CUIDADOS NUTRICIONAIS NO RECÉM-NASCIDO DE MUITO BAIXO PESO NUTRITIONAL CARE OF VERY LOW BIRTH WEIGHT PRETERM INFANTS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CUIDADOS NUTRICIONAIS NO RECÉM-NASCIDO DE MUITO BAIXO PESO NUTRITIONAL CARE OF VERY LOW BIRTH WEIGHT PRETERM INFANTS"

Transcrição

1 Rev Recém-nascido Bras Crescimento de Muito Desenvolv Baixo Peso. Hum. 2008;18(2): Rev Bras Crescimento Desenvolv PESQUISA Hum. 2008;18(2): ORIGINAL ORIGINAL RESEARCH CUIDADOS NUTRICIONAIS NO RECÉM-NASCIDO DE MUITO BAIXO PESO NUTRITIONAL CARE OF VERY LOW BIRTH WEIGHT PRETERM INFANTS Adriana Gonçalves de Oliveira * Pollyanna Patriota Siqueira ** Luiz Carlos de Abreu *** Oliveira AGde, Siqueira PP, Abreu, LCde. Cuidados Nutricionais no Recém-nascido de Muito Baixo Peso. Rev Bras Crescimento Desenvol Hum. 2008; 18(2): Resumo: Introdução: a meta nutricional na abordagem do recém-nascido de muito baixo peso é alcançar crescimento pós-natal em uma taxa que se aproxime do crescimento e do ganho de peso intra-uterino de um feto normal de mesma idade gestacional, sem produzir deficiências nutricionais, efeitos metabólicos indesejáveis ou toxicidades decorrentes de uma exagerada oferta nutricional. Objetivo: descrever o estado da arte da nutrição em recém-nascido prematuro de muito baixo peso. Método: Foram consultadas as bases de dados do Medline e SciELO. Utilizou-se como estratégia de busca no MEDLINE nutrition AND birth OR prematurity OR very low birth weigth infants e no SciELO os termos nutrition in newborn AND prematurity AND very low birth weigth infants AND nutritional status em todos os campos. Resultados: os artigos foram classificados quanto ao tipo: revisão, artigo original, relato de casos, opinião e editorial (N= 16) e compuseram a premissa do trabalho. Foram considerados estudos de natureza qualitativa e quantitativa. Os artigos listados de 1 a 4 foram utilizados para definir recém-nascido de muito baixo peso, pequeno para a idade gestacional e caracterização fisiológica da prematuridade. Conclusão: o início precoce de alimentação, tanto enteral como parenteral e a avaliação nutricional são imprescindíveis para garantir o crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor adequados e evitar seqüelas futuras nos recém-nascidos de muito baixo peso ao nascer. Palavras-chave: Nutrição; muito baixo peso; prematuro; avaliação nutricional. INTRODUÇÃO Os recém-nascidos de muito baixo peso ao nascer (RNMBP) são aqueles que apresentam peso ao nascer < 1.500g. 1 Quanto à gestação, são prematuros (PT) aqueles com nascimento menor que 37 semanas. 1 A definição mais aceita de pequenos para a idade gestacional é a que considera Pequeno para a Idade Gestacional (PIG) como os nascidos vivos que apresentam valor inferior ao percentil 10 de peso ao nascer segundo idade gestacional. 2 O peso ao nascer é o melhor preditor do padrão de saúde imediato e futuro do recém-nascido (RN), sendo que naqueles RN com peso ao nascer menor do que 1.500g e idade gestacional inferior a 32 semanas, existem relações diretas de fatores de risco de instalação da hemorragia peri-intraventricular, à sobrevida e ao crescimento e desenvolvimento, sendo o muito baixo peso considerado relevante na taxa de mortalidade infantil. 3 O nascimento antes do final do 3 trimestre predispõe o RN ao risco nutricional, em ra- * Médica Neonatologista. Responsável pelo setor de Cuidados Intermediários do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, São Paulo, SP. Contato: Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros da Secretaria de Estado da Saúde, Estado de São Paulo. Neonatologista do Hospital Municipal de Diadema, SP. agdeoliveira@gmail.com. ** Nutricionista. Mestre em Saúde Materno-infantil. Docente da Universidade Federal de Alagoas UFAL. *** Pós-doutor em Saúde Pública. Docente do programa de Stricto sensu em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP. 148

2 zão dos baixos níveis de nutrientes, crescimento rápido, imaturidade do trato gastrointestinal. 4 A meta nutricional na abordagem do recém-nascido de muito baixo peso é alcançar crescimento pós-natal em uma taxa que se aproxime do crescimento e do ganho de peso intra-uterino de um feto normal de mesma idade gestacional, sem produzir deficiências nutricionais, efeitos metabólicos indesejáveis ou toxicidades decorrentes de uma exagerada oferta nutricional. 4 Entretanto, o estado nutricional de um RN ao nascimento varia de acordo com as condições de vida intra-uterina as quais esteve submetida. A adequação nutricional do feto pode influenciar de forma significante a morbidade e mortalidade do RN. Nascer prematuramente coloca o RN numa condição de grande risco nutricional. A alimentação representa contínuo desafio para os responsáveis pela nutrição do neonato, principalmente daqueles prematuros e de muito baixo peso ao nascer. Quando as conseqüências nutricionais e metabólicas decorrentes das deficiências são significativas, levam a alterações em curto e longo prazo, tais como repercussão no desenvolvimento cerebral, déficit de aprendizado e déficit de memória. Assim, o objetivo é descrever o estado da arte da nutrição em recém-nascido prematuro de muito baixo peso. MÉTODO Foram consultadas as bases de dados: MEDLINE/PUBMED (Literatura Internacional em Ciências da Saúde) e SciELO (Scienfic Eletronic Library). Publicações indexadas no Medline, mesmo que em revistas nacionais, foram consideradas internacionais. As consultas incluíram somente artigos registrados entre 1/1/2001 a 30/08/2008. As seguintes estratégias de busca foram utilizadas: MEDLINE/PUBMED: utilizaram-se os termos de busca nutrition AND birth OR prematurity OR very low birth weigth infants para encontrar os trabalhos de que contivessem o termo em qualquer campo. Foram usados como limites de busca: subset Medline e referências nos idiomas inglês e português. SciELO: em busca avançada, pesquisouse ano a ano (2001 a 2008), utilizando o termo nutrition in newborn AND prematurity AND very low birth weigth infants AND nutritional status em todos os campos. A seleção dos artigos foi realizada manualmente e excluídos os que mencionavam nutrition sem a ligação com newborn. Os artigos duplicados foram excluídos nas bases de dados, prevalecendo aquela de maior abrangência e na seguinte ordem: MEDLINE/ PUBMED e SciELO. Os periódicos que utilizam a metodologia SciELO foram considerados como desta base. Os artigos foram classificados quanto ao tipo: revisão, artigo original, relato de casos, opinião e editorial (N= 16) e compuseram a premissa do trabalho. Foram considerados estudos de natureza qualitativa e quantitativa. Ainda, os artigos listados de 1 a 4 foram utilizados para definir termos: recém-nascido de muito baixo peso 1, pequeno para a idade gestacional 2 e caracteriza- Tabela 1: Distribuição dos manuscritos nas bases de dados MEDLINE/PUBMED e SciELO no período de 2001 a TIPO DE MANUSCRITO BASE DE DADOS SciELO MEDLINE/PUBMED Total Experimentais Revisão Opinião Total Scielo: Scientific Electronic Library Online Medline: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online 149

3 Tabela 2: Síntese dos manuscritos que versaram sobre nutrição do recém-nascido de muito baixo peso no período de 2006 a 2008, nas bases de dados do SciELO e MEDLINE/PUBMED. Brock, Falcão e Leoni 8 Benevenuto et al. 10 Cardoso e Falcão 20 Elizabeth et al. 11 Doege e Bauer 17 Brock e Falcão 6 O uso de um instrumento validado para o período neonatal é imprescindível ao acompanhamento dos RNs. A prevalência de aleitamento exclusivo e misto em RNPT após alta hospitalar foi mais evidenciado que noutros estudos similares, destacando a necessidade de prover condições para seqüência do aleitamento para esta população o máximo possível. O IMC é o melhor índice para avaliação antropométrica dos RNMBP. Prematuridade isolada ou associada à infecção requer suplementação de nutrientes. A nutrição precoce por dieta enteral previne atrofia e estimula a maturação do trato gastrintestinal, além de previnir a enterocolite necrosante. O peso de nascimento e prematuridade está diretamente relacionado com a presença de síndrome metabólica nos adultos. RNPTMBP= recém-nascido pré-termo de muito baixo peso IMC= índice de massa corpórea RN= recém-nascido Tabela 3: Síntese dos manuscritos que versaram sobre nutrição do recém-nascido de muito baixo peso no período de 2001 a 2005, nas bases do SciELO e MEDLINE/PUBMED. Camelo 5 Gianini et al. 9 Anchieta et al. 7 Cooke et al. 14 Hust et al. 12 Lubetzky et al. 16 Cooke e Foulder-Hughes 18 Clark et al. 19 Ziegler et al. 15 Embleton et al. 13 Baixo peso e desnutrição intra-útero caminham juntos, aumentando a morbidade e mortalidade e levando a um desenvolvimento cognitivo pobre. Melhora na evolução clínica é diretamente proporcional há melhora da oferta nutricional. Todos os recém-nascidos apresentaram perda de peso e houve indicativo de que a recuperação do crescimento é mais lenta com estas oscilações. A falta de ingestão calórica e protéica adequadas corrobora para o retardo de crescimento pós-natal. Minimização do risco de desnutrição em RNPTMBP pode ser verificada com adequada avaliação nutricional. O leite materno é menos dispendioso do ponto de vista energético do que a alimentação com fórmula pelo prematuro. Os déficits de crescimento e desenvolvimento do prematuro são diretamente relacionados aos aspectos nutricionais. A restrição de crescimento extra-uterino continua um problema sério e comum para o RNPT, apesar dos crescentes avanços nos cuidados neonatais na UTI. Uso de nutrição parenteral e enteral agressiva como modelo de redução das alterações do crescimento e desenvolvimento. A falta de ingestão calórica e protéica constitui um problema universal. RNPT= recém-nascido pré-termo UTI= Unidade de Terapia Intensiva RNPTMBP= recém-nascido pré-termo de muito baixo peso ção fisiológica da prematuridade. 3 e 4 O conceito de prematuridade 1,3,4 inclui todo recém-nascido (RN) vivo com menos de 37 semanas completas de gestação (<259 dias) contadas a partir do primeiro dia do último período menstrual. Os recém-nascidos pré-termo com peso inferior a 1500 g são denominados pré-termo de muito baixo peso. 1 RESULTADOS Foram encontrados no MEDLINE/PUB- 150

4 MED 28 artigos versando sobre os descritores nutrição OR nutricion. Com a adição do termo recém-nascido de muito baixo peso (nutrição OR nutrition AND very low birth weigth infants) reduziu-se o número de manuscritos encontrados. Após exclusão dos artigos não pertinentes ao estudo, 18 manuscritos permaneceram e foram considerados como de publicações sobre nutrição de recém-nascidos de muito baixo peso. Destes, 16 artigos são originais, um de revisão e um de opinião (tabela 1), sendo que 14 (87,5%) foram publicados na base de dados do MEDLINE/PUBMED (13 experimentais e um de opinião), sendo que dois (12,5%) foram publicados na base de dados da Scielo (um experimental e um de revisão). Na base de dados da SciELO foram encontrados 18 artigos, dos quais 12 foram excluídos por não serem sobre nutrição no RNPTM- BP e quatro por estarem duplicados com a base MEDLINE/PUBMED. DISCUSSÃO O Comitê de Nutrição das Nações Unidas e do Banco Mundial estimam que nasçam anualmente cerca de 30 milhões de crianças com retardo de crescimento intrauterino (RCIU) em países em desenvolvimento. Baixo peso e desnutrição intra-útero caminham juntos, aumentando a morbidade e mortalidade e levando a um desenvolvimento cognitivo pobre. Os recém-nascidos de muito baixo peso (RNMBP) acabam sendo submetidos a processos prolongados de desnutrição extra-uterina, que agravam a sua situação clínica, criando problemas potencias para o seu futuro, tanto nos processos de crescimento e desenvolvimento quanto na possibilidade de surgimento de doenças metabólicas e degenerativas na infância, adolescência e idade adulta. 5 O período desde a concepção até o nascimento é caracterizado por impressionante crescimento e desenvolvimento dos tecidos. O crescimento do feto está intimamente vinculado à oferta de oxigênio e nutrientes e é influenciado por fatores genéticos, importantes no início da gestação e ambiente materno, importante no final da gestação. Os fatores maternos que mais influenciam o crescimento fetal são: paridade, nível sócio-econômico, raça, altura, fumo, estado nutricional, unidade útero-placentária e hormônios. 6 O termo restrição do crescimento intrauterino (RCIU) indica que o RN pequeno para idade gestacional poderia ter sido maior caso não houvesse fatores maternos e ou fetais que prejudicassem o seu crescimento. Os recém-nascidos pequenos para idade gestacional (PIG) apresentam maior mortalidade e dificuldade de adaptação neonatal em curto e longo prazo, mostrando que o déficit de crescimento é uma condição patológica ou de doença, sendo adequado manter certo grau de vigilância. 6 Anchieta et al. 7 avaliaram o crescimento de recém-nascidos pré-termo nas primeiras 12 semanas de vida, que receberam dieta enteral já na 1º semana e atingiram as necessidades calóricas no final da 2º semana de vida. Todos os recém-nascidos apresentaram perda de peso e recuperação após, mas isto dependeu do aporte hídrico e calórico oferecido indicando que, se não for ofertado um adequado suporte nutricional, a recuperação do crescimento será mais lenta. Estudo recente 9 demonstrou que prevalência de desnutrição ao atingir o termo foi 63,5%. Neste mesmo estudo, os PIG ao nascimento foram 12 vezes mais desnutridos. Outrossim, há uma melhora na avaliação nutricional quando os RN apresentam melhor evolução clínica, pois conseguem receber alimentação precocemente (parenteral e/ou enteral) e leite materno aditivado 9. Entretanto, Benevenuto et al. 10 estudaram RNMBP que receberam leite humano durante o período de internação e relatam que a média de aleitamento materno exclusivo após alta nesta população foi menor em relação ao aleitamento misto até o final do 6º mês de vida. 10 Os RNT e os RNPT com baixo peso nascem com menor reserva de nutrientes, sendo esta caracterização mais evidenciada nos RNPT. Ainda, estas reservas podem ser diminuídas em casos de infecção e nutrição inadequada, o que leva a necessidades de suplementação de nutrientes nesta população. 11 Hust et al. 12 relatam que a ingestão inadequada de nutrientes e/ou interrupção da ali- 151

5 mentação durante a hospitalização são fatores diretamente relacionados com a desnutrição protéico-calórica, a qual leva a um aumento da morbidade como alterações no crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor, e a um aumento da mortalidade. Destaca-se que no RNPT há uma alta taxa metabólica e requerimento energético por Kg de peso corporal e alto turnover protéico, com alto catabolismo em situações críticas e de suporte nutricional deficiente. Sugerem que uma avaliação nutricional inicial corrobora para a redução dos danos neurológicos ocasionados por esta condição de alta taxa metabólica e baixa oferta de nutrientes. 12 Para Embleton et al. 13 o retardo pós-natal é um problema universal, não importando onde o RN esteja. Isto é resultado de uma falta de ingestão calórica e protéica, a qual é interrompida com freqüência e não é reposta na necessidade do RN sob condições críticas do crescimento e desenvolvimento. Desta maneira, a dieta parenteral introduzida precocemente, bem como a dieta enteral com um volume adequado reduz este déficit. Destacam ainda que esta adequação nutricional deverá ser realizada com os RN estáveis clinicamente e tolerantes à dieta prescrita. 13 É necessário um suporte nutricional especializado para estes RN de alto risco, para prevenir o retardo de crescimento no primeiro ano de vida. 14 A desnutrição no período inicial da vida pode ter efeitos permanentes no desenvolvimento do sistema nervoso central, na cognição e crescimento somático. Em algumas idades, o requerimento protéico é considerado mais certo do que o energético, o qual ainda é incerto. Nos RNMBP ainda há poucos dados em relação a isto. Considerouse, neste estudo, um gasto de 15 a 20 Kcal/Kg/dia nos RN com peso menor que 1200g, embora parecesse haver evidências que o gasto energético no repouso destes RN é baixo, principalmente na 1º sem de vida. 15 Ziegler et al. 15 propuseram o acesso mais agressivo à nutrição do RNMBP, o qual propicia a redução da privação nutricional e seu efeito sobre o crescimento e desenvolvimento do RNM- BP. Na nutrição enteral, a prática corrente é a recusa em alimentar por período prolongado para prevenir a enterocolite necrosante, assim como em RN com instabilidade cardiovascular. Freqüentemente, os RN têm resíduo gástrico, induzindo a um diagnóstico de intolerância a alimentação. Como prática agressiva, o objetivo da alimentação nos primeiros dias de vida é estimular a liberação dos hormônios intestinais, assim como estimular sua maturação e motilidade. O alimento preferido é o leite materno e deve ser iniciado no dia do nascimento. Resíduo gástrico não deve ser seguido para interferir com a alimentação, assim como RN com instabilidade cardiovascular não é indicação da supressão da nutrição enteral. Dever-se-á iniciar com 1 a 2ml/vez a cada 6 horas ou menos, preferencialmente a cada 3horas. Aumentar volume em 20ml/Kg/dia 15. Para os RNMBP, o leite deve ser aditivado, iniciando antes mesmo de atingir um volume máximo (100ml/Kg/dia), dando em torno de 3,1 a 3,25g/100 Kcal de proteína. O leite materno contém em torno de 1,0g/100 Kcal e as fórmulas contém entre 2,7 e 3,0g/100 Kcal. 15 Por outro lado, o requerimento energético depende de cada RN, do seu ganho de peso, da sua tolerância do volume e deve ser ajustado diariamente. 15 O RNPT tem um menor gasto energético quando alimentados com leite materno, comparando com aqueles alimentados com fórmula. 16 A introdução precoce da dieta enteral previne atrofia e estimula a maturação intestinal, prevenindo complicações como enterocolite necrosante (ECN). O volume mais elevado foi bem tolerado pelos prematuros, promovendo um crescimento adequado quando comparado com o crescimento intra-uterino. Os nutrientes do leite materno podem ser insuficientes para o crescimento do PT, sendo necessária a suplementação com proteína e fósforo, melhorando o ganho de peso, a resposta metabólica e a mineralização óssea. 17 Em estudo longitudinal 18 de RNPT avaliados aos 7 anos de idade, observou-se alterações típicas do desenvolvimento e crescimento da criança, tais como menor desempenho motor, menor índice no teste de inteligência, menor perímetro cefálico (PC) e índice de massa corpórea (IMC), além de déficit de crescimento e desenvolvimento cognitivo em longo prazo e lentidão nas atividades. Estas condições clínicas foram 152

6 relacionadas diretamente ao fatores nutricionais durante internação e no período pós-natal dos RNMBP e PIG. 18 Noutro estudo, Clark et al. 19 destacam que prematuridade, baixo peso, sexo, necessidade de suporte ventilatório, presença de ECN e uso de esteróides, estão relacionados com déficit de crescimento no período pós-natal e dificuldade na nutrição. Isto leva a uma dificuldade neurosensorial e um pobre acompanhamento escolar, principalmente aqueles que têm o PC com 8 meses abaixo do esperado. Cardoso e Falcão 20 correlacionaram os valores das medidas antropométricas RNPTMBP e demonstraram que o IMC (peso/comp 2 ) é o parâmetro mais fidedigno em demonstrar o crescimento real destas populações. De maneira continuada buscam-se instrumentos que possam mensurar estes déficts propiciados no pré-natal e no pós-natal. A avaliação do crescimento fetal tem sido representada pelas curvas de crescimento intra-uterino. Ademais, os métodos de avaliação nutricional pós-natal, tais como parâmetros bioquímicos, parâmetros antropométricos, avaliação da composição corpórea por bioimpedância eletromagnética (BIA) e as relações antropométricas, deverão ser utilizadas para a avaliação e determinação do IMC no período neonatal e em diferentes idades gestacionais. Estes instrumentos tendem a relatar que o peso de nascimento e não só a prematuridade está inversamente relacionado à mortalidade por doença cardiovascular e à síndrome de resistência a insulina que engloba elevação da pressão arterial, intolerância à glicose e aumento dos níveis séricos de triglicérides (síndrome metabólica). 7,8 Assim, o início precoce de alimentação, tanto enteral como parenteral, é fundamental para não alterar o estado nutricional, minimizar perdas e estimular o desenvolvimento do trato gastrointestinal, bem como a avaliação nutricional antropométrica periódica é fundamental para acompanhar o crescimento e desenvolvimento de acordo com o canal de crescimento e realizar intervenção bioquímica precoce quando necessário e o seguimento pós-alta se faz necessário para acompanhar o crescimento e desenvolvimento sem prejuízo nutricional. Nos RNPTMBP, a nutrição deve receber cuidado especial para garantir o crescimento e o desenvolvimento neuropsicomotor adequados e evitar seqüelas futuras. A avaliação nutricional realizada através das medidas antropométricas e, mais recentemente, através do índice de massa corpórea deve ser contínua. A introdução de nutrição parenteral e/ou enteral precoce deve ser considerada uma rotina, com a finalidade de garantir um ganho de peso adequado e uma recuperação mais rápida durante a hospitalização deste recém-nascido. Abstract: Introduction: the nutritional aim in the approach to the newborn with very low weight is to achieve post-natal growth at a rate that is similar to the intra-uterine growth and weight gain of a normal fetus of the same gestational age, without producing nutritional deficiencies, undesirable metabolic effects or toxicities resulting from excessive nutritional supply. Objective: to describe state-of-the-art nutrition in preterm infants with very low weight. Method: We consulted the databases of Medline and SciELO. The search strategy used in MEDLINE were the keywords nutrition AND birth OR prematurity OR very low birth weight infants, and in SciELO, the terms nutrition in newborn AND prematurity AND very low birth weight infants AND nutritional status in all fields. Results: the articles were classified according to type: review, original article, case report, opinion and editorial (N = 16) and formed the premise of the study. We considered studies of qualitative and quantitative nature. The articles listed from 1 to 4 were used to define newborns with very low weight, small for gestational age and physiological characterization of prematurity. Conclusion: the early onset of nutrition, both oral and parenteral, and nutrition assessment are essential to ensure appropriate neuropsychomotor growth and development and to avoid future sequels in newborns with very low birth weight. Keywords: Nutrition; very low birth weight infants; preterm infants; nutrition assessment. 153

7 REFERÊNCIAS 1. Almeida MF, Novaes HMD, Alencar GP, Rodrigues LC. Mortalidade neonatal no Município de São Paulo: influência do peso ao nascer e fatores sócio-demográficos e assistenciais. Rev Bras Epidemiol., 2002; 5: Lubchenco LO, Hansman C, Dressler M. et al. Intrauterine growth as estimated from live-born birth-weight data at 24 to 42 weeks of gestation. Pediatrics, 32: , Abreu, LC, Souza, AMB, Oliveira, AG et al. Incidência de hemorragia peri-intraventricular em recém-nascidos pré-termo e a relação com o peso ao nascer. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum., 2007, vol.17(2): Anderson D. Nutritional assessment and therapeutic interventions for the preterm infant. Clin Perinatol., 2002;29: Camelo JS. Recém-nascido de muito baixo peso e estado nutricional: certezas e incertezas. J Pediatr (Rio J). 2005;81: Brock RS, Falcão MC. Avaliação nutricional do recém-nascido: limitações dos métodos atuais e novas perspectivas. Rev Paul Pediatr 2008; 26(1): Anchieta LM, Xavier CC, Colosimo EA. Crescimento de recém-nascidos pré-termo nas primeiras 12 semanas de vida. J Pediatr (Rio J). 2004;80(4); Brock RS, Falcão MC, Leoni C. Body mass índex values for newborns according to gestational age. Nutr Hosp. 2008;23(5): Gianini NM, Vieira AA, Moreira ME. Avaliação dos fatores associados ao estado nutricional na idade corrigida de termo em recém-nascidos de muito baixo peso. J Pediatr (Rio J). 2005;81: Benevenuto MM, Thomson Z, Vannuchi MT, Matsuo T. Feeding patterns of brazilian preterm infants during the first 6 months of life, Londrina, Paraná, Brazil. J Hum Lact. 2007; 23(3), Elizabeth KE, Krishnan V, Zachariah P. Auxologic, Biochemical and Clinical (ABC) Profile of Low Birth Weight Babies. A 2-year Prospective Study. J Trop Pediatr. 2007; 53(6): Hulst J, Joosten K, Zimmermann L et al.. Malnutrition in critically ill children: from admission to 6 months after discharge. Clin Nutr. 2004; 23(2); Embleton NE, Pang N, Cooke RJ. Postnatal Malnutrition and Growth Retardation: An Inevitable Consequence of Current Recommendations in Preterm Infants?. Pediatrics 2001;107: Cooke RJ, Ainsworth SB, Fenton AC. Postnatal growth retardation: a universal problem in preterm infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 004;89:F Ziegler EE, Thureen PJ, Carlson SJ. Aggressive nutrition of the very low birthweight infant. Clin Perinatol. 2002;29: Lubetzky R, Vaisman N, Mimouni FB, Dollberg S. Energy expenditure in human milk- versus formula-fed preterm infants. J Pediatr Dec;143(6): Doege C, Bauer J. Effect of high volume intake of mother s milk with an individualized supplementation of minerals and protein on early growth of preterm infants < 28 weeks of gestation. Clin Nutr Oct;26(5): Cooke RWI, Foulder-Hughes L. Growth impairment in the very preterm and cognitive and motor performance at 7 years. Arch Dis Child 2003;88: Clark RH, Thomas P, Peabody J. Extrauterine growth restriction remains a serious problem in prematurely born neonates. Pediatrics. 2003;111(5 Pt 1): Cardoso LE, Falcão MC. Importância da avaliação nutricional de recém-nascidos prétermo por meio de relações antropométricas. Rev Paul Pediatr 2007;25: Recebido em: 01/08/2008 Modificado em: 22/08/2008 Aprovado em: 30/08/

CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DOS NEONATOS PREMATUROS NASCIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ H.U.O.P.

CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DOS NEONATOS PREMATUROS NASCIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ H.U.O.P. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DOS NEONATOS PREMATUROS NASCIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ H.U.O.P. Luana Muriel Casarolli 1 Aneline Maria Ruedell Juliana Montijo Pinto Rosa Déborah

Leia mais

Vitamina D: é preciso dosar e repor no pré-natal? Angélica Amorim Amato 2013

Vitamina D: é preciso dosar e repor no pré-natal? Angélica Amorim Amato 2013 Vitamina D: é preciso dosar e repor no pré-natal? Angélica Amorim Amato 2013 É preciso dosar e repor vitamina D no pré-natal? A dosagem de vitamina D pelos métodos mais amplamente disponíveis é confiável?

Leia mais

Módulo 4: NUTRIÇÃO. Por que a boa nutrição é importante para o bebê? Qual o melhor leite para eles? Como monitorar o crescimento dos recém-nascidos?

Módulo 4: NUTRIÇÃO. Por que a boa nutrição é importante para o bebê? Qual o melhor leite para eles? Como monitorar o crescimento dos recém-nascidos? Atenção à saúde do Recém-nascido de Risco Superando pontos críticos Módulo 4: NUTRIÇÃO Por que a boa nutrição é importante para o bebê? Qual o melhor leite para eles? Q Quais uais são são as as necessidades

Leia mais

INDICE ANTROPOMÉTRICO-NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE BAIXA RENDA INCLUSAS EM PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS

INDICE ANTROPOMÉTRICO-NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE BAIXA RENDA INCLUSAS EM PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS INDICE ANTROPOMÉTRICO-NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE BAIXA RENDA INCLUSAS EM PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS Carla Andréa Metzner 1 Ana Paula Falcão 2 RESUMO No presente trabalho coletou-se dados referente ao Indicador

Leia mais

Gean Carlo da Rocha. Declaração de conflito de interesse

Gean Carlo da Rocha. Declaração de conflito de interesse Gean Carlo da Rocha Declaração de conflito de interesse Não recebi qualquer forma de pagamento ou auxílio financeiro de entidade pública ou privada para pesquisa ou desenvolvimento de método diagnóstico

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE OS DESVIOS DE CRESCIMENTO FETAL/NEONATAL E ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS PLACENTÁRIAS NA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO

RELAÇÃO ENTRE OS DESVIOS DE CRESCIMENTO FETAL/NEONATAL E ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS PLACENTÁRIAS NA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO RELAÇÃO ENTRE OS DESVIOS DE CRESCIMENTO FETAL/NEONATAL E ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS PLACENTÁRIAS NA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO Resultados Preliminares Wilzianne Silva RAMALHO, Ana Karina Marques SALGE, Raphaela

Leia mais

Filosofia de trabalho e missões

Filosofia de trabalho e missões Filosofia de trabalho e missões As atividades de ensino e assistência na UTI Neonatal do Hospital São Paulo, Hospital Universitário da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (HPS-EPM/Unifesp),

Leia mais

Redução da mortalidade na infância no Brasil. Setembro de 2013

Redução da mortalidade na infância no Brasil. Setembro de 2013 Redução da mortalidade na infância no Brasil Setembro de 2013 Taxa de mortalidade na infância 62 Redução de 77% em 22 anos (em menores de 5 anos) 1990 33 14 2000 *Parâmetro comparado internacionalmente

Leia mais

Amamentar: um investimento na qualidade de vida futura. Bernardo Lessa Horta

Amamentar: um investimento na qualidade de vida futura. Bernardo Lessa Horta Amamentar: um investimento na qualidade de vida futura Bernardo Lessa Horta Redução da mortalidade e morbidade por doenças infecciosas Amamentar é um bom investimento no curto prazo Efeitos a curto prazo

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Grau A de evidência: a escolha completa da fórmula

Grau A de evidência: a escolha completa da fórmula Grau A de evidência: a escolha completa da fórmula A escolha de um nutriente pode ser realizada mediante a leitura de um guia alimentar (diretriz) produzido por entidade científica renomada como ASPEN

Leia mais

Médicos da idoneidade e da capacidade formativa para ministrar o Ciclo de Estudos Especiais de Neonatologia.

Médicos da idoneidade e da capacidade formativa para ministrar o Ciclo de Estudos Especiais de Neonatologia. Regulamento do Colégio de Subespecialidade de Neonatologia da Ordem dos Médicos para reconhecimento de Idoneidade e Capacidade Formativa para ministrar o Ciclo de Estudos Especiais de Neonatologia - Versão

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte.

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte. ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA Jessica Neves Pereira (latiifa@hotmail.com)

Leia mais

Do nascimento até 28 dias de vida.

Do nascimento até 28 dias de vida. Do nascimento até 28 dias de vida. CONDIÇÕES MATERNAS Idade : Menor de 16 anos, maior de 40. Fatores Sociais: Pobreza,Tabagismo, Abuso de drogas, Alcoolismo. Má nutrição História Clínica: Diabetes materna,

Leia mais

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE LONDRINA-PARANÁ

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE LONDRINA-PARANÁ PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE LONDRINA-PARANÁ SCHUINDT, P. S; ANDRADE, A. H. G. RESUMO A grande incidência de desnutrição hospitalar enfatiza a necessidade de estudos sobre

Leia mais

Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade

Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade Documento de posição do Comité Consultivo Científico da ENSA Introdução As proteínas são um importante nutriente necessário para o crescimento

Leia mais

Período Neonatal: 0 aos 28 dias. Avaliação/classificação. Cuidados na Admissão e Alta. RN de alto risco

Período Neonatal: 0 aos 28 dias. Avaliação/classificação. Cuidados na Admissão e Alta. RN de alto risco CUIDADOS COM O RN Período Neonatal: 0 aos 28 dias Avaliação/classificação Cuidados na Admissão e Alta RN de alto risco CLASSIFICAÇÃO NEONATAL Desde 1967, o Comitê de Fetos e RN da Academia Americana de

Leia mais

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade.

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade. Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil Ruth Rangel * Fernanda Azevedo * Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade. Resumo A redução das desigualdades sociais tem sido

Leia mais

MORTALIDADE FETAL SEGUNDO VARIÁVEIS RELACIONADAS À MÃE NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA

MORTALIDADE FETAL SEGUNDO VARIÁVEIS RELACIONADAS À MÃE NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

Mario Julio Franco. Declaração de conflito de interesse

Mario Julio Franco. Declaração de conflito de interesse Mario Julio Franco Declaração de conflito de interesse Não recebi qualquer forma de pagamento ou auxílio financeiro de entidade pública ou privada para pesquisa ou desenvolvimento de método diagnóstico

Leia mais

A importância da primeira infância

A importância da primeira infância A importância da primeira infância Cesar Victora Professor Emérito da Universidade Federal de Pelotas Presidente da Associação Epidemiológica Internacional Perito em Nutrição Infantil da Organização Mundial

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Unidade Universitária: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Curso: Nutrição Disciplina: Nutrição da Gestação à Adolescência Professor(es): Ana Paula Bazanelli Rosana Farah Toimil Carga horária: 4 horas/semana

Leia mais

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n 115. Recomendação Final

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n 115. Recomendação Final TESTE DO CORAÇÃOZINHO (OXIMETRIA DE PULSO) NA TRIAGEM NEONATAL Demandante: Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde SAS/MS Contexto A Política de Atenção Integral à Saúde da Criança prevê entre

Leia mais

Comparação de Medidas de Idade Gestacional

Comparação de Medidas de Idade Gestacional Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Comparação de Medidas de Idade Gestacional Marcia Furquim de Almeida FSP-USP Ana Maria Rigo Silva CCS-UEL Gizelton Pereira Alencar FSP-USP Tiemi Matsuo

Leia mais

INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS NO RESULTADO DA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL

INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS NO RESULTADO DA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS NO RESULTADO DA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL CARNEIRO 1 Cláudia; CAVALVANTI 2 Hannalice; NETA 3 Ivanilde; SOUZA 4 Dayse Centro de Ciências da Saúde /Departamento de

Leia mais

10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias

10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias 10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSAS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE ATIVIDADES FÍSICAS PARA A TERCEIRA IDADE Liziane da Silva de Vargas;

Leia mais

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina

Leia mais

Profa Clea Rodrigues Leone Área Técnica Saúde da Criança e do Adolescente CODEPPS-SMS CRESCIMENTO DE RECÉM-NASCIDOS DE MUITO BAIXO PESO

Profa Clea Rodrigues Leone Área Técnica Saúde da Criança e do Adolescente CODEPPS-SMS CRESCIMENTO DE RECÉM-NASCIDOS DE MUITO BAIXO PESO Profa Clea Rodrigues Leone Área Técnica Saúde da Criança e do Adolescente CODEPPS-SMS CRESCIMENTO DE RECÉM-NASCIDOS DE MUITO BAIXO PESO CRESCIMENTO RN - PT Padrão variável I.G. e P. nascimento Meio ambiente

Leia mais

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE CAVALCANTE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PROJETO ALEITAMENTO MATERNO

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE CAVALCANTE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PROJETO ALEITAMENTO MATERNO ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE CAVALCANTE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PROJETO ALEITAMENTO MATERNO APRESENTAÇÃO O aleitamento materno exclusivo (AME) é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido,

Leia mais

RESUMOS SIMPLES...156

RESUMOS SIMPLES...156 155 RESUMOS SIMPLES...156 156 RESUMOS SIMPLES CARNEIRO, NELSON HILÁRIO... 159 CARNEIRO, NELSON HILÁRIO... 157 CORTE, MARIANA ZANGIROLAME... 159 CORTE, MARIANA ZANGIROLAME... 157 GARCIA JUNIOR, JAIR RODRIGUES...

Leia mais

A Deficiência de Vitamina A

A Deficiência de Vitamina A Oficina de trabalho: Carências Nutricionais: Desafios para a Saúde Pública A Deficiência de Vitamina A O QUE É VITAMINA A A vitamina A é um micronutriente que pode ser encontrado no leite materno, alimentos

Leia mais

Novas curvas de avaliação de crescimento infantil adotadas pelo MS

Novas curvas de avaliação de crescimento infantil adotadas pelo MS Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Novas curvas de avaliação de crescimento infantil adotadas pelo MS Em 2006 foi lançada pela Organização

Leia mais

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ CUSTO ENERGÉTICO DA GRAVIDEZ CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FETAL SÍNTESE DE TECIDO MATERNO 80.000 kcal ou 300 Kcal por dia 2/4 médios 390 Kcal depósito de gordura- fase

Leia mais

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO EM FOTOTERAPIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO EM FOTOTERAPIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO EM FOTOTERAPIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA Flávia Teixeira Germano, Universidade Potiguar, flavinhabebezao@hotmail.com Ana Eliedna Nogueira, Universidade Potiguar,

Leia mais

Metabolismo Basal. Julia do Valle Bargieri

Metabolismo Basal. Julia do Valle Bargieri Metabolismo Basal Julia do Valle Bargieri Complicações da obesidade mórbida Obesidade traz prejuízos à saúde, como: Dificuldades respiratórias; Problemas dermatológicos; Distúrbios do aparelho locomotor;

Leia mais

ANEXO IV INDICADORES ESTRATÉGICOS PARA A REDE CEGONHA

ANEXO IV INDICADORES ESTRATÉGICOS PARA A REDE CEGONHA ANEXO IV INDICADORES ESTRATÉGICOS PARA A REDE CEGONHA OBJETIVO: MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DA REDE CEGONHA NOME DO INDICADOR DEFINIÇÃO INTERPRETAÇÃO MÉTODO DE CÁLCULO cadastradas

Leia mais

obrigação dele a medida do PC. PC nos prontuários. a. Nenhuma, pois a importância da medida do PC é

obrigação dele a medida do PC. PC nos prontuários. a. Nenhuma, pois a importância da medida do PC é CRESCIMENTO Conceito aumento do tamanho corporal. Cada tecido e cada órgão do nosso corpo cresce de acordo com um padrão e velocidades próprios. 4 tipos de crescimento: crescimento geral somático - ganhos

Leia mais

Os profissionais de enfermagem que participam e atuam na Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional, serão os previstos na Lei 7.498/86.

Os profissionais de enfermagem que participam e atuam na Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional, serão os previstos na Lei 7.498/86. Regulamento da Terapia Nutricional 1. DEFINIÇÕES: Terapia Nutricional (TN): Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do usuário por meio da Nutrição Parenteral

Leia mais

Data: 27/03/2014. NTRR 54/2014 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

Data: 27/03/2014. NTRR 54/2014 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura NTRR 54/2014 a Solicitante: Secretaria da segunda vara da comarca de Caeté Número do processo: 0004453-75.2014 Data: 27/03/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Réu: Comarca de Caeté e Estado

Leia mais

Preferências alimentares individuais; Disponibilidade dos alimentos no mercado; Influência das propagandas no mercado, na televisão.

Preferências alimentares individuais; Disponibilidade dos alimentos no mercado; Influência das propagandas no mercado, na televisão. Nutrição na Infância e Adolescência A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde, possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento

Leia mais

Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo

Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo Randomizado Apresentado por Tatiana Goveia Araujo na reunião

Leia mais

Élsio Paiva Nº 11 Rui Gomes Nº 20 Tiago Santos Nº21. Disciplina : Área de Projecto Professora : Sandra Vitória Escola Básica e Secundária de Fajões

Élsio Paiva Nº 11 Rui Gomes Nº 20 Tiago Santos Nº21. Disciplina : Área de Projecto Professora : Sandra Vitória Escola Básica e Secundária de Fajões Élsio Paiva Nº 11 Rui Gomes Nº 20 Tiago Santos Nº21 Disciplina : Área de Projecto Professora : Sandra Vitória Escola Básica e Secundária de Fajões Introdução ; O que é a obesidade? ; Índice de massa corporal

Leia mais

AÇÕES EDUCATIVAS COM UNIVERSITÁRIOS SOBRE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA

AÇÕES EDUCATIVAS COM UNIVERSITÁRIOS SOBRE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA AÇÕES EDUCATIVAS COM UNIVERSITÁRIOS SOBRE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA Reângela Cíntia Rodrigues de Oliveira Lima UFPI/cynthiast_89@hotmail.com Gislany da Rocha Brito - UFPI/gislanyrochasj@hotmail.com

Leia mais

Curso de Especialização em Nutrição Clínica em Pediatria

Curso de Especialização em Nutrição Clínica em Pediatria Curso de Especialização em Nutrição Clínica em Pediatria Descrição do curso Período do curso De 18/02/2013 a 29/01/2014 Carga horária Total de horas = 476 horas 292 h de aulas teóricas, 120 h de prática

Leia mais

Associação entre função pulmonar e bronquiolite em lactentes prematuros

Associação entre função pulmonar e bronquiolite em lactentes prematuros PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADE DE MEDICINA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA MESTRADO EM PEDIATRIA E SAÚDE DA CRIANÇA Associação

Leia mais

O impacto da extrema prematuridade na vigilância europeia da paralisia cerebral

O impacto da extrema prematuridade na vigilância europeia da paralisia cerebral O impacto da extrema prematuridade na vigilância europeia da paralisia cerebral Daniel Virella UCIN, Hospital Dona Estefânia, CHLC, EPE Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral Surveillance

Leia mais

REVISÃO SOBRE OS BENEFÍCIOS E AS CONTROVÉRSIAS DA DIETA DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO

REVISÃO SOBRE OS BENEFÍCIOS E AS CONTROVÉRSIAS DA DIETA DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO 63 REVISÃO SOBRE OS BENEFÍCIOS E AS CONTROVÉRSIAS DA DIETA DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO Franciele Ballestreri 1 Silvania Moraes Bottaro 2 RESUMO O presente artigo aborda os benefícios e controvérsias emergentes

Leia mais

Prescrição Dietética

Prescrição Dietética Prescrição Dietética Quantitativo Cálculo de Dietas Cálculo de dietas estimar as necessidades energéticas de um indivíduo (atividade física, estágio da vida e composição corporal) Necessidades energéticas

Leia mais

O resultado de uma boa causa. Apresentação de resultados da campanha pela Obesidade do programa Saúde mais Próxima

O resultado de uma boa causa. Apresentação de resultados da campanha pela Obesidade do programa Saúde mais Próxima O resultado de uma boa causa. Apresentação de resultados da campanha pela Obesidade do programa Saúde mais Próxima Saúde mais próxima. Por causa de quem mais precisa. Saúde mais Próxima é um programa da

Leia mais

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006 Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006 José Cechin Superintendente Executivo Francine Leite Carina Burri Martins Esse texto compara as morbidades referidas

Leia mais

Prof. Edison Barlem ebarlem@gmail.com

Prof. Edison Barlem ebarlem@gmail.com Prof. Edison Barlem ebarlem@gmail.com Educação do olhar enxergar entender AÇÃO compreender entender textos e Condicionantes da Saúde da cria sistemas cidade meio ambiente idoso família pré-natal saúde

Leia mais

Alguns Indicadores de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro segundo a variável Raça/Cor

Alguns Indicadores de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro segundo a variável Raça/Cor Subsecretaria de Ações e Serviços de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Gerência de Informações Epidemiológicas Alguns Indicadores de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro segundo a variável Raça/Cor

Leia mais

Necessidades Nutricionais Antes, Durante e Depois do Exercício

Necessidades Nutricionais Antes, Durante e Depois do Exercício Nut. Cláudia Dornelles Schneider Prof. Adj. Depto. de Nutrição Necessidades Nutricionais Antes, Durante e Depois do Exercício Porto Alegre, RS, Brasil Janeiro de 2013 Nutrição Esportiva últimas 2 décadas

Leia mais

DIFICULDADES ENCONTRADAS NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS

DIFICULDADES ENCONTRADAS NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS DIFICULDADES ENCONTRADAS NA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS Vanessa Almeida Santos Vanessa Perez Casado Laudicéia Soares Urbano INTRODUÇÃO De acordo com Mahan, Escott- Stump (2010) o envelhecimento é um

Leia mais

HELMA PINCHEMEL COTRIM FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

HELMA PINCHEMEL COTRIM FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Doença Hepática Gordurosa Não-Alcoólica, Obesos Graves & Cirurgia Bariátrica HELMA PINCHEMEL COTRIM FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA A prevalência de obesidade é crescente nos últimos

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE INFANTIL

DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE INFANTIL DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE INFANTIL Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica - ABESO Dra. Maria Edna de Melo CREMESP 106.455 Responsável Científica pelo site da ABESO A Pesquisa

Leia mais

CONDIÇÃO BUCAL DO IDOSO E NUTRIÇÃO: REFLEXÕES DA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA.

CONDIÇÃO BUCAL DO IDOSO E NUTRIÇÃO: REFLEXÕES DA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA. CONDIÇÃO BUCAL DO IDOSO E NUTRIÇÃO: REFLEXÕES DA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA. William Alves de Melo Júnior- UFCG-williamgeronto@gmail.com Ana Lígia Soares Amorim - UFCG - ligiamorim@globomail.com Augusto

Leia mais

Incorporação da curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde de 2006 e 2007 no SISVAN

Incorporação da curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde de 2006 e 2007 no SISVAN Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição Incorporação da curvas de crescimento da Organização Mundial da

Leia mais

Declaração da OMS sobre Taxas de Cesáreas

Declaração da OMS sobre Taxas de Cesáreas Declaração da OMS sobre Taxas de Cesáreas Os esforços devem se concentrar em garantir que cesáreas sejam feitas nos casos em que são necessárias, em vez de buscar atingir uma taxa específica de cesáreas.

Leia mais

Reflexões sobre Amamentação e Ganho de Peso de Crianças Pequenas

Reflexões sobre Amamentação e Ganho de Peso de Crianças Pequenas Reflexões sobre Amamentação e Ganho de Peso de Crianças Pequenas Ana Júlia Colameo Apresentação elaborada para o seminário Amamentar às Segundas, agosto de 2013 Desenvolvimento infantil: É a transformação

Leia mais

BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO EXLUSIVO ATÉ O SEXTO MÊS DE VIDA, E AS PRINCIPAIS CAUSAS DO DESMAME PRECOCE

BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO EXLUSIVO ATÉ O SEXTO MÊS DE VIDA, E AS PRINCIPAIS CAUSAS DO DESMAME PRECOCE BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO EXLUSIVO ATÉ O SEXTO MÊS DE VIDA, E AS PRINCIPAIS CAUSAS DO DESMAME PRECOCE MARIN, T; MORAES, A.C.S. Resumo:O aleitamento materno consiste na prática alimentar ideal para

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO MEDICINA SOCIAL ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO MEDICINA SOCIAL ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO MEDICINA SOCIAL ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA RENATO MARTINEZ REBELLATO ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS:

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Alexandre Leite) Reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins incidentes sobre os serviços de administração de dietas enteral e parenteral.

Leia mais

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia.

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. O aumento da esperança de vida, conseguido através do desenvolvimento,

Leia mais

Doença de Alzheimer: uma visão epidemiológica quanto ao processo de saúde-doença.

Doença de Alzheimer: uma visão epidemiológica quanto ao processo de saúde-doença. Doença de Alzheimer: uma visão epidemiológica quanto ao processo de saúde-doença. Bruno Araújo da Silva Dantas¹ bruno_asd90@hotmail.com Luciane Alves Lopes² lucianesevla.l@gmail.com ¹ ²Acadêmico(a) do

Leia mais

Curso Nutrição do Recém-Nascido Pré-Termo. Elsa Paulino Hospital dos Lusíadas

Curso Nutrição do Recém-Nascido Pré-Termo. Elsa Paulino Hospital dos Lusíadas Curso Nutrição do Recém-Nascido Pré-Termo Elsa Paulino Hospital dos Lusíadas Leite de mãe CMV positivo Como atuar 1. Aspectos gerais 2. Excreção no leite 3. Infecciosidade 4. Infecção sintomática 5. Processos

Leia mais

O modelo lógico para um protocolo de atendimento à gestante. Gabriele dos Anjos e Isabel Rückert - FEE

O modelo lógico para um protocolo de atendimento à gestante. Gabriele dos Anjos e Isabel Rückert - FEE O modelo lógico para um protocolo de atendimento à gestante Gabriele dos Anjos e Isabel Rückert - FEE Apresentar os resultados da elaboração do modelo lógico para uma política de saúde. Trata-se da iniciativa

Leia mais

Programa de Parcerias e Submissão de Propostas 2014/15

Programa de Parcerias e Submissão de Propostas 2014/15 DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA Programa de Parcerias e Submissão de Propostas 2014/15 O Departamento de Informática (DI) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) procura criar e estreitar

Leia mais

Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal

Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal O que é Transmissão Vertical HIV e Sífilis? A transmissão vertical do

Leia mais

ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE ABORDAGEM TERAPÊUTICA

ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE ABORDAGEM TERAPÊUTICA ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE ABORDAGEM TERAPÊUTICA Obesidade 300 mil mortes / ano; 100 bi dólares / ano; O excesso de peso (IMC >25) acomete de 15% a 60% da população de todos os países civilizados. EUA...

Leia mais

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Versão eletrônica atualizada em fev/2012 O agente etiológico e seu habitat A doença estreptocócica neonatal é causada por uma bactéria,

Leia mais

DIFERENTES DIETAS ALIMENTARES E SUAS RELAÇÕES COM O DESENVOLVIMENTO.

DIFERENTES DIETAS ALIMENTARES E SUAS RELAÇÕES COM O DESENVOLVIMENTO. V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 2007 DIFERENTES DIETAS ALIMENTARES E SUAS RELAÇÕES COM O DESENVOLVIMENTO. Izamara Maria Fachim Rauber 1 IZAMARA_MARIA_FACHIM_RAUBER.doc,

Leia mais

OBJETIVO REDUZIR A MORTALIDADE

OBJETIVO REDUZIR A MORTALIDADE pg44-45.qxd 9/9/04 15:40 Page 44 44 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO BRASIL OBJETIVO REDUZIR A MORTALIDADE NA INFÂNCIA pg44-45.qxd 9/9/04 15:40 Page 45 45 4 " META 5 REDUZIR EM DOIS TERÇOS, ENTRE

Leia mais

NUTRIÇÃO DE OVELHAS GESTANTES

NUTRIÇÃO DE OVELHAS GESTANTES NUTRIÇÃO DE OVELHAS GESTANTES Acadêmicas: Caroline Wrague e Luiza P. Nunes INTRODUÇÃO: A produção ovina ocorre predominantemente em sistemas de criação extensiva no Sul do Brasil. A quantidade e qualidade

Leia mais

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA ÂNGELA MENDONÇA LIGA DE DIABETES A intervenção nutricional pode melhorar o controle glicêmico. Redução de 1.0 a 2.0% nos níveis de hemoglobina

Leia mais

elainelemes@baraodemaua.br

elainelemes@baraodemaua.br Associação entre uso de drogas ilícitas na gestação e repercussões no recémnascido da coorte de nascimento de Ribeirão Preto-SP, 200: nascimento pré-termo e perímetro craniano Daniela Ricci Morandim, Laís

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO Departamento de Fisiologia Curso: Educação Física NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO Aluno: Anderson de Oliveira Lemos Matrícula: 9612220 Abril/2002 Estrutura de Apresentação Líquidos Eletrólitos Energia

Leia mais

M E D I D A D O P E S O. _ Identificar as gestantes com déficit nutricional ou sobrepeso, no início da gestação;

M E D I D A D O P E S O. _ Identificar as gestantes com déficit nutricional ou sobrepeso, no início da gestação; M E D I D A D O P E S O OBJETIVO: Avaliar o aumento do peso durante a gestação Para: _ Identificar as gestantes com déficit nutricional ou sobrepeso, no início da gestação; _ Detectar as gestantes com

Leia mais

Proteger nosso. Futuro

Proteger nosso. Futuro Proteger nosso Futuro A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) é uma entidade sem fins lucrativos criada em 1943, tendo como objetivo unir a classe médica especializada em cardiologia para o planejamento

Leia mais

Treinamento de Força e Diabetes. Ms. Sandro de Souza

Treinamento de Força e Diabetes. Ms. Sandro de Souza Treinamento de Força e Diabetes Ms. Sandro de Souza Taxa de prevalência de Diabetes Mellitus Período: 2009 Relevância Diagnóstico de DIABETES MELLITUS Diabetes Care. 2007;30:S4 41. Resistência a Insulina

Leia mais

ô.,i^n,,, clc 06) suptemento arimentar padrão para desnutrição protéico carórica

ô.,i^n,,, clc 06) suptemento arimentar padrão para desnutrição protéico carórica Cl ns O47- SND/2014. Caçapava, 31 de julho de20!4. Alc Júlio César Licitações clc Vanessa Camargo Gerente Operacional Ref: Resposta dos esclarecimentosolicitados pela empresa Humana Alimentar Segue, conforme

Leia mais

Aleitamento materno: estudo da associação das variáveis do instrumento de avaliação da prontidão do prematuro para iniciar alimentação oral *

Aleitamento materno: estudo da associação das variáveis do instrumento de avaliação da prontidão do prematuro para iniciar alimentação oral * Aleitamento materno: estudo da associação das variáveis do instrumento de avaliação da prontidão do prematuro para iniciar alimentação oral * Palavras chave: prematuro; aleitamento materno. Introdução

Leia mais

Autores: Cristina Somariva Leandro Jacson Schacht. SESI Serviço Social da Indústria Cidade: Concórdia Estado: Santa Catarina 27/10/2015

Autores: Cristina Somariva Leandro Jacson Schacht. SESI Serviço Social da Indústria Cidade: Concórdia Estado: Santa Catarina 27/10/2015 Autores: Cristina Somariva Leandro Jacson Schacht SESI Serviço Social da Indústria Cidade: Concórdia Estado: Santa Catarina 27/10/2015 REDUÇÃO DE PESO E CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL EM TRABALHADORES DA INDÚSTRIA

Leia mais

HIV no período neonatal prevenção e conduta

HIV no período neonatal prevenção e conduta HIV no período neonatal prevenção e conduta O HIV, agente causador da AIDS, ataca as células do sistema imune, especialmente as marcadas com receptor de superfície CD4 resultando na redução do número e

Leia mais

DIABETES MELLITUS. Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS

DIABETES MELLITUS. Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS DIABETES MELLITUS Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem atualmente cerca de 171 milhões de indivíduos diabéticos no mundo.

Leia mais

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS O presente levantamento mostra a situação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) nos municípios brasileiros. Para realizar a comparação de forma mais precisa,

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

Palavras-chave: obesidade infantil, alimentação saudável, diabetes.

Palavras-chave: obesidade infantil, alimentação saudável, diabetes. RELATO DE EXPERIÊNCIA: AVALIAÇÃO DO PERFIL DE DESENVOLVIMENTO PONDERO-ESTATURAL E ORIENTAÇÃO SOBRE OBESIDADE INFANTIL REALIZADA PELOS MEMBROS DA LIGA ACADÊMICA DE PEDIATRIA DA UFG NO III ENCONTRO DO DIA

Leia mais