Técnicas de anestesia regional Cabeça
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- Manuela Domingos Coelho
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1 Técnicas de anestesia regional Cabeça No Cavalo: Nervos: Supraorbital ou frontal (A) Infraorbital (G e H) Auriculo-palpebral (E e F) Mentoniano (I) Alvéolo-mandibular (K) Técnicas de anestesia regional Cabeça Anestesia das pálpebras Nervos supraorbital e auriculo-palpebral. Agulha G x 1,5-2,5 cm. Insensibilização da pálpebra superior e pele da fronte. Sutura de feridas. Anestésico a utilizar: lidocaína ou mepivacaína a 2%. Indução: 3 5 min. Duração: 1 2 h. 1
2 Técnicas de anestesia regional Cabeça Canto lateral da pálpebra: Nervo lacrimal (B) 2-3 ml Anestésico Canto medial da pálpebra: Nervo infratroclear (C) Insensibilação da membrana nictitante e órgãos lacrimais. Bordo inferior da pálpebra: Nervo zigomático (D) Técnicas de anestesia regional Paralisia motora dos músculos oculi-orbicularis. Nervo auriculo-palpebral (E e F). Exame do olho, resolução de espasmos palpebrais, remoção de corpos estranhos (+ anestesia tópica local) Não insensibiliza o olho. 2
3 Técnicas de anestesia regional Lábio superior e narinas. Nervo infra-orbital (G) Área insensibilizada: toda a metade anterior da face acima do foramen infra-orbital. Agulha 20G x 2,5 cm. 5 ml de lidocaína 2%. Técnicas de anestesia regional Maxila e dentes superiores: Nervo infra-orbital (G e H), 3,5 cm dentro do canal. Extracção de dentes: melhor com anestesia geral. 3
4 Técnicas de anestesia regional Lábio inferior, incisivos mandibulares e premolares: Nervo mentoniano (I,K). Extracção de dentes: melhor com anestesia geral. Técnicas de anestesia regional Cabeça Bovinos: Preferência para animais produtores de alimentos Método seguro e humanitário, em combinação com contenção física, tranquilizantes ou sedativos. Manutenção da posição em estação redução de problemas relacionados com timpanismo, salivação, regurgitação, lesões musculares ou nervosas. 4
5 Técnicas de anestesia regional - cabeça Bovino: Nervos: Auriculo-palpebral (B), Infra-orbital (C) Ramo cornual do nervo zigomático-temporal (D) Técnicas de anestesia regional cabeça de bovino Nervo cornual Nervo auriculo-palpebral 5
6 Técnicas de anestesia regional - cabeça Anestesia para descorna. Ramo cornual do nervo zigomático-temporal (D). Agulha 19-20G x 2,5 cm ml anestésico. Na cabra: infiltração das ramificações do nervo zigomático-temporal (A) e do nervo infra-troclear (B). 2 3 ml anestésico. Técnicas de anestesia do globo ocular Bovino: anestesia para enucleação do olho: Bloqueio retrobulbar: Agulha 18G x 15 cm. Inserção no canto medial do olho, cranialmente à membrana nictitante. 6
7 Técnicas de anestesia do globo ocular Técnica de Peterson: Agulha 14G x 2,5 cm (cânula) + 18Gx 12 cm. Local inserção: espaço limitado por apófise supraorbital, arco zigomático e apófise coronóide da mandíbula. 15 ml anestésico. Técnicas de anestesia regional - Cabeça Bovino: anestesia das narinas Indicações: inserção de arganéis, reparação de lacerações nasais. Agulha 18G x 3,75 cm. Infiltração com ml de lidocaína a 2% sobre o nervo infra-orbital, à saída do respectivo canal (C). 7
8 Anestesia paravertebral na vaca Alternativa à infiltração em L invertido ou em linha. Vantagens: Parede abdominal e peritoneu completa e uniformemente insensibilizados. Relaxamento muscular excelente, diminuição da pressão abdominal. Simples e segura, efeito rápido. Período de convalescença mais curto. Economia de solução analgésica. Anestesia paravertebral na vaca Infiltração dos ramos dorsal e ventral dos nervos espinais T13, L1 e L2. Bloqueio de L3 e L4 pode provocar incoordenação do membro posterior. Nervos espinais dividem-se à saída dos buracos intervertebrais em 2 ramos: Dorsal, + fino e Ventral, + grosso. 8
9 Anestesia paravertebral na vaca Número de nervos a bloquear depende do local e extensão da incisão: Ruminotomia: T13 e L1. Cesareana: T13, L1, L2 e, por vezes, L3. Anestesia paravertebral na vaca 2 técnicas principais: Anestesia paravertebral proximal técnica de Farquharson, Hall ou Cambridge Anestesia paravertebral distal técnica de Magda, Cakala ou Cornell 9
10 Anestesia paravertebral proximal Técnica de Farquharson,, Hall ou Cambridge Localização das estruturas: Avaliação da profundidade a que se situam os nervos, Localização debaixo do ligamento intertransversal. T13: sobre a cabeça da última costela, a 5 cm da linha média; L1, L2...: traçar uma linha transversal, imediatamente atrás da apófise espinhosa da vértebra correspondente e inserir a agulha a 5 cm da linha média. Anestesia paravertebral proximal Técnica de Farquharson,, Hall ou Cambridge Assépsia da pele. Insensibilização da pele sobre as apófises transversas L1, L2 e L3, a 5,0 cm da linha média (2-3 ml lidocaína 2%). Inserção de uma agulha 14G x 1,25 cm (servindo como cânula) através da pele insensibilizada. Administração do anestésico com agulha 18G x 8 cm (10-15 ml por local) 10
11 Anestesia paravertebral proximal Técnica de Farquharson,, Hall ou Cambridge Alternativa: Marcar pontos na pele em linha com a parte mais evidente das apófises transversas das vértebras L2, L3 e L4, a 5 cm da linha média. Assépsia da pele. Localização do nervo T13: medir a distância entre os pontos sobre as apófises L2 e L3. Marcar um ponto anterior, a igual distância. Anestesia paravertebral proximal Técnica de Farquharson,, Hall ou Cambridge Alternativa: Inserir uma agulha forte (7 cm comp, 3mm ) em cada ponto e injectar 2-3 ml de lidocaína a 1%, até uma profundidade de 4 cm. Injectar o anestésico com agulhas com bisel curto (10 cm comp, 2 mm ), introduzidas verticalmente. Referência: bordo cranial da apófise transversa 11
12 Anestesia paravertebral proximal Técnica de Farquharson,, Hall ou Cambridge Alternativa: Redireccionar a agulha cranialmente e avançar até atravessar o ligamento intertransverso. Injectar 15 ml de sol. de lidocaína a 2%, com 1: de adrenalina; injectar + 5 ml sobre o ligamento, ao retirar a agulha. Anestesia completa em 10 min; duração: ± 90 min. Anestesia paravertebral distal Técnica de Magda, Cakala ou Cornell Assépsia e insensibilização da pele sobre as extremidades das apófises transversas L1, L2, L3. Anestesia do local de injecção Inserção horizontal da agulha (18G x 7,5 cm), ventral à apófise transversa; injecção de ml de lidocaína 2% (b). Reinserção ligeiramente dorsal e caudal em relação à apófise transversa e injecção de ml de lidocaína (a) dessensibilização dos ramos cutâneos. 12
13 Anestesia paravertebral distal Técnica de Magda, Cakala ou Cornell Factores que reduzem a precisão do método: 1. Os nervos atravessam os espaços intertransversos obliquamente. 2. Em alguns animais, as raízes nervosas são duplas, emergindo de 2 orifícios. 3. Dificuldade em assegurar com exactidão o local de injecção. 4. Penetração da massa muscular tende a causar contracções espasmódicas que alteram o trajecto da agulha. Anestesia epidural dorso-lombar Técnica de Arthur Assépsia e insensibilização da pele sobre as extremidades das apófises espinhosas T13 e L1. Inserção vertical da agulha (18Gx 11,25 cm), ao lado da apófise espinhosa numa linha 1,5-2,0 cm atrás do bordo cranial da apófise transversa L2; 13
14 BIBLIOGRAFIA Veterinary Anaesthesia - L.W. Hall, K.W. Clarke. Eighth edition (July 1983). W B Saunders Co. pp , , , , , Lumb & Jones Veterinary Anesthesia. J. Thurmon, W. Tranquilli, G. Benson. Ed. Lippincott, Williams & Wilkins. pp Handbook of Veterinary Anesthesia - William W. Muir, John A.E. Hubbell. 2nd edition (November 1994). Mosby- Year Book. 14
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