UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA: A OPÇÃO PELA ENERGIA NUCLEAR SIMARA HALMENSCHLAGER FLORIANÓPOLIS 2013

2 SIMARA HALMENSCHLAGER MATRIZ ELÉTRICA BRASILEIRA: A OPÇÃO DA ENERGIA NUCLEAR Monografia submetida ao curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito obrigatório para a obtenção do grau de Graduação em Ciências Econômicas. Orientador: Prof. João Randolfo Pontes FLORIANÓPOLIS, 2013

3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS A Banca Examinadora resolveu atribuir a nota 8,0 à aluna Simara Halmenschlager na disciplina CNM 5420 Monografia, no curso de Graduação em Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina, pela apresentação deste trabalho. Banca Examinadora: João Randolfo Pontes Presidente Bruno Lorenzi Cancelie Mazzucco Membro Carmen Rosário O. Gutierrez Gelinski Membro

4 AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço aos meus pais e aos meus irmãos por todo o apoio e amor sempre me dados em todas as fases, aos valores e princípios que me ensinaram a ser uma pessoa melhor. Agradeço ao meu amor, Bruno, por todos os momentos, apoio e amor durante essa caminhada. Agradeço ao professor orientador pelas sugestões, prontificação e apoio para esse trabalho. Agradeço à UFSC pela oportunidade de estudar, aos professores, aos novos e velhos amigos, especialmente àqueles que sempre estiveram presentes. À todos, muito obrigada!

5 RESUMO A energia elétrica é um fator determinante e indispensável para o desenvolvimento econômico de um país. A compatibilização entre a expansão da oferta de energia e a necessidade de mitigar o aquecimento global são imperativos que exigem a transição para uma matriz energética limpa. Diante dessa situação, a energia nuclear é considerada viável entre as possibilidades existentes, devido a sua baixa emissão de gases de efeito estufa, grande potencial de produção próximo a centros consumidores e custos de produção aceitáveis. Os principais entraves são a possibilidade de ocorrer um acidente de grandes proporções. O presente estudo visa explorar a utilização da fonte de energia nuclear como composição de matriz elétrica brasileira, sob a perspectiva de atender as crescentes demandas de energia e a redução dos impactos ambientais. Palavras-chave: Energia Nuclear, Desenvolvimento econômico, Matriz elétrica limpa.

6 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Reação de Fissão Nuclear Figura 2. Ciclo do Combustível Nuclear Figura 3. Funcionamento de uma Usina Nuclear Figura 4. Distribuição dos reatores nucleares Figura 5. Complexo Nuclear Brasileiro Figura 6. Reservas de Urânio no Brasil Figura 7. Distribuição da Matriz Elétrica no Brasil Figura 8. Consumo por Estabelecimento Figura 9. Custo do Investimento Figura 10. Custo Variável Unitário Figura 11. Tarifa de Equilíbrio... 44

7 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Reatores Nucleares em operação no mundo Tabela 2: Consumo por setor Tabela 3 - Fatalidades ocorridas no mundo entre 1970 e Tabela 4: Parâmetros comparativos da geração de energia elétrica... 50

8 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS... 46

9 LISTA DE SIGLAS AIEA Agência Internacional De Energia Atômica ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica CNAA Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto CO 2 Dióxido De Carbono CO 4 Gás Metano ELETRONUCLEAR Eletrobrás Eletronuclear EPE Empresa de Pesquisa Energética GEEs Gases Agravantes Do Efeito Estufa INB Indústrias Nucleares Do Brasil MDL Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MME Ministério de Minas e Energia N2O Óxido Nitroso OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico PIB Produto Interno Bruto PRÓALCOOL Programa Brasileiro de álcool PROINFA Programa De Incentivos Às Fontes Alternativas De Energia Elétrica TEP Tonelada Equivalente de Petróleo

10 SUMÁRIO CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO Contextualização Objetivos Geral Específicos Metodologia Estrutura de Trabalho CAPÍTULO 2. FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA O problema da escassez e alocação de recursos Problemas Econômicos Fundamentais Eficiência Econômica Produtiva Custos de Oportunidade Desenvolvimento Econômico Inovação tecnológica Desenvolvimento Sustentável CAPÍTULO 3. A ENERGIA NUCLEAR Tipos de energia Era Nuclear Processo de obtenção de energia nuclear Uso da energia nuclear no mundo O setor elétrico brasileiro Retrospectiva do setor Parque Nuclear brasileiro Reservas de urânio Matriz Elétrica Brasileira Novo Marco Regulatório do Setor Elétrico... 40

11 3.3.6 Plano de Expansão Análise de dados Aspectos Ambientais Rejeitos radioativos Revisão dos principais acidentes Análise dos Resultados Análise comparativa entre as alternativas CAPÍTULO 4. CONCLUSÕES BIBLIOGRAFIA... 54

12 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO Contextualização A dinâmica econômica atual exige que esforços sejam realizados no sentido de prover energia necessária para superar os desafios que vem sendo impostos, seja no que se refere ao atendimento da demanda, cujas expectativas apontam para a continuidade de crescimento, seja na diversificação da matriz energética, no que diz respeito à introdução e ampliação de fontes alternativas de energia, que gerem menores impactos ambientais. O aumento da demanda de energia é na sua maior parte oriundo de países que se encontram em vias de desenvolvimento, como o Brasil, China, Índia, e outros da América do Sul, Ásia e África. Esses países possuem um reduzido consumo per capita de energia comparado ao consumo dos países desenvolvidos, sendo assim, possuem um enorme potencial de crescimento. Ao mesmo tempo em que ocorre o expressivo aumento do consumo de energia, o mundo se depara com graves alterações climáticas decorrentes do processo de desenvolvimento socioeconômico dos últimos duzentos e cinquenta anos, causado essencialmente pelos países desenvolvidos. Além disso, a escalada dos preços do petróleo representa um sinal nítido de ameaça à segurança da oferta de energia. Muitos estudos indicam que o setor energético é o maior responsável pelas alterações climáticas, uma vez que as diversas atividades no processo de transformação envolvem o uso de combustíveis fósseis. São emitidos diariamente na atmosfera toneladas de gases, como o dióxido de carbono (CO2), oxido nitroso (N2O), metano (CO4), dentre outras substâncias, que, segundo Dantas (2008), são agravantes ao efeito estufa. Dentre os instrumentos capazes de atenuarem este conflito, a utilização de processos de geração de energia mais eficientes e a diversificação do setor, com o aumento da participação de fontes limpas é fundamental. É essencial que o país tenha uma matriz energética diversificada com fontes de energia que apresentem qualidade e segurança no fornecimento, evitando ações que tornem a economia vulnerável a crises que diminuam o crescimento do PIB. De acordo com Goldemberg e Lucon (2008), no passado, os critérios utilizados para a expansão do setor elétrico eram basicamente ligados às questões econômicas financeiras, mas recentemente buscou-se considerar ainda aspectos socioambientais. Nesse sentido, entram em

13 13 cena as chamadas fontes alternativas, como energia eólica, solar, e também, a geração nuclear que cresce por ser livre de emissões de CO2. Consideram-se diversos fatores para a escolha de uma matriz elétrica, como por exemplo, a localização da usina geradora, aspectos demográficos, clima, consumo, reservas de matéria-prima, efeitos ecológicos e ambientais, riscos, etc. Aspectos positivos e negativos fazem parte de todas as opções de matrizes geradoras de energia elétrica, tornando-se necessário os estudos de fatores relevantes, para concluir qual apresenta a melhor relação custo e benefício para a população. Dentro desse estudo será dada ênfase para geração de energia nuclear, evidenciando as vantagens e desvantagens desse processo de geração de energia, no sentido de sustentar o crescimento econômico no médio e longo prazo. Aspetos ambientais são fundamentados no desenvolvimento sustentável e na preocupação com a deterioração do ecossistema mundial, com base no protocolo de Kyoto, considerado um dos principais documentos que tem como objetivo impor metas de redução da emissão de gases poluentes agravantes do efeito estufa (DOS SANTOS, 2009). Serão abordados ainda, noções da tecnologia nuclear e a cronologia dos acontecimentos no contexto em que a energia nuclear nasceu. Além disso, será feito uma revisão dos principais acidentes nucleares, que representa uma questão central dessa fonte de energia, sendo constantemente alvo de discussões. Esses assuntos são importantes no sentido de esclarecer e enaltecer o estudo. Dessa forma, num contexto mais amplo, este estudo busca analisar a matriz elétrica brasileira e as diversas fontes de energia disponíveis, buscando avaliar até que ponto a utilização da fonte nuclear como fonte de energia é relevante e possível no Brasil.

14 1.2 Objetivos Geral Examinar o aumento da participação da energia nuclear na matriz elétrica brasileira Específicos a) Promover o levantamento da literatura no que se refere ao tema proposto; b) Identificar os principais tipos de energia que constam da matriz energética; c) Levantar os elementos fundamentais que integram as condições da geração e fornecimento da energia nuclear. 1.3 Metodologia A importância da metodologia para a pesquisa advém do próprio processo de investigação, uma vez que orienta o pesquisador através do caminho da pesquisa. O presente estudo é pautado na análise bibliográfica referente à contextualização e relevância do tema que explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos (CERVO e BERVIAN, 1983, p. 55). Sob esse aspecto, depreende-se que o estudo obedeceu a uma metodologia científica, a partir de bibliografias especializadas, cujas fontes foram preservadas. A análise é considerada explicativa, pois, é um tipo de pesquisa mais complexa, pois além de registrar, analisar, classificar e interpretar os fenômenos estudados procura identificar seus fatores determinantes. A pesquisa explicativa tem por objetivo aprofundar o conhecimento da realidade, procurando a razão, o porquê das coisas e por esse motivo está mais sujeita a erros (ANDRADE, 2002, p. 20). Para o referencial teórico utilizou-se pesquisa documental e bibliográfica, por meio de livros, dissertações e artigos. Também, utilizou-se uma ampla gama de informações disponibilizadas em websites especializados no referido assunto. Além disso, foram relevantes estudos relacionados ao tema elaborados por entidades relacionados ao Ministério de Minas e Energia.

15 15 Na abordagem do problema, utilizou-se a análise quantitativa, relacionadas à coleta de informações e à análise do problema por meio de técnicas estatísticas mais simples. Além disso, emprega-se também a análise qualitativa, pela condição de descrever a complexidade envolvendo o tema de energia nuclear. 1.4 Estrutura de Trabalho O Capítulo 1 compreende a introdução, na qual é feito um apanhado geral do tema, evidenciando a pertinência da questão energética para o Brasil. Em seguida, é mostrada a problemática, os objetivos gerais, os objetivos específicos, a metodologia e a estrutura do trabalho. No Capítulo 2, é apresentada a fundamentação teórica contendo os principais tópicos que envolvem a questão, tendo como base diversos autores nacionais e internacionais; No Capítulo 3 são apresentados dados sobre a atual matriz elétrica brasileira; apresentados os fundamentos da energia nuclear, bem como seus impactos na estratégia do desenvolvimento energético do Brasil; E, por fim, o Capítulo 4 retoma as considerações mais pertinentes ao tema apresentadas no decorrer do trabalho, evidenciando a importância da energia nuclear para a matriz energética brasileira e as considerações finais.

16 CAPÍTULO 2. FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 16 Esta seção objetiva explicar e resumir as principais teorias acerca dos fundamentos econômicos. Dentre as teorias abordadas, estão o da escassez e da alocação dos recursos, custo de oportunidade e eficiência técnica produtiva nos processos de produção. Realiza-se a distinção entre crescimento e desenvolvimento econômico, avançando para o tema do desenvolvimento sustentável. 2.1 O problema da escassez e alocação de recursos A economia consiste em uma ciência social que compreende a atividade econômica a partir da teoria econômica. De acordo com Samuelson (1993), A economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos. O autor destaca duas concepções importantes que se encontram na base desta definição formal de economia: a noção de que os bens são escassos e que a sociedade deve usar os seus recursos, de forma eficiente, para produção de bens e serviços a fim de satisfazer as necessidades humanas. Em uma concepção mais ampla, a ciência econômica estuda o comportamento de agentes racionais na alocação dos produtos escassos entre fins alternativos. Segundo Troster e Mochón (1992), escassez existe quando a produção não é o suficiente para suprir a demanda de mercado. O autor afirma que as necessidades humanas a serem satisfeitas através do consumo são ilimitadas, ao passo que os recursos produtivos a disposição, são limitados. O problema da escassez de recursos é apresentado por Samuelson (1993): A escassez em sentido econômico tem sempre implícita uma relação entre a quantidade de recursos ou bens e as necessidades humanas que através deles buscam satisfação. A escassez pressupõe uma relação entre a quantidade do bem e as necessidades que com ele se satisfazem (SAMUELSON, 1993). Este pressuposto é dominante na teoria econômica, visto que o problema da escassez. leva o ser humano a se organizar e a estabelecer entre si relações a fim de enfrenta-las ou, pelo menos, atenuá-las. Sendo assim, a divisão do trabalho e todas as organizações de cunho econômico surgiram para melhor alocar os meios escassos em relação a vários fins possíveis. Dessa forma, em meio à escassez de recursos, os agentes procuram decidir como alocar e usar estes recursos, assim como definida por Shimizu (2006), como a escolha de um plano de ação dentre vários outros disponíveis.

17 17 A escassez, portanto, é o problema fundamental da economia, porque, dadas as necessidades humanas ilimitadas, deve-se buscar a melhor utilização dos recursos físicos escassos. Dessa forma, surge à concepção de eficiência econômica, visto a necessidade de alocar os recursos da melhor forma possível. 2.2 Problemas Econômicos Fundamentais Tendo em vista a noção de eficiência, o processo decisório deve levar em consideração diversos critérios de escolha, onde se prioriza o que produzir, o quanto produzir, a técnica a ser utilizada no processo de produção e a destinação final destes bens. Segundo Pinho e Vasconcellos (1998), o que e quanto produzir é proporcionado pelo conhecimento das possibilidades de produção que dispõe uma nação. Ou seja, quais bens e serviços serão priorizados dada a tecnologia disponível, uma vez que a escassez impossibilita produzir todos os bens que uma sociedade deseja. No que se refere no modo de produção, o autor explica que devem ser escolhidas as técnicas a serem utilizadas e em que proporção cada fator de produção deve ser adotado na produção de cada bem e serviço. Esta condição está estreitamente relacionada às possibilidades tecnológicas de cada país, uma vez que o emprego de técnicas mais adequadas pode significar o aumento da eficiência produtiva. Tais possibilidades podem se configurar uma vantagem competitiva. Por fim, para quem se deve produzir envolve a questão de distribuição, que, em economia, se refere à maneira como a produção ou a renda é distribuída entre indivíduos e entre os fatores de produção (Samuelson, 2001). Este tópico é intensamente abordado pela teoria econômica, visto que o consumo final dos bens produzidos está relacionado com a renda dos indivíduos, e não necessariamente de acordo com a necessidade humana, o que seria o pressuposto para intervenção estatal na economia. 2.3 Eficiência Econômica Produtiva Diante dos problemas econômicos fundamentais, que consistem na escolha do que, como, quanto e para quem produzir, deve-se utilizar a melhor maneira possível dos meios que se tem para que se atenda um número maior de propósitos. Retoma-se, assim, o conceito de eficiência econômica, que é abordado por diversos autores na literatura.

18 18 De acordo com Lima et al (2005), a eficiência econômica é compreendida como a máxima minimização dos custos durante o processo de produção. Na visão de Possas (2004), dentre os conceitos de eficiência econômica, os mais conhecidos são os de eficiência alocativa e produtiva (técnica). A primeira remete a mensuração do modo como a firma utiliza uma combinação ótima dos insumos e a segunda consiste na relação entre produtos e insumos, estando mais relacionada aos aspectos físicos da produção. Para Cavalcanti (1996), o conceito de eficiência econômica é considerado o ponto chave do desenvolvimento da teoria econômica, constituindo um critério básico utilizado pelos economistas para a escolha entre alocações alternativas de recursos dentro de um sistema econômico. Num sentido amplo, entende-se que a eficiência na economia ocorre quando a diferença entre os objetivos propostos e os resultados alcançados é minimizada com o mínimo dispêndio de recursos possível. Dessa forma, o uso adequado dos diversos fatores de produção em consonância com advento tecnológico contribuem para obtenção de ganhos de produtividade. 2.4 Custos de Oportunidade No processo de escolha do que produzir e como produzir, é importante considerar as diversas questões que envolvem a produção de um bem ou serviço, que compreende fatores tangíveis, como receita estimada, custos e despesas, além de fatores intangíveis, como de oportunidade e conveniência. Tendo em vista a importância da eficiência para o processo produtivo, além dos custos e despesas inerentes a produção, deve-se ainda considerar o custo de oportunidade. O custo de oportunidade representa o custo associado a uma determinada escolha medido em termos da melhor oportunidade perdida. O custo de oportunidade está diretamente relacionado ao fato de vivermos num mundo de incerteza e de escassez. Originalmente, a criação e aplicação do conceito foi introduzido por Frederich Von Wieser ( ) para obter a mensuração do valor econômico dos fatores de produção. De acordo com Denardin (2004), o conceito vem apresentando grande destaque devido à importância de considerar como custo, também, a oportunidade perdida, ou seja, aquilo que o tomador da decisão abandona ao fazer a sua escolha.

19 19 Na concepção de Denardin (2004), o custo de oportunidade é definida como: Os agentes econômicos que possuem recursos disponíveis deparam-se, frequentemente, com várias possibilidades de investimento, as quais apresentam diferentes características quanto à remuneração, ao prazo e ao risco. Uma vez que se opta por uma das alternativas de investimentos disponíveis, perdem-se os benefícios proporcionados pelas demais. Dessa forma, pode-se afirmar que as empresas atuam num ambiente em que os recursos são escassos, e as possibilidades de aplicação desses recursos são ilimitadas. Portanto, as possibilidades de uso alternativo desses recursos fazem com que se passe de um problema puramente técnico, em que se procura obter uma combinação eficiente (mais produtiva) para a alocação dos fatores de produção, para um problema eminentemente econômico, em que se procura a melhor alocação dos recursos escassos. A melhor escolha acaba se restringindo àquela que maximiza a satisfação dos agentes (DENARDIN, 2004). Dessa forma, para que uma escolha seja realizada, é necessário sacrificar outra, sendo a melhor escolha aquela que maximize a satisfação do agente econômico, visto que no processo decisório há sempre um dispêndio a se fazer. 2.5 Desenvolvimento Econômico O desenvolvimento econômico é questão central da teoria econômica. De acordo com Bresser Pereira (2008), a teoria do desenvolvimento econômico, embora possua origens em economistas mercantilistas e clássicos, surgiu como área autônoma em meados de 1940, em meio à crise da teoria econômica neoclássica, tendo como bases teóricas as obras dos mercantilistas, Smith, Marx, Schumpeter e Keynes. Segundo o autor conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico não devem ser confundidos, visto que são conceitos distintos, podendo haver crescimento sem que haja desenvolvimento. Essa visão tem como base as obras de Schumpeter, considerado o primeiro economista a assinalar esse fato, quando afirmou que o desenvolvimento econômico implica transformações estruturais do sistema econômico que o simples crescimento da renda per capita não assegura (BRESSER PEREIRA, 2008). É importante salientar que o desenvolvimento econômico se tornou uma das principais preocupações do mundo contemporâneo, visto a inserção da maioria dos países ao sistema de produção capitalista. A teoria econômica, por sua vez, busca estudar tais condicionantes de forma a identificá-los e reajustá-los ao cenário econômico, possibilitando alcançar um maior equilíbrio macroeconômico de crescimento.

20 20 Nesse sentido, Schumpeter (1982) inicia a sua análise sobre o desenvolvimento econômico definindo o estado do fluxo circular na economia, o qual corresponde ao estado em que a economia capitalista se encontra cotidianamente, com tendência ao equilíbrio. Segundo o autor, é nesse estado que a economia capitalista se encontra em sua posição de estabilidade. A concepção Schumpeteriana de desenvolvimento econômico, o primeiro elemento que o autor considera na sua análise corresponde às novas combinações ou inovações. O segundo elemento da sua análise define que desenvolvimento econômico consiste de mudanças geradas no sistema produtivo econômico, considerando haver fatores endógenos como fonte geradora de mudanças na economia. Essa questão era deixada em aberto pela teoria econômica geral, a qual consideravam imutáveis as técnicas de produção e as preferências dos consumidores. Entenderemos por desenvolvimento, portanto, apenas as mudanças da vida econômica que não lhe forem impostas de fora, mas que surjam de dentro, por sua própria iniciativa. (SCHUMPETER, 1982, pg. 47). Desta maneira, o desenvolvimento econômico é fruto de uma sucessão de mudanças ocorridas nas relações de produção e na sociedade de uma maneira geral, procurando distribuir os benefícios de forma equitativa e sem restrições. O terceiro elemento que completa a compreensão do processo de desenvolvimento do sistema capitalista consiste na figura do empresário, que o autor define como o individuo que possui a função de realizar empreendimentos ou novas combinações. A figura do empresário é muito importante, ele surge no rompimento do fluxo circular, no momento em que, ao realizar uma nova combinação, arrisca nas possibilidades e transforma a estrutura econômica. Assim, o desenvolvimento econômico em Schumpeter pode ser definido como fruto dos processos inovativos liderados por empresários, que levam ao rompimento do estado equilibrado, previsível e estável do sistema econômico, transformando-o estruturalmente.

21 2.5.1 Inovação tecnológica 21 Considerando que a eficiência econômica é um elemento fundamental diante da escassez dos recursos, a inovação tecnológica assume um papel preponderante para que as crescentes demandas da sociedade possam ser atingidas. De acordo com Schumpeter (1982), a inovação consiste em uma combinação de diferentes matérias-primas e forças. É produzir algo novo ou produzir o mesmo, mas de forma nova e descontínua. De acordo com o autor, a inovação abrange diversas situações, como expressas a seguir: Esse conceito engloba os cinco casos seguintes: 1) Introdução de um novo bem ou seja, um bem com que os consumidores ainda não estiveram familiarizados ou de uma nova qualidade de um bem. 2) Introdução de um novo método de produção, ou seja, um método que ainda não tenha sido testado pela experiência no próprio ramo da indústria de transformação, que de modo algum precisa ser baseada numa descoberta cientificamente nova, e pode consistir também em uma nova maneira de manejar comercialmente uma mercadoria. 3) Abertura de um novo mercado, ou seja, de um mercado em que o ramo particular da indústria de transformação do país em questão não tenha ainda entrado, quer este mercado tenha existido antes ou não. 4) Conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas ou de bens semimanufaturados, mais uma vez independente do fato de que essa fonte já existia ou teve que ser criada. 5) Estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria, como a criação de uma posição de monopólio (por exemplo, pela trustificação) ou a fragmentação de uma posição de monopólio. (SCHUMPETER, 1982, p. 48). Na concepção Schumpeteriana, a inovação tecnológica é o verdadeiro motor do desenvolvimento econômico. Tais inovações ocorrem de forma descontinuada no tempo e dão origem a um processo de destruição criativa no qual as velhas estruturas são abandonadas e substituídas pelo novo, pela inovação. Nesse sentido, existe uma distinção entre invenção e inovação. Para Browne (1985) "as mudanças nos processos de produção e nos modelos dos produtos que sejam a base do progresso tecnológico constituem inovações. A invenção consiste na descoberta das relações científicas ou técnicas que tornam possível o novo modo de fazer coisas, a inovação é sua aplicação comercial. Rosenthal et al (1992) definem a inovação tecnológica como "a aplicação de um novo conjunto de conhecimentos ao processo produtivo, resultando assim em um novo produto, alterações em algum atributo do produto antigo e/ou no grau de aceitação do produto pelo mercado. O processo de inovação tecnológica é dinâmico e apresenta uma evolução constante, sendo assim um aspecto importante no desenvolvimento de uma empresa, de um setor

22 22 industrial e de um país. Stewart Jr. et al (1987) a focalizam como o novo e melhor caminho para alcançar objetivos econômicos e permitir o crescimento e desenvolvimento econômico Desenvolvimento Sustentável Por um lado, o crescimento econômico possibilitou o acesso a uma gama maior de bens e serviços, bem com o desenvolvimento de diversas áreas de atuação, seja na engenharia ou medicina, seja na própria ciência econômica. No entanto, o crescimento desordenado e a intensificação das desigualdades sociais no mundo, adventos do sistema capitalista de produção, gerou uma maior preocupação por parte dos economistas e demais cientistas sociais, que incorporaram novos elementos à concepção de desenvolvimento econômico equilibrado. Atualmente, é cada vez mais presente a consciência de nosso dever com relação às gerações futuras e a limites que a natureza, o meio ambiente nos impõem. O desenvolvimento sustentável é um conceito que abrange diversos setores da sociedade, objetivando estabelecer um ponto de equilíbrio entre crescimento econômico, equidade social e a proteção ambiental. A ideia de desenvolvimento sustentável tem como ponto principal o ser humano, visando suprir suas necessidades (CAVALCANTI,1997). Para se entender o conceito, primeiramente, deve-se levar em consideração que os recursos naturais são finitos e que a humanidade depende desses recursos para a sua sobrevivência. Dessa forma, a produção que não respeita os limites da natureza acaba tornando-se insustentável. A sustentabilidade relaciona-se ao equilíbrio ser humano-meio ambiente. A definição mais utilizada é aquela expressa no relatório de Bruntland 1 que define desenvolvimento sustentável como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades (BRUNTLAND, 1987). Esse modelo não visa estagnar o crescimento econômico, mas sim, que haja uma interação com as questões sociais e ambientais. 1 Relatório da ONU chamado de Nosso Futuro Comum, sobre a sustentabilidade ambiental do planeta Terra. O relatório faz parte de uma série de iniciativas, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas.

23 23 Segundo o Relatório Brundtland (BRUNTLAND, 1991), uma série de medidas devem ser tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. São recomendações que visam mitigar os problemas decorrentes do crescimento econômico, seja de cunho econômico, seja de cunho social ou ambiental. Tais medidas são apresentadas a seguir: Limitação do crescimento populacional; Garantia de alimentação em longo prazo; Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com a incorporação de fontes renováveis de energia; Aumento da produção industrial nos países não industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas; Controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores; Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia). No nível internacional, as metas propostas pelo Relatório são as seguintes: As organizações do desenvolvimento devem adotar a estratégia de desenvolvimento sustentável; A comunidade internacional deve proteger os ecossistemas supranacionais como a Antártica, os oceanos, o espaço; Guerras devem ser banidas; A ONU deve implantar um programa de desenvolvimento sustentável. (BRUNDTLAND, 1991). Vale ressaltar, ainda, que existe uma crescente preocupação em relação ao meio ambiente, visto que são, cada vez mais, perceptíveis os danos causados pela atuação do homem na natureza. Dessa forma, o relatório aponta para um conjunto de medidas a ser adotada a nível individual, bem como a nível de Estado nas políticas públicas

24 CAPÍTULO 3. A ENERGIA NUCLEAR 24 Inicialmente, este capítulo tratará dos principais tipos de energia existentes, dando ênfase aos aspectos que se referem à energia nuclear. Posteriormente analisará os custos e os parâmetros comparativos entre as principais fontes de energia utilizadas no país. 3.1 Tipos de energia O conceito de energia está associado à capacidade de qualquer corpo de produzir trabalho, ação ou movimento. Na forma primária, como a energia é encontrada na natureza, não há um aproveitamento útil, devendo ser captada e adaptada, transformando-se, numa fonte secundária de energia (HINRICHS E KLEINBACK, 2010). Existem disponíveis no planeta diversas fontes de energia primária, que diferem por sua abundância na natureza e na sua capacidade de recomposição. Podem ser divididas em dois grupos principais: as fontes renováveis e as fontes não renováveis. As fontes renováveis são caracterizadas por não estabelecer um limite em relação ao tempo para a sua utilização e são provenientes de ciclos naturais de conversão. De acordo com Poole et al. (1998) as energias renováveis são manifestações diretas ou indiretas da energia que chega do sol, quedas d água, ventos, biomassa e marés. Segundo Rodrigues (2004), energias renováveis são consideradas fontes limpas por não poluir a atmosfera. As fontes não renováveis são aquelas encontradas na natureza em quantidades limitadas e que se extinguem após a utilização. Na literatura, são consideradas fontes de energia não renováveis os combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás natural, e o urânio, matéria-prima para obtenção da energia nuclear. Algumas fontes de energia são amplamente conhecidas e utilizadas de forma intensa pelo homem. As fontes que para o seu aproveitamento, possuem sua tecnologia bem desenvolvida e que são aceitas pela sociedade são consideradas convencionais e nesse grupo encontram-se o petróleo, o carvão, o gás natural, a energia nuclear e a hidráulica. Por sua vez, as fontes não convencionais são aquelas que foram implementadas recentemente, sua tecnologia ainda está em processo de desenvolvimento, os seus custos de produção são elevados e sua utilização não está muito difundida. É o caso da energia dos ventos, das marés, do sol dentre outras.

25 25 O processo de geração de energia elétrica a partir das fontes primárias tem grande impacto no meio ambiente e, por isso, é preocupação recorrente no sentido da manutenção destas fontes para sua utilização no longo prazo. 3.2 Era Nuclear O descobrimento da energia nuclear ocorreu em 1938 quando os físicos Otto Hahn, Lise Meitner e Fritz Strassman descobriram a fissão nuclear. As implicações desta nova descoberta se tornaram rapidamente objeto de estudos posteriores e alvo das mais diversas experimentações. Até que em 1942, o físico italiano Enrico Fermi obteve a primeira reação nuclear em cadeia, dando início à Era Nuclear. A partir de então, uma série de novas tecnologias foram desenvolvidas a partir da radiação emitida da quebra do átomo. Destacam-se dentre as várias aplicações: a geração de energia elétrica, medicina, agricultura e indústria (CAMARGO, 2006). A produção de eletricidade, a partir do uso da energia nuclear, foi um subproduto do desenvolvimento dos reatores nucleares com fins militares durante e após a segunda guerra mundial de 1939 a 1945 (GOLDEMBERG et al, 2008). Foram realizados voluptuosos investimentos no desenvolvimento de novas tecnologias de cunho nuclear visto a escassez de recursos para obtenção de energia no período de guerra, em particular, o carvão, a principal fonte da época. Segundo Carajilescov e Moreira (2008), após a Segunda Guerra Mundial, houve uma grande evolução no setor nuclear. Diversos tipos de reatores nucleares foram projetados e muitos, efetivamente construídos, sendo que alguns permanecem em operação até hoje. A geração de energia nuclear começou quase no mesmo período na antiga União Soviética, na Inglaterra e nos EUA. As primeiras usinas operavam com reatores de baixa potência nominal e constituem aquilo que se convencionou chamar de Geração I dos reatores nucleares. Esses reatores inspiraram as usinas projetadas a partir de meados da década de 1960 até o início da década de 1980, consideradas como Geração II, que eram, usualmente, de grande porte, com potência nominal acima de 1000 MWs. A evolução nos reatores passou a preocupar-se principalmente em relação às liberações radioativas, dando origem ao desenvolvimento de usinas dotadas de sistemas passivos de segurança, que independem da

26 26 atividade de um operador. Essa característica resultou nos reatores chamados de Geração III. Já a partir do ano 2000 iniciou-se a discussão quanto aos reatores da geração IV, que devem considerar dentre outros, o uso eficiente dos recursos naturais, a administração de rejeitos radioativos, a segurança nuclear e as preocupações públicas. Esses próximos reatores devem ser licenciados, construídos e operados, produzindo energia a preços competitivos (CARAJILESCOV & MOREIRA, 2008). No Brasil, o interesse pela energia nuclear deu-se inicialmente por interesses militares. As primeiras pesquisas na área nuclear foram realizadas na década de 30, mas foi a partir de 1945, com o ataque nuclear sobre a cidade de Hiroshima, que o interesse se intensificou e se concretizou no Brasil. A importância estratégica da energia nuclear foi designada para o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), fundado em 1951, pelo Almirante Álvaro Alberto Motta e Silva que havia retornado dos EUA, onde presidiu a primeira conferência sobre Energia Nuclear (PORTAL CNPQ). A primeira iniciativa dada pelo governo brasileiro foi a tentativa de transferência da tecnologia nuclear pelos EUA, no entanto, não obteve sucesso. Assinou, então, um acordo com a Alemanha, na qual se adquiria tecnologia para enriquecimento de urânio. Segundo Kuramoto et all (2001), a justificativa utilizada pelas autoridades brasileiras em aderir o acordo foi embasada principalmente nas expectativas das quais militares e tecnocratas esperavam transformar o país numa potência indústria e militar, o que acarretaria na escassez de energia gerada pelas hidrelétricas. Como o carvão e o petróleo eram importados, o que levava o crescimento econômico a dependência externa, optou-se pela energia nuclear. O acordo foi suspenso em 1983 devido a dificuldades técnicas surgidas deste a sua implementação. A crise financeira deste período impossibilitava o Estado brasileiro de realizar os investimentos necessários no setor, minguando de vez os esforços realizados pelo governo militar. No entanto, apesar da não efetivação do acordo, este se consolidou como o ponto de partida para as posteriores conquistas no campo nuclear e a instalação do Parque Nuclear Brasileiro Processo de obtenção de energia nuclear A energia nuclear é obtida a partir da quebra do átomo, tendo, como matéria-prima, minerais altamente radioativos, como o urânio. A fissão nuclear configura-se como a

27 27 principal técnica empregada na geração de eletricidade em usinas nucleares. Na representação esquemática a seguir, observa-se a reação em cadeia obtida a partir da fissão nuclear do Urânio. Figura 1. Reação de Fissão Nuclear Fonte: Mundo Educação A energia elétrica obtida a partir desta tecnologia compreende toda uma cadeia produtiva. Este processo, denominado ciclo do combustível nuclear, apresenta diversas etapas que se inicia na mineração do Urânio e sua fase de enriquecimento até finalmente a geração de energia, conforme figura 2.

28 28 Figura 2. Ciclo do Combustível Nuclear Fonte: MME (2008) Mineração: Compreende ao processo da extração do minério da natureza (inclui a prospecção e a pesquisa), para posterior beneficiamento, obtendo o concentrado de urânio (yellowcake). Conversão: Consiste na transformação do yellowcake (U 3 O 8 ) em hexafluoreto de urânio (UF 6 ). Enriquecimento: A operação de enriquecimento do urânio aumenta a concentração do urânio 235, do seu estado natural 0,7% para em torno de 3%. Reconversão: O hexafluoreto de urânio (UF 6 ) é transformado em dióxido de urânio (UO 2 ). Pastilhas: Fabricam-se as pastilhas de dióxido de urânio (UO 2 ), que possuem a forma de um cilindro de mais ou menos um centímetro de comprimento e de diâmetro, que após testes, estarão aptas a compor o combustível das centrais nucleares. Elementos combustíveis: É composto pelas pastilhas de dióxido de urânio montadas em tubos de uma liga metálica especial - o zircaloy - formando um conjunto de varetas, cuja estrutura é mantida rígida por reticulados chamados grades espaçadoras. Geração de energia: Por fim, a produção da energia ocorre através da fissão dos núcleos dos átomos de urânio. Os resíduos gerados são armazenados provisoriamente na própria usina para que seja posteriormente especificado um fim.

29 29 Armazenamento: O combustível irradiado é armazenado provisoriamente na própria usina para posteriormente ser dado a disposição final ou ser utilizado para reprocessamento. Reprocessamento: O reprocessamento separa o urânio e o plutônio o urânio volta ao processo de conversão para UF6 para enriquecimento; o plutônio é misturado ao urânio formando um óxido misto que pode voltar aos reatores. Disposição Final: É realizada a disposição final dos resíduos, onde, a solução geralmente adotada é enterrar os dejetos em estruturas geologicamente estáveis. As centrais nucleares podem ser definidas como usinas térmicas de geração de energia. Apesar de existirem diversos tipos de usinas nucleares, o seu princípio de funcionamento é semelhante. A figura a seguir mostra o funcionamento de uma usina nuclear no processo de geração de energia elétrica. Figura 3. Funcionamento de uma Usina Nuclear Fonte: Eletrobrás (2008) A fissão dos átomos de urânio dentro das varetas do elemento combustível aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320 graus Celsius. Para não entrar em ebulição, a água é mantida sob pressão 157 vezes maior do que a pressão atmosférica. O gerador de vapor realiza a troca de calor entre as águas deste primeiro circuito e a do circuito

30 30 secundário, que são independentes entre si. Com a troca do calor, a água do circuito secundário transforma-se em vapor e movimenta a turbina, que em seguida aciona o gerador elétrico. Depois de mover a turbina, o vapor passa por um condensador e é refrigerada pela água do mar, que é trazida por um terceiro circuito independente. (ELETRONUCLEAR, 2011) Uso da energia nuclear no mundo A implantação de usinas nucleares cresceu significativamente nas últimas décadas, se tornando fontes primordiais para as principais economias do mundo. De acordo com dados da Eletronuclear, em 2011, havia 434 reatores nucleares de potência em operação no mundo, com capacidade instalada de 367,540 GW(e). Além disso, outros 65 se encontram em construção. A distribuição dos reatores se dá conforme tabela 1.

31 31 Tabela 1: Reatores Nucleares em operação no mundo PAÍS REATORES USA 104 FRANÇA 58 JAPÃO 50 RUSSIA 33 CHINA + TAIWAN 21 COREIA SO SUL 21 INDIA 20 CANADA 18 REINO UNIDO 18 UCRANIA 15 SUECIA 10 ALEMANHA 9 ESPANHA 8 BELGICA 7 REP CZECA 6 SUIÇA 5 ESLOVAQUIA 4 FINLANDIA 4 HUNGRIA 4 PAQUISTÃO 3 AFRICA DO SUL 2 ARGENTINA 2 BRASIL 2 BULGARIA 2 MEXICO 2 ROMENIA 2 ARMENIA 1 ESLOVENIA 1 HOLANDA 1 IRÃ 1 TOTAL 434 Fonte: Eletronuclear (2011) É importante observar que o uso da energia nuclear concentra-se nas principais econômicas do mundo, como Estados Unidos, França e Japão. Os americanos são os maiores produtores de energia nuclear do mundo, possuem 104 reatores em operação responsável pela geração de 104 MW(e). Principalmente nos países onde as fontes alternativas disponíveis para a geração de energia são limitadas, a energia nuclear representa a principal fonte geradora de energia elétrica, chegando a representar até 80% da geração total do país, como no caso da França. A

32 32 representatividade na matriz energética da geração por fonte nuclear nos países é apresentada a seguir. Figura 4. Distribuição dos reatores nucleares Fonte: AIEA (2011) No Brasil, a representatividade da energia nuclear na matriz energética ainda é pequena, apenas 3%, apresentando grande potencial de expansão. Diante da busca pela segurança energética, o uso da energia nuclear apresenta grande potencial de expansão, configurando-se como uma opção a diversificação da produção de energia elétrica no país. 3.3 O setor elétrico brasileiro Retrospectiva do setor O marco inicial da energia elétrica no Brasil ocorreu no final do século XIX, com a instalação de um dínamo na Estação Central da Estrada de Ferro D. Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro. Data desse período a instalação das primeiras usinas de geração de energia elétrica e os primeiros trechos de iluminação pública (RELATÓRIO ANEEL 10 anos, 2008). Até a década 20, as primeiras iniciativas de produção de energia elétrica eram realizadas por grupos nacionais, impulsionado posteriormente pela entrada de capital

33 33 estrangeiro. Posteriormente, na década de 30, diante das fragilidades econômicas, inicia-se a intervenção estatal no setor com o inicio do marco regulatório. Na década de 40, importantes mudanças ocorreram na composição da matriz energética com a construção de uma série de hidrelétricas o que tornou país um dos maiores produtores de energia renovável do mundo. No entanto, em meados da década seguinte, o país passou a enfrentar o primeiro racionamento de energia, motivado por 5 anos seguidos de seca, crescimento da industrialização, da urbanização e a insuficiência de investimentos. Nesse período, criaram-se importantes estatais como a Petrobrás e a Eletrobrás, que foram responsáveis inclusive pelo planejamento energético. Em meados da década 60 e início dos anos 70, o sistema elétrico nacional consolidouse com o início da construção das maiores usinas hidrelétricas, como a Itaipu, Furnas, Tucurui e a usina nuclear de Angra. Nesse período, o país apresentou um crescimento exponencial, o chamado milagre econômico. Nos anos 80 após a crise, devido à incapacidade de realizar investimentos por parte do estado, o país enfrentou o segundo racionamento de energia, que afetou principalmente as regiões Norte e Nordeste, que inicialmente foram obrigadas a reduzir o consumo em 15%, depois reduzido para 10%. Esse racionamento ocorreu no mesmo período do lançamento do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), que incentivava a racionalização do uso da eletricidade (RELATÓRIO ANEEL 10 anos, 2008). No início da década de 90, no governo do presidente Fernando Collor de Mello, houve o processo de desestatização e a liberalização da economia. A livre competição levou muitos setores a se reestruturar completamente, alguns foram concedidos à iniciativa privada, enquanto outros foram flexibilizados para atender as necessidade de mercado devido à concorrência internacional e ao capital estrangeiro. Um importante marco na historia da energia elétrica do país foi a publicação da lei n 8.631, (1993) que pôs fim à equalização tarifária à remuneração garantida das empresas, encerrando dessa forma, o retorno financeiro das concessionárias sem nenhum esforço por eficiência. Em meados de 1994, a introdução da nova moeda, o Real, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, conseguiu conter a inflação produzindo um novo ritmo de crescimento ao país. O setor elétrico entra numa nova fase com a transferência de ativos do estado para o setor privado, predominando o Estado Regulador ao invés do Estado Investidor. (RELATÓRIO ANEEL 10 anos, 2008).

34 34 De acordo com o relatório, devido a este novo papel, em 1996, institui-se no país a Agência Nacional de Energia Elétrica, que nasce com a missão de proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade (RELATÓRIO ANEEL 10 anos, 2008). No ano de 2002 o país enfrentou a sua maior crise de abastecimento, com corte de consumo de 20% nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste e 10% no Norte do país, o que levaram geradoras e distribuidoras a se endividarem. No último ano do governo de FHC, foi lançado o programa de incentivos às fontes de energia elétrica (PROINFA) para estimular a geração de energias alternativas. Já em 2003, ao iniciar o mandato, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Programa Luz para Todos, sucedido pelo programa Luz no Campo, com o objetivo de levar energia elétrica para brasileiros ainda sem acesso ao serviço de eletricidade. Esses programas teriam como objetivo principal acabar com a exclusão elétrica no país Parque Nuclear brasileiro O Parque Nuclear Brasileiro, a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) conta com duas usinas em operação, denominadas Angra I e Angra II e estão localizadas na cidade de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. Uma terceira usina denominada Angra III está em construção com previsão de iniciar as atividades em 2016 (ELETRONUCLEAR, 2013). As usinas nucleares são operadas pela Eletrobrás Eletronuclear, uma empresa subsidiária da Eletrobrás, criada em 1997 com a finalidade de operar e construir usinas termonucleares no Brasil. As Indústrias Nucleares Brasileiras (INB) dominam hoje todas as etapas do ciclo do combustível nuclear, em particular o processo de enriquecimento de urânio tornando o país independente tecnologicamente em todo o ciclo do combustível. O atual complexo brasileiro de usinas termelétricas pode ser visto conforme figura a 5:

35 35 Figura 5. Complexo Nuclear Brasileiro Fonte: Eletronuclear (2011) Angra I: É a primeira usina de energia nuclear brasileira que entrou em operação comercial em A usina tem capacidade de geração de 640 megawatts de potência e opera com um reator de água pressurizada (PWR). Esta primeira usina nuclear foi adquirida da empresa americana Westinghouse sob turn key, na forma de um pacote fechado sem a prévia de transferência de tecnologia por parte dos fornecedores (ELETRONUCLEAR 2013). Angra II: A segunda usina de energia nuclear brasileira entrou em operação comercial em A usina tem capacidade de geração de megawatts de potência e opera com um reator de água pressurizada (PWR) de tecnologia alemã da Siemwns/KWU. Esta segunda usina nuclear foi fruto de um acordo nuclear entre Brasil e Alemanha firmado em A sua construção foi suspensa na década de 80 devido à crise econômica, retomando a construção somente em Essa usina propiciou ao país a transferência de tecnologia, o que levou o país a um desenvolvimento tecnológico próprio, do qual resultou o domínio sobre praticamente todas as etapas de fabricação do combustível nuclear (ELETRONUCLEAR 2013). Angra III: A terceira usina ainda em construção iniciada em 2010 tem a previsão de término para Ela terá capacidade de geração de megawatts de potência. A

36 36 tecnologia empregada na usina é igual à Angra II que opera com um reator de água pressurizada (PWR) de tecnologia alemã da Siemwns/KWU. ELETRONUCLEAR (2013). As usinas nucleares do complexo CNAA dão uma importante contribuição para a matriz elétrica brasileira. Juntas, geram o equivalente a um terço do consumo de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro Reservas de urânio Como mencionado anteriormente, o urânio é a matéria-prima utilizada na produção da energia nuclear. Esse mineral encontra-se sobre toda a crosta terrestre, como constituinte da maioria das rochas. Não possui uma cor característica, o que o diferencia de outros minerais é a sua propriedade física de emitir partículas radioativas, a radioatividade, que é aproveitada para produzir calor. As reservas de urânio no mundo concentram principalmente na Austrália, Cazaquistão, Rússia, África do Sul, Canadá, Estados Unidos e Brasil, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia Atômica de janeiro de O Brasil registra a sétima maior reserva mundial, posição que pode ser ampliada, visto que apenas 25% do território foram explorados. As principais reservas encontram-se na Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais, entre outras localizações. Segundo a classificação utilizada pela AIEA, as reservas brasileiras estão assim distribuídas: Caldas (MG) toneladas/ano; Lagoa Real/Caetité (BA) toneladas/ano; Santa Quitéria (CE) toneladas/ano e outras t/ano. A distribuição das reservas pode ser visualizada no gráfico 6.

37 37 Figura 6. Reservas de Urânio no Brasil Fonte: INB (2011) Com o desafio maior de atender a demanda dos próximos 20 anos, a INB iniciou os trabalhos necessários para aumentar a sua produção de urânio. Em Caetité, com a abertura da lavra subterrânea e a implantação de um novo processo de beneficiamento que resultará em maior aproveitamento do mineral. Ainda com o mesmo objetivo, selecionou a empresa com a qual atuará em parceria para explorar a reserva de Santa Quitéria, no Ceará, onde o urânio encontra-se associado ao fosfato. As reservas de urânio no Brasil permitem o suprimento das necessidades domésticas em longo prazo e, possivelmente poderá disponibilizar o seu excedente ao mercado externo. Segundo o INB, face à sua extensão territorial, reservas asseguradas e domínio da tecnologia de todas as etapas do ciclo do combustível, o país ocupará uma posição estratégica em relação à demanda de fontes energéticas Matriz Elétrica Brasileira A matriz elétrica brasileira é diversificada e apresenta predominância de fontes renováveis. Em 2012, a oferta interna de energia elétrica chegou a 592,8 TWh. Com base nos dados do Balanço Energético Nacional (2012), a matriz de abastecimento da energia elétrica no país é composta conforme o gráfico que segue.

38 38 Figura 7. Distribuição da Matriz Elétrica no Brasil Fonte: MME (2012) Observa-se que a geração hidráulica é preponderante e representa 75% da geração total. Em seguida, tem-se a geração de energia por gás natural (8,50%), Biomassa (6,30), derivados de petróleo e nuclear (2,90%), carvão (1,50%), eólica (0,90%) e outras fontes diversas (1,80%). Dessa forma, a matriz energética brasileira é considerada diversificável, visto que, apesar de possuir diversas fontes alternativas, ainda é bastante concentrada em hidrelétricas. O que reflete na segurança e continuidade do sistema de geração, visto que a produção por este tipo de usina é susceptível as sazonalidades. Além disso, o grande potencial de geração de energia hidráulica no Brasil deve-se às condições naturais favoráveis para a instalação de usinas hidrelétricas, com território e abundância de bacias hidrográficas (ELETROBRÁS, 2013). No entanto, segundo a Agência Nacional das Águas, 70% da disponibilidade hídrica encontra-se na região Norte do país, distante dos principais centros consumidores, o que leva a perdas no decorrer do processo e eleva o custo de transmissão de energia. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, o consumo de energia ocorre preponderantemente no Sudeste visto que a região concentra grande parte setor industrial brasileiro, que é o demandante desse insumo. A Figura a seguir ilustra a participação por tipo de estabelecimento no consumo total de energia elétrica no país em 2012.

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