COMPARISON OF CHEMICAL INSECTICIDES IN THE CONTROL OF WHITELY, Bemisia tabaci (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE), IN COTTON CROP

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1 EFICIÊNCIA DE INSETICIDAS QUÍMICOS NO CONTROLE DE NINFAS DE MOSCA-BRANCA Bemisia tabaci (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE) NA CULTURA DO ALGODOEIRO Renato Martins Garcia (Cefet Rio Verde / renatomg_84@yahoo.com.br), Oscar Arnaldo Batista Neto (Cefet Rio Verde), Juliana Maria de Paula (Cefet Rio Verde), Márcio Fernandes Peixoto (Cefet Rio Verde), Eduardo Moreira Barros (Cefet Rio Verde), Gilvane Luís Jacoby (Cefet Rio Verde). RESUMO - O objetivo desse experimento, conduzido na área experimental do Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde-GO, foi avaliar, aos 90 dias após a emergência, a eficiência de inseticidas químicos no controle de ninfas de mosca-branca no algodoeiro, variedade Makina-NK e 0,90 m de espaçamento entre fileiras. O experimento foi instalado sob delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Além da testemunha, o experimento constou de sete tratamentos químicos, nas respectivas dosagens de ingrediente ativo e formulação: piriproxifen-ec, 15 g.ha -1 em mistura com cartap-sp, 250 g.ha -1 ; piriproxifen-ec, 20 g.ha -1 em mistura com cartap-sp, 250 g.ha -1 ; piriproxifen-ec, 15 e 20 g.ha -1 ; cartap-sp, 250 e 500 g.ha -1 ; acetamiprid-sp, 40 g.ha -1. As aplicações de inseticidas foram realizadas com taxa de aplicação de 230 L.ha -1, utilizando pulverizador costal pressurizado a CO 2 à pressão de 2,8kgf.cm -2, equipado com seis pontas TeeJet na barra, espaçados de 0,5 m. Foi avaliado o número de ninfas de mosca-branca nas folhas do terço superior da planta, que foram recolhidas e levadas ao laboratório. Após a análise dos resultados, verificou-se que na avaliação realizada doze dias após aplicação, todos os tratamentos químicos apresentaram eficiência superior a 80%, exceto os tratamentos cartap-sp, 500 g.ha -1 (71%) e cartap-sp, 250 g.ha -1 (50%). Palavras-chave: controle químico, algodão, Bemisia tabaci COMPARISON OF CHEMICAL INSECTICIDES IN THE CONTROL OF WHITELY, Bemisia tabaci (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE), IN COTTON CROP ABSTRACT - The objective of that experiment, carried out in field test of CEFET, municipal district of Rio Verde, Goiás State, was to evaluate, at 90 days after the emergency, the effectiveness of chemical insecticides in the control of whitefly nymphs cotton crop, variety MAKINA-NK and 0,90m among rows. The experiment was installed under randomized blocks designs, with four replications. Besides the check, the experiment consisted of seven chemical treatments, in the respective dosages of active ingredient and formulation: pyriproxyfen EC, 15 g.ha -1 em mistura com cartap SP, 250 g.ha -1 ; pyriproxyfen EC, 20 g.ha -1 em mistura com cartap SP, 250 g.ha -1 ; pyriproxyfen EC, 15 g.ha -1 ; pyriproxyfen EC, 20 g.ha -1 ; cartap SP, 250 g.ha -1 ; cartap SP, 500 g.ha -1 ; acetamiprid SP, 40 g.ha -1. The applications of insecticides were accomplished with rate of application of 230 L.ha -1, using pressurized costal pulverizer (CO 2 ) at pressure of 2,8kgf.cm -2, equipped with six tips TeeJet in the bar, spaced of 0,5 m. The number of whitefly nymphs was evaluated in the leafs of the superior third of the plant. After the analysis, it was verified that in the evaluation accomplished twelve days after application, all of the treatments presented superior efficiency to 80%, except the treatments cartap SP, 500 g.ha -1 (71%) and cartap SP, 250 g.ha -1 (50%). Key words: chemical control, cotton, acetamiprid

2 INTRODUÇÃO Atualmente a mosca-branca Bemisia tabaci biótipo B vem causando severos danos às diversas culturas, inclusive ao algodoeiro (FRANÇA et al., 1996). A primeira constatação da presença desse inseto no Brasil foi feita no Estado de São Paulo no início da década de 90 (LOURENÇÃO e NAGAI, 1994). Rapidamente nos anos seguintes, esse inseto atingiu as principais fronteiras do país (FRANÇA, 1996). Nos últimos anos, a mosca-branca passou a ser considerada uma das piores pragas da agricultura, em âmbito mundial (UNIDADE AGRO BASF, 2002). Além dos danos diretos, por ocasião da sucção da seiva e injeção de toxinas por ninfas e adultos, esses insetos também podem provocar danos indiretos, pois têm a habilidade de transmitir viroses e de favorecer o desenvolvimento de fungos saprófitas, geralmente do gênero Capinodium ( Fumagina ), os quais se desenvolvem sobre as substâncias açucaradas excretadas pelos insetos, especialmente em folhas e frutos (LOURENÇÃO e NAGAI, 1994). Esses fungos, além de prejudicar os processos fisiológicos da folha (HENDRIX e WEI, 1992 apud VALLE et al., 2002), diminuindo o processo fotossintético, podem afetar a qualidade da produção, pois quando estes incidir sobre os capulhos, causam manchas na fibra (UNIDADE AGRO BASF, 2002), diminuindo assim o seu valor comercial. Segundo Bellows Junior e Perring (1994), a B. tabaci Biótipo B é mais agressiva que a B. tabaci Biótipo A, apresentando as mesmas características morfológicas, porém possui maior resistência a inseticidas, adaptação em diversas regiões e climas diferenciados, transmissão de vírus diferentes em diversas plantas e diferentes hospedeiros. Apesar do controle biológico da mosca-branca ser muito eficiente, por possuir diversos inimigos naturais para seu controle (FAION, 2004), o controle químico tem sido mais utilizado, por ocasião do seu efeito rápido sobre a praga. O piriproxifen, análogo do hormônio juvenil, tem atuação reconhecida sobre cochonilhas e mosca-branca (De COCK et al., 1995 apud VALLE et al., 2002). É um dos inseticidas mais utilizados no contole de mosca branca. Assim, desenvolveu-se o presente trabalho com o objetivo de avaliar a eficiência do piriproxifen, em mistura com o cartap e ambos separadamente, além de avaliar a eficiência do acetamiprid no controle de ninfas de Bemisia tabaci. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instalado e conduzido no mês de março de 2005, na área experimental do Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde, município de Rio Verde-GO, a variedade utilizada foi a MAKINA-NK, pulverizando aos 90 dias após a emergência. O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições, com parcelas constituídas de quatro linhas de 5,0 m, com espaçamento de 0,9 m. Além da testemunha, os tratamentos em g.ha -1 de ingrediente ativo (ia) e respectivas formulações foram: piriproxifen EC, 15 g.ha -1 em mistura com cartap SP, 250 g.ha -1 ; piriproxifen EC, 20 g.ha -1 em mistura com cartap SP, 250 g.ha -1 ; piriproxifen EC, 15 g.ha -1 ; piriproxifen EC, 20 g.ha -1 ; cartap SP, 250 g.ha -1 ; cartap SP, 500 g.ha -1 ; acetamiprid SP, 40 g.ha -1. A pulverização dos inseticidas foi realizada com taxa de aplicação de 230 L.ha -1, à pressão constante de 2,8kgf.cm -2 (CO 2 ), utilizando pulverizador costal, equipado com seis pontas TeeJet , espaçados de 0,5 m na barra.

3 As avaliações foram realizadas aos 2, 5, 10 e 15 dias após a aplicação dos tratamentos. A amostragem foi feita recolhendo-se 10 folhas do terço superior das duas linhas centrais de cada tratamento. As folhas foram levadas para o laboratório, e com o auxílio do estereo-microscópio fez-se a contagem de ninfas. Foram realizadas 3 visadas de 0,7 cm 2, ou seja, 2,1 cm 2 em cada folha para a determinação do número de ninfas de mosca-branca. As análises dos dados foram realizadas utilizando o Software SAS, Procedure anova/repeated-time utilizando-se o teste de Duncan, a 5% de significância. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após a aplicação dos inseticidas fez-se, em quatro épocas, a contagem do número de ninfas de mosca-branca em 10 folhas do terço superior da planta por parcela. Na avaliação realizada dois dias após a aplicação (Tab. 1), os tratamentos não diferiram da testemunha, quanto ao número de ninfas. Observa-se também, que quanto a eficiência, os que obtiveram melhores resultados foram os tratamentos acetamiprid SP, 40 g.ha -1 (42%) e piriproxifen EC, 15 g.ha -1 em mistura com cartap SP, 250 g.ha -1 (37%). Aos cinco dias após aplicação, apenas três tratamentos diferiram da testemunha, são eles: piriproxifen EC, 15 g.ha -1 em mistura com cartap SP, 250 g.ha -1 ; piriproxifen-ec, 15 g.ha -1 e acetamiprid-sp, 40 g.ha -1. Tabela 1. Número médio 1 de ninfas de folha e eficiência de inseticidas, na redução populacional de ninfas de mosca-branca (Bemisia tabaci), aos dois e cinco dias após a aplicação de inseticidas químicos na cultura do algodão, variedade Makina-NK. Rio Verde-GO, Tratamentos Dias após aplicação Nome i.a. 2 daa 5 daa Comercial Técnico g.ha -1 N E (%) N E (%) Testemunha - - 8,2 a - 6,5 a - Cordial Piriproxifen 15 5,18 a 37 3,28 bc 50 Thiobel Cartap 250 Cordial Piriproxifen 20 7,85 a 4 3,68 abc 45 Thiobel Cartap 250 Cordial Piriproxifen 15 6,38 a 22 2,33 c 64 Cordial Piriproxifen 20 8,5 a - 3,3 abc 49 Thiobel Cartap 250 8,5 a - 3,8 abc 42 Thiobel Cartap 500 9,5 a - 5,7 ab 12 Mospilan Acetamiprid 40 4,75 a 42 1,3 c 80 CV (%) Número médio de ninfas em 2,1cm -2 amostrando 10 folhas do terço superior das plantas Pela avaliação realizada aos sete dias após aplicação (Tabela 2), verifica-se que os inseticidas apresentaram melhor eficiência em relação às avaliações aos dois e cinco dias após aplicação. Na avaliação todos os tratamentos diferiram da testemunha, porém não diferiram entre si. Os tratamentos,

4 piriproxifen-ec, 15 g.ha -1 em mistura com cartap-sp, 250 g.ha -1 e piriproxifen-ec, 20 g.ha -1 em mistura com cartap-sp, 250 g.ha -1, foram os que apresentaram melhor eficiência, acima de 90%. Na última avaliação, realizada aos quinze dias após a aplicação dos inseticidas, os tratamentos apresentaram queda de eficiência em relação à avaliação anterior. Nesta avaliação todos os inseticidas diferiram da testemunha, exceto piriproxifen-ec, 20 g.ha -1 e cartap-sp, 500 g.ha -1. Tabela 2. Número médio 1 de ninfas de folha e eficiência de inseticidas, na redução populacional de ninfas de mosca-branca (Bemisia tabaci), aos dez e quinze dias após a aplicação de inseticidas químicos na cultura do algodão, variedade Makina-NK. Rio Verde-GO, Tratamentos Dias após aplicação Nome i.a. 10 daa 15 daa Comercial Técnico g.ha -1 N E (%) N E (%) Testemunha 3,5 a - 1,5 a - Cordial Piriproxifen 15 Thiobel Cartap 250 0,33 b 91 0,35 b 77 Cordial Piriproxifen 20 Thiobel Cartap 250 0,35 b 90 0,45 b 70 Cordial Piriproxifen 15 0,45 b 87 0,55 b 63 Cordial Piriproxifen 20 0,55 b 84 0,7 ab 53 Thiobel Cartap 250 1,53 b 50 0,45 b 70 Thiobel Cartap 500 1,0 b 71 0,9 ab 40 Mospilan Acetamiprid 40 0,67 b 81 0,45 b 70 CV(%) Número médio de ninfas em 2,1cm -2 amostrando 10 folhas do terço superior das plantas CONCLUSÃO Analisando as quatro avaliações, os tratamentos não obtiveram eficiência satisfatória. O acetamiprid-sp, 40 g.ha -1 foi o único tratamento que obteve eficiência satisfatória em duas avaliações.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UNIDADE AGRO BASF. Atualidades agrícolas. São Bernardo do Campo: Unidade Agro Basf S.A, p. BELLOWS JUNIOR., T. S.; PERRING, T. M.; GILL, R. J.; HEADRICK, D. H. Description of a species of Bemisia (Homoptera: Aleyrodidae). Annals of the entomological Society of America, v. 87, p , FAION, M. Toxicidade de agrotóxicos utilizados no controle de Bemisia tabaci Biótipo B, sobre fungos entomopatogênicos. Piracicaba: Esalq USP, Dissertação Mestrado Escola Superior Luiz de Queiroz Piracicaba. FRANÇA, F. H.; VILLAS BÔAS, G. L. V.; BRANCO, M. C. Ocorrência de Bemisia argentifolii Bellows & Perring (Homoptera: Aleyrodidae) no Distrito Federal. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, v. 25, p , LOURENÇÃO, A. L.; NAGAI, H. Surtos populacionais de Bemisia tabaci no Estado de São Paulo. Bragantia, v. 53, p , DO VALLE, G. E.; LOURENÇÃO, A. L.; NOVO, J. P. S. Controle químico de ovos e ninfas de Bemisia tabaci biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae). Sci. agric., v. 59, n. 2, 2002.