GESTÃO FINANCEIRA DESEMPENHO ECONÓMICO. Potencial para obtenção de resultados. Análise da rendibilidade e crescimento sustentado
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- Débora Barreto Belo
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1 GESTÃO FINANCEIRA MÓDULO 9 Objectivo Análise da Rendibilidade A rendibilidade do investimento Rendibilidade dos capitais próprios Análise integrada da rendibilidade Crescimento Sustentável DESEMPENHO ECONÓMICO Mercado Potencial de crescimento Empresa Posição concorrencial Potencial para obtenção de resultados Criação de vantagem competitiva CRIAÇÃO DE VALOR Análise da rendibilidade e crescimento sustentado 2 1
2 RENDIBILIDADE DO INVESTIMENTO 3 Medidas Tradicionais do Desempenho Económico Rendibilidade do activo, Return on Assets ou Return on Investment RO/Activo Rendibilidade do Capital Investido ou Return on Invested Capital RO/CI 4 2
3 RENDIBILIDADE DO INVESTIMENTO Rendibilidade dos Capitais Totais (Investimento) RO Investimento Compara o resultado gerado num determinado período com o capital utilizado Mede a eficiência da utilização dos capitais totais A rendibilidade do investimento considerando o impacto fiscal: RO ( 1 - t) Investimento 5 Rendibilidade do Investimento Indicador de desempenho dos capitais totais Mostra como foram usados os recursos globais É um indicador da qualidade de gestão Usado na comparação de empresas com o mesmo risco de negócio É fundamental para a sobrevivência da empresa no ML Prazo Indica a capacidade de gerar resultados ou seja determina o nível de remuneração para os investidores (accionistas e credores) Utilizado na análise de projectos, planeamento e orçamentação, avaliação e controlo dos resultados 6 3
4 NOÇÃO DE INVESTIMENTO Activo Total - do balanço tradicional e o mais utilizado Activo Económico = Activo Fio + MFM Capital Total Investido = Activo Fio + MFM + TA Activo de Eploração = retirar ao activo os activos fios não ligados à eploração 7 Rendibilidade do Investimento Activo bruto ou líquido? Na análise da rendibilidade operacional usar activo bruto para evitar o efeito das amortizações (só por si aumentam a rendibilidade) Na avaliação do desempenho global usar activo líquido 8 4
5 Rendibilidade do Investimento Investimento final ou médio? Usar investimento médio O investimento de final de período está já alterado com o capital gerado pelo investimento Em empresas com sazonalidade usar de preferência investimento médio ponderado (pelo respectivos prazos) 9 Rendibilidade do Investimento Que resultado utilizar? Devemos utilizar o RESULTADO OPERACIONAL Em qualquer dos casos, ROI é: um rácio independente da forma de financiamento pode ser calculado depois de imposto: RO ( 1 - t) Investimento NOTA: Não se deve usar os RL porque já tem o efeito da política de financiamento 10 5
6 Demonstração de Resultados - Variável Vendas e Prestações de Serviços (V) - Custos Variáveis (CV) = Margem de Contribuição (MC) - Custos Fios Operacionais (CF) = Resultados Operacionais (RO) - Encargos Financeiros (EF) = Resultados Correntes (RC) + Resultados Etraordinários (RE) = Resultados Antes de Impostos (RAI) - Impostos Sobre Lucros (IRC) = Resultados Líquidos (RL) 11 RENDIBILIDADE DO INVESTIMENTO Decomposição do Rácio da Rendibilidade do Capital Investido (RCI): 1. Rendibilidade Bruta das Vendas (MC/V) 2. Grau de Alavanca Operacional (RO/MC) 3. Rotação dos Capitais Investidos (V/CT) RCI = MC RO V V MC CT 12 6
7 Rendibilidade do Investimento Eemplo Vendas Custos Variáveis 2000 = Margem de Contribuição Custos Fios 1600 = Resultado Operacional 400 Capital Investido RENDIBILIDADE DO INVESTIMENTO MC RO Vendas RCI = Vendas MC CT RCI = = 0, Rendibilidade Bruta das Vendas Efeito dos Custos Fios Rendibilidade Operacional das Vendas Rotação dos Capitais Investidos Rendibilidade dos Capitais Totais Investidos 14 7
8 Análise Integrada da Rendibilidade do Investimento - Conclusão A decomposição dos rácios permite ter uma visão integrada dos factores que afectam a performance da empresa A Rendibilidade do Capital Total Investido depende da : Eficiência na utilização do capital investido medido por Rácios de Actividade Relação entre os custos e as vendas medida por Rácios de Rentabilidade das Vendas 15 RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS 16 8
9 RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS Return on equity Compara o resultado gerado num determinado período com o capital próprio utilizado RCP = RL CP Mede a eficiência da utilização dos capitais pertencentes aos sócios ou accionistas Também se pode utilizar a Rendibilidade Corrente do Capital Próprio RC RCCP = CP 17 RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS Factores que afectam a RCP: Volume de vendas e crescimento Margem de contribuição Estrutura de custos Eficiência da gestão dos activos Impostos sobre lucros Proveitos e custos etraordinários Necessidade de decompor a RCP para compreender a situação da empresa e a sua evolução 18 9
10 RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS Índice de Alavanca Financeira IAF = RCCP RCI IAF = CT RC CP RO Se IAF > 1 então R CT > R CA Múltiplo da Estrutura Financeira Efeito dos Encargos Financeiros RCCP - rend. dos Cap. Próprios RCI - rend. do Investimento 19 RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS Modelo Multiplicativo da Alavanca Financeira RO CT RC RCCP = CT CP RO IAF A RCCP depende de : Rendibilidade do Capital Total Investido Múltiplo da Estrutura Financeira Efeito dos Encargos Financeiros 20 10
11 RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS Modelo Aditivo de Alavanca Financeira RO CA RO RCCP = + - j CT CP CT A RCCP depende de : Rendibilidade do Capital Total Investido Estrutura Financeira Diferencial entre RCT e custo do capital alheio 21 Análise Integrada da Rendibilidade dos Capitais Próprios 22 11
12 Análise Integrada da Rendibilidade dos Capitais Próprios A RCP depende de : Modelo Multiplicativo Rendibilidade do Capital Total Investido Múltiplo da Estrutura Financeira Efeito dos Encargos Financeiros Efeito dos Resultados Etraordinários Efeito Fiscal 23 Análise Integrada da Rendibilidade dos Capitais Próprios Modelo Multiplicativo RCP = RCCP RAI RC RL RAI Efeito dos Resultados Etraordinários RO CT RC CT CP RO Efeito Fiscal RO MC RO V = CT V MC CT 24 12
13 Rendibilidade dos Capitais Próprios RCI Efeito alavanca financeiro Efeito dos Resultados Etraord. Efeito Fiscal Rend. Op. das vendas Rotação dos Cap. investidos Múltiplo da Estrutura de Capitais Efeito dos Enc Fin MC % Efeito dos CF OPERACIONAL FINANCEIRA EXTRAORD. FISCAL 25 Análise Integrada da Rendibilidade dos Capitais Próprios Modelo Aditivo A RCP depende de : Rendibilidade do Capital Total Investido Estrutura Financeira Diferencial entre RCT e custo do capital alheio Efeito dos Resultados Etraordinários Efeito Fiscal 26 13
14 Análise Integrada da Rendibilidade dos Capitais Próprios Modelo Aditivo RAI RCP = RCCP ( 1 t ) RC RO CA RO + - j CT CP CT Efeito dos Resultados Etraordinários Efeito Fiscal Área Financeira RO MC RO V = CT V MC CT Área Operacional 27 Análise Integrada da Rendibilidade A Rendibilidade do Capital Próprio depende: Gestão Operacional Margem de Contribuição Efeito dos Custos Fios Operacionais Rotação do Activo Gestão Financeira Estrutura Financeira Custo do Capital Alheio Efeito dos Resultados Financeiros Gestão Etraordinária - Efeito dos Resultados Etraord. Gestão Fiscal - Efeito dos Impostos sobre Lucros 28 14
15 Análise Integrada da Rendibilidade do Capital Próprio Esta análise integrada da RCP permite: Ver a origem da rendibilidade Medir o impacto que cada rácio tem na formação da rendibilidade NOTA: ambos os modelos (Multiplicativo e Aditivo) conduzem aos mesmos valores 29 Análise Integrada da Rendibilidade Responde a questões como: A rendibilidade dos capitais próprios é adequada? Comparar com o custo do capital De que forma a parte do negócio (operacional) está a contribuir para essa rendibilidade? Qual a evolução das margens? Qual a evolução da estrutura de custos? Qual a rotação dos activos? A empresa está sujeita à volatilidade de resultados etraordinários? Qual o impacto da fiscalidade? 30 15
16 CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL 31 CICLO DE VIDA DO PRODUTO FASES INVESTIMENTO FLUXOS POSIÇÃO LUCROS NFM DE CAIXA FACE AO PCV LANÇAMENTO forte insuficientes abaio não há muitas CRESCIMENTO continua por vezes alcançado elevados crescentes insuficientes MS positiva e fortes MATURIDADE pouco positivos Acima elevados poucas e fortes DECLÍNIO desinvestimento decrescentes a baiar em redução poucas 32 16
17 CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL Estratégia de crescimento - pela curva de eperiência (maior rendibilidade do investimento) ou por vantagens comparativas (nichos) Estratégia de carteira de negócios - diversificação de produtos com base nas fases do ciclo de vida (para o equilíbrio de ML prazo convém ter produtos em diferentes fases do ciclo de vida) Estratégia financeira - financiar o crescimento com os meios gerados ou por aumento de capital social, empréstimos e/ou redução de dividendos 33 CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL Como financiar o crescimento? Aumento de capital social Aumento de empréstimos Redução da distribuição de lucros Qualquer combinação das anteriores Pode-se ainda limitar o crescimento aos recursos financeiros gerados internamente 34 17
18 CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL Taa de Crescimento Sustentável é a taa máima de crescimento potencial sem alteração da estrutura financeira (análise quantitativa), i.e. sem grandes alterações no rácio de endividamento Mostra se a empresa consegue sustentar o seu crescimento sem alteração nas condições actuais de gestão operacional e financeira O crescimento deve realizar-se a partir da área operacional e não das áreas financeira, etraordinária e fiscal. São meios dependentes das decisões de terceiros: bancos, governo, obrigacionistas, etc. 35 CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL Pressupõe que aumento de capital deriva de lucros retidos A Taa de Crescimento Sustentável (g) é função da: Rendibilidade do Capital Próprio (ROE) Taa de distribuição de lucros (d) Modelo aditivo g* = ROE (1-d) Modelo multiplicativo g* = ROE RR RL 36 18
19 CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL Taa de crescimento sustentável Taa de distribuição de lucros Rend. Dos capitais próprios Pode ser comparada com: Crescimento do volume de negócios Crescimento do Activo Crescimento do Capital Próprio 37 Taa de crescimento sustentável Taa de distribuição de lucros Rend. Dos capitais próprios RCI Efeito alavanca financeiro Efeito dos Resultados Etraord. Efeito Fiscal Rend. Op. das vendas Rotação dos Cap. investidos 38 19
20 CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL Crescimento sustentável implica adequar estrutura financeira e a distribuição de dividendos à estratégia de crescimento Se a Taa de Crescimento Sustentável for maior que a de crescimento da empresa quer dizer que há ecedentes de recursos financeiros Quando o crescimento > capacidade interna há aumento do endividamento ou aumento de capital Maior endividamento torna o crescimento sustentável mais volátil 39 CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL O crescimento sustentável é uma perspectiva económica baseada nos lucros Mas a capacidade de endividamento também deve ser analisada com base nos fluos de caia e tendo em conta os objectivos da empresa A decomposição da análise do crescimento sustentável nas diversas componentes é essencial para analisar as potencialidades de crescimento da empresa 40 20
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