Santa Casa da Misericórdia da Vila do Crato

Transcrição

1 Regulamento 1. Intenção do concurso Design de um símbolo e/ou logótipo, de um cartaz e de um flyer de divulgação das comemorações dos 495 anos de existência da Instituição,. 2. Destinatários O presente concurso destina-se a todos os alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre (ESTG-IPP). São aceites trabalhos individuais ou colectivos. 3. Prémios Ao trabalho seleccionado será atribuído um prémio de Poderão ser atribuídas menções honrosas e todos os participantes receberão um Certificado de Participação. Ao júri reserva-se o direito de não entregar o prémio caso a qualidade dos trabalhos não corresponda ao esperado. A entrega de prémios e a exposição dos trabalhos será realizada em data e local a definir. 4. Critérios de Avaliação Valor estético, técnico e funcional da proposta. Adequação da proposta ao espírito e imagem da Instituição e da intenção do concurso. Exequibilidade técnica da proposta. 5. Calendário do concurso 27/02 Limite para entrega de propostas. 06/03 Divulgação da decisão do júri. A definir Entrega dos prémios. 6. Objectivos específicos do concurso O presente concurso tem por objectivo a criação de um símbolo/e ou de um logótipo que identifique as comemorações dos 495 anos de existência da Santa Casa da Misericórdia do Crato e a realização de algumas peças gráficas essenciais à divulgação das actividades a desenvolver durante o ano em que irão decorrer as comemorações. Este concurso assume um cariz solidário, pela Instituição em 1

2 causa ser ela uma própria benfeitora, que há séculos se dedica aos mais necessitados, investindo aí os seus ganhos. O valor do prémio é reflexo disso mesmo, fazendo a Instituição, questão em gratificar àqueles que se propuserem a colaborar com a Santa Casa da Misericórdia. 7. Elementos a apresentar a concurso Maqueta impressa em formato A4:. Versão principal do símbolo/logótipo a cores, com definição cromática;. Versões a preto e em negativo; Maqueta impressa em formato A3 (formato da impressão para publicação em A2):.Cartaz de divulgação das comemorações, conteúdos obrigatórios: Comemorações dos 495 anos de existência da ; Símbolo e/ou logótipo das comemorações. Maqueta impressa em formato A6 (frente e verso):. Flyer de divulgação das comemorações e da calendarização das actividades, conteúdos obrigatórios: Conteúdos/informação (agenda ainda em construção): Março (28 de março) Cerimónia de Inauguração Abril Cerimónias da Semana Santa; Concerto de Páscoa e a Hora do Conto Maio 2.ª Jornadas de Museologia das Misericórdias; Conferência sobre O Papel da Criança, Jovens e Idosos nesta sociedade de risco no início de Séc. XXI Junho Comemorações do Dia da Instituição ; Encontro de Coros Julho Sarau Intergeracional Agosto Exposição dos 500 anos de História e de estória da Misericórdia Setembro Exposição sobre a vida do Centro Luís da Silva Borba Outubro V Seminário de Gerontologia; Transmissão pela TVI da Missa Dominical Novembro Grande Concerto Musical Encerramento das Comemorações dos 495 Anos de existência da Santa Casa da Misericórdia do Crato Ficheiros digitais gravados em CD: As versões do símbolo/logótipo em formato EPS e PDF; O cartaz para impressão A2, em formato EPS e PDF; 2

3 O flyer para impressão A6 (frente e verso), em formato EPS e PDF. 8. Requisitos e restrições. Possibilidade de impressão a uma cor e em alto contraste;. Possibilidade de impressão em quadricromia (CMYK);. Possibilidade de redução e ampliação. 9. Apresentação da Instituição Breve Historial A 15 de Agosto de 1498 surge em Lisboa a primeira Misericórdia portuguesa em resultado da especial intervenção da Rainha D. Leonor, Regente do Reino, por ausência do Rei, mas é a D. Manuel I e aos membros da casa real que se atribuí a difusão por todo o reino. Diversos autores referem que durante o reinado de D. Manuel, este circulou por diversas cidades e vilas, tendo promovido a fundação de Misericórdias nessas localidades, enviando cartas ou emissários munidos de cópias do Compromisso (Estatutos). A data da fundação da Santa Casa da Misericórdia do Crato está por determinar por não se encontrar o Compromisso inicial, mas tudo aponta para que tenha sido anterior a 1520, já que nessa data é atribuída, pelo Rei D. Manuel I, à Misericórdia do Crato, a esmola de 4 arrobas de açúcar anuais, bem como o facto do Prior do Crato (1508 a 1522), D. João de Meneses, Conde de Tarouca, ser muito próximo do Rei D. Manuel I, a que não deve ter sido alheio o fato do rei escolher o Crato para a celebração do seu terceiro casamento em Baseada no Compromisso, a sua missão é espiritual e corporal, sintetizadas nas 14 obras de misericórdia. Os Irmãos anunciavam o Evangelho com palavras, mas também com obras concretas, testemunhadas através de atitudes cristãs. No dia 2 de Julho, dia de Nossa Senhora da Visitação os irmãos, em número limitado de cem, cinquenta de Primeira Condição e cinquenta de Segunda Condição, procedem à eleição anual de 13 homens, o Provedor e mais seis de Primeira Condição (fidalgos, clérigos, doutores, grandes senhores da terra) donde será eleito o Escrivão e mais seis de Segunda Condição (mestres de ofícios, pequenos agricultores) donde será eleito o Tesoureiro. A estes homens cabe recolher as esmolas, administrar os bens (na sua maioria, fruto de doações), gerir o hospital e a botica, mas sobretudo apoiar os mais necessitados, pobres, presos e doentes, proceder ao enterro dos mais carenciados. A atribuição de um dote a raparigas pobres e órfãs para que se possam casar, tem uma estrutura própria, gerida por um grupo de Irmãos eleitos para o efeito, a quem cabe escolher as órfãs a ser dotadas cada ano e gerir a fazenda doada pela benfeitora, D. Brites de Abreu. Em paralelo, cabe aos irmãos apoiar espiritualmente os mais necessitados dentro dos princípios da fé e moral cristã, na celebração de missas e procissões, nas cerimónias dos enterros e no acompanhamento de condenados à morte. No Crato, ao longo dos séculos, destacam-se dois grandes momentos para a irmandade: a Semana Santa com a procissão das Endoenças e o sermão, e 3

4 a festa de Santa Isabel (Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel). Nossa Senhora da Visitação, orago e festa da Irmandade da está reproduzida num painel do altar lateral da igreja e no seu estandarte. Dos Provedores e Irmãos que ao longo dos séculos administraram a Santa Casa da Misericórdia do Crato, destacam-se os descendentes e familiares do Vasco da Gama, descobridor da India, Fidalgos e Cavaleiros da Ordem de Cristo, os Caldeira de Abreu, os Castelo Branco e Gama Castelo Branco Património Cultural Acervo Documental A forma de organização da Santa Casa, a constituição das Mesas Administrativas, Inventários, Receitas (atribuição anual de pão por Sua Alteza Real, foros, doações, funerais, legados, etc.) e Despesas (esmolas, assistência a presos, doações a diversas instituições religiosas, funerais de pobres, honorários e contratos, compra de bens para o hospital, alimentação dos doentes, obras/construção da igreja e hospital, etc.) estão registadas, anualmente, nos cerca de duas centenas de Livros de Receitas e Despesas, de 1621 a Para além destes, destacam-se os 3 Livros de Irmãos (1663, 1703, 1775), Livros do Tombo de propriedades, Livro de Eleições, Livros de dotação das órfãs, entre outros, num acervo de cerca de 400 livros e documentos, do séc. XVI (1505) ao séc. XX (1942). Estes documentos, ainda em análise, permitem reconstituir a organização da Santa Casa, constituição da quase totalidade das Mesas Administrativas (Provedor, Escrivão, Tesoureiro e Mesários) desde o Ano Económico de até 1942, como também inferir sobre acontecimentos históricos, sociais e religiosos da vila do Crato, nomeadamente a invasão dos castelhanos (exército de D. João de Áustria) no dia 30 de Junho de 1662, as invasões francesas, entre muitos outros, bem como, a sua capacidade de organização após os momentos difíceis e o modo de vida da sua população. Permitem, ainda, reconstituir a primitiva igreja e hospital, na Rua da Misericórdia. A edificação da atual igreja e hospital pode ser acompanhada passo a passo, desde os alicerces, cantarias, enfermarias, altares, talha dourada, sacrários e imagens, de que se destaca a de Nossa Senhora da Piedade. Igreja da Misericórdia e edifício adjacente A atual Igreja da Misericórdia, edificada no lugar da primitiva igreja, de que se mantem a Torre Sineira, destruída por ser exígua e não servir aos propósitos da Irmandade, inicia a sua construção no ano económico de , em que é Provedor António Caldeira de Abreu é concluída em 1743, sendo Provedor Diogo Caldeira de Abreu. Luís de Miranda e Manoel Lopes são os Mestres pedreiros da igreja nova. Até ao inicio do século XIX sofre várias intervenções de melhoramento, quer na Igreja, que no Hospital e Consistório, nele trabalhando vários oficiais pedreiros, entalhadores, douradores, estofadores e canteiros como o mestre entalhador José Lourenço da Santa da cidade de Portalegre, que faz o retábulo de madeira entalhada do altar da visitação ( ), o mestre pintor Manuel José de Morais da cidade de Portalegre que pinta e doura a Bancada dos dois altares colaterais e os três arcos das três capelas da igreja ( ) e o mestre António Xavier da Mata que faz as dez imagens do retábulo do Altar Mor. 4

5 A imagem de Nossa Senhora da Piedade, no Altar-mor, mandada fazer em Lisboa através do Beneficiado João Martins Velez, da Basílica de Santa Maria Maior, no ano económico de , em que é Provedor o Doutor Pedro Mendes de Reboredo e Matos, custou reis. De igual modo, foi mandada fazer em Lisboa, a banqueta do Altar-mor feita pelo mestre Elias Francisco Xavier e dourada por Luís dos Santos Avila. A partir de 1843, quando o Hospital passa para o Convento de Santo António, o edifício torna-se sede da banda Filarmónica do Crato, escola primária e Repartição de Finanças da Fazenda Pública onde ainda funciona. Convento de Santo António O Convento de Santo António, da Ordem dos Frades Menores, inicia a sua construção em 3 de Maio de 1602, mandado erigir por Frei Leonardo de Campos, filho de António de Campos, vedor da fazenda do Algarve e cavaleiro do hábito de Cristo, à custa de cuja fazenda vinculada em morgado se fizeram as obras. Para a sua construção e manutenção contribuiu também a Câmara do Crato. As obras de edificação atravessaram, no seu início, um período de grandes atribulações, o que motivou a intervenção direta de Filipe III que ordenou a continuação dos trabalhos, por alvará dado em Valladolid, a 23 de Setembro de No dia 3 de Abril 1609, foi rezada a primeira missa, e a comunidade franciscana conta já com a presença permanente de seis religiosos. O Convento de Santo António e a respetiva cerca são doados, no dia 17 de Outubro 1841, pela Rainha D. Maria II, à Santa Casa da Misericórdia do Crato após a extinção, em 1834, das ordens religiosas. Em 1843 o Hospital da Misericórdia é transferido para este edifício, onde se manteve até abril de Neste edifício funciona presentemente, a valência Grandes Dependentes, a Farmácia da Misericórdia e o Centro de Saúde do Crato. 10. Envio de trabalhos a concurso A entrega do trabalho a concurso deverá ser feita em envelope fechado, sem qualquer identificação no exterior. Dentro do envelope deverão estar: 1. As impressões (maquetas) solicitadas, identificadas no verso com um código constituído por uma letra e 4 algarismos; 2. Um CD com os símbolos/logótipos em EPS e PDF, identificado com o mesmo código; 3. Memória descritiva e justificativa, com a informação que o autor julgue conveniente para um melhor entendimento e concretização final da proposta - também identificada com o código; 4. Um envelope fechado, com o referido código de uma letra e 4 algarismos no exterior, contendo uma folha com os seguintes dados:. Código em cabeçalho;. Nome do autor;. Morada, telefone e ; 5

6 Entregar na biblioteca da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre. A não observância, das regras estabelecidas nos pontos anteriores, implica a exclusão dos candidatos ao concurso. A resolução das situações omissas será da competência do júri. 11. Direitos Sem qualquer prejuízo da propriedade intelectual das propostas apresentadas, o autor da proposta vencedora, cede os direitos de produção ao promotor Santa Casa da Misericórdia do Crato, sem que para o efeito existam outras contrapartidas financeiras para o autor. O promotor pode utilizar as imagens da proposta premiada/seleccionada no âmbito deste concurso, para acções de divulgação. 12. Responsabilidade A participação neste concurso implica a total aceitação do seu regulamento. O autor do projeto vencedor deverá estar disponível para aceitar eventuais recomendações do júri. 12. Júri O Júri será constituído por representantes das seguintes entidades, sendo sempre a decisão final dos representantes da Instituição, Santa Casa da Misericórdia do Crato: Santa Casa Mário Cruz, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Crato; Santa Casa João da Silva Gonçalves ESTG Ana Paula Gaspar, Coordenadora do curso de Design de Comunicação; ESTG Vanda Correia, Subcoordenador do curso de Design de Comunicação; ESTG Josélia Pedro, Docente do Departamento de Tecnologias e Design, Responsável pelo Programa de Solidariedade Criativa, 8-i Portalegre IPP Social. Portalegre, 6 de janeiro de