TEORIA GERAL DOS RECURSOS

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1 TEORIA GERAL DOS RECURSOS ESTUDAREMOS NESTE MODULO: NATUREZA JURIDICA E CONCEITO; CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS; SISTEMA RECURSAL; PRINCÍPIOS RECURSAIS NO PROCESSO DO TRABALHO; PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS GENÉRICOS DOS RECURSOS TRABALHISTAS; a. REMESSA NECESSÁRIA b. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS (ART. 893 ao art. 901 DA CLT). Etimologicamente recurso significa a repetição de um caminho anteriormente percorrido. Daí o que se dizer que a doutrina majoritária entende como natureza jurídica dos recursos, como a continuação do procedimento, atuando como prolongamento do exercício do direito de ação dentro do processo. 1. Quanto a sua classificação: Quanto à autoridade a que se dirige. Quanto assunto Quanto extensão ao à Próprio Impróprio Ordinário Extraordinário Total Julgados por órgão superiores. Julgados ao mesmo juiz prolator. Visam a obter a revisão do julgamento em atenção às garantias constitucionais, devolvendo ao Tribunal ad quem o exame completo. Versam eminentemente sobre matéria de direito, sendo vedado ao órgão prolator o exame de matéria probatória sumula 126 do TST. Quando ataca todo o conteúdo da decisão judicial.

2 Parcial Quando ataca apenas parte do conteúdo da decisão. Quanto a forma Principal Recurso propriamente dito. Quanto ao erro judicial Adesivo In procedendo In judicando Adere ao principal, mas com esse não tem correlação (sumula 283 do TST). Visa anular o erro formal Visa a reforma da sentença 2. Sistema recursal Ampliou-se a competência da Justiça do Trabalho, quanto a matéria, contudo, é providente lembrarmos que no sistema recursal, permanece os mesmo procedimentos (IN, nº 27, de 2005, art. 2º). 2.1 Sistema recursal ampliativo Admitem inúmeros recursos, dar aos litigantes o amplo direito de impugnação das decisões judiciais. Para esse sistema, não existe decisão irrecorrível. 2.2 Sistema recursal limitativo Afirma que nem toda decisão judicial são impugnadas por recursos. Exemplo: lei nº 5.584/70, art. 2º, 4º. 3. Princípios Recursais do Direito Processual do Trabalho: 3.1 Do duplo grau de jurisdição Forma implícita na CF/1988, art. 5º, incisos LIV, LV, LVI, 2º e 3º. Sumula 356 do TST. Sumula 303 do TST (Recurso de oficio da Fazenda pública_ exceção). 3.2 Princípio da concentração ou irrecorribilidade as decisões interlocutórias: No Direito Processual do Trabalho, a regra geral é o da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, salvos as terminativas de feito (art. 799, 2º da CLT) e a prevista na sumula 214 do TST alínea c (art. 893 da CLT sumula 214 do TST).

3 A sumula 214 do TST, criou algumas exceções a mais a recorribilidade das decisões interlocutórias: CLT). Decisões interlocutórias terminativas de feito (art. 799, 2º da Recurso para o mesmo Tribunal (decisão monocrática do relator que defere ou indefere liminar) _ Agravo regimental. Exceção de incompetência em razão do lugar quando o juiz enviar os autos para Tribunal distinto do seu _ Recurso Ordinário. Decisões dos TRT s contrárias a sumulas ou orientações jurisprudenciais do TST. Quando o juiz mantiver o valor da causa fixado para fins de alçada, poderá a parte formular pedido de revisão, que será julgado pelo Presidente do Tribunal ao qual está vinculado o juiz prolator da decisão (Lei nº /70, art. 2º, 1º e 2º). Assim interposto o recurso contra da decisão final, o recorrente deverá suscitar, como matéria de preliminar de razões recursais, todas as matérias protestadas e consignadas em ata ou em petição própria (exceção). 3.3 Princípio da manutenção dos efeitos da sentença: Expõe o art. 899 da CLT que os recursos trabalhistas terão sempre efeitos meramente devolutivos. Desta forma não existe a necessidade do juiz declarar os efeitos em que recebe o recurso, para remetê-lo ao juiz ad quem. O efeito devolutivo é inerente ao todos os recursos, em que consiste em submeter a matéria impugnada a novo julgamento. Em que em regra, os efeitos dos recursos, na justiça do trabalho, têm somente efeitos devolutivos. Assim podendo a parte, com a carta de sentença proceder à execução provisória do julgado, até a penhora dos bens. O efeito suspensivo, não admitido, em regra no processo do trabalho, tem a função de impedir o inicio da execução da sentença impugnada.

4 Alguns recursos podem tem o efeito suspensivo, nos casos (IN nº. 24 do TST): No dissídio coletivo poderá o Presidente do TST, quando formulado pedido pela parte recorrente, conceder o efeito suspensivo, a recurso ordinário interposto à decisão normativa da justiça do trabalho. Chamamos a atenção: O Presidente dos TRT s, não tem essa faculdade de conceder efeito suspensivo ao recurso de revista. No dissídio individual, por meio de uma cautelar inominada, desde que comprovado o perigo da demora e a fumaça do bom direito. 3.4 Princípio da singularidade, unirecorribilidade ou unicidade recursal: Explica-se ele pela impossibilidade de mais de um recurso contra a mesma decisão. Assim, os recursos podem ser utilizados sucessivamente, mas não simultaneamente. 3.5 Princípio da dialeticiadade e discursividade: Apesar do art. 899 da CLT, prever que os recursos devem ser interpostos por simples petição, seguimos o entendimento da doutrina majoritária, que o recorrente deve indicar precisamente a matéria que quer impugnar. Assim se o empregado ajuíza a ação pedindo, férias, 13º salário e aviso prévio; sendo que a sentença julgar procedente apenas o aviso prévio e improcedente o direito as férias e ao 13º salário. Neste caso, a parte devera recorrer indicando, além dos fatos e fundamentos, reiterar o pedido das férias e do 13º salário. Cabe ao recorrente indicar no apelo as razões com que impugna a decisão, para que ela possa ser reexaminada pelo mesmo ou outro órgão julgador.

5 3.6 Princípio da proibição da reforma em prejuízo da parte (reformatio em perjus): Proíbe que no julgamento de um recurso, o órgão judicante superior profira decisão pior de resultado da ação recorrente. No entanto, devemos ressaltar que o princípio em tela não tem o condão de alcançar aquelas questões de ordem pública, conhecidas de oficio (efeito translativo) em qualquer grau de jurisdição ordinária. Assim como é prudente destacarmos que tal principio não vigora absoluto, quando se tratar de sucumbência recíproca. 4. Pressupostos Recursais genéricos: A admissibilidade dos recursos, em geral, está condicionada a satisfação de certos pressupostos previsto em lei. A doutrina classifica esses pressupostos genéricos, cabíveis em qualquer espécie de recurso, como pressupostos subjetivos e pressupostos objetivos, que devem estar presentes em qualquer recurso, juntamente dos pressupostos específicos inerentes a cada recurso em espécie. 4.1 Pressupostos subjetivos (intrínseco) Dizem respeito à pessoa do recorrente. São eles: a) Legitimidade: habilitação conferida por lei, (art. 499 do CPC) a pessoa que tenha participado como parte do processo em primeiro grau de jurisdição, ainda que revel. (Obs.: art. 898 da CLT). As partes, o terceiros interessado (art. 10 e 448 do CPC), e o Ministério Público do Trabalho (art. 83, VI, da LC nº. 75/93). Observatório Jurídico Se o assistente foi aceito pelo juízo a quo e atingido, solidaria ou subsidiariamente, pela condenação, também possui legitimidade para recorrer.

6 b) Capacidade: o recorrente do momento do recurso seja plenamente capaz. c) Interesse: é a utilidade acrescida de necessidade para recorrer, além da sucumbência do requerente recursal. 4.2 Pressupostos objetivos (extrínseco) a) Recorribilidade do ato: Expõe a norma que o ato impugnado somente poderá haver recurso se inexistir óbices ao exercício do direito de recorrer. Chamamos a atenção: Alguns atos judiciais, na Justiça do Trabalho, não são passíveis de recursos: Causas de alçada (Lei nº /70). Os despachos de mero expediente (art. 504 do CPC). As decisões interlocutórias (art. 893, 1º e sumula 214 do TST). Quando verificado que o ato atacado não é passível de recurso, ou seja, irrecorrível, deverá: - não admitir (juízo a quo), ou; - não conhecer do recurso (juízo ad quem). b) A adequação: É necessária que a utilização da forma do recurso esteja em conformidade com a decisão impugnada, ou seja a parte que vai recorrer deve utilizar o recurso correto. Contudo, no direito processual do trabalho, levando se em conta o jus postulandi da parte, há casos em que o órgão julgador conhece de um recurso inadequadamente interposto por outro previsto em lei, em decorrência do principio da fungibilidade (conversibilidade), com ressalva, quando comprovada má-fé ou erro grosseiro.

7 c) A tempestividade: O direito de recorrer deve ser exercido no prazo legal fixado. Os prazos fixados para os recursos no Direito Processual do Trabalho são de 8 dias, ressalvados os embargos de declaração, que são de 5 dias. Devem ser contados da data da intimação da sentença ou do acórdão (sumula 1, 16, 197 e 30 do TST). Já os prazos para a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, as suas autarquias e fundações públicas, o prazo é computado em dobro, ou seja, em 16 dias. Quanto ao Ministério Público do Trabalho, os prazos também sempre são contados em dobro, seja ele agente ou interveniente no processo (art. 188 da CPC) 1. Expõe o art. 191 do CPC c/c 796 da CLT, que os litisconsortes que tem diferentes procuradores, os prazos, ser-lhe-ão, também contados em dobro. Contudo, dispõe em contrario a OJ 310 da SDI-1 do TST, enumerando que a regra contida no art. 191 do CPC, é inaplicável no processo do trabalho, por ser incompatível com o princípio da celeridade, inerente ao ramo especializado processual do trabalho. Neste caso, proposto o recurso fora do prazo, antes ou depois do prazo, será esse intempestivo, não dando seguimento o juízo à quo ou não o conhecendo o juízo ad quem. Por força do Regimento Interno do TST, art. 177, 1º, o recesso forense trabalhista que acontece de 20 de dezembro a 6 de janeiro, suspende os prazos recursais (sumula 262 do TST). d) Regularidade da representação: 1 LEITE, Carlos Henrique B. (2009, p. 622).

8 No Direito Processual do trabalho, já falamos incansavelmente que as partes (empregado e empregador) poderão postular em nome próprio, sem necessariamente ser obrigado a ser representado por um advogado. Mas na prática, o que realmente ocorre, é a assistência do advogado (particular) ou do advogado (do sindicato), patrocinando a acusação e defesa das partes no processo. Neste caso, a parte quando representada por um advogado, este deverá estar devidamente constituídos nos autos, por meio de instrumento de mandato (procuração), ou por mandato tácito (s. 164 do TST), advogado é aquele que praticar no curso do processo, diversos atos processuais em representação da parte. Preceitos jurisprudenciais sobre a representação - Sumula 383 do TST; - OJ da SDI 1 do TST: nº. 371: falta de data no substabelecimento; - OJ da SDI 2 do TST: nº. 151: mandato com poderes específicos para reclamação não se estende ao Recurso; - OJ da SDI 1 (transitória) do TST: nº. 65: representação da União (apresentar ata de designação). e) O preparo: Diferentemente do direito processual civil, onde se exige apenas o pagamento das custas processuais recursais, no Direito Processual do Trabalho, tanto as custas como também o deposito recursal é exigido na qualidade de preparo. Custas processuais (despesas processuais) - Processo de Conhecimento (art. 789 da CLT). É uma espécie de tributo (taxas), devida ao Estado como contraprestação do serviço público. Art. 789: porcentagem: 2%, observando o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos). Essa porcentagem incidirá, sobre o valor acordado, ou liquidado pelo juiz, ou sobre o valor da causa 2. Deverão ser pagas e comprovadas o respectivo recolhimento dentro do prazo recursal. Art. 789, 1º da CLT. 2 Instrução Normativa 27/2005.

9 São isentos de pagamento das custas. Devem ser fixadas na sentença. Em caso de omissão (Embargos de declaração) art. 832, 2º da CLT e sumula 53 do TST. Pagamento: Documento de arrecadação de receita federal DARF, em 4 vias, onde a primeira ficará com o banco, a segunda anexada no processo, a terceira entregue a secretaria do órgão judicante a quarta ficara com quem pagou 3. Os beneficiários da justiça gratuita, tanto aquele que tem a assistência gratuita do sindicato (Lei nº /70), assim como o beneficiário da gratuidade das custas (art º da CLT). As pessoas jurídicas de direito público. O Ministério Público do Trabalho. A massa falida (sumula 86 do TST). No caso dos dissídios coletivos do trabalho, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas (art. 789, 4º da CLT). Inversão do ônus da sucumbência. Sumula 25 do TST: vencedora na primeira instancia, mas vencida na segunda, está obrigada, independe de intimação, as custas fixadas na sentença originaria, das quais ficam isenta a parte então vencida. As custas processuais quando não pagas em foram e tempo oportuno, será aplicado ao recorrente o instituto da deserção. Deposito recursal (art. 899, 1º a 6º da CLT). Sumula 128 do TST Limites do deposito (IN nº. 27/2005) Somente será devido se a sentença condenatória impuser ao vencido a obrigação de caráter pecuniário (sumula 161 do TST). O beneficio da justiça gratuita isenta a parte de pagar as custas processuais, não o deposito. Somente será exigido ao empregador ou tomador do serviço. O recolhimento do deposito antes do recurso e sua respectiva comprovação devem ser feitos em guia própria (instrução normativa nº. 26/2004 do TST) e dentro do prazo referente a interposição do recurso, sob pena de serem considerados deserto o recurso (IN nº. 27/2005). As pessoas jurídicas de direito público, o Ministério Público e a massa falida (sumula 86 do TST) não estão sujeitos ao recolhimento do deposito. Recurso Ordinário: R$ 5.621,90 Recurso de revista, embargos e recursos extraordinários: R$ ,81. Recurso em ação rescisória: R$ ,81. 3 Instrução Normativa 20/2002.

10 Disponível no site: Acesso em 09 de out de Sobre as guias de deposito: CEF_ disponível no site: BB_ disponível no site: Acesso em 09 de out de Juntada de documentos (sumula nº. 8 do TST): Somente será possível se comprovado: Justo impedimento para a sua apresentação na primeira instancia; Fato posterior a sentença. 6. Remessa Necessária (Decreto 779/69) Causas trabalhistas em que figurarem a União, Estados e o Distrito Federal, bem como suas respectivas autarquias e fundações que não exporem atividades econômicas, haverá recurso ordinário ex oficio das decisões que lhes sejam total ou parcialmente contrárias. Questiona Leite que o recurso compulsório não possui natureza de recurso, pois não seria sensato que o juiz recorresse de sua própria decisão. Trata-se ele de uma formalidade exigida por lei, para que a decisão possa transitar em julgado. Assim a remessa necessária, não é recurso, não comporta contra razões, nem recurso adesivo. Cumpre ressaltar que não só as sentenças desfavoráveis as pessoas jurídicas de direito público estão sujeitas ao duplo grau de jurisdição obrigatório. Os acórdão proferidos em ações aforadas originariamente perante o TRT, como as ações rescisórias e o mandado de segurança, com resultados

11 desfavorável também devem ser submetidas a remessa necessária. Assim, toda decisão somente produzirá efeito se confirmada pelo juízo ad quem. O Tribunal Superior do Trabalho, editou a sumula 303 que dispõe que: FAZENDA PÚBLICA DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, mesmo na vigência da Constituição Federal de 1988 decisões contrárias à Fazenda Pública. OJ n. 334 da SDI 1. Segundo entendimento do TST, a inexistência de recurso ordinário voluntario do ente público implica o não conhecimento do recurso de revista por ele interposto. 7. Aplicabilidade do art. 475 do CPC á Justiça do trabalho: Não está sujeita ao reexame necessário: valor de até 60 salários mínimos; Sobre a remessa necessária, ver nota na sumula 303 do TST. 8. Recurso interposto por fax Após a edição da Lei nº /99 pacificou o entendimento de admitir-se o recurso interposto por fax desde que a peça originaria seja entregue em juízo, necessariamente, até cinco dias da data do termino do prazo recursal (sumula 387 do TST). No entanto, a parte que optar pelo uso do sistema de fax, fica responsável pela fidelidade do material de transmissão e por sua entrega no órgão judiciário (Lei nº /99, art. 4º). E a não observância dessa regra, implica em litigância de má-fé.

12 A uniformização da informatização do processo civil, penal e trabalhista, deu-se em 19 de dezembro de 2006, pela Lei nº , permitindo o uso do meio eletrônico na tramitação do processo judicial, comunicação dos atos e transmissão das peças processuais (admitido mediante uso da assinatura eletrônica, sendo obrigatório o credenciamento prévio no Poder Judiciario). Sobre a uniformização do recurso interposto por meio eletrônicos, o TST editou a IN nº. 30/2007. E sobre a informatização, a lei permiti sua utilização, mas não o torna obrigatória. 9. Contra razoes (art. 900 da CLT): É a defesa do que foi demandado contra ele o recurso, consagrado pelo princípios do contraditório e ampla defesa, após a interposição do recurso, abre- se vistas ao recorrido o mesmo prazo do recurso, de 8 dias para falar nos autos sobre o recurso proposto. As pessoas de direito público dispõem de prazos em dobro para recorrer, mas não para contra - razoar. Na remessa necessária não comporta contra razoes. 10. Recursos Interpostos por Terceiros, pelo Ministério Público e pela Previdência Social (art. 499 do CPC). Incubem ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida a apreciação judicial. O interesse do terceiro deve ser jurídico e não eminentemente econômico. Quanto ao Ministério Público do Trabalho sua legitimidade é reconhecida tanto quando atua como órgão agente (parte) como naqueles que oficio como órgão interveniente (fiscal da lei) (LC 75/93, art. 83, VI).

13 Quanto ao recurso do INSS, dispõe o art. 832, 4º da CLT que contra decisão que homologa acordo celebrado entre as partes. A jurisprudência trabalhista ainda é vacilante a respeito do cabimento do Recurso Ordinário. Alguns afirma que o dispositivo da CLT (art. 832, 4º) deve ser interpretado no sentido lato, não como recurso (em espécie), mas como meio de impugnação. 11. Juízo de admissibilidade do recurso Os recursos de modo geral estão sujeitos a dois juízos de admissibilidade, um feito pelo juízo a quo e outro feito pelo juízo ad quem. Esses pressupostos de admissibilidade limitava ao exame de pressupostos objetivos e subjetivos dos recursos. Ressalvado o Embargo de Declaração, só há um juízo de admissibilidade que é exercido pela própria autoridade que proferiu a decisão recorrida. Contudo, a partir de 1995, com a edição do artigo 557 do CPC, o relator que faz o segundo juízo de admissibilidade pode negar seguimento ao recurso quando manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou contrario a sumula do STF ou dos tribunais superiores (IN 17/2000). Ressalvados os recursos de revistas, embargos e os agravos de instrumentos. No que diz respeito a aplicação do art. 518 do CPC, afirma Leite ser perfeitamente aplicável na Justiça do trabalho, assim, o juiz prolator da sentença, ao receber o recurso ordinário, deverá examinar o conteúdo da própria sentença diante das sumulas do STF e do TST e, conseqüentemente, o mérito, do próprio recurso ordinário interposto.