23/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III

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1 DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 14ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal III 2 1

2 Perigo para a vida ou saúde de outrem Art Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave Parágrafo único A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais 3 Expor: colocar em perigo; Perigo Concreto(deve-se Perigo Abstrato; demonstrar o perigo) Perigo direto e iminente: o risco deve ser real, concreto, sólido, o dano deve ser indubitavelmente urgente, atual e imediato; Não há concurso de crimes pois é crime subsidiário; Ex: trabalhadores X empregadores / Dono de circo e trapezista / baba X criança / vaso jogado da sacada X 4 2

3 Lei do 15?? desarmamento(10826/2003) revogou art Não, pois a lei trata de um delito de perigo abstrato, onde fica claro que o perigo é estimado e não precisa ser provado Ademais é induvidoso que a lei abarca lugares habitados e públicos, já o código penal vai tratar dos lugares excepcionalmente habitados no momento do perigo; 5 DEFINIÇÕES: Sujeito ativo: qualquer pessoa; Sujeito passivo: qualquer pessoa determinada; Tentativa: Admissível; Elemento subjetivo: o dolo de perigo; Objeto material: A pessoa; Objeto jurídico: A saúde da pessoa; divergência!!!! 6 3

4 DEFINIÇÕES: Consumação: Formal??? De perigo concreto - consuma-se com a conduta e o surgimento do perigo; Forma culposa: não existe Classificação Geral Geral: É um crime comum, formal, de perigo concreto (basta a exposição), livre e comissivo/omissivo; 7 Aumento de pena!! Bóia fria!!! Empregadores que não dão a devida segurança aos seus funcionários; Crime de trânsito!!!; 8 4

5 CRIMES CONTRA A pessoa Perigo para a vida ou saúde de outrem BEM JURÍDICO SUJEITOS TIPO OBJETIVO TIPO SUBJETIVO CLASSIFICAÇÃO CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Saúde da pessoa e a vida Ativo: qualquer pessoa; Passivo: qualquer pessoa; Expor a vidaou a saúde de pessoa determinada a perigo direto e iminente; Dolo; Comum / formal / de perigo concreto/ instantâneo / comissivo ou omissivo/ forma livre ; Consumação: com a efetiva exposição da vítima ao perigo; Tentativa: admissível AÇÃO PENAL Ação penal pública incondicionada; JURISPRUDÊNCIAS HC 9378 RS 1999/ HABEAS CORPUS TENTATIVA DE HOMICÍDIO PORTADOR VÍRUS DA AIDS DESCLASSIFICAÇÃO ARTIGO 131 DO CÓDIGO PENAL 1 Em havendo dolo de matar, a relação sexual forçada e dirigida à transmissão do vírus da AIDS é idônea para a caracterização da tentativa de homicídio 2 Ordem denegada 10 5

6 JURISPRUDÊNCIAS Número do processo: / (1) [] De igual modo, no que tange ao pedido de desclassificação (de homicídio) para o delito perigo de contágio venéreo, previsto no art 130 do Código Penal, razão não assiste à douta defesa, pois a doença acometida à vítima não se trata de moléstia considerada venérea, visto que essas são definidas como aquelas cuja transmissão é realizada apenas e tão-somente por meio de contato sexual, diferente do que ocorre com a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA ou AIDS), vez que essa possui outras formas de transmissão que não as vias sexuais Ademais, em que pese os inúmeros avanços na área médica, registre-se que a AIDS, conforme asseverado acima, ainda se trata de uma doença letal e incurável, dependendo a sobrevida do portador de uma série de fatores aleatórios Contudo, caberá ao Tribunal do Júri a análise mais aprofundada da causa, a quem compete proferir ou não o judicium condenationis 11 JURISPRUDÊNCIAS RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS Nº MG (2002/ ) E M E N T A PENAL E PROCESSUAL PENAL RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS PERIGO DE CONTÁGIO DE MOLÉSTIA GRAVE TRANCAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL QUESTAO PREJUDICIAL INOCORRÊNCIA INDEPENDÊNCIA ENTRE AS ESFERAS CIVIL E PENAL AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA NAO DEMONSTRADA DOLO EXAME APROFUNDADO DE PROVAS I O fato de já existir uma decisão judicial em sede de ação de indenização por danos morais proposta na seara cível não prejudica a instauração de regular inquérito policial para a apuração de eventual crime de perigo de contágio de moléstia grave praticado pelo indiciado, tendo em vista a independência, via de regra, entre as instâncias civil e penal II - O trancamento de inquérito, conquanto possível, cabe apenas nas hipóteses excepcionais em que, prima facie, mostra-sese evidente, vg, a atipicidade do fato ou a inexistência de autoria por parte do indiciado, não sendo cabível quando há apuração plausível de conduta que, em tese, constitui prática de crime III A alegação de ausência de dolo do indiciado, no caso, não cabe ser examinada em sede de habeas corpus, em face da vedação ao minucioso exame das provas colhidas no processo ( Precedentes ) Recurso desprovido 12 6

7 DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE Abandono de incapaz Art Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: Pena - detenção, de seis meses a três anos 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de um a cinco anos 2º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de quatro a doze anos 13 DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE Abandono de incapaz Aumento de pena 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço: I - se o abandono ocorre em lugar ermo; II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima III - se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos 14 7

8 As legislações antigas não apenavam o abandono de incapaz; Até Constantino em Roma, o pai poderia dispor da vida do filho; Justiano coibia o abandono dos filhos pelo pai; O direito penal canônico trouxe luz ao tema, expandindo à proteção a todos os incapazes; No Brasil, até o código de 1940, não se regulava o abandono de incapazes; Apenas se tipificava o abandono de criança menor de sete anos; 15 Abandonar incapaz expondo-o a perigo concreto; Abandonar: é deixar a própria sorte, desamparar, largar; deixar sem assistência a vítima incapaz ou dispensar-lhe assistência inadequada; Afastamento físico; Pai que esquece o filho no carro no shopping??? Não deve configurar, pois o tipo penal não comporta a culpa; Caso fique de longe aguardando não configura o abandono; Cuidado: ação de assistência a quem temporariamente encontra-se incapaz ex: enfermeiro 16 8

9 Guarda: significa não só cuidado, como também proteção geralmente é indicada legalmente, assistência permanente ex: pai, tutor, curador Vigilância: é uma assistência acautelatória ex: guia, salva-vidasvidas Autoridade: poder derivado do poder público ex: professores da escola / carcereiro; Incapaz: inábil, impossibilitado, qualquer pessoa que encontre-se impossibilitada de defender-se se; 17 FORMAS QUALIFICADAS Preterdolo!!!! Crime qualificado pelo resultado Caso o dolo seja de lesão ou homicídio responde pelos crimes dos artigos 129 e 121 do CP respectivamente; Rever comentários referentes ao artigo 129; AUMENTO DE PENA Local ermo: local isolado, habitualmente inabitado, pouco freqüentado; se for totalmente isolado pode configurar homicídio; Ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima /maior de 60 (sessenta) anos 18 9

10 DEFINIÇÕES: Sujeito ativo: Pessoa responsável pelo cuidando, guarda, vigilância ou autoridade com estas prerrogativas; Sujeito passivo: qualquer pessoa incapaz; Tentativa: Admissível; Elemento subjetivo: o dolo genérico; deve ter o dolo de abandonar e não necessariamente de colocá-lo em perigo; Objeto material: o incapaz; Objeto jurídico: a vida e a saúde da pessoa; 19 DEFINIÇÕES: Consumação: Consuma-se com abandono do incapaz + o efetivo perigo concreto à vítima; Forma culposa: não existe Classificação Geral Geral: É um crime próprio, de perigo concreto, livre e comissivo e omissivo; 20 10

11 CRIMES CONTRA A pessoa Abandono de incapaz BEM JURÍDICO SUJEITOS TIPO OBJETIVO TIPO SUBJETIVO CLASSIFICAÇÃO CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Vida e Saúde da pessoa Ativo: qualquer pessoa com relação de assistência com a vítima Passivo: qualquer pessoa incapaz; Abandonarincapaz Dolo genérico; Próprio/ de perigo concreto / instantâneo / comissivo / omissivo / dano/ forma livre ; Consumação: com o efetivo abandono; Tentativa: admissível AÇÃO PENAL Ação penal pública incondicionada EXPOSIÇÃO OU ABANDONO DE RECÉM- NASCIDO Art Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria: Pena - detenção, de seis meses a dois anos 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - detenção, de um a três anos 2º - Se resulta a morte: Pena - detenção, de dois a seis anos 22 11

12 Delito autônomo vinculado ao art 133 do CP Espécie privilegiada de abandono de incapaz Expor: colocar em perigo; Abandonar: é deixar a própria sorte, desamparar, largar; deixar sem assistência a vítima incapaz ou dispensar-lhe assistência inadequada; Afastamento físico; Recém-nascido: imprecisão legal; é o ser humano que acabou de nascer, definição vaga; Fávero fixa 7 dias etc Desonra própria: outro termo vago, a ser analisado pelo magistrado, estado de tortura íntima, e na iminência de ter ferida a sua reputação e seu nome; 23 FORMAS QUALIFICADAS Preterdolo!!!! Crime qualificado pelo resultado Caso o dolo seja de lesão ou homicídio responde pelos crimes dos artigos 129 e 121 do CP respectivamente; Rever comentários referentes ao artigo 129; 24 12

13 DEFINIÇÕES: Sujeito ativo: mãe ou pai; Sujeito passivo: filho do agente; Tentativa: Admissível; Elemento subjetivo: o dolo específico; Objeto material: o recém nascido; Objeto jurídico: a vida e a saúde da pessoa; 25 DEFINIÇÕES: Consumação: Consuma-se com a efetiva exposição ou abandono do recém nascido + o efetivo perigo concreto à vítima; Forma culposa: não existe Classificação Geral Geral: É um crime próprio, de perigo concreto, livre e comissivo e omissivo; 26 13

14 CRIMES CONTRA A pessoa Abandono de recém nascido BEM JURÍDICO SUJEITOS TIPO OBJETIVO TIPO SUBJETIVO CLASSIFICAÇÃO CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Vida e Saúde do recém-nascido Ativo: mãe ou pai Passivo: o recém-nascido; Abandonar recém-nascido expondo-o a perigo Dolo específico próprio/ formal / de perigo concreto / instantâneo / comissivo / omissivo/ forma livre ; Consumação: com o efetivo abandono; Tentativa: admissível AÇÃO PENAL Ação penal pública incondicionada OMISSÃO DE SOCORRO Art Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte 28 14

15 Dever legal de assistência; As culturas antigas puniam severamente o crime de omissão; O Egito punia com a morte quem poderia salvar a vítima e deixou de fazê-lo; O código de Manu bania o cidadão que se negasse a auxiliar as cidades saqueadas e inundadas; Crime totalmente equilibrado com os preceitos da CF de 1988; 29 Deixar de prestar: é o não fazer, quedar-se inerte quando sua ação era possível e segura no socorro a outrem; Não pedir: é não solicitar auxílio a terceiro quando se auto-avaliaravaliar incapaz de prestar o socorro; Sem risco pessoal: é agir em segurança, é garantir a própria saúde e vida em detrimento do socorro; Criança abandonada ou extraviada: segundo o ECA criança é o menor de 12 anos, que foi deixada pelo responsável ou aquela que se perdeu; 30 15

16 Pessoa inválida, ferida ou ao desamparo: maior de 12 anos, portadora de algum sofrimento físico, vítima de alguma lesão ou sem assistência; Pessoa em grave e iminente perigo: é o risco urgente à vida ou à saúde; 31 A vida e a integridade física são bens indisponíveis, portanto se a vítima negar a ajuda, não exclui o dever de prestar auxílio; Nucci faz ressalvas a esse entendimento Vida X Vida? Risco pessoal!! O artigo é voltado à proteção da vida e da saúde e o cárcere privado??? O cidadão é obrigado a prestar assistência se o bem é a liberdade tão somente??? Acredito que não, o mesmo acontece quando o bem atingido for patrimonial etc etc, exceção feita se comprovado o perigo à vida; Posição de garante: art º do CP responde por crime diverso da omissão (lesão/homicídio etc) 32 16

17 Se o agente não presta assistência a pessoa incapaz que está sob o seu cuidado responde pelo 133 e não pelo 134 do CP; Se deixa de socorrer descendente gravemente enfermo responde pelo 244 do CP; Se deu razão DOLOSAMENTE ao perigo responde pelo resultado do evento (lesão/homicídio etc) O médico que não atende não responde pela omissão e sim pelo resultado lesão, isso por que tem o dever de atuar impelido por sua profissão, conforme o art 13 do CP opinião do mestre ANIBAL BRUNO; Nucci discorda Omissão de socorro não tem participação; 33 Aumento de pena; Redação infeliz e equivocada; A omissão de socorro não causa absolutamente nenhum resultado naturalístico por si só; Não existe nexo causal entre o resultado e a inação do sujeito; Tem então de se provar que a intervenção do agente era imprescindível para que a vítima não se lesionasse ou morresse; 34 17

18 DEFINIÇÕES: Sujeito ativo: qualquer pessoa que possa intervir na ajuda ao sujeito e que não tenha provocado a situação; Sujeito passivo: criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida ou em iminente perigo; Tentativa: Inadmissível; Elemento subjetivo: o dolo genérico; Objeto material: A pessoa que necessite de socorro; Objeto jurídico: a vida e a saúde da pessoa; 35 DEFINIÇÕES: Consumação: Consuma-se com a efetiva omissão do socorro - com efetivo perigo concreto à vítima nos casos de pessoa em grave ou iminente perigo nos demais casos é crime de perigo abstrato (Nucci aponta que todos os casos são de perigo concreto); Forma culposa: não existe Classificação Geral Geral: É um crime comum, de perigo concreto ou abstrato, livre e omissivo; 36 18

19 CRIMES CONTRA A pessoa Omissão de Socorro BEM JURÍDICO SUJEITOS TIPO OBJETIVO TIPO SUBJETIVO CLASSIFICAÇÃO CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Vida e Saúde da pessoa; Ativo: qualquer pessoa Passivo: criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida ou em iminente perigo; Deixar de prestar assistência ou não pedi-la Dolo genérico Comum/ formal / de perigo concreto(ou abstrato) / instantâneo / omissivo/ forma livre ; Consumação: com a efetiva omissão; Tentativa: inadmissível AÇÃO PENAL Ação penal pública incondicionada MAUS-TRATOS Art Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina: Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de um a quatro anos 2º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de quatro a doze anos 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos 38 19

20 COIBIR O ABUSO DOS MEIOS DISCIPLINARES E CORRETIVOS Os maus-tratos passadas; não foram abordados pelas legislações O poder disciplinar dos pais era inquestionável; A pater familis dos romanos equiparava a família à propriedade do progenitor; O Direito canônico também coibiu os excessos e as legislações subseqüentes começaram a penalizar os maus- tratos quando deles resultassem lesão grave ou morte; O Brasil só veio a penalizar os maus-tratos especificamente em 1940; 39 Educação: sentido amplo, de educar, disciplinar, ensinar Tratamento: faz referência a métodos terapêuticos e de cura de doenças; Custódia: é a detenção da vítima; A esposa não é sujeito passivo, pois não tem subordinação!!! Crime de ação múltipla: expor a perigo: Formas: privando parcialmente a alimentação sujeitando a trabalho excessivo ou inadequado Abusando do meio disciplinar 40 20

21 FORMAS QUALIFICADAS Preterdolo!!!! Crime qualificado pelo resultado Caso o dolo seja de lesão ou homicídio responde pelos crimes dos artigos 129 e 121 do CP respectivamente; Rever comentários referentes ao artigo 129; Causas de aumento: Critério objetivo, maior de 14 anos; Maus-tratos absorve o crime de lesões e cárcere privado 41 DEFINIÇÕES: Sujeito ativo: a pessoa que tem autoridade, guarda ou vigilância sobre a vítima; Sujeito passivo: pessoa mantida sobre autoridade, guarda ou vigilância do agente; Tentativa: Admissível na conduta comissiva; Elemento subjetivo: o dolo específico; Objeto material: a pessoa que sofre os maus-tratos Objeto jurídico: a vida e a saúde da pessoa; 42 21

22 DEFINIÇÕES: Consumação: Consuma-se com exposição da vítima ao perigo de dano Forma culposa: não existe Classificação Geral Geral: É um crime próprio, Formal, de perigo concreto, livre e comissivo e omissivo; 43 CRIMES CONTRA A pessoa Maus-tratos BEM JURÍDICO SUJEITOS TIPO OBJETIVO TIPO SUBJETIVO CLASSIFICAÇÃO CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Vida e a integridade física Sujeito ativo: a pessoa que tem autoridade, guarda ou vigilância sobre a vítima; Sujeito passivo: pessoa mantida sobre autoridade, guarda ou vigilância do agente; Expor a perigoa vida ou a saúde de pessoa sob a autoridade, guarda ou vigilância; Dolo específico próprio/ formal / de perigo concreto / instantâneo / comissivo / omissivo/ forma livre ; Consumação: com a efetiva exposição ao perigo e a saúde; Tentativa: admissível nas condutas comissivas AÇÃO PENAL Ação penal pública incondicionada 22

23 RIXA Art Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos 45 A rixa não era abordada em grande parte das legislações antigas; Algumas doutrinas, baseadas em Paulo(digesto), apenas puniam a rixa se esta terminasse em homicídio; No Brasil apenas surgiu no código de 1940, antes disso não havia tipificação; É a contenda, disputa, querela entre três ou mais pessoas, praticada por cada um contra os demais, resumindo em uma desordem violenta e uma confusão generalizada sem a intenção de matar; ex: Estádio de futebol / bar etc; se a disputa for entre duas pessoas não há de se falar em rixa!!! 46 23

24 É um delito reflexivo, onde os sujeitos ativos e passivos são as mesmas pessoas; Rixa X vias de fato Participar: tomar parte, ou ter parte em 1 - de forma material: violência pedrada 2 - de forma moral: induzindo e instigando; Rixa simples briga generalizada com autores identificados; Rixa qualificada se resultar morte ou lesão grave; não 47 DEFINIÇÕES: Sujeito ativo: qualquer pessoa; Sujeito passivo: qualquer pessoa; Tentativa: Admissível na rixa preordenada; Elemento subjetivo: o dolo específico; deve participar da contenda; deve ter o dolo de Objeto material: a pessoa que sofre a ação; Objeto jurídico: a vida, integridade física e a ordem pública; 48 24

25 DEFINIÇÕES: Consumação: Consuma-se com a participação na rixa, com o dolo de participar da querela, o resultado é irrelevante; Forma culposa: não existe Classificação Geral: É um crime comum, de perigo abstrato, livre e comissivo e omissivo; Aceita-se como participantes no evento rixa os inimputáveis, embora não culpáveis; os indivíduos que participam na tentativa de separar a briga, não são computados como participantes do evento!!! 49 FORMAS QUALIFICADAS Preterdolo!!!! Crime qualificado pelo resultado Caso o dolo seja de lesão ou homicídio responde pelos crimes dos artigos 129 e 121 do CP respectivamente; O crime de rixa caput pode combinar com o homicídio em concurso material; Em caso de dúvida da autoria puni-se apenas pela rixa; E o indivíduo que se retirou antes da contenda?? Responde pelo qualificado na medida do art 19 CP Briga de gangues não é rixa!!!! Pois as lesões são direcionadas individualmente aos elementos do grupo contrário 50 25

26 CRIMES CONTRA A pessoa Rixa BEM JURÍDICO SUJEITOS TIPO OBJETIVO TIPO SUBJETIVO CLASSIFICAÇÃO CONSUMAÇÃO E TENTATIVA AÇÃO PENAL a vida, integridade física e a ordem pública; Ativo: qualquer pessoa Passivo: qualquer pessoa / Praticar rixa Dolo específico; comum/ de perigo abstrato / instantâneo / comissivo / omissivo / forma livre ; Consumação: com a participação na rixa, com o dolo de participar da querela Tentativa: admissível se for rixa preordenada Ação penal pública incondicionada rubensjrconsultor@gmailcom rubenscorreiajrblogspotcom wwwafagcombr/professorrubens Obrigado! 52 26

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