Transplante de Células Tronco Hematopoéticas
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- Sílvia Aragão Brunelli
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1 20 Congresso Multidisciplinar em Oncologia do Hospital Mãe de Deus Transplante de Células Tronco Hematopoéticas Enfermeira Fabiane Marek Especialista em Enfermagem Oncológica Unidade de Ambiente Protegido e TCTH Hospital de Clínicas de Porto Alegre
2 Passado, presente e futuro : Agente quimioterápico único (esteróide,metotrexato) : Quimioterapia combinada,tratamento do SNC (irradiação craniana/cranioespinhal), quimioterapia intratecal, centros únicos : Intensificação da poliquimioterapia, definição de fatores de risco, trials únicos e multicêntricos hoje: Terapia adaptada ao risco,definição de subgrupos biológicos, terapia específica para LLA-B/LNH, trials multicêntricos. - Futuro: terapia adaptada individualmente e/ou específica para subgrupos biológicos, TCTH.
3 História do TCTH 2a GM: danos da bomba atômica causaram efeitos fatais à medula óssea. A primeira tentativa de TCTH ocorreu em 1939, em um paciente com AMO e irmão ABO compativel. As décadas de 50 e 60 foram marcadas por frustrações os enxertos com sucesso resultavam em DECH ou sepse descontroladas. Década de 60 descobriu-se o HLA = antígeno leucocitário humano, codificado no cromossomo 6, contribuiu de forma decisiva para o sucesso do transplante.
4 dr Edward Donnall Thomas Seattle, 1969 Primeiro TCTH alogênico em receptor com HLA idêntico Prêmio Nobel Medicina em 1990
5 Brasil dr Ricardo Pasquini no Hospital de Clínicas do Paraná 12 estados tem centros de TCTH: BA, CE, ES, GO, MG, PE, PR, RJ, RN, RS, SC e SP (70 centros no total e 26 podem fazer TCTHANR) = 14 estados, maioria norte e nordeste, não tem CTCTH
6 INCA REREME = Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea REDOME = Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea - mais de 3 milhões de doadores cadastrados e 30 maior banco de dados do gênero no mundo Encaminhou CTH para EUA, África, Europa, Ásia Brasilcord = desde 2004 redome@inca.gov.br
7 HCPA * 1º TCTH em 1993 * Unidade em 1994 com 2 leitos * 5 leitos TCTH alogênico em 2000 * TCTH não-mieloablativo em 2002 * TCTH não relacionado em 2005 * Incorporação ao 50 Sul filtro HEPA - em 2007 = Unidade de Ambiente Protegido (16 leitos para neutropênicos, 4 para TCTH auto e 5 TCTHAR e ANR * 9 leitos TCTHAR e ANR em 2011 * Equipe de enfermagem: 22 enfermeiras e 38 técnicos de enfermagem.
8 As indicações de TCTH como terapêutica vem mudando ao longo dos anos. Importante ressaltar: Imatinib X LMC TCTH não mieloablativo timoglobulina, alemtuzumabe duplo cordão para adultos
9 Tipos de TCTH Autólogo Singênico Alogênico relacionado não relacionado Banco de Medula Óssea cordão umbilical HLA idêntico HLA semi-compatível banco de MO doador adulto familiar
10 Autólogo Doador é o próprio receptor Mieloma Múltiplo, Linfomas Menos risco Mais recaída Mais qualidade de vida e tempo livre de doença
11 Alogênico - standart Relacionado = doador é parente = 25% chance de irmãos serem compatíveis Não relacionado = doador voluntário ou cordão umbilical (até 1:100mil) Indicações: leucemias, Síndrome Mielodisplásica, Talassemia, Anemia de Fanconi, LNH, Adrenoleucodistrofia, Síndrome Wiskott Aldrich, entre outras. Toxicidade do condicionamento DECH aguda Complicações do tratamento da DECH aguda
12 Alogênico não mieloablativo Relacionado e não relacionado Menor toxicidade do regime de condicionamento Ponto positivo: maior idade co-morbidades decorrentes da toxicidade dos tratamentos anteriores Ponto negativo: DECH aguda e crônica = efeito GVL (Graft versus Leukemia)
13 Singênico Entre gêmeos idênticos Sem DECH = sem efeito GVL
14 Fontes de CD34 Sangue periférico MO Cordão umbilical DECH
15 Coleta de CTH
16 Aférese
17 Cordão umbilical
18 Ambulatório pré TCTH Enfermagem: entrevista com paciente e familiares, incluindo o doador da medula óssea. Atualmente são 2 consultas de enfermagem no pré. Manual de orientações ao transplantado. Consultas com equipe multidisciplinar: SS, Psicologia, Recreação, Nutrição, BS, Odontologia
19 Para entender os steps do TCTH: CVC Condicionamento: Pancitopenia: RT Internação QT TCTH ATG D- infecção Pega sangramento DECHa D+ D+21 D zero Alta = ambulatório
20 CVC Hickman 2 ou 3 vias - alogênico relacionado não relacionado Certofix 2 vias - não mieloablativo autólogo
21 Regime de condicionamento Cada medicação tem um cuidado específico e o enfermeiro tem que estar atento às reações apresentadas pelo paciente. Lembrando que no TCTH podme-se usar altas doses de quimioterapia. Bussulfano Ciclofosfamida Etoposido Melfalano Fludarabina Timoglobulina
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23 Infusão de CD34 = dia zero o o o o Micro-embolia gordurosa Sobrecarga de volume Febre Reação anafilática e outras relacionadas ao DMSO o Incompatibilidade sistema ABO e hemólise > ALOGÊNICO * pré-medicação (incompatibilidade ABO/Rh). *** Em crianças muito pequenas se remove o DMSO pela toxicidade.
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25 Na fase pancitopênica Infecções sepses choque séptico cuidados intensivos na prevenção, detecção precoce de sinais de infecções em neutropênicos e instalação imediata de ATB. Sangramentos pequenos sinais vigilância constante! Sinais e sintomas anêmicos *** Mucosite - analgesia
26 Cuidados diários Higiene corporal e bucal protocolo de mucosite desde a chegada. Lavagem de mãos SEMPRE! Orientações acerca da prevenção de infecções relacionadas a imunossuprimidos auto cuidado. Mudar hábitos de vida é muito difícil!
27 Preocupações pertinentes Infecções por GMR Infecções virais Infecções fúngicas *** Manejo adequado do quadro séptico *** Treinamento permanente da equipe
28 Pega DECH = Doença do enxerto contra o hospedeiro pele Fase aguda G I - IV TGI fígado Corticoterapia X efeitos adversos Citomegalovírus
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30 Estágios DECH aguda Estágio Pele Fígado Intestino + Leve Rash maculopapular <25% da superfície corporal Bilirrubinas 2 a 3mg/dL Diarreia 500 a 1000ml/dia ++ Moderado Rash maculopapular 25 a 50% da superfície corporal Bilirrubinas 3 a 6mg/dL Diarreia 1000 a 1500ml/dia +++ Severo Eritroderma generalizado Bilirrubinas Diarreia 6 a 15mg/dL >1500ml/dia ++++ Grave Eritroderma generalizado com formação de bolhas (vesículas >2cm) e descamaç Bilirrubinas >15mg/dL Dor e/ou íleo paralítico Fonte: Bonassa
31 Na alta Orientações para alta. Segue em acompanhamento ambulatorial com a mesma equipe de enfermagem. Às vezes faz uso de alguma medicação no HD.
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33 Obrigada!
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