Evolução do Planejamento no Brasil: alguns registros. Isa de Oliveira Rocha
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1 Evolução do Planejamento no Brasil: alguns registros Isa de Oliveira Rocha
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3 Sec. XIX e início do séc. XX - início do planejamento planejadores: médicos/engenheiros etc. Urbanismo = sanitarismo Eng. Francisco Saturnino de Brito escoamento das águas, circulação do ar, salubridade das habitações etc / higiene, conforto elegância e embelezamento. Belo Horizonte
4 Florianópolis canalização do rio da Bulha (canal da Hercílio Luz-1919/1920)
5 Anos 1930 / 40 O Plano Agache do Rio de Janeiro dedicou-se especialmente ao centro da cidade, dando ênfase à engenharia urbana, ao tráfego e ao saneamento que configurava a cidade eficiente e funcional. Concebia a aglomeração urbana como um organismo humano. Agache utiliza a metáfora médica para caracterizar o papel do urbanista diagnóstico das anomalias ou das patologias ligadas ao crescimento que devem ser corrigidas (ecologia urbana). Poucas realizações concretas decorreram do plano, mas sua influência perdurou pelas idéias que ele permitiu discutir (como a de zoneamento) e pelo primeiro grande código de obras de 1937 que continua inspirando a legislação urbanística atual. A instalação de Agache no Brasil a partir de 1939 e os planos aos quais ele contribuiu lhe asseguraram uma posteridade brasileira maior que na França, por exemplo - seu plano para Curitiba, de Agache reduziu o papel que ele poderia dar ao espaço público, pois ele o emprestava funções que tinham lógicas diversas (circulação, saúde, bem estar etc), mas que poderiam todas ser levadas a uma justificativa econômica (funcionalista). Plano Agache - plano de remodelação urbana da cidade do Rio de Janeiro elaborado no final da década de 1920, por Alfred Agache.
6 Le Corbusier venho ao Brasil, pela primeira vez, em Suas idéias conquistaram a geração de Oscar Niemeyer e Lucio Costa e deixaram um patrimônio do modernismo no Rio de Janeiro. Exemplo é o prédio do antigo Ministério da Educação. Em 1936, Le Corbusier voltou à cidade para uma série de seis conferências com o objetivo de promover os Ciam Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna. Durante as palestras, Le Corbusier ia desenhando as linhas mestras de seus projetos e a paisagem do entorno. Carta de Atenas - manifesto urbanístico - do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), realizado em Atenas em 1933.
7 Industrialização por substituição das importações (norteia os planos das décadas de ) Governo Vargas (década de 1930): Lei Territorial e cria o IBGE 1939 Plano Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional: projeto com lista de investimentos (proposta qüinqüenal) ª Divisão Regional Oficial do Brasil (Fábio Macedo Guimarães) 1943 Plano de Obras e Equipamentos (POE) ; qüinqüenal ênfase em obras públicas de infra-estrutura e implantação de indústrias básicas (durou até 1946 fim do governo Vargas)
8 PLANEJAMENTO ECONÔMICO - DESENVOLVIMENTO 1947 Plano SALTE (Governo Eurico Gaspar Dutra) Primeiro ensaio de planejamento econômico no Brasil. Representava a soma de sugestões dos vários ministérios e priorizava quatro áreas: saúde, alimentação, transporte e energia (SALTE) Recursos provenientes da receita federal e empréstimos externos 1946 Plano Rodoviário Nacional - Santa Catarina : 2 grandes eixos rodoviários (BR 116 e BR 101)
9 Décadas de 1950/ Comissão Mista Brasil-Estados Unidos (Governo Getúlio Vargas) Vinculada ao plano americano de ajuda técnica para defesa, educação, saúde, agricultura e planejamento econômico aos países periféricos, foi importante para levantamento dos problemas econômicos nacionais. Como conclusão criaram-se: BNDE (1952) e Conselho de Desenvolvimento para Coordenação Econômico- Financeira (1956) Santa Catarina Governo Irineu Bornhausen (anos 50) adaptação ao POE - adaptação vai até anos surgimento da SUDESUl/SUDENE etc Planos urbanísticos de Belo Horizonte e Goiânia / Brasília
10 Décadas de 1950/ Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico BNDE (Governo Getúlio Vargas) Criado para fomentar o desenvolvimento de setores básicos da economia brasileira, nos planos públicos e privados. Órgão técnico para executar o programa de reaparelhamento econômico elaborado pela Comissão Mista Brasil-Estados Unidos
11 Décadas de 1950/ Plano de Metas (Juscelino Kubitschek) Elaboração baseada no relatório da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos. Teve origem nos estudos do grupo CEPAL-BNDE e representou o primeiro intento de submeter o desenvolvimento global do país à supervisão sistemática do poder público. Tinha como alvo os setores de energia e transporte, a indústria intermediária (siderurgia, cimento, papel etc), indústrias produtoras de equipamentos (automobilística, naval e bens de capital), e a construção de Brasília.
12 DÉCADAS DE 1960 / Decreto-Lei n. 200 (Governo Castelo Branco) Organizou a orçamentação pública e instituiu a delegação de autoridade, a coordenação e o controle na administração pública. Promoveu a descentralização administrativa e a expansão da administração indireta (sociedades de economia mista, empresas públicas, fundações e autarquias), favorecendo também o desenvolvimento de uma tecnoburocracia qualificada, coexistente com o núcleo tradicional da administração direta. Década de 60 aparecem os problemas urbanos migração campo-cidade urbanização. Programas específicos para integrar a população marginal por exemplo os conjuntos habitacionais. Planejamento urbano é pensado como projeto desenvolvimentista achava-se que os problemas urbanos poderiam ser resolvidos por meio da administração mais racional, onde o planejamento teria papel fundamental
13 Década de I Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND: ) Governo Emílio Médice Milagre Econômico:crescimento econômico acelerado, afluxo de capitais externos, substituição de importações,grandes projetos de integração nacional e expansão das fronteiras de desenvolvimento O planejador passa a ser o técnico que aplica princípios e normas racionalizadoras na questão urbana passa a ter ênfase a visão tecnicista Planos Diretores de Desenvolvimento Integrado
14 Década de II Plano Nacional de Desenvolvimento II PND ( ) Governo Ernesto Geisel Investimento em industria de base e insumos básicos Questão energética- pesquisa petróleo, programa nuclear, programa do alcool, hidrelétricas (Itaipu) Crise do petróleo e inflação dos anos III PND e I Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República meramente documentos formais
15 Década de 1980 Ao final dos anos 70, com o fim do milagre econômico, o movimento de resistência à ditadura etc. geram crítica radical ao modelo de planejamento. O planejamento (instituições/técnicos) - instrumento de legitimação do regime político autoritário. Combate ao tecnocratismo. Defesa das lutas sociais como forma de atender as necessidades das camadas populares. Apesar das boas intenções dos técnicos, viase o planejamento atrelado às necessidades de acumulação do capital. Processo de organização das comunidades: associação de moradores etc planejamento participativo
16 1988 Reforma Constitucional Constituição Federal de 1988 instituiu o Plano Plurianual (PPA) como principal instrumento de planejamento de médio prazo. O PPA deve estabelecer de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. A vigência do PPA inicia-se no segundo ano do mandato presidencial e finda no primeiro ano do mandato seguinte. O primeiro PPA função de cumprir com a exigência constitucional.
17 1996 Plano Plurianual ( ) 1996 Plano Plurianual (Governo Fernando Henrique Cardoso) Plano Real (1994) certa estabilidade econômica PPA 96 introduziu novos conceitos no planejamento federal: eixos nacionais de integração e desenvolvimento Programa Brasil em Ação gerenciamento de empreendimentos estratégicos Paralelamente implantação da política neoliberal desmonte do estado destruição de instituições e políticas de cunho redistributivo e de planejamento
18 2000 Plano Plurianual ( ) 2000 Plano Plurianual ( ) Governo Fernando Henrique Cardoso PPA Gestão por Resultados; integração entre plano, orçamento e gestão, gerenciamento e avaliação de desempenho em todos os programas do governo federal
19 Planejamento territorial para uma nova abordagem do desenvolvimento Eixos de Desenvolvimento Eixos de Desenvolvimento Integração da infra-estrutura da América do Sul
20 PPA PPA
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