Clínica de Pequenos Animais

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Clínica de Pequenos Animais"

Transcrição

1 Clínica de Pequenos Animais Luiz Caian Stolf 2011

2 Sumário Enfermidades Gastrointestinais Distúrbios gastrointestinais (manifestações clínicas)...05 Reposição Hidroeletrolítica...07 Sialocele ou Mucocele...08 Periodontopatia...08 Estomatite...10 Gengivite/Faringite Linfocítica Plasmocítica...11 Miosíte Atrófica dos Músculos Mastigatórios...12 Acalasia ou Disfunção Cricofaringeana...13 Disfagia Faringeana...13 Megaesôfago...13 Esofagite...15 Obstrução Esofágica...16 Hérnia de Hiato...18 Gastrite Aguda...19 Gastrite Crônica...20 Úlcera Gástrica...22 Diarréia Aguda...24 Parvovirose...24 Coronavirose...26 Toxocara canis...28 Dypillidium caninum...29 Ancylostoma caninum...30 Giardíase...32 Doença da Má Absorção Intestinal...33 Enteropatia Inflamatória Linfocítica-Plasmocítica...33 Salmonelose...34 Campilobacteriose Veterinarian Docs

3 Clostridiose...37 Insuficiência Pancreática Exócrina...37 Complexo Dilatação Vólvulo Gástrico...39 Pancreatite Aguda...42 Quadríade Felina...45 Peritonite Peritonite Infecciosa Felina...50 Encefalopatia Hepática...52 Insuficiência Hepática Aguda...52 Shunt Porto-Sistêmico...57 Lipidose Hepática...59 Colangite...61 Colangite Neutrofílica...62 Colangite Linfocítica...63 Enfermidades do Sistema Urogenital DTUIF...64 Insuficiência Renal Aguda...70 Doença Renal Crônica...76 Infecções do Trato Urinário...85 Urolitíases...88 Enfermidades dos Sistema Respiratório Pólipos Nasofaríngeos...92 Rinite Linfocítica Plasmocítica...93 Infecção do Trato Respiratório Superior dos Felinos...93 Rinite Bacteriana dos Felinos...96 Aspergilose...97 Criptococose Veterinarian Docs

4 Neoplasias de Cavidade Nasal Paralisia de Laringe Síndrome das Vias Aéreas dos Braquiocefálicos Condromalácia Traqueal Traqueobronquite Infecciosa Massas Traqueais Obstrutivas Trauma Traqueal Bronquite Crônica Canina Broncomalácia Pneumonia Bacteriana Asma Felina Neoplasias Pulmonares Doença Tromboembólica Pulmonar Hipertensão Pulmonar Hérnia Diafragmática Efusão Pleural Pneumotórax Doenças do Mediastino Edema Pulmonar Veterinarian Docs

5 Distúrbios Gastrointestinais -Manifestações Clínicas: 01-Disfagia: dificuldade em deglutição. caem da boca. Sinais Clínicos: estiramento de pescoço, esforços repetidos de deglutição e alimentos Causas: -Dor (periodontite, abscessos e traumas) -Massas, anormalidades anatômicas, tumor, granuloma eosinofílico, corpos estranhos, sialocele e doenças neuromusculares (Ex.: miosite mastigatória). 02-Halitose: presença de odor desagradável na cavidade bucal. -Causas: e periodontites. -Bacterianas: por retenção de alimentos na boca ou esôfago, cálculos dentários 5 Veterinarian Docs -Alimentares: alimentos necrosantes, odoríficos e fezes. -Outras: diabetes e pacientes nefropatas. 03-Sialorréia: perda de saliva pela cavidade bucal. -Causas: náuseas, encefalopatia hepática, convulsão, produtos químicos (Ex.: organofosforados), hipertermia, hipersecreção da glândula salivar (não é freqüente). 04-Pseudoptialismo: ocorre quando animal não consegue deglutir e há acúmulo de saliva na cavidade bucal. -Causas: -Dor: estomatite ou glossite; -Disfagia oral ou faríngea; -Paralisia do nervo facial; 05-Regurgitação: expulsão de material (alimento, água ou saliva) da boca, faringe ou estômago, com ausência de ânsia (mímica do vômito), o ph é geralmente próximo a 7 e não tem-se atividade muscular abdominal (processo passivo) -Causas: -Disfunção esofágica: -Obstrução: por neoplasia, corpo estranho ou persistência do arco aórtico; -Fraqueza esofágica: congênita ou adquirida; 06-Êmese: expulsão de material do estômago e/ou intestino, com presença de ânsia (mímica do vômito), náusea prodrômica, o ph varia entre 5 e 8 dependendo do local de origem e tem-se atividade muscular abdominal (processo ativo).

6 -Causas: doença do movimento, substâncias eméticas, obstrução, inflamação e doenças de origem não gastrointestinal (uremia, doença hepática, diabetes, piometra, hipertireoidismo felino, superalimentação, comportamental e parvovirose). 07-Hematêmese: vômito com presença de sangue. -Causas: gastrites, doenças esofágicas ou orais, coagulopatias, administração de AINEs e antiinflamatórios esteroidais e neoplasias. *Hemoptise: expectoração com sangue, através da tosse de origem na árvore brônquica. 08-Diarréia: aumento anormal do volume fecal, da freqüência de defecação e do conteúdo líquido nas fezes. -Causas: -Aguda: mudanças na dieta, parasitas, doenças infecciosas. -Crônica: má absorção, parasitas e intolerância alimentar. Diarréia Origem Intestino Delgado Intestino Grosso Volume Aumentado Igual ou aumentado Muco Raro + Melena + - Hematoquezia - + Esteatorréia + - Alimento não digerido + - Perda de peso + - Borborigmos Tenesmo: esforços improdutivos e repetidos de defecação, animal assume a postura característica para defecar e, após eliminar pequena quantidade de fezes, permanece nessa posição. 10-Disquezia: defecação dolorosa. -Causas (tenesmo e disquezia): processos obstrutivos ou inflamatórios da porção distal (colite, constipação ou hérnia perineal); 11-Constipação: passagem de fezes dificultada, infreqüente ou ausente, caracterizada pelo esforço ao defecar e retenção de fezes secas e endurecidas no cólon e reto. -Causas: problemas dietéticos, ambientais, obstrutivos e fraqueza de cólon. 12-Obstipação: constipação refratária a tratamentos. 13--Anorexia e Inapetência: pode ser por origem psicológica, fisiológica ou patológica. 6 Veterinarian Docs

7 Anorexia: refere-se à completa perda de apetite. Inapetência: indica a perda parcial do apetite. Reposição Hidroeletrolítica -Volume de reposição: é aquele que corrige o déficit de fato, ou aquilo que estimamos ao avaliar o grau de desidratação (com alguma pequena margem de erro aceitável). É calculado com base no grau de desidratação apresentado e deve ser reposto de forma rápida, idealmente. Deve ser reavaliado (recalculado) a cada 24 horas de tratamento. Calcula-se empregando a fórmula a seguir: Volume de reposição (L) = peso vivo (kg) x grau de desidratação 100 -Volume de manutenção: considera a taxa de rotatividade diária de fluidos (ou de água) do organismo e varia de acordo com a idade do paciente. É um volume calculado com base nas fórmulas apresentadas a seguir, que deve ser administrado ao longo das 24 horas de um tratamento. Portanto, ao contrário do volume de reposição, a sua administração é lenta ou parcelada ao longo do dia. Cão: 50ml/kg/dia Gato: 70ml/kg/dia K + : 1mEq/kg/dia -Volume de perdas continuadas: considera o volume que continua sendo perdido ao longo do dia do tratamento iniciado. É uma simples estimativa com uma margem de erro relativamente grande, e somente possível nos quadros em que a perda é visível (diarréia e poliúria). Dificilmente mensurável. É impossível estimar nos casos de seqüestros de fluidos. Tais dificuldades técnicas fazem com que esse volume seja muitas vezes ignorado. Vômito: 40ml/kg/dia Diarréia: 50ml/kg/dia Ambos: 60ml/kg/dia *Equipo macro-gotas: 20gotas = 1ml *Equipo micro-gotas: 60 gotas = 1ml K + : 3 meq/100ml Reposição de Potássio: Indicação: abaixo de 3,5mEq/L Apresentação: ampola de 10ml (10%) 1g = 14mEq Velocidade de Infusão: Pequenos Animais: 0,5 meq/kg/h 7 Veterinarian Docs

8 Enfermidades do Sistema Gastrointestinal 1-Sialocele ou Mucocele salivar. -Definição: é o acúmulo de saliva no subcutâneo causado por obstrução e/ou ruptura do ducto -Anatomia e Fisiologia: as maiores glândulas salivares do cão e do gato são as parótidas (pares), a mandibular, a sublingual e a zigomática. A saliva do cão e do gato não possui atividade enzimática, a saliva apenas amolece e lubrifica o alimento para o estômago. A saliva também funciona no umedecimento da membrana da mucosa oral, que é de importância para a perda de calor no cão. -Causa: traumática ou idiopática. -Locais: os locais de mucoceles incluem mucoceles cervicais, mucoceles sublinguais (rânula) e menos comumente, regiões faríngea e orbital. -Características: edema volumoso e em geral indolor, sob a mandíbula, língua ou laringe. -Sinais Clínicos: disfagia, náusea, dispnéia, exoftalmia, estrabismo e inchaço indolor (mucocele zigomático); -Exame Físico (palpação) aspiração por agulha fina e radiografia (sialografia contratada). -Tratamento: drenagem da massa ou excisão cirúrgica (com posterior colocação de dreno para a não formação de seromas) da glândula salivar. Ocasionalmente, a sialocele não recidivará após a aspiração. 2-Periodontopatia (gengivite e/ou periodontite) -Definição: a periodontopatia é a causa mais comum de infecções oral e perda de dentes em cães. A gengivite é uma inflamação reversível da gengiva e a periodontite envolve uma inflamação mais profunda, com perda da sustentação dentária e danificação permanente. -Etiologia: a placa dentária é o fator etiológico primário responsável pela gengivite. A formação da placa supragengival se inicia com a adesão de bactérias a uma película de ácido glicoprotéico que se precipita da saliva sobre as superfícies do esmalte. Os microorganismos específicos predominantes nos cães são anaeróbicos gram-negativos. A periodontite se desenvolve como seqüela de gengivite persistente. -Agentes Comuns: Bacterioides asaccharolyticus, Fusobacterium nucleatum, Actinomyces viscosus e Actinomyces odontolyticus. 8 Veterinarian Docs

9 -Sinais Clínicos: mudança na coloração da gengiva (hiperemia) e pode-se ter hiperplasia gengival, dentes móveis, abscessos periodontais, inchaço facial, halitose, disfagia, sialorréia e perda de dentes. -Tratamento: -Exame Físico: exame oral e periodontal completo; radiografia; -Cirúrgico (remoção dos cálculos dentários supragengival e subgengival); -Higiene oral diária; -Antibióticos: -Espiromicina + Metronidazol (Stomorgyl ) -Stomorgyl 2: 1 drágea SID a cada 2kg PV; -Stomorgyl 10: 1 drágea SID a cada 10kg PV; -Stomorgyl 20: 1 drágea SID a cada 20kg PV; -Espiromicina + Dimitridazol (Spiraphar ) -Profilaxia: -Higiene oral diária; -Lavar a boca do animal com solução de clorexidina a 0,2% (Nolvsan - Fort Dodge ou Periogard ) pós-cirurgia por 2 semanas. -Recomenda-se a extração dos cálculos dentários anualmente ou semestralmente. Cálculo dentário 9 Veterinarian Docs

10 Cálculo dentário 3-Estomatite -Definição: úlceras ou erosões presentes na cavidade oral. -Etiologia: -Lesão física (corpos estranhos); -Lesão química (bases fortes, ácidos, destilados de petróleo e fenóis); -Lesão induzida por drogas ou toxinas (envenenamento com metal pesado e ingestão de Dieffenbachia comigo ninguém pode); nocardiose); -Infecção (herpesvírus e calicivírus felino, estomatite necrosante ulcerativa e -FIV e FeLV; -Distúrbios auto-imunes (lúpus eritematoso e pênfigo); -Neutropenia (neutropenia cíclica e leucemia); -Deficiências nutricionais (deficiência de niacina); -Idiopáticas (estomatite plasmocítica felina e complexo granuloma eosinofílico); -Insuficiência Renal Crônica (uremia); -Sinais Clínicos: saliva grossa, halitose e anorexia (devido a dor); -Biópsia; -Hemograma e bioquímica sérica; 10 Veterinarian Docs

11 -Tratamento: -Tratamento da causa primária; -Uso de clorexidina tópico 0,2% (Nolvsan - Fort Dodge ou Periogard ); 4-Gengivite/Faringite Linfocítica Plasmocitária Felina -Definição: inflamação com proliferação gengival acentuada e presença de úlceras; -Causas: -Idiopática; -Sinais Clínicos: -Calicivírus, herpesvírus e panleucopenia felina; -Estímulo inflamatório gengival prolongado; -Anorexia, halitose, gengivite marginal (linha vermelha na junção da coroa do dente com a gengiva), salivação, inapetência, desidratação, hiperemia em faringe, proliferação e sangramento fácil; -Biópsia: encontra-se infiltrado linfo-plasmocitário com número menor de linfócitos, neutrófilos e histiócitos. para a doença); -Laboratorial: hiperglobulinemia (provavelmente indica base imunomediada -Radiografia dentária; -Diagnóstico Diferencial: -Neoplasias orais; -Causas sistêmicas de perda de peso; -FIV e FeLV; -Tratamento: -Limpeza oral: clorexidina tópica 0,2% (Nolvsan - Fort Dodge ou Periogard ); -Antibióticos: 11 Veterinarian Docs

12 -Espiromicina + Metronidazol (Stomorgyl ) -Stomorgyl 2: 1 drágea SID a cada 2kg PV; -Stomorgyl 10: 1 drágea SID a cada 10kg PV; -Stomorgyl 20: 1 drágea SID a cada 20kg PV; -Espiromicina + Dimitridazol (Spiraphar ) -Corticóide (doença imunomediada) -Predinisolona: 2,2mg/kg SID; -Alimentação através de dieta seca ajuda na manutenção da boa sanidade oral dos gatos (diminuição da proliferação de bactérias nocivas); 5-Miosite Atrófica dos Músculos Mastigatórios -Definição: é o miopatia inflamatória focal que afeta seletivamente os músculos da mastigação. Essa distribuição seletiva pode ser atribuída à diferenças histoquímicas e bioquímicas entre os músculos mastigatórios e dos membros. Enfermidade imunomediada com produção de auto-anticorpos contra as proteínas citoplasmáticas do sarcolema. -Sinais Clínicos: -Disfunção mastigatória, disfagia, regurgitação, disfonia, dispnéia, músculos masseter e temporal podem estar aumentados de volume e com sensibilidade dolorosa e dificuldade em abrir a boca; -Tratamento: -Corticóide: -Predinisolona: 2,2mg/kg SID; -Imunossupressor: -Azatioprina: 50mg/m²/dia; 12 Veterinarian Docs

13 6-Acalasia ou Disfunção Cricofaringeana -Definição: incoordenação entre músculos cricofaringeanos e pausa do reflexo de deglutição. -Sinais Clínicos: movimentos de mascar, tosse, movimentos aleatórios com a boca, espirros, regurgitação e perda de peso; -Tratamento: -Fluoroscopia com contraste (sulfato de bário); -Cirúrgico (miotomia do músculo cricofaringeano); 7-Disfagia Faríngea -Definição: incapacidade de formar o bolo alimentar na base da língua geralmente por lesão nos pares IX e X dos nervos cranianos, também pode ser resultante de polineuropatias e miastenia gravis. -Sinais Clínicos: regurgitação, maior dificuldade em deglutir líquidos do que sólidos, pneumonia aspirativa e perda de peso; -Tratamento: -Fluoroscopia com contraste (sulfato de bário); -Tratamento da causa primária; -Cirurgia; 8-Megaesôfago -Definição: é o termo descritivo para o sintoma clínico de dilatação esofágica, um sintoma comum à um número de entidades nosológicas distintas de causas variadas. 13 Veterinarian Docs

14 -Causas: -Congênita: Labrador e Dálmata; -Raças Predispostas: Schnauzer, Dogue Alemão, Pastor Alemão, Setter, -Adquirida (secundário): -Neuromuscular (miastenia gravis, lesão vagal, traumatismo, neoplasia ou acidente vascular troncoencefálico, botulismo e cinomose); -Obstrução Esofágica (neoplasia, anomalia do anel vascular, compressão extraesofágica, estenose e corpos estranhos); -Tóxica (chumbo); -Outras (caquexia, hipocortisolismo e hipotireoidismo); acima de 7 anos); -Raças Predispostas: Pastor Alemão, Golden Retriever e Setter (geralmente -Felinos: secundária à hérnia de hiato e refluxo gastroesofágico freqüente. -Sinais Clínicos: -Regurgitação (principal sinal clínico), sialorréia, halitose, dispnéia, tosse, corrimento nasal, febre, pneumonia por aspiração, traqueíte, perda de peso e apetite normal. -Laboratorial: para se diferenciar êmese de um paciente com insuficiência renal crônica ou de outras causas. Animal com megaesôfago apresenta bioquímica sérica normal. -Endoscopia: apenas verificar integridade da mucosa. dilatado sem obstrução. -Radiografia: simples ou esofagograma (contrastado) verifica esôfago -Tratamento: -Tratamento para evitar o agravamento da dilatação e regurgitação, melhorando os sinais sistêmicos, raramente ocorre recuperação da função esofágica; -Antiulcerogênico/anti-ácido: -Omeprazol: 0,7 a 1,5mg/kg SID 20 a 30 dias de uso; 14 Veterinarian Docs

15 -Alimentação: fornecimento de comida pastosa, caldos ou dependendo da aceitação do animal, comida seca à vontade. Fornecer pequenas quantidades, várias vezes ao dia, mantendo o animal em pé (ação da gravidade) por 5 a 10 minutos após a alimentação. -Prognóstico: -Em alguns casos é necessário a alimentação via sonda ou parenteral; -Não é feita a correção cirúrgica; -Animais com problemas congênitos, devem ser retirados da reprodução; -Reservado (podendo variar de favorável a desfavorável dependendo da resposta do animal ao tratamento e do tipo de doença base congênita ou adquirida); -Congênito: pode-se ter uma melhora parcial com tratamento, mas há risco de óbito devido a pneumonia aspirativa; 9-Esofagite -Etiologia: refluxo gastroesofágico, vômito persistente, lesão térmica (superaquecimento de alimentos), corpo estranho ou ingestão de substâncias corrosivas (agentes cáusticos). -Sinais Clínicos: -Regurgitação; -Depressão; -Febre; -Tratamento: -Odinofagia (dor na deglutição); -Distensão do pescoço; -Sialorréia; -Disorexia; -Radiografia cervical (visualização de hérnia de hiato ou corpos estranhos); -Esofagoscopia superior; -Evitar a formação de cicatriz com uso de corticóides; 15 Veterinarian Docs

16 -Oferecer alimentos macios ou fazer a sondagem do animal; -Tratar causa base; -Antiácido: Ranitidina -Cães: 2mg/kg EV ou VO : TID -Gatos: 2,5mg/kg EV : BID ou 3,5mg/kg VO : BID -Protetor de Mucosa: Sucralfato -Cães: 0,5 1,0g VO : BID/TID -Gatos: 0,25g VO : BID/TID -Agente Antiulcerogênico/anti-ácido: -Omeprazol: 0,7 a 1,5mg/kg SID 20 a 30 dias de uso; -Antibióticos: -Amoxicilina: -6,6 20mg/kg VO : BID/TID -Clindamicina: -Cães: 11 33mg/kg VO : BID ou 10mg/kg EV ou IM : BID -Gatos: 11 33mg/kg VO : SID ou 10mg/kg EV ou IM : BID -Corticóide: Prednisolona: 0,5mg/kg VO : BID; -Cirúrgico (em casos de hérnia de hiato); 10-Obstrução Esofágica -Etiologia: anomalias do anel vascular, corpos estranhos, cicatriz esofágica ou neoplasias. 16 Veterinarian Docs

17 -Tipos: obstrução parcial ou completa. -Localização: os locais afetados mais comumente são a entrada do tórax, base do coração ou na região cranial ao diafragma. -Sinais Clínicos: -Regurgitação (geralmente em neoplasias); -Traqueíte; -Pneumonia por aspiração; -Perda de peso; -Febre, efusão pleural e pneumotórax (em perfuração esofágica); 10.1-Anomalia do Anel Vascular: -Definição: enfermidade congênita causada pela persistência do arco aórtico (4º arco aórtico direito) ou da artéria subclávia, enlaçando o esôfago em um anel de tecido. É mais comum a persistência do arco aórtico direito. -Sinais Clínicos: geralmente ocorrem no início da alimentação com alimentos sólidos Corpos Estranhos: -Definição: obstrução parcial ou total por ingestão de corpos estranhos. Afeta geralmente caninos, pois felinos são mais seletivos. -Corpos Estranhos Comuns: ossos, anzol ou corpos não radiopacos Neoplasias: -Tipos: descrito em gatos; -O carcinoma de células escamosas é o tumor esofágico mais comumente -O tumor esofágico benigno mais comum é o leiomioma; -Esofagoscopia superior; -Radiografia Contrastada; 17 Veterinarian Docs

18 -Tratamento: -Cirúrgico: retirada por endoscopia ou toracotomia. -Esofagoscopia: deve-se reavaliar a mucosa após a retirada do corpo estranho. -Suporte nutricional (enteral ou parenteral); -Dependendo da lesão residual pode-se fazer o uso de antibióticos, antiácidos, corticosteróides e agentes pró-cinéticos como já citados no item Hérnia de Hiato -Definição: protrusão do estômago para a cavidade torácica, o esfíncter perde a sua função. Em casos graves ela facilita a ocorrência de refluxo gastroesofágico. A condição pode ser congênita ou adquirida. -Sinais Clínicos: -Tratamento: -Pode ser assintomático; -Regurgitação é o primeiro sintoma; -Cães da raça Sharpei são predispostos; -Esofagograma (simples ou contrastado); -Endoscopia; -Cirúrgico (em casos congênitos e sintomáticos); -Tratamento para refluxo gastroesofágico com antiulcerogênico/antiácido em casos de hérnia de hiato adquirida. Omeprazol 0,7 1,5mg/kg VO : SID ou 20mg/animal 18 Veterinarian Docs

19 12-Gastrite Aguda -Definição: inflamação da mucosa gástrica decorrente da quebra da barreira protetora da mucosa gástrica pelo aumento da produção de HCl, ocorre em episódios intensos e freqüentes. -Etiologia: -Sinais Clínicos: -Dietética (mudanças na alimentação e alimentos contaminados); -Doenças infecciosas (bacterianas e virais); -Tóxica (plantas, agentes químicos ou drogas irritantes); -Antiinflamatório não-esteroidal (inibidores COX-1) e corticosteróides; -Doenças metabólicas (insuficiência renal e hepática); -Anorexia; -Crise aguda de vômito (vômito amarelado, composto por alimento e bile); -Pode ou não apresentar quadro sistêmico; -Hematemese; -Melena; -Raramente dor abdominal na palpação e postura antiálgica; -Diagnóstico Diferencial: -Tratamento: -Pancreatite; -Abdômen agudo; -Terapêutico; 19 Veterinarian Docs -Radiografia contrastada; -Endoscopia; -Ultrassonografia abdominal; -Hemograma, função renal e hepática; -Deve-se reestabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico;

20 -Jejum alimentar e hídrico por 24 horas; -Antieméticos: Metoclopramida: 0,2 0,4mg/kg TID : VO, IM ou EV; *Apenas em cães Citrato de Maropitant (Cerenia ): 1mg/kg (1ml/10kg) SID: SC; -Manejo alimentar após o controle do vômito; -Oferecer pequena quantidade de água fria e pequena quantidade de alimento várias vezes ao dia (alimento pastoso); -Antiácidos locais: Hidróxido de Alumínio -5 10ml VO : QID Hidróxido de Magnésio -Cães: 5 10ml VO: QID -Gatos: 5 10ml VO: BID/TID -Antiácido: Ranitidina: -Cães: 2,0mg/kg VO ou EV : TID -Gatos: 2,5mg/kg EV ou 3,5mg/kg VO : BID 13-Gastrite Crônica -Definição: doença inflamatória da mucosa gástrica de causa geralmente desconhecida. É caracterizada por um infiltrado inflamatório e de distribuição nem sempre uniforme. Pode ocasionar um aumento na produção de lípase na mucosa gástrica, ocasionando um aumento na lípase sérica. -Etiologia: 20 Veterinarian Docs

21 -Uso crônico de AINEs; -Imunomediada: linfocítica/plasmocitária; alimentares); -Erro de manejo alimentar: gastrite eosinofílica (reação alérgica à antígenos -Insuficiência Renal ou Hepática; -Neoplasias: linfoma e carcinoma; -Inflamação: Helicobacter (bactéria espiroqueta que acomete principalmente felinos) e Physaloptera (nematóide com parte do ciclo em baratas, grilos e besouros); -Sinais Clínicos: -Tratamento: -Êmese esporádica; -Hemograma, função renal e hepática; -Endoscopia; -Biópsia e histopatológico; -Neoplasias: excisão cirúrgica e quimioterapia; -Linfocítica/Plasmocitária: Prednisolona: 2,2mg/kg VO : SID por 2/3 semanas -Gastrite Eosinofílica: fornecer dieta de eliminação que consiste em uma alimentação com proteínas que o animal nunca ingeriu e corticóide. Prednisolona: 1,1-2,2mg/kg VO : SID -Helicobacter: -Antiulcerogênico/anti-ácido: Omeprazol: 0,7 1,5mg/kg VO : SID ou 20mg/animal -Antibióticos: associação de metronidazol e amoxicilina por 10 dias, eritromicina ou azitromicina. 21 Veterinarian Docs

22 Metronidazol -15mg/kg BID EV ou VO; Amoxicilina -6,6 20mg/kg BID/TID : VO Eritromicina* mg/kg BID/TID : VO Azitromicina* -Cães: 10mg/kg 1x a cada 5 dias : VO -Gatos: 10mg/kg 1x a cada 7 dias : VO *Interfere nas enzimas do citocromo P450, inibindo algumas enzimas. 14-Úlcera Gástrica -Definição: caracterizada por lesões na mucosa gástrica que alcançam a camada muscular. -Etiologia: -Utilização de AINEs (aspirina, fenilbutazona, ibuprofeno, naproxeno e piroxicam); -Corpos Estranhos; -Choque Séptico ou Hipovolêmico; -Mastocitomas (pela liberação de histamina, a qual induz a secreção gástrica ácida); -Insuficiência Renal ou Hepática; -Neoplasias Gástricas; -Estresse; -Sinais Clínicos: -Anorexia; -Vômito; -Hematemese; -Melena; -Dor abdominal; -Postura antiálgica; 22 Veterinarian Docs

23 -Pode-se ter também peritonite e abdômen agudo em caso de perfuração; -Radiografia simples e contrastada; -Ultrassonografia (verifica-se espessamento da parede estomacal ou defeitos/irregularidades na parede) -Tratamento: -Endoscopia juntamente com biópsia; -Histopatológico; -Hemograma e Perfil Bioquímico Sérico; -Remover a causa base; -Manter a perfusão sanguínea da mucosa; -Antiácidos locais: Hidróxido de Alumínio -5 10ml VO : QID Hidróxido de Magnésio -Cães: 5 10ml VO: QID -Gatos: 5 10ml VO: BID/TID -Antiulcerogênico/antiácido: -Omeprazol: 0,7 a 1,5mg/kg SID 20 a 30 dias de uso; Ranitidina -Cães: 2mg/kg EV ou VO : TID -Gatos: 2,5mg/kg EV : BID ou 3,5mg/kg VO : BID 23 Veterinarian Docs

24 -Protetor de Mucosa; Sucralfato -Cães: 0,5 1,0g VO : BID/TID -Gatos: 0,25g VO : BID/TID -Suspensão da alimentação enteral por 24/48 horas; -Reposição hídrica e eletrolítica; -Nutrição parenteral; 16-Diarréia aguda -Definição: diarréia refere-se a fezes contendo grande quantidade de água. -Etiologia: -Dieta (intolerância, alergia, alimentação de baixa qualidade, mudanças bruscas na dieta e envenenamento alimentar por bactérias); -Medicamentosa (AINEs, antibióticos e quimioterápicos); -Parasitas (helmintos e protozoários); -Infecciosas (virais, bacterianas e riquétsias); -Extra-intestinal (insuficiência renal, insuficiência hepática, pancreatite e hipoadrenocorticismo); -Outras (gastroenterite hemorrágica idiopática, intussussepção, ingestão de toxinas e substâncias químicas); 16.1-Gastroenterite Hemorrágica Parvovirose -Etiologia: existem 2 tipos de parvovírus canino, o PVC-1 e o PVC-2. O PVC-2 é o vírus responsável pela clássica enterite parvoviral. -Transmissão: fecal-oral e fômites contaminados. O vírus pode se manter viável no ambiente por vários meses. *Cloro diluído (1:32) é capaz de destruir o PVC; 24 Veterinarian Docs

25 -Patogenia: os cães se infectam pela ingestão ou inalação do PVC. O vírus é capturado pelos linfonodos regionais (mesentéricos) onde ocorre a replicação primária. Então ocorre a viremia com a disseminação primária do PVC até as criptas do intestino delgado, onde causa destruição destas em divisão. PVC também é capaz de replicar em outros tecidos como: medula óssea, coração e células endoteliais. -Raças Susceptíveis: Labrador, Rottweiler e Doberman. -Sinais Clínicos: -Diarréia sanguinolenta ou não, com odor fétido; -Vômito; -Sangramento intestinal; -Depressão; -Anorexia; -Febre; -Desidratação; -Achados Laboratoriais: -Hipoalbunemia; -Leucopenia: Linfopenia e Neutropenia transitórias; -Hemograma; -ELISA: pode ser negativo se for realizado muito cedo e podem ocorre falsos-negativos se feito logo após a vacinação. -Tratamento: -Terapia hidroeletrolítica: solução eletrolítica balanceada com 20-30mEq de cloreto de potássio/l e acrescentar 2,5 5% de glicose se o cão estiver hipoglicêmico ou em risco. *Animais com hipoproteinemia, cuidado com terapia hídrica excessiva. Deve-se administrar plasma ou hetastarch (colóide); 25 Veterinarian Docs

26 -Antibióticos: em cães febris ou gravemente neutropênicos. Cefazolina: mg/kg EV ou IM : TID Ampicilina: 22mg/kg EV ou IM : TID/QID -Antieméticos: Clorpromazina 0,5mg/kg IM ou SC : TID/QID Ondansetrona -0,1 0,2mg/kg EV lento : BID -Antiinflamatório: em caso de choque séptico Flunixin-Meglumine 1,1mg/kg EV, IM ou SC : SID -Antiácidos: (em casos de vômito); Ranitidina 2mg/kg EV ou VO : TID -Protetores de Mucosa: Sucralfato 0,5 1,0g VO : BID/TID -Dieta leve após o vômito cessar por 24 horas; -Terapia nutricional enteral ou parenteral; Coronavirose -Etiologia: coronavírus canino (CVC) pertencente à família Coronaviridae. Relacionado com o vírus da PIF e da gastrenterite transmissível dos suínos. 26 Veterinarian Docs

27 -Transmissão: fecal-oral; -Patogenia: o CVC, o qual é um vírus epiteliotrófico invade o organismo e destrói células maduras das vilosidades intestinais. A destruição, a atrofia e fusa dos vilos resultantes causam diarréia de severidade variável. *A maioria das infecções por CVC é subclínica. É mais grave quando associada ao parvovírus canino. -Sinais Clínicos: -Geralmente os animais são assintomáticos; -Anorexia; -Depressão; -Êmese; -Desidratação e anormalidades eletrolíticas; -Diarréia (mole a aquosa ou com muco e sangue); *Importante: diferenciar de parvovirose, porque ao contrário da infecção pelo parvovírus, a infecção por CVC não causa febre, leucopenia, hematoquezia e morte. -Tratamento: -Microscopia Eletrônica; -Sorologia; -Terapia com fluido; -Restabelecer equilíbrio eletrolítico; -Restrição alimentar até cessar êmese por 24 horas; -Antieméticos: (em casos de vômito); Clorpromazina -Cães: 0,5mg/kg IM ou SC : TID/QID Ondansetrona -0,1 0,2mg/kg EV lento : BID 27 Veterinarian Docs

28 -Antiácidos: (em casos de vômito); Ranitidina -Cães: 2mg/kg EV ou VO : TID -Protetores de Mucosa: Sucralfato -Cães: 0,5 1,0g VO : BID/TID -Terapia nutricional enteral ou parenteral; 16.2-Helmintos Toxocara canis -Classificação: pertencente à classe Nematoda, ordem Ascaridida e família Ascarididae, espécie: Toxocara canis. -Características: -Sinais Clínicos: -Localização: intestino delgado -Nutrição: produtos pré-digeridos (aminoácidos, vitaminas e oligoelementos) -Quando a infecção pré-natal é muito grande, pode haver a morte do animal, pois a migração das larvas causa lesões hepáticas e focos pneumônicos; -Em infecções maciças podem ocorrer obstruções no sistema digestório; -Vômitos e diarréia podem ser observadas pela ação irritante dos adultos na mucosa gástrica e intestinal; agudos e às vezes fatais; -Adultos podem penetrar nos canais biliares ou pancreáticos, levando à quadros -Competição alimentar ocorre devido à sua ação espoliadora de aminoácidos essenciais, vitaminas e sais minerais levando ao enfraquecimento; -Sinais neurológicos vão desde irritação, até crises convulsivas, e estão associadas com as toxinas parasitárias de vermes vivos ou mortos, irritação das terminações nervosas intestinais e sensibilização do SNC pelas larvas erráticas; -Fezes pastosas ou líquidas; 28 Veterinarian Docs

29 -Hematoquezia; -Parorexia; -Coproparasitológico: método de flutuação (técnica de Willis Mollay). -Presença de vermes nas fezes; -Tratamento: -Pirantel: Cães: 20-30mg/kg V.O Gatos15mg/kg (gatos) V.O. -Piperazina: mg/kg V.O. -Mebendazole: 20mg/kg V.O. : SID por 3 dias -Fembendazole: 50mg/kg V.O : SID por 3 dias -Dietilcarbamazina: mg/kg V.O. *Benzimidazóis: utilizado para cadelas prenhas, mas não utilizar em inicio de gestação. -Controle: -Recém nascidos: tratar os filhotes com 2/3 semanas (repetir após 21 dias), com princípios ativos de ação menos potente como o mebendazole e fembendazole, tratar a cadela simultaneamente. Tratar os filhotes novamente aos 2 meses; -Cães recém adquiridos: administrar 2 doses com intervalo de 14 dias; -Fêmeas prenhes: tratar 3 semanas antes do parto; Dypilidium caninum -Classificação: pertencem à classe Cestoda, ordem Cyclophyllidae, família Dipelididae e espécie Dypilidium caninum. -Características: 29 Veterinarian Docs -Localização: intestino delgado

30 -Sinais Clínicos: -Normalmente cursa de forma assintomática; -Diarréia; -Cólica; -Alterações no apetite; -Perda de peso; -Alterações de comportamento; -Ataques epileptiformes; -Coproparasitológico pelo método de sedimentação; -Pesquisa de proglótides nas fezes; -Tratamento: -Praziquantel: 5 a 10mg/kg -Fembendazole: 50mg/kg por 3 dias -Nitroscanato*: 50mg/kg *Para Echinococcus granulosus usar 100mg/kg e repetir a dose em 48 horas Ancylostoma caninum -Classificação: pequeno estrongilídeo, pertencente à classe Nematoda, ordem Strongylida e à família Ancylostomidae, espécie Ancylostoma caninum, Ancylostoma braziliense e Ancylostoma duodenale. -Características: -Localização: intestino delgado de carnívoros (A. caninum e braziliense) e de humanos e cães (A. duodenale). *Ancylostoma caninum e braziliense: larva migrans cutânea (bicho geográfico). -Sinais Clínicos: -Prurido; 30 Veterinarian Docs

31 -Eritema, principalmente no abdômen; -Mucosas pálidas; -Anorexia; -Diarréia escura; -Desidratação; -Emagrecimento; -Edema e ascite; -Coproparasitológico: método de flutuação (técnica de Willis Mollay). -Tratamento: -Nitroscanato: 50mg/kg V.O. dose única -Pirantel: 15mg/kg -Disofenol*: 7,5mg/kg : S.C. dose única *Utilizado para hematófagos e não é recomendado no final da gestação (causa aborto), e cuidado com animais de pelagem clara (causa manchas). *Combinação: Praziquantel (para platelmintos) + Pirantel (para nematódeos) (Drontal ) Princípio Ativo Toxocara Ancylostoma Trichuris Dypilidium Pirantel X X Praziquantel X Febantel X X X 31 Veterinarian Docs

32 16.3-Protozoários Giardia -Classificação: pertencente ao filo Euglenozoa, ordem Diplomanadida, família Hexamitidae, gênero Giardia e espécie G. lamblia, muris, psittaci, canis, ardeae e G. agilis. -Características: -Sinais Clínicos: 32 Veterinarian Docs -Localização: intestino delgado; -Transmissão: oral-fecal (água, alimentos contaminados). -Geralmente atinge animais mais jovens, mas pode afetar adultos. -Poucos sinais em animais; -Diarréia aquosa; -Animal não apresenta febre; -Enterite; -Perda de peso; -Inapetência; -Vômitos; -Dor abdominal; -Laboratorial: utilizando o método direto (exame a fresco), para identificar trofozoítos ou cistos. Técnica de Faust e Cols. (flutuação com sulfato de Zn 33%), imunológico ou molecular. *Fezes diarréicas encontra-se o trofozoíto e em fezes normais encontra-se o cisto. -Tratamento: -Quimioterápico: -Metronidazol: -Cães: 15mg/kg VO : BID por 8 dias -Gatos: 17mg/kg VO : SID por 8 dias

33 17-Doença da Má Absorção Intestinal -Causas: -Doença Inflamatória imunomediada (enteropatia inflamatória); -Reação de Sensibilidade alimentar; -Inflamação bacteriana, parasitária, viral ou fúngica; -Neoplasias; -Doença inflamatória intestinal; -Má digestão (insuficiência pancreática); 17.1-Enteropatia Inflamatória (EPI): -Definição: refere-se a um grupo diverso de enteropatias crônicas, caracterizadas por infiltração idiopática da mucosa e algumas vezes da submucosa do trato gastrointestinal com células inflamatórias Enteropatia Inflamatória Linfocítica-Plasmocítica: -Etiologia: não determinada, no entanto, sugere-se que fatores genéticos (Ex.: Shar- Pei), dietéticos, bacterianos, imunológicos e de permeabilidade da mucosa exerçam um papel. -Patogenia: A EPI linfocítica-plasmocítica pode envolver uma reação de hipersensibilidade a antígenos (bacterianos, alimentares ou autoantígenos) no lúmen intestinal. Isso pode resultar de um distúrbio primário do sistema imune. -Sinais Clínicos: -Vômito intermitente (geralmente em gatos); -Diarréia de intestino delgado; -Perda de peso progressiva; -Ascite, hidrotórax e/ou edema (por perda protéica); maduros); -Biópsia intestinal (mucosa com infiltração de linfócitos e plasmócitos 33 Veterinarian Docs

34 -Colonoscopia; -Tratamento: -Manipulação dietética; -Antiinflamatórios-imunossupressores: -Sulfassalazina: -Cães: 10 30mg/kg VO : BID ou TID -Gatos: 10 20mg/kg VO : SID -Prednisolona: -Cães: 1-2mg/kg VO : SID -Gatos: 2-3mg/g VO : SID -Azatioprina: -Cães: 1-2mg/kg VO : SID -Gatos: 0,3 0,5mg/kg VO : SID -Quimioterápico: -Metronidazol: -15mg/kg VO : BID ou TID 17.2-Infecções Bacterianas -Principais agentes: Salmonella spp, Campylobacter jejuni e Clostridium spp Salmonelose -Classificação: bacilo gram-negativo pertencente ao gênero Salmonella e família Enterobacteriaceae. -Características: -Transmissão: fecal-oral (ingestão de alimentos ou água contaminados); 34 Veterinarian Docs

35 -Sinais Clínicos: -Principais espécies: S. typhimurium e S. anatum; -Freqüentemente isolada nas fezes de cães e gatos saudáveis; -Diarréia aquosa ou mucóide; -Vômito; -Tenesmo; -Febre; -Anorexia; -Letargia; -Tratamento: -Dor abdominal; -Desidratação; -Isolamento da Salmonella spp a partir de amostras fecais; -Hemograma: grave leucopenia -Não é indicado o uso de antibióticos para o tratamento de salmonelose. Os antibióticos somente são indicados quando a invasão pela Salmonella spp for severa, causando bacteremia ou endotoxemia. O antibiótico de escolha deve-se basear em cultura e antibiograma prévios, mas tem-se sucesso com: -Enrofloxacino: -5mg/kg VO : BID por 7 a 10 dias -Sulfa-trimetoprim: -15mg/kg VO : BID por 7 a 10 dias -Deve-se repetir o cultivo das fezes após 1 e 4 semanas do final do tratamento; -Reposição hídrica e eletrolítica; 35 Veterinarian Docs

36 Campilobacteriose -Classificação: Campylobacter jejuni é uma bactéria gram-negativa; -Características: -Transmissão: fecal-oral (alimentos e água contaminados); -Pode ser encontrada em animais sadios; -Geralmente é patogênico em cães e gatos jovens -Sinais Clínicos: presença de sangue; -Diarréia aquosa à mucóide de duração entre 5 e 15 dias, pode ou não ter -Vômito; -Tenesmo; -Febre suave ou ausente; -Microscopia: presença de Campylobacter (bastonete gram-negativo curvo e delgado e pode ter formato de W ) e leucócitos; -Tratamento: -Antibióticos: -Isolamento da Campylobacter (difícil); -Eritromicina: -Neomicina: mg/kg VO : TID por 7 dias; -10mg/kg VO : TID por 7 dias -Reposição hídrica e eletrolítica; 36 Veterinarian Docs

37 Clostridiose e gatos. -Classificação: Clostridium perfringens, bactéria anaeróbica normal do intestino de cães -Patogenia: Clostridium perfringens é uma bactéria produtora de toxinas que pode se envolver em uma diarréia aguda e crônica. Associa-se a gastrenterite hemorrágica canina, enterocolite necrosante aguda, diarréia hospitalar aguda e diarréia crônica. -Sinais Clínicos: -Diarréia aquosa ou mole, com ou sem muco; -Tenesmo; -Microscopia: presença de Clostridium perfringens (bastonetes gramnegativos) e leucócitos. Considera-se anormal acima de 2/3 esporos (identificados em coloração Diff- Quick ou Wright); -Tratamento: -Antibióticos: -Amoxicilina: -20mg/kg VO : TID -Ampicilina: 22mg/kg IM ou EV : TID/QID -Metronidazol: -15mg/kg VO ou EV : BID 18-Insuficiência Pancreática Exócrina -Etiologia: Alemão); -Atrofia acinar idiopática hereditária (cães de porte grande, sendo a principal raça Pastor 37 Veterinarian Docs

38 Schnauzer); -Pancreatite crônica recidivante (cães de pequeno porte, sendo a principal raça -Sinais Clínicos: -Emagrecimento progressivo; -Pelame de má qualidade; -Musculatura pobre; -Polifagia; -Parorexia; -Fezes volumosas, sem forma e brilhantes; -Esteatorréia; -Concentração sérica e nas fezes de lípases e amilases; -Desafio com triglicerídeos: -Prova da turbidez plasmática: deve ser feito um jejum prévio de 12 horas e após isso oferecer 5-20ml de óleo, a amostra sérica torna-se turva (indicando normalidade); -Perfil hepático e renal: ALT (pode estar aumentado), AST e GGT. -Hipocolesterolemia; -Ultrassonografia abdominal; -Biopsia; -Análise qualitativa fecal: verifica a presença de atividade de tripsina e presença de alimentos não digeridos nas fezes; -Tratamento: -Mensuração da imunorreatividade ao tripsinóide (exame específico); -Suplementação com enzimas pancreáticas (em pó ou tecido cru); -Dose: 5mg/kg -Manejo dietético: -Fornecer alimento em pequenas quantidades e várias vezes ao dia; 38 Veterinarian Docs

39 -Utilizar ração de alta digestibilidade, restrita em fibras (<2%MS) que diminui a atividade enzimática. Auxilia no controle do volume fecal, na excreção de gordura e na diminuição das flatulências; -Antibiótico: -Restrição à gorduras; -Adicionar complexos vitamínicos; -Metronidazol: -15mg/kg VO ou EV : BID 19-Complexo Dilatação-Vólvulo Gástrico -Definição: distensão do estômago geralmente após a ingestão de grande quantidade de água/ar seguido de exercício. Ocorre de forma aguda. -Etiologia: -Multifatorial; -Cães de qualquer idade (geralmente acima de 7 anos); -Cães de grande porte (Doberman, Dogue Alemão, Setter Irlandês, Pastores, São Bernardo e Fila) e pode ocorrer ocasionalmente em cães de pequeno porte; -Patogenia: -Animais que se alimentam uma vez ao dia; -Dieta fermentável; -Motilidade gástrica anormal; -Exercícios após alimentação; -Cadelas pós-parto; -Frouxidão de ligamentos (hepatoduodenais e hepatogástricos); Ocorre primeiramente a dilatação com posterior torção gástrica. Com a torção gástrica ocorre obstrução do cárdia e do piloro, pode-se ter o baço torcido também e assim há o comprometimento vascular da região (perfusão sanguínea inadequada, podendo levar ao choque, taquicardia, arritmias e óbito). A torção pode variar entre 90 e 360º dependendo do caso, podendo ter o aprisionamento do baço (com fratura ou ruptura). -Sinais Clínicos: -Náusea; -Vômito não produtivo; 39 Veterinarian Docs

40 -Sialorréia; -Dispnéia; -Dor e distensão abdominal; -Exame Físico: -Pulso fraco; -Mucosas pálidas; -Distensão abdominal; -Percussão digital do estômago com som timpânico característico; -Radiografia abdominal; -Tratamento: -Reposição hídrica e eletrolítica; -Antibióticos: -Amoxicilina: -20mg/kg VO : TID -Ampicilina: 22mg/kg IM ou EV : TID/QID -Enrofloxacina: -5mg/kg VO : BID -Analgésicos: -Dipirona: -25mg/kg EV e IM : TID -Tramadol: -6mg/kg EV e IM : TID -Descompressão gástrica com passagem de sonda orogástrica; 40 Veterinarian Docs

41 gastropexia); -Cirúrgico (reposicionamento do estômago, remoção do tecido necrosado e -Antieméticos: -Metoclopramida: -0,2 0,5mg/kg EV, IM e VO : BID/TD -Ondansetrona: -0,5-1mg/kg EV ou VO : BID -Citrato de Maropitant (Cerenia ): 1mg/kg (1ml/10kg) SID: SC; -Antiácidos: -Ranitidina: -Cães: 2mg/kg VO, EV : TID -Famotidina: -Cães: 0,5 1mg/kg VO : SID -Omeprazol: -0,7 2mg/kg VO : SID -Protetor de Mucosa: Sucralfato -Cães: 0,5 1,0g VO : BID/TID -Prognóstico: -Prevenção: % de morte pós-cirúrgica devido a arritmias; quantidades); -Manejo para evitar recidivas (alimentação dividida várias vezes ao dia em pequenas -Evitar exercícios próximos à refeições; -Gastropexia profilática em raças predispostas; 41 Veterinarian Docs

42 20-Pancreatite Aguda -Definição: processo inflamatório agudo do pâncreas com envolvimento variável de outros tecidos adjacentes ou de órgãos de sistemas remotos. Devido à elaboração errônea de enzimas digestivas ativas as quais destroem o tecido pancreático. -Fatores Predisponentes: -Animais com idade acima de 5 anos; -Raças: Yorkshire e Schnauzer; -Machos e fêmeas castrados; -Doenças gastrointestinais ou de trato biliar; -Infecção e isquemia; -Epilepsia; -Obesidade; -Diabete mellitus; -Hiperadrenocorticismo; -Hipotireoidismo; -Traumas; -Intoxicação por organofosforados; -Fármacos: furosemida, diuréticos de alça, fenobarbital com brometo de potássio, tetraciclinas e sulfas; -Patogenia: Ocorre a ativação de tripsina devido a causas multifatorais, levando a uma injúria tecidual, causando um aumento da permeabilidade capilar, gerando um edema, podendo levar a uma isquemia e necrose local. -Causas: -Branda: Edema (fácil recuperação); -Grave: Abdômen agudo; -Indiscrição alimentar; -Cirurgia; -Corticóides; Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica sepse; Falência múltipla dos órgãos; 42 Veterinarian Docs

43 -Quimioterápicos; -Organofosforados; -Traumas; -Sinais Clínicos: -Desidratação; -Anorexia; -Êmese; -Letargia; -Dor abdominal; -Poliúria e polidipsia; -Diarréia; -Febre ou hipotermina; -Convulsões; -Distúrbios de coagulação; -Icterícia; -Tratamento: -Sangramento gastrointestinal; -Postura em prece (antiálgica); 43 Veterinarian Docs -Hemograma e Bioquímica Sérica; -Teste de Enzimas Pancreáticas; -Ultrassonografia; -Análise do fluído abdominal (em casos de efusão); -Biópsia (histopatologia); -Reposição hídrica e eletrolítica (ringer lactato); -Repouso glândular : não oferecer alimentos e água por 1 a 2 dias. Deve-se fazer o suporte parenteral. -Analgésicos:

44 -Buprenorfina: -0,01 0,02mg/kg EV, SC e IM : TID/QID -Butorfanol: -0,05 0,6mg/kg EV, SC e IM : TID/QID -Metadona: -0,2 0,4mg/kg EV, SC ou IM : QID -Tramadol: -6mg/kg EV ou IM : TID -Antieméticos: -Metoclopramida: -0,2 0,5mg/kg EV, IM e VO : BID/TD -Ondansetrona: -0,5-1mg/kg EV ou VO : BID -Citrato de Maropitant (Cerenia ): 1mg/kg (1ml/10kg) SID: SC; -Antibióticos: -Amoxicilina: -20mg/kg VO : TID -Metronidazol -15mg/kg EV ou VO : BID -Enrofloxacina: -5mg/kg VO : BID 44 Veterinarian Docs

45 -Antiácidos: -Ranitidina: -Cães: 2mg/kg VO, EV : TID -Gatos: 2,5mg/kg EV : BID 3,5mg/kg VO : BID -Omeprazol: -0,7 2mg/kg VO : SID 21-Quadríade Felina -Enfermidades: -Doença inflamatória intestinal; -Nefrite; -Doença hepática inflamatória; -Pancreatite; -Característica anatômica: ducto pancreático e biliar comuns; -Amilase: -Normal: <1.050 U/L -Aumento: de 3 a 4 vezes (pancreatite, insuficiência renal, doenças gastrointestinal, hepatopatias ou neoplasias); -Lipase: -Normal: U/L -Aumento: de 2 a 3 vezes (pancreatite, insuficiência renal, doença gastrointestinal, uso de corticóides e estresse crônico); *Animais com pancreatite grave podem ter valores normais; 45 Veterinarian Docs

46 cólon ascendente); -Radiografia (deslocamento ou distensão gasosa do duodeno descendente e -Ultrassonografia (pâncreas hipoecóico >2cm, presença de abscessos ou cistos no pâncreas e mesentério peri-pancreático hiperecóico); -Diagnóstico Diferencial: -Tratamento: -Laparotomia ou laparoscopia; -Hemograma e bioquímica sérica: -Leucocitose com desvio à esquerda; -Trombocitopenia; -Hiperfosfatemia; -Aumento de ALT e FA; -Aumento de bilirrubina; -Aumento do colesterol; -Azotemia; -Hiperglicemia; -Hipocalemia e hipocalcemia (pior prognóstico); -Imunorreatividade sérica da tripsina (tripsinogênio): -Perfusão gastrointestinal; -Intussuscepção intestinal; -Peritonites; -Piometra; -Abscesso prostático; -Trauma abdominal; -Torção esplênica; -Normal: 5 35μg/L (cães); -Aumentado: >100μg/L (positivo); -Reposição hídrica e eletrolítica (ringer lactato); -Repouso glândular : não oferecer alimentos e água por 1 a 2 dias. Deve-se fazer o suporte parenteral ou enteral distalmente ao duodeno; -Analgésicos: 46 Veterinarian Docs

47 -Buprenorfina: -0,01 0,02mg/kg EV, SC e IM : TID/QID -Butorfanol: -0,05 0,6mg/kg EV, SC e IM : TID/QID -Metadona: -0,2 0,4mg/kg SC ou IM : QID -Tramadol: -6mg/kg EV ou IM : TID -Antieméticos: -Metoclopramida: -0,2 0,5mg/kg EV, IM e VO : BID/TD -Ondansetrona: -0,5-1mg/kg EV ou VO : BID -Citrato de Maropitant (Cerenia ): 1mg/kg (1ml/10kg) SID: SC; -Antibióticos: -Amoxicilina: -20mg/kg VO : TID -Metronidazol -15mg/kg EV ou VO : BID -Enrofloxacina: -5mg/kg VO : BID 47 Veterinarian Docs

48 -Antiácidos: -Ranitidina: -Cães: 2mg/kg VO, EV : TID -Gatos: 2,5mg/kg EV : BID 3,5mg/kg VO : BID -Omeprazol: -0,7 2mg/kg VO : SID -Em casos de CID: -Heparina: U/kg (profilaxia) EV : TID -até 250U/kg (em CID) EV : QID -Transfusão de plasma; 22-Peritonite -Definição: processo inflamatório que envolve toda ou parte da cavidade abdominal. -Causas: -Viral: PIF -Bacteriana: por perfuração gastrointestinal (bactérias anaeróbicas e aeróbicas gramnegativas), ruptura de útero com piometra, ruptura abscessos prostático ou hepático e contaminação cirúrgica; -Química: ruptura do trato urinário, de vesícula biliar, de quilo ou pancreatite; -Traumática; -Sinais Clínicos: -Iatrogênica (cirúrgica); -Corpos estranhos; -Dor; -Relutância em se mover; -Taquicardia e taquipnéia; 48 Veterinarian Docs

49 -Posição em prece; -Vômito; -Exame Físico: -Febre; -Desidratação; -Anormalidades na palpação abdominal; -Hemograma e bioquímica sérica; -Radiografia simples ou contrastada; -Ultrassonografia abdominal; -Avaliação do líquido abdominal (paracentese ou lavado abdominal); -Cultura microbiológica; -Dosagem de creatinina pareada com soro; -Laparotomia e laparoscopia; -Tratamento: -Reposição hídrica e eletrolítica (ringer lactato); -Antibióticos; -Ampicilina: -22mg/kg EV ou IM : TID -Cefalexina: -30mg/kg VO : BID / TID -Gentamicina: -Cães: 2-4mg/kg SC, IM ou EV : TID -Gatos: 3mg/kg SC, IM ou EV : TID -Lavagem da cavidade abdominal e drenagem do líquido; 49 Veterinarian Docs

50 23-Peritonite Infecciosa Felina (PIF) -Etiologia: -Coronavírus (RNA e envelopado), aparentemente é uma mutação do vírus causador da enterite felina (FEC); -Características gerais: -Vírus sensível aos desinfetantes usuais; -Sobrevive no ambiente até 7 semanas; -Predisposição etária (6 meses a 5 anos, mas pode atingir animais de qualquer idade); -Raça: Persa; -Epidemiologia: -Transmissão: -Patogenia: -Fatores predisponentes: 50 Veterinarian Docs -Má nutrição; -Doenças infecciosas crônicas; -Superpopulação; -FIV e FeLV; -Período de incubação: é indeterminado, podendo variar de semanas à meses; -Acomete felinos domésticos e selvagens; -Contato direto; -Eliminação: fezes, saliva e urina -Porta de entrada: trato gastrointestinal ou respiratório; -Transplacentária; Doença imunomediada a qual se tem formação de imunocomplexos (anticorpo + vírus) que causam vasculite. A viremia é associada ás células, sendo que os macrófagos os quais fagocitam as partículas virais são os responsáveis por causarem a disseminação sistêmica, com transporte para os linfonodos. A replicação viral ocorre nos enterócitos. -Sinais Clínicos: -Febre; -Apatia; -Anorexia;

51 -Letargia; -Dificuldade respiratória; -Perda de peso; -Icterícia; -Na forma seca há sintomatologia nervosa e uveíte; -Aumento de Proteína Plasmática Total; -Hiperglobulinemia; -Análise do líquido abdominal: -Coloração: amarelo palha/citrino; -Pode ter presença de fibrina; -Densidade: 1,017 1,047; -Proteínas: 5 8g/dL -Presença de macrófagos; -Sorologia (ELISA) -Imunofluorescência Indireta; -Tratamento: -Reposição hídrica e eletrolítica; -Nutrição enteral ou parenteral; -Drenagem da cavidade abdominal (PIF efusiva); -Corticóide: -Prednisolona: -1 2mg/kg VO : SID -Imunossupressor: -Ciclosfosfamida: -2 4mg/kg VO : SID por 4 dias; 51 Veterinarian Docs

52 -Imunomodulador: -Interferon Recombinante Humano: -30U/gato VO semana sim semana não -Antibióticos (em caso de infecção secundária); -Controle: -Isolamento dos filhotes da colônia; -Isolar doentes e gatos recém introduzidos; 24-Encefalopatia Hepática -Principais Causas: -Insuficiência Hepática Aguda; -Shunt Porto-Sistêmico; -Cirrose; -Patogenia: -Aumento da amônia; -Desequilíbrio entre aminoácidos aromáticos e aminoácidos de cadeia ramificada; -Aumento da sensibilidade dos receptores GABA e dos receptores benzodiazepínicos; 24.1-Insuficiência Hepática Aguda -Causas: -Infecciosa: -Viral: adenovírus; -Protozoário: toxoplasma; -Bacteriana: brucelose e leptospirose; -Fármacos (fenobarbital, cetoconazol, glicocorticóides, acetoaminofen, carprofeno, mebendazole, sulfatrimetoprim, eritromicina, halotano); -Toxina (aflatoxina); -Imunomediadas; 52 Veterinarian Docs

53 -Nutricionais (acúmulo de cobre); -Neoplásicas; -Sinais Clínicos: -Desvio porto-sistêmico; -Icterícia; -Anorexia; -Vômito; -Diarréia; -Aumento de volume abdominal; -Prostração; -Mudança de Comportamento; -Hepatomegalia; -Hipertermia; -Hipoalbuminemia (levando à ascite); -Hipoglicemia; -Diátese hemorrágica; -Encefalopatia Hepática; -Doenças Hepáticas Caninas: -Hepatopatias Reativas: secundária a hipóxia, desnutrição, drogas, hipercortisolismo e hiperlipidemia; -Hepatite Tóxica; -Hepatite Crônica Ativa; -Cirrose; -Desvio Porto-Sistêmico -Doença do Acúmulo de Cobre: em raças Doberman, Dalmata, West Highland White Terrier e Scotish Terrier; -Hemograma e Bioquímica Sérica: lesão e função hepática; 53 Veterinarian Docs

54 Lesão Hepática -Alanino Aminotransferase (ALT): enzima encontrada no citossol de células, principalmente dos hepatócitos. A enzima é considerada hepato-específica em carnívoros, mas esta enzima pode estar elevada em casos de lesão muscular grave. (para se retirar esta duvida, dosa-se em conjunto a CK, que é uma enzima específica para lesão muscular). *Em casos mais crônicos, a ALT não necessariamente vai estar aumentada, pois já houve muito dano nos hepatócitos, não havendo mais extravasamento de ALT. -Asparatato Aminotransferase (AST): enzima encontrada em células do fígado e células musculares (coração e músculo esquelético). Portanto não é uma enzima hepato-específica. Principalmente em mitocôndrias e é geralmente utilizada em herbívoros. -Fosfatase Alcalina (FA): é amplamente distribuída no corpo, incluindo os ossos e ductos do fígado (localizada no citossol). A fosfatase alcalina é uma enzima produzida em vários órgãos, incluindo ossos, fígado e intestinos. As concentrações de fosfatase alcalina podem aumentar sempre que aumente a atividade das células ósseas (por exemplo, durante o período de crescimento ou depois de uma fratura) ou como resultado de doenças ósseas, que incluem a osteomalacia ou o câncer ósseo e também em lesões de ductos hepáticos (colestase). Em casos de diarréia e de uso de medicamentos (Ex.: glicocorticóides), também pode-se ter a FA aumentada. -Gama Glutaminltrasnferase (GGT): é sintetizada por quase todos os tecidos corporais, com maior concentração no pâncreas e nos rins. Além disso está presente em baixas concentrações nos hepatócitos, no epitélio dos ductos biliares e na mucosa intestinal e em altas concentrações nas glândulas mamárias (vacas, cadelas e ovelhas). A GGT é mais específica, mas menos sensível que a FA. Função Hepática -Bilirrubina: -Aumento: pode ser derivada do aumento da produção de hemoglobina (hemólise icterícia pré-hepática), menor taxa de absorção ou conjugação pelos hepatócitos (icterícia hepática) ou prejuízo de fluxo biliar (icterícia pós-hepática) -Ácidos Biliares: -Aumento: desvio da circulação portal (shunt porta-sistêmico), diminuição intrínseca da capacidade de absorção dos ácidos biliares pelos hepatócitos (Ex.: hepatite, necrose, hepatopatia por glicocorticóides) e menor excreção de ácidos biliares pelo sistema biliar e conseqüente retorno à circulação sistêmica (Ex.: colangite, obstrução do ducto biliar e neoplasia). -Proteínas Séricas Totais: α, β-globulinas e albumina são produzidas pelo fígado. Α e β- globulinas são proteínas pró-inflamatórias. A γ-globulina (imunoglobulina) é produzida pelos Linfócitos B. -Albumina: -Diminuição: insuficiência hepática, hepatopatia crônica *Geralmente não se observa hipoalbuminemia até que ocorra perda de 60-80% da função hepática. 54 Veterinarian Docs

55 -Diminuição: doença hepática crônica. -Colesterol: a bile é a principal via de excreção do colesterol. E o fígado é o principal órgão de produção de colesterol. -Diminuição: insuficiência hepática; -Aumento: distúrbio no fluxo biliar (colestase); -Amônia: a amônia é produzida no trato digestivo e, após absorção intestinal, atinge a corrente sanguínea (circulação portal), chegando até o fígado onde é metabolizada. -Aumento: alterações no fluxo sanguíneo ao fígado (Shunt porta-sistêmico) ou diminuição acentuada de hepatócitos funcionais (Ex.: cirrose). -Uréia: é sintetizada nos hepatócitos a partir da amônia. -Diminuição: insuficiência hepática. *Esta diminuição da concentração da uréia se dá juntamente com o aumento da concentração de amônia. -Glicose: a glicose é absorvida no intestino delgado e é transportada ao fígado pela circulação portal e em seguida chega aos hepatócitos para ser transformada em glicogênio. Os hepatócitos também sintetizam glicose por gliconeogênese. -Aumento: menor absorção hepática de glicose hepatócitos. -Diminuição: devido à menor atividade de gliconeogênese e glicogenólise nos *Em insuficiência hepática a glicemia pode estar baixa ou elevada. -Radiografia; -Biópsia Hepática; -Tratamento: -Manejo dietético: -Estimular o apetite; -Fornecer pequenas quantidades distribuídas várias vezes ao dia; cloreto de sódio; -Dieta balanceada: proteínas de elevado valor biológico e restrição de -Suplementar com vitaminas do complexo B e vitamina C; -Drenagem do líquido ascítico somente se houver dor, desconforto e dificuldade respiratória por parte do paciente, pois o líquido apresenta grande concentração de proteínas. A drenagem pode ser realizada com diuréticos ou por paracentese. Na paracentese a drenagem deve ser feita em 30 a 60 minutos e deve-se deixar aproximadamente 20% do volume total. 55 Veterinarian Docs

56 -Diuréticos: -Espironolactona: 1 2mg/kg VO : BID -Furosemida*: 2mg/kg VO : BID *A furosemida causa perda de potássio; -Restrição ao sódio e repouso forçado; -Reposição hídrica e eletrolítica; -Protetor hepático: (para reações hepatotóxicas) -Silimarina: 20 50mg/kg VO : SID -Colerético: -Ácido Ursodeoxicólico: 10 15mg/kg VO : SID (dividido em 2/3 doses) coagulopatias); -Suplementação com vitaminas C, B, E e K (esta última em casos de -Suplemento nutricional: -S-Adenosilmetionina (SAMe): -Cães: 20mg/kg VO : SID -Gatos: 90mg/animal VO (para gatos acima de 5kg) -Corticóide: terapia antiinflamatória e antifibrótica; -Prednisolona: 2mg/kg VO : SID por 28 dias com redução gradual até 0,5mg/kg em dias alternados. -Dexametasona: 0,2 0,4mg/kg SID por 28 dias com redução gradual até 0,2mg/kg a cada 3 dias. 56 Veterinarian Docs

57 -Imunossupressor: -Azatioprina*: -50mg/m 2 VO : SID por 3 a 6 meses. *Monitorar o paciente com hemograma a cada 14 dias nos primeiros 2 meses; 24.2-Shunt Porto-Sistêmico -Definição: é uma comunicação vascular entre os sistemas venosos portal e sistêmico, que permitem o acesso do sangue portal à circulação sistêmica sem passar primeiro através do fígado. O desvio porto-sistêmico congênito é o mais comum. -Patogenia: Os sinais clínicos da encafalopatia hepática resultam da depuração hepática inadequada de toxinas intestinalmente derivadas, como: amônia, mercapitanos, ácidos graxos de cadeia curta e ácido gamaaminobutírico. A redução do fluxo sanguíneo hepático e a ausência de fatores hepatotróficos resultando em atrofia hepática. -Sinais Clínicos: -Anorexia; -Letargia; 57 Veterinarian Docs -Perda de peso; -Poliúria e polidipsia; -Sialorréia; -Sintomas hepáticos (ascite e icterícia); -Sintomas nervosos (headpressing, amaurose, desorientação, andar em círculos, torpor, coma e convulsões); -Fatores Predisponentes: -Aumento da ingestão protéica; -Azotemia/Uremia; -Hemorragia gastrointestinal; -Drogas hepatotóxicas (antifúngicos); -Infecção; -Constipação; -Fatores Complicantes:

58 -Diuréticos; -Sedativos; -Tranqüilizantes; -Sangue ou plasma estocado; -Hipoglicemia; -AINEs e esteroidais; -Desidratação; -Catabolismo; -Supercrescimento bacteriano; -Desequilíbrio eletrolítico; -Tratamento: -Restrição alimentar; -Reposição hídrica e eletrolítica (evitar ringer lactato); -Enema de retenção: -Lactulose: -Enema: 20ml/kg (1:2 água morna) QID -VO: 0,25 1ml/kg TID (casos crônicos) *Mecanismo de ação (lactulose) -Diminuição do ph do cólon; -Laxante (aumenta o trânsito gastrointestinal e diminui a absorção de amônia); -Fonte de carboidratos (diminui a produção de amônia); -Antibióticos: (em casos crônicos); -Metronidazol: 7,5mg/kg EV ou VO : BID ou TID -Antieméticos: -Citrato de Maropitant (Cerenia ): 1mg/kg (1ml/10kg) SID: SC; 58 Veterinarian Docs

59 25-Lipidose Hepática Felina -Definição: acúmulo massivo de gordura dentro dos hepatócitos, interferindo nas funções normais. Enfermidade de evolução aguda. O fígado pode ter um aumento de tamanho e peso em duas a três vezes e esta gordura é proveniente da lipólise de ácidos graxos de cadeia longa. Doença de alta mortalidade se não houver intervenção rápida. *Diferente das doenças hepáticas que acometem os caninos, que geralmente são crônicas, a lipidose hepática felina é de evolução aguda. -Formas: -Primária; -Secundária; 25.1-Lipidose Primária -É a forma mais comum. Afeta gatos obesos e é caracterizada pelo acúmulo massivo de gordura no interior de hepatócitos. Este quadro é reversível. -Causas: -Anorexia: por algum evento estressante; -Excessiva mobilização de lipídeos periféricos: há grande concentração de HSL (Hormone Sentitive Lipase catecolaminas, glucagon, GH, cortisol endógenos, os quais causam lipólise) e baixa concentração de LPL (LipoProteína Lipase a qual age nos hepatócitos auxiliando no metabolismos dos lipídeos); -Deficiência nutricional: deficiência de metionina, carnitina e taurina as quais são fundamentais na transferência de lipídeos entre as células; 25.2-Lipidose Secundária -Pode ocorrer em qualquer paciente (obeso ou magro); -A patogênese é semelhante a lipidose primária mas, tem-se doença de base que causam anorexia, tais como pancreatite, diabete melitus, doença intestinal inflamatória, neoplasias e hepatopatias. -Sinais Clínicos da Lipidose: -Sobreposição de sinais clínicos (quando há doença primária associada); -Perda aguda da função hepática, caracterizando-se por icterícia, encefalopatia hepática e diminuição dos níveis séricos protéicos; -Colestase intra-hepática (fluxo biliar encontra-se prejudicado por excesso de gordura); -Icterícia, vômito, desidratação, diarréia, hepatomegalia (no cão hepatopata é difícil de ocorrer), encefalopatia hepática; 59 Veterinarian Docs

60 Diagnóstico: -Exames Físicos; -Exames Laboratoriais: -Aumento da concentração de AST e ALT; -Aumento da concentração de FA (gatos não possuem isoenzima); -Aumento da concentração da Bilirrubina; -GGT normal ou com leve aumento; -Diminuição da concentração da uréia (33% dos casos); -Hipocalemia (por vômito e diarréia); *Gatos com hipocalemia apresentam ventroflexão de pescoço -Glicemia alta (hiperglicemia de estresse ou por diabetes); -Alterações hemostáticas (por deficiência de vitamina K); -Anemia com presença de corpúsculos de Henz; -Exames de Imagem: -Radiografia: pode-se verificar hepatomegalia; -Ultrassonografia: utilizado para diferenciar outras anormalidades hepatobiliares. Deve-se verificar pâncreas e intestino também (tríade) e fígado com lipidose hepática apresenta hiperecogenicidade (brilhante); -Citopatologia: (diagnóstico ainda não definitivo) -Material: agulha 22 e seringa 5mL (guiado por ultrassom ou não); -Método: sedação com animal e local de punção é o lado esquerdo ventral (evitando assim a vesícula biliar) e depois é necessário analgesia; -Histipatologia: (recomendado apenas para pacientes estabilizados e então pode-se fechar o diagnóstico) -Materiais e Métodos: pode-se fazer a colheita de material por laparotomia, laparoscopia ou agulha de tru-cut; Tratamento: -Nutricional (base do tratamento) -Primeiramente faz-se o uso de sonda nasogástrica (por 2 a 3 dias) depois passando para sondas esofágicas ou gástricas (por gastrotomia e esofagostomia) as quais podem ser usadas por semanas; 60 Veterinarian Docs

61 -É preferível o suporte nutricional enteral, a não ser que o animal esteja vomitando ou com diarréia, então, deve-se fazer o uso de suporte nutricional parenteral (por alguns dias somente); -Oferecer alimentos com alto teor protéico (a/d Hill s ) a qual no inicio pode causar sinais de encefalopatia hepática; -O requerimento energético inicial deve ser; -Tratamento de suporte: -Terapia com fluídos (NaCl 0,9% com adição de potássio) *Não utilizar ringer lactato ou glicose 5%; -Vitaminas: Vitamina K 1 (fitomenadiona): 0,5mg/kg : BID por 3 dias Vitamina E: 100 UI : SID -Antiemético: Metoclopramida: 0,5mg/kg : SID/BID -Anti-ácido: Ranitidina: 2mg/kg BID *Não adm EV, pois causa vômitos -Suplemento nutricional: Favorecem o metabolismo de lipídeos e diminuem lesão hepática -S-Adenosilmetionina (SAMe): 20-40mg/kg SID : VO -L-carnitina: mg : SID -Taurina: mg : SID -Tratamento da doença primária (base); 26-Colangite -Introdução: -Segundo distúrbio mais comum em gatos; -Tríade: pancreatite, doença inflamatória intestinal e colangite; 61 Veterinarian Docs

62 -Tipos: -Neutrofílica; -Linfocítica; -Crônica (causada por trematódeos); 26.1-Colangite Neutrofílica -Definição: enfermidade causada por infecção bacteriana ascendente, levando a uma inflamação neutrofílica do lúmen, parede e área portal. Como complicações podem-se ter colecistite (inflamação da vesícula biliar) e abscessos hepáticos. -Sinais Clínicos: -Enfermidade aguda (menor que um mês), tem-se icterícia, letargia, pirexia, pulso fraco, prostração, desidratação e aumento da freqüência cardíaca; -Laboratoriais: verifica-se aumento de ALT, AST, FA, GGT e bilirrubinas e neutrofilia com desvio à esquerda; normal; -Ultrassonografia: verifica-se textura grosseira e árvore biliar dilatada ou -Citologia e cultura da bile; *Cuidado com o extravasamento da bile, a qual pode causa peritonite. Deve-se optar por laparotomia; -Tratamento: -Laparotomia ou laparoscopia; -Terapia com Antibióticos: deve ser baseado em cultura e antibiograma e empiricamente escolhe-se amoxicilina com clavulanato de potássio -Colerético: Amoxicilina + Clavulanato de Potássio: 62,5mg/gato TID : por 4 a 6 semanas -Ácido Ursodesoxicólico: 10 15mg/kg VO : SID (dividido em 2/3 doses) 62 Veterinarian Docs

63 -Tratamento de suporte: nutrição e terapia com fluídos; 26.2-Colangite Linfocítica -Definição: enfermidade crônica que se caracteriza pela infiltração de pequenos linfócitos na área portal e árvore biliar de causa comumente desconhecida (imunomediada, Helicobacter spp e Bartonella spp). -Sinais Clínicos: -Perda de peso; -Anorexia; -Icterícia; -Ascite; -Pirexia (rara); *Meses a anos de melhoras e pioras; hipergamaglobulinemia. -Laboratoriais: ALT e AST discretamente aumentadas, neutrofilia é rara e -Tratamento (empírico): -Ultrassonografia: verifica-se dilatação da árvore biliar e efusão abdominal; -Corticóide (caso de enfermidade imunomediada) -Prednisolona: 2mg/kg VO : SID por 28 dias com redução gradual até 0,5mg/kg em dias alternados. -Colerético: -Ácido Ursodesoxicólico: 10 15mg/kg VO : SID (dividido em 2/3 doses) -Tratamento de Suporte: nutrição e terapia com fluídos; 63 Veterinarian Docs

64 Enfermidades do Sistema Urogenital 27-DTUIF (Doença do Trato Urinário Inferior de Felinos) -Definição: grupo heterogêneo de doenças que acometem o trato urinário inferior dos felinos, causando disúria, hematúria, polaciúria e em machos obstrução uretral. -Formas Clínicas: -Etiologia: -Obstrutiva; -Não obstrutiva; -Distúrbios nutricionais/metabólicos: formando urólitos ou plugs uretrais; -Desordens inflamatórias: infecciosas (viral e bacteriana) e não infecciosas; -Traumas; -Desordens neurológicas: espasmos uretrais, atonia de bexiga e dissinergia (contração da bexiga não corre conjuntamente como relaxamento do esfíncter); -Desordens iatrogênicas: cateterizações; -Anomalias anatômicas: congênitas e adquiridas (divertículos vesicouracais); -Neoplasias; -Sinais Clínicos: -Idiopáticas (cistite intersticial); -Disúria, hematúria, polaciúria, periúria (sinal clínico mais comum); -Prostação, desidratação, dor, bexiga distendida e choque (na forma obstrutiva); -Laboratorial: urinálise e urocultura, nas quais verifica-se ph, piúria, hematúria, cristalúria e infecção bacteriana; visíveis; -Radiografia: urolitíases radiopacas (estruvita e oxalato) maiores que 3mm são 64 Veterinarian Docs

65 Cálculos vesicais e uretrais -Ultrassonografia: urolitíases radioluscentes e maiores que 3mm são visíveis. Verificar presença de massas vesicais. -Urografia Retrógrada; 28-DTUIF não obstrutiva (Cistite Intersticial Felina, Infecções e Urolitíases) 28.1-Cistite Intersticial Felina -Definição: inflamação das vias urinárias inferiores; -Etiologia: incluem se as infecções virais, a mastocitose vesical, obstrução linfática ou vascular, endocrinopatias, doença autoimune e defeito na camada superficial de glicosaminoglicanas (glicosaminoglicano GP-51, o qual tem efeito protetor sobre o urotélio) da mucosa vesical, causando inflamação neurogênica. Merecem destaque as evidências de que o processo inflamatório vesical seja mediado por neurotransmissores liberados de fibras aferente e/ou eferentes determinando um caráter neurogênico a inflamação vesical. Aspecto que demonstra o envolvimento do sistema simpático na patogenia da doença é a observação da recrudescência ou agravamento dos sintomas frente às situações de estresse. Mudanças bruscas no manejo ambiental, viagens, introdução de novos animais, ou mesmo moradores na propriedade, participação em exposições e até mesmo mudanças climáticas podem ser consideradas situação de estresse para alguns felinos. -Patogenia: no animal enfermo tem-se a estimulação de fibras C não mielinizadas (causando dor). Pela liberação de neurotransmissores (NO, prostaglandinas e ATP) há o aumento da permeabilidade vascular, acarretando numa liberação de histamina pelos mastócitos e assim, contração da musculatura lisa. No SNC tem-se um aumento da síntese de catecolaminas e dessensibilização de receptores α2. Na adrenal tem-se diminuição de respostas ao ACTH, diminuição do volume adrenal e medular encontra-se aumentada. 65 Veterinarian Docs

66 -Sinais Clínicos: -Hematúria, disúria, estrangúria, polaciúria, urinar em locais não usuais (periúria), lambedura do prepúcio (pela dor), obstrução uretral (machos) levando a desidratação, êmese, anorexia e arritmias cardíacas (por hipercalemia); -Tratamento: -Anamnese e História Clínica (raro em animais acima de 10 anos); -Urinálise e urocultura; -Ultrassonografia; -Radiografia; -Enriquecimento ambiental: proporcional melhor ambiente ao gato (prevenir estresse), disponibilizando caixas de areia, potes de água e comida e brinquedos. -Alterações na dieta: uso de formulações úmidas; -Modificador comportamental/antidepressivo tricíclico: Amitriptilina 5mg/kg VO : SID (avaliar por 4 meses) -Modulador comportamental/inibidor seletivo da recaptação de serotonina: Fluoxetina 0,5 1mg/kg VO :SID (iniciar com ¼ comprimido (2,5mg) por gato 28.2-Infecção Bacteriana -Fator Primário (dificilmente) x Fator Complicador: -Sonda de demora; -Uretrostomia Perineal; 66 Veterinarian Docs

67 -Tratamento: -Urinálise: verifica-se piúria (nem sempre presente) e hematúria; -Urocultura: cultura e antibiograma; -Terapia com antibiótico: preferencialmente baseado em cultura e antibiograma, mas pode-se adotar um tratamento empírico -Amoxicilina + Clavulanato de Potássio: 62,5mg/gato VO : TID (por 4 a 6 semanas) -Norfloxacino: 22mg/kg VO : BID 28.3-Infecção Viral -Agentes: -Herpesvírus bovino tipo 4; -Calicivirus felino; -Retrovírus; 28.4-Urolitíases -Definição: concreções policristalinas de minerais. A composição do mineral é de extrema importância, pois é a base do tratamento. -Fatores predisponentes: saturação urinária cristalóide, ph adequado, falha nos inibidores de agregação, tempo e intensidade. -Radiografia; -Ultrassonografia; 67 Veterinarian Docs

68 -Bioquímico: obstrução das vias urinária; -Uréia e Creatinina: pode-se ter aumento quando há -Urinálise: -Hematúria; -Piúria/bacteriúria em casos de infecção do trato urinário; -ph alcalino ou ácido; -Exame do sedimento; *Análise dos Urólitos: exige-se uma análise de urólitos quantitativa (cristalográfica) para determinar precisamente a composição dos urólitos Cálculos de Oxalato de Cálcio -Mecanismo de formação: desconhecido, mas relacionado com dieta, genética e ambiente. -Fatores predisponentes: hipercalcemia, acidemia e acidúria (ph urinário entre 6,3 e 6,7); -Tratamento: -Cirúrgico; -Prevenção: -Nutrição: Prescription Diet Felina c/d-o - Hills -Alcalinizante de urina: Citrato de Potássio: mg/kg BID (misturado à ração) Cálculos de Estruvita (fosfato de amônio magnesiano) -Tipos: -Estéreis: correspondem a 95% dos cálculos e a formação do cálculo está relacionada ao sexo, raça e idade do animal e também do ph urinário (alcalino); -Contaminados: corresponde de 5% a 10% dos casos e está relacionado às bactérias produtoras de uréase (Spaphylococcus spp geralmente); -Tratamento: -Estéreis: dieta calculolítica (Urinary - Royal Canin ou Prescription Diet Feline s/d - Hills ) por cerca de 1 mês. 68 Veterinarian Docs

69 *Não fornecer para cães com insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão e síndrome nefrótica; -Contaminados: dieta calculolítica associado à antibióticos de acordo com a cultura e antibiograma por cerca de 2 a 3 meses. *Utilizar fármacos de fácil administração e que possuem alta concentração na urina (antibióticos** que atinjam concentração 4 vezes maior que a concentração inibitória mínima CIM). Antibióticos empíricos: **Ampicilina, Cefalosporinas, Enrofloxacina e Sulfatrimetoprim. Realizando-se juntamente urocultura mensal. ***A duração da terapia varia de acordo com a monitoração do paciente. A terapia calculolítica deve ser mantida até 1 mês após a dissolução do cálculo. E deve-se fazer o acompanhamento com urinálise, ultrassonografia e radiografia. Urólitos de Estruvita 29-DTUIF obstrutiva (urólitos e tampões uretrais) 29.1-Tampões Uretrais *Causa mais comum de obstrução; -Composição: leucócitos, hemácias, vírus, epitélio, espermatozóide e cristais. -Sinais Clínicos: sinais de azotemia pós-renal, desidratação, hipercalemia, hiperfosfatemia e acidose metabólica; -Radiografia; -Bioquímica sérica (verificar azotemia); 69 Veterinarian Docs

Principal função exócrina = produção, secreção e estoque de enzimas digestivas (gordura, proteínas e polissacarideos) Cães: Possuem dois ductos

Principal função exócrina = produção, secreção e estoque de enzimas digestivas (gordura, proteínas e polissacarideos) Cães: Possuem dois ductos Principal função exócrina = produção, secreção e estoque de enzimas digestivas (gordura, proteínas e polissacarideos) Cães: Possuem dois ductos pancreáticos (principal e acessório) Gatos: Ducto biliar

Leia mais

Sindrome respiratória felina. Rinotraquiete viral Clamidiose Calicivirose

Sindrome respiratória felina. Rinotraquiete viral Clamidiose Calicivirose DOENÇAS DE FELINOS Sindrome respiratória felina Rinotraquiete viral Clamidiose Calicivirose RINOTRAQUEÍTE Agente etiológico: Herpesvírus felino Conhecida como "a gripe do gato", pois os sintomas são parecidos

Leia mais

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM. Radiografia simples e contrastada (sulfato de bário e iodinas) Endoscopia

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM. Radiografia simples e contrastada (sulfato de bário e iodinas) Endoscopia AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO ESÔFAGO Carmen Helena de Carvalho Vasconcellos DIAGNÓSTICO DA DOENÇA ESOFÁGICA SINAIS CLÍNICOS Regurgitação Disfagia, dificuldade de preensão Ptialismo Tosse, estertores Dispnéia

Leia mais

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães Cecilia Sartori Zarif Residente em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais da UFV Distúrbio do Pâncreas Endócrino Diabete Melito

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [VERMINOSES]

www.drapriscilaalves.com.br [VERMINOSES] [VERMINOSES] 2 Os cães e gatos podem albergar uma grande variedade de vermes (helmintos) que causam danos como perda de peso, crescimento tardio, predisposição a outras doenças, menor absorção e digestão

Leia mais

COD PROTOCOLOS DE GASTROENTEROLOGIA

COD PROTOCOLOS DE GASTROENTEROLOGIA X COD PROTOCOLOS DE GASTROENTEROLOGIA ( ) 18.01 Abdome Agudo Diagnóstico (algoritmo) ( ) 18.02 Abdome Agudo Inflamatório Diagnóstico e Tratamento ( ) 18.03 Abdome Agudo na Criança ( ) 18.04 Abdome Agudo

Leia mais

16/06/2010. Histórico Exame físico Exames complementares. Síntese. Metabolismo. Detoxificação. Urinálise*

16/06/2010. Histórico Exame físico Exames complementares. Síntese. Metabolismo. Detoxificação. Urinálise* HEPATOPATIAS EM FELINOS MV, M.Sc Maria Alessandra Martins Del Barrio PUC-MG Poços de Caldas VETMASTERS FUNÇÕES Síntese Metabolismo Detoxificação DIAGNÓSTICO DAS HEPATOPATIAS Histórico Exame físico Exames

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO]

www.drapriscilaalves.com.br [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO] [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO] 2 Complexo Respiratório Viral Felino É um conjunto de sintomas causado pelas doenças Rinotraqueíte Felina e Calicivirose Felina. São doenças virais cujos sinais clínicos

Leia mais

[PARVOVIROSE CANINA]

[PARVOVIROSE CANINA] [PARVOVIROSE CANINA] 2 Parvovirose Canina A Parvovirose é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus da família Parvoviridae. Acomete mais comumente animais jovens, geralmente com menos de 1 ano

Leia mais

Aula 4: Sistema digestório

Aula 4: Sistema digestório Aula 4: Sistema digestório Sistema digestório As proteínas, lípideos e a maioria dos carboidratos contidos nos alimentos são formados por moléculas grandes demais para passar pela membrana plasmática e

Leia mais

Profª Drª Rosângela de Oliveira Alves ROA

Profª Drª Rosângela de Oliveira Alves ROA Profª Drª Rosângela de Oliveira Alves ROA Intestino Delgado Anatomia Piloro válvula ileocólica 1,0 4,5 m Duodeno/jejuno/íleo Funções barreira superfície de absorção Digerir e absorver os nutrientes Excluir

Leia mais

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II. Nutrição Enteral Profª.Enfª:Darlene Carvalho

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II. Nutrição Enteral Profª.Enfª:Darlene Carvalho FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II Nutrição Enteral Profª.Enfª:Darlene Carvalho NUTRIÇÃO ENTERAL INDICAÇÕES: Disfagia grave por obstrução ou disfunção da orofaringe ou do esôfago, como megaesôfago chagásico,

Leia mais

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL. Profª. Thais de A. Almeida Aula 21/05/13

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL. Profª. Thais de A. Almeida Aula 21/05/13 DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL Profª. Thais de A. Almeida Aula 21/05/13 Doença Inflamatória Intestinal Acometimento inflamatório crônico do TGI. Mulheres > homens. Pacientes jovens (± 20 anos). Doença

Leia mais

Introdução. Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada

Introdução. Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada Introdução Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada BI + Albumina Hepatócitos Bilirrubina Direta (BD) ou conjugada Canalículos biliares Duodeno

Leia mais

Infermun em parvovirose canina

Infermun em parvovirose canina em parvovirose canina Redução do tempo de recuperação em cães infectados por Parvovirus e tratados com Departamento I+D. Laboratórios Calier, S.A. INTRODUÇÃO: A Parvovirose é uma das enfermidades entéricas

Leia mais

ANATOMIA HUMANA I. Sistema Digestório. Prof. Me. Fabio Milioni. Função: - Preensão - Mastigação - Deglutição - Digestão - Absorção - Defecação

ANATOMIA HUMANA I. Sistema Digestório. Prof. Me. Fabio Milioni. Função: - Preensão - Mastigação - Deglutição - Digestão - Absorção - Defecação ANATOMIA HUMANA I Sistema Digestório Prof. Me. Fabio Milioni Função: - Preensão - Mastigação - Deglutição - Digestão - Absorção - Defecação Sistema Digestório 1 Órgãos Canal alimentar: - Cavidade oral

Leia mais

DIVERTÍCULO DIVERTÍCULO VERDADEIRO FALSO Composto por todas as camadas da parede intestinal Não possui uma das porções da parede intestinal DIVERTICULOSE OU DOENÇA DIVERTICULAR Termos empregados para

Leia mais

Fibrose Cística. Triagem Neonatal

Fibrose Cística. Triagem Neonatal Fibrose Cística Triagem Neonatal Fibrose cística Doença hereditária autossômica e recessiva, mais frequente na população branca; Distúrbio funcional das glândulas exócrinas acometendo principalmente os

Leia mais

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel DIABETES MELLITUS Diabetes mellitus Definição Aumento dos níveis de glicose no sangue, e diminuição da capacidade corpórea em responder à insulina e ou uma diminuição ou ausência de insulina produzida

Leia mais

HIPERCALCEMIA NO RECÉM NASCIDO (RN)

HIPERCALCEMIA NO RECÉM NASCIDO (RN) HIPERCALCEMIA NO RECÉM NASCIDO (RN) Cálcio Sérico > 11 mg/dl Leve e Assintomático 11-12 mg/dl Moderada Cálcio Sérico 12-14 mg/dl Cálcio Sérico > 14 mg/dl Não tratar Assintomática Não tratar Sintomática

Leia mais

PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS

PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS AMEBÍASE Agente causador: Entamoeba histolytica. Diagnóstico: E. P. F. exame parasitológico

Leia mais

Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes

Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes Mecanismos da rejeição de transplantes Envolve várias reações de hipersensibilidade, tanto humoral quanto celular Habilidade cirúrgica dominada para vários

Leia mais

Linfomas. Claudia witzel

Linfomas. Claudia witzel Linfomas Claudia witzel Pode ser definido como um grupo de diversas doenças neoplásicas : Do sistema linfático Sistema linfóide Que tem origem da proliferação de linfócitos B ou T em qualquer um de seus

Leia mais

Sistema Respiratório. Afecções das vias aéreas inferiores. Profa. Dra. Rosângela de Oliveira Alves Carvalho

Sistema Respiratório. Afecções das vias aéreas inferiores. Profa. Dra. Rosângela de Oliveira Alves Carvalho Sistema Respiratório Afecções das vias aéreas inferiores Profa. Dra. Rosângela de Oliveira Alves Carvalho Pneumonia Bronquite Broncopneumonia Pneumonia Intersticial Pneumonia Lobar EBologia Agentes Infecciosos

Leia mais

Hipotiroidismo Canino. Realizado por : Joana Lourenço Vasco Machado

Hipotiroidismo Canino. Realizado por : Joana Lourenço Vasco Machado Hipotiroidismo Canino Realizado por : Joana Lourenço Vasco Machado O que é uma glândula? Órgão que tem como função produzir uma secreção específica e eliminá-la do organismo, ou lançá-la no sangue ou na

Leia mais

-.BORDETELOSE CANINA "TOSSE DOS CANIS"

-.BORDETELOSE CANINA TOSSE DOS CANIS -.BORDETELOSE CANINA "TOSSE DOS CANIS" A bactéria Bordetella bronchiséptica é a causa primária da traqueobronquite infecciosa canina (tosse dos canis).embora a tosse dos canis seja a manifestação clínica

Leia mais

Agente Infectante. Vetor / Transmissão. Doença. Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares.

Agente Infectante. Vetor / Transmissão. Doença. Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares. Dengue Dengue Agente Infectante Arbovirus Vetor / Transmissão Picada do mosquito Aedes Aegypti Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares. Profilaxia

Leia mais

ANATOMIA E FISIOLOGIA

ANATOMIA E FISIOLOGIA ANATOMIA E FISIOLOGIA SITEMA DIGESTÓRIO Enfª Renata Loretti Ribeiro 2 3 SISTEMA DIGESTÓRIO Introdução O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato digestório é um tubo

Leia mais

PROVA ESPECÍFICA Cargo 48. Na reação de hipersensibilidade imediata do tipo I, qual dos seguintes mediadores é neoformado nos tecidos?

PROVA ESPECÍFICA Cargo 48. Na reação de hipersensibilidade imediata do tipo I, qual dos seguintes mediadores é neoformado nos tecidos? 11 PROVA ESPECÍFICA Cargo 48 QUESTÃO 26 Na reação de hipersensibilidade imediata do tipo I, qual dos seguintes mediadores é neoformado nos tecidos? a) Heparina. b) Histamina. c) Fator ativador de plaquetas

Leia mais

Distúrbios Gastrointetinais

Distúrbios Gastrointetinais Distúrbios Gastrointetinais Anatomia Gastrointestinal Doenças do tubo digestivo Patologias do Esôfago Classificação segundo o mecanismo da doença Anomalias do desenvolvimento (exs: Atresias; hérnias;estenoses)

Leia mais

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração.

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. DOENÇAS PULMONARES Árvore Brônquica Circulação sanguínea Intrapulmonar V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. A. Pulmonar traz sangue venoso do coração para o pulmão. Trocas Histologia

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Funções do sistema digestório

Funções do sistema digestório Sistema digestório Funções do sistema digestório Ingestão Digestão Absorção dos nutrientes Eliminação dos restos não-digeridos ou não absorvidos Processos Físicos Digestão Processos Químicos língua Cavidade

Leia mais

Nematóides mais comuns em Seres Humanos e Animais

Nematóides mais comuns em Seres Humanos e Animais Nematóides mais comuns em Seres Humanos e Animais 1- Ascaridíase gênero Ascaris 2- Ancilostomíase gênero Ancylostoma 3- Oxiuríase gênero Enterobius 4- Filaríase gênero Wuchereria Ascaris O gênero Ascaris

Leia mais

Contagem total de leucócitos Contagem diferencial e absoluta Neutrófilos Linfócitos Monócitos Eosinófilos Basófilos Achados de esfregaço sanguíneo

Contagem total de leucócitos Contagem diferencial e absoluta Neutrófilos Linfócitos Monócitos Eosinófilos Basófilos Achados de esfregaço sanguíneo Contagem total de leucócitos Contagem diferencial e absoluta Neutrófilos Linfócitos Monócitos Eosinófilos Basófilos Achados de esfregaço sanguíneo Contagem total de leucócitos Contagem diferencial e absoluta

Leia mais

Anhanguera - Uniderp

Anhanguera - Uniderp Anhanguera - Uniderp CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PARA A SELEÇÃO DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICO- VETERINÁRIA - PRMV R1 / TURMA 2012 ÁREA DE CLÍNICA E CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS 1. Terapêutica Clínica Geral

Leia mais

DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO

DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO UNESC ENFERMAGEM SAÚDE DO ADULTO PROFª: : FLÁVIA NUNES DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO ENDOCARDITE REUMÁTICA O desenvolvimento da endocardite reumática é atribuído diretamente à febre reumática, uma doença

Leia mais

SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO. Definição Nutrição Alimentos Anatomia Fisiologia www.infopedia.pt/$sistema-digestivo,2

SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO. Definição Nutrição Alimentos Anatomia Fisiologia www.infopedia.pt/$sistema-digestivo,2 SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO Definição Nutrição Alimentos Anatomia Fisiologia www.infopedia.pt/$sistema-digestivo,2 Digestão É o conjunto de transformações fisioquímicas ou físico-químicas que os alimentos

Leia mais

Sistemas do Corpo Humano

Sistemas do Corpo Humano Sistemas do Corpo Humano Sistema Digestório consegue energia e matéria prima. Cada órgão tem uma função específica no processo de transformação dos alimentos O QUE É UM SISTEMA????? Sistema Digestório

Leia mais

Prof Weber Ciências 7ºANO

Prof Weber Ciências 7ºANO Prof Weber Ciências 7ºANO O que é a digestão? É a transformação dos alimentos em moléculas menores para que possam ser absorvidos pelo nosso corpo. Acontece em um tubo chamado TUBO DIGESTÓRIO. O tubo digestório

Leia mais

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS Porção de 100g (1/2 copo) Quantidade por porção g %VD(*) Valor Energético (kcal) 64 3,20 Carboidratos 14,20 4,73 Proteínas 1,30 1,73 Gorduras

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Diabetes Mellitus em animais de companhia. Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária

Diabetes Mellitus em animais de companhia. Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária Diabetes Mellitus em animais de companhia Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária O que é Diabetes Mellitus? É uma doença em que o metabolismo da glicose fica prejudicado pela falta ou má absorção

Leia mais

SISTEMA DIGESTIVO. Ciências Naturais 9º ano

SISTEMA DIGESTIVO. Ciências Naturais 9º ano SISTEMA DIGESTIVO Ciências Naturais 9º ano Digestão e Sistema Digestivo A digestão é o processo através do qual moléculas complexas dos alimentos são desdobradas, em moléculas mais simples que podem ser

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária INDICAÇÕES BIOEASY Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária 1- ANIGEN RAPID CPV AG TEST BIOEASY PARVOVIROSE Vendas de Filhotes:

Leia mais

Hepatites Virais 27/07/2011

Hepatites Virais 27/07/2011 SOCIEDADE DIVINA PROVIDÊNCIA Hospital Nossa Senhora da Conceição Educação Semana Continuada de Luta Contra em CCIH as Hepatites Virais 27/07/2011 Enfº Rodrigo Cascaes Theodoro Enfº CCIH Rodrigo Cascaes

Leia mais

Para quê precisamos comer?

Para quê precisamos comer? Para quê precisamos comer? Para a reposição de água, substratos energéticos, vitaminas e sais minerais. O TUBO DIGESTIVO E SUAS PRINCIPAIS ESTRUTURAS O Trato Gastrointestinal (TGI) Digestive System (Vander,

Leia mais

EXAME DA FUNÇÃO HEPÁTICA NA MEDICINA VETERINÁRIA

EXAME DA FUNÇÃO HEPÁTICA NA MEDICINA VETERINÁRIA EXAME DA FUNÇÃO HEPÁTICA NA MEDICINA VETERINÁRIA GOMES, André PARRA, Brenda Silvia FRANCO, Fernanda de Oliveira BASILE, Laís JOSÉ, Luana Trombini ROMERO, Vinícius Lovizutto Acadêmicos da Associação Cultural

Leia mais

Aspectos Clínicos da Hemobartolenose Felina

Aspectos Clínicos da Hemobartolenose Felina GEAC UFV Grupo de Estudos de Animais de Companhia Aspectos Clínicos da Hemobartolenose Felina Cecilia Sartori Zarif, Graduanda do 9 período de Medicina Veterinária da UFV Etiologia Anemia Infecciosa Felina

Leia mais

DIARREIA: AVALIAÇÃO E TRATAMENTO NORMAS DE ORIENTAÇÃO CLÍNICA

DIARREIA: AVALIAÇÃO E TRATAMENTO NORMAS DE ORIENTAÇÃO CLÍNICA DIARREIA: AVALIAÇÃO E TRATAMENTO NORMAS DE ORIENTAÇÃO CLÍNICA A diarreia é definida por um aumento na frequência das dejecções ou diminuição da consistência das fezes e por uma massa fecal>200g/dia. Pode

Leia mais

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA PROVA TEÓRICO-PRÁTICA 1. Na atresia de esôfago pode ocorrer fistula traqueoesofágica. No esquema abaixo estão várias opções possíveis. A alternativa indica a forma mais freqüente é: Resposta B 2. Criança

Leia mais

RADIOLOGIA DO ESÔFAGO

RADIOLOGIA DO ESÔFAGO RADIOLOGIA DO ESÔFAGO Esofagograma : administração de substância com densidade diferente do órgão. São elas sulfato de bário (rotina) e soluções iodadas (casos de suspeita de ruptura) na dose de 2 a 6

Leia mais

A. Patologias vasculares B. Choque C. Hemostasia. 2 Letícia C. L. Moura

A. Patologias vasculares B. Choque C. Hemostasia. 2 Letícia C. L. Moura Alterações Circulatórias Edema, Hiperemiae e Congestão, Hemorragia, Choque e Hemostasia PhD Tópicos da Aula A. Patologias vasculares B. Choque C. Hemostasia 2 Patogenia Edema A. Patologias Vasculares Fisiopatogenia

Leia mais

Boletim Informativo 5-2007. Estamos finalizando nossas reformas e nesta primeira quinzena do mês estaremos de cara

Boletim Informativo 5-2007. Estamos finalizando nossas reformas e nesta primeira quinzena do mês estaremos de cara PEETT IMAGEEM I DIAGNÓSSTTI ICOSS VEETTEERRI INÁRRI IOSS AAMPPLLI IIAAÇÃÃO DDAASS INNSSTTAALLAAÇÕEESS I Estamos finalizando nossas reformas e nesta primeira quinzena do mês estaremos de cara nova, com

Leia mais

Avaliação por Imagem do Pâncreas. Aula Prá8ca Abdome 4

Avaliação por Imagem do Pâncreas. Aula Prá8ca Abdome 4 Avaliação por Imagem do Pâncreas Aula Prá8ca Abdome 4 Obje8vos 1. Entender papel dos métodos de imagem (RX, US, TC e RM) na avaliação de lesões focais e difusas do pâncreas. 2. Revisar principais aspectos

Leia mais

AFECÇÕES DO APARELHO RESPIRATÓRIO

AFECÇÕES DO APARELHO RESPIRATÓRIO AFECÇÕES DO APARELHO RESPIRATÓRIO CLÍNICA DE CANINOS E FELINOS Prof. Roberto Baracat de Araújo AFECÇÕES DO APARELHO RESPIRATÓRIO CONSIDERAÇÕES ANÁTOMO-PATOLÓGICAS CLASSIFICAÇÃO: TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR:

Leia mais

Clínica Médica de Pequenos Animais

Clínica Médica de Pequenos Animais V e t e r i n a r i a n D o c s Clínica Médica de Pequenos Animais Reposição Hidroeletrolítica Introdução A meta da terapia com fluídos é a restauração do volume e composição de líquidos corporais à normalidade

Leia mais

Etiologia. Infecciosa Auto-imune Traumática. DCP / APN Dulce Cabelho Passarelli / André Passarelli Neto. Tratamento. Depende: Origem Diagnóstico

Etiologia. Infecciosa Auto-imune Traumática. DCP / APN Dulce Cabelho Passarelli / André Passarelli Neto. Tratamento. Depende: Origem Diagnóstico Infecciosa Auto-imune Traumática Evidência Clínica Inicialmente, vesículas ou bolhas, na pele ou mucosa, podendo ocorrer concomitantemente nessas regiões. Dulce Cabelho Passarelli / André Passarelli Neto

Leia mais

SISTEMA DIGESTÓRIO. Introdução

SISTEMA DIGESTÓRIO. Introdução SISTEMA DIGESTÓRIO Introdução Os animais não encontram no meio, em forma imediatamente utilizável, todos os alimentos ou nutrientes de que necessitam. A absorção direta de nutrientes ocorre, excepcionalmente,

Leia mais

Abordagem. Fisiologia Histologia. Aspectos Clínicos. ANATOMIA -Partes constituintes -Vascularização e Inervação -Relações

Abordagem. Fisiologia Histologia. Aspectos Clínicos. ANATOMIA -Partes constituintes -Vascularização e Inervação -Relações Intestino Delgado Abordagem ANATOMIA -Partes constituintes -Vascularização e Inervação -Relações Fisiologia Histologia Aspectos Clínicos Anatomia Do estômago ao intestino grosso Maior porção do trato digestivo

Leia mais

Cetoacidose Diabética. Prof. Gilberto Perez Cardoso Titular de Medicina Interna UFF

Cetoacidose Diabética. Prof. Gilberto Perez Cardoso Titular de Medicina Interna UFF Cetoacidose Diabética Prof. Gilberto Perez Cardoso Titular de Medicina Interna UFF Complicações Agudas do Diabetes Mellitus Cetoacidose diabética: 1 a 5% dos casos de DM1 Mortalidade de 5% Coma hiperglicêmico

Leia mais

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico Gripe Perguntas Frequentes Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a

Leia mais

Doenças gengivais induzidas por placa

Doenças gengivais induzidas por placa Doenças gengivais induzidas por placa Definição Inflamação dos tecidos gengivais sem afetar irreversivelmente o aparato de inserção Classificação (AAP 1999) Doenças Gengivais Induzidas por placa Não

Leia mais

é a quebra física dos alimentos através da mastigação e dos movimentos peristálticos.

é a quebra física dos alimentos através da mastigação e dos movimentos peristálticos. SISTEMA DIGESTIVO Digestão Digestão mecânica: é a quebra física dos alimentos através da mastigação e dos movimentos peristálticos. Digestão química é a transformação das moléculas mais complexas em moléculas

Leia mais

Parasitoses - Ve V rminoses Prof. Tiago

Parasitoses - Ve V rminoses Prof. Tiago Parasitoses - Verminoses Prof. Tiago INTRODUÇÃO PLATELMINTOS E NEMATÓDEOS: RESPONSÁVEIS POR ALGUMAS PARASITOSES CONHECIDAS COMO VERMINOSES. TENÍASE E ESQUISTOSSOMOSE SÃO CAUSADAS POR PLATELMINTOS; ASCARIDÍASE

Leia mais

Degeneração Gordurosa (esteatose, lipidose):

Degeneração Gordurosa (esteatose, lipidose): DEGENERAÇÃO: São alterações celulares, geralmente reversíveis quando o estímulo cessa, e que podem ou não evoluir para a morte celular. O citoplasma apresenta-se lesionado, com acúmulo de substâncias exógenas

Leia mais

Laxantes. Laxantes e Antidiarreicos. Obstipação. Fibras. são comuns na população em geral. rios. Na maioria das vezes quadros benignos e transitórios

Laxantes. Laxantes e Antidiarreicos. Obstipação. Fibras. são comuns na população em geral. rios. Na maioria das vezes quadros benignos e transitórios Laxantes e Diarréia e obstipação são comuns na população em geral Na maioria das vezes quadros benignos e transitórios rios Laxantes Muitas vezes sem a necessidade de medicação Porem esses sintomas podem

Leia mais

TABELA DE EQUIVALÊNCIA Curso de Odontologia

TABELA DE EQUIVALÊNCIA Curso de Odontologia TABELA DE EQUIVALÊNCIA Curso de Odontologia Disciplina A Disciplina B Código Disciplina C/H Curso Disciplina C/H Código Curso Ano do Currículo 64823 MICROBIOLOGIA GERAL 17/34 ODONTOLOGIA MICROBIOLOGIA

Leia mais

Sistema Digestivo - Função

Sistema Digestivo - Função Sistema Digestivo Fome Saciedade Sistema Digestivo - Função O organismo humano recebe os nutrientes através dos alimentos. Estes alimentos têm de ser transformados em substâncias utilizáveis, envolvendo

Leia mais

Infecções e inflamações do trato urinário, funçao sexual e reprodutiva Urologia Denny

Infecções e inflamações do trato urinário, funçao sexual e reprodutiva Urologia Denny DATA hora AULA PROGRAMADA Módulo PROFESSOR 25/10/2013 14:00-14:55 Abdome Agudo - inflamatório e obstrutivo Clínica Cirúrgica João Marcos 14:55-15:50 Abdome Agudo - perfurativo e vascular/hemorrágico Clínica

Leia mais

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações 1. Introdução A evolução da epidemia causada pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009 implica que as medidas sejam adaptadas

Leia mais

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DDA. Patrícia A.F. De Almeida Outubro - 2013

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DDA. Patrícia A.F. De Almeida Outubro - 2013 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DDA Patrícia A.F. De Almeida Outubro - 2013 INTRODUÇÃO DDA Síndrome causada por vários agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitos) 03 ou mais episódios com fezes líquidas

Leia mais

Aulas teórica s PROFESSOR DATA HORA AULA PROGRAMADA MÓDULO. Sessão Avaliação ED Supervisão TOTAL

Aulas teórica s PROFESSOR DATA HORA AULA PROGRAMADA MÓDULO. Sessão Avaliação ED Supervisão TOTAL DATA HORA AULA PROGRAMADA MÓDULO PROFESSOR Aulas teórica s Amb. Sessão Avaliação ED Supervisão TOTAL 13:15 Abdome Agudo - inflamatório e obstrutivo Clínica Cirúrgica João Marcos 24/7/2015 Abdome Agudo

Leia mais

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi VIROLOGIA HUMANA Professor: Bruno Aleixo Venturi O que são vírus? A palavra vírus tem origem latina e significa "veneno". Provavelmente esse nome foi dado devido às viroses, que são doenças causadas por

Leia mais

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina

Leia mais

Diabetes mellitus em felinos Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br

Diabetes mellitus em felinos Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br Diabetes mellitus em felinos Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br Síndrome que abrange uma série de doenças de etiologia diferente e clinicamente heterogêneas, que se caracterizam pela

Leia mais

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da 2 A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da inflamação, o que dificulta a realização das trocas gasosas.

Leia mais

Pâncreas. Pancreatite aguda. Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes.

Pâncreas. Pancreatite aguda. Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes. Pâncreas Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes. Pancreatite aguda Pancreatite crônica Cistos pancreáticos Câncer de Pancrêas Pancreatite aguda O pâncreas é um órgão com duas funções básicas:

Leia mais

Aparelho Gastrointestinal Dor Abdominal Aguda

Aparelho Gastrointestinal Dor Abdominal Aguda Aparelho Gastrointestinal Dor Abdominal Aguda Dor abdominal Difusa Localizada Abdome agudo Sem abdome agudo Exames específicos Tratamento específico Estabilizar paciente (vide algoritmo específico) Suspeita

Leia mais

7º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax

7º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax 7º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Legenda da Imagem 1: Radiografia de tórax em incidência póstero-anterior Legenda da Imagem 2: Radiografia de tórax em perfil Enunciado: Homem de 38 anos, natural

Leia mais

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a gripe? É uma doença infecciosa aguda das vias respiratórias, causada pelo vírus da gripe. Em

Leia mais

Carbonato de Cálcio, Vitamina D com Bifosfonados ou Raloxifeno ou Calcitonina

Carbonato de Cálcio, Vitamina D com Bifosfonados ou Raloxifeno ou Calcitonina Termo de Esclarecimento e Responsabilidade Carbonato de Cálcio, Vitamina D com Bifosfonados ou Raloxifeno ou Calcitonina Eu, (nome do paciente(a) abaixo identificado(a) e firmado(a)), declaro ter sido

Leia mais

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura?

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura? Volume1 O que é? O que é Hemofilia? Hemofilia é uma alteração hereditária da coagulação do sangue que causa hemorragias e é provocada por uma deficiência na quantidade ou qualidade dos fatores VIII (oito)

Leia mais

Roteiro de aulas teórico-práticas

Roteiro de aulas teórico-práticas Roteiro de aulas teórico-práticas Sistema digestório O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta

Leia mais

Urolitíase - Estruvita

Urolitíase - Estruvita V e t e r i n a r i a n D o c s Urolitíase - Estruvita Definição Urolitíase é definida como a formação de uma ou mais concreções policristalinas no interior do trato urinário, sendo os urólitos de estruvita

Leia mais

Bactérias e Doenças Associadas

Bactérias e Doenças Associadas Bactérias e Doenças Associadas Disenteria Bacilar Agente Etiológico: Bactérias do gênero Shigella Forma de transmissão: Água e alimentos contaminados com as fezes dos doentes. Sintomas: Infecção intestinal,

Leia mais

Problemas Gastro-Intestinais

Problemas Gastro-Intestinais Problemas Gastro-Intestinais Parâmetros Ocidentais Vômito; Dor na região abdominal, gástrica, etc. Gastrite, Úlcera, Diarréia, Prisão de ventre (constipação) Cólica, Vermes. Anamnese: Tipo de dor ou desconforto:

Leia mais

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função respiratória é prioritária em qualquer situação de intercorrência clínica. O paciente

Leia mais

Emergência e urgência nos atendimentos (aula 2)

Emergência e urgência nos atendimentos (aula 2) Emergência e urgência nos atendimentos (aula 2) Emergências em cães e gatos Envenenamentos e intoxicações (inseticidas, venenos para roedores, produtos de limpeza, medicações, chocolates, etc) Escoriações

Leia mais

Nematódeos. - infecção oral. Classificação. Reino: Animalia Filo: Aschelminthes Classe: Nematoda Ordem: Ascaridida Ascarididae Ascaris lumbricoides

Nematódeos. - infecção oral. Classificação. Reino: Animalia Filo: Aschelminthes Classe: Nematoda Ordem: Ascaridida Ascarididae Ascaris lumbricoides Classificação Reino: Animalia Filo: Aschelminthes Classe: Nematoda Ordem: Ascaridida Família: Ascarididae Espécie: Ascaris lumbricoides Características gerais É o maior nematódeos do intestino do homem

Leia mais

Uso correcto dos antibióticos

Uso correcto dos antibióticos CAPÍTULO 7 Uso correcto dos antibióticos Quando usados correctamente, os antibióticos são medicamentos extremamente úteis e importantes. Eles combatem diversas infecções e doenças causadas por bactérias.

Leia mais

Sistema tampão. Um sistema tampão é constituído por um ácido fraco e sua base conjugada HA A - + H +

Sistema tampão. Um sistema tampão é constituído por um ácido fraco e sua base conjugada HA A - + H + Sistema tampão Um sistema tampão é constituído por um ácido fraco e sua base conjugada HA A - + H + Quando se adiciona um ácido forte na solução de ácido fraco HX X - + H + HA A - H + X - H + H + HA A

Leia mais

DOENÇAS LINFÁTICAS NOS GRANDES ANIMAIS. Prof. Adjunto III Dr. Percilio Brasil dos Passos perciliobrasil@hotmail.com

DOENÇAS LINFÁTICAS NOS GRANDES ANIMAIS. Prof. Adjunto III Dr. Percilio Brasil dos Passos perciliobrasil@hotmail.com DOENÇAS LINFÁTICAS NOS GRANDES ANIMAIS Prof. Adjunto III Dr. Percilio Brasil dos Passos perciliobrasil@hotmail.com DISTÚRBIOS LINFOPROLIFERATIVOS E MIELOPROLIFERATIVOS Prof. Adjunto III Dr. Percilio Brasil

Leia mais