POLÍTICA FORMAL DE DECISÃO DE INVESTIMENTOS E DE SELEÇÃO E ALOCAÇÃO DE ATIVOS DA O3 GESTÃO DE RECURSOS LTDA. ( Política )

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1 POLÍTICA FORMAL DE DECISÃO DE INVESTIMENTOS E DE SELEÇÃO E ALOCAÇÃO DE ATIVOS DA O3 GESTÃO DE RECURSOS LTDA. ( Política ) 1. INTRODUÇÃO 1.1. Esta Política, adotada nos termos da Instrução de CVM 558, de 26 de março de 2015 e do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para os Fundos de Investimento, estabelece os princípios, conceitos e diretrizes básicas que nortearão a O3 GESTÃO DE RECURSOS LTDA. ( O3 ) na seleção e alocação de ativos no exercício de sua atividade de gestão de recursos A O3 é um gestora de fundos de investimentos independente, responsável pela gestão de recursos em todas as modalidades de mercado de ativos financeiros, com rígido controle de risco, governança e especialização. A O3 atua exclusivamente na gestão de recursos próprios ou co-investimentos de terceiros interessados em investir em determinado produto juntamente com as partes relacionadas da O3. Por meio de uma política de análise multidisciplinar, a O3 busca oportunidades de investimento que ofereçam relação assimétrica entre retorno esperado e risco incorrido. 2. DECISÃO DE INVESTIMENTO 2.1. A O3 desenvolveu um processo de investimentos para atender sua gestão e alocação de ativos de forma eficiente e segura, utilizando diversas metodologias para identificar as oportunidades de investimento, baseada em decisão colegiada de um comitê de investimento ( Comitê de Investimento ). Neste comitê são discutidas as principais posições da O3, e tópicos tais como: temas de investimentos, revisão das posições, relação risco/retorno das operações, liquidez, concentração e diversificação dos ativos O Comitê de Investimento se reunirá mensalmente e deverá ser composto pelos Diretores de Gestão e pelo Analista de Risco da O3. Em função do perfil e estratégia da O3, o Comitê de Investimento é parte essencial da Política e está dividido em Processo de Análise (Seleção de Ativos) e Processo de Gestão (Alocação de Ativos). O Comitê tem como objetivo traçar as estratégias de alocação de curto, médio e longo prazo.

2 3. SELEÇÃO DE ATIVOS 3.1. Por meio do Processo de Análise, a O3 busca alcançar consistência em investimentos através da aderência a processos disciplinados de identificação e seleção de ativos Por meio da análise dos cenários macroeconômicos nacionais e internacionais, dos riscos de mercado, de credito e de liquidez, bem como das relações históricas de preços entre os mais diversos ativos, são definidas pela O3 as estratégias e a seleção dos ativos, sejam estes ativos diretos ou fundos de terceiros, respeitando-se sempre a legislação, as normas e regulamentos aplicáveis, bem como as diretrizes estabelecidas no regulamento dos fundos A O3 possui acesso aos melhores e mais tradicionais serviços de apoio à análise e decisão do mercado. 4. ALOCAÇÃO DE ATIVOS 4.1. A decisão de alocação dos recursos dos fundos é responsabilidade do gestores assessorados por suas equipes, dentro de seus mandatos e estratégias. No Comitê de Investimento são definidas as diretrizes macro e as estratégias adotadas pela O3 e pela área de investimento. Comitês extraordinários são realizados sempre que há a necessidade baseada em demandas específicas. Por exemplo, cada um dos membros da equipe de gestão está associado a um único fundo de investimento gerido pela O3, de forma que uma mesma pessoa não poderá dar ordens de investimento contrarias. Excepcionalmente o comitê pode autorizar transações extraordinárias O investimento é realizado por meio de uma seleção criteriosa das posições, incluindo concentrações e diversificações, que maximizem a relação Retorno vs. Risco da carteira. Além disso, o desinvestimento de uma posição ocorre quando, após a revisão das premissas, identifica-se que o retorno esperado para o investimento não é mais compatível com os riscos envolvidos. As decisões do Comitê de Investimento são, obrigatoriamente, sempre tomadas por maioria entre seus membros Caberá ao Comitê de Investimento atuar em conformidade com as decisões e estratégias dos administradores e sócios da O3, em

3 conformidade com os regulamentos dos fundos e contratos de carteira administrada e execução das operações formalizados com os clientes Os membros do Comitê de Investimento analisam continuamente o ambiente econômico para determinar o impacto potencial no desempenho de títulos e valores mobiliários. O Comitê de Investimento analisa ainda os retornos históricos, identificando os fatores fundamentais que influenciam as relações entre investimentos e retornos, as características do título, assim como relacionando essas conclusões com as projeções da O3 para determinar alternativas atraentes de investimentos A área de research conduz research próprio dividido em 3 vertentes: i) análise macroeconômica e setorial global, empreendida usando uma combinação de análise qualitativa e estatística; ii) análise quantitativa das condições de mercado, das varáveis de fluxo e de sentimento, empreendida usando modelos estatísticos proprietários; e iii) análise bottom-up das empresas/economias às quais o fundo aloca ou estaria disposto a alocar risco, empreendida usando ferramentas contábeis tradicionais. 5. GESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE 5.1. A O3 atua exclusivamente na gestão de fundos de investimentos, terceirizando os serviços de custódia, de administração e de controladoria com o BEM DTVM S.A. ( Administrador ). O Administrador, além de manter a guarda do cadastro dos clientes da O3, também monitora o risco das carteiras (VaR e Stress Testing) e eventuais desenquadramentos de limites aos normativos vigentes aplicáveis, ao cumprimento dos limites de acordo com os contratos e prospectos/regulamentos dos fundos É responsabilidade da área de gestão de risco e compliance, área independente da área de gestão, atuar de forma preventiva e constante para alertar, informar e solicitar providências aos gestores frente a eventuais desenquadramentos de limites de ativo ou conjunto de ativos de acordo com as políticas e manuais da O3 tais como, mas não se limitando, ao Manual de Gerenciamento de Risco, ao Manual de Controle e Gerenciamento de Risco de Liquidez, ao Manual de Ética e Compliance, bem como a aderência aos normativos vigentes aplicáveis, ao cumprimento dos limites de acordo com os contratos e prospectos/regulamentos dos fundos e a aderência às determinações do Comitê de Investimento.

4 5.3. A O3 possui um sistema de risco de mercado próprio que apoia o controle de risco. O Comitê de Investimento tem poderes para, eventualmente, limitar o uso de VaR de forma a evitar maiores prejuízos que porventura possam ser originados pelas novas operações. 6. MONITORAMENTO 6.1. O Administrador é responsável pela administração dos fundos da O3 e desenvolve os relatórios de enquadramento para os fundos, por exemplo: limites de alavancagem, ativos permitidos, duration, entre outros, abrangendo limites legais e da política de investimentos previstos no regulamento e no prospecto dos fundos. 7. ASSIMETRIA DE RETORNOS ESPERADOS 7.1. O objetivo final dos controles é a aplicabilidade desta Política, bem como encontrar o equilíbrio entre a máxima probabilidade de retornos e a mínima probabilidade de perdas. 8. POTENCIAL CONFLITO NA ALOCAÇÃO 8.1. A O3 gere mais de um fundo de investimento com política de investimento similar, ou seja, mais de um fundo gerido pela O3 poderá investir em um determinado ativo Nesses casos, o Comitê de investimentos orientará a alocação das transações, sempre no melhor interesse dos fundos como um todo, valendo a observação de que, na O3, cada fundo tem um membro da equipe que é o responsável principal pelas alocação, sendo a pessoa capaz de justificar a realização de determinada transação Existem outros casos, com os FIP e ou fundos de investimento multimercado fechados, por exemplo, cujo regulamento e/ou o comitê de investimento interno são responsáveis por aprovar a aquisição de ativos, conforme orientação da O3. Nesse caso, o conflito é mitigado, pela participação do comitê do respectivo fundo na decisão de investimento Vale ressaltar que, por se tratar de gestora que realiza gestão de recursos próprios, o risco de conflito de interesse na locação dos ativos entre os seus diferentes fundos é atenuado, já que os investidores finais

5 têm interesses confluentes. De qualquer forma, existe um controle separado de cada carteira e os responsáveis tem o histórico de transações realizadas. São Paulo, de junho de 2016.