Modelos de Gestão de Águas Urbanas Urban Water Management Models. Rui Cunha Marques, PhD IST - Universidade Técnica de Lisboa

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1 Modelos de Gestão de Águas Urbanas Urban Water Management Models Rui Cunha Marques, PhD IST - Universidade Técnica de Lisboa rui.marques@ist.utl.pt Luanda, 24 a 27 de Setembro de 2013 CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE ENERGIA E ÁGUAS INTERNATIONAL CONFERENCE ON ENERGY AND WATER Centro de Convenções de Talatona, Luanda 24 a 27 de Setembro de 2013

2 Agenda 1 Introdução 2 Modelos do sector 3 Formas organizatórias 4 Conclusões

3 Introdução CARACTERÍSTICAS DO SECTOR

4 Introdução Serviço de Interesse Geral Satisfação das necessidades básicas da generalidade dos cidadãos e cuja existência seja essencial à vida, à saúde ou à participação social dos cidadãos (Marques, 2005) Serviço de Interesse Económico Geral (SIEG) Na vertente económica (auto-sustentabilidade) Princípios Serviço universal Continuidade Qualidade de serviço Acessibilidade Protecção do utilizador e consumidor

5 Serviços de água e saneamento, estes SIEG, caracterizam-se Competição imperfeita Assimetrias de informação Resultados indesejáveis Falhas de mercado Bens quase-públicos Externalidades

6 MODELOS DO SECTOR

7 Modelos do sector Actividade privada especialmente regulada - modelo inglês Configurações possíveis Delegação (e.g. concessão) a operadores privados - modelo francês Gestão pelo Estado - modelo de gestão pública A tendência futura Serviços licenciados Serviços contratualizados Direitos e obrigações definidos Numa sociedade moderna e desenvolvida a titularidade é um aspeto secundário, o que conta é o value for money.

8 Modelo Inglês Estado Regulação independente Bacia hidrográfica Operadores (privados) Consumidores/ Utilizadores Gestão dos sistemas à escala da bacia hidrográfica (regional); Controlo e supervisão dos sectores por regulação centralizada, mas independente; A regulação (económica) procura criar e simular o mercado, protegendo, desta forma, os utilizadores e as próprias empresas quanto ao eventual oportunismo. O baricentro do modelo são os utilizadores;

9 Modelo francês Politica Nacional Contrato (Direitos e obrigações) operadores Municípios Associação do Sector Supervisão Gestão Regional Baseia-se na concorrência no acesso ao mercado (franchising); O sucesso do modelo depende do número de concorrentes no acesso ao mercado e da eficácia da redacção do contrato; Exige sempre supervisão (regulação), sobretudo da qualidade de serviço.

10 Modelo de gestão pública Assegura, por intervenção direta no mercado como operador, o comportamento ótimo (bem-estar social); Na teoria, possibilidade de preços mais baixos e realização de mais objetivos sociais; Na prática, podem tornar-se ineficientes e apresentar grande instabilidade na sua gestão e na orientação estratégica de desenvolvimento; Falta de pressão do mercado, orçamento ilimitado, utilização dos recursos para autointeresse (teoria da public choice) e objetivos e estratégias definidas em função de cada Governo; O sucesso do modelo de gestão pública em alguns países não é específico do sector do saneamento (regulação transversal, autoregulação, regulação social, )

11 FORMAS ORGANIZATÓRIAS

12 Introdução Regie directa (serviços municipais /regionais) Parcerias públicopúblicas Empresas privadas (e.g concessões ou arrendamentos) Regie indirecta (e.g. serviços municipalizados) Empresas municipais (regionais) Empresas privadas (com activos privados) Grau de empresarialização

13 Gestão directa e indirecta A gestão directa dos sistemas de titularidade municipal/regional é realizada através dos respetivos serviços municipais (ou serviços regionais directos) ou municipalizados (ou intermunicipalizados). A diferença entre os serviços municipais/regionais e municipalizados (régie directa e indirecta) consiste no grau de autonomia administrativa e financeira (maior no segundo caso, em que existe orçamento próprio), embora em ambos os casos se trate de serviços integrados no município/região, cujas tarifas são fixadas pelos respetivos órgãos.

14 Empresa municipal/regional Composição Municípios (apenas); PPP. Ausência de risco de falência Falta de pressão Exploração de serviços de água e saneamento Viável Excesso de recursos Assimetria de informação 14

15 Empresa municipal/regional (de capitais mistos) Procedimento habitual: (1) Empresarialização dos serviços públicos locais (2) Seleção do parceiro privado para participação no capital da empresa (e.g. < 50%) Motivações Financiamento e limite ao endividamento Controlo do parceiro público Know-how privado e maior flexibilidade Pagamento ou renda por parte do privado/empresa Incentivos à maior eficiência e qualidade de serviço X 15

16 PPP do tipo contratual (concessões) onde uma entidade privada realiza obras pública ou gere um serviço público durante um determinado período, sendo remunerada pelos resultados financeiros da exploração/gestão ou directamente pelo contraente público (e.g. concessão de serviço público ou de obra pública). Concessão de obra pública BOT; BOOT; DBOOT; Concessão de serviço público Duração superior a 10 anos (incomplete contracts); Investimentos são responsabilidade do parceiro privado. RISCOS! (de produção; comerciais; de contexto) Regras básicas para o sucesso do modelo: Estudo de viabilidade económico-financeira (comparador do sector público) Concorrência no acesso ao mercado Alocação adequada de riscos Mecanismos de monitorização e incentivos ao desempenho

17 Qual a tendência futura? Modelos de gestão pública com contratos de gestão/arrendamento ou de prestação de serviços com o sector privado de curta duração; A experiência tem provado que os modelos concessórios (ou outras PPPs) que incluam investimentos significativos dificilmente são viáveis (custo de financiamento elevadíssimo e prémios de risco não sustentáveis); Mesmo os contratos de arrendamento, onde o risco comercial (cobrança) é assumido pela entidade privada, dificilmente são boas opções, sobretudo onde existe uma percentagem significativa de população peri-urbana; Na gestão dos serviços de água urbanos, o sector privado é, no entanto, necessário sobretudo nas componentes de assistência técnica e de capacitação e para prestação de serviços não integrados; O abastecimento de água e o saneamento rurais não podem ficar de fora, requerendo, no entanto, soluções fundamentalmente comunitárias onde a capacitação se torna essencial.

18 CONCLUSÕES

19 Conclusões A discussão do modelo óptimo dos serviços de águas urbanas é muitas vezes feita de forma ideológica e clubista, não reconhecendo que todos os modelos têm virtudes e problemas e que os resultados prendem-se mais com o desempenho dos seus protagonistas do que com a sua origem; Todos os modelos apresentados para os serviços de águas urbanas podem promover a sustentabilidade dos serviços de águas urbanas, nas suas diferentes vertentes, designadamente financeira, social e ambiental. Mais do que a natureza do modelo de gestão, no sector da água, tem de ser promovida a eficiência económica, a protecção dos interesses dos utilizadores (quanto às obrigações de serviço público), assegurar o autofinanciamento pelo serviço prestado e a estabilidade no seguimento das políticas inicialmente definidas para o sector para que o seu desenvolvimento possa ser robusto e sustentável.

20 Obrigado pela vossa atenção!! Rui Cunha Marques

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