UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE VETERINÁRIA MESTRADO EM MEDICINA VETERINÁRIA (CLÍNICA E REPRODUÇÃO ANIMAL)

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE VETERINÁRIA MESTRADO EM MEDICINA VETERINÁRIA (CLÍNICA E REPRODUÇÃO ANIMAL) MARCELE NOGUEIRA DE SOUSA TROTTE OCORRÊNCIA E ESTUDO ANATOMOPATOLÓGICO DE NEOPLASIAS ESPONTÂNEAS EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO NITERÓI 2008

2 MARCELE NOGUEIRA DE SOUSA TROTTE OCORRÊNCIA E ESTUDO ANATOMOPATOLÓGICO DE NEOPLASIAS ESPONTÂNEAS EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO Dissertação apresentada ao curso de Pós-graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de mestre. Área de Concentração: Clínica e Reprodução Animal. Orientador: Prof. Dr. ROGERIO TORTELLY Co-orientador: Dr. RODRIGO CALDAS MENEZES Niterói 2008

3 T858 Trotte, Marcele Nogueira de Sousa Ocorrência e estudo anatomopatológico de neoplasias espontâneas em animais de laboratório / Marcele Nogueira de Sousa Trotte. - Niterói: [s.n.], f. Dissertação (Mestrado em Clínica e Reprodução Animal) - Universidade Federal Fluminense, Orientador: Rogerio Tortelly 1. Oncologia veterinária. 2. Animal de laboratório 3. Neoplasia. I. Título. CDD

4 MARCELE NOGUEIRA DE SOUSA TROTTE OCORRÊNCIA E ESTUDO ANATOMOPATOLÓGICO DE NEOPLASIAS ESPONTÂNEAS EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO Dissertação apresentada ao curso de Pós-graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de mestre. Área de Concentração: Clínica e Reprodução Animal. Aprovada em 29 / 02 /2008 BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Rogerio Tortelly Universidade Federal Fluminense Prof. Dr. Rodrigo Caldas Menezes Fundação Oswaldo Cruz Prof. Dr. Eulógio Carlos Queiroz de Carvalho Universidade Estadual do Norte Fluminense Niterói 2008

5 Dedico este trabalho aos meus pais pelo amor, educação e dedicação.

6 AGRADECIMENTOS À Deus pela força e proteção; Ao meu orientador, Prof. Dr. Rogerio Tortelly pela amizade, aprendizado e dedicação; Ao meu co-orientador, Dr. Rodrigo Caldas Menezes pela amizade e por toda assistência e dedicação na realização do trabalho; Aos Funcionários do Centro de controle de Animais de Laboratório (CECAL- FIOCRUZ) pelo apoio na coleta de amostras; À Dra. Belmira Ferreira dos Santos, médica veterinária do CECAL-FIOCRUZ pelo incentivo, informações e fornecimento dos animais; À Dra. Luciana Wernersbach Pinto, médica patologista do Instituto de Pesquisa Evandro Chagas-FIOCRUZ pelo auxílio nos diagnósticos e na realização da técnica de imunohistoquímica; Ao Professor Dr. Elmiro Rosendo do Nascimento pela orientação estatística; Aos amigos do Serviço de Anatomia Patológica Prof. Jefferson Andrade dos Santos por toda ajuda e momentos de alegrias; À CAPES pelo apoio financeiro.

7 SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES, p.7 LISTA DE TABELAS, p.9 RESUMO, p.10 ABSTRACT, p.11 1 INTRODUÇÃO, p.12 2 OBJETIVOS GERAL, p OBJETIVO GERAL, p OBJETIVOS ESPECÍFICOS, p.14 3 REVISÃO DE LITERATURA, p CLASSIFICAÇÕES DOS ANIMAIS DE LABORATÓRIO QUANTO AO STATUS GENÉTICO E QUANTO AO STATUS SANITÁRIO, p NEOPLASIAS, p DEFINIÇÃO, p CLASSIFICAÇÃO, p CAUSAS, p OCORRÊNCIAS DE NEOPLASIAS ESPONTÂNEAS NOS ANIMAIS DE LABORATÓRIO, p HAMSTERS, p RATOS, p CAMUNDONGOS, p.21 4 MATERIAL E MÉTODOS, p.23 5 RESULTADOS, p HAMSTERS, p OCORRÊNCIA DE NEOPLASIAS, p DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS NEOPLASIAS, p DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS NEOPLASIAS, p.27

8 5.2 RATOS, p OCORRÊNCIA DE NEOPLASIAS, p DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS NEOPLASIAS, p DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS NEOPLASIAS, p CAMUNDONGOS, p OCORRÊNCIA DE NEOPLASIAS, p DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS NEOPLASIAS, p DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS NEOPLASIAS, p.45 6 DISCUSSÃO, p HAMSTERS, p RATOS, p CAMUNDONGOS, p.55 7 CONCLUSÕES, p.59 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p.60

9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1. Hamster Golden adulto macho (caso 1). Rim. Nódulo branco de consistência firme no córtex do rim esquerdo, medindo cerca de 5 mm de diâmetro, p.27 Figura 2. Hamster Golden adulto macho. Rim. Carcinoma tipo célula clara. Células epiteliais pleomórficas com citoplasma claro, formando áreas sólidas. HE, obj. 40X, p.28 Figura 3. Hamster Golden adulto macho. Rim. Carcinoma tipo célula eosinofílica. Células cuboidais pleomórficas com citoplasma granular eosinofílico, formando trabéculas. HE, obj. 40X, p.28 Figura 4. Ocorrência dos grupos de neoplasias nos ratos Wistar, provenientes do CECAL, no período de agosto de 2002 a janeiro de 2007, segundo a atual classificação da Organização Mundial de Saúde, p.29 Figura 5. Rato Wistar adulto fêmea. Glândula mamária. Massa tumoral brancacenta de superfície irregular, com consistência firme e medindo cerca de 8 cm de diâmetro, p.31 Figura 6. Rato Wistar adulto macho. Glândula hipófise. Massa tumoral de coloração avermelhada (seta), p.32 Figura 7. Rato Wistar adulto macho. Glândula adrenal. Massa tumoral de cerca de 5 cm de diâmetro, de aspecto gelatinoso e coloração cinza-claro, p.32 Figura 8. Rato Wistar adulto fêmea. Glândula mamária. Fibroadenoma. Proliferação celular neoplásica benigna do epitélio glandular e hiperplasia do tecido fibrovascular. HE, obj. 20X, p.33 Figura 9. Rato Wistar adulto fêmea. Glândula mamária. Carcinoma tubular. Túbulos formados por células epiteliais pleomórficas. HE, obj. 40X, p.33 Figura 10. Rato Wistar adulto fêmea. Pele e tecido subcutâneo no focinho. Fibrossarcoma. Células mesenquimais fusiformes pleomórficas, com arranjos de longos feixes entrelaçados. HE, obj. 40X, p.34 Figura 11. Rato Wistar adulto macho. Pele e tecido subcutâneo na região da coxa (lado direito). Hemangiossarcoma. Espaços vasculares revestidos por células endoteliais pleomórficas (seta) e área de necrose de coagulação. HE, obj. 40X, p.34 Figura 12. Rato Wistar adulto macho. Túnica vaginal. Mesotelioma. Projeções papilíferas revestidas de células epiteliais neoplásicas. HE, obj. 40X, p.35 Figura 13. Rato Wistar adulto macho. Glândula hipófise. Adenoma. Células neoplásicas apresentando arranjo sinusóide e algumas células possuindo citoplasma com grânulos castanho-amarelado. HE, obj. 40X, p.35

10 Figura 14. Rato Wistar adulto macho. Glândula adrenal. Ganglioneuroblastoma. Células neuroblásticas imaturas pleomórficas em vários estágios de diferenciação e células ganglionares (seta) em processo de maturação. HE, obj. 40X, p.36 Figura 15. Rato Wistar adulto Fêmea. Glândula sebácea. Epitelioma. Lóbulo (área sólida) de células basalóides com alguns sebócitos no centro. HE, obj. 20X, p.36 Figura 16. Rato Wistar adulto macho. Encéfalo. Ganglioglioma. Célula ganglionar (seta) e células da glia pleomórficas. HE, obj. 40X, p.37 Figura 17. Camundongo NOD adulto fêmea. Glândula mamária. Massa tumoral brancacenta de superfície irregular, com consistência firme e medindo cerca de 3 cm de diâmetro, p.42 Figura 18. Camundongo NHI adulto fêmea. Linfonodos e baço. Aumento do tamanho do baço e dos linfonodos mandibulares e axilares, p.43 Figura 19. Camundongo BALB/c An adulto. Pulmão. Nódulo branco de cerca de 3 mm de diâmetro (seta), p.43 Figura 20. Camundongo BALB/c An adulto fêmea. Glândula salivar (submandibular). Duas massas de cerca de 2 cm de diâmetro. Uma massa (lado direito) com superfície lisa e a outra (lado esquerdo) de superfície lobulada, e com coloração vermelho escuro, p.45 Figura 21. Camundongo C3H/He adulto fêmea. Glândula mamária. Carcinoma tubular. Túbulos formados por células neoplásicas pleomórficas e área de necrose de coagulação. HE, obj. 40X, p.46 Figura 22. Camundongo B6.129S6-Pfp Adulto fêmea. Pele e tecido subcutâneo na Região torácica. Carcinoma epidermóide. Ninhos de células epiteliais escamosas neoplásicas ao redor da pérola córnea e área de necrose de coagulação. HE, obj. 20X, p.47 Figura 23. Camundongo NHI adulto fêmea. Pele e subcutâneo na região torácica. Carcinoma de célula basal. Cordões e ilhas de células basalóides neoplásicas e área de necrose de coagulação. HE, obj. 20X, p.47 Figura 24. Camundongo BALB/c An adulto macho. Pulmão. Adenocarcinoma papilífero. Área de transição entre o tecido pulmonar normal e área formada por células epiteliais colunares neoplásicas apresentando arranjos papilíferos. HE, obj. 20X, p.49

11 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Nomenclatura das neoplasias, p.18 Tabela 2 - Ocorrência dos tipos de neoplasias nos ratos Wistar, provenientes do CECAL, no período de agosto de 2002 a Janeiro de 2007, de acordo com o sexo, p.30 Tabela 3 - Prevalência de neoplasias espontâneas nas diferentes linhagens de camundongos, provenientes do CECAL, no período de agosto de 2002 a janeiro de 2007, p.38 Tabela 4 - Ocorrência dos grupos e tipos de neoplasias nos camundongos Swiss Webster, provenientes do CECAL, no período de agosto de 2002 a janeiro de 2007, de acordo com o sexo, p.39 Tabela 5 - Ocorrência dos grupos e tipos de neoplasias nos camundongos BALB/c An, provenientes do CECAL, no período de agosto de 2002 a janeiro de 2007, de acordo com o sexo, p.40 Tabela 6 - Grupos e tipos de neoplasias nos camundongos das linhagens BALB/c- IL4r, BALB/c-Lgals3, BP2, C57BL/10, C57BL/6 e MDX, provenientes do CECAL, no período de agosto de 2002 a janeiro de 2007, p.41

12 RESUMO Estudos sobre a ocorrência de neoplasias espontâneas em animais de laboratório levaram ao desenvolvimento de modelos animais e forneceram dados de base para os trabalhos de carcinogênese experimental. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência e as características anatomopatológicas de neoplasias espontâneas encontradas em animais de laboratório (camundongos, ratos e hamsters), provenientes do biotério do Centro de Criação de Animais de Laboratório na FIOCRUZ. Os animais encaminhados para exames de rotina e necropsias foram submetidos à eutanásia em câmara de gás carbônico, e em seguida, foram realizadas as necropsias, de 658 camundongos, 14 hamsters e 123 ratos no período entre março de 2006 e janeiro de Durante as necropsias foram coletadas amostras dos órgãos dos animais. Estas amostras foram fixadas em solução de formol tamponado a 10% e encaminhadas ao Serviço de Anatomia Patológica Veterinária professor Jefferson Andrade dos Santos da Universidade Federal Fluminense, onde foi realizado o processamento pelas técnicas habituais para inclusão em parafina. Foi também realizado um estudo retrospectivo (de agosto de 2002 a março de 2006), através da análise das fichas de necropsias e das lâminas de histopatologia já diagnosticadas nos exames de rotina do Departamento de Controle da Qualidade Animal, de 525 hamsters, ratos e camundongos necropsiados. Nos hamsters (Golden) a prevalência de neoplasias espontâneas foi de 0,4%,e foram encontradas duas neoplasias primárias renais, um carcinoma tipo célula clara e um carcinoma tipo célula eosinofílica. Trinta e sete ratos (Wistar) tiveram neoplasias, representando uma prevalência de 1,9%. Nos ratos predominaram as neoplasias da glândula mamária. Apresentaram neoplasias 82 camundongos, distribuídos nas seguintes linhagens: Swiss Webster, BALB/c An, C3H/He, NIH, B6.129S6-Pfp, C3H/He J, NOD, BALB/c-IL4r, BALB/c-Lgals3, BP2, C57BL/10, C57BL/6 e MDX. Em cada linhagem de camundongo ocorreu um tipo diferente de neoplasia mais freqüente. A ocorrência dos tipos de neoplasias espontâneas nos animais de laboratório não foi igual àquelas observadas por outros autores. O carcinoma renal tipo célula eosinofílica em hamster e o ganglioglioma em rato foram pela primeira vez relatados. Todos os tipos de tumores encontrados ocorrem no homem e nos animais domésticos, possuindo morfologia semelhante e assim fornecendo dados importantes para o campo da oncologia comparativa e para o desenvolvimento de novos modelos animais. Palavras-chave: animais de laboratório, neoplasias espontâneas, oncologia, patologia.

13 ABSTRACT Studies on the occurrence of spontaneous neoplasms in laboratory animals has led to the development of animal models that provided the basis for the investigation of experimental carcinogenesis. The objective of this study was to evaluate the occurrence and the pathologic features of spontaneous neoplasms found in laboratory animals (mice, rats and hamsters), from the production colonies at Laboratory Animal Breeding Center (CECAL), Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ). The animals submitted for routine examinations and necropsies were euthanized in CO 2 chamber and then the necropsies of 658 mice, 14 hamsters and 123 rats were performed in the period between March 2006 and January During the necropsies samples of the organs of the animals were removed. These samples were fixed in 10% buffered formalin solution and submited to the Pathology Anatomy Service of Veterinary Jefferson Andrade dos Santos of Universidade Federal Fluminense, and then routinely processed for paraffin embedding. A retrospective study from August 2002 to March 2006 was also conduted by analysis of necropsy files and slides of histopathology already diagnosed in routine examinations of the Department of Animal Control of Quality, of 525 hamsters, 1,842 rats and 8,470 mice necropsied. In hamsters (Golden) the prevalence of spontaneous neoplasms was 0.4%, and were found two primary renal neoplasms, one clear cell type of carcinoma and one eosinophilic cell type of carcinoma. Thirtyseven rats (Wistar) had neoplasms, representing a prevalence of 1.9%. In rats predominated the malignancies of the mammary gland. Eighty two mice presented neoplasms, distributed in the following strains: Swiss Webster, BALB/c An, C3H/He, NIH, B6.129S6-Pfp, C3H/He J, NOD, BALB/c-IL4r, BALB/c-Lgals3, BP2, C57BL/10, C57BL/6 and MDX. In each strain of mice was a different type of neoplasm more frequent. The occurrence of the types of spontaneous neoplasms in laboratory animals was different from those observed by other authors. The renal carcinoma cell type eosinophilic in hamster and ganglioglioma in rat were reported for the first time in laboratory animals. All types of tumors are found in humans and domestic animals, with similar morphology and thus providing important data for the field of comparative oncology and for the development of new animal models. Keywords: laboratory animals, oncology, pathology, spontaneous neoplasms.

14 1 INTRODUÇÃO A carcinogênese é definida como a geração de neoplasias maligna e benigna, e inclui todas as fases de geração das mesmas. Carcinógenos são definidos como agentes que induzem carcinogênese; eles podem ser de natureza física (radiação), química (produtos químicos orgânicos ou inorgânicos) ou viral (PECKHAM, 1980). Podem também ocorrer neoplasias resultantes de mutações genéticas espontâneas (JONES et al., 2000). Em hamsters, já foram relatados casos espontâneos de linfossarcoma (VAN HOOSIER e TRENTIN, 1979), osteossarcoma, hemangiossarcoma e fibrossarcoma (YABE et al., 1972). Nos ratos, um dos tumores espontâneos de maior ocorrência é o adenoma da glândula pituitária (BOMHARD e RINKE, 1994; POTERACKI e WALSH, 1998; WALSH e POTERACKI, 1994). Na espécie também podem ocorrer carcinoma hepatocelular, leucemias e sarcoma de célula reticular (PECKHAM, 1980). No intestino de rato já foram relatados adenoma e adenocarcinoma (SQUIRE et al., 1978). Em camundongos podem ocorrer neoplasias do sistema hematopoiético e linfático como leucemias, linfoma (WARD et al., 1979) e sarcoma de célula reticular (ROWLATT et al., 1976). No ovário, o tumor da célula teca-granulosa e adenoma tubular são os dois mais comuns tipos que ocorrem espontaneamente (FOSTER et al., 1982). Tumores espontâneos testiculares são extremamente raros em camundongos e a maioria relatada tem origem da célula de Leydig (FOSTER et al., 1982). Em camundongos, já foram encontrados adenocarcinoma e adenoma pulmonares (PREJEAN et al., 1973). Fraser (1971) relata caso de astrocitoma. Também já foram descritos casos de oligodendroglioma, meningioma, papiloma do

15 13 plexo coróide, ependimoma, glioblastoma, glioma, neuroblastoma e pinealoma (FOSTER et al., 1982). Estudos sobre a ocorrência de neoplasias espontâneas em animais de laboratório levaram ao desenvolvimento de modelos animais e forneceram dados de base para os trabalhos de carcinogênese experimental (KOHN e BARTHOLD, 1984). Neoplasias de alta freqüência são valiosas como modelos para busca de mecanismos celulares de carcinogênese e para outras áreas da oncologia, já que estas neoplasias têm similaridade com as encontradas no humano (PECKHAM, 1980). O diagnóstico destas neoplasias também é importante como diagnóstico diferencial com outras patologias em animais de laboratório. Muitos desses animais são comercializados e criados como animais de estimação. Portanto, essa pesquisa também trará contribuições para o diagnóstico dessas enfermidades na clínica desses animais. Apesar da importância do conhecimento da ocorrência e dos tipos de neoplasias nas diferentes espécies de animais de laboratório, não há levantamento em biotérios brasileiros sobre essas doenças. Nos Estados Unidos, existe um laboratório (Jackson Laboratory) que criou uma base de dados de biologia dos tumores encontrados nos camundongos. Esta base de dados está disponível pela internet e é consultada por pesquisadores buscando o desenvolvimento de novos modelos animais para pesquisa de câncer (NÄF et al., 2002).

16 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Avaliar a ocorrência e características anatomopatológicas de neoplasias espontâneas encontradas em animais de laboratório (camundongos, ratos e hamsters), provenientes do biotério do Centro de Criação de Animais de Laboratório da FIOCRUZ. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Descrever aspectos macroscópicos das amostras. - Descrever aspectos microscópicos (critério histomorfológico), classificando as neoplasias. - Avaliar a ocorrência de neoplasias entre as diferentes espécies, linhagens, sexos e faixas etárias dos animais envolvidos na pesquisa.

17 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 CLASSIFICAÇÕES DOS ANIMAIS DE LABORATÓRIO QUANTO AO STATUS GENÉTICO E QUANTO AO STATUS SANITÁRIO Os animais de laboratório podem ser classificados quanto ao status genético em: não-consangüineos ou outbred, e consangüíneos ou inbred. Aos inbred, foram acrescentados os híbridos, mutantes, transgênicos e linhagens inbred recombinantes. Os animais não-consangüineos apresentam na constituição genética alta heterozigose (99%) e assim uma grande diversidade genética (vários alelos), possibilitando a reprodução de populações naturais. O animal consangüíneo é o produto de 20 gerações consecutivas do acasalamento entre irmãos, ou pais e filhos; apresenta índice de homozigose de 99%, o que torna tais animais os mais idênticos possíveis. Os híbridos são provenientes do acasalamento entre duas linhagens inbred. Já os animais de linhagens inbred recombinantes são derivados do acasalamento ao acaso dos híbridos. Os mutantes são animais que apresentaram mutações naturais de ocorrência espontânea ao longo do genoma. Os animais transgênicos carregam incorporados, em seu genoma, um seguimento de DNA de outra espécie. A maioria das linhagens foi desenvolvida para provar a existência de fatores genéticos que influenciassem a herdabilidade do câncer e a independência dos diversos tipos de câncer dentro de famílias (SANTOS, 2002). Quanto ao status sanitário, os animais de laboratório podem ser classificados em: gnotobióticos, livres de germes patogênicos específicos (SPF) e convencionais. Os animais gnotobióticos possuem flora microbiológica conhecida, não existente ou não detectável; são criados em ambientes dotados de barreiras sanitárias absolutas e podem ser classificados em germfree (GF) e flora definida (FD). Os animais

18 16 germfree são totalmente livres de microbiota, já os animais flora definida são os germfree que foram intencionalmente contaminados com microorganismos específicos (COUTO, 2002). Os animais germfree são particularmente adequados para testar carcinógenos virais, já que são totalmente livres de microbiota (FOSTER, 1980). Os animais livres de germes patogênicos específicos são livres de microorganismos e parasitos específicos, porém não necessariamente livre de outros não-específicos; estes animais estão sendo cada vez mais utilizados, à medida que os pesquisadores necessitam de respostas mais confiáveis e seguras de seus experimentos. Os animais convencionais possuem microbiota indefinida por serem mantidos em ambiente desprovido de barreiras sanitárias rigorosas (COUTO, 2002). A flora microbiana intestinal pode produzir carcinógenos químicos ou modificar sua absorção, através da mudança da sua estrutura molecular ou acelerando a sua absorção, e assim ocasionando neoplasias (PLEASANTS, 1974). 3.2 NEOPLASIAS DEFINIÇÃO Neoplasia pode ser entendida como proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, na qual as células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em conseqüência de alterações nos genes que regulam a proliferação e a diferenciação celulares (FILHO et al., 2004; JONES et al., 2000) CLASSIFICAÇÃO As análises histopatológicas são dirigidas para determinar o tipo celular (epitelial ou mesenquimal) ou o tecido de origem da neoplasia, e se possuem característica maligna ou benigna (CHEVILLE, 2004). As neoplasias são compostas pelo parênquima, que é constituído das células neoplásicas, e pelo estroma, que é uma extensão do tecido fibrovascular adjacente não neoplásico. Este estroma é estimulado a proliferar pela ação de fatores secretados pelas células neoplásicas, para fornecer sustentação e nutrientes às mesmas (JONES et al., 2000).

19 17 As neoplasias são benignas quando suas características celulares se assemelham às do tecido de origem. Estas neoplasias crescem lentamente por expansão, não invadem os tecidos adjacentes e não se disseminam através dos vasos sanguíneos ou linfáticos para novos locais (metástase). Podem possuir uma cápsula de tecido fibroso derivada do estroma de tecido conjuntivo normal (CHEVILLE, 2004). O crescimento lento permite o desenvolvimento adequado de vasos sanguíneos, assegurando boa nutrição das células. Desse modo, degenerações, necroses e hemorragias são poucos comuns (FILHO et al., 2004). Na neoplasia maligna, as células são pleomórficas, ou seja, com variações no tamanho e forma do citoplasma e núcleo. Podem ser bem diferenciadas a indiferenciadas (anaplásicas). As neoplasias malignas possuem crescimento rápido, podem infiltrar os tecidos normais e ocasionar metástase (CHEVILLE, 2004; JONES et al., 2000). Nem sempre a invasão de tecidos vizinhos implica em metastatização. O estroma desenvolve-se mais lentamente que o parênquima, resultando muitas vezes em degenerações, necroses, hemorragias e ulcerações. As figuras de mitose são freqüentes, não só as típicas como as atípicas (FILHO et al., 2004). A nomenclatura das neoplasias derivadas dos diversos tipos de tecidos está representada na tabela 1 (JONES et al., 2000). A uniformização da nomenclatura das neoplasias é importante para que os dados de freqüência, evolução, tratamento e prevenção obtidos em regiões geográficas diferentes possam ser comparados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou várias publicações sobre nomenclatura e classificação de neoplasias de diferentes setores do organismo (FILHO et al., 2004).

20 18 Tabela 1 - Nomenclatura das neoplasias. Tecido Tumor benigno Tumor maligno Tecido conjuntivo Tecido fibroso maturo Fibroma Fibrossarcoma Tecido fibroso embrionário Mixoma Mixossarcoma Cartilagem Condroma Condrossarcoma Osso Osteoma Osteossarcoma Tecido adiposo Lipoma Lipossarcoma Histiócitos Histiocitoma Histiocitoma maligno Mastócitos Tumor de mastócitos Tumor maligno dos mastócitos Endotélio Vasos sangüíneos Hemangioma Hemangiossarcoma Linfáticos Linfangioma Linfangiossarcoma Músculo Músculo liso Leiomioma Leiomiossarcoma Músculo estriado Rabdomioma Rabdomiossarcoma Tecido hematopoiético Eritroblastos Nenhum Leucemia eritróide Mieloblastos Nenhum Leucemia mielóide Tecido linfático Linfonodos, baço e timo Nenhum Linfoma maligno Linfoblastos Nenhum Leucemia linfocítica Tecido nervoso Glia Glioma Glioblastoma Neurônios Ganglioneuroma Neuroblastoma Bainha nervosa Neurofibroma Neurofibrossarcoma Melanócitos Melanocitoma Melanoma maligno Epitélio Epitélio pavimentoso Papiloma Carcinoma epidermóide Epitélio de transição Papiloma Carcinoma das células de transição Epitélio glandular Adenoma Adenocarcinoma Tumores com vários tipos celulares neoplásicos Ovário Teratoma Teratoma maligno Rim - Nefroma embrionário Glândula mamária Tumor misto benigno Tumor misto maligno Adenoma complexo Adenocarcinoma complexo Glândula salivar Adenoma complexo Tumor misto de glândula salivar Glândula apócrina Adenoma complexo Tumor misto de glândula apócrina Fonte: JONES et al., 2000.

21 CAUSAS As neoplasias são causadas por mutações no genoma celular que controla a divisão mitótica e a diferenciação. Estas mutações podem ser causadas por erros espontâneos na replicação do DNA, carcinógenos químicos (agentes químicos), vários formas de radiação (ultravioleta e ionizante) e por vírus oncogênicos (JONES et al., 2000; PECKHAM, 1980). Através destas mutações podem ser ativados os oncogenes, e/ou inativados os genes supressores de tumor, de reparo do DNA e indutores de apoptose; desta forma todos estes genes estão envolvidos com o surgimento das neoplasias (FILHO et al., 2004). Dentre os agentes virais, existe o polioma vírus. Embora este vírus possa infectar linhagens celulares e produzir tumores em camundongos e hamsters experimentalmente, sua ocorrência como infecção natural é improvável. Em camundongos também ocorrem viroses oncogênicas murinas (oncornavírus), que são: vírus de tumores mamários (adenocarcinoma), vírus da leucemia e vírus do sarcoma do camundongo (HARKNESS e WAGNER, 1993). A nutrição é também um fator de influência no desenvolvimento de neoplasias em animais de laboratório. Já foi demonstrado que dietas ricas em gordura aumentam a gênese tumoral (WOUTERSEN et al., 1999) e que proporção proteínacaloria influencia a ocorrência de alguns tumores em ratos (KOHN e BARTHOLD, 1984). Ross e Bras (1971) relataram que a alimentação restrita para ratos recém desmamados diminui o risco de neoplasias. 3.3 OCORRÊNCIAS DE NEOPLASIAS ESPONTÂNEAS NOS ANIMAIS DE LABORATÓRIO HAMSTERS A ocorrência de neoplasias em hamsters é variável e depende da população estudada, período de estudo, localização geográfica, espécie, idade, sexo e nutrição dos animais (HARKNESS e WAGNER, 1993; LI et al., 1998). Yabe et al. (1972) relataram uma prevalência de neoplasias espontâneas em hamsters (linhagem Golden) de 8% (6/75), estes animais eram provenientes de uma

22 20 colônia de criação do Japão. Dentre as neoplasias ocorreram três casos de linfoma, um osteossarcoma no fêmur, um hemangiossarcoma na parede interna da região peitoral e um caso de fibrossarcoma testicular. Os animais com neoplasias pertenciam à faixa etária entre 444 e 852 dias de idade. Em relação ao sexo, três eram machos e três fêmeas. Pour et al. (1976a) observaram prevalência de neoplasias espontâneas de 32% e 41% em duas colônias de hamsters Golden estudadas, a primeira proveniente dos Estados Unidos e a outra da Alemanha. A ocorrência de tumores em ambas as colônias foi maior em fêmeas do que em machos. As neoplasias benignas foram as de maior ocorrência, acometendo principalmente a glândula adrenal em uma colônia e na outra colônia o fígado. Em outra pesquisa Pour et al. (1979) compararam a prevalência de tumores em três colônias de hamsters, todas provenientes dos Estados Unidos. Apenas em uma colônia a maior ocorrência de tumores foi em machos. As neoplasias de maior ocorrência foram as benignas, que em ordem decrescente foram: adenoma do córtex da glândula adrenal, papiloma no estômago, adenoma do pâncreas exócrino, e hemangioendotelioma no fígado e baço. Em outro estudo, a ocorrência foi considerada baixa com um valor estimado de 3,7%, ocorrendo um total de 435 tumores malignos em animais, e os de maior ocorrência em ordem decrescente foram: linfossarcoma e adenocarcinoma no intestino (VAN HOOSIER e TRENTIN, 1979). Recentemente, plasmocitoma e leiomiossarcoma, que são raros tumores espontâneos, foram relatados em hamsters da linhagem Golden (KONDO et al., 2006; KONDO et al., 2007) RATOS Prejean et al. (1973) relataram uma prevalência de 46% de neoplasias espontâneas em 360 ratos da linhagem Sprague-Dawley, provenientes de um centro de criação dos Estados Unidos. Dentre eles, 60 machos e 105 fêmeas apresentaram neoplasias, as de maior ocorrência foram: adenocarcinoma da glândula pituitária (45/165), fibroadenoma mamário (44/165), adenoma da glândula pituitária (37/165), adenoma do córtex da glândula adrenal (27/165).

23 21 Walsh e Poteracki (1994) realizaram necropsias em ratos da linhagem Wistar provenientes de uma colônia de criação dos Estados Unidos, e diagnosticaram neoplasias (1.390 benignas e 467 malignas) em animais (466 machos e 582 fêmeas). As neoplasias mais comuns foram: adenoma da glândula pituitária (566/1.048), fibroadenoma mamário (182/1.048), adenoma do córtex da glândula adrenal (121/1.048) e adenocarcinoma mamário (97/1.048). Em outro estudo com animais do mesmo centro de criação, Poteracki e Walsh (1998) analisaram 930 ratos (Wistar) e diagnosticaram tumores (81% benignos e 19% malignos) em 776 animais (361 machos e 415 fêmeas). As neoplasias mais frequentes foram: adenoma da glândula pituitária (390/776), fibroadenoma mamário (180/776), adenoma de célula C da glândula tiróide (66/776), adenoma de célula acinar do pâncreas (65/776), queratoacantoma (55/776), feocromocitoma benigno da glândula adrenal (51/776), tumor de célula intersticial testicular (49/776) e timoma benigno (44/776). Bomhard e Rinke (1994) relataram uma prevalência de 46%, em ratos da linhagem Wistar necropsiados, provenientes de uma colônia de criação da Alemanha. Apresentaram neoplasias animais (570 machos e 595 fêmeas), e as de maior ocorrência em ordem decrescente foram: adenoma da glândula pituitária (450/1.165), feocromocitoma benigno da glândula adrenal (157/1.165), adenoma de célula C da glândula tiróide (135/1.165) e adenocarcinoma no útero (97/1.165) CAMUNDONGOS A prevalência de tumores em camundongos varia conforme o sexo, idade, consangüinidade e sublinhagem (HARKNESS e WAGNER, 1993). Prejean et al. (1973) relataram uma prevalência de 26% (66/254) de neoplasias espontâneas em 11 machos e 153 fêmeas de camundongos da linhagem Swiss Webster, provenientes de uma colônia de criação dos Estados Unidos. As neoplasias de maior ocorrência foram: adenocarcinoma (20/66) e adenoma (11/66) pulmonares. Rabstein e Peters (1973) examinaram os tecidos de 358 camundongos (entre 1 e 26 meses de idade) da linhagem BALB/cf/Cd. Apresentaram carcinoma renal % dos animais, 43 (32 machos e 11 fêmeas) tiveram sarcoma sinovial, quatro

24 22 (um macho e três fêmeas) adenoma do pâncreas exócrino, uma fêmea um neuroepitelioma e outra um angiossarcoma (ambos na cavidade nasal). Rowlatt et al. (1976) relataram uma prevalência de 43% (344/790) de neoplasias espontâneas em camundongos (497 machos e 293 fêmeas), entre 6 e 30 meses de idade na linhagem C57BL, provenientes de um centro de criação da Inglaterra. As neoplasias de maior ocorrência foram: sarcoma de célula reticular (101/344), hepatoma (81/344), adenoma papilífero pulmonar (39/344) e linfossarcoma (33/344). Ward et al. (1979) relataram neoplasias espontâneas em camundongos B6C3F 1 (C57BL6N X C3H/HeN )F 1 em animais necropsiados, de um centro de criação dos Estados Unidos. Os machos (1.360) tiveram as seguintes neoplasias mais frequentes: carcinoma (349/1.360) e adenoma (201/1.360) hepatocelular, linfoma-leucemia (211/1.360), e adenoma (198/1.360) e carcinoma bronquíolo-alveolar (128/1.360). Nas fêmeas (970) as neoplasias de maior ocorrência foram: linfoma-leucemia (423/970), adenoma bronquíolo-alveolar (74/970) e adenoma da glândula pituitária (76/970). Haines et al. (2001) analisaram 50 machos e 49 fêmeas de camundongos da linhagem B6;129 com neoplasias. Estes animais pertenciam a um centro de criação dos Estados Unidos. O linfoma teve a maior ocorrência, 42% (21/50) em machos e 67% (33/49) em fêmeas, acometendo principalmente o linfonodo mesentérico, placa de peyer e baço. Os outros tumores de ocorrência comum incluíam: carcinoma e adenoma de célula alveolar pulmonar tipo II, cistoadenoma ovariano, e adenoma e carcinoma hepatocelular.

25 4 MATERIAL E MÉTODOS Os animais envolvidos no estudo anatomopatológico de neoplasias espontâneas foram: hamsters (Mesocricetus auratus), ratos (Rattus norvegicus) e camundongos (Mus musculus) de várias linhagens inbred e outbred, criados e mantidos no Centro de Criação de Animais de Laboratório (CECAL) da FIOCRUZ. No Departamento de Controle da Qualidade Animal, do Centro de Criação de Animais de Laboratório, os animais encaminhados para exames de rotina e necropsias foram submetidos à eutanásia em câmara de gás carbônico, e em seguida foram realizadas as necropsias. Foram necropsiados 658 camundongos (Mus musculus) pertencentes às linhagens inbred: C3H/He, C3H/He J, C57BL/6, C57BL/10, BALB/c An, BALB/c- Lgals3, BALB/c-IL4r, B6. 129S6-Pfp, MDX, NOD, BP2; e outbred: Swiss Webster e NIH; 14 hamsters da linhagem (outbred) Golden e 123 ratos da linhagem (outbred) Wistar, no período entre março de 2006 e janeiro de Durante as necropsias foram coletadas amostras dos órgãos dos animais. Estas amostras foram fixadas em solução de formol tamponado a 10% e encaminhadas ao Serviço de Anatomia Patológica Veterinária professor Jefferson Andrade dos Santos da Universidade Federal Fluminense, onde foi realizado o processamento pelas técnicas habituais para inclusão em parafina e efetuada coloração pela hematoxilina-eosina. Foi usada a coloração Fucsina ácida-van Gieson para a confirmação do diagnóstico de leiomioma uterino em rato Wistar. Em um caso de carcinoma renal em hamster Golden (caso 2) foi realizada técnica de imunohistoquímica, onde foram utilizados os marcadores vimentina e citoqueratina 7 (CK7).

26 24 Foi também realizado um estudo retrospectivo (de agosto de 2002 a março de 2006), através da análise das fichas de necropsias e de lâminas de histopatologia arquivadas no Departamento de Controle da Qualidade Animal, referentes a camundongos (C3H/He, C3H/He J, C57BL/6, C57BL/10, BALB/c An, BALB/c-Lgals3, BALB/c-IL4r, B6. 129S6-Pfp, MDX, NOD, BP2, Swiss Webster e NIH), 525 hamsters (Golden) e ratos (Wistar) necropsiados. Os animais pertenciam à classificação sanitária convencional ou SPF. Tendo como referências Andrade et al. (2002) e Harkness e Wagner (1993) os animais foram divididos em jovens (com idade entre 21 dias e dois meses) e adultos (com idade entre três meses e 18 meses). Considerando as necropsias realizadas no período entre março de 2006 a janeiro de 2007 e o estudo retrospectivo, o número total de animais necropsiados, o número de machos e fêmeas, e a idade deles respectivamente, foram os seguintes: A) Hamsters Golden: 539; 115 machos, 197 fêmeas e 227 animais com sexo não informado; 187 adultos e 352 animais não possuíam a idade informada. B) Ratos Wistar: 1.965; 739 machos, 884 fêmeas e 342 não tinham o sexo informado; 864 adultos, 142 jovens e 959 animais não possuíam a idade informada. C) Camundongos da linhagem Swiss Webster: 4.724; machos, fêmeas e 264 animais não possuíam o sexo informado; adultos, 445 jovens e não tinham a idade informada. D) Camundongos da linhagem BALB/c An: 1.547; 331 machos, 679 fêmeas e 537 não possuíam informação sobre o sexo; 561 adultos, 99 jovens e 887 animais não tinham a idade informada. E) Camundongos da linhagem C3H/He: 639; 140 machos, 91 fêmeas e 408 animais não possuíam sexo informado; 41 adultos, 28 jovens e 570 animais não tinham informação sobre a sua idade. F) Camundongos da linhagem NIH: 728; 228 machos, 196 fêmeas e 304 de sexo não informado; 294 adultos, 15 jovens e 419 animais com idade não informada. G) Camundongos da linhagem B6.129S6-Pfp: 194; 120 machos, 23 fêmeas e 51 animais não foi informado o sexo; Somente foi informado que 107 animais eram adultos.

27 25 H) Camundongos da linhagem C3H/He J: 35; 15 machos e 20 fêmeas; 26 adultos, 3 jovens e 6 animais não possuíam a idade informada. I) Camundongos da linhagem NOD: 409; 174 machos, 111 fêmeas e 124 animais sem o sexo informado; 232 adultos, 51 jovens e 126 não possuíam idade informada. J) Camundongos da linhagem BALB/c-IL4r: 187; 68 machos, 109 fêmeas e 10 animais sem o sexo informado; 116 adultos e 71 não possuíam idade informada. K) Camundongos da linhagem BALB/c-Lgals3: 11; 4 machos, 2 fêmeas e 5 animais sem o sexo informado; 2 adultos e 9 animais não possuíam idade informada. L) Camundongos da linhagem BP2: 14; 10 machos, 2 fêmeas e 2 animais sem o sexo informado; nenhum animal possuía idade informada. M) Camundongos da linhagem C57BL/10: 285; 71 machos, 88 fêmeas e 126 animais sem o sexo informado; 110 adultos, 10 jovens e 165 não possuíam idade informada. N) Camundongos da linhagem C57BL/6: 420; 165 machos, 161 fêmeas e 94 animais sem o sexo informado; 128 adultos, 43 jovens e 249 não possuíam idade informada. O) Camundongos da linhagem MDX: 26; 3 machos, 12 fêmeas e 11 animais sem o sexo informado; nenhum animal possuía idade informada. As lâminas de histopatologia foram analisadas em microscópico óptico (Olympus Bx 41) e fotografadas com máquina fotográfica (Sony DSC-W30). As neoplasias foram avaliadas com base na classificação histológica dos tumores nos animais da Organização Mundial de Saúde em vigor (DUNGWORTH et al., 1999; GOLDSCHMIDT et al., 1998; HEAD et al., 2003; HENDRICK et al.; 1998; KENNEDY et al., 1998; KOESTNER et al., 1999; MEUTEN et al., 2004; MISDORP et al., 1999; SLAYTER et al., 1994; VALLI et al., 2002). O desenvolvimento deste trabalho foi autorizado pelo Comitê de Ética para o Uso de Animais (CEUA/ FIOCRUZ), através da aprovação do programa n P

28 5 RESULTADOS 5.1 HAMSTERS OCORRÊNCIA DE NEOPLASIAS A prevalência de neoplasias espontâneas foi de 0,4% (2/539). Foram encontradas duas neoplasias primárias renais, um carcinoma tipo célula clara (caso 1) e um carcinoma tipo célula eosinofílica (caso 2). No caso 1, o animal possuía 10 meses de idade e no caso 2 era adulto, sendo os dois machos DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS NEOPLASIAS Macroscopicamente as neoplasias renais consistiam de um único nódulo branco unilateral de consistência firme, medindo cerca de 5 mm de diâmetro, no caso 1 (Figura 1) e 3 mm no caso 2, e estavam localizados no córtex renal do rim esquerdo.

29 27 Figura 1. Hamster Golden adulto macho (caso 1). Rim. Nódulo branco de consistência firme no córtex do rim esquerdo, medindo cerca de 5 mm de diâmetro DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS NEOPLASIAS Microscopicamente, no caso 1 foram observadas células epiteliais renais pleomórficas e hipercromáticas, cuja morfologia variou de baixa cuboidal a fusiformes, com citoplasma claro ou eosinofílico, e formando áreas predominantemente sólidas (Figura 2) e túbulos irregulares com luzes de tamanhos variáveis. Observaram-se raras figuras de mitose. No caso 2, as células epiteliais renais apresentaram-se pleomórficas e hipercromáticas e com um abundante citoplasma granular eosinofílico. As células eram cuboidais e formando principalmente trabéculas de diferentes larguras (Figura 3) e também áreas sólidas. Houve áreas de necrose de coagulação e freqüentes figuras de mitose. Não foram observadas invasão intravascular ou metástase em ambos os casos. Além disso, foram observados nos dois casos gloméruloesclerose e degeneração dos túbulos renais. Na técnica de imunohistoquímica, o carcinoma tipo célula eosinofílica teve marcação negativa para citoqueratina 7 e positiva para vimentina, confirmando o diagnóstico.

30 28 Figura 2. Hamster Golden adulto macho. Rim. Carcinoma tipo célula clara. Células epiteliais pleomórficas com citoplasma claro, formando áreas sólidas. HE, obj. 40X. Figura 3. Hamster Golden adulto macho. Rim. Carcinoma tipo célula eosinofílica. Células cuboidais pleomórficas com citoplasma granular eosinofílico, formando trabéculas. HE, obj. 40X. 5.2 RATOS OCORRÊNCIA DE NEOPLASIAS Trinta e sete ratos Wistar tiveram neoplasias, representando uma prevalência de 1,9%. Em relação ao sexo dos animais com neoplasias, 30 eram fêmeas e sete machos. Somente um animal pertencia à faixa etária jovem, os outros eram adultos. No que se refere à classificação sanitária, somente quatro animais eram convencionais, o restante era SPF. Na Figura 4, podemos observar a ocorrência dos diferentes grupos de neoplasias nos ratos Wistar, de acordo com a atual classificação da Organização Mundial de Saúde.

31 29 Neoplasias da glândula mamária (62,2%) Neoplasias mesenquimatosas da pele e dos tecidos moles (16,2%) Neoplasias das glândulas endócrinas (10,8%) Neoplasias epiteliais e melanocíticas da pele (5,4%) Neoplasias do osso e articulações (2,7%) Neoplasias do sistema genital (2,7%) Neoplasias do sistema nervoso (2,7%) Neoplasias do sistema respiratório (2,7%) Figura 4. Ocorrência dos grupos de neoplasias nos ratos Wistar, provenientes do CECAL, no período de agosto de 2002 a janeiro de 2007, segundo a atual classificação da Organização Mundial de Saúde. Em dois casos os animais apresentaram neoplasias pertencentes a dois grupos, um deles com neoplasias mesenquimatosas da pele e dos tecidos moles (mesotelioma) e da glândula adrenal (ganglioneuroblastoma), e o outro animal com neoplasias da glândula mamária (carcinoma tubular mucinoso) e glândula hipófise (adenoma). Foram diagnosticados 17 tipos de neoplasias, dentre elas sete benignas e dez com comportamento maligno. Nenhum animal apresentou metástase. Na tabela 2, podemos observar a ocorrência dos tipos de neoplasias nos ratos Wistar, segundo o sexo.

32 30 Tabela 2 - Ocorrência dos tipos de neoplasias nos ratos Wistar, provenientes do CECAL, no período de agosto de 2002 a Janeiro de 2007, de acordo com o sexo. Grupos e tipos de neoplasias Nº. de Macho / Ocorrência Nº. de Fêmea / Ocorrência Nº. Total de animais / Ocorrência Neoplasias da glândula Mamária Carcinoma tubular - 6 / 16,2% 6 / 16,2% Carcinoma tubular mucinoso - 5 b / 13,5% 5 / 13,5% Fibroadenoma - 5 / 13,5% 5 / 13,5% Carcinoma tubular cirroso - 3 / 8,1% 3 / 8,1% Adenoma - 2 / 5,4% 2 / 5,4% Carcinoma cístico-papilífero - 2 / 5,4% 2 / 5,4% Neoplasias mesenquimatosas da pele e dos tecidos moles Hemangiossarcoma 2 / 5,4% 1 / 2,7% 3 / 8,1% Fibrossarcoma - 2 / 5,4% 2 / 5,4% Mesotelioma 1 a / 2,7% - 1 / 2,7% Neoplasias das glândulas endócrinas Glândula Hipófise Adenoma 2 / 5,4% 1 b / 2,7% 3 / 8,1% Glândula adrenal Ganglioneuroblastoma 1 a / 2,7% - 1 / 2,7% Neoplasias epiteliais e melanocíticas da pele Epitelioma sebáceo - 1 / 2,7% 1 / 2,7% Papiloma 1 / 2,7% - 1 / 2,7% Neoplasias do osso e articulações Osteossarcoma osteoblástico - 1 / 2,7% 1 / 2,7% Neoplasias do sistema genital Leiomioma - 1 / 2,7% 1 / 2,7% Neoplasias do sistema nervoso Ganglioglioma 1 / 2,7% - 1 / 2,7% Neoplasias do sistema respiratório Adenocarcinoma papilífero pulmonar primário - 1 / 2,7% 1 / 2,7% a Um macho apresentou dois tipos de neoplasias. b Uma fêmea apresentou dois tipos de neoplasias. Em relação à idade, o animal jovem apresentou neoplasia mamária (carcinoma tubular). Nos quatro animais de classificação sanitária convencional que apresentaram neoplasias observou-se: um com carcinoma tubular mucinoso, dois com fibrossarcoma e um com hemangiossarcoma DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS NEOPLASIAS

33 31 Nas neoplasias mamárias as principais alterações macroscópicas observadas foram a presença de massas tumorais com superfície irregular, que variavam entre 2 e 10 cm de diâmetro. Ao corte, possuíam consistência firme e coloração brancacenta (Figura 5). Quanto à localização, estavam presentes nas regiões das glândulas mamárias torácicas e abdominais. Figura 5. Rato Wistar adulto fêmea. Glândula mamária. Massa tumoral brancacenta de superfície irregular, com consistência firme e medindo cerca de 8 cm de diâmetro. Quanto ao grupo das neoplasias mesenquimatosas da pele e dos tecidos moles, os dois animais com fibrossarcoma apresentaram massas tumorais aderidas à musculatura, uma de cerca de 2 cm de diâmetro e localizada no membro anterior direito, e a outra no focinho com diâmetro de 3 cm. Ao corte, apresentavam coloração rósea e consistência firme. Por sua vez, os três animais com hemangiossarcoma apresentavam massa circular localizadas na pele e tecido subcutâneo da região abdominal, coxa (direita) e membro anterior esquerdo, variando entre 4 e 10 cm de diâmetro. Ao corte, verificaram-se tecido de coloração avermelhada, consistência friável e coágulos de sangue. O animal com mesotelioma apresentava na superfície serosa da túnica vaginal massa de aspecto verrucoso. Na glândula hipófise de três animais foi observada massa circular de coloração avermelhada, variando entre 0,5 cm e 1 cm de diâmetro (Figura 6). Um animal apresentou na glândula adrenal (lado direito) massa de cerca de 5 cm de diâmetro, de aspecto gelatinoso e coloração cinza-claro (Figura 7).

34 32 Figura 6. Rato Wistar adulto macho. Glândula hipófise. Massa tumoral de coloração avermelhada (seta). Figura 7. Rato Wistar adulto macho. Glândula adrenal. Massa tumoral de cerca de 5 cm de diâmetro, de aspecto gelatinoso e coloração cinza-claro. No grupo das neoplasias epiteliais e melanocíticas da pele, o animal com epitelioma sebáceo apresentou tumoração de aspecto lobulado na pele e tecido subcutâneo da região inguinal (lado direito) com cerca de 2 cm de diâmetro, que ao corte possuía coloração rósea e conteúdo purulento. Já o animal com papiloma apresentava massa tumoral na pele da cauda. Macroscopicamente a neoplasia diagnosticada como osteossarcoma osteoblástico apresentava-se como uma massa de cerca de 4 cm de diâmetro, localizada na face (lado esquerdo), atingindo a cavidade oral. Ao corte, possuía consistência firme e coloração amarelada. O animal com leiomioma apresentava massa branca, de consistência firme e de cerca de 1 cm de diâmetro no corno uterino esquerdo. No rato com ganglioglioma foi observada aderida ao encéfalo uma tumoração de cerca de 1 cm de diâmetro. Ao corte, possuía consistência macia e coloração avermelhada. No animal com adenocarcinoma papilífero havia um nódulo de consistência endurecida, cor esbranquiçada e medindo cerca de 3 mm de diâmetro no parênquima pulmonar DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS NEOPLASIAS

35 33 No exame histológico das neoplasias mamárias, os adenomas foram caracterizados pela formação de túbulos com epitélio glandular bem diferenciado, e alguns túbulos apresentavam secreção láctea. Já nos casos de fibroadenoma, além da formação de túbulos houve proliferação do tecido fibrovascular (Figura 8). Nos casos dos carcinomas tubulares foram observados proliferação de túbulos, formados por células epiteliais pleomórficas, com nucléolos evidentes (Figura 9). Observaramse áreas de necrose de coagulação e algumas figuras de mitose. A classificação mucinoso se refere ao fato da célula neoplásica se apresentar em anel de sinete (contendo mucina em seu citoplasma, de modo que o núcleo se posiciona perifericamente) ou com citoplasma espumoso, e cirroso quando foi observada acentuada proliferação de tecido fibrovascular. No carcinoma cístico-papilífero havia túbulos (formados por células pleomórficas) distendidos com secreção láctea, e formação de cistos com projeções papilíferas das células epiteliais neoplásicas. Figura 8. Rato Wistar adulto fêmea. Glândula mamária. Fibroadenoma. Proliferação celular neoplásica benigna do epitélio glandular e hiperplasia do tecido fibrovascular. HE, obj. 20X. Figura 9. Rato Wistar adulto fêmea. Glândula mamária. Carcinoma tubular. Túbulos formados por células epiteliais pleomórficas. HE, obj. 40X. Nos cortes histológicos dos casos de fibrossarcoma foram observadas células mesenquimais fusiformes apresentando pleomorfismo, com arranjos de longos feixes entrelaçados e pouco colágeno (Figura 10).

36 34 Figura 10. Rato Wistar adulto fêmea. Pele e tecido subcutâneo no focinho. Fibrossarcoma. Células mesenquimais fusiformes pleomórficas, com arranjos de longos feixes entrelaçados. HE, obj. 40X. No caso do hemangiossarcoma, os cortes histológicos, corados pela hematoxilina-eosina, apresentavam proliferação de espaços vasculares revestidos por células endoteliais pleomórficas e com nucléolos evidentes (Figura 11). Houve presença de algumas figuras de mitose e áreas de necrose de coagulação. Figura 11. Rato Wistar adulto macho. Pele e tecido subcutâneo na região da coxa (lado direito). Hemangiossarcoma. Espaços vasculares revestidos por células endoteliais pleomórficas (seta) e área de necrose de coagulação. HE, obj. 40X. No corte histológico do mesotelioma (com origem na superfície serosa da túnica vaginal) foram observadas projeções papilíferas formadas de células epiteliais neoplásicas revestindo o tecido fibrovascular (Figura 12).

37 35 Figura 12. Rato Wistar adulto macho. Túnica vaginal. Mesotelioma. Projeções papilíferas revestidas de células epiteliais neoplásicas. HE, obj. 40X. Nos exames histológicos das glândulas hipófises, foram diagnosticados três casos de adenoma, caracterizados pela presença de células pleomórficas, com citoplasma granular por vezes vacuolado, apresentando em um caso arranjo sólido e nos outros dois arranjo sinusóide (Figura 13). Observaram-se figuras de mitose e algumas células possuindo citoplasma com grânulos castanho-amarelados. Não havia metástase. Figura 13. Rato Wistar adulto macho. Glândula hipófise. Adenoma. Células neoplásicas apresentando arranjo sinusóide e algumas células possuindo citoplasma com grânulos castanho-amarelado. HE, obj. 40X. Através do exame histológico da glândula adrenal (Figura 14) foi diagnosticado um caso de ganglioneuroblastoma, caracterizado pela presença de células neuroblásticas imaturas pleomórficas em vários estágios de diferenciação, e de células ganglionares em processo de maturação.

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