 2º A declaração dos bens e valores que integram o patrimônio privado de agente público, no âmbito do Poder Executivo Municipal, bem como sua atualização, conforme previsto na Lei Federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992, observarão as normas deste Decreto. A posse e o exercício de agente público em cargo, emprego ou função da administração pública direta ou indireta ficam condicionados à apresentação, pelo interessado, de declaração dos bens e valores que integram o seu patrimônio, bem como os do cônjuge, companheiro, filhos ou outras pessoas que vivam sob a sua dependência econômica, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. Parágrafo único. A declaração de que trata o caput, deste artigo, compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais localizados no País ou no exterior.

2 Art. 3º Os agentes públicos de que trata este Decreto atualizarão, em formulário próprio (Anexo II, deste Decreto), anualmente e no momento em que deixarem o cargo, emprego ou função, a declaração dos bens e valores, com a indicação da respectiva variação patrimonial ocorrida até 31 de dezembro do ano anterior ou até a cessação do exercício, conforme o caso. 1º A atualização anual de que trata o caput, deste artigo, será realizada até o dia 30 de junho de cada ano. 2º O agente público poderá, a seu critério, optar pela forma disposta no 4º, do artigo 13, da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, apresentando a declaração anual entregue à Delegacia da Receita Federal, com as respectivas retificações. 3º A declaração de bens será apresentada em envelope lacrado, sobre o qual deverá ser colado o informativo de declaração constante do Anexo I, deste Decreto, assinado pelo servidor e será arquivada junto ao prontuário do servidor. Art. 4º O serviço de pessoal competente manterá arquivo das declarações e autorizações previstas neste Decreto até cinco anos após a data em que o agente público deixar o cargo, emprego ou função. Art. 5º Será instaurado processo administrativo disciplinar contra o agente público que se recusar a apresentar declaração dos bens e valores na data própria, ou que a prestar falsa, ficando sujeito à penalidade prevista no 3º, do artigo 13, da Lei nº 8.429, de 2 de junho de Art. 6º Os órgãos de controle interno fiscalizarão o cumprimento da exigência de entrega das declarações regulamentadas por este Decreto, a ser realizado pelo serviço de pessoal competente. Art. 7º A Secretaria Municipal de Auditoria e Controladoria Interna, ou a Controladoria-Geral do Município, ou órgão equivalente, no âmbito do Poder Executivo Municipal, poderá analisar, sempre que julgar necessário, a evolução patrimonial do agente público, a fim de verificar a compatibilidade desta com os recursos e disponibilidades que compõem o seu patrimônio, na forma prevista na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, observadas as disposições especiais da Lei nº 8.730, de 10 de novembro de Parágrafo único. Verificada a incompatibilidade patrimonial, na forma estabelecida no caput, deste artigo, a Secretaria Municipal de Auditoria

3 e Controladoria Interna, ou a Controladoria-Geral do Município, ou órgão equivalente instaurará procedimento de sindicância patrimonial ou requisitará sua instauração ao órgão ou entidade competente. Art. 8º Ao tomar conhecimento de fundada notícia ou de indícios de enriquecimento ilícito, inclusive evolução patrimonial incompatível com os recursos e disponibilidades do agente público, nos termos do artigo 9º da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, a autoridade competente determinará a instauração de sindicância patrimonial, destinada à apuração dos fatos. Parágrafo único. A sindicância patrimonial de que trata este artigo será instaurada, mediante portaria, pela autoridade competente ou pela Secretaria Municipal de Auditoria e Controladoria Interna, ou a Controladoria-Geral do Município, ou órgão equivalente. Art. 9º A sindicância patrimonial constituir-se-á em procedimento sigiloso e meramente investigatório, não tendo caráter punitivo. 1º O procedimento de sindicância patrimonial será conduzido por comissão composta por dois ou mais servidores ou empregados efetivos de órgãos ou entidades da administração municipal. 2º O prazo para conclusão do procedimento de sindicância patrimonial será de trinta dias, contados da data da publicação do ato que constituir a comissão, podendo ser prorrogado, por igual período ou por período inferior, pela autoridade competente pela instauração, desde que justificada a necessidade. 3º Concluídos os trabalhos da sindicância patrimonial, a comissão responsável por sua condução fará relatório sobre os fatos apurados, opinando pelo seu arquivamento ou, se for o caso, por sua conversão em processo administrativo disciplinar, na forma da legislação municipal vigente. Art. 10. Art. 11. Concluído o procedimento de sindicância nos termos deste Decreto, dar-se-á imediato conhecimento do fato ao Ministério Público Estadual, ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, à Secretaria Municipal de Auditoria e Controladoria Interna, ou a Controladoria-Geral do Município, ou órgão equivalente, à Secretaria da Receita Federal e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Para a realização dos procedimentos previstos neste Decreto, poderão ser utilizados recursos de tecnologia da informação.

4 Art. 12. Art. 13. Art. 14. Art. 15. A Secretaria Municipal de Gestão, ou a Secretaria de Auditoria e Controladoria Interna, ou a Controladoria-Geral do Município, ou ainda órgão equivalente, poderá expedir instruções complementares que forem necessárias para o cumprimento ao disposto neste Decreto, no âmbito do Poder Executivo Municipal. Caberá aos titulares dos órgãos e entidades da administração pública municipal direta ou indireta, sob pena de responsabilidade, velar pela estrita observância do disposto neste Decreto. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Revogam-se as disposições em contrário. PREFEITURA MUNICIPAL DE CUBATÃO EM 27 DE ABRIL DE º da Fundação do povoado 66º da Emancipação. MÁRCIA ROSA DE MENDONÇA SILVA Prefeita Municipal de Cubatão PAULO DE TOLEDO RIBEIRO Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos MARCO FERNANDO CRUZ Secretário Municipal de Gestão PAULO ROBERTO DUARTE BONAVIDES Secretário Municipal de Auditoria e Controladoria Interna Processo Administrativo nº 13405/2014 SEJUR/2015

5 ANEXO I Secretaria Municipal de Gestão Departamento de Recursos Humanos Nome Completo Matrícula: Secretaria: DECLARAÇÃO DE BENS EXERCÍCIO (Ano) CPF: Cargo Ocupado: Lotação: RELAÇÃO DE DOCUMENTOS CONSTANTES DESTE ENVELOPE Relação de Documentos do Titular: ( ) 1. Declaração de Bens Próprio Punho; ( ) 2. Declaração de Bens Cópia da Declaração IRPF entregue à Delegacia da Receita Federal; Relação de Documentos do Cônjuge, que possua bens no próprio nome: ( ) 3. Declaração de Bens Próprio Punho ( ) 4. Declaração de Bens Cópia da Declaração IRPF entregue à Delegacia da Receita Federal; CPF Relação de Documentos dos Filhos / Pessoa que viva sob sua dependência econômica e que possuem bens no próprio nome: ( ) 5. Declaração de Bens Próprio Punho ( ) 6. Declaração de Bens Cópia da Declaração IRPF entregue à Delegacia Receita da Federal; / / Data Assinatura do(a) Servidor(a) CONTEÚDO DA DECLARAÇÃO: De acordo com a Lei Federal nº 8.429/92, artigo 13; e 1º do art. 3º do Decreto Municipal nº /2015, deverão ser declarados os Bens Imóveis, Bens Móveis, Bens Semoventes, Dinheiro, Títulos, Ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no país ou no exterior. Bens ou valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos ou de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante. Excluem-se apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. Sugerimos leitura das referidas Leis. FORMA DE ENTREGA DA DECLARAÇÃO: Declaração de próprio punho ou Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física, entregue à Delegacia da Receita Federal no Corrente Ano Ano Base correspondente ao Exercício Anterior, relativo aos itens relacionados acima. A declaração deverá ser entregue dentro de envelope pardo, tamanho A4, lacrado com cola e fita adesiva transparente. Por fora do envelope, deverá ser colada esta Relação de Documentos preenchida, assinada pelo(a) servidor(a).

6 ANEXO II FORMULÁRIO DE DECLARAÇÃO DE BENS E VALORES DECLARAÇÃO DE BENS E VALORES EXERCÍCIO (Ano) CAMPO 1 Nome Completo R.G.: Matrícula: Secretaria: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SERVIDOR C.P.F.: Cargo Ocupado: Lotação: CAMPO 2 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO DEPENDENTE CAMPO 3 DADOS DOS BENS E VALORES TIPO DISCRIMINAÇÃO VALOR CAMPO 4 DECLARAÇÃO DO SERVIDOR Declaro, sob as penas da lei, que as informações aqui prestadas são verdadeiras, autorizando a Administração a proceder a digitação das informações neste formulário, bem como as informações anuais posteriores que atualizarão a presente, resguardado o sigilo destas. EM / /

7 ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO FORMULÁRIO DE DECLARAÇÃO DE BENS E VALORES (Verso do Formulário do Anexo II) Preencher no formulário de Declaração de Bens e Valores os bens que o servidor e os dependentes possuíam no ano de. Caso o servidor precise informar mais itens, deverá tirar cópias do formulário antes de preencher. CAMPO 1: Informe o nome do declarante, o número do RG e o número do CPF, a Matrícula, o Cargo Ocupado, a Secretaria e a Lotação. CAMPO 2: Informe o nome do dependente, o número do RG, a Unidade da Federação a que pertence o RG, o número do CPF, e o grau de dependência. CAMPO 3: Tipo: se o bem for próprio, identifique com a letra P ; se for de dependente, identifique com a letra D. Discriminação: descreva o bem a ser declarado. Quando não possuir bens informe NÃO POSSUO BENS A DECLARAR ; Valor: informe o valor de venda do bem declarado; Total: informe o valor total dos bens declarados. CAMPO 4: O servidor deverá assinar o documento informando local e data da declaração.