O uso eficiente de energia e investimentos sustentáveis: uma nova realidade

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1 O uso eficiente de energia e investimentos sustentáveis: uma nova realidade Luiz Gustavo Escorcio Bezerra lbezerra@mfra.com.br 29 de maio de 2015

2 O USO EFICIENTE DE ENERGIA E INVESTIMENTOS SUSTENTÁVEIS: UMA NOVA REALIDADE Energia Eólica - a Perspectiva de Setores Competitivos e Consolidados a Longo Prazo Resolução CONAMA - Energia eólica: critérios e procedimentos para o licenciamento ambiental Luiz Gustavo Escorcio Bezerra lbezerra@mfra.com.br 29 de maio de 2015

3 SUMÁRIO O Setor Eólico no Brasil Licenciamento Ambiental Base Legal Competência Etapas Estudo de Impacto Ambiental Procedimento Específico de Licenciamento Parques Eólicos Intervenção de Outras Entidades Responsabilidade Ambiental Espaços Territoriais Especialmente Protegidos Principais Modalidades Áreas de Preservação Permanente Reserva Legal Unidades de Conservação Impactos em Empreendimentos Eólicos Conclusões e Tendências

4 O SETOR EÓLICO NO BRASIL O setor eólico está em grande expansão no país Representa 4,27% da matriz energética nacional* 263 empreendimentos em operação* Potência outorgada de kw* Mais 117 empreendimentos em construção e outros 316 que ainda não iniciaram as obras* Redução de CO2 : (T/ano) * Mudanças Climáticas Economia verde, descarbonização * Dados da Aneel BIG (Banco de Informações de Geração) * Dados da ABEEólica

5 LICENCIAMENTO AMBIENTAL BASE LEGAL Obrigação legal, prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente Procedimento pelo qual o órgão ambiental competente autoriza a localização, instalação, ampliação e operação destes empreendimentos As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão expressas na Lei 6.938/81, na Constituição Federal, no Decreto /90, nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97 e na Lei Complementar 140/2011 Atividades sujeitas ao licenciamento Anexo 1 da Resolução 237/97 (não consta geração eólica rol exemplificativo)

6 LICENCIAMENTO AMBIENTAL COMPETÊNCIA - LC 140/2011 Detalhamento das hipóteses de competência da União e dos Municípios -> Estados com competência residual. Competência Federal: Atividades ou empreendimentos localizados conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; terras indígenas; unidades de conservação instituídas pela União, exceto em APAs; localizados ou desenvolvidos em 2 ou mais Estados; de caráter militar; destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo; que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional; Competência Estadual: Atividades ou empreendimentos que não se enquadrarem nos casos de competência federal e municipal; atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em APAs; Competência Municipal: Conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em APAs;

7 LICENCIAMENTO AMBIENTAL COMPETÊNCIA LC 140/2011 Licenciamento em um único nível (art.13) -> segurança jurídica. Esvaziamento da Resolução CONAMA 237/97. Decreto 8.437, publicado em 22 de abril de 2015 Estabeleceu que os empreendimentos eólicos no mar ou na zona de transição terra-mar serão licenciados, necessariamente, pelo órgão ambiental federal. Competência executiva para licenciar: princípio do licenciador-fiscalizador primário Outros entes podem tomar medidas para evitar a ocorrência de degradação da qualidade ambiental. Outros entes podem exercer sua competência comum para a fiscalização.

8 LICENCIAMENTO AMBIENTAL ETAPAS Licença Prévia Contém as prescrições que deverão ser seguidas na localização, instalação e operação da atividade, de acordo com as normas federais, estaduais e municipais; Requisitos: apresentação de EIA / RIMA (Resolução 01/86) e realização de Audiência Pública; Não gera direitos ao requerente, apenas atesta a viabilidade ambiental do empreendimento; Não pode ter prazo superior a 5 anos. Licença de Instalação Autoriza o início da construção, nos termos da Licença Prévia; Requisito: apresentação do PBA, detalhando os programas ambientais, as medidas compensatórias e as mitigadoras; Não pode ter prazo superior a 6 anos. Licença de Operação Autoriza, após a devida inspeção das instalações e dos equipamentos de segurança, o início das atividades, nos termos das licenças prévia e de instalação. Não pode ter prazo superior a 10 anos.

9 LICENCIAMENTO AMBIENTAL ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL Estudo de Impacto Ambiental EIA/RIMA (Resolução CONAMA 01/86) Controvérsia em relação ao momento de apresentação Instrumento público contendo informações técnicas, sociais e ambientais sobre o empreendimento Resultado de trabalhos de campo, literatura científica e jurídica Identificação e avaliação dos impactos positivos e negativos sobre o meio ambiente (sentido amplo) Audiência Pública Compensação Ambiental

10 LICENCIAMENTO AMBIENTAL PROCEDIMENTO ESPECÍFICO DE LICENCIAMENTO Possibilidade de procedimentos específicos para certas atividades, em virtude de características peculiares Resolução CONAMA 237/97 Art. 9. CONAMA definirá, quando necessário, licenças ambientais especificas, observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação (...) Art. 12. O órgão ambiental competente definirá, se necessário, procedimentos específicos para as licenças ambientais, observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação.

11 LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO DE PARQUES EÓLICOS CONAMA 462/ Estabelece critérios e procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fonte eólica em superfície terrestre Conceito de Empreendimento Eólico: Qualquer empreendimento de geração de eletricidade que converta a energia cinética dos ventos em energia elétrica, em ambiente terrestre, formado por uma ou mais unidades aerogeradoras, seus sistemas associados e equipamentos de medição, controle e supervisão a) usina eólica singular: unidade aerogeradora, formada por turbina eólica, geradora de energia elétrica; b) parque eólico: conjunto de unidades aerogeradoras; c) complexo eólico: conjunto de parques eólicos.

12 LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO DE PARQUES EÓLICOS Possibilidade de Licenciamento Simplificado Empreendimentos enquadrados como baixo impacto poderão ser licenciados através de procedimento simplificado. Exigência de Relatório Simplificado de Licenciamento, em substituição ao EIA/RIMA Possibilidade de emissão da Licença de Instalação sem necessidade de Licença Prévia Anterior Baixo Impacto como princípio, todavia discricionariedade para enquadramento pelo órgão licenciador Não será considerado de baixo impacto empreendimento localizado em: em formações dunares, planícies fluviais e de deflação, mangues e demais áreas úmidas; no bioma Mata Atlântica e implicar corte e supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado de regeneração na Zona Costeira e implicar alterações significativas das suas características naturais em zonas de amortecimento de unidades de conservação de proteção integral em áreas regulares de rota, pousio, descanso, alimentação e reprodução de aves migratórias constantes de Relatório Anual de Rotas e Áreas de Concentração de Aves Migratórias em locais em que venham a gerar impactos socioculturais diretos que impliquem inviabilização de comunidades ou sua completa remoção; e em áreas de ocorrência de espécies ameaçadas de extinção e áreas de endemismo restrito, conforme listas oficiais.

13 LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO DE PARQUES EÓLICOS Licenciamento de Complexos Eólicos A CONAMA 462/2014 permite que haja processo único de licenciamento para todo o complexo, sendo emitida uma única Licença Prévia. Nas demais etapas (LI e LO), o licenciamento prosseguirá por Parque Eólico, sendo emitidas licenças individuais para cada empreendedor vencedor do leilão de energia eólica. Licenciamento dos sistemas associados De acordo com a Resolução, o licenciamento dos empreendimentos deverá ser feito em conjunto com o dos seus sistemas associados Conceito de Sistemas Associados - sistemas elétricos, subestações, linhas de conexão de uso exclusivo ou compartilhado, em nível de tensão de distribuição ou de transmissão, acessos de serviço e outras obras de infraestrutura que compõem o empreendimento eólico, e que são necessárias a sua implantação, operação e monitoramento Tendência: avaliação ambiental integrada

14 LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO DE PARQUES EÓLICOS NÍVEL ESTADUAL Bahia RESOLUÇÃO CEPRAM Nº 4.180/2011 Dispõe sobre o Processo de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Geração de Energia Elétrica a partir de fonte eólica no Estado da Bahia. Rio Grande do Sul PORTARIA FEPAM Nº 118/2014 Dispõe acerca da regulamentação do art. 3º da resolução CONAMA 462/2014 e estabelece os critérios, exigências e estudos prévios para o licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia a partir da fonte eólica, no Estado do Rio Grande do Sul. Santa Catarina INSTRUÇÃO NORMATIVA FATMA Nº 53/2009 Definir a documentação necessária ao licenciamento e estabelecer critérios para apresentação dos planos, programas e projetos ambientais para implantação de atividades produção de energia eólica de pequeno, médio e grande porte, incluindo tratamento de resíduos líquidos, tratamento e disposição de resíduos sólidos, ruídos, vibrações e outros passivos ambientais

15 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL TRÊS ESFERAS DE RESPONSABILIZAÇÃO Constituição Federal de 88 Art º Conduta Responsabilidade civil Responsabilidade administrativa Responsabilidade penal Reparação Punição Punição Dano Conduta ilícita Conduta ilícita

16 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL RESPONSABILIDADE CIVIL Reparação específica ou, na sua impossibilidade, pagamento de indenização Princípios relacionados Prevenção e precaução; Poluidor-pagador; Reparação integral Poluidor indireto = conceito ampliado pela jurisprudência Responsabilidade objetiva Obrigação de reparação/compensação independe de culpa Irrelevância da licitude da conduta Comprovação apenas do dano e nexo de causalidade Solidariedade Teoria do Risco Integral (reconhecimento pelo STJ) Inaplicabilidade de excludentes Imprescritibilidade do dano Obrigação propter rem

17 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA Base Legal (Lei 9.605/98 Decreto 6.514/08 Lei 9.966/00). Responsabilização de forma subjetiva Depende da comprovação de dolo ou culpa; Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão, devidamente tipificada, que viole as regras de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente, independentemente de resultado danoso (e.g. operar empreendimento sem licença ambiental). AMBIENTAL. RECURSO ESPECIAL. MULTA APLICADA ADMINISTRATIVAMENTE EM RAZÃO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL. EXECUÇÃO FISCAL AJUIZADA EM FACE DO ADQUIRENTE DA PROPRIEDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA. MULTA COMO PENALIDADE ADMINISTRATIVA, DIFERENTE DA OBRIGAÇÃO CIVIL DE REPARAR O DANO.(...) 9. Isso porque a aplicação de penalidades administrativas não obedece à lógica da responsabilidade objetiva da esfera cível (para reparação dos danos causados), mas deve obedecer à sistemática da teoria da culpabilidade, ou seja, a conduta deve ser cometida pelo alegado transgressor, com demonstração de seu elemento subjetivo, e com demonstração do nexo causal entre a conduta e o dano. 10. A diferença entre os dois âmbitos de punição e suas consequências fica bem estampada da leitura do art. 14, 1º, da Lei n /81, segundo o qual "[s]em obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo [entre elas, frise-se, a multa], é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade". 12. Em resumo: a aplicação e a execução das penas limitam-se aos transgressores; a reparação ambiental, de cunho civil, a seu turno, pode abranger todos os poluidores, a quem a própria legislação define como "a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental" (art. 3º, inc. V, do mesmo diploma normativo). (...) (REsp /PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/04/2012, DJe 17/04/2012)

18 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL RESPONSABILIDADE PENAL Responsabilidade Subjetiva - aplicável a pessoas físicas e jurídicas - depende da comprovação de dolo ou culpa Há a incidência das excludentes de ilicitude A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato Diretor, administrador, membro de conselho e de órgão técnico, auditor, gerente, preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la Desconsideração da Personalidade Jurídica Desnecessidade de Dupla Imputação (STF) EMENTA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO PENAL. CRIME AMBIENTAL. RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA. CONDICIONAMENTO DA AÇÃO PENAL À IDENTIFICAÇÃO E À PERSECUÇÃO CONCOMITANTE DA PESSOA FÍSICA QUE NÃO ENCONTRA AMPARO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 1. O art. 225, 3º, da Constituição Federal não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária dupla imputação(...) (RE , Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 06/08/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-213 DIVULG PUBLIC )

19 ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS PRINCIPAIS ESPÉCIES Áreas de Preservação Permanente L / Art. 3º. (...): II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Reserva legal L / Art. 3º. (...): III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. Unidades de Conservação L /2000 Art. 2º. (..): I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.

20 ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE L /2012 (Código Florestal) Art. 7º. A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. 1º - Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. 2º - A obrigação prevista no 1º tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. Preservacionismo: intocabilidade Intervenção é excepcional -> casos de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto previstos no Código Florestal. Sua manutenção configura obrigação propter rem (STJ)

21 ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS RESERVA LEGAL L /2012 (Código Florestal) Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta Lei: I - localizado na Amazônia Legal: a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas; b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado; c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais; II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento) Manejo Florestal Sustentável Proibição do corte-raso Proteção incidente sobre a vegetação como bem ambiental considerado em si mesmo L /2012 Art. 12º (...) 7º Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica. Obrigação propter rem (STJ)

22 ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO L /2000 (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) Estabelece dois grandes grupos de Unidades de Conservação. Unidades de Conservação de Proteção Integral Manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais (art. 2º, VI) Unidades de Conservação de Uso Sustentável Exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável (art. 2º, XI)

23 ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Unidades de Conservação de Proteção Integral Regra: posse e domínio públicos Exceções: Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre, que podem ser constituídas por áreas privadas Unidades de Conservação de Uso Sustentável Regra: admitem regime de dominialidade público ou privado Exceções: Floresta Nacional: posse e domínio públicos Reserva Extrativista: domínio público, posse pode ser privada Reserva de Fauna: posse e domínio públicos Reserva do Des. Sustentável: domínio público, posse pode ser privada

24 ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Zona de Amortercimento (art. 2º, XVIII; art L /2000) O entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade Exceção: APA e RPPN Área circundante x Zona de amortecimento Zona de amortecimento definida no ato de criação ou posteriormente Decreto nº /90 e Resolução CONAMA 13/90: entorno de 10 Km Resolução CONAMA nº 428/10: entorno de 3 Km ou 2 Km Gestão de unidades de conservação ICMBio (Federal) e órgãos estaduais/municipais competentes OSCIPs, mediante termos de parceria (art L /2000) Proprietário, nas RPPN Compensação ambiental (art L /2000)

25 ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS IMPACTOS EM EMPREENDIMENTOS EÓLICOS Necessidade de observar a presença de Unidades de Conservação na área do empreendimento ou em seu entorno Zona de Amortecimento e Plano de Manejo CONAMA 462/2014 Art. 3º. (...) 3º Não será considerado de baixo impacto, exigindo a apresentação de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), além de audiências públicas, nos termos da legislação vigente, os empreendimentos eólicos que estejam localizados: (...) IV - em zonas de amortecimento de unidades de conservação de proteção integral, adotando-se o limite de 3 km (três quilômetros) a partir do limite da unidade de conservação, cuja zona de amortecimento não esteja ainda estabelecida; Importante verificar, também, a existência de processos para criação de Unidades na área. Possibilidade de imposição de limitações futuras que podem impactar empreendimento licitado. Impacto nas exigências do órgão ambiental durante o licenciamento ambiental e mesmo após a emissão de licenças ambientais.

26 CONCLUSÕES E TENDÊNCIAS Incremento da Segurança Jurídica Importância da análise da variável ambiental nos leilões (e.g. Novas UCs) Responsabilização do empreendedor pela instituição de Reserva Legal das propriedades no entorno da atividade Dec /2014 Art. 3º Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais deverão inscrever seus imóveis no Cadastro Ambiental Rural CAR. Tendência: AAI, avaliação de impactos sinérgicos Regulamentação de Parques Eólicos offshore - pendente Energia Eólica e Mudanças Climáticas

27 Obrigado!

28 Luiz Gustavo Escorcio Bezerra RIO DE JANEIRO Av. Almirante Barroso, 52 5º andar Centro CEP Rio de Janeiro RJ Brasil Tel +55 (21) Fax +55 (21) SÃO PAULO Alameda Santos, º, 11º e 12º andares Cerqueira César CEP São Paulo SP Brasil Tel +55 (11) Fax +55 (11)

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