MERCOSUL/LXII EXT/DI Nº46 /12
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- Mônica Desconhecida Guimarães
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1 MERCOSUL/LXII EXT/DI Nº46 /12 PRESIDÊNCIA PRO TEMPOR BRASILEIRA DO MERCOSUL INFORME SOBRE AS ATIVIDADES DO GIP EM Em sua última reunião de 2011, o GIP criou os Comitês de Integração Produtiva (CIP) do setor aeronáutico, setor naval e setor de energia eólica, designando os técnicos governamentais nacionais responsáveis para avançar num plano de ação para a integração produtiva desses setores, uma vez que já havia entendimento entre os países quanto à potencialidade da IP nesses setores, e ao interesse dos Estados Partes em avançar no processo. Em 2012, o GIP buscou avançar setorialmente impulsando a elaboração de plano de ação de IP para os setores objeto dos CIP, bem como dar seguimento à implementação dos projetos FOCEM de P&G e Automotivo e as negociações visando a IP do Setor de Brinquedos, além de passar a trabalhar em coordenação direta com o GAHFOPYME, tendo em vista instrução expressa do GMC, de forma a avançar mais rapidamente nos trabalhos para a regulamentação do Fundo de Garantias para PME envolvidas em Processos de Integração Produtiva. Em reunião realizada em setembro/2012, o GIP criou um CIP para avançar em um plano de ação voltado para a integração produtiva entre APL/CLUSTER Mercosul. Em sua última reunião de 2012, o GIP criou o CIP de Energia Solar, tendo em vista a identificação de oportunidades de integração produtiva setorial a partir de reunião técnica realizada em novembro, em San Juan, e que contou com a participação de representantes de todos os países sócios. Tendo em vista a necessidade de avançar na harmonização ou alteração de normativas nacionais que obstaculizam a integração produtiva, o GIP criou um Comitê de Trabalho para, inicialmente, realizar um mapeamento de todos os instrumentos de promoção industrial já existentes nos Estados Partes. O Comitê contará com representantes de todos os Estados Partes e GIP sugeriu que o mesmo possa ser coordenado pelo Alto Representante Geral do Mercosul (ARGM), que, a partir da PPTB/2012 vem interagindo diretamente com o GIP e participando de suas reuniões. Encontra-se em debate no GIP, ademais dos temas setoriais referidos anteriormente, a ideia de avançar na integração de outros setores, com ênfase para aqueles insumos
2 importados por todos os Estados Partes, e que vêm impactando fortemente as balanças comerciais nacionais. Entre esses setores, destaca-se o eletroeletrônico, que é transversal a toda a indústria. Os debates sobre o tema serão retomados na próxima reunião do GIP, durante a PPTU. 2. Em paralelo à sua agenda setorial, o GIP continuou avançando em ações horizontais, como aquelas previstas no Convênio de Cooperação Técnica estabelecido entre a Agência Espanhola de Cooperação (AECID) e o Grupo, destacando-se a realização do 2º Seminário Roles y Actores de la Integración Productiva en la Región La Agenda Sectorial y Transfronteriza en la Integración Productiva del Mercosur, em outubro, em Montevidéu. O Seminário contou com a participação de representantes dos setores governamental, produtivo, acadêmico e entidades voltadas para a competitividade industrial dos Estados Partes. O GIP considera a realização desses seminários de grande importância, pois, constituem-se em excelente espaço para a reflexão e intercâmbio de ideias e iniciativas sobre a integração produtiva no Mercosul. Nesse contexto, a AECID manifestou sua disposição para realizar um 3º Seminário, em 2013, tendo como foco a integração produtiva entre APL/Clusters do Bloco e os GIPs setoriais já instalados em diversas províncias argentinas e que se objetiva estender para os demais países sócios. 3. Em 2012, representantes do Foro Consultivo de Municípios, Estados Federados, Províncias e Departamentos do Mercosul (FCCR) iniciaram sua participação nas reuniões do GIP e houve acordo quanto à importância de um trabalho coordenado entre os dois foros, visando somar suas capacidades para apoiar a IP, a fim de incrementar o nível da economia formal e proporcionar a criação de negócios e oportunidades de desenvolvimento para a redução de assimetrias regionais. Foi acordada a participação de representantes dos dois Grupos nas reuniões, tanto do GIP quanto do FCCR. Representantes do GIP estarão participando de reunião do FCCR a realizar-se dia 06 de dezembro, em Brasília, para apresentar as atividades em curso e debater formas de trabalho coordenadas, especialmente em regiões de fronteira.
3 4. Quanto aos avanços registrados nas negociações em setores objeto de CIP, cabe informar: CIP AERONÁUTICO (CIPA) - As Delegações de Brasil e Uruguai propuseram a identificação pelos Estados Partes, no curto prazo, de setores e áreas específicas que possam requerer a organização de atividades de capacitação, primeira etapa das atividades voltadas para a IP setorial, conforme proposta brasileira apresentada anteriormente aos demais sócios, em Em paralelo, propuseram as seguintes linhas de ação : identificar, ainda em 2012, setores que poderiam ser objeto de atividades de capacitação; organizar Foro de Comunicação de oportunidades de integração; sugerir e definir formas de mapeamento do setor aeronáutico no Mercosul; e, organizar Missão Técnica com participação de membros do Governo e dos setores privados nacionais à instalações da Fábrica Argentina de Aviones (FAdeA), localizada em Córdoba, Argentina. Em função dessas propostas, foi acordada a realização de Missão Técnica às instalações da FAdeA, em Córdoba, dias 06 a 08 de março/2013, quando o CIPA irá se reunir para avançar nas negociações setoriais. Referida Missão, a exemplo de Missão ao Polo de São José dos Campos, realizada em 2011, deverá contar com a participação de representantes dos setores governamental e produtivo dos Estados Partes. A Delegação brasileira à Missão deverá contar com a participação de membros do Governo, da Associação das Indústrias Aeroespaciais Brasileiras, do CECOMPI e da Embraer. Tendo em vista a importância da decisão recente dos Ministros de Defesa que integram a UNASUL, favorável aos entendimentos para o desenvolvimento e construção de VANTS e de aeronave de treinamento básico, de uso dual, o tema estará na pauta da reunião do CIPA que será realizada durante a Missão. Outro tema que também estará na agenda é a capacitação que o Brasil se propôs a realizar, estando pendente a definição, pelos sócios, das necessidades existentes em termo de capacitação. A Missão contará, também, com a participação de representantes do Chile. CIP EÓLICO (CIPE) O CIPE realizou algumas reuniões e um Seminário/Missão, em agosto último, em Recife/Porto de SUAPE, para conhecer as instalações da empresa
4 IMPSA e debater o potencial de IP setorial. A Missão foi altamente exitosa e contou com a participação de representantes governamentais dos Estados sócios, além de acadêmicos, setor produtivo, entidades voltadas para apoiar a competitividade industrial e de representantes dos Governos de Pernambuco e Rio Grande do Sul. A partir do evento em Recife, o CIPE avançou nas negociações visando a IP setorial, tendo decidido entre outras ações no curto prazo : elaborar (o próprio CIPE) mapa do setor produtivo Eólico dos Estados Partes; e, verificar, junto à ELETROBRÁS e UTE (Uruguai) a possibilidade de inscrever projeto piloto, com termos e condições específicas voltadas para a IP setorial, que passariam a ter vigência já no 1º semestre de Também, foram iniciadas negociações com a ENARSA e empresários argentinos, para avançar nesse processo. Foi também identificado potencial de IP com a Venezuela, e as negociações deverão ser iniciadas ainda em Já ocorreram avanços significativos no que se refere a IP bilateral Brasil- Uruguai e, no momento, autoridades de alto nível de ambos os países (Ministros de Estado)estão examinando a melhor forma de viabilizar a implementação do projeto piloto acordado pelas Partes, de forma a aprová-lo ainda em CIP NAVAL (CIPN) o CIPN aprovou proposta brasileira de Termo de Referência de Estudo para avaliar o impacto de medidas que viabilizem a IP setorial e, o GIP está encaminhando ao GMC solicitação de consulta à Secretaria MERCOSUL, para verificar a possibilidade de que a mesma realize esse estudo. Em paralelo, as Partes vêm negociando a possibilidade de inclusão de suas empresas no Catálogo Navipeças brasileiro. Nesse contexto, já foi realizada uma apresentação do Catálogo e dos critérios para integrá-lo para o Uruguai. Apresentação semelhante deverá ser replicada para a Argentina. Em fevereiro de 2012, deverá ser realizado Encontro entre governos e empresas de Brasil e Uruguai, para aprofundar a agenda de integração. Posteriormente, deverá ser realizado Encontro semelhante Brasil/Argentina. CIP APL/CLUSTER Houve acordo quanto à necessidade de estimular o contato entre os empresários de APL/CLUSTER do Mercosul. Nesse contexto, as Delegações acordaram realizar um Encontro de empresários de APL/CLUSTER com experiências exitosas, em um dos países do Bloco, com participação de seus contrapartes nacionais,
5 com potencial de aproveitamento dessas experiências. As Delegações estão definindo os setores/clusters que participarão desse Encontro. A SDP/MDIC, responsável pela coordenação da Seção brasileira do GIP e do Grupo Permanente de Trabalho APL GTP, informou que está incluindo na agenda permanente do Grupo Permanente, as iniciativas de integração produtiva em discussão no GIP. Além do mais, informou aos sócios que está construindo um Observatório Brasileiro de APL, e sugeriu a criação de um Observatório Mercosul, utilizando a mesma metodologia. Os sócios manifestaram grande interesse em avançar no tema. O Observatório deverá ser integrado por uma rede social, para troca de informações entre os participantes; uma biblioteca virtual sobre APL; e, uma página para todos os APL existentes no Bloco. Os dados já disponíveis do Portal de APL do GIP serão utilizados como insumo para o Observatório Mercosul. Houve acordo quanto à incorporação dos GIP Territoriais no CIP e está em exame pelas Partes a proposta do GIP de Rafaela de organizar um encontro de clusters ness cidade argentina, no mês de maio de IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO FOCEM DE PETRÓLEO E GÁS E DO PROJETO FOCEM AUTOMOTIVO - Ambos os Projetos, cuja implementação está sob coordenação brasileira, têm por objetivo o desenvolvimento de fornecedores para as respectivas cadeias produtivas. As ações voltadas para a implementação desses Projetos têm evoluído e espera-se que, até o dia 18 de dezembro corrente, seja encerrada a fase atual de seleção das empresas beneficiárias nos Estados Partes. 6. INTEGRAÇÃO PRODUTIVA DO SETOR DE BRINQUEDOS Através da Decisão 37/11, o CMC instruiu o GIP a apresentar ao GMC, até sua última reunião de 2012, um Plano de Ação para a integração produtiva setorial. Considerando que o referido Plano ainda não foi concluído, o GIP solicitou ao GMC uma prorrogação desse prazo, até julho de Brasília, 05 de dezembro de 2012
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