O significado público da Obra de Arte: A natureza do gênio. Da Cunha, E. Murari, Da
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- Artur Casado Corte-Real
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1 O significado público da Obra de Arte: A natureza do gênio Da Cunha, E. Murari, Da Resumo: Deixo claro que o que publico são impressões pessoais acerca da estética e busco transpor em palavras minhas investigações para qual há um tempo dirijo todos os meus esforços; numa relação quase visceral. Contudo ainda espero por uma flexibilidade dos desafios que encontro para uma construção literalmente pública do significado do meu trabalho. Palavras chave: semiótica, identificação e percepção da existência de textos dentro de outros textos. É claro, contudo, que nem sempre uma obra de arte será criada com um propósito claro e exclusivo de ser apreciada ou, por convenção, seja apenas uma expressão estética passível de ser experimentada esteticamente. Pois, quando nos defrontamos com a presença de um objeto natural a decisão de experimentá-la ou não é uma decisão exclusivamente pessoal. Contudo, se nos reportarmos as principais teses veremos que o sujeito é o elemento capaz de dominar a arte no sentido de decidir sobre o que ela deva ser para a sua percepção. Obviamente, este fato marca um empreendimento analítico uma defesa do que Kant atribui como crítica do gosto, portanto, o sujeito faz uma apreciação da obra e a julga de acordo com o que sente e reflete sobre ela. Para Kant, a estética é um estado de vida de direito próprio, uma capacidade de fruição intimamente relacionada a outras capacidades cognitivas do ser humano.
2 Sem, no entanto, depender, necessariamente, de conhecimento, ou seja: para contemplar o belo, o sujeito não se vale das determinações das capacidades cognitivas das faculdades do conhecimento. Portanto, alcançar a radicalidade máxima não, constitui-se, em quaisquer hipóteses, pensar o produto acabado, mas submeter o valor ontológico a uma análise arqueológica racional. Não é de admirar que se deter ao propósito da ação o sujeito reagirá aos estímulos públicos cujos quais se constituem em uma atitude rigorosa uma trama que o levará até as últimas consequências. Uma atitude onde nossas primeiras ideias as sensações no vem a mente através dos sentidos ( experiencia sensorial) sendo moldadas pelas qualidades próprias dos objetos externos. E essa experiencia recriativa resolve-se no instante em que o criar seja concebido como um agir integrado a um viver humano e, este ato de criação e vivencia se interligam a partir do que ele traz gravado em si de mais irreversivel. O interesse pela literatura de gênios da arte como Paul Klee embasa meu discurso e me propõem a crer que a arte sempre houve sua origem nos mais profundos sentimentos relacionados aos mistérios do ser. Não obstante, torna-se pertinente fazer referência ao filósofo John Locke, o qual afirma que não há nada em nossa mente que não tenha passado pelos nossos sentidos. E, em sua obra - "Ensaio acerca do entendimento humano" afirma que nossa mente no instante do nascimento é um papel em branco sem qualquer ideia previamente escrita. Não obstante, as ideias que possuímos são adquiridas ao longo da vida mediante o exercício da experiência sensorial e experiência da reflexão.
3 Segundo Locke o termo "ideia" ocorre no sentido de todo conteúdo do processo do conhecimento. Onde, portanto nossas primeiras ideias; as sensações estas nos vêm à mente através dos sentidos (experiência sensorial), e são moldadas pelas qualidades próprias dos objetos externos. Entretanto, se discorrermos tais conceitos voltados para a atualidade Israel Pedrosa em seu livro "Da Cor a Cor Inexistente", exterioriza o desejo de Paul Klee e salienta a busca incessante de "compreensão da realidade". Invisíveis e alheios aos nossos sentidos ao almejar e ampliar o domínio da estética até alcançar a essência da origem dos elementos que geram as formas ou ideias dos objetos. Penso que quando Israel Pedrosa refere-se ao desejo de Paul Klee sujeito as manifestações de sua intenção reflito em se tratar das sensações cognitivas. Portanto, justificado na frase "compreensão da realidade das coisas invisíveis aos nossos sentidos". No que diz respeito ao subtítulo "Interior da forma por além da questão retiniana", se analisar um segundo ponto de vista para Dora Vaillier, a Teoria da Empatia exprime um estado de sentimentos do "traço de união entre exterior e interior", cujo qual orienta o sujeito para uma forma exteriorizada que o reflete. Nesses termos acentua o significado "Interior da forma". Portanto, o que torna secundário a leitura que esta teoria representa exerce valor acerca das posturas e atitudes dos artistas em relação à realidade que o circunda. O que torna pertinente na disposição para a forma que se manifesta sobre criação de imagens imageticamente expressivas e unificadas pelo sentimento. Pois, se remontarmos a vasta literatura existente sobre a teoria supracitada recordaremos as suas principais teses. Seguindo o modelo da psicologia experimental proposta por determinados autores aos quais não obtive referencias atribuíram aos objetos a propriedade de agirem sobre as nossas reações psicofísicas. (In Dissertação de mestrado Clara Luiza Miranda. A crítica nas Revistas de arquitetura nos anos 50: a expressão plástica e a síntese das artes. USP, São Carlos, SP. Orientada por Carlos Alberto Martins. 1998).
4 Em contraponto, outros autores valeu-se de uma matriz idealista tal qual o pensamento de uma transposição dos nossos sentimentos para os objetos que por fim tornavam-se animados. Objetivamente tais objetos por serem temas centrais das grandes representações pictóricas foram unanimes em considerar as obras de arte expressivas por si próprias, mas pela sua analogia com certos comportamentos psicofísicos do observador. Portanto, nada do que percebemos visualmente age por si próprio; tudo age em conjunto como ressonância do que de semelhante existe em nós. O homem jamais poderá ser a medida de todas as coisas não por ser dotada de uma consciência empírica, a qual a concebe e a admiti tal qual um composto de impressões recebidas pela nossa faculdade cognitiva e estimulada tão somente pelas impressões dos sentidos. Naturalmente, tem sua peculiaridade ancorada às qualidades sensíveis atribuídas ao homem que pode ser definida como a convicção da "dignidade humana". Esta, portanto, baseada na insistência sobre os valores humanos: racionalidade e liberdade, além da aceitação de suas limitações que é própria da natureza humana: falibilidade e fragilidade. Obviamente o conceito explanado atesta a capacidade da obra de arte, do fruidor e expectador de experimenta-la esteticamente e aprecia-la de maneira exclusivamente pessoal. Uma coisa é certa nossa avaliação ante uma obra como produto final de nossas intenções corresponde a uma trama de desejos ínfimos e a ideia de um estado de equilíbrio mais eloquente revelará e denunciará seu conteúdo pragmático e simbólico. Sem dúvidas a poética da materialidade cria-se pela necessidade do homem que se converte em necessidades concretas de sua existência: criar é, portanto, uma forma de comunicar-se com outros seres humanos.
5 Sei, contudo que a experiência estética jamais deve voltar-se para si, mas sim revelar um encontro com o expectador um verdadeiro estímulo as suas ações agressivas que a nós é a todo custo inerentes. De modo que, o enfrentamento ante a obra o afete em três componentes: forma materializada; seja no campo das ideias ou em seu conteúdo, a fim de que esse três elementos de apreciação entre no que denominamos gozo estético da arte.
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