Revista Brasileira de Ensino de Fsica, vol. 22, no. 3, Setembro, Fen^omenos Crticos em Sistemas Magneticos: Teoria

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1 Revista Brasileira de Ensino de Fsica, vol. 22, no. 3, Setembro, Fen^omenos Crticos em Sistemas Magneticos: Teoria Sergio L. A. de Queiroz Instituto de Fsica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cx P 68528, Rio de Janeiro RJ, Brazil Recebido em 25 de Fevereiro, Aceito em 25 de maio, 2000 Revisamos a teoria moderna de transic~oes de fase e fen^omenos crticos, introduzindo os conceitos basicos de universalidade e teoria de escala em transic~oes de segunda ordem. As conex~oes entre sistemas{modelo e experi^encia s~ao analisadas no caso especco de uoretos de rubidio e cobalto, descritos pelo modelo de Ising bidimensional. Introduzimos a teoria de escala de sistemas nitos, e alguns aspectos conceituais de invari^ancia conforme, em suas conex~oes com sistemas magneticos. Aplicac~oes a sistemas desordenados, em particular aqueles com diluic~ao e em campo aleatorio, s~ao consideradas. I Introduc~ao As teorias modernas de transic~oes de fase e fen^omenos crticos tiveram sua origem na decada de 60, quando os conceitos basicos de universalidade e escala de func~oes termodin^amicas foram introduzidos, bem como os princpios do procedimento de calculo associado, o grupo de renormalizac~ao. Refer^encias pioneiras classicas s~ao o artigo de Kadano e colaboradores [1], e o livro de Stanley [2]. Livros-texto mais recentes incorporam progressos posteriores [3], e detalham implementac~oes do grupo de renormalizac~ao. A colec~ao Domb/Green (hoje Domb/Lebowitz) [4] e um registro dos principais avancos no campo desde os anos 70. Todas as refer^encias acima tratam tanto de uidos quanto de magnetos. Especializando para sistemas magneticos, o artigo de De Jongh e Miedema [5] e uma excelente fonte de dados experimentais e comparac~ao com a teoria cobrindo o perodo ate 1974.Tanto acima quanto no que segue, as refer^encias antigas citadas t^em sua falta de atualidade compensada pela clareza de exposic~ao de princpios basicos. II Fenomenologia conceitos basicos Uma transic~ao de fase em um sistema e caracterizada por singularidades nas suas func~oes termodin^amicas: energia livre e derivadas correspondentes, como magnetizac~ao e susceptibilidade [2]. Nos casos mais simples, estas singularidades ocorrem para valores crticos bemespecicados dos par^ametros externos especializando no resto desta sec~ao para ferromagnetos homog^eneos, os par^ametros externos relevantes (tanto no sentido usual da palavra quanto no contexto do grupo de renormalizac~ao [3]) s~ao: temperatura T ecampomagnetico uniforme H. O par^ametro de ordem e a quantidade (magnetizac~ao a campo zero, nos casos de interesse aqui) que e n~ao-nula na fase ordenada, de baixa temperatura, e zero na fase desordenada a altas temperaturas. A magnetizac~ao e singular (o que n~ao implica necessariamente diverg^encia, nem descontinuidade) a temperatura crtica T c, que divide o eixo T entre as duas fases citadas. A ordem de uma transic~ao e a ordem mais baixa de derivada da energia livre que apresenta descontinuidade uma transic~ao de primeira ordem e caracterizada por descontinuidade da magnetizac~ao, enquanto para uma transic~ao de segunda ordem a magnetizac~ao vai a zero continuamente quando a temperatura se aproxima de T c por valores inferiores (T! T ; c ), mas a susceptibildade a campo uniforme e descontnua (na verdade, diverge, nos casos de interesse). No primeiro caso tem-se coexist^encia de duas fases distintas (ordenada e desordenada) no ponto de transic~ao: e semelhante ao fen^omeno de vaporizac~ao da agua a 100 o C e press~ao de 1 atmosfera, onde lquido e gas ocorrem ao mesmo tempo em pontos diversos da amostra. No segundo caso, a fase ordenada se transforma continuamente na fase de alta temperatura quando T! T c ;,e vice-versa quando T! T c + acontece aqui que a fase ordenada se torna indistinguvel daquela desordenada porque as utuac~oes do par^ametro de ordem (a serem denidas quantitativamente a seguir) ocorrem em todas as escalas de dist^ancia quando o sistema se aproxima do ponto crtico. Em uma transic~ao de primeira ordem, as utuac~oes t^em um alcance nito (tamanho tpico das Apresentado na 2a. Escola Brasileira de Magnetismo Jorge Andre Swieca, Rio de Janeiro, agosto de 1999

2 340 Sergio L. A. de Queiroz bolhas, na analogia com a transic~ao lquido-gas). Para estudar utuac~oes, vamos denir a func~ao de correlac~ao G(R)entre dois spins 0 e R situados a uma dist^ancia R entre si como: G(R) =h 0 R i;h 0 ih R i (1) onde hi eamedia termodin^amica de uma quantidade portanto G(R) e a probabilidade condicional de que o spin em R aponte em uma certa direc~ao, dado que o spin na origem tambem aponta para la. O segundo termo a direita na Eq. (1) garante que se esta descontando a possibilidade de os spins serem paralelos n~ao devido a correlac~ao direta entre eles, mas por se estar numa fase de baixa temperatura, onde a magnetizac~ao espont^anea tende a alinhar todos os spins na mesma direc~ao. Com esta denic~ao, espera-se que G(R) se comporte como: G(R) exp (;R=(T )) R d;2+ (2) onde e um dos expoentes crticos e (T )e o comprimento de correlac~ao, o qual da a escala do alcance das correlac~oes entre utuac~oes (da magnetizac~ao, no caso). De fato, como a magnetizac~ao e M P R R, G(R) esta relacionada a dispers~ao M 2 hm 2 i;hmi 2 pelo teorema de utuac~ao- dissipac~ao [2, 3]. Proximo a uma transic~ao de segunda ordem, com t T=T c ; 1, o comprimento de correlac~ao (ou seja, o alcance das correlac~oes entre utuac~oes) diverge como (t) jtj ; (3) onde em princpio poderia haver dois expoentes crticos distintos e 0 dependendo se t>0ou< 0, porem as teorias de escala prev^eem, e a experi^encia con- rma [2, 3], = 0. Em T c a Eq. (2) mostra que as correlac~oes decaem como uma lei de pot^encia, G(R) R ;(d;2+) onde o expoente temonomededimens~ao an^omala (as antigas teorias de campo medio previam 0 em qualquer sistema). A consequ^encia disto e que correlac~oes ocorrem em todas as escalas de dist^ancia, e o sistema se torna invariante por transformac~oes de escala [1, 2, 3]. Este fato prov^e o fundamento das ideias do grupo de renormalizac~ao (GR), a partir das quais se pode construir procedimentos calculacionais para obter estimativas numericas de par^ametros e expoentes crticos. Tais procedimentos se dividem em dois tipos principais de implementac~ao: GR no espaco de momenta (ver [3], [6]) e no espaco real [3] para uma revis~ao deste ultimo ate 1982, ver [7]. Outros expoentes crticos importantes s~ao: do calor especco C, da magnetizac~ao M, da susceptibilidade inicial (@M=@H) H=0, da magnetizac~ao em T c, denidos por: C jtj ; M(t H =0) (;t) jtj ; M(t =0 H) H 1= (4) onde so pode ser denido para t! 0 ;, porque o par^ametro de ordem (magnetizac~ao) e 6= 0 ali, e 0 para t>0 para e valem as mesmas observac~oes que para. A termodin^amica prev^e relac~oes entre expoentes na forma de desigualdades [2] por exemplo, a desigualdade de Rushbrooke A teoria de escala dos fen^omenos crticos prev^e, e a experi^encia con- rma, que estas relac~oes devem ser na verdade igualdades: asrelac~oes de escala (por exemplo +2 + = 2). Outra previs~ao da teoria de escala, tambem amplamente conrmada por dados experimentais, e adauniversalidade dos expoentes crticos. De maneira resumida, para sistemas com interac~oes de curto alcance, independente da forma especca destas, os valores dos expoentes crticos dependem apenas de propriedades gerais de simetria, a saber: a dimensionalidade espacial d eadimensionalidade D do par^ametro deordem [2, 3]. Alem de d = 3, sistemas com dimensionalidades efetivas d = 1 ou 2 podem ser realizados experimentalmente (veremos em detalhe sistemas com d = 2 mais a frente). Embora o mais natural para magnetos seja considerar D = 3 como no modelo de Heisenberg, anisotropias variadas induzem valores efetivos D = 1 (Ising) ou 2 (XY). Ver [5]. Em uma transic~ao de primeira ordem o comprimento de correlac~ao e nito, portanto n~ao ocorre invari^ancia de escala no entanto, progressos podem ser feitos ao longo de linhas similares. Ver Ref. [8] para artigos introdutorios ao problema. Por falta de tempo e espaco, vamos nos concentrar aqui apenas em transic~oes de segunda ordem. III Sistemas modelo $ experi^encia O paradigma teorico e um sistema de spins localizados em pontos de uma rede cristalina regular, portantoaestatstica relevante no caso e a de Maxwell-Boltzmann. Em consequ^encia, realizac~oes experimentais devem em princpio ser procuradas em magnetos isolantes, onde os momentos magneticos desemparelhados correspondam a nveis d ou f. Na pratica, eletrons f apresentam efeitos mais complexos, portanto para xar ideias aqui e mais conveniente ter eletrons d em mente. Nesta sec~ao vamos estudar um sistema com d =2, D = 1. Isto e porque (i) e interessante entender como surge uma realizac~ao experimental com dimens~oes respectivas espacial e de spin diferentes das esperadas d = D = 3 (ii) o modelo de Ising (D =1)emd =2e um dos poucos modelos teoricos n~ao-triviais que podem ser resolvidos exatamente (temperatura crtica, todos os expoentes crticos, func~ao de partic~ao a campo zero, func~oes de correlac~ao) [2] (iii) em parte devido a (ii), muitos estudos experimentais foram feitos dos sistemas reais correspondentes. Outros valores de d e D tambem podem ser realizados experimentalmente, ver Ref. [5].

3 Revista Brasileira de Ensino de Fsica, vol. 22, no. 3, Setembro, No cristal Rb 2 Co F 4 os atomos de Co perdem seus dois eletrons 4s a camada mais externa ca sendo 3d 7. Devido a anisotropia espacial (ver Fig.12 da Ref. [5]), os ons Co 2+ situados no mesmo plano (dispostos segundo uma rede quadrada) interagem antiferromagneticamente entre si, enquanto entre ons em planos vizinhos: (i) a interac~ao (tambem antiferromagnetica) e muito mais fraca porque a dist^ancia interplanos e maior do que o par^ametro da rede quadrada e (ii) ha um cancelamento das interac~oes antiferromagneticas interplanos, pois cada on esta imediatamente acima do centro de um quadrado no plano vizinho. O campo cristalino e responsavel por uma anisotropia uniaxial no espaco de spin, resultando em que a hamiltoniana efetiva de spin e X ) H = Jz s z i s z j + J k (s x i s x j + s y i sy j (5) <i j> onde a soma e sobre pares < i j > de spins primeiros vizinhos no mesmo plano, J z ' 15:4 mev, J k ' 8:5 mev [9]. Este sistema tem uma transic~ao de fase antiferro{paramagnetica a temperatura de Neel T N = 100:1 K. Para um sistema de spins de Ising numa rede quadrada, com interac~ao J entre primeiros vizinhos (ferroou antiferromagnetica, e irrelevante pois n~ao ha efeitos de frustrac~ao no caso) a temperatura crtica e T c =k B jjj =2:269 :::. Portanto, como 2:269J z =k B ' 101 K, o acordo e muito bom no que diz respeito a temperatura crtica. Estudos por espalhamento de neutrons [10] fornecem o expoente =0:1190:008, a ser comparado com o resultado exato =1=8 medidas de calor especco (na verdade, birefring^encia, relacionada a contribuic~ao magnetica ao calor especco [11]) mostram [12] uma diverg^encia logaritmica simetrica (C (t) = A ln jtj, t! 0, com A + = A ; ), em inteiro acordo com o resultado exato do modelo de Ising bidimensional. Outro aspecto importante deste cristal e que ele aceita muito bem desordem substitucional aleatoria com ons n~ao magneticos: pode-se produzir amostras de Rb 2 Co x Mg 1;x F 4 para qualquer x entre 0 e 1. Mais a frente, quando virmos sistemas desordenados, estes compostos mostrar~ao ser realizac~oes de sistemasmodelo correspondentes. IV Escala em sistemas nitos Enquanto as amostras usadas em experimentos t^em partculas ou mais, garantindo a aplicabilidade do limite termodin^amico, a situac~ao e bem diferente quando se trata de calculos numericos em sistemas{ modelo. Hoje (1999), os numeros maximos tpicos usados p. ex. em simulac~oes s~ao (10 6 ) 2 em d = 2, (130) 3 em d =3. A teoria de escala de tamanhos nitos (nite-size scaling) mostra como tirar partido das limitac~oes mencionadas, para obter informac~ao pertinente ao limite termodin^amico partindo das propriedades correspondentes em sistemas nitos [13]. Em particular, um sistema nito n~ao exibe transic~ao de fase, porque as singularidades das func~oes termodin^amicas que caracterizam a criticalidade n~ao podem ocorrer ali (lembrar que a func~ao de partic~ao e uma soma de exponenciais reais, portanto n~ao podera ter nenhum comportamento n~ao-analtico se corresponder a um sistema com numero nito de graus de liberdade). Para um sistema com dimens~ao linear L, a quantidade basica a ser considerada e araz~ao x L= 1 (t) onde 1 (t) e o comprimento de correlac~ao do sistema innito correspondente, com t T=T c ; 1. Longe de T c, x 1 e o sistema \n~ao sabe que e nito": o alcance das correlac~oes e muito curto para que a exist^encia dos limites seja sentida. Portanto a asvarias quantidades se comportam como no limite termodin^amico, independentes de L. Para x<1 a depend^encia em L aparece combinada com a depend^encia em t atraves do (ainda nito) 1 jtj ; [Eq. ( 2)], ate queemt c, x =0: aunica depend^encia que pode restar e eml. Lembrando que as quantidades de interesse em geral apresentam singularidades tipo lei de pot^encia (ver Eq. (4)), prop~oe-se o seguinte ansatz [13]: com X(t L) =L a f (L= 1 (t)) = L a f (Lt ) (6) f(x) = const x 1 x b x 1 (7) onde a e b devem ser determinados. Se X(t 1) t, imediatamente obtem-se a = ;b = ;=, ou seja: X(t =0 L)=L ;= f(0) (8) Da Eq. (8), conhecendo-se a temperatura crtica por estimativas ou por argumentos de simetria, o coeciente angular de um graco log-log de X(0 L)contra L da o valor de =. Na Fig. 1 mostramos um exemplo. Ainda mais, para t 6= 0 devemos ter L = X(t L) =f(lt ) (9) o que sugere que gracos de L = X(t L), para varios t e L coincidir~ao quando colocados em termos da variavel Lt. Mais a frente veremos exemplos do uso dos procedimentos sugeridos pelas Eqs. (8) e (9) para a obtenc~ao de quantidades crticas. Ver tambem Ref. [14]. Em geral, os estudos numericos s~ao conduzidos em sistemas: (i) totalmente nitos (L d ), ou (ii) nitos em todas as direc~oes menos uma (L d;1 1: tiras em d =2, barras em d = 3). Para a geometria (i) metodos Monte Carlo em diversas vers~oes s~ao usados [14, 15] ver artigos selecionados em [16]. A geometria (ii) e especialmente apropriada ao uso de metodos de matriz de

4 342 Sergio L. A. de Queiroz transfer^encia [17]. Estes ultimos, por envolverem uma contagem exata dos fatores de Boltzmann de todas as congurac~oes de spins, n~ao apresentam problemas de termalizac~ao e aprisionamento em congurac~oes metaestaveis, frequentes em simulac~oes Monte Carlo o preco que se paga, de restric~ao a valores maximos de L menores do que nestas ultimas, e usualmente compensado por uma converg^encia uniforme ja aparecendo para sistemas com L relativamente pequeno. Um magneto a temperatura crtica de uma transic~ao de segunda ordem e invariante n~ao so sob transformac~oes de escala, como ja vimos, mas tambem sob transformac~oes conformes, isto e, aquelas que preservam ^angulos, mas cujo fator de escala pode depender localmente da posic~ao (as transformac~oes de escala s~ao um caso particular, com fator de escala espacialmente homog^eneo). As consequ^encias deste fato para o estudo de sistemas de spins s~ao varias, e expostas na Ref. [18]. Em d = 2, uma implicac~ao imediata e que, como o plano complexo z = x + iy e transformado em uma tira horizontal innita de largura 2 pela transformac~ao conforme w =lnz =lnjzj + i arg z, uma tira de spins de largura L stios (com condic~oesdecontorno periodicas) pode ser considerada como a transformada de um sistema bidimensional de spins por: w = L ln z : (10) 2 Em T c,ainvari^ancia referida implica que toda a informac~ao sobre a criticalidade do sistema bidimensional estara contida, embora de forma convoluda, na tira que e a transformada conforme deste. As considerac~oes necessarias para se extrair resultados praticos da podem ser vistas nas Refs. [18, 19]. Obtem-se L= L (T c )= (11) Figura 1. Resultados de simulac~oes numericas para susceptibilidade e magnetizac~ao M do modelo de Ising em sistemas LLL a temperatura crtica, em graco log-log contra L (cortesia de Burkhardt Muller, via D Stauer (Koln, Alemanha)). 3 L 130. Os valores previstos para os coe- cientes angulares s~ao: : = =1:97 M: ;= = ;0:485. V Invari^ancia conforme em d =2 onde L (T c )e o comprimento de correlac~ao (ver Eq. (2) na tira de largura L, calculado a temperatura crtica do sistema bidimensional, e e o expoente denido tambem na Eq. (2), com o valor apropriado ao sistema bidimensional (os spins na tira, sendo esta essencialmente unidimensional, so seordenamat = 0 [2]). Esta e achamada relac~ao expoente-amplitude, e ilustra a exist^encia de amplitudes universais, em analogia a expoentes com esta propriedade. A rigor, a Eq. (11) so deveria ser valida assintoticamente, para L!1, mas ja se tem valores numericos muito bons para L ' 10 em muitos casos, como pode ser visto por exemplo na Ref. [20]. Aplicac~oes de ideias de invari^ancia conforme a sistemas de spins em outras geometrias connadas, por exemplo L L podem ser vistas na Ref. [21]. Para extens~oes a d = 3, ver Ref. [22]. VI Sistemas magneticos desordenados Uma excelente revis~ao de sistemas desordenados ate 1983 esta naref.[23]. Um problema muito interessante nesta classe e o de vidros de spin, em que o conceito de frustrac~ao tem um papel dominante aqui vamos nos concentrar no caso mais simples de desordem n~ao-frustrada. Tomando o composto Rb 2 Co x Mg 1;x F 4 mencionado na Sec~ao 3, em que atomos n~ao-magneticos de Mg substituem atomos magneticos de Co em posic~oes aleatorias na rede, duas quest~oes surgem: (i) para que graus de diluic~ao (valores da concentrac~ao 1 ; x de impurezas n~ao-magneticas) continuara havendo uma transic~ao de fase entre uma fase ordenada de baixa temperatura, e uma outra paramagnetica a alta temperatura? E (ii) nos casos que que houver uma transic~ao, ela sera caraterizada pelos mesmos expoentes da transic~ao do sistema puro, ou pertencera a outra classe de universalidade? As respostas s~ao dadas respectivamente atraves do conceito de percolac~ao [23, 24] e do criterio de Harris [23, 25]: continua havendo transic~ao enquanto a concentrac~ao de atomos magneticos x estiver acima do limiar de percolac~ao x c, ou seja, enquanto houver uma \ilha innita" de spins (atomos de Co,

5 Revista Brasileira de Ensino de Fsica, vol. 22, no. 3, Setembro, no caso) conectados por ligac~oes entre stios primeirosvizinhos (no exemplo, em que a rede e bidimensional quadrada, x c ' 0:59) e o criterio de Harris estabelece que a classe de universalidade sera (n~ao sera) a mesma do sistema puro se o expoente da singularidade do calor especco (ver Eq. (4)) for negativo (positivo). O criterio de Harris deixa de fornecer um resultado conclusivo para o modelo de Ising em d = 2, caso em que = 0 (o calor especco diverge logaritmicamente). Por isto, muito esforco teorico [26, 27], numerico [28, 29, 30] e experimental [31] tem sido devotado a sistemas descritos pelo modelo de Ising com diluic~ao. Ainda hoje (1999) n~ao se pode dizer que a quest~ao tenha sido denitivamente resolvida. As teorias mais recentes [27] prev^eem que o comportamento crtico seja o mesmo que do sistema puro, mas com correc~oes logaritmicas grande quantidade de resultados numericos e consistente esta previs~ao [28] outros trabalhos numericos t^em sido interpretados no contexto de universalidade fraca, em que os expoentes (p. ex., ) dependeriam continuamente da intensidade da desordem (grau de diluic~ao), mas com a raz~ao = permanecendo constante com o mesmo valor que para o sistema puro. A evid^encia experimental disponvel [31] aponta para expoentes iguais aos do caso puro, porem e muito difcil extrair dali provas denitivas da exist^encia de correc~oes logaritmicas. ARef.[30]da uma colec~ao ampla de refer^encias recentes, em especial de trabalho numerico. Outra quest~ao e saber se os conceitos de invari^ancia conforme, como por exemplo a relac~ao amplitudeexpoente Eq. (11), ainda s~ao validos em sistemas desordenados. As indicac~oes s~ao de uma resposta armativa [32, 33], desde que sejam calculadas medias conguracionais apropriadas das quantidades envolvidas, e que n~ao haja frustrac~ao. Ver a Fig. 2. Para sistemas frustrados, como vidros de spin, a Eq. (11) parece n~ao mais ser valida [34]. Este ultimo ponto necessita ser mais elaborado. Como ilustrac~ao da versatilidade das Eqs. (8) e (9), vamos apresentar uma adaptac~ao ao problema de ferromagnetos de Ising em campo aleatorio. Para o momento, lembramos que o modelo consiste de um ferromagneto puro com interac~oes entre spins de Ising primeiros vizinhos, e mais um campo externo que varia de stio a stio, tendo seu valor em cada stio retirado de uma distribuic~ao com media nula. O caso mais simples e uma distribuic~ao binaria: P (h) = 1 2 [ (h ; h 0)+(h + h 0 )] : (12) onde h 0 eaintensidade do campo aleatorio. Em d =3 este sistema exibe ordem a T e h 0 sucientemente pequenos, enquanto em d = 2 a ordem e destruda (a fase ordenada se quebra em domnios tanto mais extensos quanto menor h 0 ) [35]. Este modelo pode ser realizado experimentalmente atraves de sua correspond^encia com antiferromagnetos diludos em um campo externo uniforme [36]. Recentemente [37] analisamos as distribuic~oes de probabilidade de func~oes de correlac~ao para um sistema em d = 2, usando tiras de largura 3 L 15 stios. Ao longo do eixo T! T c h 0 = 0, o sistema tem o comportamento crtico bem conhecido. No entanto, xando T = T c (h 0 = 0) e fazendo h 0! 0 o comportamento sera distinto e, segundo previs~oes teoricas [38], governado pelo expoente de crossover = =7=4 ( e o expoente da susceptibilidade do modelo de Ising d = 2 em campo zero). O signicado disto no presente contexto e que, para um sistema innito a T! T c h 0! 0, avariavel de escala devera ser [38] x 1 = h 2 0jtj ;.Para um sistema nito de largura L, considerac~oes analogas aquelas que levam as Eqs. (7) e (8) mostram que, em T = T c avariavel de escala (de tamanho nito) sera x h 0 L =2 (T = T c 0 h 0! 0) (13) com =2 =7=8 emd =2( = 1 para o modelo de Ising em campo zero). De fato a Fig. 3 mostra que, usando a variavel sugerida por este argumento, obtem-se um excelente colapso de dados com o valor previsto. Mais ainda, estudando a largura (dispers~ao), W, das distribuic~oes de probabilidade das func~oes de correlac~ao, as ideias relativas as Eqs. (6){(9) podem ser adaptadas para sugerir o ansatz W = h 0 f(lh u 0 ) (14) Figura 2. Teste da relac~ao expoente-amplitude, Eq. (11) para sistemas desordenados. Adaptado da Ref. [32]. O valor esperado, para L!1,e =1=4. onde agora n~ao ha uma previs~ao teoricaparaosvalores dos novos expoentes e u. Variando valores tentativos destes, o melhor colapso de dados esta representado na Fig. 4. Seria interessante se os valores numericos

6 344 Sergio L. A. de Queiroz obtidos pudessem ser explicados por uma formulac~ao teorica. problemas ainda n~ao completamente resolvidos. Destes ultimos, pode-se destacar: a detecc~ao de correc~oes logaritmicas (ou variac~ao de expoentes) no modelo de Ising diludo em d = 2 os limites de validade dos conceitos de invari^ancia conforme em magnetos desordenados (por que motivo a exist^encia ou n~ao de frustrac~ao parece ser crucial no contexto?) a conex~ao dos expoentes que caracterizam larguras de distribuic~ao, entre si ou possivelmente com outros conjuntos de ndices crticos. Refer^encias Figura 3. Func~oes de correlac~ao (medias), normalizadas por seus valores correspondentes em campo zero contra L y h 0 com y =0:875. Figura 4. Graco de escala (scaling plot) semi-logaritmico de dispers~oes relativas Wh 0 contra Lh u 0. Smbolos s~ao os mesmos que na Fig. 3. VII Conclus~oes Ainterac~ao entre teoria e experi^encia tem sido extremamente frutfera na area de fen^omenos crticos em sistemas magneticos. Aqui se tentou dar uma vis~ao geral de conceitos basicos bem estabelecidos, e apontar alguns [1] L P Kadano et al, Rev Mod Phys (1967) [2] H E Stanley, Introduction to Phase Transitions and Critical Phenomena (Oxford, Oxford, 1971) [3] J J Binney, NJDowrick, A J Fisher and M J Newman, The Theory of Critical Phenomena (Oxford, Oxford, 1992) J M Yeomans, Statistical Mechanics of Phase Transitions (Oxford, Oxford, 1993) M Plischke and B Bergersen, Equilibrium Statistical Mechanics (World Scientic, Singapore, 1994) [4] Phase Transitions and Critical Phenomena, CDomb and M S Green (later C Domb and J L Lebowitz) eds (Academic, New York, 1972{1993) vols 1{15 [5] L J De Jongh and A R Miedema, Adv Phys 23, 1 (1974) [6] S{K Ma, Modern Theory of Critical Phenomena (Benjamin, Reading, 1976) [7] Real-Space Renormalization T W Burkhardt and J M J van Leeuwen eds (Springer-Verlag, Berlin, 1982) [8] M E Fisher and A N Berker, Phys Rev B 26, 2507 (1982) J L Cardy and M P Nightingale, Phys Rev B 27, 4256 (1983) V Privman and M E Fisher, J Stat Phys 33, 385 (1983) K Binder and D P Landau, Phys Rev B 30, 1477 (1984) [9] H Ikeda and M T Hutchings, J Phys C 11, L529 (1978) [10] E J Samuelsen, Phys Rev Lett 31, 936 (1973) [11] G Gehring, J Phys C 10, 531 (1977) [12] P Nordblad et al, Phys Rev B 28, 278 (1983) [13] M E Fisher, in Proceedings of the \Enrico Fermi" International School of Physics, Varenna, 1970, Course No. 51, M S Green ed (Academic, New York, 1971) M N Barber, in Ref. [4], vol 8 (1983) [14] Finite Size Scaling and Numerical Simulations of Statistical Systems, V Privman ed (World Scientic, Singapore, 1990) [15] The Monte Carlo Method in Condensed Matter Physics, Topics in Applied Physics 71, K Binder ed (Springer-Verlag, Berlin, 1992) [16] Annual Reviews of Computational Physics, D. Stauer ed (World Scientic, Singapore, ) vols 1{6 [17] M P Nightingale, in Ref. [14] [18] J L Cardy, inref.[4], vol 11 (1987) [19] J L Cardy, JPhys A 17, L385 (1984) [20] S L A de Queiroz, J Phys A 28, L363 (1995)

7 Revista Brasileira de Ensino de Fsica, vol. 22, no. 3, Setembro, [21] C Chatelain and B Berche, Phys Rev E 60, 3853 (1999) [22] M Weigel and W Janke, Annalen Phys 7, 575 (1998) [23] R B Stinchcombe, in Ref. [4], vol 7 (1983) [24] D Stauer and A Aharony, Introduction to Percolation Theory (Taylor and Francis, London, 1991) [25] A B Harris, J Phys C (1974) [26] Vik S Dotsenko and Vl S Dotsenko, J Phys C 15, 495 (1982) [27] A W W Ludwig, Nucl Phys B330, 639 (1990) B N Shalaev, Phys Rep 237, 129 (1994) [28] B Derrida et al, JPhysique 48, 335 (1987) U Glaus, JPhys A 20, L595 (1987) S L A de Queiroz and R B Stinchcombe, Phys Rev B 46, R6635 (1992) 50, 9976 (1994) W Selke, L N Shchur and A L Talapov in Ref. [16], vol 1 (1994) F D A Aar~aoReis,SLAde Queiroz and R R dos Santos, Phys Rev B 54, R9616 (1996) 56, 6013 (1997) D Stauer, F D A Aar~ao Reis, S L A de Queiroz and R R dos Santos, Int JModPhys C 8, 1209 (1997) [29] J-K Kim and A Patrascioiu, Phys Rev Lett 72, 2785 (1994) R Kuhn, Phys Rev Lett 73, 2268 (1994) [30] G Mazzeo and R Kuhn, Phys Rev E 60, 3823 (1999) [31] M Suzuki and H Ikeda, J Phys C 11, 3679 (1978) H Ikeda, J Phys Soc Jpn 50, 3215 (1981) R A Cowley et al, Phys Rev B 21, 4038 (1983) I B Ferreira et al, Phys Rev B 28, 5192 (1983), M Hagen et al, Phys Rev B 36, 401 (1987) [32] S L A de Queiroz, Phys Rev E 51, 1030 (1995) J Phys A 30, L443 (1997) [33] J L Cardy and J L Jacobsen, Phys Rev Lett 79, 4063 (1997) [34] F D A Aar~ao Reis, S L A de Queiroz and R R dos Santos, Phys Rev B 60, 6740 (1999) [35] H Rieger, in Ref. [16], vol 2 (1995) [36] S Fishman and A Aharony, JPhys C 12, L729 (1979) [37] S L A de Queiroz and R B Stinchcombe, Phys Rev E 60, 5191 (1999) [38] A Aharony, Phys Rev B 18, 3318 (1978) A Aharony and E Pytte, Phys Rev B 27, 5872 (1983)

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