AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL

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1 Complemento - 1 COMPLEMENTO: AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL CÓD.: 1047 SUMÁRIO Noções de Direito Administrativo Responsabilidade Civil do Estado Noções de Direito Penal Crimes Contra a Fé Pública Legislação Especial Lei n / Lei n / Lei n / Lei n / Lei n / Noções de Administração Noções de Teoria da Administração Classificação das Receitas e Despesas Públicas segundo a Finalidade, Natureza e Agente Lei de Responsabilidade Fiscal Lei Complementar n.101/ Ética no Serviço Público Decreto n / complemento_agente_pf.pmd 1

2 2 - Complemento COMPLEMENTO AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL - CÓD.: 1047 Conselho Editorial Iaroslau Sessak Jr. Adolfo Martins de Oliveira Marizete Ribeiro Castanheira Martins Redação Corpo Docente da Supervisão Metodológica e Didática Alexandre Alves Barbosa Neto Cíntia Leal Silva Diagramação Cíntia Leal Silva Copydesk e Revisão Final Alexandre Alves Barbosa Neto Vendas acesse nosso site: Dúvidas, Reclamações ou Sugestões sobre apostilas: editoracao@centraldeconcursos.com.br Eventuais erratas e complementos acessar o site: Proibida a reprodução no todo ou em partes, por qualquer meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos direitos autorais é punida como crime: Código Penal, art. 184 e seus parágrafos e art. 186 e seus incisos. (Ambos atualizados pela Lei n /2003) e Lei n /98 - Lei dos Direitos Autorais. complemento_agente_pf.pmd 2

3 Noções de Direito Administrativo - 3 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (ADMINISTRAÇÃO) A responsabilidade civil do Estado é a que se traduz na obrigação de reparar danos patrimoniais e se exaure com a indenização. Alguns doutrinadores preferem a denominação responsabilidade civil da Administração Pública, por considerarem que essa responsabilidade surge de atos da Administração, e não de atos do Estado como entidade política. Para outros, a responsabilidade é do Estado, pessoa jurídica, razão pela qual consideram errado falar responsabilidade da Administração Pública, já que esta não tem personalidade jurídica, não é titular de direitos e obrigações na ordem civil. Inúmeras teorias têm sido elaboradas no estudo da responsabilidade civil do Estado. O 6º do artigo 37 da Constituição Federal dispõe que As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. O ordenamento jurídico constitucional adotou, portanto, a teoria da responsabilidade objetiva sob a modalidade do risco administrativo, ou seja, o dispositivo constitucional firmou o princípio objetivo da responsabilidade sem culpa pela atuação lesiva dos agentes públicos e seus delegados. Para Hely Lopes Meirelles a teoria do risco administrativo faz surgir a obrigação de indenizar o dano do só ato lesivo e injusto causado à vítima pela Administração, não se exigindo qualquer falta do serviço público, nem culpa de seus agentes, pois basta a lesão. Tal teoria baseia-se no risco que a atividade pública gera para os administrados, bem como na possibilidade de acarretar danos, dispensando a prova da culpa do Estado, mas permitindo que o Poder Público demonstre a culpa da vítima para excluir ou atenuar a indenização. O nexo de causalidade é o fundamento da existência da responsabilidade civil do Estado, deixando ela de existir ou incidindo de forma atenuada quando o serviço público não for a causa do dano ou quando este estiver aliado a outras circunstâncias que se caracterizam como atos e fatos estranhos à atividade administrativa, pois o legislador só cobriu o risco administrativo da atuação ou inação dos agentes públicos, não se responsabilizando objetivamente o Estado por atos predatórios de terceiros, nem por fenômenos naturais que, superando os serviços públicos existentes, causem danos aos particulares. A responsabilidade civil do Estado será excluída em caso de culpa exclusiva da vítima, devidamente comprovada, pois enquanto não for evidenciada subsistirá a responsabilidade objetiva do Estado. A obrigação de indenizar surge a partir do momento em que a vítima demonstra o nexo causal entre o fato lesivo, seja omissivo ou comissivo, e o dano. Entretanto, caberá a ação regressiva do Estado contra o causador direto do dano que tenha agido com dolo ou culpa. Enquanto para o Estado a responsabilidade é objetiva e portanto, independe da culpa, para o agente a responsabilidade é subjetiva e depende dela. 02_08_responsabilidade_civil.pmd 3

4 4 - Noções de Direito Penal CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 1. Introdução 2. Comentários Preliminares 3. Crimes em Espécie 1. INTRODUÇÃO Com este título, o Código Penal busca proteger a confiança que as pessoas precisam ter nos papéis (documentos, livros etc) continuamente utilizados na formalização e no registro de acordos, negócios e todo tipo de contatos humanos comerciais ou não, com expressão econômica ou não. As pessoas precisam poder confiar, por exemplo, nas cédulas de dinheiro. Precisam ter o direito de confiar que o documento que o vendedor de um bem lhe está entregando seja realmente expressão da verdade e da essência veraz de um negócio que esteja sendo realizado. Precisam também poder confiar que a pessoa com a qual elas negociam seja realmente quem ela diz ser. Fé pública é a crença ou convicção geral sobre a autenticidade e o valor dos documentos, atos etc, usuais para as relações jurídicas e sociais. Sem a fé pública, a vida em sociedade seria muito difícil. Não haveria confiança no comportamento alheio, nem na autenticidade dos documentos, do que resulta insegurança jurídica. Toda conduta humana que visa alterar, por documentos, uma verdade, atenta contra a fé pública. A fé que todos depositamos nos documentos e na palavra das pessoas. Habitue-se sempre a analisar os capítulos e os títulos em que o artigo que estiver sendo analisado está inserido. Eles são uma boa fonte de interpretação para entender o alcance e o sentido de cada um dos artigos. Aqui temos o título dos crimes contra a fé pública sendo dividido em 4 capítulos: I) moeda falsa (art. 289 a 292) que trata do dinheiro falso, que na essência é um tipo de papel público; II) falsidade de títulos e outros papéis públicos (art. 293 a 295) que cuida dos principais papéis públicos (títulos da dívida pública etc); III) falsidade documental (art. 296 a 305) que envolve todos os demais documentos públicos não previstos no capítulo anterior e os documentos particulares (estes também merecem a proteção da lei, claro); e finalmente IV) outras falsidades (art. 306 a 311) que abrange a falsa identidade, a falsificação de numeração de veículos etc. Antes de prosseguir, leia vagarosa e atentamente cada um dos artigos, procurando estabelecer as semelhanças e as diferenças entre eles e somente depois analise as peculiaridades aqui observadas e comentadas. Lembre-se, no entanto, que os artigos deste título mais questionados em concursos públicos, são os que tratam de falsificação de documento público em geral (artigo 297) ou de documento particular (298), a falsidade ideológica (artigo 299, campeão de perguntas), o uso de documento falso (304) e a falsa identidade (307). 2. COMENTÁRIOS PRELIMINARES Quando seu colega de escola de segundo grau alterava a carteira de estudante para poder assistir filmes proibidos para menores de 18 anos, você dizia até agora que ele havia falsificado a carteira. Pois você verá, neste capítulo dos crimes contra a fé pública que em termos técnicos ele alterou um documento verdadeiro e esta é uma das modalidades de falsificar. A outra modalidade consiste em fabricar. Então já que falsificar tem no Direito Penal duas acepções possíveis, será necessário sempre acrescentar à palavra falsificar o tipo de falsificação que foi produzida. Assim teremos a falsificação-fabricação e a falsificação-alteração (confira com a redação de alguns dos artigos, nos quais consta falsificar, fabricandoos ou alterando-os... ). A falsidade pode ser material ou ideológica: - Material (ou externa): a falsidade é produzida tanto por alteração, como por supressão e ou contrafação (fabricar). O documento é, neste caso, inteiramente ou em parte falso. - Ideológica: o documento é verdadeiro em seus requisitos externos ou materiais, mas a ideia em torno da qual gira a confiabilidade do documento é falsa (ex.: em um contrato de compra e venda no qual o valor declarado não é o verdadeiro). 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 4

5 Noções de Direito Penal - 5 Falsificar, para o direito penal (ver artigos 289, 293, 296 entre outros abaixo) ora significa produzir um documento inteiramente falso, ora consiste em alterar um documento verdadeiro preexistente. Um documento produzido por fabricação não terá sido expedido pela administração pública ou por uma empresa que o poderia emitir, e sim pelo autor da falsificação, pessoa não autorizada a elaborá-lo. Assim, por exemplo, quando a lei se refere a falsificar documento público, fabricando-o está afirmando que cometerá o crime a pessoa que fabricar um documento com todas as características de um documento público que não foi, todavia, verdadeiramente expedido por um órgão público. Exemplo: para soltar um preso, a quadrilha elabora (cria, produz do nada) um falso alvará de soltura e o apresenta à carceragem, fazendo um membro da quadrilha se apresentar como oficial de justiça. Os que criaram tal documento, falsificaram documento público na modalidade fabricação. Quem se apresenta como oficial, responde pelo crime de falsa identidade (art. 307) e por uso de documento falso (304). Já se a quadrilha, pretendendo soltar Nestor, toma um alvará de soltura verdadeiro, expedido mesmo pelo Juízo, e retira dele o nome do preso que verdadeiramente deveria ser solto, acrescentando no lugar o nome de Nestor, não terá cometido falsificação-fabricação do documento, mas falsificação-adulteração de um documento verdadeiro. Note que no primeiro exemplo o documento não foi expedido pelo Juiz, que foi efetivamente quem o expediu no segundo exemplo. Isto faz toda a diferença para a classificação do crime. A diferença entre a falsificação-fabricação e a falsificação-alteração está no fato de que na primeira o documento não existe enquanto que na segunda ele já existe e será apenas modificado em parte. Estes exemplos poderão auxiliar você a entender diversos crimes previstos neste título. Foi elaborado um glossário no final da apostila, para ajudar você a entender certos termos jurídicos, latinos etc. Este título não abrange as falsificações de produtos produzidos com contrafação de direito autoral, já que tais crimes estão tratados em outros artigos do Código Penal ou em leis penais especiais. Alguns dos crimes que serão analisados neste capítulo são de competência federal. Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes que atentem contra bens, interesses ou serviços da União, de suas autarquias ou empresas públicas (ver artigo 109 da Constituição Federal). Então, se um crime é cometido contra a FUNAI (fundação pública federal) ele será julgado pela Justiça Estadual e não pela Federal, já que a FUNAI não é nem autarquia nem empresa pública federal. Então, por exemplo, moeda falsa será crime que em geral será analisado e julgado pela Justiça Federal, pois somente a União pode emitir moeda. Quando um crime for de competência federal, quem o investigará será um Delegado de Polícia Federal e quem processará o autor do crime será um Procurador da República e finalmente um Juiz Federal o julgará. Quando se tratar de crime cometido contra bens, interesses ou serviços de estados federados, do Distrito Federal ou de municípios, ou de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas de quaisquer desses entes, cabe ao Delegado de Polícia Estadual investigar o caso, ao Promotor de Justiça estadual processar (denunciar) o autor do crime e ao Juiz Estadual (da chamada Justiça Comum) julgar o caso. Não analisaremos aqui todos os crimes contra a fé pública, um a um. Analisaremos os que mais frequentemente aparecem nas provas dos concursos públicos ou os cuja análise e entendimento sejam mais complexos e ensejem, por isto mesmo, maior dificuldade de entendimento do concursando. Objetividade jurídica de um crime diz respeito aos bens jurídicos que estão sendo por ele protegidos. Trata dos valores que a lei penal quer proteger. A objetividade jurídica de todos os crimes contra a fé pública é a proteção à confiança das pessoas em geral que precisa existir no dia a dia, na realização de negócios e atos jurídicos de todos os tipos. Quando o crime específico que estiver sendo comentado permitir entendimento diferente em relação à objetividade jurídica, haverá no artigo uma informação a respeito, a título de alerta. Objeto material cada crime terá seu objeto material mencionado no comentário específico. Sujeito ativo destes crimes normalmente será qualquer pessoa. Quando não for assim, ou nos casos em que, sendo o autor um funcionário público houver aumento 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 5

6 6 - Noções de Direito Penal de pena, haverá no artigo uma informação a respeito, como alerta. Sujeito passivo é, normalmente, qualquer pessoa. Quando isto não acontecer, haverá no artigo uma informação a respeito, a título de alerta. Elementos objetivos do tipo estarão apontados e comentados no próprio artigo. Elemento subjetivo do tipo será sempre o dolo (direto ou indireto, não importa). Quando houver a possibilidade de determinado crime ser cometido com culpa, haverá no artigo uma informação a respeito, a título de alerta. Dolo específico se o artigo exigir dolo específico, haverá nele uma informação a respeito. Consumação o momento consumativo do crime será mencionado no próprio tipo penal. 3. CRIMES EM ESPÉCIE Da Moeda Falsa - Art. 289 Sujeito ativo - No caput qualquer pessoa pode ser autora. O mesmo ocorre nos 1 o. e 2 o. -O 3 o. é crime funcional. Somente funcionário público pode praticá-lo. -O 4 o. é praticável por qualquer pessoa. Para entrar a moeda em circulação há toda uma tramitação legalmente prevista. Seu último ato é a autorização das autoridades fazendárias para que o banco emissor a distribua ao mercado. Quem desrespeitar esses procedimentos preliminares indispensáveis à validade da circulação da moeda cometerá este crime. Objeto material - por moeda falsa entenda-se tanto o papel-moeda quanto a moeda metálica. - Criar dólar, iene, euro ou qualquer outro tipo de papel-moeda ou moeda metálica estrangeira falsa constitui este crime. - Requisitos da falsificação: a) Que seja idônea, apta a iludir, capaz de enganar qualquer pessoa, considerandose o padrão médio da sociedade; a falsificação grosseira não constitui crime, pois não é capaz de enganar as pessoas em geral (jurisprudência). Se uma pessoa é enganada com falsificação grosseira, pode configurar o estelionato (que considera a vítima em si, não o padrão médio); b) Que tenha capacidade de causar prejuízo a alguém. A falsificação inócua não é crime (júris). Elemento objetivo - Consiste em falsificar, criando e em falsificaralterando. Veja observações no início da apostila. - O caput deste artigo se aplica aos casos em que se pode comprovar que a pessoa acusada tenha sido efetivamente a autora da fabricação do dinheiro falso ou de sua alteração. - Já o 1 o se aplica aos casos em que a pessoa encontrada na posse de moeda falsa não tenha sido a autora da falsificação ou adulteração. -O 2 o se aplica às situações em que a pessoa recebeu uma moeda falsa sem conhecer este aspecto, deu-se posteriormente conta da falsidade e, dela tendo conhecimento, resolve restituí-la à circulação (pagando uma conta, por exemplo) para evitar sofrer o prejuízo de permanecer na posse de algo que não tem valor. Trata-se de crime em que o dolo só aparece posteriormente ao recebimento da moeda. -O 3 o é crime funcional (crime próprio, portanto) que somente pode ser cometido por um universo muito pequeno de funcionários públicos: aqueles que exercem suas atividades em banco emissor de moeda. - guardar ( 1 o.) é crime permanente. Consumação - no caput : com o término da elaboração do documento falsificado ou com o término da alteração. O crime está praticado no momento em que o documento pode ser considerado pronto. - No 1 o há diversos momentos consumativos diferentes, dependendo dos verbos ali empregados; ceder é fornecer gratuitamente, com ânimo definitivo; emprestar é o mesmo, mas com ânimo de provisoriedade; introduzir na circulação consiste em passar adiante, o documento falso, entregando-o a terceiro que desconhece sua ilicitude; - No 3 o, emitir significa confeccionar, elaborar, fabricar; e autorizar a fabricação é próprio de quem antecede a fabricação; a lei busca punir, portanto, no processo de fabricação indevida, todos os que participarem dessa fabricação: quem autorizou e quem efetivamente produziu. Privilégio: - o 2 o prevê o crime privilegiado. Traz uma pena sensivelmente inferior àquela prevista no caput. É hipótese menos grave. Competência para processo e julgamento - Só são de competência federal os crimes de moeda falsa em que a falsidade seja bem feita. Quando se tratar de falsificação grosseira, inábil para enganar uma pessoa normal, o crime será de estelionato (artigo 171) de competência estadual. 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 6

7 Noções de Direito Penal Súmula 73 STJ. A utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, de competência da Justiça Estadual. Concurso de crimes - Fazer circular moeda falsa, introduzindo-a no mercado e utilizando-a para a aquisição de veículo, induzindo terceiro de boa-fé em erro, configura concurso formal dos delitos de moeda falsa e estelionato. Perícia - a falsidade material como crime que deixa vestígios, deve ser demonstrada por meio de exame de corpo de delito, configurando sua falta, nulidade absoluta (art. 564 III b c/c art. 572 CPP). Somente quando a perícia for impossível por qualquer razão, a prova da materialidade do crime pode ser suprida por testemunhas ou por outras provas. Crimes assimilados ao de moeda falsa - Art. 290 A inspiração desse crime está no ressurgimento ou na revalidação de cédulas, de notas ou de bilhetes imprestáveis ou já recolhidos para inutilização. Elemento objetivo - formar é criar, utilizando pedaços de algo já existente; no caso, o próprio artigo esclarece o que seja essa coisa pré-existente: notas, cédulas ou bilhetes. - suprimir consiste em retirar de notas, cédulas ou bilhetes já recolhidos pelas autoridades fazendárias e que não devem mais estar em circulação, a marca indicativa dessa recolha. Quando a autoridade retira de circulação o papel-moeda, por exemplo, insere-se na cédula um carimbo indicativo da recolha. Quem tiver acesso a essas cédulas e, com o fim de restituí-las à circulação, retirar a marca, cometerá este crime. - Buscando punir todos os que participarem desse processo de ressuscitação indevida da cédula, a lei se refere a quem retira a marca e a quem efetivamente a restitui à circulação, sem ter retirado a marca. Elemento subjetivo somente com dolo (vontade livre) se pode cometer este crime. Objeto material - a lei se refere a cédula, nota ou bilhete, pretendendo mencionar todas as designações que o dinheiro possa receber nas mais diversas regiões do país ou ao longo das épocas. Consumação - este crime se consuma no momento em que a cédula está formada, acabada, pronta para ser restituída à circulação (na primeira conduta); não há necessidade de a cédula assim formalizada ser efetivamente colocada em circulação; na segunda conduta, aperfeiçoa-se com a mera finalização do processo de retirada da marca indicativa de recolha; basta a finalidade de restituir à circulação (dolo específico); desnecessário novamente que a nota seja efetivamente devolvida à circulação. Competência - à Justiça Federal compete processar e julgar este crime, por ofender bem da União. Petrechos para falsificação de moeda - Art compare com o artigo 294; - cuida-se de crime de perigo abstrato, ou presumido. - A lei pretende punir a mera posse de qualquer mecanismo ou instrumento que se preste à fabricação de moeda falsa; há procedimentos semelhantes da Lei, no artigo 294 p.ex., sendo relativamente comum em outros capítulos; - Não há punição para quem possua instrumento que permita, além da falsificação da moeda, também a fabricação de outros documentos. O computador, v.g., pode ser utilizado para finalidades lícitas e também para falsificar moeda e ninguém pensa sequer na possibilidade de serem presas pessoas por possuir um computador; a lei utiliza, para evitar estes abusos, o termo especialmente para indicar que o instrumento, maquinismo, aparelho ou objeto, para permitir a perpetração do crime aqui tratado, precise ser exclusivamente destinado ao propósito indevido e ilícito. - Note que para ser enquadrado neste tipo penal o autor do fato não precisa necessariamente ter fabricado ou tentado fabricar nada nestes chamados petrechos de falsificação. Basta a fabricação, a aquisição, o fornecimento, a posse ou a guarda deles para que o crime ocorra. Emissão de título ao portador sem permissão legal - Art este é o último dos crimes do capítulo moeda falsa e está mal colocado neste capítulo, pois o documento a que ele se refere não é falso; 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 7

8 8 - Noções de Direito Penal - a promessa de pagamento em dinheiro é um negócio que gera direitos, obrigações e responsabilidades, razão pela qual sua emissão precisa ser lícita (não desautorizada pela lei). - Não se trata de crime que costuma frequentar questões de concursos públicos. Nem é, mesmo, muito utilizado na prática do dia a dia dos profissionais do direito penal. O único, por prever situação menos grave, prevê pena menor (crime privilegiado). Mas se a pessoa que utiliza do documento é a mesma que o emitiu, caberá enquadramento tanto no caput quanto no parágrafo, somando-se as penas. Falsificação de papéis públicos - Art A lei pune, no capítulo I deste título, os crimes contra a moeda, documento público por excelência, revelador da soberania de uma nação; no capítulo III, cuidará da falsidade de qualquer documento público ou particular não previsto nos capítulos anteriores. Os crimes previstos neste capítulo II dizem respeito a tipos especiais de documentos públicos: selos de controle tributário, papel selado, títulos de dívida pública, cautela de penhor, bilhetes de transporte de empresas públicas e outros documentos que geram direitos para a administração pública ou créditos para ela. - O caput pune a conduta de quem falsifica (cria documento antes inexistente) ou altera (modifica documento já existente) selo, papel de crédito, vale postal etc. - O 1 o pune a conduta de quem, embora não tenha falsificado ou alterado tais documentos, os utiliza, guarda, possui ou detém, importa, exporta, adquire, vende etc. (inc.i e II). Quanto ao restitui à circulação ver notas do artigo O 2 o, pune quem retira (suprime) desses documentos, carimbos ou sinais indicativos de sua inutilização. Ver a respeito comentários feitos no artigo 290. A diferença do restitui à circulação previsto neste parágrafo e a mesma expressão prevista no 1 o, inc. I, consiste no fato de que no 2 o a lei se refere a selo verdadeiro (note a expressão quando legítimos ) enquanto que no inc. I do 1 o se está referindo a selos falsos (note a expressão selo falso ). - A que título alguém retira de documento o sinal indicativo de inutilização? Para utilizá-lo novamente ser precisar pagar por ele, causando assim prejuízo para quem tinha o direito de vendê-lo (a administração pública). - Quem, embora não tendo suprimido dos papéis inutilizados os sinais indicativos dessa inutilização, usa esse documento depois dessa supressão, comete o crime previsto no 3 o deste artigo. - O 4 o prevê situação privilegiada geradora de pena mais leve. Trata da conduta de quem, agindo com dolo e não pretendendo sofrer o prejuízo decorrente da impossibilidade lícita de se utilizar de um documento que, recebido de boa-fé, descobriu posteriormente tratar-se de documento falso, resolve devolver o documento à circulação. - Este artigo e seus parágrafos têm redação bastante semelhante àquela do artigo 334 que trata de contrabando e descaminho. Compare: - Quem comete qualquer das condutas (e são muitas!) do inc. III do 1 o deste artigo que se refira a produto ou mercadoria que ostente selo tributário falso (alínea a ) ou que não contenha selo (alínea b ) comete o crime aqui tratado. - Este inc. III contém como complementação o 5 o que esclarece o que seja considerado atividade comercial. Analisando essa interpretação feita pela própria lei, chega-se à conclusão de que quem adquire, recebe etc, como consumidor final (sem intenção de transformação, que a lei chama de industrial ou sem a intenção de comercialização) quaisquer dos produtos ou mercadorias sem selo ou com selo falso, não comete crime algum (fato atípico). Objeto material - selo destinado a controle tributário são aqueles selos usualmente empregados pela administração tributária para cobrar tributos sobre a produção, importação ou exportação de certos produtos, como cigarros, bebidas alcoólicas etc. - neste caso, o crime terá natureza tributária. Note que a questão tributária é bastante tratada neste título de crimes contra a fé pública (inc. I do artigo 293, todas as hipóteses dos 1 o a 5 o deste mesmo artigo 293, bem como o crime do artigo 306) o que é indevido já que deveria ter sido criado no código penal um capítulo destinado aos crimes tributários, que abrangeria as hipóteses aqui tratadas, mais os crimes previdenciários (168-A e 337-A) e os crimes previstos na Lei nº 8.137/90. Hoje os crimes tributários estão espalhados pelo código penal e por leis especiais, gerando insegurança e dificuldades para interpretação e aplicação, com prejuízos para a organicidade e a sistematização. - papel selado é também documento emitido pela administração pública para cobrança de tributos; - papel de crédito público são os títulos da dívida pública e todos os demais papéis que se prestem a criar obrigação para a administração pública; 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 8

9 Noções de Direito Penal vale postal é o documento usualmente utilizado por quem não tem conta corrente ou não deseja utilizála, para remessa de valores para alguém. Quem falsifica um documento desta natureza, pode com ele auferir alguma vantagem indevida, em prejuízo da administração pública (normalmente os correios); - cautela de penhor é o documento ao portador pelo qual se obriga a administração pública (normalmente a CEF) a honrar, com pagamento em dinheiro, quem tenha deixado empenhada (não penhorada! Penhora é outra coisa! Aqui se trata de penhor ) uma joia depositada e em posse desse órgão público. Quem falsifica um documento desta natureza consegue retirar o bem empenhado, forçando a administração pública a pagar pelo bem quando o verdadeiro proprietário do objeto se apresentar com o documento verdadeiro para retirar a peça depositada. - As demais hipóteses (talão, recibo, bilhete, passe etc.) são autoexplicativas. Elemento objetivo - Consiste em falsificar, criando e em falsificaralterando. Veja observações no início da apostila. causa de aumento de pena: - a lei prevê, no artigo 295, aumento de pena para o funcionário público que pratique este crime. - Valem, no entanto, as observações colocadas no artigo 295. Petrechos de falsificação - Art. 294 e A lei repete aqui, a conduta prevista no artigo 291. A diferença consiste no fato de que o artigo 291 se refere a petrechos destinados à falsificação de moeda, enquanto o artigo 294 se refere a petrechos destinados à falsificação de qualquer dos documentos mencionados no artigo 293 (documentos de índole tributária). - Valem aqui, portanto, as observações que constam do artigo 291. Causa de aumento de pena: - a lei prevê, no artigo 295, aumento de pena para o funcionário público que pratique este crime. - Valem, no entanto, as observações colocadas no artigo Para que o aumento aconteça não basta que o autor do crime seja funcionário público; é preciso que ele tenha agido aproveitando-se das facilidades que o cargo, o emprego ou as funções permitam. Falsificação do selo ou sinal público - Art Este artigo não gera muita curiosidade dos organizadores de concursos públicos. - Consiste em falsificar, criando e em falsificaralterando. Veja observações no início da apostila. - Agindo como costuma fazer nos demais artigos, a lei pune todo o ciclo da produção do documento falso: desde quem falsifica, até quem, sabendo da falsidade, usa o documento sem o ter falsificado. - Os incs. I e II do 1 o são substancialmente diferentes. Enquanto no inc. I o chamado selo ou sinal público é falso, no inc. II é verdadeiro e o agente, neste último caso, faz uso indevido (sem autorização de quem de direito ou fora dos casos legais de utilização) do selo ou sinal. - Atenção para o inc. III trazido para este artigo pela reforma dos crimes previdenciários. A despeito desta origem específica, este inc. está protegendo todas as marcas, logotipos, siglas e símbolos da administração pública e não apenas da administração previdenciária que é apenas um dos muitos órgãos da administração pública. Falsificação de Documento Público - Art. 297 Objetividade jurídica - A fé pública. A confiança que as pessoas têm o direito de ter no documento público ou privado (aqui especialmente o público). Atinge a coletividade (crime vago). Sujeito ativo - Qualquer pessoa. Tratando-se de funcionário público, incide a causa de aumento, prevista no 1.º do art. 297, desde que o funcionário se prevaleça do cargo obtendo alguma vantagem. Exemplos: utilizar o crachá para ingressar na repartição; acessar dados no computador com senha pessoal, e outras condutas possíveis. Art Trata-se de norma que visa aumentar a pena para aquele que, sendo funcionário público, age contrariando aquele comportamento que se espera de um funcionário leal. - O aumento se aplica tanto ao crime do artigo 293 quanto ao do 294. Não se aplica aos crimes previstos no capítulo anterior (arts. 289 e seguintes). Sujeito passivo - O Estado, a coletividade. Pode ocorrer também vítima secundária: a pessoa lesada pela falsificação. Crime vago, por sempre atingir a coletividade e somente eventualmente atingir também uma pessoa isoladamente considerada. Elementos objetivos do tipo: a) Falsificar: (v. glossário). A falsificação pode ser no todo ou em parte. 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 9

10 10 - Noções de Direito Penal b) Contrafazer (v.). c) Alterar: modificar algo que já existe. O documento verdadeiro existe e é adulterado. Quem pega uma folha de cheque assinada pelo correntista e falsifica a quantia pratica falsidade material na modalidade adulteração. Requisitos da falsificação: a) Que seja idônea, apta a iludir, capaz de enganar qualquer pessoa, considerandose o padrão médio da sociedade; falsificação grosseira não constitui crime, pois não é capaz de enganar as pessoas em geral (juris). Se alguém é enganado por falsificação grosseira, pode configurar o estelionato (que considera a vítima em si e não o padrão médio); b) que tenha capacidade de causar prejuízo a alguém. Falsificação inócua não constitui crime. Objeto material: documento público (v.) Exemplos: fotografia não é considerada documento para o Direito Penal, por não ser peça escrita; mas pode ela fazer parte de um documento; nesse caso se for fraudulentamente substituída, haverá crime (troca de fotografia de RG ou de laudo pericial, p.ex.); xerox só é documento se autenticada; fita de vídeo não é documento, por não ser peça escrita; mas caso ela faça parte de um laudo pericial, e for fraudulentamente substituída, haverá crime, pois a fita passou a integrar o documento escrito; disco (C.D., p.ex.) também não é documento, razão pela qual sua contratação não constitui falsificação de documento, configurando apenas crime de contratação de direito autoral; assim, quem altera seu conteúdo não está cometendo falsificação de documento podendo, no entanto, em determinados casos, configurar o crime do artigo 347 (fraude processual); documento estrangeiro pode ser considerado documento público desde que seja considerado público no país de origem e que satisfaça os requisitos de validade previstos no Brasil, como a tradução realizada por tradutores públicos juramentados. Requisitos do documento público: a) ser elaborado por funcionário público; b)que esteja ele no exercício da função; c) que tenha ele atribuição para elaborar documentos; d) que obedeça ele, durante a confecção do documento, às formalidades legais. Documentos públicos por equiparação: documentos de natureza particular que, por sua importância, são equiparados pela lei penal a documento público (art º do Código Penal). São eles: a) documento emitido por entidade paraestatal (administração indireta); b) título ao portador ou transmissível por endosso; c) títulos de crédito (cheque, duplicata, nota promissória, letra de câmbio e assemelhados); d) ações de sociedade comercial (ordinária, nominativa, preferencial etc.); e) livros mercantis (tanto os obrigatórios como os facultativos) que são os livros que as empresas precisam ter para registrar suas ações e exibir ao fisco quando necessário; f) o testamento particular (incluindo o hológrafo, que é o manuscrito). Uso do documento aqui tratado: Qual crime comete quem use o documento falso enquadrável neste artigo? V. artigo 304. Elemento subjetivo do tipo: dolo vontade livre de falsificar. Não se exige dolo específico (finalidade especial de que careça o agente para poder ter-se o crime por perpetrado). Consumação: quando o documento falsificado ou alterado entra em circulação. Só falsificar um documento para guardá-lo e não o utilizar não constitui o crime. Tentativa: possível porque a conduta é fracionável (plurissubsistente) já que composta de diversos atos. Concurso de Crimes (situações em que acontecem juntos ou em sequência o crime aqui em análise e outro crime) A) Falsificação de documento público e estelionato (art. 171) O estelionato absorve a falsificação. Estelionato é crime-fim e a falsificação é crime-meio. A falsificação é um elemento do tipo do estelionato ( meio fraudulento ). A respeito, v. Súmula n. 17 do Superior Tribunal de Justiça: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por esse absorvido. Mas segundo o S.T.F. há neste caso concurso formal de crimes. A conduta é única, iniciando na falsificação e terminando no estelionato. A conduta ofende mais de um bem jurídico, pois a falsificação ofende a fé pública e o estelionato ofende o patrimônio. Não é possível falar em consunção porque há dois bens jurídicos atingidos, com vítimas diferentes. B) Falsificação de documento público e uso de documento falso (art. 304 do CP) - Se alguém falsifica e usa o documento público, responde apenas pela falsidade. O uso é mero exaurimento (acabamento) da conduta de falsificar, já que é isto mesmo que se espera de quem se dá ao trabalho de falsificar um documento. É necessário, contudo, que faça uso do documento a mesma pessoa que o falsificou. C) Falsificação e sonegação fiscal - Alguém falsifica documento público para não pagar ou pagar tributos a menor. Pratica apenas crime de sonegação fiscal já que a falsificação está descrita no tipo penal do crime tributário (emprego de fraude). Mas falsificar documento para encobrir crime de sonegação anteriormente praticado, constitui tanto o delito anteriormente praticado, como também a falsidade usada 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 10

11 Noções de Direito Penal - 11 para encobri-lo (concurso material). D) Falsificação de documento público (falsidade material) e falsidade ideológica (art. 299 do CP) - Prevalece a falsidade material sobre a ideológica. Falsificação de documento particular - Art Diferença em relação ao crime anterior: aqui o documento não é público, mas particular. - Documento particular é aquele que não é público. Chega-se, portanto, à conclusão de que determinado documento é particular, por exclusão depois de analisadas todas as hipóteses em que um documento pode e deve ser considerado público. - Valem aqui as mesmas observações já feitas a respeito dos documentos públicos, naquilo que seja aplicável. - Uso do documento aqui tratado: Qual crime comete quem use o documento falso enquadrável neste artigo? V. artigo 304. Falsidade ideológica - Art A falsidade ideológica diz respeito à alma do documento; à informação que ele contém; não se trata de falsificação material (aquela que atinge o corpo do documento). Diz respeito à declaração que compõe o documento; ao seu conteúdo. - A falsidade ideológica é também chamada de falso intelectual, falso ideal, falso moral, e falso não material. Diferencia-se do falso material porque neste, o agente imita a verdade pela fabricação ou alteração, enquanto que no falso ideológico, o documento é perfeito em todos os seus requisitos, mas é falso em seu conteúdo. - No falso material o crime pode ser constatado e provado pelo exame pericial, já que deixa vestígios; a falsidade ideológica não deixa vestígios, razão pela qual não cabe perícia e somente pode ser constatado pela verificação dos fatos a que se refere o documento. - Quando alguém falsifica um documento público, ainda que seu conteúdo seja verdadeiro, o documento é falso. A falsificação material torna todo o documento falso. - Não cabe discutir a falsidade ideológica quando todo o documento é falso. A falsidade ideológica existirá quando o documento for verdadeiro e somente o conteúdo for falso. - Quem falsifica assinatura, falsifica documento falsidade material, pouco importando o conteúdo. Se alguém toma um talonário de cheques não assinados pelo correntista e faz uso deles com outra assinatura, comete falsidade material; cheque só existe a partir da sua emissão, a partir da assinatura; a falsificação é portanto material e não ideológica. - Quem se faz passar por outra pessoa e com base em suas informações alguém confecciona um documento, pratica falsidade ideológica. A informação que o documento contém é falsa. O documento é verdadeiro, emitido mesmo por quem de direito. Objetividade Jurídica - A fé pública, a confiança na declaração do conteúdo do documento. Sujeito Ativo - Qualquer pessoa. Quando funcionário público, incide o aumento de 1/6 na pena parágrafo único do artigo 299 do Código Penal. Sujeito Passivo - o Estado. Pode existir sujeito passivo secundário (a pessoa lesada pela falsidade). Elementos Objetivos do Tipo: - a) Omitir declaração que deveria constar: conduta omissiva própria, ligada ao dever de agir. Deve haver uma norma que obrigue a pessoa a fazer a declaração. b) Inserir declaração falsa ou diversa da que deveria constar: falsidade ideológica direta. O próprio agente coloca no documento a informação não verdadeira; c) Fazer inserir declaração falsa ou diversa da que deveria constar: é fazer com que terceiro insira. Trata-se de falsidade ideológica indireta, ou seja, o agente atua indiretamente e quem efetiva a falsidade é outra pessoa. - Diferença entre declaração falsa e declaração diversa da que deveria constar - Declaração falsa é aquela que não condiz com a realidade. Ex: não se realizou determinado fato e a pessoa afirma no documento que o fato aconteceu. Declaração diversa da que deveria constar não precisa ser necessariamente falsa. Exemplo: custou 10 mil reais e o interessado faz constar 1 mil. O fato aconteceu e a pessoa informa realmente que aconteceu (o que é verdade) mas deixa de fazer constar a informação em toda a sua expressão de veracidade. - Requisito da falsidade ideológica: Para acontecer este crime, a) a falsidade ideológica deve ser idônea, capaz de enganar e de causar prejuízo juridicamente relevante. b) que a declaração faça parte do objeto do documento. Ex: contrato de compra e venda a declaração que pode ser considerada crime precisa referir-se ao objeto do contrato. As declarações que não façam parte do objeto do contrato não são relevantes, como, por exemplo, o endereço falso da testemunha que assinou o acordo é irrelevante. Elemento Subjetivo do Tipo - exige-se o fim de prejudicar direito ou o de criar obrigação ou, ainda, o de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante (qualquer destes três objetivos basta). Assim, 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 11

12 12 - Noções de Direito Penal trata-se de crime que somente pode ser praticado com dolo específico. Consumação e Tentativa - Na modalidade omissiva ( omitir... ), a consumação ocorrerá quando a pessoa se omitir, não cumprindo sua obrigação. Não cabe tentativa. Já na conduta inserir, o crime se consuma quando o autor faz constar a declaração falsa. Neste caso é possível a tentativa. Finalmente a conduta, de fazer inserir, se consuma no momento em que o terceiro inserir no documento verdadeiro a informação falsa. A tentativa é também neste caso admissível. - O autor da falsidade ideológica não precisa conseguir atingir seu objetivo (aquele do dolo específico) para que o crime aconteça. O crime estará consumado com a conduta descrita no tipo, bastando para tanto que ao realizar o verbo esteja pretendendo atingir qualquer daqueles três objetivos. Formas Qualificadas previstas no parágrafo único - Há aumento de pena de 1/6, se: a) a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil; mas registrar filho alheio como próprio (a chamada adoção à brasileira ) não configura este crime e sim o do art. 242 do Código Penal princípio da especificidade. - Também o registro de nascimento inexistente não constitui falsidade ideológica e enquadra-se no delito previsto no art. 241 do Código Penal; b) o crime for praticado por funcionário público, prevalecendo-se do cargo. Hipóteses: - Pedir a alguém para assinar em branco um documento e preencher como confissão de dívida, é crime de falsidade ideológica. - Alguém assina um cheque e entrega a outra para preencher, combinando com esta o valor que deverá ser preenchido; se o cheque for preenchido com valor superior, crime de falsidade ideológica. Mas dependendo da situação, crime de estelionato (se quem preencheu o cheque auferiu vantagem indevida desse preenchimento incorreto). - Se, em um boletim de ocorrência, escrivão insere fatos que não foram narrados, o crime é de falsidade ideológica. A falsificação é do conteúdo, pois o escrivão não alterou o documento, apenas inseriu declaração falsa. Mas dependendo da situação, poderá ser o crime de prevaricação (caso ele pretenda satisfazer interesse ou sentimento pessoal). Uso do documento aqui tratado: Qual crime comete quem use o documento falso enquadrável neste artigo? V. artigo 304. Falso reconhecimento de firma ou letra - Art este artigo trata das situações em que a pessoa encarregada de reconhecer firmas ou letras faça uso indevido dessa prerrogativa; - trata-se, portanto, de crime próprio, já que somente pode ser praticado por um tipo específico de profissional e não por qualquer pessoa; - o que se espera, claro, é que quem seja incumbido da tarefa de reconhecimento de firmas e letras (função normal mas não exclusiva de tabeliães e notários) somente reconheça uma firma (assinatura) quando ela seja verdadeira. A utilização incorreta dessa atribuição pode causar enormes prejuízos para as pessoas, imperfeições negociais e grandes problemas para a credibilidade documental em geral, gerando insegurança. - Uso do documento aqui tratado: Qual crime comete quem use o documento falso enquadrável neste artigo? V. artigo 304. Certidão ou atestado ideologicamente falso - Art a lei pune aqui a conduta de quem forneça um documento específico (atestado ou certidão) contendo informação falsa ou de quem falsifique documento desta natureza; - a diferença entre o caput e o 1 o está no fato de que o caput trata de documento verdadeiro que contém falsidade ideológica enquanto no parágrafo o documento é materialmente falso. - O ônus a que se refere o artigo é o ser jurado, ser mesário em eleições, o prestar serviço militar etc. - O 2 o traz uma hipótese qualificada. Aliás, o Código Penal sempre aplica pena de multa (pena pecuniária) quando o agente visa obter lucro com o crime. É que se para ele, agente, o lucro é importante, ele supostamente haverá de sentir se a lei mexer em seu bolso compelindo-o ao pagamento de multa. - Quando se tratar de uma falsidade ideológica, portanto, é preciso primeiramente tentar enquadrar a situação neste artigo ou no artigo seguinte (302) para, no caso de não ser possível o enquadramento, aí sim fazer-se o encaixe no artigo 299 que trata das demais situações de falsidade ideológica. Elemento objetivo - Consiste (a conduta do 1 o ) em falsificar, criando e em falsificar, alterando. Uso do documento aqui tratado: Qual crime comete quem usa o documento falso enquadrável neste artigo? V. artigo _05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 12

13 Noções de Direito Penal - 13 Falsidade de atestado médico - Art trata-se de falsidade ideológica; o documento é verdadeiro, sendo falsa a informação que ele contém; - o único prevê a hipótese qualificada (v. artigo anterior); - V. a última observação do artigo anterior, que é importante. Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica - Art Este artigo é autoexplicativo e não suscita nenhum interesse para concursos públicos. É quase certo que jamais tenha sido objeto de questionamento, tal sua especificidade. - Uso do documento aqui tratado: Qual crime comete quem use o documento falso enquadrável neste artigo? V. artigo 304. Uso de documento falso - Art. 304 Este é um dos raros crimes de sanção remetida ; tem como elemento do tipo ou na fixação da pena a menção expressa a outro tipo penal. Objetividade Jurídica novamente a fé pública. Sujeito Ativo - qualquer pessoa, menos o autor da falsificação. Elementos Objetivos do Tipo a conduta é fazer uso. Utilizar documento falso como se fosse verdadeiro. Mas: a) O uso deve ser efetivo, não bastando o usuário mencionar que possui o documento. b) Uso por solicitação de autoridade policial militar rodoviário que solicita o documento ao motorista e esse mostra a habilitação falsa. A posição majoritária no Supremo Tribunal Federal é no sentido de haver crime, porque a lei não exige espontaneidade da utilização do documento falso, bastando a conduta voluntária de usar. Elemento Subjetivo do Tipo é o dolo (direto ou eventual, em caso de dúvida). Não se exige dolo específico. Se houver erro (autor acha que o documento é verdadeiro, quando não é), exclui-se o dolo. Deixa de haver crime. Consumação e Tentativa este crime se consuma com o uso efetivo do documento. A tentativa não é admitida, pois o crime é unissubsistente (ato único). Supressão de documento - Art A lei protege aqui o documento verdadeiro que possa sofrer atentado à sua integridade; - Compare este artigo com o 314, 336 e 356 para ter uma ideia das mais diversas formas que a lei utiliza para proteger os documentos públicos ou particulares; - Muito mais questionados em concursos públicos são os crimes do 314 e 336 do que este; - A quantidade de pena aplicável ao autor do fato dependerá do tipo de documento que tenha sido destruído, suprimido ou ocultado (v. pena); - Interessante que a lei não utilizou a fórmula tradicional do inutilizar no todo ou em parte, nem o sonegar, nem o extraviar. Como se os documentos não merecessem tal proteção. Falsificação do sinal empregado no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins - Art para cobrar tributos da extração de metais preciosos, pedras etc. ou de sua circulação, a administração pública tributária costuma utilizar uma marca ou um sinal que produz o chamado contraste que é empregado na barra de metal; para não pagar o tributo correspondente o autor do crime aqui tratado busca falsificar essa marca ou sinal, cometendo então este crime; - a lei pune no caput tanto a falsificação, quanto a alteração, como a utilização dessa marca ou sinal que tenha sido falsificada ou alterada por outra pessoa; - a conduta incriminada é a de falsificar, criando e em falsificar, alterando. Veja observações no início da apostila; - O parágrafo único prevê hipótese privilegiada no caso de se tratar de marca ou sinal utilizado pela fiscalização sanitária (marcas em peças de carne, p.ex.). Falsa identidade - Art. 307 e 308 Objetividade Jurídica de novo a fé pública. Sujeito Ativo - qualquer pessoa. Sujeito Passivo - a coletividade (crime vago). Pode haver vítima secundária, pessoa lesada pela conduta do agente. Elementos Objetivos do Tipo - A conduta consiste em atribuir-se (a pessoa se faz passar por outra) ou atribuir a terceiro (auxiliar alguém a se passar por outro, que efetivamente existe ou é fruto de criação) falsa identidade. É conduta comissiva (um fazer, uma conduta positiva). Definição de identidade - características que permitem individualizar alguém (por nome, filiação, nacionalidade, estado civil, profissão, endereço etc.) no contexto social. 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 13

14 14 - Noções de Direito Penal Se a pessoa muda uma dessas características está alterando a identidade. Requisitos da falsidade: precisa ser a) idônea (apta a enganar); b) deve haver relevância jurídica na atribuição falsa de identidade; c) capacidade de causar dano. Hipóteses: Mero silêncio não pode configurar falsa identidade; exige-se manifestação efetiva do agente. Não é preciso afirmar ser outra pessoa; basta agir como tal (Ex: assinatura em documento) e o crime acontecerá. Usar nome artístico em lugar do verdadeiro não configura falsa identidade, porque tal nome se incorpora à pessoa. O nome de guerra usado pelo travesti, pode configurar crime, se houver relevância jurídica no afirmar-se outra pessoa. O preso em flagrante ou aquele que é interrogado em Juízo e fornece nome falso para esconder seu passado criminoso ou para impedir que este crime passe a figurar em seus antecedentes, comete o delito de falsa identidade, pois a isto não se presta a autodefesa. Elemento Subjetivo do Tipo - a lei exige o dolo e que o agente vise obter vantagem em proveito próprio ou alheio ou causar dano a outrem. Dolo específico, portanto. A vantagem pode ser patrimonial ou moral, pouco importa. Mas importa que ela seja indevida, ilícita. Se for devida, pode configurar-se o crime de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do CP). Consumação e Tentativa - consuma-se com o atribuir-se ou com o atribuir a terceiro a falsa identidade. O delito é formal, pois não se exige resultado. A tentativa é possível (disfarce, encenação). A falsa identidade é crime subsidiário. A subsidiariedade é expressa pelo tipo... se o fato não constituir crime mais grave. Identificado, portanto, delito mais grave, a falsa identidade fica absorvida. Distinção e Concurso de Crimes Trocar fotografia da carteira de identidade para prestar concurso no lugar de outra pessoa tipifica o crime de falsificação de documento público e o de falsa identidade. Se a pessoa se faz passar por médico, comete o crime de exercício ilegal da medicina (art. 282 do CP). Se a pessoa se faz passar por funcionário público e exerce efetivamente a função pública que é de atribuição exclusiva de funcionário público, comete usurpação de função pública (art. 328 do CP). Se alguém apenas finge ser funcionário público, mas não exerce qualquer ofício, não comete o crime de falsa identidade, mas a contravenção do art. 45 da Lei das Contravenções Penais, simplesmente fingindo ser funcionário público (TACrim SP, Ac., rel. Cunha Camargo, JUTACrim 22/282) Art este é um crime subsidiário (v.) ; - cuida-se de quem usa documento alheio; é uma das modalidades da falsa identidade; - trata-se de artigo autoexplicativo, que dispensa maiores comentários; - compare-o com o artigo anterior, do qual este é dependente em termos interpretativos. Fraude de lei sobre estrangeiro - Art. 309 e trata-se de desdobramento da conduta anterior; - crime próprio, porque somente cometível por estrangeiro; - Não suscita ele, igualmente, maior interesse para concursos públicos. Art este artigo prevê a conduta do testa de ferro ; - há pessoas que permitem a utilização de seus dados pessoais para que outra pessoa os utilize para dar a entender que certos bens ou empresas pertençam àquelas, quando na verdade pertencem a outras. Se A não pode ser proprietário de uma editora, por exemplo, por ser estrangeiro, é comum que ele se utilize de um terceiro para apenas figurar como proprietário, enquanto que o proprietário de fato, aquele que gerenciará a empresa, será o estrangeiro. O nacional que permitir essa utilização de seus dados estará contribuindo para ser fraudada a intenção da lei e cometerá, junto com o estrangeiro, o crime aqui tratado. Adulteração de sinal identificador de veículo automotor - Art inicialmente criado para punir os autores de alteração de numeração de chassis, de motor ou de câmbio de veículos automotores, este artigo tem sido indevidamente utilizado por quem quer combater a 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 14

15 Noções de Direito Penal - 15 conduta daqueles que alteram numeração de placas do veículo para fugir do rodízio de veículos; - artigo criado, na verdade, para combater as quadrilhas ligadas à criação de veículos dublês que, produtos de crime, são esquentados utilizando-se documentação de veículos em tudo a eles assemelhados; - Não dê, também a este artigo, atenção maior do que aquela que ele merece em concursos públicos. Estudeo, mas sem maiores preocupações, já que não costuma ser questionado. ARTIGOS DO CÓDIGO PENAL TÍTULO X DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA CAPÍTULO I DA MOEDA FALSA Moeda Falsa Art Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada. Crimes assimilados ao de moeda falsa Art Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo. (Vide Lei nº 7.209, de ) Petrechos para falsificação de moeda Art Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. Emissão de título ao portador sem permissão legal Art Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 15

16 16 - Noções de Direito Penal qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa. CAPÍTULO II DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS Falsificação de papéis públicos Art Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I - selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; (Redação dada pela Lei nº , de 2004) II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; III - vale postal; IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 1 o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº , de 2004) I - usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo; (Incluído pela Lei nº , de 2004) II - importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributário; (Incluído pela Lei nº , de 2004) III - importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: (Incluído pela Lei nº , de 2004) a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; (Incluído pela Lei nº , de 2004) b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído pela Lei nº , de 2004) 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior. 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. 5 o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do 1 o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências. (Incluído pela Lei nº , de 2004) Petrechos de falsificação Art Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Art Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL Falsificação do selo ou sinal público Art Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município; II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 1º - Incorre nas mesmas penas: I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. Falsificação de documento público Art Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. 3 o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 16

17 Noções de Direito Penal - 17 III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 4 o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no 3 o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Falsificação de documento particular Art Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Falsidade ideológica Art Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. Falso reconhecimento de firma ou letra Art Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular. Certidão ou atestado ideologicamente falso Art Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de dois meses a um ano. Falsidade material de atestado ou certidão 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de três meses a dois anos. 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa. Falsidade de atestado médico Art Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena - detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica Art Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica. Uso de documento falso Art Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. Supressão de documento Art Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular. CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES Falsificação do sinal empregado no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins Art Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal empregado pelo poder público no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa natureza, falsificado por outrem: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o cumprimento de formalidade legal: Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa. Falsa identidade Art Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. Art Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro: 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 17

18 18 - Noções de Direito Penal Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. Fraude de lei sobre estrangeiro Art Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no território nacional, nome que não é o seu: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promover-lhe a entrada em território nacional: (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) Art Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de tais bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Adulteração de sinal identificador de veículo automotor (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Art Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) QUADRO SINÓTICO Falso Material Ideológico Falsificação (criação de um documento público ou particular inteiramente falso) Adulteração (alteração parcial de um documento público ou particular pré-existente) Colocar em documento verdadeiro uma informação falsa, mas sem adulterá-lo. Mexe-se com a alma e não com o corpo do documento. Obs.: Periciável, pois deixa vestígios. Obs.: Idem Obs.: Não periciável, por não deixar vestígios. A informação é que é falsa. O documento é verdadeiro. Crimes contra a Fé Pública Moeda Falsa (falsificação, adulteração ou uso) Outros papéis públicos (falsificação, adulteração, uso) Falsidade documental (genérica) - Abrangendo falsificação, adulteração, falso ideológico ou uso. Falsa identidade Crime federal; Estelionato (crime estadual); Petrechos de falsificação de moeda falsa. Selos, Vale Postal; Cautela; Documentos de arrecadação tributária; Bilhetes de transporte público. Documento público; Documento particular; Falsidade ideológica; Falso reconhecimento de firma; Certidão ou atestado falso; Uso de documento falso qualquer. 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 18

19 Noções de Direito Penal - 19 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Ao ser preso por roubo, A fornece à autoridade policial o documento de identidade de outra pessoa, com o objetivo de não deixar aparecer um crime anteriormente por ele praticado, evitando assim os efeitos da reincidência. Após ser descoberta essa farsa, A pode ser processado por crime de falsa identidade? a) Se A for condenado pelo roubo, não se pode falar em falsa identidade. Do contrário, é possível seu indiciamento no inquérito e o processo pela falsa identidade. b) Sim, pois atribuiu a si falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio. c) Não. A conduta de quem se atribui falsa identidade para escapar da ação policial não caracteriza infração penal, pois esconder o passado, nestas circunstâncias, se trata de direito de buscar a liberdade objetivada por todos os seres humanos. d) Sim,mas só se conseguir, durante a ação penal, atingir o resultado de esconder seu passado criminoso. 02. Quem faz inserir declaração falsa em documento público com o fim de prejudicar direito, responderá como a) autor do crime de falsidade ideológica. b) autor do crime de falsidade documental. c) partícipe do crime de falsidade ideológica. d) partícipe do crime de falsidade documental. 03. Quem é encontrado portando instrumentos usualmente empregados na falsificação de documentos particulares: a) não pode ser preso em flagrante porque não está cometendo crime nenhum. b) não está ainda cometendo crime, mas pode ser preso em flagrante, ante o perigo dessa conduta para o interesse da sociedade. c) está cometendo crime, mas não pode ser preso em flagrante porque ainda não falsificou nada. d) está cometendo crime e pode ser preso em flagrante mesmo sem ter ainda falsificado qualquer documento. 04. Falsificar um documento não pode ser a conduta de quem: a) produz, do nada, indevidamente, um documento inteiramente semelhante a um outro documento particular, visando obter alguma vantagem para si ou para outrem. b) altera um documento público verdadeiro, mesmo que não tenha interesse pessoal nenhum nessa alteração. c) faz inserir em documento particular uma informação diferente daquela que nele deveria ser colocada. d) altera um documento particular verdadeiro, visando auferir alguma vantagem não econômica. 05. A falsidade ideológica não acontece na seguinte hipótese: a) quando o autor da falsidade faz inserir em documento particular uma informação falsa para poder conseguir alguma vantagem. b) quando alguém não insere, mas faz inserir, em documento particular, uma informação diferente da que dele deveria constar, pretendendo prejudicar alguém. c) quando alguém omite em um documento particular uma informação importante, que deveria constar desse documento, mas não tem interesse algum, nem pessoal nem de terceiro, a satisfazer. d) quando alguém, para alterar a verdade sobre um fato juridicamente importante, não insere nem faz inserir em documento uma informação falsa, mas omite dele uma informação verdadeira. 06. Oficial de justiça faz inserir certidão diversa da que devia ser escrita em documento público, com o fim de alterar a verdade sobre fato processual relevante. Comete crime de: a) peculato; b) falsidade material de atestado ou certidão; c) certidão ideologicamente falsa; d) falsidade ideológica. 07. O funcionário público não praticará o crime de falsidade ideológica se: a) omitir, em documento público, declaração que dele devia constar, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre o fato juridicamente relevante; b) omitir, em documento particular, declaração que dele devia constar, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre o fato juridicamente relevante; c) falsificar, no todo ou em parte, certidão para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem; d) inserir em documento público, declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito sobre fato juridicamente relevante; e) inserir em documento particular, declaração falsa da que devia ser escrita, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 19

20 20 - Noções de Direito Penal 08. Na hipótese do artigo 300 do Código Penal, que trata do crime de falso reconhecimento de firma ou letra, é correto afirmar: a) que não há diferenciação no tocante à pena quando se trata de documento público ou particular. b) que se consuma o crime com o reconhecimento da firma ou letra, independentemente do fim dado ao documento em que a firma foi reconhecida. c) que se trata de crime impróprio em que somente o funcionário com fé pública para reconhecer tal firma ou letra é que pode ser sujeito ativo. d) para que o partícipe incorra no mesmo crime, exige-se que ele seja também funcionário público. Gabarito 01. B 02. A 03. A 04. C 05. C 06. D 07. C 08. B 03_05_crimes_contra_a_fe_publica.pmd 20

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