Uma Análise Empírica do Efeito Transbordamento e da Taxa de Câmbio sobre Economia Brasileira nas últimas Duas Décadas

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1 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X Uma Análse Empírca do Efeto Transbordamento e da Taxa de Câmbo sobre Economa Braslera nas últmas Duas Décadas José Alderr da Slva 1 RESUMO O objetvo deste trabalho é analsar o efeto transbordamento do PIB mundal e as varações da taxa de câmbo sobre o PIB braslero nas últmas duas décadas. Os anos 90 foram caracterzados pelas polítcas neolberas em mutos países, sobretudo, os países da Amérca Latna. No cenáro nternaconal ocorreram sucessvas crses: Méxco em 1995, Ása em 1997, Rússa em 1998 e EUA em 000. Dante de um cenáro externo tão adverso, o crescmento da economa não conseguu se deslocar da baxa méda mundal. No meo da década de 000 a Europa já dava snas de enfraquecmento. Contudo, a únca grande crse nternaconal nos anos 000 fo a dos EUA em Dante de um cenáro favorável em pratcamente toda a década, o Brasl obteve crescmento acma da méda mundal. Portanto, dante de cenáros tão adversos nessas duas décadas quas foram os efetos do crescmento do PIB do resto do mundo sobre o Brasl? Qual o mpacto da mudança do regme cambal sobre o PIB braslero? Para responder a estas questões serão realzadas regressões utlzando o método de mínmos quadrados ordnáros (MQO) tanto com o PIB mundal quanto com outros países que apresentaram varações sgnfcatvas no crescmento do PIB no período em estudo. Palavras-chave: Efeto transbordamento; PIB; Taxa de câmbo real. GEL: C010, C130, C40. ABSTRACT The objectve of ths study s to analyze the spllover effect of global GDP and changes n the exchange rate on the Brazlan GDP n the last two decades. The 90s were characterzed by neolberal polces n many countres, especally the countres of Latn Amerca. On the nternatonal scene occurred successve crses: Mexco n 1995, Asa n 1997, Russa n 1998 and USA n 000. Faced wth an adverse external envronment as growth n the economy could not move downtown world average. In the mddle of 000s Europe was already showng sgns of weakenng. However, the only major nternatonal crss n the 000s was the U.S. n Facng a favorable scenaro for vrtually the entre decade, Brazl acheved growth above the world average. So before adverse scenaros as these two decades whch were the effects of GDP growth n the rest of the world about Brazl? What s the mpact of changng the exchange rate regme on the Brazlan GDP? To answer these questons wll be conducted regressons usng the method of ordnary least squares (OLS) wth both world GDP and wth other countres that showed sgnfcant varatons n GDP growth n the perod under study. Keywords: Spllover effect; GDP, real exchange rate. 1 Mestre em Economa pela UFRN 378

2 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X INTRODUÇÃO O objetvo deste trabalho é analsar o efeto transbordamento do PIB mundal e as varações da taxa de câmbo sobre o PIB braslero nas últmas duas décadas. Os anos 90 foram caracterzados pelas polítcas neolberas em mutos países, sobretudo, os países da Amérca Latna. No Brasl não fo dferente, contudo, além das polítcas neolberas, o país teve que lda com o problema da nflação, de modo que o regme cambal fxo tornou-se uma espéce de âncora para esta. No âmbto nternaconal, sucessvas crses ocorreram, Méxco em 1995, Ása em 1997, Rússa em 1998 e EUA em 000, além da adoção do regme cambal flutuante e do regme de metas de nflação em mutos países, nclusve Brasl. Quanto à década segunte, o Brasl sofreu uma grande desvalorzação da taxa de câmbo, depos da mudança do regme cambal em 1999, que fcou conhecdo como efeto Lula. Passou por uma sére de polítcas macroeconômcas restrtvas na prmera metade da década e o nverso no restante. No entanto, o crescmento da economa neste período fo lderado prncpalmente pelas exportações. No cenáro nternaconal, Méxco, Rússa, Argentna e EUA começam a se recuperarem nos prmeros anos da década, e outros amplam anda mas o seu crescmento em relação à méda mundal, como a Chna. Por outro lado, a Europa já dava snas de enfraquecmento e os EUA passa por uma de suas maores crses fnanceras de sua hstóra, gerando a desaceleração do PIB mundal em Portanto, dante de cenáros tão adversos nessas duas décadas quas foram os efetos do crescmento do PIB do resto do mundo sobre o Brasl? Qual o mpacto da mudança do regme cambal sobre as exportações e, portanto, sobre o PIB braslero? Para responder a estas questões serão realzadas regressões utlzando do método de mínmos quadrados ordnáros (MQO) com o PIB braslero (varável dependente), mundal e outros países que apresentaram varações sgnfcatvas no crescmento do PIB (varáves ndependentes). Apesar de duas décadas dstntas, tanto no que dz respeto ao cenáro externo quanto às polítcas macroeconômcas, o PIB braslero contnua sendo explcada prncpalmente pelas varações do PIB mundal, segudo pelo crescmento do PIB chnês. Por outro lado, a taxa de Vde Hamlton & Flho (00) para uma análse empírca sobre a mudança do regme cambal braslero. Mranda (001) realza regressões através do modelo Otker e Pazarbasoglu para crses cambas no Brasl entre 198 e

3 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X câmbo teve nfluênca secundára, uma vez que esta contnua sendo mas nstrumento de controle de nflação do que nstrumento para aumentar as exportações. O artgo está dvddo em mas quatro seções além desta ntrodução e das consderações fnas. Na prmera seção, será exposto o referencal teórco que sustenta a pesqusa. A metodologa de análse é exposta na segunda seção. A escolha das varáves é justfcada na tercera seção. Por fm, na quarta seção se encontra a análse dos resultados. Vsões Sobre a Efcênca do Efeto Transbordamento e da Desvalorzação Cambal Polítcas de desvalorzações cambas e o crescmento do PIB do resto do mundo são sempre efcazes para aumentar o produto e emprego, tendo como ação coadjuvante o crescmento das exportações, tanto para ortodoxos quanto para os heterodoxos 3. Polítcas de desvalorzações cambas para aumentar o produto só fazem sentdo sob o regme de câmbo fxo, no câmbo flutuante puro, a taxa de câmbo é uma varável endógena, que se ajusta de acordo com outras varáves, como as polítcas fscas e monetáras, para manter o equlíbro do balanço de pagamentos. No entanto, na vsão ortodoxa uma polítca de desvalorzação cambal (câmbo fxo) é sempre efcaz para aumentar o produto e emprego ndependentemente da mobldade de captas, apenas no curto prazo. A desvalorzação cambal (Marshall-Lerner válda) provoca o deslocamento da demanda das mportações para os produtos doméstcos, aumentando a produção e o emprego. Por outro lado, a desvalorzação cambal aumentar a compettvdade dos produtos doméstcos vs-à-vs o resto do mundo e, portanto aumentando suas exportações. O crescmento mas rápdo da exportações em relação às mportações aumenta o saldo da balança comercal, o saldo em transações correntes e, portanto, aumenta o saldo do balanço de pagamentos (vde, Blanchard, 007; Dornbush, Fscher & Startz, 010). Contudo, no longo prazo, tas efetos sobre a economa se revelam temporáros. Dada a valdade da hpótese Pardade do Poder de Compra 4 (PPC), ndependentemente do grau de 3 Apesar de exstr algumas controvérsas nesta escola. 4 A PPC mostra o equlíbro da taxa de câmbo entre duas moedas de dos países, sto ocorre, quando o poder de compra nterno de um bem, nos dos países, é equvalente ao valor da taxa de câmbo. Portanto, segundo essa teora, o preço de um bem deve ser o mesmo (arbtragem perfeta) em qualquer lugar do mundo na sua versão estátca e, com pequenos desvos na sua versão dnâmca (arbtragem mperfeta), contudo, o desvo em relação a arbtragem perfeta é relatvamente constante. 380

4 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X mobldade de captas e ndependentemente da obedênca da condção de Marshall-Lerner, o únco efeto que a desvalorzação gera é sobre os preços. Varações da taxa de câmbo nomnal para os ortodoxos têm efetos sobre varáves reas apenas no curto prazo, pos os ganhos e perdas de uma varação da taxa de câmbo são lmtados, sendo constante a taxa de câmbo real no longo prazo. Os ortodoxos também consderam os efetos da desvalorzação cambal pelo lado da oferta. Neste sentdo, uma desvalorzação cambal reduz o saláro real (uma vez que os preços mportados se tornaram mas caros). Com um saláro real menor os empresáros estão mas dspostos a contratar, de modo que a demanda por trabalho aumenta (excesso de demanda no mercado de trabalho), elevando o poder de barganha dos trabalhadores para aumentarem seus saláros nomnas. No entanto, o aumento dos saláros nomnas gera aumento de custos para as empresas que, portanto, serão repassados para os preços doméstcos. Porém, como os saláros reas são defndos pelo índce de preços ao consumdor, que nclu tanto os preços dos produtos doméstcos quanto os preços dos produtos mportados, que não se alterou, o aumento dos preços doméstcos não será repassado totalmente para o índce de preços e, portanto, ocorre o crescmento do saláro real superor ao aumento do nível de preços doméstcos. Como o crescmento dos preços doméstcos são maores que os preços externos, ocorre a valorzação da taxa de câmbo real. Essa valorzação tende a gerar dos efetos: prmero, pelo lado da demanda, a valorzação reduz a competvdade dos produtos doméstcos vs-à-vs os do resto do mundo e, portanto, reduzndo as exportações e a aumentando as mportações, provocando a queda da demanda agregada reduzndo o produto e emprego. Segundo, pelo lado da oferta, essa valorzação aumenta os saláros reas atendendo os desejos dos trabalhadores de forma compatível com a formação de preços desejada pelos captalstas. Assm, ao mesmo tempo em que o excesso de demanda por trabalho va sendo reduzdo, a taxa de crescmento dos saláros nomnas va cando na dreção do equlíbro, reduzndo consgo a taxa de nflação, até que esta se torne novamente constante e gual à nflação externa (vde, Carln e Soskce, 006). Na heterodoxa há mutas controvérsas acerca do uso de desvalorzações cambas como nstrumento efcaz de expansão da economa. Alguns heterodoxos argumentam, nos termos da PPC, que a desvalorzação tem potencal nflaconáro muto alto e baxo potencal de alterar a compettvdade relatva dos produtos naconas em relação aos do resto do mundo. Conforme Thrlwall (005), a desvalorzação da moeda não pode colocar o país em uma va de crescmento permanentemente maor e compatível com o balanço de pagamentos. No 381

5 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X período subsequente à desvalorzação havera aumentos de preços que, aprecando a taxa de câmbo real, reduzram as taxas de crescmento das exportações e das mportações a seus valores prévos. Assm, a taxa de crescmento retornara a seu nível anteror. Outros, como Kaldor (1970) acham que essa possbldade exste e que uma taxa de câmbo relatvamente desvalorzada em termos reas é um elemento essencal da polítca econômca, vsando elevar taxa de crescmento compatível com o balanço de pagamentos. Segundo Bresser-Perera (009), a relação entre uma taxa de câmbo compettva e o crescmento econômco é clara. Consderando que o crescmento depende da taxa de nvestmento e da produtvdade do captal, e que a taxa de nvestmento depende da exstênca de oportundades de lucro, somente uma taxa de câmbo compettva estmulará os nvestmentos orentados para as exportações que são necessáras para que o país cresça. Ademas os heterodoxos mostram que levando em consderação que a proporção a consumr dos trabalhadores é relatvamente maor que a dos captalstas e, uma desvalorzação do câmbo real tende, ao reduzr o saláro real dos trabalhadores devdo o aumento dos preços comercalzáves, a transferr renda real dos trabalhadores para os captalstas reduzndo o consumo e, portanto, reduzndo a demanda agregada (Serrano & Summa, 011). Vernengo (003) mostra que se a economa for wage-led, a valorzação cambal provocará o aumento do saláro real aumentando o consumo e, assm o produto. Por outro lado, se a economa for proft-led, a valorzação cambal provocará a redução dos lucros, desestmulando os nvestmentos e, portanto, gerando a queda do produto. A valorzação também reduz as exportações líqudas gerando, também a queda do produto e, assm a economa encontra-se numa stuação de exlaraconsta. O resultado fnal sobre o produto va depender da nteração dessas duas forças. No caso de uma desvalorzação cambal provocará, se a economa for wage-led, a redução do saláro real reduzndo o consumo e, assm o produto e, assm, terá uma stuação de estagflação. Por outro lado, se a economa for proft-led, a desvalorzação cambal provocará o aumento dos lucros, estmulando os nvestmentos e, portanto, gerando o aumento do produto. A desvalorzação também aumenta as exportações líqudas gerando, também o aumento do produto. Deste modo, o efeto de uma desvalorzação sobre o produto será dúbo, depende da relação de forças entre seus efetos pelo da demanda e pelo lado da oferta. No entanto, polítcas de desvalorzações cambas podem ter efetos negatvos sobre os termos de troca e, portanto, reduzr a renda real. Contudo, caso sto não ocorra, o aumento do 38

6 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X produto e emprego ocorre em detrmento ao emprego do resto do mundo 5, gerando uma espéce de guerra cambal por uma balança comercal favorável que prejudca a todos. Dante dsto, Davdson (1999) argumenta que polítcas doméstcas de expansão do emprego são mas apropradas, uma vez que benefcam não apenas o país que as pratca, mas também seus parceros comercas. Mas, a nsufcênca de dvsas pode dfcultar e no lmte mpedr o uso destas polítcas, exgndo desvalorzações cambas que podem gerar efetos nflaconáros. Tendo em vstas tas obstáculos a prátca dessas polítcas Keynes propõe o Plano Bancor que elmnara o lmte ao crescmento da economa de todos os países pelo lado da restrção externa 6. Quanto aos efetos do crescmento do PIB externo sobre as exportações e, portanto, sobre o crescmento do PIB doméstco, são conhecdos como efeto transbordamento na lteratura econômca. Polítca macroeconômca expansonsta (fscal/monetára) em determnado país tem como efeto aumento de sua renda. Contudo, esse crescmento da renda aumenta suas mportações, ou seja, aumenta as exportações de seus parceros comercas e, portanto, gerando efetos expansonstas sobre a renda destes países. E vce-versa, polítcas macroeconômcas contraconstas tende a reduzr a renda doméstca, reduzndo suas mportações, sto é, reduzndo as exportações dos seus parceros comercas e, portanto, reduzndo a renda destes países. No entanto, o efeto transbordamento pode gerar o efeto repercussão va efeto multplcador. Por exemplo, polítcas macroeconômcas expansonstas no Brasl provoca o efeto transbordamento sobre a Chna, a renda deste país aumenta e, portanto, provocando o aumento de suas mportações, ou seja, o aumento das exportações brasleras e, portanto, de sua renda. Contudo este efeto é em menor proporção que o efeto transbordamento ncal. Na ortodoxa choques comercas como o crescmento do PIB externo são efcazes para aumentar o produto e emprego somente no curto prazo e no regme de câmbo fxo. Um aumento do PIB externo aumenta as exportações (dada às mportações e supondo válda Marshall-Lerner), provocando (supondo que estava em equlíbro) superávt no saldo em transações corrente e, portanto, no balanço de pagamentos. Esse superávt no balanço de pagamentos provoca um excesso de dvsas no mercado gerando tendênca de valorzação cambal, como se trata de câmbo fxo, o banco central ntervém comprando dvsas. Por outro 5 Polítca do tpo Beggar-thy-neghbour. 6 Para mas a respeto do Plano Bancor, vde Davdson (1999). 383

7 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X lado, essa compra de dvsas provoca a expansão da base monetára, reduzndo a taxa de juros e aumentando o nível de nvestmento e produto da economa. O regme de câmbo flutuante para qualquer grau de mobldade de captas a economa fca solada dos choques comercas externos. O aumento do PIB externo provoca o aumento das exportações e, assm, do produto emprego, consequentemente, o aumento do saldo em transações correntes e, portanto, do balanço de pagamentos. Supondo que o balanço de pagamento estava em equlíbro, o aumento do PIB externo provoca ncalmente superávt no balanço de pagamentos, gerando a aprecação cambal que desloca a economa para o ponto ncal, antes do choque externo, sem nenhum efeto sobre o produto e emprego. A lteratura econométrca envolvendo os determnantes acerca do PIB é rca, detre as quas podemos ctar: Cusnato Mnella & Junor (009) Elaboram um conjunto de dados para o PIB em tempo real no Brasl, avalando a extensão na qual as séres de crescmento do PIB e de hato do produto são revsadas ao longo do tempo. Mostram que as revsões de crescmento do PIB (trmestre/trmestre anteror) são economcamente relevantes, embora as revsões de crescmento do PIB percam parte da mportânca à medda que o período de agregação aumenta (por exemplo, crescmento em quatro trmestres). Fava & Cat (1995) ao realzar uma análse através do teste de raz untára para o período 1900/93, observam que não exste tendênca estocástca no PIB braslero até 1980, aparecendo somente depos da crse econômca do nco da década de 80, que sucedeu a dversos planos de establzação a partr de Cerquera (007) estma o PIB braslero para o período através da equação estátca do procedmento de contegração de Engle-Granger envolvendo dados anuas do PIB e varáves relaconadas. Os resultados foram bastante satsfatóros no que concerne aos dagnóstcos dos resíduos, os quas respetam as hpóteses do modelo gaussano lnear. No entanto o trabalho que mas se aproxma deste, é realzado por Schettn, Squeff & Gouvêa (011), onde na dnâmca de curto prazo, a renda mundal exerce nfluênca sgnfcatva e o mpacto da taxa de câmbo é pouco relevante. Destaca-se anda que exstem fortes evdêncas de uma mudança postva no nível da relação de longo prazo entre as exportações agregadas, a renda mundal e a taxa de câmbo real em Ano da desvalorzação cambal que fcou conhecdo como efeto Lula. 384

8 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X Castro e Cavalcant (1997) fazem trabalho semelhante para o período 1955 a 1995 para dados anuas. Estmaram uma equação para as exportações, como uma função da taxa de câmbo real, da renda mundal e do nível de atvdade doméstca. Encontrando elastcdades normalzadas para das exportações em relação a taxa de câmbo de 0,61, e para o PIB mundal de 0,93. Em Munhos e Alves (003) é estmada uma função para as exportações para o período que va do prmero de 1988 até o 001. Cujas varáves explcatvas foram o PIB mundal, a taxa de câmbo real defasada em um período e o índce de preços das exportações, além de dummes sazonas e uma dummy para o tercero trmestre de As elastcdades encontradas para a taxa de câmbo e para a renda mundal se mostraram sgnfcantes e guas a 0,14 e 0,45, respectvamente 8. Metodologa 9 A metodologa deste trabalho consste em regressões smples e múltplas a partr do modelo de Mínmos Quadrados Ordnáros (MQO). Este modelo fo elaborado pelo matemátco alemão Carl Fredrch Gauss, suas propredades estatístcas tornaram os métodos de análse de regressão muto dfunddo. O modelo de regressão smples parte prmero da Função de Regressão da População (FRP) de duas varáves: Y 1 X e (1) Onde Y é a varável dependente; 1 e são coefcentes; X é a varável ndependente; e, o termo de erro. No entanto, a função FRP não pode ser observada dretamente, para tanto deve ser feta a estmação por meo da Função de Regressão da Amostra (FRA), sto é: Y ˆ ˆ eˆ () e 1 X Yˆ ˆ (3) Onde Yˆ é o valor estmado (méda condconal) de Y. 8 Apesar destes últmos trabalho tomarem as exportações como varável dependente, as ctações se justfcam porque o PIB mundal e a taxa de câmbo geram varações no PIB doméstco va varações nas exportações. 9 Esta seção toma como referêncas centras Gujarat & Porter (011) e Pndyck & Rubnfeld (004). 385

9 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X Para determnar a FRA, prmero deve-se expressar a função 3 como: eˆ Y Yˆ (4) ˆ Y 1 X ˆ Esta expressão mostra que os resíduos ê é dado pelas dferenças entre os valores observados e estmados de Y. Para evtar o problema dos pesos na soma dos resíduos deve-se adotar o crtéro dos mínmos quadrados, de modo que a FRA pode ser fxada de forma que seja o menor possível, onde ê são os resíduos elevados ao quadrado: ˆ e ( Y Y ) (5) ˆ ˆ ˆ ( Y 1 X ) Ao elevar ao os resíduos ao quadrado, os pesos dos resíduos são ponderados conforme a sua dstânca da FRA. Portanto, com base na função 5, observa-se que: e f ( ˆ, ˆ ) (6) ˆ 1 Ou seja, a soma dos quadrados dos resíduos é uma função dos estmadores ˆ 1 e ˆ. O modelo de mínmos quadrados nos oferece como resultados, para qualquer amostra ou conjunto de dados, o menor eˆ possível. Isto é feto a partr do cálculo dferencal que resulta nas seguntes equações para estmar ˆ 1 e ˆ : ˆ ˆ (7) Y n 1 X Y X ˆ X ˆ X (8) 1 Onde n é o tamanho da amostra. Essas equações smultâneas são conhecdas como equações normas. Ao resolver smultaneamente essas equações obtém-se: 386

10 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X n ˆ ˆ ˆ 1 X n X ( X x y x ) ( X X )( Y Y ) ( X X ) (9) Onde X e Y são as médas amostras de X e de Y. E onde defnmos x ( X X ) e y ( Y Y ). Manpulando a equação 7, obtém-se: X ˆ Y X X Y 1 n X ( X ) Y ˆ X (10) Estes estmadores são conhecdos como estmadores de mínmos quadrados, uma vez que foram dervados do prncípo dos mínmos quadrados. As prncpas propredades numércas destes estmadores são: 1) Os estmadores de MOQ são expressos uncamente em termos de quantdades observáves (amostras), como X e Y. Portanto, podem ser calculados com facldade; ) São estmadores pontuas, ou seja, dada a amostra, cada estmador proporcona apenas um únco valor (ponto) do parâmetro populaconal relevante. 3) Uma vez obtdos as estmatvas de MQO para os dados amostras, a lnha de regressão amostral pode ser obtda faclmente. Essa lnha de regressão tem as seguntes propredades: a) Passa pelas médas amostras de Y e X; b) O valor médo estmado do Y Y é gual ao valor médo do Y observado. c) O valor médo dos resíduos ê é gual à zero; d) Os resíduos ê não estão correlaconados ao Y prevsto; e) Os resíduos ê não estão correlaconados ao X. O Teorema de Gauss-Markov 387

11 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X O teorema de Gauss-Markov mostra que dadas às premssas do modelo clássco de regressão lnear, os estmadores de mínmos quadrados da classe dos estmadores lneares não tendencosos têm varânca mínma, ou seja, são o melhor estmador lnear não tendencoso (MELNT). Deste teorema se retra algumas propredades deas ou ótmas das estmatvas do modelo de mínmos quadrados. Uma forma de entender melhor é consderar a propredade de melhor estmador lnear não tendencoso: MELNT ou BLUE de um estmador. Um estmador é consderado o melhor se atender as seguntes condções: 1) Se for lnear; ) Se for não tendencoso, ou seja, seu valor médo ou esperado é gual ao verdadero valor do parâmetro; 3) Deve ter varânca mínma na classe de todos os estmadores lneares não tendencosos. Análse de regressão múltpla O modelo de duas varáves mutas vezes é pouco aplcável na realdade econômca. Portanto, é necessáro expandr o modelo smples para abranger outros casos que exja mas de duas varáves explcatvas. Assm, a função 1 de FRP torna-se: Y 1 X X 3 3 e (11) Onde Y é a varável dependente; X e X3 as varáves explcatvas; e o termo de erro; e o ndcador da -ésma observação. Faz necessáro neste momento a especfcação de algumas hpóteses acerca do modelo: 1) O modelo deve ter regressão lnear ou lnear nos parâmetros; ) Os valores de X ou valores de X devem ser ndependentes do termo de erro; 3) O termo de erro deve ter valor médo zero; 4) Homocedastcdade ou varânca constante do erro; 5) Ausênca de autocorrelação entre os termos do erro; 6) O número de observações n deve ser maor que o número de parâmetros a serem estmados; 7) Deve haver varação nos valores das varáves X; 388

12 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X 8) Não há colneardade exata entre as varáves X; 9) Ausênca de vés de especfcação. Dada as hpóteses acma, ao tomar a esperança condconal de Y nos dos lados da função 11, temos: E( Y / X, X 3 ) 1 X X 3 3 (1) Assm, esta função expressa o valor esperado ou a méda de Y condconal aos valores dados ou fxados ou coefcentes parcas angulares. Portanto, mostra o efeto dreto de uma undade de varação X sobre o valor médo de Y, mantendo-se os valores de X3 constante. Do mesmo modo para 3 (e para n). Os estmadores são encontrados de forma semelhante aos estmadores da regressão smples 10. O coefcente de determnação R O coefcente de determnação r (no caso de duas varáves) ou R (regressão múltpla) consttu uma medda que nos dz quanto à lnha de regressão amostral ajusta-se aos dados. Portanto, o quanto uma varável ndependente explca a varável dependente. Por exemplo, se o R for de 0,95, então a varável dependente é explcada 95% pela varável (ou varáves no caso da regressão múltpla) ndependente 11. Escolha das Varáves O PIB braslero teve crescmento pouco sgnfcatvo nos anos 90 e crescmento relevante nos anos 000 em relação ao crescmento do PIB do resto do mundo. A méda de crescmento apresentada na década de 90 não passou dos % enquanto o PIB mundal cresceu a uma méda de,7%. Já nos anos 000 a méda de crescmento do PIB braslero fo pratcamente gual à méda nternaconal 3,6% contra 3,7% respectvamente. Contudo, levando em consderação as duas décadas como um todo, o PIB braslero cresceu em méda,7% contra 10 Vde as referêncas centras desta seção. 11 Vde as referêncas centras desta seção para o cálculo do R. 389

13 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X 3,% do PIB mundal. Devdo a sto o PIB braslero será tomado como a varável dependente num prmero momento. No que dz respeto às varáves ndependentes serão consttuídas pela varação da taxa de câmbo, o PIB mundal e pelo PIB dos países: Chna, EUA, Argentna e a Unão Européa. É fato comprovado emprcamente na lteratura que varações na taxa de câmbo provocam varações sobre as exportações e, portanto, sobre o PIB. Apesar de sua força depender se a economa é wage-led ou proft-led. Nesse trabalho será utlzado a taxa de câmbo real efetva, com índce base de 005. Uma forma de capturar o efeto transbordamento da economa global sobre outro país é através do crescmento do PIB mundal, sendo justfcado sua escolha desse modo como varável ndependente. Os países ctados acma tveram como crtéro de escolha a partcpação no PIB mundal e/ou ao grau de relação comercal com o Brasl. O EUA é o grande mportador e centro econômco nternaconal, representando uma méda de % do PIB mundal em 010. Prova dsto é que, dferente de outros países, desacelerações e crses amercanas se transformam, raras exceções, em crses nternaconas como fo em e Portanto, é mprescndível dexar fora o PIB amercano, como varável ndependente, quando se trata de análse sobre efeto de transbordamento. O crescmento da Chna é surpreendente: méda de 10% nas duas últmas décadas, o que sgnfcou um aumento na partcpação do PIB mundal de 3,5% em 1990 para 13,5% em 010, ou seja, um aumento na partcpação de 85% e crescmento na taxa de partcpação do PIB mundal em mas de 300% em 0 anos. Esse desempenho expressvo da Chna no período em estudo tonou-a em um grande player no mercado nternaconal. O Brasl por ser um grande produtor e exportador de matéras-prmas, tem se benefcado desse crescmento da Chna, prncpalmente na últma década em estudo, contrbuído de manera decsva para o crescmento da economa braslera nos últmos anos. A argentna fo um dos países deste estudo que mas sofreu com crses nternas apresentando crescmento do PIB negatvo em ses anos (desde ses, três foram na década de 90 e os outros três na década de 000, no entanto, todos foram no governo de Fernando Henrque) dos vnte em estudo. Apesar de ter uma partcpação relatvamente medíocre no PIB mundal (menos de 1%) é um grande parcero comercal do Brasl e depos de 00 apresentou taxas de crescmento acma de 8% e, ao lado da Chna, fo o únco país a apresentar crescmento durante a crse fnancera de

14 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X A Europa apresentou redução do crescmento no PIB ano após ano abaxo da méda mundal e, portanto, perdendo partcpação expressva nesta. Em 1990 a Europa consttuía cerca de 19% do PIB mundal, em 010 essa relação passou cau para 14,6%. Isto é, uma redução na partcpação de aproxmadamente 3%. Todas essas varáves representam mas de 50% do PIB mundal, portanto, são atores relevantes no cenáro nternaconal e/ou no cenáro braslero, podendo gerar efetos de transbordamentos relevantes (postvos ou negatvos) para o país nestas duas décadas em estudo. Na próxma subseção trataremos a metodologa de como essas varáves serão aplcadas. Análse de Dados A análse dos dados desta pesqusa consste em uma sére de regressões com base no método de mínmos quadrados ordnáros (MQO), utlzando o programa EVIEWS. Os dados coletados estão na perodzação anual. Na tentatva de regstrar o efeto transbordamento sobre a economa braslera as regressões serão realzadas de modo que as varáves explcatvas entram de forma herárquca, sto é: 1) PIB mundal; ) PIB Chna; 3) PIB EUA; 4) PIB Europa; e por fm, 5) taxa de câmbo real. REGRESSÃO 1: PIB braslero e PIB mundal A equação estmada para o PIB braslero tendo apenas o PIB mundal como varável explcatva é dada por: PIB (BR) = - 0, ,0941 M ep = (0,015) (0,3556) t = (-0,6191) (3,0769) valor p = (0,543) (0,006) R = 0,335 R (ajustado) = 0,974 F = 0,0006 Onde, o coefcente lnear ( 0) é gual - 0,0077, sto sgnfca que, se a varação do PIB mundal (M) for zero, a varação da taxa de crescmento do PIB braslera se reduz em 0,0077%; o coefcente angular ( 1) é gual a 1,0941. Isto sgnfca que um acréscmo de 1% no PIB mundal ocasona um aumento de 1,0941% no PIB braslero. Portanto, o PIB mundal possuem uma relação dreta com o PIB braslero. 391

15 PIB - BR Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X Na equação 1 acma, os números do prmero conjunto de parênteses são os erros padrão estmados dos coefcentes de regressão; os do segundo conjunto são os valores t estmados, sob a hpótese nula de que o verdadero valor da mostra de cada coefcente de regressão ndvdual é zero. Quanto aos números do tercero conjunto são os valores p estmados. Esta mesma denotação será tomada como válda para as demas equações neste trabalho. Com 19 graus de lberdade, a probabldade de obter um valor t de 3,0796 (coefcente 1) ou mas é de pratcamente zero para a varável explcatva PIB mundal, ou seja, rejeta-se a hpótese nula para este coefcente. A probabldade de se obter um valor t de 3,1836 ou superor (com 19 graus de lberdade) é de 0,006, sto é, o valor p para a varável explcatva PIB mundal é sgnfcatva. Fgura 1: PIB Brasl versus PIB Mundal e PIB Ajustado ( ) 10,0% 5,0% 0,0% -1,0% 0,0% 1,0%,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% -5,0% PIB - MUNDIAL PIB (BR) PIB (BR) Ajustado Lnear (PIB (BR)) FONTE: Elaboração própra a partr de dados do IPEADATA. O ntervalo de confança para 1 estmado é de 0,34499 e 1,8384, logo o verdadero valor do coefcente estmado para o PIB mundal está entre 0,34499 e 1,8384. O R mostrou que as varáves explcatvas, PIB mundal e PIB Chna, explcam 33% da varação do PIB braslero. O R ajustado fo de 30%. O F de sgnfcânca mostrou que a possbldade de rejeta-se a hpótese nula é de 0,0006. REGRESSÃO : PIB braslero, PIB mundal e PIB Chnês Nesse caso, a equação estmada para o PIB braslero é dada por: 39

16 PIB -BR Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X PIB (BR) = - 0, ,9449 M + 0,549 C ep = (0,0191) (0,968) (0,1738) t = (- 3,0671) (3,1836) (3,1590) valor p = (0,0066) (0,0051) (0,0054) R = 0,5706 R (ajustado) = 0,59 F = 0,0005 Onde, o coefcente lnear ( 0) é gual - 0,0587, sto sgnfca que, se a varação do PIB mundal (M) e do PIB chnês (C) for zero, a varação da taxa de crescmento do PIB braslera se reduz em 0,0587%; os coefcente angulares ( 1 e ) são guas a 0,9449 e 0,549. Isto sgnfca que mantendo-se constante o a varação do PIB chnês, um acréscmo de 1% no PIB mundal ocasona um aumento de 0,9449% no PIB braslero. Por outro lado, mantendo-se constante o PIB mundal, uma varação de 1% no PIB chnês aumenta o PIB braslero em 0,549%. Portanto, ambos os coefcentes possuem uma relação postva com o PIB braslero. Fgura : PIB Brasl versus PIB Chna e PIB Ajustado ( ) 5,0% y = 0,637x - 0,0374 R² = 0,388 0,0% 3,0% 5,0% 7,0% 9,0% 11,0% 13,0% 15,0% -5,0% PIB - CHINA PIB (BR) PIB (BR) Ajustado Lnear (PIB (BR)) FONTE: Elaboração própra a partr de dados do IPEADATA. Com 18 graus de lberdade, a probabldade de obter um valor t de 3,1836 (coefcente 1) ou mas é de pratcamente zero para a varável explcatva PIB mundal, ou seja, rejeta-se a hpótese nula para este coefcente. A probabldade de se obter um valor t de 3,1836 ou superor (com 18 graus de lberdade) é de 0,0051, sto é, o valor p para a varável explcatva PIB mundal é sgnfcatva. De modo semelhante, a probabldade de se obter um valor de t de 3,1590 (para o coefcente ) ou mas é próxmo de zero para a varável PIB Chna, portanto, 393

17 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X rejeta-se a hpótese nula. A probabldade de t ser gual ou superor a 3,1590 é de 0,0054, portanto, o valor p também é sgnfcante para a varável PIB Chna. O ntervalo de confança para 1 estmado é de 0,314 e 1,5685, logo o verdadero valor do coefcente estmado para o PIB mundal está entre 0,314 e 1,5685. O ntervalo de confança estmado para o PIB Chna é de 0,1951 e 0,908, portanto, o verdadero valor do coefcente ( ) está entre 0,1951 e 0,908. O R mostrou que as varáves explcatvas, PIB mundal e PIB Chna, explcam 57% da varação do PIB braslero. O R ajustado fo de 5%. O F de sgnfcânca mostrou que a possbldade de rejeta-se a hpótese nula é de 0,0005. REGRESSÃO 3: PIB braslero, PIB mundal, PIB Chnês e PIB amercano A equação estmada para o PIB braslero tendo o PIB mundal, o PIB chnês e o PIB amercano como varáves explcatvas é dada por: PIB (BR) = - 0, ,584 M + 0,5517 C - 0,4168 E ep = (0,0186) (0,36) (0,1690) (0,911) t = (-3,1416) (3,474) (3,644) (1,4315) valor p = (0,0059) (0,009) (0,0046) (0,1704) R = 0,6168 R (ajustado) = 0,549 F = 0,0008 Onde, o coefcente lnear ( 0) é gual - 0,0584, sto sgnfca que, se as varações do PIBs mundal (M), chnês (C) e amercano (E) forem zero, a varação da taxa de crescmento do PIB braslera se reduz em 0,0584%; os coefcente angulares ( 1, e 3) são guas a (1,584), (0,5517) e (-0,4168). Isto sgnfca que mantendo-se constante o a varação do PIB chnês e amercano, um acréscmo de 1% no PIB mundal ocasona um aumento de 1,584% no PIB braslero. Observa-se, portanto, um efeto mas sgnfcatvo do PIB mundal nesta, regressão com a presença do PIB amercano, em relação à regressão. Prova dsto é que o valor p fo reduzdo de 0,0051 para 0,009. O mesmo ocorre com o coefcente que representa o PIB chnês. Mantendo-se constante o PIB mundal e PIB amercano, uma varação de 1% no PIB chnês aumenta o PIB 394

18 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X braslero em 0,5517%. Portanto, o coefcente 3 tem relação nversa com o PIB braslero e os demas coefcentes possuem relação postva com o mesmo. 395

19 PIB -BR Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X Fgura 3: PIB Brasl versus PIB EUA e PIB Ajustado ( ) y = 0,85x + 0,001 R² = 0, ,0% 5,0% 0,0% -4,0% -,0% 0,0%,0% 4,0% 6,0% -5,0% PIB - EUA PIB (BR) PIB (BR) Ajustado Lnear (PIB (BR)) FONTE: Elaboração própra a partr de dados do IPEADATA. Com 17 graus de lberdade, a probabldade de obter um valor t de 3,474 (coefcente 1) ou mas é de pratcamente zero para a varável explcatva PIB mundal, ou seja, rejeta-se a hpótese nula para este coefcente. A probabldade de se obter um valor t de 3,474 ou superor (com 17 graus de lberdade) é de 0,009, sto é, o valor p para a varável explcatva PIB mundal é muto sgnfcatva. Assm como também para o coefcente PIB Chna, a probabldade de se obter um valor de t de 3,644 (para o coefcente ) ou mas é próxmo de zero, portanto, rejeta-se a hpótese nula. A probabldade de t ser gual ou superor a 3,644 é de 0,0046, portanto, o valor p também é sgnfcante para a varável PIB Chna. Para o coefcente não ocorre à mesma cosa. Neste caso, não se pode rejetar a hpótese nula, uma vez que o teste t é menor que o tabelado. O valor p para este coefcente não é sgnfcatvo, 0,1704, portanto, a probabldade de que o valor t seja gual ou maor que -1,4315 é muto forte. O ntervalo de confança para 1 estmado é de 0,494 e,06, logo o verdadero valor do coefcente estmado para o PIB mundal está entre 0,494 e,06. O ntervalo de confança estmado para o PIB Chna é de 0,1951 e 0,908, portanto, o verdadero valor do coefcente ( ) está entre 0,1951 e 0,908. Semelhantemente para o ntervalo de confança do PIB amercano ( 3), sto, o verdadero valor do coefcente estmado está entre -1,0310 e 0,1975. O R mostrou que as varáves explcatvas, PIB mundal, PIB Chna e PIB amercano, explcam 6% da varação do PIB braslero. O R ajustado fo de 55%. O F de sgnfcânca mostrou que a possbldade de rejeta-se a hpótese nula é de 0,

20 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X REGRESSÃO 4: PIB braslero, PIB mundal, PIB Chnês, PIB amercano e PIB europeu A equação estmada para o PIB braslero tendo o PIB mundal, o PIB chnês, PIB amercano e PIB europeu como varáves explcatvas é dada por: PIB (BR) = - 0, ,4485 M + 0,4835 C - 0,867 E - 0,345 EE ep = (0,019) (0,447) (0,187) (0,388) ( 0,3951) t = (-,853) (3,4103) (,589) (-0,8719) (-0,8736) valor p = (0,0115) (0,0036) (0,000) (0,3961) (0,395) R = 0,634 R (ajustado) = 0,548 F = 0,0019 Onde, o coefcente lnear ( 0) é gual - 0,0584, sto sgnfca que, se as varações do PIBs mundal (M), chnês (C), amercano (E) e no PIB europeu (EE)forem zero, a varação da taxa de crescmento do PIB braslera se reduz em 0,0584%; os coefcente angulares ( 1,, 3 e 4) são guas a (1,4485), (0,4835), (-0,867) e (-0,345). Isto sgnfca que mantendo-se constante o a varação do PIB chnês, PIB amercano e europeu, um acréscmo de 1% no PIB mundal ocasona um aumento de 1,4485% no PIB braslero. Observa-se, novamente um aumento do efeto do PIB mundal sobre o PIB braslero quando acrescentado mas uma varável (PIB europeu). O efeto aumenta de 1,584 para 1,4485, dado as demas varáves constantes. Contudo, O mesmo não ocorre com o coefcente que representa o PIB chnês. Mantendo-se as demas varáves constantes, uma varação de 1% no PIB chnês aumenta o PIB braslero em 0,4835%, sto é, o efeto é reduzdo de 0,5517 para 0,4835. Portanto, os coefcentes PIB mundal e PIB chnês possuem relações dretas com o PIB braslero. As demas varáves, PIB amercano e PIB europeu, possuem relações nversas. 397

21 PIB -BR Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X Fgura 4: PIB Brasl versus PIB Europa e PIB Ajustado ( ) y = 0,1578x + 0,045 R² = 0, ,0% 5,0% 0,0% -5,0% -3,0% -1,0% 1,0% 3,0% 5,0% -5,0% PIB - EUROPA PIB (BR) PIB (BR) Ajustado Lnear (PIB (BR)) FONTE: Elaboração própra a partr de dados do IPEADATA. Com 16 graus de lberdade, a estatístca t é sgnfcatva para os coefcentes 1 e ; a probabldade de obter um valor t de 3,4103 (coefcente 1) ou mas é de pratcamente zero para a varável explcatva PIB mundal, ou seja, rejeta-se a hpótese nula para este coefcente. A probabldade de se obter um valor t de 3,4103 ou superor (com 16 graus de lberdade) é de 0,0036, sto é, o valor p para a varável explcatva PIB mundal é muto sgnfcatva. No caso do coefcente (PIB Chna), a probabldade de obter um valor de t de,589 ou mas é próxmo de zero, portanto, rejeta-se também a hpótese nula. A probabldade de t ser gual ou superor a,589 é de 0,000, portanto, o valor p também é sgnfcatvo para a varável PIB Chna. No entanto, para o coefcente 3 e 4 não ocorre à mesma cosa. Nestes casos, não se pode rejetar a hpótese nula, uma vez que o teste t é menor que o tabelado. O valor p para estes coefcentes não são sgnfcatvos, 0,8719 e 0,8736, portanto, a probabldade de que o valor t seja gual ou maor que estes valores são fortes. O ntervalo de confança para 1 estmado é de 0,5481 e,3489, logo o verdadero valor do coefcente estmado para o PIB mundal está entre 0,5481 e,3489. O ntervalo de confança estmado para o PIB Chna é de 0,0867 e 0,8804, portanto, o verdadero valor do coefcente ( ) está entre 0,0867 e 0,8804. Semelhantemente para o ntervalo de confança do PIB amercano ( 3) e para o PIB europeu ( 4), sto é, os verdaderos valores destes coefcentes estmados estão entre -0,9837 e 0,4103 para 3 e 1,187 e 0,494 para 4. O R mostrou que as varáves explcatvas, PIB mundal, PIB Chna e PIB amercano, explcam 63% da varação do PIB braslero. O R ajustado fo de 54%. 0,0019. O F de sgnfcânca mostrou que a possbldade de rejeta-se a hpótese nula é de 398

22 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X REGRESSÃO 5: PIB Braslero, PIB Mundal, PIB Chnês, PIB Amercano, PIB Europeu e PIB Argentno A equação estmada para o PIB braslero tendo o PIB mundal, o PIB chnês, PIB amercano, PIB europeu e o PIB argentno como varáves explcatvas é dada por: PIB (BR) = - 0, ,4746 M + 0,541 C - 0,3080 E - 0,397 EE - 0,0446 A ep = (0,014) (0,437) (0,0) (0,3387) ( 0,405) (0,088) t = (-,7718) (3,3730) (,4618) (-0,9095) (-0,8138) (0,5388) valor p = (0,014) (0,004) (0,064) (0,3775) (0,485) (0,5979) R = 0,641 R (ajustado) = 0,516 F = 0,0050 Onde, o coefcente lnear ( 0) é gual - 0,0594, sto sgnfca que, se as varações do PIBs mundal (M), chnês (C), amercano (E), PIB europeu (EE) e no PIB argentno (A) forem zero, a varação da taxa de crescmento do PIB braslera se reduz em 0,0594%; os coefcente angulares ( 1,, 3, 4 e 5) são guas a (1,4746), (0,541), (-0,3080), (- 0,397) e (-0,0446). Isto sgnfca que mantendo-se constante o a varação do PIB chnês, PIB amercano e europeu, um acréscmo de 1% no PIB mundal ocasona um aumento de 1,4746% no PIB braslero. Observa-se, novamente um aumento do efeto do PIB mundal sobre o PIB braslero quando acrescentado mas uma varável (PIB argentno). No caso do PIB chnês, mantendo-se as demas varáves constantes, um aumento de 1% em seu PIB, aumenta o PIB braslero em 0,541%. Contudo, ao contráro das duas varáves acma, as demas varáves possuem uma relação nversa com o PIB braslero. Ou seja, mantendo-se as demas varáves constantes, um aumento de 1% nos PIBs amercano, europeu e argentno provocam a redução do PIB braslero em 0,3080%, 0,397% e 0,0446%, respectvamente. 399

23 PIB -BR Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X Fgura 5: PIB Brasl versus PIB Argentna; e PIB Ajustado ( ) y = 0,1336x + 0,016 R² = 0, ,0% 5,0% 0,0% -15,0% -10,0% -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% -5,0% PIB - ARGENTINA PIB (BR) PIB (BR) Ajustado Lnear (PIB (BR)) FONTE: Elaboração própra a partr de dados do IPEADATA. Com 15 graus de lberdade, a estatístca t é sgnfcatva para os coefcentes 1 e, sto é probabldade de obter um valor t gual ou maor que 3,3730 e,4618 é de pratcamente zero para as varáves explcatvas PIB mundal e PIB chnês, ou seja, rejeta-se a hpótese nula para estes coefcentes. Mas especfcamente, a probabldade de se obter um valor t superor a 3,3730 e,4618 (com 15 graus de lberdade) é de 0,004 e 0,064, sto é, o valor p para as varáves explcatvas PIB mundal e PIB chnês é muto sgnfcatva. No entanto, para o coefcente 3 4 e 5 não ocorre à mesma cosa. Nestes casos, não se pode rejetar a hpótese nula, uma vez que o teste t é menor que o tabelado. O valor p para estes coefcentes não são sgnfcatvos, (0,3775), (0,485) e (05979), portanto, a probabldade de que o valor t seja gual ou maor que estes valores são sgnfcatvos. O ntervalo de confança para 1 estmado é de 0,548 e,4065, logo o verdadero valor do coefcente estmado para o PIB mundal está entre 0,548 e,4065. O ntervalo de confança para as demas varáves estão na tabela abaxo. Tabela 1: Grau de confança para os coefcentes da função 5 Coefcentes 95% nferor 95 % superor PIB (Chna) 0,078 1,0115 PIB (EUA) - 1,099 0,4138 PIB (Europa) - 1,1933 0,5339 PIB (Argentna) - 0,10 0,1318 FONTE: Elaboração própra a partr de dados do IPEADATA. 400

24 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X O R mostrou que as varáves explcatvas, PIB mundal, PIB Chna, PIB amercano, PIB europeu e PIB argentno explcam 64% da varação do PIB braslero. O R ajustado fo de 5%. O F de sgnfcânca mostrou que a possbldade de rejeta-se a hpótese nula é de 0,0050. REGRESSÃO 6: PIB Braslero, PIB Mundal, PIB Chnês, PIB Amercano, PIB Europeu, PIB Argentno e Taxa de Câmbo Real Fnalmente, a equação estmada para o PIB braslero tendo o PIB mundal, o PIB chnês, PIB amercano, PIB europeu, o PIB argentno e a taxa de câmbo real como varáves explcatvas é dada por: PIB (BR) = - 0, ,518M + 0,5508C - 0,319E - 0,3636EE - 0,0575A 0,0001CA ep = (0,036) (0,4656) (0,77) (0,3488) ( 0,458) (0,091) (0,0003) t = (-,531) (3,687) (,4186) (-0,8971) (-0,8540) (0,630) (-0,3953) valor p = (0,1478) (0,0056) (0,098) (0,3848) (0,4075) (0,5387) (0,6986) R = 0,6451 R (ajustado) = 0,4931 F = 0,01 Onde, o coefcente lnear ( 0) é gual - 0,0499, sto sgnfca que, se as varações do PIBs mundal (M), chnês (C), amercano (E), PIB europeu (EE), no PIB argentno (A) e a Taxa de Câmbo (C) forem zero, a varação da taxa de crescmento do PIB braslera se reduz em 0,0499%; os coefcente angulares ( 1,, 3, 4, 5 e 6) são guas a (1,518), (0,5508), (-0,319), (-0,3636), (-0,0575) e (-0,0001). Isto sgnfca que mantendo-se constante o a varação do PIB chnês, PIB amercano e europeu, um acréscmo de 1% no PIB mundal ocasona um aumento de 1,518% no PIB braslero. Observa-se, novamente um aumento do efeto do PIB mundal sobre o PIB braslero quando acrescentado mas uma varável (taxa de câmbo). No caso do PIB chnês, mantendo-se as demas varáves constantes, um aumento de 1% em seu PIB, aumenta o PIB braslero em 0,5508%. Novamente, ao contráro das duas varáves acma, as demas varáves possuem uma relação nversa com o PIB braslero. Ou seja, mantendose as demas varáves constantes, um aumento de 1% nos PIBs amercano, europeu e 401

25 PIB -BR Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X argentno provocam a redução do PIB braslero em 0,319%, 0,3636% e 0,0575%, respectvamente. No caso da varável 5, ou seja, da varação da taxa de câmbo, mantendo-se os demas coefcentes constantes, uma desvalorzação de 1% da taxa de câmbo mantém o PIB braslero pratcamente estável 1, 0%. Portanto, parece que a economa braslera pode ser caracterzada como wage-led. No entanto, é precso realzar novos estudos para ter certeza dessa afrmação, como o grau de ndexação dos saláros a taxa de câmbo. Fgura 6: PIB Brasl versus Taxa de Câmbo Efetva e PIB Ajustado ( ) 10,0% 5,0% y = 9E-05x + 0,0193 R² = 0,008 0,0% ,0% CÂMBIO PIB (BR) PIB (BR) Ajustado Lnear (PIB (BR)) FONTE: Elaboração própra a partr de dados do IPEADATA. Com 14 graus de lberdade, a estatístca t é sgnfcatva para os coefcentes 1 e, sto é probabldade de obter um valor t gual ou maor que 3,687 e,4186 é de pratcamente zero para as varáves explcatvas PIB mundal e PIB chnês, ou seja, rejeta-se a hpótese nula para estes coefcentes. Mas especfcamente, a probabldade de se obter um valor t superor a 3,687 e,4186 (com 14 graus de lberdade) é de 0,0056 e 0,098, sto é, o valor p para as varáves explcatvas PIB mundal e PIB chnês é muto sgnfcatva. No entanto, para o coefcente e 6 não ocorre à mesma cosa. Nestes casos, não se pode rejetar a hpótese nula, uma vez que o teste t é menor que o tabelado. O valor p para estes coefcentes não são sgnfcatvos, (0,3848), (0,4075), (5387) e (0,6986), portanto, a probabldade de que o valor t seja gual ou maor que estes valores são sgnfcatvos. 1 Schettn, Squeff & Gouvêa (011) estmam, utlzando dados trmestras, a função exportações levando em consderação a renda do resto do mundo e a taxa de câmbo, e encontram resultados semelhantes. 40

26 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X O ntervalo de confança para 1 estmado é de 0,533 e,504, logo o verdadero valor do coefcente estmado para o PIB mundal está entre 0,533 e,504. O ntervalo de confança para as demas varáves estão na tabela abaxo. Tabela : Grau de confança para os coefcentes da função 6. 95% nferores 95% superores PIB - Chna 0,064 1,0393 PIB - EUA - 1,0611 0,435 PIB - Europa - 1,768 0,5496 PIB - Argentna - 0,53 0,138 Câmbo Real - 0,0007 0,0005 FONTE: Elaboração própra a partr de dados do IPEADATA. O R mostrou que a nclusão da varável câmbo pouco aumentou o grau de explcação do PIB braslero junto com as demas varáves explcatvas, PIB mundal, PIB Chna, PIB amercano, PIB europeu e PIB argentno: 65% da varação do PIB braslero. O R ajustado fo de 49%. O F de sgnfcânca mostrou que a possbldade de rejeta-se a hpótese nula é de 0,01. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetvo deste trabalho fo analsar o efeto da renda do resto do mundo e da taxa de câmbo sobre o PIB braslero durante as duas últmas décadas através do modelo de mínmos quadrados ordnáros, buscando dentfcar os efetos adversos do cenáro externo nessas duas décadas. Na prmera seção fo feta a revsão da lteratura. A metodologa fo apresentada na segunda seção Na tercera seção fo justfcada a escolha das varáves. Por fm, na últma seção fo feta a análse dos dados. As estmações foram realzadas de manera herárquca. Observou-se que o PIB mundal contnua nfluencando sgnfcatvamente o PIB braslero, apesar das crses verfcadas nas décadas de 90 e 000, contudo, o R anda é pouco expressvo. No entanto, se a regressão for feta em separado para as duas décadas, verfca-se um R relevante para a década de

27 Revsta Eletrônca de Economa da Unversdade Estadual de Goás UEG ISSN: X (61%) e de apenas 4% para a década de 90. O que releva os efetos severos das crses nternaconas nesse período. O crescmento do PIB chnês mostra relação dreta com o PIB braslero e ao lado do PIB mundal explcam juntos cerca de 57% do crescmento econômco braslero no período em estudo. Por outro lado, o PIB amercano, europeu e argentno mostraram-se ter uma relação nversa com o PIB braslero. As sucessvas crses e desacelerações no rtmo de crescmento nesses países talvez explque essa relação nas duas últmas décadas. Quanto à taxa de câmbo, observou-se uma relação pratcamente neutra. A preocupação dos governos com a taxa de nflação pode explcar essa relação com o crescmento do PIB doméstco. REFERÊNCIAS BLANCHARD, O. Macroeconoma. 4ª ed. São Paulo: Prentce Hall, 007. BRESSER-PEREIRA L. C. A taxa de câmbo no centro da teora do desenvolvmento. FGV- EESP - textos para dscussão 97. São Paulo ago de 011. BRESSER-PEREIRA L. C. A tendênca à sobreaprecação da taxa de câmbo. FGV-EESP - textos para dscussão 183. São Paulo, mar de 009. CARLIN, W. e SOSKICE, D. (005) Macroeconomcs: Imperfectons, Insttutons and Polces. Oxford: Oxford Unversty Press. CASTRO, A. S.; CAVALCANTI, M. A. F. Estmação de equações de exportação e mportação para o Brasl /95. Ro de Janero: Ipea, março de p. (Texto para Dscussão, 469). CAVALCANTI, M. A. F. H. Um modelo macroeconométrco trmestral para o Brasl: possbldades, lmtações e resultados prelmnares. Ro de Janero: Ipea, 16p., junho de 000. (Mmeo). CERQUEIRA, L. F. (007). Metodologa de estmação do PIB trmestral utlzando procedmentos de contegração e fltros de Kalman. Nteró: UFF. Departamento de Economa, 007. (Textos para dscussão; n. 16). CUSINATO, R. T., MINELLA, A., JUNIOR, S. S. P. (008). Hato do Produto e PIB no Brasl: Uma Análse de Dados em Tempo Real. Anpec, 008. DAVIDSON, P. (1999) Global employment and open economy macroeconomcs. In: Deprez, J. e Harvey, J.T. (eds.) Foundatons of Internatonal Economcs: post keynesan perspectves. Londres: Routledge. 404

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