Os europeus e a crise

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1 PARLAMENTO EUROPEU Os europeus e a crise Relatório Trabalho de campo: Agosto Setembro de 2010 Publicação: Novembro de 2010 Special Eurobarometer/Wave 74.1 TNS Opinion & Social Eurobaromètre spécial / Vague 74.1 TNS Opinion & Social A presente sondagem foi encomendada pelo Parlamento Europeu e coordenada pela Direcção- Geral da Comunicação (Unidade de Acompanhamento do Opinião Pública). O presente documento não representa o ponto de vista do Parlamento Europeu As interpretações e opiniões expressas 1 no presente documento são da exclusiva responsabilidade dos seus autores

2 Eurobarómetro 74.1 Elaborado pela TNS Opinion & Social a pedido do Parlamento Europeu Estudo coordenado pela Direcção-Geral da Comunicação TNS Opinion & Social 40 Avenue Herrmann Debroux 1160 Brussels Bélgica 2

3 ÍNDICE INTRODUCÃO O IMPACTO DA CRISE Os europeus querem que o Parlamento Europeu assuma como prioridade o combate à pobreza e à exclusão social O impacto da crise hoje O impacto da crise na situação laboral dos inquiridos e dos que os rodeiam OS ACTORES ENVOLVIDOS NA RESOLUÇÃO DA CRISE Os actores mais capazes de lutar de forma eficaz contra a crise Na União Europeia: acção individual ou colectiva? O PAPEL DO EURO NA CRISE FINANCEIRA SAIR DA CRISE Reduzir a despesa pública ou investir em medidas de estímulo à economia? Quem deverá fazer o maior esforço no que respeita às medidas de austeridade Solidariedade entre os Estados-Membros em tempos de crise Medidas para sair da crise É provável que a crise perdure?...93 CONCLUSÕES

4 INTRODUCÃO Passaram-se dois anos desde a falência da Lehman Brothers Holdings Inc. e do início da mais grave crise financeira, económica e social que o mundo conheceu desde a década de Estes dois anos foram marcados pelas consequências da crise do subprime, pelas ramificações de determinados escândalos, como o caso Madoff e, de uma forma mais anedótica mas não menos sintomática, pelo montante dos prémios pagos a alguns corretores. Ao longo dos últimos dois anos, os dirigentes europeus e americanos envidaram todos os esforços para restaurar a confiança, levando a cabo planos de apoio e de relançamento particularmente ambiciosos. Ao mesmo tempo, a maioria dos Estados-Membros lançou políticas de redução da dívida e défices públicos. Aqui mais próximo, a crise grega reabriu o debate sobre a solidariedade intra-europeia e a necessidade de criação de um mecanismo europeu de estabilização económica, bem como, possivelmente, de um sistema europeu de governação económica. Neste contexto, a Estratégia Europa 2020 representa uma renovada ambição económica e social a favor do crescimento sustentável 1. Como se anunciava no sítio oficial da União Europeia, em 13 de Setembro de 2010, nas suas previsões intercalares para a UE 2, é provável que os números trimestrais sejam ligeiramente melhores do que as previsões efectuadas na Primavera passada, ainda que se espere que a actividade económica abrande no segundo semestre do corrente ano. Essa situação fica a dever-se aos efeitos positivos de um certo dinamismo do crescimento registado no segundo trimestre. A economia europeia parece, pois, estar no caminho da retoma, a um ritmo superior ao previsto na Primavera. Contudo, as incertezas subsistem, e o relançamento continua a parecer muito frágil. Foi neste contexto de uma recuperação real, embora tímida e frágil, que se levou a cabo a vaga 74.1 do Eurobarómetro, entre 26 de Agosto e 16 de Setembro de Os europeus e a crise constitui a segunda sondagem dedicada especificamente a este assunto conduzida em nome do Parlamento Europeu. A primeira destas sondagens tinha sido realizada apenas escassos meses depois do início da crise 3. Oportunamente, procederemos à comparação destas duas sondagens, e teremos igualmente em conta determinados resultados obtidos noutros estudos do Eurobarómetro realizados pela Comissão entre 2009 e age=pt&guilanguage=en 3 Eurobarómetro Especial realizado em Janeiro-Fevereiro de 2009, Os europeus e a crise agerank=6&id=40 4

5 A presente sondagem do Eurobarómetro foi encomendada pela Direcção-Geral da Comunicação do Parlamento Europeu. Foi realizada pela TNS Opinion & Social, entre 26 de Agosto e 16 de Setembro de Foram entrevistados europeus com idade igual ou superior a 15 anos em entrevistas realizadas frente a frente, por parte dos técnicos da rede da TNS Opinion & Social (o questionário foi lido aos inquiridos no seu domicílio por um técnico). A metodologia utilizada é a das sondagens normalizadas do Eurobarómetro da Direcção-Geral da Comunicação do Parlamento Europeu (Unidade do Acompanhamento da Opinião Pública). Encontra-se anexa ao presente relatório uma nota técnica relativa às entrevistas conduzidas pelos institutos da rede da TNS Opinion & Social. A referida nota especifica a metodologia utilizada nestas entrevistas, bem como os intervalos de confiança. A sondagem abrange os 27 Estados-Membros e faz parte da vaga EB Consiste em perguntas de barómetros, por outras palavras, perguntas já formuladas em vagas anteriores, que nos permitem, desse modo, aferir eventuais alterações, e em novas perguntas. 5

6 Nota No presente relatório, os países são referidos pela sua sigla oficial. As siglas correspondem a: SIGLAS E ABREVIATURAS UE27 NS União Europeia (27 Estados-Membros) Não Sabe BE CZ BG DK DE EE EL ES FR IE IT CY LT LV LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK Bélgica República Checa Bulgária Dinamarca Alemanha Estónia Grécia Espanha França Irlanda Itália República de Chipre Lituânia Letónia Luxemburgo Hungria Malta Países Baixos Áustria Polónia Portugal Roménia Eslovénia República Eslovaca Finlândia Suécia Reino Unido 6

7 SÍNTESE Dois anos após o início da mais grave crise que o mundo moderno conheceu, os resultados da presente sondagem proporcionam informação considerável sobre o sentimento dos europeus num contexto económico que permanece incerto. As principais lições a retirar da presente sondagem são as seguintes: A maioria dos europeus (52%) considera que deverá ser atribuída prioridade ao combate à pobreza e à exclusão social a nível da UE, ou seja, um acréscimo de oito pontos percentuais relativamente ao início de % afirmaram também que a crise afectou de forma significativa a sua situação pessoal (-6 pontos percentuais desde o início de 2009), e 90% consideraram que a mesma teve impacto na economia mundial, na economia europeia e na economia do seu próprio país. Além disso, 40% dos europeus referem conhecer alguém que não é seu familiar nem colega e que perdeu o emprego como consequência directa da crise, tendo 20% afirmado que um dos seus colegas perdeu o emprego e 23% que um dos seus familiares perdeu o emprego como consequência directa da crise. Por último, 11% dos inquiridos, isto é, um em cada dez europeus, afirma ter pessoalmente perdido o emprego (ou o seu parceiro) como resultado directo da crise. Face à actual situação, os governos nacionais e a União Europeia são considerados como os mais capazes para tomar acções eficazes contra as consequências da actual crise económica e financeira (muito acima do FMI, do G20 e dos Estados Unidos). Essa é a opinião de 25% dos europeus relativamente a estes dois níveis decisórios, com um aumento de seis pontos percentuais no caso dos governos nacionais e um decréscimo de um ponto percentual no que se refere à União Europeia. Uma maioria relativa de europeus (44%) considera que, perante a crise, os diferentes Estados-Membros da União agiram individualmente. Este resultado é consentâneo com o registado no início de Mais de um terço dos inquiridos (38%) acredita, ao invés, que agiram de forma coordenada com os restantes Estados-Membros. No entanto, a maioria dos inquiridos (52%) afirmou que ficaria mais bem protegida se o seu país adoptasse medidas e as aplicasse de uma forma coordenada com os restantes Estados-Membros, ou seja, uma diminuição de nove pontos percentuais em relação à Primavera de

8 A maioria dos europeus (50%) considera que, em geral, o euro não mitigou os efeitos negativos da crise, enquanto 33% expressaram opinião contrária. A fim de sair da crise, 38% dos europeus acreditam que os Estados-Membros da União Europeia deveriam começar por investir em medidas de estímulo à economia, enquanto 35%, ao invés, consideram que aqueles deverão concentrar-se, antes de mais, na redução das respectivas despesas públicas. Mais de um terço dos europeus (34%) acredita que, para ultrapassar a crise, o maior esforço no que respeita às medidas de austeridade deverá caber aos dirigentes das grandes empresas e à indústria. Deverão os Estados-Membros dar mostras de solidariedade recíproca em caso de dificuldades económicas? Sim, é a resposta para 49% dos europeus, que se mostram dispostos a prestar ajuda financeira a outro Estado-Membro confrontado com dificuldades económicas e financeiras, enquanto 39% manifestam opinião contrária, respondendo não: o o A maioria (51%) dos europeus favoráveis à solidariedade para com outros Estados-Membros daria a sua ajuda em nome da solidariedade entre Estados-Membros. Por outro lado, 66% dos que não prestariam ajuda financeira a outros Estados-Membros da UE a braços com graves dificuldades económicas e financeiras afirmaram que os cidadãos do seu país não deveriam ter de pagar pelos problemas económicos de outros Estados-Membros da UE. Mais de quatro em cada dez inquiridos (43%) acredita que, para sair da crise, é preciso dar prioridade ao investimento na educação, na formação e na investigação. 40% acreditam também ser necessário apoiar as PME (pequenas e médias empresas) e as EMP (empresas muito pequenas). Sete em cada dez europeus acreditam que uma forma eficaz de prevenir e evitar possíveis futuras crises passaria por uma regulação e supervisão mais rigorosas dos actores do mercado financeiro (por exemplo, regulamentando os prémios dos corretores). Por último, uma maioria relativa de europeus (37%) considera que uma retoma do crescimento terá início nos próximos anos, sendo que um quarto destes (26%) pensa que a crise se prolongará por muitos anos. 8

9 1. O impacto da crise 1.1 Os europeus querem que o Parlamento Europeu assuma como prioridade o combate à pobreza e à exclusão social. - A maioria dos europeus considera que deverá ser atribuída prioridade ao combate à pobreza e à exclusão social Os europeus continuam a levar muito a peito a necessidade de se fazer face às consequências da crise financeira, económica e social. Deste modo, as políticas que pretendem que o Parlamento Europeu promova com carácter de urgência são as que afectam o seu quotidiano. Solicitou-se que escolhessem, no máximo, quatro políticas de uma lista de doze propostas 4. A que aparece, incontestavelmente, no topo da lista de prioridades é o combate à pobreza e à exclusão social, à semelhança do que aconteceu no início de 2010, aquando da última vaga do Eurobarómetro sobre este tema. No entanto, desta feita regista-se um aumento significativo no resultado obtido, a saber, um acréscimo de oito pontos percentuais: mais de metade dos inquiridos (52%) colocam esta política no primeiro lugar da sua lista. A segunda política mais frequentemente referida, uma protecção reforçada do consumidor e da saúde pública, foi referida por um terço dos inquiridos (33%, -2 pontos percentuais). A terceira política mencionada com mais frequência, a luta contra o terrorismo, respeitando as liberdades individuais foi referida por um número ligeiramente inferior a um terço dos inquiridos (28%, -6 pontos percentuais). A estas três políticas apontadas como mais prioritárias seguiu-se uma série de questões, cada uma das quais foi referida por aproximadamente um quarto dos inquiridos: uma polícia agrícola que seja amiga do ambiente e que contribua para o equilíbrio alimentar mundial e a coordenação das políticas económicas, orçamentais e fiscais (27% cada, tendo a primeira registado um declínio de -1 ponto percentual e a segunda um aumento de +3 pontos percentuais desde o início do ano), seguida do combate às alterações climáticas (26%, -8 pontos percentuais) e uma política de segurança e defesa que permita à UE enfrentar crises internacionais (23%, -7 pontos percentuais). 4 QC1 O Parlamento Europeu promove o desenvolvimento de determinadas políticas ao nível da União Europeia. Na sua opinião, quais das seguintes políticas devem ser prioritárias? 9

10 Uma política energética comum com o objectivo de assegurar a independência energética da UE e uma política de imigração implementada em consulta com os países de origem foram referidas por um em cada cinco inquiridos (20%, com um declínio de quatro pontos percentuais no caso da primeira e um resultado inalterado no da segunda). Em contrapartida, as seguintes políticas parecem inspirar menos entusiasmo, uma vez que foram referidas por menos de dois em cada dez inquiridos: uma política externa que permita à UE falar a uma só voz a nível internacional (17%, -4 pontos percentuais); uma política de investigação e desenvolvimento (I&D) que assegure a competitividade e a inovação (14%, +1 ponto percentual); e a afirmação de um modelo social europeu (13%, +2 pontos percentuais). 10

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12 A) Variações entre Estados-Membros Uma análise por país põe em evidência as prioridades políticas identificadas nos diferentes Estados-membros A escolha política referida com maior frequência, o combate à pobreza e à exclusão social (UE 52%), registou o seu resultado mais elevado na Grécia (68%), país particularmente afectado pela crise, tendo sido igualmente referida com frequência em Portugal (64%), na Lituânia (62%), em Espanha (61%), na Bélgica e na Finlândia (60% em ambos os casos). No entanto, esta política parece ser menos crucial para as pessoas inquiridas em Malta (37%), em Itália (40%) e no Reino Unido (43%). 12

13 Os Estados-Membros em que o número de respostas favoráveis ao combate à pobreza e à exclusão social aumentou mais significativamente desde Janeiro- Fevereiro de 2010 são sobretudo a Grécia (+27 pontos percentuais) e a Espanha (+18 pontos percentuais), que experimentam ambos crises sociais graves, bem como a Eslovénia (+17 pontos percentuais). No total, 12 Estados-Membros registaram um crescimento de dois dígitos nos resultados apresentados relativamente a esta política. Em sentido inverso, o Reino Unido e a Eslováquia são os únicos dois países em que o apoio a esta política decresceu (- 1 ponto percentual em ambos os países). 13

14 QC1 (3) The European Parliament promotes the development of certain policies at a European Union level. In your opinion, which of the following policies should be given priority? - Tackling poverty and social exclusion - EB74.1 Aug.-Sept EB73.1 Jan.-Feb Diff. EB EB73.1 EU27 52% 44% +8 EL 68% 41% +27 ES 61% 43% +18 SI 53% 36% +17 BG 56% 40% +16 CY 54% 39% +15 LU 49% 36% +13 DE 56% 44% +12 PT 64% 52% +12 RO 50% 38% +12 CZ 51% 40% +11 FR 57% 46% +11 IE 51% 41% +10 BE 60% 52% +8 FI 60% 52% +8 PL 55% 48% +7 LT 62% 56% +6 EE 48% 43% +5 NL 48% 43% +5 IT 40% 36% +4 HU 56% 52% +4 DK 45% 42% +3 SE 50% 48% +2 LV 54% 53% +1 MT 37% 36% +1 AT 50% 49% +1 SK 47% 48% -1 UK 43% 44% -1 14

15 Existe um apoio particularmente expressivo à protecção reforçada do consumidor e da saúde pública (UE 33%) entre os inquiridos dos países do Sul da União Europeia: nomeadamente em Chipre (74%) e, em menor medida, na Grécia e na Bulgária (48% cada), em Malta (47%) e na Irlanda (43%). Por outro lado, esta política merece um apoio muito menos significativo na Suécia (21%), no Reino Unido (22%), no Luxemburgo (23%) e em Espanha (27%). Cumpre notar que, enquanto a média de referência desta política pelo conjunto dos europeus foi de 33%, ela foi citada por 40% dos entrevistados nos países pós-2004/ e por 31% nos países pré O combate ao terrorismo, respeitando simultaneamente as liberdades individuais (UE 28%) foi a terceira entre as políticas mais frequentemente referidas. Numa altura em que os ataques terroristas e os raptos são vistos como ameaças potenciais em todo o mundo, este resultado reflecte as preocupações a este respeito. Os inquiridos nos Países Baixos são os que mais provavelmente considerarão que esta política deve merecer prioridade (43%), seguidos pelos inquiridos na Dinamarca (42%) e em Chipre (41%). É igualmente vista como uma preocupação grave na Eslováquia e no Reino Unido (33% em ambos os casos), na Suécia (32%), na Bélgica e na Alemanha (31% cada). Os inquiridos na Letónia (13%), na Estónia, na Eslovénia e na Lituânia (14% nos três casos), na Roménia (15%) e em Portugal (17%) parecem atribuir menos importância a este problema. Uma política agrícola que seja amiga do ambiente e contribua para o equilíbrio alimentar mundial (UE 27%) é vista como essencial sobretudo pelos inquiridos na Letónia (42%), na Finlândia e na Suécia (41% cada), em França (40%), na Estónia e na Bulgária (38% em ambos os casos). Esse sentimento é muito menos verdadeiro em Malta (14%), em Espanha (16%) e na Lituânia (18%). A coordenação das políticas económicas, orçamentais e fiscais (UE 27%) foi sobretudo referida pelos inquiridos na Lituânia (48%), na Hungria (43%), na Letónia (41%), na Estónia (39%) e na Eslováquia (38%); países que, todos eles, aderiram à União Europeia em No entanto, os inquiridos na Dinamarca (7%), em Malta e na Suécia (12% cada) e no Luxemburgo (15%) são provavelmente aqueles que consideram menos prioritária esta política. 5 Os países pós-2004/2007 são os 12 Estados-Membros que se tornaram novos Estados-Membros da UE em Maio de 2004 e Janeiro de Estes países são a Bulgária, a República Checa, a Estónia, a República de Chipre, a Lituânia, a Letónia, a Hungria, Malta, a Polónia, a Roménia, a Eslovénia e a Eslováquia. 6 Os países pré-2004 são os 15 Estados-Membros que eram membros da União Europeia antes de Maio de Estes países são a Bélgica, a Dinamarca, a Alemanha, a Grécia, Espanha, França, Irlanda, Itália, o Luxemburgo, os Países Baixos, a Áustria, Portugal, a Finlândia, a Suécia e o Reino Unido. 15

16 O combate às alterações climáticas (UE 26%) continua a ser uma preocupação particularmente disseminada no Norte da Europa: na Suécia (69%), bem como, em menor medida, na Dinamarca (47%), na Áustria (44%) e na Finlândia (40%) e ainda, mais a Sul, na Eslovénia (42%). No entanto, esta política parece despertar um interesse muito menor nos países bálticos: 6% na Letónia, 7% na Estónia e 12% na Lituânia. Cumpre notar que, nos países pós-2004/2007 (19%), o combate às alterações climáticas tende a ser menos referido do que nos países pré-2004 (28%). Contudo, esta política foi citada com menos frequência a nível europeu do que no início de 2010 (-8 pontos percentuais), como se, em período de preocupações económicas e financeiras, as questões ambientais fossem menos fundamentais para os europeus. Assim, a percentagem de inquiridos que referiram esta política aumentou apenas em três dos 27 Estados-Membros da União: Áustria (+4 pontos percentuais), Bélgica e Países Baixos (+1 ponto percentual cada). Em contrapartida, o maior declínio no apoio a esta política registou-se em Malta e na Roménia (-5 e -21 pontos percentuais respectivamente). 16

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18 Uma política de segurança e defesa que permita à UE enfrentar crises internacionais (UE 23%) é citada com uma frequência ligeiramente mais elevada em Chipre (43%), na Roménia (38%) e na Suécia (34%), comparativamente à Eslovénia (14%), a Portugal e à Lituânia (15% cada), que se situam no extremo oposto da escala. Uma política energética comum que assegure a independência energética da UE (UE 20%) foi referida com maior frequência na Hungria (38%), na Áustria (32%) e na Lituânia (30%) e com menor frequência em Espanha (8%), França (13%), Portugal e Chipre (ambos com 14%). Uma política de imigração implementada em consulta com os países de origem (UE 20%) é sobretudo vista como uma questão prioritária na Áustria (35%), na Bélgica (33%) e na Dinamarca (31%). No entanto, foi referida com escassa frequência na Roménia (4%), na Hungria e na Bulgária (6% em ambos os casos), um resultado interessante num contexto em que esta questão teve uma considerável cobertura mediática este Verão. Embora 20% do total dos europeus tenha mencionado esta política, ela foi citada por apenas 8% dos inquiridos nos países pós-2004/2007, tendo sido citada por 23% nos países pré Uma política externa que permita que a UE fale a uma só voz a nível internacional (UE 17%) foi mencionada mais particularmente pelos inquiridos na Irlanda (33%), no Luxemburgo e em Chipre (26% cada); porém, foi citada apenas por 8% dos inquiridos na Lituânia e por 10% em Portugal, no Reino Unido, em Espanha e na Letónia. Uma política de investigação e desenvolvimento (I&D) que assegure a competitividade e a inovação (UE 14%) parece merecer níveis praticamente semelhantes de apoio em toda a União Europeia (14% em média), embora tenha sido referida por 25% na Dinamarca e por apenas 5% em Chipre. Por último, a afirmação do modelo social europeu (UE 13%) é vista como uma prioridade apenas por 13% dos europeus, em média. Os inquiridos na Eslovénia (24%) e na Áustria (22%) são os que mais tendem a referir esta política, que teve entre os inquiridos no Reino Unido (3%) e em Malta (4%) o menor número de citações. 18

19 B) Análise sociodemográfica Olhando às três políticas mais frequentemente referidas, uma análise sociodemográfica das respostas põe em evidência vários elementos de interesse. Combate à pobreza e à exclusão social As mulheres, mais do que os homens, tendem a manifestar preocupação com este problema (resultados de 55% e 49% respectivamente). Em contrapartida, as respostas são bastante homogéneas entre os vários grupos etários (54% das pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 54 anos), sendo que os inquiridos mais idosos são os que menos referem esta política (49% dos inquiridos com idade igual ou superior a 55 anos). Um tanto logicamente, esta política é de especial interesse para os inquiridos das categorias socialmente mais vulneráveis (64% dos desempregados, 55% dos trabalhadores manuais e 61% dos que se posicionam nos estratos inferiores da escala social). Note-se que os inquiridos que se posicionam à esquerda do espectro político são os que mais tendem a referir esta política (58% contra 52% e 45% dos que se posicionam ao centro e à direita do espectro político). Uma protecção reforçada dos consumidores e da saúde pública Não existem verdadeiras diferenças entre homens e mulheres (32% e 33% respectivamente) no que se refere a esta política. Além disso, a idade não é, a este respeito, uma variável verdadeiramente determinante: esta política foi citada por 33% dos jovens entre os 15 e os 24 anos e por 31% dos inquiridos com idade igual ou superior a 55 anos. Por conseguinte, esta política parece reunir as diferentes categorias sociodemográficas, embora se registe entre os inquiridos socialmente mais vulneráveis uma tendência ligeiramente maior para referir esta política (35% dos trabalhadores manuais e 37% das pessoas que, na maioria das vezes, têm dificuldade em pagar as suas contas). A luta contra o terrorismo, respeitando as liberdades individuais Esta política goza claramente de um apoio transversal a todas as categorias, embora o apoio pareça mais marcado entre os inquiridos que se posicionam à direita do espectro político: 33% contra 31% e 23%, respectivamente, dos que se posicionam ao centro e à direita do espectro político. 19

20 QC1 The European Parliament promotes the development of certain policies at a European Union level. In your opinion, which of the following policies should be given priority? Tackling poverty and social exclusion Improving consumer and public health protection Combating terrorism while respecting individual freedoms EU27 52% 33% 28% Gender Male 49% 32% 27% Female 55% 33% 28% Age % 33% 26% % 34% 26% % 33% 28% % 31% 29% Respondent occupation scale Self- employed 46% 33% 25% Managers 49% 29% 26% Other white collars 49% 34% 27% Manual workers 55% 35% 28% House persons 54% 32% 29% Unemployed 64% 34% 26% Retired 49% 31% 29% Students 52% 32% 26% Left-Right scale (1-4) Left 58% 33% 23% (5-6) Centre 52% 33% 31% (7-10) Right 45% 32% 33% Self-positioning on the social scale Low (1-4) 61% 35% 24% Medium (5-6) 52% 33% 27% High (7-10) 48% 31% 31% As três políticas referidas com maior frequência. 20

21 1.2 O impacto da crise hoje - A maioria dos europeus sente os efeitos da crise actual a nível pessoal - A fim de aferir até que ponto os europeus sentem o impacto da crise, perguntouse, então, se entendiam que a mesma tinha impacto na economia mundial, na economia europeia, na economia do próprio país e na sua situação pessoal. O primeiro facto digno de registo é que os resultados permaneceram completamente inalterados desde a sondagem do Eurobarómetro levada a cabo no início de 2009 (EB71.1) no que se refere às três primeiras dimensões: 90% dos europeus concordam que a actual crise tem bastante impacto ou um impacto considerável na economia mundial, na economia europeia e na economia do seu país. Um número reduzido de inquiridos, embora ainda assim uma maioria, considera que a mesma tem um impacto considerável na sua situação pessoal: 52% dos inquiridos considera ser esse o caso, o que, seja como for, representa um decréscimo de seis pontos desde o início de Este resultado parece sugerir que a situação financeira das famílias europeias melhorou ligeiramente. Além disso, os inquiridos dos países que aderiram à União Europeia desde 2004 tendem, mais do que os que residem nos Estados-Membros mais antigos, a considerar que a crise tem um impacto significativo na sua situação pessoal (64% nos países pós-2004/2007 contra 48% nos países pré-2004). 21

22 A) Variações entre Estados-Membros Existe um consenso quase absoluto entre os Estados-Membros da União Europeia de que a actual crise tem um impacto significativo na economia mundial (EU 90%). Os inquiridos em Chipre (97%), na Bélgica e na Eslovénia (96% cada) são os que mais tendem a concordar com esta afirmação. Esta opinião, embora ainda partilhada por uma considerável maioria, está significativamente menos difundida na Polónia e na Roménia (83% cada) e na Áustria (85%). Cumpre notar que a percentagem de inquiridos que comunga desta opinião aumentou em 10 dos 27 Estados-Membros desde o início de A percentagem mantém-se inalterada em quatro Estados-Membros e decresceu em treze outros. A situação é semelhante no que se refere ao impacto significativo na economia europeia (UE 90%), convicção particularmente expressa pelos inquiridos na Grécia (97%), na República Checa, na Eslováquia e em Chipre (96% cada). 22

23 No que respeita à economia mundial, os inquiridos na Polónia (83%), na Roménia e na Áustria (84%) e em Malta (igualmente 84%) são os que tendem a comungar desta opinião. O número de inquiridos que sustenta essa opinião aumentou desde o início de 2009 em 10 Estados-Membros, tendo diminuído em 13 Estados-Membros e permanecido inalterado em quatro outros. O mesmo é válido no que respeita ao sentimento dos inquiridos quanto ao impacto significativo na economia nacional (UE 90%). Entre os inquiridos na Grécia, país que atravessa uma crise financeira sem precedentes, em particular, desde o final de 2009, 99% são dessa opinião. São seguidos de perto pelos inquiridos em Espanha e na Eslováquia (97% cada), na República Checa, na Estónia e na Hungria (96% nos três casos). Em contrapartida, o Luxemburgo (76%, -13 pontos percentuais), a Áustria (77%, -6 pontos percentuais) e a Polónia (78%, -4 pontos percentuais) evidenciam-se pelos seus resultados comparativamente mais baixos, bem com pelo facto de esses resultados serem inferiores aos verificados no início de o No Luxemburgo, os resultados são também inferiores no que respeita às outras três dimensões: o impacto significativo na economia mundial (-7 pontos percentuais), o impacto na economia europeia (-6 pontos percentuais) e, sobretudo, o impacto na situação pessoal dos inquiridos (- 25 pontos percentuais). o No entanto, o oposto é verdadeiro na Dinamarca, onde a percentagem de inquiridos que consideram que o seu país sofre actualmente as consequências da crise aumentou 15 pontos percentuais (de 77% para 92%). O mesmo se aplica também às restantes três dimensões: o impacto significativo na economia mundial (+6 pontos percentuais), o impacto na economia europeia (+8 pontos percentuais) e, em menor medida, o impacto na situação pessoal dos inquiridos (+2 pontos percentuais). No que se refere ao impacto significativo na situação pessoal dos inquiridos (UE 52%), alguns países apresentam uma considerável discrepância relativamente à média europeia. Os países em causa são a Hungria (86%), a Roménia (85%), a Grécia (83%), a Letónia (78%) e a Bulgária (77%). Mais, em 18 dos 27 Estados-Membros, a maioria dos inquiridos considera que a actual crise tem impacto na sua situação pessoal. No entanto, os inquiridos noutros Estados-Membros parecem sentir-se, pessoalmente, menos afectados pela crise. Esta é a situação, sobretudo, nos países do Norte da União Europeia: Suécia (19%), Dinamarca (24%), Alemanha e Áustria (27% cada), Finlândia (28%), Luxemburgo e Países Baixos (29% cada). 23

24 Relativamente a este aspecto, o número de inquiridos que referem que a crise tem um impacto significativo diminuiu em 19 dos 27 Estados-Membros desde o início de Em contrapartida, sete países registaram um aumento, sendo que apenas num país (Chipre) o valor se manteve inalterado, país em que 75% dos inquiridos refere que a actual crise tem um impacto significativo na sua situação pessoal. 24

25 B) Análise sociodemográfica Cumpre registar que as respostas dos inquiridos para cada uma das dimensões em causa não variam segundo o género. As respostas dadas por homens e mulheres são praticamente idênticas. Pelo contrário, a idade parece ter uma ligeira influência nas respostas dos inquiridos. Por exemplo, relativamente a cada uma das quatro perguntas, verifica-se entre os mais jovens (grupo etário dos anos) e os mais velhos (com idade igual ou superior a 55 anos) uma tendência ligeiramente inferior à registada entre os inquiridos dos grupos intermédios (dos 25 aos 39 e dos 40 aos 54 anos) para responderem afirmativamente. Por conseguinte, tendem ligeiramente menos a pensar que a crise tem um impacto significativo na economia mundial, na economia europeia, na economia do seu país e na sua situação pessoal. As categorias que, em princípio, são as mais activas em termos profissionais são também, por conseguinte, as que mais tendem a considerar que a crise tem um impacto significativo a todos os níveis. São poucas as diferenças por categoria profissional dos inquiridos no que se refere à percepção do impacto da crise aos níveis mundial, europeu e nacional. Em contrapartida, existem diferenças bastante claras no que se refere à sua situação pessoal: assim, 42% dos gestores (por comparação com 52% da totalidade dos europeus) consideram que a crise tem um impacto significativo na sua situação pessoal; este valor é de 72% no que respeita aos desempregados. O perfil dos inquiridos que mais tendem a considerar que a crise tem impacto na sua situação pessoal pode ser sintetizado da seguinte forma: A probabilidade de serem mulheres e homens é idêntica (52%) e tendem a pertencer aos grupos etários intermédios, entre os 25 e os 54 anos (57% contra 45% das pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos). São mais vulneráveis socialmente, deixaram os estudos relativamente cedo (55% dos que deixaram a escola com idade igual ou inferior aos 15 anos contra 46% dos que estudaram até aos 20 anos ou mais) e, acima de tudo, tendem a ter dificuldade, na maior parte das vezes, em pagar as suas contas (80% contra 39% dos que raramente têm dificuldade em cumprir as suas obrigações financeiras). Por último, 55% dos inquiridos que não são favoráveis a que os governos nacionais prestem ajuda financeira aos países em situação de crise experimentam pessoalmente o impacto da crise (comparativamente a 49% dos que estão a favor dessa ajuda). 25

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27 1.3 O impacto da crise na situação laboral dos inquiridos e dos que os rodeiam. - A maioria dos europeus afirma não ter sido afectada directamente ou indirectamente pelos despedimentos - Tendo analisado a percepção que os europeus têm do impacto da crise na economia mundial, na economia europeia e na economia dos respectivos países, observámos que a maioria considera que esta crise tem também impacto na sua situação pessoal. Foram formuladas quatro perguntas, a fim de aferir até que ponto os europeus e os que lhes estão mais próximos foram afectados pela crise na sua vida laboral. 7 Os resultados mostram (algo logicamente) que quanto mais as pessoas vêem as questões afastadas do seu círculo imediato, mais observam o impacto da crise económica: o Em resposta à afirmação alguém que conhece mas que não é seu familiar nem colega perdeu o emprego, 40% dos inquiridos afirmam que essa situação sobreveio como consequência da crise. Um número semelhante de inquiridos responde que essa situação não ocorreu. o o o Vinte por cento afirmam que um dos seus colegas perdeu o emprego como consequência da crise. 23% confirmam também que um dos seus familiares perdeu o emprego como consequência da crise. Por último, 11% afirmam que eles próprios ou o seu parceiro perderam o emprego como consequência da crise. Estes resultados revelam que, para uma minoria substancial dos europeus, a crise teve um impacto directo e particularmente significativo. 7 QC3 Seguem-se algumas situações que poderão ter surgido recentemente na sua vida laboral ou na vida profissional dos que o rodeiam. Para cada uma, diga se aconteceu como consequência directa da crise, se aconteceu mas não como consequência directa da crise, ou se não aconteceu de todo. Perdeu o seu emprego / o seu parceiro (marido ou mulher, parceiro(a), etc.) perdeu o emprego; Um dos seus familiares perdeu o emprego; Um dos seus colegas perdeu o emprego; Alguém que conhece mas que não é seu familiar nem colega perdeu o emprego. Sim, como consequência directa da crise; Sim, mas não como consequência directa da crise; Não, não aconteceu; Não se aplica (ESPONTÂNEO). 27

28 A) Variações entre Estados-Membros Se analisarmos as respostas relativamente à afirmação alguém que conhece mas que não é seu familiar nem colega perdeu o emprego como consequência da crise (UE 40%), verificamos que 80% dos inquiridos na Letónia respondem afirmativamente, seguidos de 75% dos inquiridos em Espanha. Malta e a Polónia são, uma vez mais, os dois Estados-Membros com os resultados mais baixos (21% cada). Em resposta à afirmação um dos seus colegas perdeu o emprego como consequência da crise (UE 20%), uma vez mais a Letónia regista o resultado mais elevado (56%), seguida da Irlanda (45%) e de Espanha (44%), registando-se os resultados mais baixos em Malta (5%), no Luxemburgo e na Polónia (8% cada). As respostas afirmativas a um dos seus familiares perdeu o emprego como consequência da crise (UE 23%) são novamente lideradas pela Letónia, país em que 57% dos inquiridos expressam essa opinião. Situação idêntica verifica-se na Irlanda e na Lituânia (50% cada), enquanto os inquiridos 28

29 na Bélgica e na Finlândia parecem ser os menos afectados (11% em ambos os casos). Por último, quanto à afirmação perdeu o seu emprego/o seu parceiro perdeu o emprego como consequência da crise (UE 11%), mais de um terço dos inquiridos na Letónia afirma ter sido esse o caso (34%). A seguir, os resultados mais elevados registaram-se em Espanha (24%), na Lituânia (23%) e na Estónia (22%). No extremo oposto da escala, os inquiridos em Malta (3%), no Luxemburgo (5%), em França, na Alemanha, na Finlândia e na Suécia (6% cada) parecem ser os menos afectados directamente por este problema. o A Letónia é, por conseguinte, de longe, o país europeu onde os inquiridos mais parecem ter experimentado pessoalmente (ou no seu círculo familiar ou de amigos) o impacto directo da crise no que se respeita à perda do emprego. Oito em cada dez inquiridos afirma que, ainda que não tenham sido directamente afectados, essa situação ocorreu com alguém que conhecem, mas que não é seu familiar nem colega. Acresce que mais de um em cada três inquiridos (34%) afirma ter perdido o emprego, ou que isso aconteceu com o seu parceiro. o Os inquiridos em Espanha e na Irlanda também foram fortemente afectados pela crise: 45% e 50%, respectivamente, afirmam ter perdido o emprego devido à crise e 75% e 74%, respectivamente, afirmam que o mesmo aconteceu com alguém que conhecem mas que não é familiar nem colega. o No extremo oposto da escala, os inquiridos em Malta são os que menos afirmam ter perdido o emprego ou ter um familiar ou colega que tenha ficado nessa situação como resultado da crise. 29

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31 B) Análise sociodemográfica Se nos centrarmos nos inquiridos que afirmam que, devido à actual crise, eles próprios ou o seu parceiro perderam o emprego ou que conhecem um familiar ou colega que também foi despedido, verificamos o seguinte: Existem muito poucas diferenças com base no género. No entanto, os homens tendem a ser ligeiramente mais numerosos do que as mulheres (23% e 18% respectivamente) a afirmar que um dos seus colegas perdeu o emprego como consequência da crise. No que se refere à variável da idade (e para cada uma das quatro afirmações), os europeus com idades compreendidas entre os 25 e os 39 anos ou seja, jovens em idade activa são os que mais vezes dão essa resposta, enquanto os inquiridos mais velhos (com idade igual ou superior a 55 anos) são os menos afectados. Do ponto de vista da situação laboral dos inquiridos, verificamos que os inquiridos das categorias menos favorecidas (desempregados, pessoas domésticas e trabalhadores manuais) são os que mais tendem a perder o emprego ou os que conhecem alguém que perdeu o emprego em consequência da crise. Assim, 39% dos desempregados afirmam ter perdido recentemente, eles próprios ou o seu parceiro, o emprego como consequência da crise, enquanto 37% referem que isso aconteceu com um familiar, 39% com um colega de trabalho e 54% com alguém que conhecem mas que não é seu familiar nem colega como consequência directa da crise. 31

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33 2. Os actores envolvidos na resolução da crise 2.1 Os actores mais capazes de lutar de forma eficaz contra a crise - Os governos nacionais e a União Europeia são vistos como os actores mais capazes de tomar medidas eficazes contra as consequências da crise - Qual a melhor forma de fazer hoje face à crise? Quais os meios mais adequados para tentar resolvê-la? A pergunta sobre quais os actores mais capazes de lidar de forma mais eficaz contra os efeitos da crise já foi formulada em diversas ocasiões, em particular aquando do Eurobarómetro Ordinário, no Outono de 2009 (EB72), mas também, pela primeira vez, aquando do Eurobarómetro Especial dedicado à crise, realizado em nome do Parlamento Europeu no início de 2009 (EB71.1) 8. Atentaremos aqui sobretudo na comparação dos resultados da presente vaga com os obtidos em Janeiro-Fevereiro de Tal como nos mais recentes inquéritos do Eurobarómetro, pediu-se aos inquiridos que escolhessem entre não apenas as instituições supranacionais ou globais (a União Europeia, o G20 e o Fundo Monetário Internacional), mas também os órgãos nacionais (governos) e os Estados Unidos 9. Quando comparados com o resultado da sondagem realizada no início de 2009, os resultados da presente vaga revelam uma mudança na ordem de prioridades dos primeiros dois níveis decisórios: O governo nacional e a União Europeia obtêm desta feita exactamente o mesmo resultado (25%), sendo claramente preferidos às restantes alternativas internacionais no que se refere à capacidade de lidar com os efeitos da crise. Em Janeiro-Fevereiro de 2009, na vaga EB71.1 do Eurobarómetro, os governos nacionais representavam 14% das respostas e a União Europeia 17%. Estes dois actores foram-se constituindo gradualmente como indispensáveis para a resposta eficaz à crise. A União Europeia ganhou terreno ao lado dos governos nacionais: 17% em Janeiro-Fevereiro de 2009 e 25% actualmente. O progresso registado por estas duas opções ao longo do tempo parece, no entanto, ter sido conseguido em detrimento das outras opções elencadas, em especial do G20 e dos Estados Unidos: 8 Cumpre notar que, na sondagem EB71.1, os entrevistados foram inquiridos acerca do G8 e não do G20. 9 QC7 Na sua opinião, qual dos seguintes actores é capaz de lidar de forma mais eficaz contra os efeitos da crise? 33

34 o G20 perdeu sete pontos percentuais num ano e meio, passando de 25% das respostas em Janeiro-Fevereiro de 2009 para 13% no Outono de Os Estados Unidos parecem ser o actor que mais terreno perdeu, perdendo 9 pontos percentuais em dezoito meses, ou seja, passando de 15% em Janeiro-Fevereiro de 2009 para apenas 6% actualmente. Por último, o Fundo Monetário Internacional, que obteve 10% em Janeiro-Fevereiro de 2009, merece agora o apoio de 13% dos inquiridos. * Em Janeiro-Fevereiro de 2009, a questão dizia respeito ao G8. Em Agosto-Setembro de 2010, diz respeito ao G20 34

35 Os inquiridos dos países da área do euro revelam grande apego à União Europeia, que é vista como o actor mais capaz de fazer face aos efeitos da crise: 28% contra apenas 20% dos inquiridos dos países de fora da área do euro. Em contrapartida, os inquiridos nos países que adoptaram a moeda única parecem ter menos fé nos seus governos (22%), enquanto 31% dos inquiridos de fora da área do euro recorreriam aos respectivos governos. A) Variações entre Estados-Membros Uma análise por país revela certas diferenças na opinião dos europeus quanto ao nível decisório mais apropriado para fazer face aos efeitos da crise. O governo nacional (UE 25%) foi referido, sobretudo, pelos inquiridos na Roménia (49%), seguidos pelos inquiridos na Grécia (43%), no Reino Unido (37%), na Bulgária (36%) e na Suécia (34%). É de notar que os inquiridos na Grécia, que actualmente atravessa uma crise económica e financeira particularmente grave, parecem confiar no seu próprio governo mais do que na União Europeia (30%) para fazer face aos efeitos da crise. Os inquiridos na República Checa (8%) e nos Países Baixos (14%) são os que menos tendem a optar pelo seu próprio governo. Os mais acérrimos defensores da União Europeia, a este respeito (UE 25%) são os inquiridos em Malta (40%), seguidos dos residentes em Itália (36%), na Irlanda (35%) e na Bélgica (34%). No entanto, a UE é vista como muito menos capaz de lidar de forma eficaz com os efeitos da crise pelos inquiridos no Reino Unido (9%), na República Checa (15%), na Dinamarca e na Suécia (16% cada). O G20 (UE 13%) é visto como o actor mais capaz de fazer face à crise pelos inquiridos na República Checa (40%), nos Países Baixos (34%) e na Hungria (24%). Em contrapartida, os inquiridos na Irlanda (3%), na Grécia (4%), em Espanha, em Malta e na Polónia (6% nos três casos) são os que se mostram menos convictos da capacidade daquele para tomar medidas eficazes. O Fundo Monetário Internacional (UE 13%) foi referido, em particular, pelos inquiridos na Finlândia (23%), em Chipre (21%) e em França (19% 10 ), mas merece escasso apoio na Roménia (4%), na Bulgária e em Portugal (5% cada). Por último, os Estados Unidos (UE 6%) foram referidos por muito poucos inquiridos. Só os entrevistados em Portugal (13%), na República Checa e na Dinamarca (12% cada) e na Eslovénia (11%) parecem ter confiança nos EUA 10 Cumpre ter presente que o Director Executivo do FMI, Dominique Strauss-Kahn, é de nacionalidade francesa e que a sua reputação pode, em parte, explicar este resultado. 35

36 (pelo menos uma em cada 10 pessoas). Ao invés, os inquiridos na Grécia (1%), em Chipre e nos Países Baixos, na Bulgária, na Estónia e na Roménia (3% nos cinco países) parecem ser mais cépticos relativamente aos Estados Unidos. 36

37 B) Análise sociodemográfica Uma análise sociodemográfica revela algumas disparidades interessantes. Para além do facto de as mulheres parecerem ser ligeiramente mais numerosas do que os homens a confiar no seu governo (26% e 24% respectivamente) e de os homens serem ligeiramente mais numerosos do que as mulheres a escolher a União Europeia (26% contra 25% de mulheres), são poucas as diferenças com base no género. A idade dos inquiridos é uma variável mais determinante: quanto mais velhos são os inquiridos, mais tendem a considerar que o governo nacional é o actor mais capaz de tomar medidas eficazes (28% das pessoas com idade igual ou superior a 55 anos contra 22% das pessoas com idades entre os 15 e os 24 anos). Em contrapartida, os inquiridos mais jovens tendem a confiar mais na União Europeia do que os mais idosos: 27% dos inquiridos com idades entre os 15 e 24 anos escolhem a União Europeia (o resultado mais elevado nesta categoria) em comparação com 24% dos inquiridos com idade igual ou superior a 55 anos. No que se refere aos restantes actores, os jovens com idades entre os 15 e os 24 anos são os que referem com maior frequência os Estados Unidos (7%) e o G20 (15%), enquanto as pessoas com idades entre os 40 e os 54 anos tendem a optar, mais do que a média europeia (14% e 13% respectivamente), pelo Fundo Monetário Internacional. Quanto menos instrução têm, mais os inquiridos tendem a confiar no seu próprio governo para a resolução da crise (31% dos que deixaram a escola com idade igual ou inferior aos 15 anos contra 21% dos que estudaram até aos 20 anos ou mais). Ao invés, os inquiridos com mais instrução consideram a União Europeia o actor mais capaz para tomar medidas eficazes contra as consequências da crise (26%). A categoria profissional e o facto de se pertencer a um subgrupo mais vulnerável da população parecem também influenciar as respostas a esta pergunta. Assim, quanto maiores são as suas dificuldades financeiras, mais os inquiridos tendem a apoiar a acção a nível nacional. Deste modo, os desempregados e os trabalhadores manuais (27% em ambos os casos), particularmente afectados pela crise, tendem mais a optar pelo seu governo, enquanto os inquiridos que mostram maior confiança na União Europeia são as pessoas domésticas (29%), bem como os trabalhadores e estudantes (28%). De igual modo, 33% das pessoas que, a maior parte das vezes, têm dificuldade em pagar as suas contas optam pelo seu governo, em comparação com apenas 24% daqueles que quase nunca têm essas dificuldades. Cabe igualmente notar que, enquanto os inquiridos que se posicionam à direita do espectro político tanto escolhem a União Europeia como o seu 37

38 governo (25% em ambos os casos), os que se posicionam à esquerda consideram a União Europeia o actor mais eficaz para tomar medidas eficazes contra os efeitos da crise (27% contra 23% que optam pelo governo nacional).os inquiridos próximos do centro do espectro político mostram-se mais divididos, preferindo o governo do seu país à União Europeia por apenas um ponto percentual (26% contra 25% que optam pela União Europeia). Por último, logicamente, 39% dos inquiridos que consideram estar mais bem protegidos contra os efeitos da crise se o seu país actuar a nível individual, optam por confiar no seu governo para enfrentar as consequências da crise. Em contrapartida, 35% dos que são favoráveis a uma acção coordenada com outros países da UE consideram que a União Europeia está em melhor posição para tomar medidas eficazes contra as consequências da crise. 38

39 2.2 Na União Europeia: acção individual ou colectiva? Percepções - Uma maioria relativa de europeus considera que os Estados-Membros actuaram individualmente - Face a uma crise económica e financeira persistente, como vêem os europeus a actuação da União Europeia? Consideram que os vários Estados-Membros tenderam a actuar individualmente? Ou, ao invés, terão as suas acções sido coordenadas com outros Estados-Membros da UE? A pergunta foi colocada aos inquiridos nestes termos, a fim de se apreender melhor o modo como vêem a situação 11. Os resultados mostram que os inquiridos estão bastante divididos a este respeito: 44% consideram que os vários Estados-Membros tenderam a actuar individualmente. Este resultado é exactamente o mesmo que o registado em Janeiro-Fevereiro de 2009, altura em que se apresentou aos europeus a mesma pergunta. Uma percentagem ligeiramente inferior de inquiridos, 38% (-1 ponto percentual) é da opinião contrária, a saber, que os Estados-Membros agiram de forma coordenada com os restantes países da UE. A elevada percentagem de respostas NS a esta pergunta é igualmente surpreendente: 18% (+1 ponto percentual desde Janeiro-Fevereiro de 2009). É igualmente interessante verificar que os inquiridos dos países da área do euro são os que mais tendem a considerar que os Estados-Membros agiram de forma coordenada (41% contra 32% dos inquiridos de países de fora da área do euro). Em contrapartida, são menos numerosos os que consideram que os Estados-Membros tenderam a agir individualmente (42% contra 47% dos inquiridos de países de fora da área do euro); este resultado ilustra talvez o impacto na opinião pública das medidas tomadas na área do euro para fazer face à crise. 11 QC5 Diria que até agora, para fazer face à crise económica e financeira, os vários Estados-Membros da UE têm? Tido tendência para agir individualmente; Tido tendência para agir de forma coordenada com os outros Estados-Membros da UE. 39

40 A) Variações entre Estados-Membros Por conseguinte, um pouco mais de quatro em cada dez europeus têm a impressão de que os Estados-Membros da União Europeia tenderam a agir individualmente (UE 44%) face à crise. Mais, esta opinião é partilhada por mais de dois em cada três inquiridos na Dinamarca (66%) e por mais de 50% dos inquiridos em seis outros países: França (58%), Reino Unido (56%), Países Baixos (55%), Letónia, Bélgica e Eslováquia (51% nos três casos). Os inquiridos em Malta (19%), na Finlândia (23%), na Bulgária (33%) e em Itália (34%) são os menos convictos daquela realidade. A Finlândia é de longe o país em que os inquiridos se mostram mais convictos (68%) de que os vários Estados-Membros agiram de forma coordenada com os restantes Estados-Membros da UE. É igualmente um dos países com a taxa de respostas NS mais baixa (9%). De notar também que a percentagem de inquiridos que consideram que os Estados-Membros agiram individualmente desceu em 16 países, embora tenha aumentado em nove outros e se mantenha inalterada em dois países. 40

41 A Letónia registou o maior aumento (+35 pontos percentuais), ou seja, passou de 16% de inquiridos, que em Janeiro Fevereiro de 2009 (EB71.1) acreditavam que os Estados-Membros tinham agido individualmente, para 51% em Setembro de Por conseguinte, a opinião da maioria inverteu-se completamente na Letónia, uma vez que a maioria dos inquiridos no país acredita, hoje, que os países da UE agiram individualmente. Esse é igualmente o caso, embora em menor medida, no Luxemburgo (46% consideram que os Estados-Membros agiram individualmente, +3 pontos percentuais), e na Polónia (42%, +5 pontos percentuais). Noutros dois países, registou-se um movimento na direcção oposta, ou seja, a maioria dos inquiridos pensa agora que os Estados-Membros agiram de forma coordenada. Estes dois países são a Alemanha (41%, +1 ponto percentual) e a Itália (45%, +5 pontos percentuais). 41

42 Embora os inquiridos tendam a mostrar-se divididos quanto a esta pergunta, ainda assim a maioria considera que os Estados-Membros tenderam a agir individualmente em resposta à crise. Porém, existe uma excepção interessante: a maioria de inquiridos que acredita que o euro mitigou os efeitos da crise considera que os Estados-Membros tenderam a agir de forma coordenada (49% contra 41% que têm a opinião contrária). B) Análise sociodemográfica Uma análise sociodemográfica dos resultados confirma esta observação, ainda que a veemência das respostas possa, em certa medida, variar. Se analisarmos a resposta mais frequente, a saber, que os Estados-Membros agiram individualmente, podemos verificar que são os homens, mais do que as mulheres, que defendem essa posição (46% e 42%). Esta opinião é também partilhada pelas categorias etárias intermédias (45% dos inquiridos entre os 25 e os 39 anos e 46% dos inquiridos do grupo etário dos anos), enquanto os mais jovens e os mais velhos se mostram menos convictos da mesma (41% dos inquiridos do grupo etário dos anos e 42% dos inquiridos com idade igual ou superior 55 anos). O grau de instrução dos inquiridos é igualmente uma variável determinante: 38% dos inquiridos que deixaram a escola antes dos 16 anos consideram que os Estados-Membros agiram individualmente, em comparação com 45% dos que deixaram a escola entre os 16 e os 19 anos e com 49% dos que estudaram até aos 20 anos ou mais. A categoria profissional do inquirido parece desempenhar um papel significativo: assim, as categorias socialmente mais favorecidas são as que mais tendem a considerar que os Estados-Membros agiram individualmente, o mesmo acontecendo com 50% dos gestores, em comparação com 43% dos desempregados e 35% das pessoas domésticas. Por último, 50% dos inquiridos que entendem que o euro não mitigou os efeitos negativos da crise consideram que os países agiram individualmente, em comparação com 41% dos que consideram que a moeda única tendeu a atenuar os efeitos da crise. 42

43 2.2.2 Preferência - A maioria dos europeus considera que estaria mais protegida se o seu país adoptasse e aplicasse medidas de forma coordenada com os outros Estados-Membros - Tendo analisado a percepção que os europeus têm da actuação dos Estados- Membros (de forma individual ou colectiva), passaremos agora a analisar a opção que consideram preferível e mais tranquilizadora. Sentem-se mais protegidos se o seu país adoptar medidas individualmente, ou se, ao invés, actuar de forma coordenada com os restantes países da UE? 12 Ainda que 38% dos europeus considere que os Estados-Membros da UE agiram de forma coordenada, a maioria dos inquiridos (52%) entende que estariam mais protegidos como cidadãos se o seu país adoptasse e aplicasse medidas de uma forma coordenada. Embora essa permaneça a opinião maioritária, o desejo de uma acção coordenada entre os Estados-Membros decaiu nove pontos percentuais desde Janeiro-Fevreiro de 2009 (EB71.1), enquanto o apoio à acção individual por parte dos Estados-Membros aumentou sete pontos percentuais. Será esse um sinal de que a eficácia dessa abordagem carece de credibilidade, ou será que reflecte o facto de uma minoria significativa dos cidadãos não acreditar que essa acção coordenada seja possível? Talvez valha a pena incluir esta pergunta num futuro inquérito. Por último, desde o último inquérito sobre este tema, no início de 2009, o nível de respostas NS a esta pergunta permaneceu relativamente elevado (15%, +2 pontos percentuais): esta questão deixa, claramente, um número não desprezível de inquiridos perplexos. 12 QC6 Como cidadão, diria que estaria mais bem protegido face à actual crise se? (O NOSSO PAÍS) adoptasse medidas e as aplicasse individualmente; (O NOSSO PAÍS) adoptasse medidas e as aplicasse de forma coordenada com os outros países da UE. 43

44 O primeiro aspecto digno de registo é que os entrevistados dos países da área do euro tendem, mais do que os dos países de fora da área do euro, a considerar que estariam mais protegidos caso o seu país adoptasse e aplicasse medidas de forma coordenada com os restantes Estados-Membros (58% e 43% respectivamente). Ao invés, os inquiridos de fora da área do euro tendem, mais do que os que vivem na área do euro, a sentir-se mais protegidos caso o seu país adoptasse e aplicasse medidas de forma individual (39% e 29%). No entanto, a verdade é que ambos os grupos prefeririam uma acção coordenada pelos Estados-Membros da UE. 44

45 A) Variações entre Estados-Membros Existe uma maioria favorável à acção individual (UE 33%) em apenas um dos 27 Estados-Membros, a saber, o Reino Unido, onde 51% dos inquiridos preferem que o seu país actue de forma individual contra 30% que optam por uma acção colectiva. Nos outros 26 países, a maioria dos inquiridos continua a preferir uma acção colectiva (UE 52%), ainda que o número das respostas NS seja muito elevado nalguns países (27% em Malta, 23% na Roménia e 22% na Irlanda). A Finlândia (72%), a Estónia (71%) e a Espanha (68%) são os países onde se regista o maior apoio à acção colectiva. As opiniões encontram-se algo divididas na Letónia (47% a favor da acção coordenada contra 44% a favor da acção individual ), na Áustria (49% contra 41%) e na Suécia (46% contra 38%); embora a maioria dos inquiridos nestes países seja favorável a uma acção coordenada, a margem entre as duas posições é bastante estreita. Por último, apenas quatro Estados-Membros registaram um aumento na percentagem de respostas a favor da acção coordenada (UE 52%), a saber, a Roménia (44%, +5 pontos percentuais), a Irlanda (50%, +4 pontos percentuais), a Espanha (68%, +3 pontos percentuais) e a Itália (60%, +3 pontos percentuais). O resultado na Finlândia mantém-se inalterado e continua a ser o mais elevado para esta pergunta (72%). Em contrapartida, os seguintes países registaram um aumento particularmente significativo no número de respostas favoráveis à acção individual (UE 33%): Grécia (38%, +18 pontos percentuais), Letónia (44%, +13 pontos percentuais), França (35%, +13 pontos percentuais), Bulgária e Portugal (28%, ambos +13 pontos percentuais), Polónia (33%, +12 pontos percentuais) e Suécia (38%, +11 pontos. 45

46 percentuais). 46

47 B) Análise sociodemográfica Relativamente ao género, os homens (55%), mais do que as mulheres (50%), tendem a considerar que estariam mais protegidos contra os efeitos da crise se o seu país adoptasse e aplicasse medidas de forma coordenada com os outros Estados-Membros. Esta posição tende também a estar mais difundida entre o grupo etário dos anos (55%), enquanto os inquiridos mais velhos parecem menos convictos da mesma (50% dos inquiridos com idade igual ou superior a 55 anos). O grau de instrução parece influenciar também as respostas. Assim, 61% dos inquiridos que estudaram até aos 20 anos ou mais consideram que estariam mais protegidos, como cidadãos, se o seu país adoptasse e aplicasse medidas de forma coordenada com outros países da UE, ou seja, uma diferença de 15 pontos percentuais em comparação com os inquiridos que deixaram a escola aos 16 anos (46%). Registam-se ainda diferenças por categoria social dos inquiridos: 58% dos gestores preferem uma acção colectiva, em comparação com 48% das pessoas domésticas e 51% dos desempregados. Do ponto de vista das simpatias políticas, esta posição parece acolher maior apoio junto das pessoas que se situam à esquerda do espectro politico (59%) do que entre os que se situam ao centro (54%) ou à direita (53%). Por último, os inquiridos favoráveis à ajuda financeira nacional aos países que enfrentam graves dificuldades preferem também uma acção coordenada no seio da União Europeia. Esta resposta foi dada por 64% desses inquiridos contra 44% dos que não apoiam essa ajuda financeira. 47

48 48

49 3. O papel do euro na crise financeira - A maioria dos europeus considera que o euro não mitigou os efeitos negativos da crise - Embora a saída da crise esteja a levar mais tempo do que se esperava e, aparentemente, a recuperação não venha a ser tão rápida como se previa, de que forma mudou a imagem da moeda única? Consideram os europeus que, em geral, o euro mitigou os efeitos negativos da actual crise? As opiniões a este respeito permanecem divididas, mas a maioria dos europeus (50%; +6) acredita agora que o euro não mitigou os efeitos negativos da crise, enquanto 33% (-6) são da opinião contrária e 17% não tenham expressado opinião 13. Ao longo dos últimos dezoito meses, por conseguinte, as percepções foram ficando mais negativas. É importante notar que, tal como aconteceu em Janeiro-Fevreiro de 2009 (embora em menor medida), os europeus da área do euro tendem a apoiar mais a premissa de que o euro mitigou os efeitos da crise (38%, -6 pontos percentuais) do que os cidadãos que vivem fora da área do euro (22%, -10 pontos percentuais). No entanto, a verdade é que, mesmo na área do euro, a maioria dos inquiridos considera hoje que a moeda única não os protegeu contra os efeitos da crise (51%). Este valor equivale a um aumento de oito pontos percentuais relativamente a Janeiro-Fevereiro de Diga em que medida está de acordo ou em desacordo com a seguinte afirmação: De um modo geral, o envio mitigou os efeitos negativos da actual crise. Totalmente de acordo; Tendo a concordar; Tendo a discordar; Discordo totalmente. 49

50 A) Variações entre Estados-Membros Em 19 dos 27 Estados-Membros, a maioria dos inquiridos não concorda que, em geral, o euro tenha mitigado os efeitos negativos da crise. Só em dois países existe uma maioria absoluta de inquiridos que concordam (UE 33%) com a afirmação, a saber, na Eslováquia (57%) e na Finlândia (50%), que fazem ambos parte da área do euro. No entanto, regista-se igualmente um apoio maioritário a esta afirmação noutros seis Estados-Membros: Itália (49%), Grécia (47%), Áustria (46%), Luxemburgo (44%), Irlanda (38%), que fazem parte da área do euro, e Roménia (34%), que não adoptou ainda a moeda única. Por outro lado, os inquiridos na Eslovénia (66%), na República Checa (65%), em França (62%), na Alemanha (58%) e na Suécia (56%) são os que mais tendem a discordar desta afirmação (UE 50%). No entanto, em três países, as opiniões estão bastante divididas entre os inquiridos que concordam e os que discordam da afirmação, ficando em, respectivamente, 47% e 46% na Grécia, 44% e 43% no Luxemburgo e 46% e 42% na Áustria. 50

51 O número dos que apoiam a afirmação de que o euro mitigou os efeitos da crise decresceu de forma espectacular na Eslovénia: a afirmação, apoiada pela maioria dos inquiridos em Janeiro-Fevereiro de 2009, é agora defendida por um pouco mais de um em cada quatro inquiridos (26%, -27 pontos percentuais). O apoio a esta afirmação caiu significativamente na Polónia, (22%, -17 pontos percentuais), em Malta (33%, -16 pontos percentuais), nos Países Baixos (35%, - 16 pontos percentuais), na Estónia (26%, -15 pontos percentuais) e na Suécia (20%, -15 pontos percentuais). Em todos estes países excepto na Suécia a opinião maioritária inverteu-se desde o início de 2009, altura em que a maioria dos inquiridos nesses Estados-Membros entendia que o euro os tinha protegido contra os efeitos nefastos da crise. 51

52 B) Análise sociodemográfica O primeiro facto digno de registo é que, em cada uma das categorias em causa, sem excepção, a maioria dos inquiridos discorda da afirmação de que, em geral, o euro mitigou os efeitos negativos da crise. Os homens mostram-se mais positivos do que as mulheres quanto ao papel da moeda única, sendo que 36% e 29%, respectivamente, afirmam que, em geral, o euro mitigou os efeitos negativos da crise. No entanto, o cepticismo de homens e mulheres é praticamente idêntico quanto ao papel de mitigação do euro: 50% para os primeiros e 51% para as últimas sendo que a taxa de NS faz a diferença, posto que é consideravelmente mais elevada entre as mulheres. Para além disso, os estratos sociais menos favorecidos permanecem algo cépticos quanto aos efeitos de mitigação do euro: 52% dos inquiridos que se colocam na base da escala social consideram que o euro não atenuou os efeitos negativos da crise, em comparação com 48% dos que se colocam no topo da escala social. Por último, observamos que 42% dos que são favoráveis a que o seu país conceda ajuda financeira a outro país em dificuldades como resultado da crise consideram que o euro ajudou a mitigar os efeitos negativos da crise, em comparação com apenas 24% dos que não apoiam essa ajuda. 52

53 4. Sair da crise 4.1 Reduzir a despesa pública ou investir em medidas de estímulo à economia? - Os europeus estão divididos quanto ao melhor caminho a seguir - A fim de sair da crise, apresentámos duas soluções aos inquiridos, perguntando qual prefeririam 14 : Cortar as despesas públicas primeiro, ou investir primeiro em medidas de estímulo à economia. As opiniões a este respeito são muito divididas: uma maioria relativa de europeus (38%) considera que os Estados-Membros da União Europeia deverão investir inicialmente em medidas de incentivo à economia. No entanto, uma percentagem praticamente idêntica (35%) entende que os Estados-Membros deverão, primeiro, reduzir as suas despesas públicas. 19% dos europeus afirmam, espontaneamente, que ambas as medidas deveriam merecer igual prioridade, sendo que 8% não manifestam opinião. 14 QC8 Pessoalmente, diria que para se sair rapidamente da crise, os Estados-Membros da UE deveriam primeiro reduzir as suas despesas públicas ou deveriam primeiro investir em medidas para estimular a economia? Reduzir primeiro as suas despesas públicas; Investir primeiro em medidas para estimular a economia; Ambas as medidas igualmente (ESPONTÂNEO). 53

54 A) Variações entre Estados-Membros Embora as opiniões estejam divididas em toda a União Europeia, regista-se um certo número de diferenças de país para país. Assim, as medidas de incentivo à economia (UE 38%) merecem preferência sobretudo da parte dos inquiridos nos países nórdicos: Dinamarca (69%), Finlândia (52%), e Suécia (51%). É esse também o caso na Lituânia (65%) e nos Países Baixos (51%). Os inquiridos na Eslováquia (50%), em França (46%) e na Estónia (42%) são os mais convictos de que a despesa pública deverá ser reduzida em primeiro lugar (UE 35%). Nalguns países, os inquiridos estão divididos de forma praticamente idêntica a este respeito: O índice, ou seja, a diferença entre a percentagem dos que acreditam que os países deveriam reduzir primeiro a sua dívida pública e os que consideram que deveriam primeiro investir em medidas de incentivo à economia, está muito próximo do zero. Os países em questão são a República Checa (ambos 42%), o Luxemburgo (ambos 35%), o Reino Unido (ambos 41%), a Bélgica (41% e 43% respectivamente), a Grécia (35% e 36%) e a Eslovénia (36% e 34%). Em dois países, a saber, Portugal (36%) e Alemanha (35%), a maioria chega mesmo a responder, espontaneamente, que ambas as medidas deveriam ser aplicadas (UE 19%). Convém notar que a ponderação desta pergunta ( ambas as medidas ) é ainda mais significativa, uma vez que surgiu, espontaneamente, por iniciativa dos entrevistados. 54

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56 B) Análise sociodemográfica A primeira escolha dos europeus, a saber, investir em medidas de incentivo à economia, varia consoante as categorias sociodemográficas. Os homens tendem, mais do que as mulheres, a ser favoráveis às medidas de incentivo à economia (40% contra 37%). As respostas são influenciadas pela idade: quanto mais jovens são os inquiridos (entre os 15 e os 24 anos), mais tendem a favorecer as medidas de incentivo à economia (42%); os inquiridos mais velhos (55+) são os que mais hesitam (34%). O grau de instrução dos inquiridos também é determinante: aqueles que prosseguiram os estudos até mais tarde preferem que os Estados-Membros invistam em medidas de incentivo à economia (43% das pessoas que estudaram até aos 20 anos ou mais). Em contrapartida, os inquiridos com mais baixa qualificação preferem os cortes na despesa pública (34% dos inquiridos que deixaram a escola até aos 15 anos). A orientação política dos inquiridos parece ser também um factor determinante: 43% dos que se posicionam à esquerda do espectro político tendem a preferir medidas de estímulo à economia, em comparação com 39% dos que se posicionam ao centro e com 38% dos que se posicionam à direita, 42% dos quais preferem o corte das despesas públicas. A posição social tem uma influência relativamente pequena nas respostas dos inquiridos, embora 41% dos que se colocam no topo da escala social tendam a preferir que os países invistam em medidas de estímulo à economia, enquanto apenas 36% dos que se colocam na base da escala social comungam dessa opinião. Cumpre notar que uma maioria relativa dos inquiridos, independentemente da posição em que se colocam na escala social, prefere, seja como for, investir em medidas de estímulo à economia. 44% dos inquiridos que são favoráveis a que o seu país conceda ajuda financeira a outro país em época de crise preferem investir em medidas de estímulo à economia, sendo 37% os que se opõem a essa ajuda. 56

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58 4.2 Quem deverá fazer o maior esforço no que respeita às medidas de austeridade - Uma maioria relativa dos europeus acredita que deverão ser os líderes das grandes empresas e da indústria a fazer o maior esforço no que respeita às medidas de austeridade - Nalguns Estados-Membros essa é já a realidade, mas noutros essa questão parece ser tabu. A perspectiva da introdução de medidas de austeridade como uma das soluções apontadas para se ultrapassar a crise foi sugerida aos inquiridos durante a presente sondagem. Mas quem deverá suportar o fardo dessas medidas? 15 Mais de um terço (34%) dos inquiridos afirma que, para ultrapassar a crise, o maior esforço em matéria de medidas de austeridade deverá caber aos dirigentes das grandes empresas e da indústria. Em seguida, 21% dos europeus escolhem os serviços públicos, 7% as PME (pequenas e médias empresas)/emp (empresas muito pequenas) e, por último, 6% optam pela resposta você/os cidadãos europeus. Menos de um em cada dez inquiridos (8%) não manifestam opinião. A resposta todos ao mesmo tempo (ou seja, todos os membros da sociedade), apareceu espontaneamente em segundo lugar com um resultado de 24%, sem dúvida um sinal de consciencialização colectiva da dimensão dos esforços a empreender. 15 QC9 Na sua opinião, no (NOSSO PAÍS), qual dos seguintes deveria fazer os maiores esforços em termos de medidas de austeridade? Os líderes das grandes empresas e da indústria; as PME (pequenas e médias empresas/emp Empresas muito pequenas); Os serviços públicos; Você/Cidadãos europeus; Todos ao mesmo tempo (ESPONTÂNEO) 58

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60 A) Variações entre Estados-Membros Uma análise dos dados exclusivamente a nível da União Europeia esconderia as diferenças significativas que existem entre os 27 Estados-Membros. Assim, a primeira resposta dada pelos europeus, em média, a saber, os líderes das grandes empresas e da indústria (UE 34%), foi mencionada sobretudo pela maioria dos inquiridos em França (53%), na Eslováquia (47%), no Reino Unido (44%), na Bélgica e nos Países Baixos (43%) e, em menor medida, na Letónia (13%), na Bulgária (16%) e em Chipre (19%) Deverão ser os serviços públicos (UE 21%) a envidar os maiores esforços em matéria de medidas de austeridade, de acordo com a maioria dos inquiridos na Letónia (60%), seguidos, em menor medida, pelos inquiridos na Bulgária (39%), na Estónia (32%) e na Dinamarca (30%). Os inquiridos em Malta (13%), na Roménia, em Espanha e em Itália (14% nos três casos) são os que mais tendem a optar por esta resposta. As PME (pequenas e médias empresas)/emp (empresas muito pequenas) (UE 7%), que ficaram em quarto lugar nas respostas dadas pelo conjunto dos europeus (7%), foram referidas em primeiro lugar com uma frequência ligeiramente superior na Áustria (15%), em Itália (14%), na Polónia e em Portugal (12% cada). Em contrapartida, o número mais baixo de respostas no que se refere às PME/EMP regista-se em Chipre (1%), no Luxemburgo (2%), em Malta, na Suécia e no Reino Unido (3% nos três casos). Os europeus em geral colocam a resposta Você/Os cidadãos europeus (UE 6%), em quinto e último lugar; esta resposta foi referida por um em cada seis inquiridos nos Países Baixos (16%), por 15% dos entrevistados na Dinamarca e por 14% em Chipre. Os resultados mais baixos foram obtidos na Alemanha e em Portugal (2% cada). Por último, a resposta dada em segundo lugar, Todos ao mesmo tempo (UE 24%) (que, é preciso tê-lo presente, não foi sugerida explicitamente aos inquiridos), foi referida, sobretudo, pelos inquiridos na Alemanha (38%), em Malta (37%), em Chipre (36%), em Espanha (33%), em Itália, em Portugal e na Eslovénia (32% nos três casos). Em contrapartida, os inquiridos em França e na Lituânia (9% cada), nos Países Baixos e no Reino Unido (10% em ambos os casos) são os que menos tendem a dar esta resposta. 60

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62 B) Análise sociodemográfica Uma análise sociodemográfica revela as seguintes diferenças: Os líderes das grandes empresas e da indústria (vistos como os actores que deverão envidar os maiores esforços em termos de medidas de austeridade) são referidos por percentagens praticamente idênticas de homens e mulheres (34% e 35%). Em termos etários, os inquiridos mais jovens tendem, mais do que os mais idosos, a referir os líderes das empresas (37% dos inquiridos com idades compreendidas entre 15 e 24 anos e 32% dos com idade igual ou superior a 55 anos). Entre as diferentes categorias profissionais, os trabalhadores manuais (37%) são os que mais querem que sejam os líderes das grandes empresas e da indústria a envidar os maiores esforços. Os inquiridos que se posicionam à esquerda do espectro político (41%) tendem também, mais do que os que se situam ao centro (35%) ou à direita (32%), a comungar desta opinião. Os homens, mais do que as mulheres (22% e 19% respectivamente) consideram que devem ser os serviços públicos a envidar esforços especiais. Verifica-se também entre os inquiridos socialmente mais favorecidos (23% dos gestores) uma ligeira tendência para optar por esta resposta, assim como entre os que se situam à direita do espectro político (25% contra 21% e 20% dos que se situam, respectivamente, ao centro ou à esquerda do espectro político). No que se refere às duas últimas respostas, PME e EMP e Você/Os cidadãos europeus, não é propriamente possível estabelecer distinções sociodemográficas entre os inquiridos que optam por estas respostas. 62

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64 4.3 Solidariedade entre os Estados-Membros em tempos de crise - A maioria dos europeus é favorável a que se preste ajuda financeira a outros Estados-Membros que enfrentam dificuldades - Fazer face à crise significa igualmente demonstrar solidariedade entre os diferentes Estados-Membros quando alguns destes enfrentam dificuldades económicas e financeiras graves. Mas até que ponto estão os europeus dispostos a levar esta solidariedade? Foi esse o cerne da pergunta formulada 16. Uma maioria dos europeus (49%) está disposta a prestar ajuda financeira a outro Estado-Membro que enfrente dificuldades económicas e financeiras. Praticamente 10% concordam totalmente com esta afirmação. No entanto, mais de um terço (39%) dos inquiridos é da opinião contrária. Doze por cento não manifestam opinião. 16 QC10 Em que medida concorda ou discorda da seguinte afirmação. Em tempos de crise, é desejável para (O NOSSO PAÍS) fornecer ajuda financeira a outro Estado-Membro da UE que esteja a enfrentar graves dificuldades económicas e financeiras. Concorda totalmente; Tende a concordar; Tende a discordar; Discorda totalmente. 64

65 Cumpre notar que a maioria dos inquiridos nos países pré-2004 concorda que deverá ser concedida ajuda financeira a outro Estado-Membro que enfrente dificuldades económicas e financeiras (50% contra 39% que discordam). Nos países pós-2004/2007, no entanto, uma maioria relativa dos inquiridos tende a manifestar-se contra a ideia (44%), enquanto 41% concorda com a afirmação. A) Variações entre Estados-Membros A média europeia de 49% dos inquiridos que se mostra favorável à concessão de ajuda financeira a outro Estado-Membro que enfrente dificuldades esconde diferenças significativas entre os 27 Estados-Membros. Em primeiro lugar, em mais de metade dos Estados-Membros (14 dos 27), uma maioria absoluta de inquiridos concorda (EU 49%) com esta afirmação. Alguns países evidenciam-se por registarem um número muito superior à média de respostas Concorda (total das respostas Concorda totalmente e Tende a concordar ), em particular Chipre (70%), Dinamarca (69%), Suécia (67%), Bélgica (61%) e Luxemburgo (59%). Em contrapartida, apenas 24% dos inquiridos na Bulgária, 29% na Eslovénia, 32% na Roménia e 35% na República Checa, na Hungria e na Eslováquia optam por esta resposta. Tendo em conta a situação grega e as decisões tomadas pelos Estados- Membros na Primavera passada relativamente a este país, as quais suscitaram uma certa controvérsia na Alemanha, é particularmente interessante registar que as opiniões a este respeito estão distribuídas de forma equitativa entre estes dois países. Quarenta e oito por cento dos inquiridos na Grécia são favoráveis a que se preste ajuda financeira a outro Estado-Membro que enfrente dificuldades enquanto 46% discordam. Na Alemanha, os números são de 46% e 45% respectivamente. 65

66 B) Análise sociodemográfica As respostas a esta questão revelam poucas diferenças em função do género e da idade dos inquiridos. No entanto, os homens tendem, ligeiramente mais do que as mulheres, a ser favoráveis à concessão de ajuda financeira a um Estado-Membro que enfrente dificuldades (50% e 47% respectivamente Concorda ). Os inquiridos mais jovens são também os que tendem a concordar mais com a afirmação (50% dos inquiridos com idades entre os 15 e os 39 anos contra 48% dos que se situam no grupo etário dos anos e 47% dos que têm idade igual ou superior a 55 anos). No entanto, é sobretudo notório que as categorias sociais mais favorecidas sejam as que mais tendem apoiar a ajuda a outro Estado-Membro. Assim, 59% dos inquiridos que estudaram até a uma idade igual 66

67 ou superior a 20 anos concorda com aquela ideia, o mesmo acontecendo com 58% dos gestores e com 53% daqueles que quase nunca têm dificuldades em pagar as suas contas, em comparação com apenas 36% dos que, a maior parte das vezes, têm dificuldade em pagar as suas contas. A maioria destes últimos (49%) não considera que essa ajuda seja desejável. Por último, no que se refere às simpatias políticas, 56% dos que se posicionam à esquerda do espectro político apoiam essa ajuda, em comparação com 49% dos que se posicionam à direita e ao centro. 67

68 4.3.1 Razões para a solidariedade dos cidadãos - A solidariedade como uma questão de princípio mas que pode também provar ser benéfica para todos - Como referido acima, 49% dos europeus concorda que o seu país preste ajuda financeira a outro Estado-Membro que enfrente dificuldades económicas e financeiras graves. Mas qual a verdadeira razão desse apoio? Foi esta a essência da pergunta que subsequentemente foi formulada. 17 Será por acreditarem que essa ajuda a outro Estado-Membro é do interesse económico do seu próprio país? Ou deverá a ajuda ser prestada em nome da solidariedade entre Estados-Membros? Uma vez mais as opiniões encontram-se bastante divididas. Embora a maioria dos que são favoráveis à solidariedade entre Estados-Membros (51%) ofereça ajuda em nome da solidariedade europeia entre Estados-Membros, quatro em cada dez (44%) orientam-se mais pela crença de que é do interesse económico do seu país ajudar outro Estado-Membro. Apenas 2% apresentam outra razão e 3% não manifestam opinião. 17 QC11 Qual é a principal razão por que pensa ser desejável que (O NOSSO PAÍS) forneça ajuda financeira a outro Estado-Membro da UE que está a enfrentar graves dificuldades económicas e financeiras? É do interesse económico (DO NOSSO PAIS) ajudar outro Estado-Membro da UE; Em nome da solidariedade europeia entre Estados-Membros; Outras (ESPONTÂNEO). 68

69 *Base: Os que respondem ser desejável prestar ajuda financeira a outro Estado-Membro da UE que enfrente dificuldades económicas e financeiras graves (49% do conjunto da amostra). A) Variações entre Estados-Membros A maioria dos inquiridos em 22 dos 27 Estados-Membros (incluindo 21 com uma maioria absoluta) apoia essa ajuda em nome da solidariedade europeia entre Estados-Membros (UE 51%). O apoio ao princípio da solidariedade é particularmente expressivo na Grécia (país bem colocado para apreciar a necessidade dessa ajuda, tendo dela beneficiado recentemente), em Chipre e no Luxemburgo (74% cada), bem como na Bulgária (68%). Em contrapartida, os interesses económicos (UE 44%) assumem preponderância no Reino Unido (68%), na Alemanha (53%), na Irlanda (52%), nos Países Baixos (50%) e na República Checa (49%). 69

70 QC11 What is the main reason why you think it is desirable that (OUR COUNTRY) gives financial help to another EU Member State facing severe economic and financial difficulties? It is in the economic interests of (OUR COUNTRY) to help another EU Member State In the name of European solidarity between Member States Other (SPONTANEOUS) Don't know EU27 44% 51% 2% 3% BE 37% 62% 0% 1% BG 31% 68% 0% 1% CZ 49% 48% 0% 3% DK 41% 57% 1% 1% DE 53% 43% 2% 2% EE 38% 59% 2% 1% EL 24% 74% 0% 2% ES 37% 51% 7% 5% FR 36% 60% 2% 2% IE 52% 43% 2% 3% IT 38% 57% 2% 3% CY 25% 74% 1% 0% LT 30% 62% 2% 6% LV 34% 63% 0% 3% LU 20% 74% 3% 3% HU 47% 49% 1% 3% MT 37% 59% 1% 3% NL 50% 48% 2% 0% AT 39% 55% 4% 2% PL 37% 60% 0% 3% PT 33% 60% 1% 6% RO 42% 55% 0% 3% SI 24% 66% 7% 3% SK 44% 55% 0% 1% FI 36% 61% 2% 1% SE 31% 64% 2% 3% UK 68% 27% 1% 4% Highest percentage by item Lowest percentage by item *Base: Os que respondem ser desejável prestar ajuda financeira a outro Estado-Membro da UE que enfrente dificuldades económicas e financeiras graves (49% do conjunto da amostra). B) Análise sociodemográfica Uma análise sociodemográfica dos resultados desta pergunta revela alguns elementos interessantes, ainda que, praticamente na maioria dos casos, a solidariedade entre os Estados-Membros seja a principal razão dada pelos 70

71 inquiridos para justificar o apoio à concessão de ajuda a outro Estado-Membro que enfrente graves dificuldades financeiras. Verificamos, antes de mais, que os resultados não parecem efectivamente estar correlacionados com o género ou com a idade dos inquiridos. Em contrapartida, a categoria profissional dos inquiridos é um tanto mais eloquente. Por exemplo, os trabalhadores por conta própria (55%), as pessoas domésticas (54%) e os reformados (53%), em comparação com 47% dos gestores, são os que mais tendem a referir a solidariedade europeia como principal razão para ajudar outro Estado-Membro. Além disso, 54% dos inquiridos que acreditam que estariam mais protegidos se o seu país adoptasse medidas de combate à crise de uma forma coordenada com outros Estados-Membros são favoráveis a essa ajuda em nome da solidariedade europeia. Este resultado é mais elevado em oito pontos percentuais do que o registado no caso dos inquiridos que defendem que os Estados-Membros tomem medidas com base numa abordagem individual. Cinquenta por cento dos inquiridos deste último grupo afirmam que a ajuda em questão deveria ser primordialmente orientada pelos interesses económicos do seu próprio país. 71

72 4.3.2 Razões para não manifestar solidariedade - Um sentimento generalizado de que os cidadãos de um país não deveriam ter de pagar pelos problemas de outros - Como supramencionado, 39% dos europeus não estariam disponíveis para ajudar um outro Estado-Membro que enfrente dificuldades económicas e financeiras graves (ver QC10). A fim de perceber as suas motivações, solicitámos que explicassem as razões da sua decisão 18 : Será por considerarem não ser do interesse económico do seu país ajudar um outro Estado-Membro? Ou consideram que os cidadãos do seu Estado-Membro não têm de pagar pelos problemas económicos dos outros Estados-Membros da UE? 66% afirmam que os cidadãos do seu país não deveriam ter de pagar pelos problemas de outros. Um quarto (exactamente 25%) refere não ser do interesse económico do seu país ajudar outro Estado-Membro. Apenas 6% apresentam outra razão e 3% não manifestam opinião. 18 QC11 Qual é a principal razão por que pensa ser desejável que (O NOSSO PAÍS) forneça ajuda financeira a outro Estado-Membro da UE que está a enfrentar graves dificuldades económicas e financeiras? Não é do interesse económico do (NOSSO PAIS) ajudar outro Estado-Membro da UE; (NACIONALIDADE) os cidadãos não deverão pagar pelos problemas económicos de outros Estados- Membros da UE; Outras (ESPONTÂNEO) 72

73 *Base: Os que respondem não ser desejável prestar ajuda financeira a outro Estado-Membro da UE que enfrente dificuldades económicas e financeiras graves (39% do conjunto da amostra). A) Variações entre Estados-Membros Antes de mais, cumpre notar que, em 24 dos 27 Estados-Membros, uma maioria absoluta dos inquiridos que respondem não ser desejável ajudar outro Estado-Membro que enfrente dificuldades financeiras graves afirma que o seu país não deveria ter de pagar pelos outros Estados-Membros (UE 66%). Alguns países expressam esta opinião com particular veemência, especialmente a Eslovénia (88%), a Alemanha (85%), a Eslováquia (81%), a Finlândia (79%) e a Áustria (78%). Os três restantes países são a Roménia (47%), a Espanha (49%) e a Grécia (38%). Só uma maioria de inquiridos na Grécia responde não ser do interesse económico do seu país ajudar outro Estado-Membro da UE (50%). Há que notar que estes três países viveram todos uma situação económica particularmente difícil. 73

74 *Base: Os que respondem não ser desejável prestar ajuda financeira a outro Estado-Membro da UE que enfrente dificuldades económicas e financeiras graves (39% do conjunto da amostra). 74

75 B) Análise sociodemográfica Primeira observação: a indisponibilidade para pagar pelos outros é amplamente preponderante em todas as categorias de inquiridos. No entanto, existem algumas diferenças na veemência dessa opinião. Não existem diferenças significativas entre os inquiridos em função das variáveis do género e da idade. Contudo, a categoria profissional dos inquiridos parece ter influência nas suas respostas. Os inquiridos socialmente mais favorecidos são os que mais tendem a considerar que o seu país não deverá ter de pagar pelos restantes Estados-Membros: 67% dos gestores e dos trabalhadores por conta própria em comparação com 59% dos desempregados e com 62% das pessoas domésticas. De igual modo, os inquiridos que quase nunca têm dificuldade para pagar as suas contas (68%) tendem a comungar mais desta opinião do que os que, na maior parte das vezes, têm dificuldades em pagar as suas contas (62%). 75

76 4.4 Medidas para sair da crise - Investir na educação, formação e investigação mas apoiando igualmente as pequenas e médias empresas - A União Europeia está empenhada num processo que visa a saída da crise até ao ano de 2020, bem como nas políticas comunitárias a privilegiar de molde a assegurar que a União Europeia regresse ao crescimento. Tendo isso presente, o Parlamento Europeu adoptou algumas posições, em diversas ocasiões, quanto às medidas que considera deverem merecer prioridade com vista a ajudar a União Europeia a emergir da crise, assegurando um regresso ao emprego e ao crescimento sustentável. Solicitou-se aos entrevistados que participaram na presente sondagem do Eurobarómetro que escolhessem um máximo de quatro medidas (de entre onze propostas) que, no seu entender, deveriam merecer prioridade a fim de se sair da crise 19. Os resultados obtidos mostram que, para os europeus, é preciso que a promoção do emprego e o regresso ao crescimento assentem, acima de tudo, na educação e no apoio às PME. A afirmação Investir na educação, formação e investigação obtém a pontuação máxima: constitui uma prioridade para mais de quatro em cada dez inquiridos (43%). Segue-se de perto o apoio às PME e às EMP, que foi referido por 40% dos entrevistados. A redução da burocracia obtém a terceira pontuação mais elevada, com mais de um terço (34%) das respostas, à frente da promoção do empreendedorismo (30%), mas, sobretudo, de medidas de investimento mais concretas, como o investimento em fontes de energia renováveis e o fomento da poupança energética (23%), o investimento em inovação e I&D (22%) ou o investimento no ambiente (17%). Como parte desta necessidade de promover as nossas capacidades de inovação e investigação, um quinto dos europeus afirma ser importante reduzir a fuga de cérebros entre os europeus altamente instruídos e o número de trabalhadores qualificados que deixam a Europa (20%), mas também lutar contra o abandono escolar (19%). Nesta lista de opções, o apoio às grandes empregas e à indústria e o desenvolvimento da governação económica europeia, para coordenar 19 QC13 O Parlamento Europeu promove determinadas medidas para ajudar a UE a sair da crise, assegurando um retorno do emprego e do crescimento sustentável. Na sua opinião, quais das seguintes políticas devem ser prioritárias? 76

77 as políticas económicas dos Estados-Membros da UE são referidos por 16% dos inquiridos. Por último, são referidas com muito menor frequência outras medidas póscrise, nomeadamente o investimento na solidariedade e o contributo para a integração das pessoas excluídas da sociedade (15%), bem como a eliminação das barreiras à livre circulação de pessoas, bens e serviços na UE (10%). Esta última questão prende-se, indubitavelmente, na mente de muitos europeus, com algo que já foi conseguido através da conclusão do mercado interno. Existem algumas diferenças bastante marcadas quanto a algumas medidas entre os europeus que pertencem a países da área do euro e os que provêm de países de fora da área do euro. Assim, quatro das catorze propostas para ajudar a União Europeia a sair da crise são mencionadas com uma frequência muito maior pelos primeiros do que pelos últimos: o Reduzir a fuga de cérebros entre os europeus altamente instruídos e o número de trabalhadores qualificados que deixam a Europa : respectivamente 24% e 14%; o Investir na solidariedade e contribuir para a integração de pessoas excluídas da sociedade : 19% e 9%. o Desenvolvimento da governação económica europeia, para coordenar as política económicas dos Estados-Membros da UE : 19% e 12%. o Investimento no ambiente : 19% e 14%. Em contrapartida, a Redução da burocracia foi referida com muito maior frequência pelos inquiridos de países não pertencentes à área do euro (40% contra 30% na área do euro). 77

78 78

79 A) Variações entre Estados-Membros Como se pode verificar pela tabela abaixo, a ordem de prioridades estabelecida pelos europeus para as medidas propostas varia consideravelmente de país para país. Salientamos as medidas referidas com maior frequência. Investimento na educação, formação e investigação (UE 43%) é a medida escolhida como prioritária pela maioria dos inquiridos na Irlanda (66%), em Chipre (59%), na Dinamarca e na Alemanha (58% cada), em Malta (57%), na Suécia (53%), no Luxemburgo (51%), na Roménia e em França (50% em ambos os casos). No entanto, os inquiridos na Lituânia (24%), na Polónia (30%), em Itália (31%), na Letónia, em Espanha e na Eslovénia (todos 32%) são os que menos tendem a favorecer esta medida. 79

80 O apoio às PME e EMP (UE 40%) é visto com uma medida particularmente importante pelos inquiridos em Chipre (62%), na Grécia (54%), na Bulgária e em França (53% cada), na Irlanda (51%) e na República Checa (50%). No entanto, regista-se um apoio muito inferior a esta medida em Malta e na Dinamarca (28% cada). A redução da burocracia (UE 34%) é citada como uma prioridade na Eslovénia (54%), nos Países Baixos (53%), na Finlândia (50%) e na Lituânia (48%), mas apenas por 15% dos inquiridos em Portugal e por 16% em Espanha. A promoção do empreendedorismo (UE 30%), como forma de ajudar a UE a emergir da crise, é referida com maior frequência na Grécia, em Espanha e na Letónia (todos com 53%), bem como na República Checa (50%). Os números mais baixos de respostas relativamente a esta medida foram obtidos em Malta (10%), na Roménia (12%) e na Alemanha (15%). O investimento em fontes de energia renováveis e o fomento da poupança energética (UE 23%) são considerados prioritários pelos inquiridos na Dinamarca (41%), em Chipre, na Hungria e na Áustria (todos com 35%), mas merece muito pouco apoio na Roménia (8%) e em Espanha (10%). O investimento na inovação e na I&D (UE 22%) constitui uma prioridade para os inquiridos na Suécia (47%), na Dinamarca (38%) e nos Países Baixos (34%), estando os entrevistados em Espanha e na Hungria (13% cada) muito menos convencidos da sua importância. 80

81 81

82 B) Análise sociodemográfica Uma análise sociodemográfica dos resultados desta pergunta revela diferenças significativas nas respostas, consoante os subgrupos de entrevistados. Para o ilustrar, salientaremos as principais medidas apoiadas pelos europeus: O Investimento na educação, formação e investigação é naturalmente um tema favorito para os inquiridos mais jovens (50% do grupo etário dos anos contra 40% dos inquiridos com idade igual ou superior a 55 anos). No entanto, esta política merece igualmente um forte apoio da parte dos gestores (54% contra 43% dos trabalhadores manuais) e entre as pessoas que se posicionam à esquerda do espectro político (48% contra 46% dos que se situam ao centro e 40% dos que se dizem de direita). Os inquiridos com maior grau de instrução são também os que mais tendem a referir o investimento na educação, formação e investigação (48% dos que estudaram até aos 20 anos de idade ou mais contra 36% dos que deixaram os estudos com idade igual ou inferior aos 15 anos). Esta medida é igualmente apoiada por 48% dos inquiridos que consideram que a crise não teve consequências na sua situação pessoal (em comparação com 41% dos que pensam que a crise teve um impacto significativo na sua situação pessoal). O apoio às PME e às EMP é, um tanto logicamente, uma medida a que os trabalhadores por conta própria (47% contra 38% das pessoas domésticas) acreditam que deverá ser conferida prioridade. É igualmente uma medida advogada pelos inquiridos dos grupos etários intermédios (43% das pessoas do grupo etário dos 25 aos 39 anos e 42% das do grupo etário dos 40 aos 54 anos), bem como pelos inquiridos que não são favoráveis a que o seu país conceda ajuda financeira a outro Estado-Membro que enfrente dificuldades (45%), em comparação com 38% dos que são a favor da concessão dessa ajuda. A redução da burocracia parece ser mais prioritária para os homens do que para as mulheres (36% e 32%). Os inquiridos mais idosos parecem também mais dispostos a apoiar esta medida (38% dos inquiridos com idade igual ou superior a 55 anos contra 24% dos inquiridos do grupo etário dos anos). O facto de se pertencer a uma categoria social mais favorecida parece também condicionar as respostas: esta medida é referida por 37% dos gestores e por 38% dos trabalhadores por conta própria. Cumpre também notar que 39% das pessoas à direita do espectro político referem esta medida, em comparação com 36% dos que se situam ao centro e com 32% dos que se situam à esquerda. 82

83 A Promoção do empreendedorismo é naturalmente cara sobretudo aos trabalhadores por contra própria (38%), mas tende a ser referida com uma frequência ligeiramente inferior pelos gestores e pelos desempregados (29% em ambos os casos). Os inquiridos que se posicionam à esquerda do espectro político (41%) tendem também, mais do que os que se posicionam ao centro (35%) ou à direita (28%), a partilhar desta opinião. O Investimento nas fontes de energia renováveis e a promoção da poupança energética são referidos mais frequentemente pelos inquiridos com maior grau de instrução (27% dos que estudaram mais tempo contra 19% dos que deixaram os estudos antes dos 16 anos). As categorias sociais mais favorecidas atribuem igualmente mais importância às preocupações ambientais: 29% dos gestores (contra 18% dos desempregados e 17% dos que, na maior parte das vezes, tem dificuldades em pagar as suas contas). O Investimento na inovação e na I&D é uma medida advogada sobretudo pelos homens (25% contra 19% de mulheres), pelos mais instruídos (29% contra 16% dos que deixaram a escola com idade igual ou inferior aos 15 anos), e pelos gestores (30% contra 15% dos desempregados). Trata-se de uma medida igualmente escolhida por 27% dos inquiridos que se situam à direita do espectro político, em comparação com 24% dos que se situam ao centro e à esquerda. Mais, foi referida também com maior frequência pelos que se colocam no topo da escala social do que pelos que se colocam na base da mesma (28% e 16% respectivamente). 83

84 Seis medidas referidas com maior frequência. 84

85 - Um apelo a uma regulação mais estrita dos operadores dos mercados financeiros - Uma série de medidas destinadas a prevenir e evitar futuras crises estão actualmente a ser debatidas no seio das Instituições europeias. Solicitou-se aos europeus que manifestassem a sua opinião quanto à eficácia de algumas dessas medidas. Para esse fim, pediu-se aos inquiridos que manifestassem a sua opinião sobre um conjunto de sete medidas fundamentais, indicando se as consideram eficazes ou ineficazes para prevenir e evitar futuras crises. 20 A lição essencial a retirar quanto a esta questão é que uma ampla maioria de inquiridos considera que todas estas medidas seriam efectivamente eficazes para prevenir e evitar futuras crises. Cinco das sete medidas são apoiadas por mais de 60% dos inquiridos. A medida que obtém o maior número de respostas positivas (70%) é a regulação e supervisão mais rigorosas dos actores dos mercados financeiros (por exemplo, regulamentando os prémios dos corretores). A criação de um Fundo Monetário Europeu que possa intervir caso um dos Estados-Membros enfrente dificuldades económicas e financeiras graves obtém o segundo maior número de respostas (67%), seguida de perto pelas medidas que visam assegurar o cumprimento das regras definidas em conjunto na UE em matéria de dívida e défices públicos (65%). A melhoria da consulta entre os Estados-Membros da UE aquando da elaboração dos respectivos orçamentos faz sentido para 64% dos europeus. Em seguida, 63% dos inquiridos considera que estabelecer uma governação económica europeia, que assegure a coordenação das políticas económicas, orçamentais e financeiras de todos os Estados- Membros pode ser uma forma eficaz de prevenir e evitar futuras crises. Mais de metade dos inquiridos (58%) considera que A apresentação dos orçamentos nacionais dos Estados-Membros à Comissão Europeia seria uma medida eficaz. Por último, uma maioria relativa das pessoas inquiridas (exactamente 47%) considera que A introdução de um imposto bancário e de um imposto sobre as transacções financeiras seria uma medida eficaz para prevenir e evitar crises futuras na UE. Regista-se, a este respeito, um nível particularmente 20 QC14 Certas medidas com o objectivo de prevenir e evitar futuras crises estão actualmente a ser debatidas nas Instituições europeias. Para cada medida, diga-me se pensa que vai ser eficaz ou não para prevenir e evitar futuras crises. Escala das respostas: Muito eficaz; Bastante eficaz; Não muito eficaz; Ineficaz. 85

86 elevado de respostas NS (21%), reflectindo, presumivelmente, um certo grau de perplexidade entre os inquiridos no que se refere a esta opção, que é actualmente objecto de uma série de interpretações e que poderá ser relativamente complicada de compreender. Acresce que alguns inquiridos consideram, talvez, que caso esta medida seja introduzida, os bancos venham a fazer reflectir qualquer imposto sobre as transacções financeiras nos seus clientes, ou seja, nos próprios cidadãos europeus. Um número considerável de europeus não manifesta qualquer opinião a este respeito, independentemente da medida em causa (as respostas NS variam entre os 16 e os 21%). Uma parte não negligenciável da população prefere não emitir qualquer opinião sobre estas questões relativamente técnicas e complexas. 86

87 87

88 Além disso, como se verá, para cada uma das medidas propostas, os inquiridos de países da área do euro tendem, mais do que os provenientes de países de fora da área do euro, a considerar que as várias medidas propostas seriam uma forma eficaz de prevenir e evitar futuras crises. Este resultado fica, em parte, a dever-se ao facto de a percentagem de respostas NS ser, em todos os casos, superior fora da área do euro. A diferença mais significativa na veemência das repostas, em ambas as zonas, prende-se com os incentivos ou sanções destinadas a encorajar os Estados-Membros a cumprirem as regras definidas em conjunto na UE no que respeita à dívida e aos défices públicos. A diferença é de 13 pontos percentuais (70% e 57% respectivamente). A) Variações entre Estados-Membros Existem diferenças bastante significativas entre os 27 Estados-Membros no que se refere às medidas propostas: alguns países evidenciam-se pela sua percepção mais positiva da eficácia de cada uma das medidas propostas. É sobretudo o caso dos inquiridos em Chipre, na Bélgica, na Grécia, em Itália, na Eslováquia, nos Países Baixos, na Áustria e na Alemanha. Em contrapartida, os inquiridos no Reino Unido e na Estónia são os menos convictos da eficácia dessas medidas. No caso da medida que obteve o maior número de preferências, a saber, a regulação e supervisão mais rigorosas dos operadores dos mercados financeiros (por exemplo, a regulamentação dos prémios dos corretores) (UE 70%), existem algumas diferenças na veemência das respostas. Os inquiridos na Eslováquia e em Chipre (85% cada), bem como na Alemanha (81%), são os que se mostram mais convictos da eficácia desta medida. Os inquiridos em Chipre (88%), na Eslováquia (85%) e na Bélgica (80%) são os que mais tendem a pensar que a criação de um Fundo Monetário Europeu que possa intervir caso um Estado-Membro enfrente dificuldades económicas e financeiras graves (UE 67%) seria uma medida eficaz. O mesmo é válido para os incentivos ou sanções financeiras destinados a encorajar os Estados-Membros da UE a cumprirem as regras definidas em conjunto na UE em matéria de dívida e défices públicos (UE 65%) (87% em Chipre, 82% na Eslováquia e 81% na Bélgica). Uma vez mais, os inquiridos em Chipre (87%), na Eslováquia (83%), na Bélgica (79%) e na Bulgária (75%) são os que mais tendem a acreditar que uma consulta acrescida entre os Estados-Membros da UE aquando da elaboração dos respectivos orçamentos nacionais (UE 64%) seria uma forma eficaz de prevenir e evitar futuras crises. 88

89 Os inquiridos na Eslováquia (85%), em Chipre (83%) e na Bélgica (79%) são, uma vez mais, os que mais tendem a acreditar que o estabelecimento de uma governação económica europeia, que assegure a coordenação das políticas económicas, orçamentais e financeiras de todos os Estados- Membros (UE 63%) seria uma medida eficaz. A apresentação dos orçamentos nacionais dos Estados-Membros da UE à Comissão Europeia (UE 58%) é vista como uma medida potencialmente eficaz para prevenir e evitar futuras crises sobretudo pelos inquiridos em Chipre (84%), na Eslováquia (78%) e na Bélgica (76%). Por último, os inquiridos na Áustria (67%), na Alemanha (62%) e na Eslovénia (61%) são os que se mostram mais convictos de que a introdução de um imposto bancário e de um imposto sobre as transacções financeiras (EU 47%) seria uma medida eficaz. As percentagens mais elevadas de respostas NS a estas questões, independentemente da medida em causa, registam-se sobretudo em Malta, na Lituânia, na Roménia, na Estónia, na Bulgária, na Polónia e no Reino Unido. 89

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91 B) Análise sociodemográfica Em primeiro lugar, em termos de género, existem algumas diferenças muito significativas nas respostas relativas à eficácia das medidas propostas. Assim, os homens tendem, mais do que as mulheres, a considerar que qualquer das medidas propostas, ou todas elas, poderiam prevenir ou evitar futuras crises: o O estabelecimento de uma governação económica europeia: respectivamente 65% e 59%; o A criação de um Fundo Monetário Europeu: 70% e 65%. o A introdução de um imposto bancário e de um imposto sobre as transacções financeiras: 50% e 45%. o A apresentação dos orçamentos nacionais dos Estados-Membros da UE à Comissão Europeia: 61% e 56%. o Uma regulação e supervisão mais rigorosas dos operadores dos mercados financeiros: 73% e 68%. o Encorajar ou sancionar financeiramente os Estados-Membros da UE: 67% e 63%. o Melhorar a consulta entre Estados-Membros da União Europeia: 66% e 62%. Cabe, no entanto, notar que os homens tendem também, numa percentagem ligeiramente superior à das mulheres, a acreditar que estas medidas seriam eficazes. As mulheres evidenciam-se, sobretudo, pelo número significativamente superior de respostas NS. Em geral, os inquiridos que pertencem aos grupos etários intermédios (em particular os com idades compreendidas entre os 25 e os 39 anos) são os que mais tendem a considerar que estas medidas seriam eficazes para prevenir e evitar futuras crises. As únicas excepções dizem respeito à introdução de um imposto bancário e de um imposto sobre as transacções financeiras, medida que obteve o número mais elevado de respostas entre os inquiridos do grupo etário mais idoso (49% dos com idade igual ou superior a 55 anos). Por último, os inquiridos das categorias sociais mais favorecidas são os que mais tendem a dar respostas muito positivas, para cada uma das sete medidas propostas. Isso é sobretudo válido para os inquiridos com maior nível de instrução, que actualmente são gestores e que quase nunca têm dificuldades financeiras. As categorias mais instruídas apresentam também percentagens mais baixas de respostas NS do que as restantes. 91

92 92

93 4.5 É provável que a crise perdure? - A maioria dos europeus considera que a recuperação económica levará, com toda a probabilidade, diversos anos - Alguns indicadores macroeconómicos publicados recentemente levaram alguns analistas a afirmar que o pior já passou 21 e que a recuperação económica é sustentável. Em contrapartida, alguns analistas consideram que ainda não é possível ver a luz ao fundo do túnel e que os primeiros sinais tímidos de retoma ainda não são suficientemente significativos para se falar de uma verdadeira recuperação. Que pensa o público em geral? 22 Diante destas opiniões contraditórias, os europeus não se mostram muito optimistas. A maioria (37%) considera que a recuperação terá início nos próximos anos, e um quarto (26%) pensa mesmo que a crise se prolongará por muitos anos. Só 30% se revelam mais optimistas. Assim, 17% consideram que um regresso ao crescimento terá início nos próximos meses e 13% acreditam mesmo que já estamos a regressar ao crescimento. Cabe notar que 7% dos inquiridos não manifesta opinião a este respeito. 21 Ver a este respeito o Relatório do FMI Regional Outlook Report: EUROPE, Outubro de 2010, 22 QC15 No que respeita ao retorno do crescimento no (NOSSO PAÍS), qual das seguintes opiniões é mais próxima da sua? Já estamos a regressar ao crescimento; O regresso ao crescimento terá lugar nos próximos meses; O regresso ao crescimento terá lugar nos próximos anos; A crise prolongar-se-á por muitos anos. 93

94 A) Variações entre Estados-Membros Os europeus mais optimistas (UE 13%) encontram-se sobretudo na Suécia (53% consideram que já é possível falar de um verdadeiro regresso ao crescimento). A seguir, os mais optimistas, embora muito distanciados dos primeiros, encontram-se na Finlândia (38%), na Alemanha (31%) e no Luxemburgo (29%). Os inquiridos na Grécia (1%), país que atravessa uma crise económica e financeira extremamente grave, são os que menos tendem a considerar que estamos já a regressar ao crescimento. O seu pessimismo é partilhado pelos inquiridos na Roménia (também 1%). A opinião de que o regresso ao crescimento terá início nos próximos meses (UE 17%) está bastante generalizada na Áustria (26%), na Finlândia e na Bélgica (25%). Os inquiridos na Lituânia (5%) são os que se mostram menos convictos disso. A opinião maioritária para o conjunto dos 27 Estados-Membros de que a recuperação será uma questão de longo prazo, ou seja, que começará nos próximos anos (UE 37%), é mais pronunciada da Dinamarca 94

95 (61%), em Espanha e na Letónia (52% cada). Um pouco mais de duas em cada dez pessoas comunga dessa opinião na Áustria (22%), na Suécia e em Malta (23% em ambos os países). Os europeus mais pessimistas, que consideram que a crise se prolongará por muitos anos, (UE 26%) encontram-se sobretudo na Grécia (47%), o país da União Europeia que actualmente mais sente os efeitos da crise. Os inquiridos na Letónia (45%) e em Portugal (40%) parecem também bastante pessimistas, o que não acontece tanto na Suécia (4%) e na Finlândia (6%). 95

96 B) Análise sociodemográfica As mulheres tendem, com uma frequência ligeiramente maior do que os homens, a acreditar que o regresso ao crescimento terá início nos próximos anos (37% contra 36% dos homens), mesmo que a crise se prolongue por muitos anos (28% contra 24% dos homens). Os jovens, como acontece frequentemente em sondagens, são menos pessimistas do que as pessoas mais idosas: assim, enquanto 30% dos inquiridos com idade igual ou superior a 55 anos afirmam que a crise se prolongará por muitos anos, só 21% dos jovens como idades entre os 15 e os 24 anos partilham dessa opinião. As categorias mais favorecidas são também as mais optimistas (afirmando que estamos já a regressar ao crescimento). É o caso dos inquiridos que estudaram durante mais anos (18% contra 9% dos que deixaram os estudos antes dos 16 anos), dos gestores (24% contra 9% dos desempregados) e das pessoas que não têm dificuldades em pagar as respectivas contas (17% contra apenas 4% dos que, na maioria das vezes, têm dificuldades em pagar as contas). 96

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