FINANCIAMENTO DE ARENAS
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- Joaquim Mangueira Vieira
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1 3ª Parte
2 FINANCIAMENTO DE ARENAS Premissas Iniciais A indústria do entretenimento e do esporte crescem ano a ano. Arenas bem administradas podem ser grandes geradoras de receitas, despertando grande interesse de financiadores do projeto. Principais clubes da Europa e dos EUA têm cerca de 30% de receitas provenientes do Estádio
3 TIPOS DE FINANCIAMENTO PÚBLICO - Fontes: Governos Federal, Municipal, Estadual, órgãos públicos. PRIVADO - investidores, bancos, empresas com negócios correlatos, os próprios donos das entidades esportivas, entre outros. MISTO - Mistura dos dois modelos (atualmente é o mais difundido).
4 FINANCIAMENTO PÚBLICO Características Método de financiamento mais difundido no mundo até início dos anos 90. Primeiro tipo de financiamento disponível para o mercado esportivo. Utilização de incentivos fiscais, impostos específicos com destinação exclusiva, emissão de títulos públicos (bonds). Seção de terrenos públicos.
5 POR QUE GOVERNOS FINANCIAM EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS? Hospedar grandes eventos esportivos - Geração de empregos, receitas, impostos e estimulam o turismo. Fortalecimento de equipes locais - Estímulo ao esporte e cultura da região. Revitalização de áreas inteiras - Benefício direto para população. Incremento do turismo esportivo. Fortalecimento do economia local. Possibilidade de contra-partidas sociais. Aumento do orgulho e da auto-estima da região Mais benefícios eleitorais.
6 ARENAS FINANCIADAS PELO GOVERNO Pittsburgh Steelers U$ 262 milhões Denver Broncos U$ 360 milhões
7 ARENAS FINANCIADAS PELO GOVERNO Santiago Bernabéu Real Madrid Estádio da Luz Benfica
8 INVESTIMENTO DO GOVERNO ALEMÃO NOS ESTÁDIOS DA COPA 2006 (em euros) Dortmund: 45,5 milhões Munique: cerca de 280 milhões Gelsenkirchen: 191 milhões Berlim: 242 milhões Frankfurt: 126 milhões Colônia: 119 milhões Hamburgo: 97 milhões Leipzig: 90,6 milhões Hanover: 64 milhões Nurembergue: 56 milhões Sttutgart: 51,5 milhões Kaiserlawtern: 48,3 milhões
9 FINANCIAMENTO PRIVADO Características Forma de financiamento muito difundida a partir do início do anos 90. Empresas interessadas nos grandes negócios que modernas arenas podem propiciar Utilização das mais variadas formas de captação tais como: Emissão de títulos cobertos por incentivos fiscais. Emissão de títulos cobertos por receitas - Os financiadores são pagos com percentuais de receitas futuras geradas pela arena Operações Lease-Back - Em que estádio fica como propriedade do financiador, sendo os gestores obrigados a pagar leasing.
10 FINANCIAMENTO PRIVADO Utilização dos geradores de recursos como forma de financiamento da construção: Venda de assentos premium Venda de assentos premium normalmente é realizada antecipadamente garantindo ótimos recursos para realização das obras de construção. Miami Dolphins vendeu cerca de 16 mil lugares pelo preço médio de US$ 1 mil por temporada. Estes lugares foram vendidos paras as primeiras dez temporadas do novo estádio. Com este recursos garantidos, a franquia conseguiu assegurar o financiamento de parte da construção do novo equipamento.
11 Camarotes especiais Têm o funcionamento similar ao dos assentos premium. Em alguns casos, principalmente nos EUA, se constitui na segunda maior fonte de receita para as franquias, atrás apenas dos direitos de TV.
12 Licenciamento de ingressos São vendidos grandes pacotes de ingressos para empresas que sob contrato de licenciamento estão autorizadas a revender, realizar promoções em partes específicas das arenas. Este tipo de modalidade é muito utilizada no mercado americano. Exemplos: dos mil lugares do Steelers foram negociados desta forma para fins de financiamento da construção. Outro importante exemplo é o Cleveland Browns que vendeu 85% de seus ingressos desta forma.
13 Naming Rights Uma das modalidades mais recentes e talvez a mais lucrativa: O estádio vende o nome do estádio para patrocinadores, que não só batizam o Estádio inteiro, mas também dão nomes a setores e utilizam espaços promocionais. O naming rights está muito difundido nos EUA e Inglaterra, o restante da Europa começa se utilizar do formato. No Brasil há apenas o caso do Kyocera Arena. American Airlines Arena
14 Venda de espaços publicitários e promocionais Criação de vários espaços promocionais e publicitários no projeto inicial de uma arena é muito importante. Várias marcas pagam milhões para estarem presentes em ambiente tão propício ao consumo. Normalmente os espaços são vendidos mediante a um sinal sendo o restante pago após o término da construção.
15 Concessões de direitos Fonte de financiamento que utiliza concessão antecipada de espaços para restaurantes, vending machines, cinemas, hotéis, salas de imprensa, escritórios, estacionamento, entre outros como fontes de receitas que ajudam na construção de arenas.
16 Outras fontes de arrecadação para construção de arenas Restaurantes Serviços de turismo Aluguel para outras atividades Lojas de próprias. Loja Shopping interno
17 AMERICAN AIRLINES CENTER Construção: 2001 Propriedade: Cidade de Dallas Financiadores: 50% verba pública e 50% times de basquete e hockey Custo da Construção: US$ 420 milhões Naming Rights: U$195 milhões (AMR Corp., 30 anos) Assentos: Hockey - 18 mil Basquete - 19,2 mil Club seats: Suítes de luxo: 144
18 Construção: 1999 Propriedade: Atlanta-Fulton County PHILIPS ARENA Management: Recreational Authority (Turner Arena Operations) Custo da Construção: US$ 420 milhões Financiadores: U$ milhões títulos a serem resgatados com as receitas da arena U$20 milhões da Turner Broadcasting; e U$62.5 milhões na taxa de participação no aluguel de carros. Naming Rights: U$185 milhões (Royal Philips Eletronics, 20 anos) Assentos: Hockey - 18,75 mil / Basquete - 20,3 mil Club seats: 2,100 Suítes de luxo: 96
19 GILLETTE STADIUM Construção: 2002 Propriedade: Robert Kraft Management: New England Patriots Custo da Construção: US$ 325 milhões Financiadores: Robert Kraft Naming Rights: U$90 milhões (The Gillette Co., 15 anos) Assentos: Futebol americano Estacionamento: 14 mil vagas Club seats: Suítes de luxo: 2.000
20 REALIDADE BRASILEIRA Financiamento público. Estádios de propriedade do Estado ou dos clubes. Administrados pelo Estado ou pelos clubes. Falta de preocupação com a geração de receitas. Poucos negócios gerados. Clubes acostumados ao paternalismo do Estado. É PAPEL DO ESTADO ADMINISTRAR EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS?
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