Superior Tribunal de Justiça

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1 RECURSO ESPECIAL Nº SP (2010/ ) RELATOR RECORRENTE PROCURADOR RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO HERMAN BENJAMIN : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO : ANDRÉ ZANETTI PAPAPHILIPPAKIS E OUTRO(S) : RONURO IMÓVEIS E CONSTRUÇÕES LTDA : KOZO DENDA E OUTRO(S) EMENTA ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO. TERRENOS SITUADOS NA MARGEM DOS RIOS. FAIXA DE RESERVA. DOMÍNIO PARTICULAR. IMPOSSIBILIDADE. 1. Hipótese em que se discute ocupação privada do antigo leito do Rio Tietê, no Município de São Paulo, referente ao curso das águas anterior à retificação, e do respectivo terreno marginal (reservado ou faixa de reserva). 2. O particular "confessa a ocupação da área pública, contudo afirma que a área referente à faixa de reserva é de sua propriedade, não pertencendo ao Município" (trecho do acórdão). Inexiste discussão em relação ao álveo (leito) do rio, pois houve concordância da recorrida com o domínio municipal. 3. O TJ-SP acolheu o pleito, decidindo que "a área de reserva é de propriedade dos réus que sobre ela exercem posse". 4. O Código de Águas (Decreto /1934) deve ser interpretado à luz do sistema da Constituição Federal de 1988 e da Lei 9.433/1997 (Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos), que só admitem domínio público sobre os recursos hídricos. 5. Na forma dos arts. 20, III, e 26, I, da Constituição, não mais existe propriedade privada de lagos, rios, águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes ou em depósito, e quaisquer correntes de água. 6. Nesse sentido, a interpretação do art. 31 do Código de Águas, segundo o qual "pertencem aos Estados os terrenos reservados às margens das correntes e lagos navegáveis, se, por algum título, não forem do domínio federal, municipal ou particular", implica a propriedade do Estado sobre todas as margens dos rios estaduais, tais como definidos pelo art. 26 da CF, excluídos os federais (art. 20 da CF), tendo em vista que já não existem, repito, rios municipais ou particulares. 7. O título legítimo em favor de particular, previsto nos arts. 11 e 31 do Código de Águas, que poderia, em tese, subsidiar pleito do particular, é apenas o decorrente de enfiteuse ou concessão, jamais dominial, pois juridicamente impossível. Precedentes da Segunda Turma (REsp /MS, rel. Min. João Otávio de Noronha, j ; REsp /SP, Rel. Min. Castro Meira, j. 11/11/2008). 8. Considerando a premissa incontroversa de que a legislação paulista transferiu para o Município de São Paulo o trecho do Rio Tietê, que cruza a cidade e suas margens, conclui-se pelo acolhimento da pretensão recursal. 9. Recurso Especial provido. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 1 de 15

2 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Mauro Campbell Marques, Castro Meira e Humberto Martins (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha. Brasília, 02 de dezembro de 2010(data do julgamento). MINISTRO HERMAN BENJAMIN Relator Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 2 de 15

3 RECURSO ESPECIAL Nº SP (2010/ ) RELATOR RECORRENTE PROCURADOR RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO HERMAN BENJAMIN : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO : ANDRÉ ZANETTI PAPAPHILIPPAKIS E OUTRO(S) : RONURO IMÓVEIS E CONSTRUÇÕES LTDA : KOZO DENDA E OUTRO(S) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): Trata-se de Recurso Especial (art. 105, III, "a", da CF/88) interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: Apelação - reintegração de posse - chamada faixa de reserva área próxima ao antigo leito do Rio Tietê - Poder Público não ostenta direitos sobre a área que era utilizada como mera servidão - a área reservada perde seu efeito com o abandono do álveo - em relação a reintegração da área que correspondia ao antigo leito do rio as partes concordam com a reintegração - em relação a essa área fica caracterizado o esbulho possessório, devendo o requerido pagar pela ocupação indevida. Recursos parcialmente providos (fl. 417, e-stj). termos: Os Embargos de Declaração foram parcialmente acolhidos nos seguintes (fls , e-stj): Embargos de declaração omissão e contradição - termo iniciai da indenização deve ser contado do indeferimento da permissão de uso - impossibilidade de condenação da Municipalidade a ressarcir prejuízos, mas há viabilidade na compensação entre o valor da ocupação do embargante, com o valor da ocupação da faixa de reserva pela Municipalidade. Embargos acolhidos parcialmente (fl. 430, e-stj). Contra-razões às fls , e-stj. O Ministério Público Federal opina pelo provimento do Recurso Especial PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. MODIFICAÇÃO NO CURSO DO RIO TIETÊ. RETIFICAÇÃO DECORRENTE DE OBRA PÚBLICA. FAIXA DE RESERVA REFERENTE AO ÁLVEO ABANDONADO. ACÓRDÃO SOB ATAQUE CONTRÁRIO A PRESUNÇÃO JURIS TANTUM EM FAVOR DO PODER PÚBLICO DO Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 3 de 15

4 ESTADO DE SÃO PAULO. PRECEDENTE DO STJ. A TEOR DA SÚMULA N 07 DO STJ, DESCABE O INOPORTUNO REEXAME DOS DIFERENTES E ANTAGÔNICOS TÍTULOS INVOCADOS PELAS PARTES QUANTO AO ALEGADO DIREITO DE PROPRIEDADE SOBRE A ÁREA OUTRORA FAIXA DE RESERVA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA TRANSFERÊNCIA OU NÃO DAS FAIXAS DE RESERVA, SITUADAS NA CAPITAL BANDEIRANTES, DENTRO DO RAIO DE DOZE QUILÔMETROS, AO MUNICÍPIO ORA RECORRENTE. PELO PROVIMENTO DO RECURSO ESPECIAL. O recorrente, em apertada síntese, afirma que houve violação ao art. 31 do Decreto /1934, pois não se sustenta "a argumentação do acórdão de que seria necessária a desapropriação da área para que ela fosse pertencente ao ente público. Ao contrário, é impossível desapropriar-se o que nunca pertenceu a particulares" (fl. 437, e-stj). É o relatório. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 4 de 15

5 RECURSO ESPECIAL Nº SP (2010/ ) VOTO O EXMO. SR. MINISTRO HERMAN BENJAMIN (Relator): Os autos foram recebidos neste Gabinete em Analisarei a demanda recursal em tópicos, para maior clareza. 1. Histórico e conhecimento do Recurso Especial Discute-se a ocupação privada do antigo leito do Rio Tietê, no Município de São Paulo, e do respectivo terreno marginal (faixa de 15 metros de cada lado art. 14 do Código de Águas Decreto /1934). Como é de conhecimento daqueles familiarizados com a capital paulista, o Rio Tietê representa um dos principais cursos de água da localidade, ao lado do Rio Pinheiros. O seu traçado, originalmente tortuoso, foi retificado na primeira metade do século passado e o rio corre, atualmente, em linha levemente sinuosa. São notórias as conseqüências dessa intervenção, como a drástica redução da área permeável da cidade, decorrente da extinção das antigas várzeas, lagoas, cursos de água secundários etc. Ademais, ao que importa à presente demanda, a retificação implicou abandono do álveo (leito) original. Ocorre que o antigo leito acabou sendo ocupado por inúmeros particulares, entre eles a agravada. Nesse contexto, o Município de São Paulo propôs a presente Ação de Reintegração de Posse, buscando a devolução de imóvel de 6.843,70 m², sendo 3.869,20 m² referentes ao leito e 2.974,50 m² relativos à área reservada (fl. 417). É incontroverso que o Rio Tietê é estadual e que a Lei paulista transferiu para a Municipalidade o trecho que cruza a cidade, em um raio de doze quilômetros da Praça da Sé (centro da cidade). Fato esse reconhecido pela recorrida e consignado pela Corte a quo (fls grifei): Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 5 de 15

6 Trata-se de reintegração de posse de área que engloba o antigo leito do Rio Tietê (retificado em seu curso) e a faixa lindeira que compõe a chamada "faixa de reserva". Entretanto, e em atenção ao interesse das partes, a discussão processual resultou limitada à área reservada, na medida em que houve consenso que o álveo abandonado é de titularidade municipal. Desta forma o único foco da presente decisão será sobre a área de reserva, isto no que afeta á reintegração propriamente dita. Pelo mesmo trecho do acórdão, acima transcrito, percebe-se que o particular reconheceu o domínio municipal em relação ao álveo (leito), havendo litígio apenas em relação à ocupação das antigas margens do rio (faixa reservada). O Tribunal de Justiça decidiu que a empresa recorrida é proprietária da faixa de reserva, sobre ela recaindo simples servidão, o que afasta o pleito municipal (fl. 420, e-stj): No caso, a área de reserva é de propriedade dos réus, que sobre ela exercem posse, não havendo qualquer base física ou jurídica capaz de alicerçar a pretensão da fazenda municipal neste particular, pois o código de águas é preciso e taxativo ao estabelecer que apenas os leitos abandonados por mudanças da corrente determinadas por ação do poder público, permanecem sob o domínio do poder expropriante (ao contrário do que ocorre quando a alteração do curso é determinada por ação da natureza), não abarcando as áreas reservadas (art. 27). Assim, não há direito à reintegração perpetrada, quando a faixa reservada não representa área sob o domínio público, posto que tal faixa corresponde, como destacado, apenas a uma forma de servidão (faixa de servidão pública, que não pode ser confundida com servidão ao público). Dessa forma, justifica-se somente a reintegração de posse da área que corresponde ao antigo leito do rio tietê, fato não contestado pelo requerido, sendo que em relação a essa área reintegrada, patente é a conclusão que sua utilização permanente ou temporária deve dar margem à fixação da respectiva e correspondente indenização. O recorrente, no entanto, alega que, por força do art. 31 do Código de Águas (Decreto /1934), a área reservada do Rio Tietê é pública (fl. 437): O V. Acórdão recorrido contrariou e negou vigência ao seguinte texto legal e não o aplicou ao presente caso: artigo 31 do Decreto /34, que possui os seguintes termos: "Art. 31. Pertencem aos Estados os terrenos reservados, as margens das correntes e lagos navegáveis, si, por algum título, não forem do Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 6 de 15

7 domínio federal, municipal ou particular" (...) Desse modo, a área deveria pertencer ao Estado de São Paulo, nos termos do artigo 31 do Decreto No entanto, leis estaduais o cederam expressamente ao Município. Sendo pública a área em disputa (tese defendida pela municipalidade), é evidente que não subsiste qualquer suposto título de domínio apresentado, o que demonstra que a discussão é estritamente de direito. Saliento que, embora não tenha feito referência explícita ao dispositivo legal, o Tribunal de origem manifestou-se favoravelmente ao domínio privado do terreno marginal (fl. 420), e isso implica prequestionamento implícito da matéria e do Direito a ela aplicável, inclusive as normas constitucionais. Por essa razão, a Segunda Turma deu provimento ao Agravo de Instrumento /SP e determinou a subida deste Recurso Especial, para conhecimento e julgamento. 2. Impossibilidade de domínio privado sobre rios e terrenos reservados e ofensa à Súmula 479/STF A Segunda Turma, após amplo debate no âmbito do REsp /MS (j ), que culminou com a retificação do voto do eminente relator, Ministro João Otávio de Noronha, concluiu que não existe, no atual regime constitucional, domínio privado sobre terrenos marginais (ou reservados). Somente há possibilidade de indenização do particular em caso de enfiteuse ou concessão. De fato, essa é a correta interpretação dos arts. 11, 12, 14 e 31 do Decreto , de 10/7/1934 (Código de Águas), à luz da Súmula 479/STF, segundo a qual "as margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas da indenização". A discussão existente decorre da exceção relativa ao título legítimo, prevista no art. 11, caput, do Código de Águas, interpretada conjuntamente com seu art. 31: Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 7 de 15

8 Art. 11. São públicos dominicais, se não estiverem destinados ao uso comum, ou por algum título legítimo não pertencerem ao domínio particular ; 1º, os terrenos de marinha; 2º, os terrenos reservados nas margens das correntes públicas de uso comum, bem como dos canais, lagos e lagoas da mesma espécie. Salvo quanto as correntes que, não sendo navegáveis nem flutuáveis, concorrem apenas para formar outras simplesmente flutuáveis, e não navegáveis. (...) Art. 31. Pertencem aos Estados os terrenos reservados as margens das correntes e lagos navegáveis, si, por algum título, não forem do domínio federal, municipal ou particular. (...) Embora não caiba a esta Corte interpretar diretamente a Constituição Federal, os dispositivos da legislação federal devem ser apreciados à luz da Lei Maior, especialmente quanto à sua vigência, pois, a entender-se de modo diverso, teríamos o STJ aplicando ao caso concreto normas infraconstitucionais revogadas, de forma clara, pelo constituinte. É exatamente o que se dá com os dispositivos do Código de Águas que cuidam da dominialidade dos cursos de água e dos terrenos reservados, que lograram sobreviver no regime das Constituições de 1934, 1937, 1946, 1967 e 1969, cujos textos faziam expressa menção ao domínio privado, caso das Constituições de 1934 e 1937, ou não o hostilizavam frontalmente (as de 1946, 1967 e 1969). Sobrevivência estancada pela Constituição Federal de 1988, que adotou conformação sistemática distinta para o chamado "domínio fluvial" (Véronique Inserguet-Brisset, Propriété Publique et Environnement, Paris, LGDJ, 1994, p. 59), traçado técnico-jurídico este seguido e ampliado pela Lei do Sistema Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997). Da aplicação sistemática desse conjunto de normas, depreende-se o seguinte: a) ausência de qualquer distinção entre rios navegáveis e rios não-navegáveis categorias que desapareceram já na Constituição de 1946, mas que Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 8 de 15

9 ainda aparecem em textos estrangeiros, como o art. 84, 1, "a", da Constituição portuguesa, e em textos legais brasileiros mais antigos, como o art. 4 do DL 9.760, de 5 de setembro de 1946, que faz menção a "correntes navegáveis". No modelo atual de proteção de recursos hídricos, o critério da navegabilidade é trocado pelo critério da bacia hidrográfica, como indicador do interesse direto do Estado no rio ou lago; b) abolição, como melhor analisaremos adiante, da dominialidade privada de cursos de água, terrenos marginais e praias fluviais. Tudo por força dos seguintes dispositivos da Constituição de 1988 (grifos nossos): Art. 20. São bens da União: (...) III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; (...). Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; (...) Isso implica desaparecimento da possibilidade de propriedade privada desses bens (art. 8º do Código de Águas). Nesse sentido, a interpretação do art. 31 do Código de Águas, segundo o qual "pertencem aos Estados os terrenos reservados as margens das correntes e lagos navegáveis, se, por algum título, não forem do domínio federal, municipal ou particular", implica a propriedade do Estado sobre todas as margens dos rios estaduais, assim como definidos pelo art. 26 da CF, excluídos os federais (art. 20 da CF), considerando que já não existem mais, repito, rios municipais ou particulares. Note-se que a Constituição, ao falar em "bens da União" e em "bens dos Estados", tecnicamente desampara, no contexto hídrico, a denominação "bens públicos ", se com isso se quiser significar uma atribuição abstrata, uma titularidade Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 9 de 15

10 pública, difusa, em nome da coletividade. Ao contrário, estamos diante de genuíno domínio, "bem estatal" stricto sensu, "propriedade" das pessoas jurídicas, União e Estados, e não mais de outras modalidades de direitos reais. Outro não é o entendimento de Celso Antônio Bandeira de Mello, o festejado administrativista paulista, ao afirmar que tais terrenos reservados "são de propriedade pública" (Curso de Direito Administrativo, 21ª edição, São Paulo, Malheiros, 2006, p. 863), o que, portanto, leva à concentração, na figura do Poder Público, dos clássicos ius utendi, ius fruendi e ius disponiendi (este último, não no sentido de alienação, mas de atribuição de certos usos compatíveis com sua função, inclusive ecológica, por exemplo, pela via de concessão). Daí que, diante do novo panorama constitucional, descabe falar em servidão administrativa, como defendeu a r. sentença, certamente com os olhos postos nos regimes constitucionais anteriores a Ora, se o bem (terrenos reservados ou terrenos marginais), na hipótese, é de domínio do Estado, está coberto pelos princípios do regime-regra que o informa, entre os quais cabe destacar a inalienabilidade, a impenhorabilidade e a imprescritibilidade (Julio V. González García, La Titularidad de los Bienes del Dominio Público, Madrid, Marcial Pons, 1998, p. 9). Logo, não poderia o particular adquiri-lo, nem ser ele objeto de privatização administrativa ou judicial. Qualquer manifestação que abrigue tal pretensão é ato inexistente, tanto quanto o registro imobiliário de uma faixa do mar ou de um lote na lua. Tal aquisição seria negócio jurídico sobre um objeto legalmente impossível, em conseqüência da vedação de "constituição iure privato de direitos subjectivos privados sobre bens de domínio público" (Ana Raquel Gonçalves Moniz, O Domínio Público: O Critério e o Regime Jurídico da Dominialidade, Coimbra, Almedina, 2005, p. 416). Isso não impedia, evidentemente, que os proprietários de imóveis adquiridos legitimamente na sistemática constitucional anterior buscassem, administrativa e judicialmente, dentro do prazo prescricional, indenizações que entendiam devidas, especialmente se esposassem a controvertida tese de que é possível Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 10 de 15

11 a afirmação de direito adquirido contra a Constituição. Mas tudo isso por via própria. Estende-se essa possibilidade de indenização, em caso de desapropriação, ao titular do domínio útil, em caso de enfiteuse, legitimamente instituída. Cito, para clareza, o voto-condutor proferido pelo saudoso Ministro Themistocles Cavalcanti, no CJ 4740/GB (DJ 15/8/1969), em demanda que discutia a desapropriação de terras da União (nu-proprietária) pela antiga Prefeitura do Distrito Federal: "Admite-se, é bem verdade, a desapropriação do domínio útil, que é domínio particular, mas com a citação do senhorio direto, pois é ele interessado na extinção da relação jurídica e na substituição do titular do domínio útil." No mesmo sentido, pela possibilidade de desapropriar-se o domínio útil, há precedente do próprio STJ (REsp 1.852/PR, Rel. Ministro Humberto Gomes de Barros, DJ 27/5/1996). Por conseguinte, só existe uma interpretação do art. 11, caput, do Código de Águas ("ou por algum título legítimo não pertencerem ao domínio particular ") que teoricamente se coaduna com o sistema constitucional atual e com a Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997): o "título legítimo" em favor de particular, que afastaria o domínio pleno da Poder Público, seria o decorrente de enfiteuse ou concessão, só que neste último caso não se trataria de título real, mas pessoal; vale dizer, possível indenização adviria de eventuais benefícios econômicos que o particular retiraria da sua contratação com o Poder Público. De fato, os precedentes do STJ, em que se afasta a aplicação da Súmula 479/STF ("As margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização), referem-se a casos em que ficou comprovado o "título legítimo" em favor do particular, qual seja a concessão ou o domínio útil (inexistentes na hipótese dos autos). Tudo isso conforme registra o irretocável voto-condutor exarado pelo e. Min. Castro Meira, em julgado da Primeira Seção (EREsp /SP, DJ ): "Por outro lado, se o particular comprova a concessão por título legítimo, nos termos do 1º do art. 11 do Código de Águas, o valor dos terrenos reservados deve ser incluído na indenização, à semelhança do que ocorre com os terrenos de marinha. O administrado, embora não proprietário, é titular do domínio útil, razão por que deve ser Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 11 de 15

12 indenizado" (grifei). Ocorre que não consta do acórdão recorrido tratar-se de hipótese de concessão, muito menos de domínio útil. Pelo contrário, é incontroverso que o particular se entende proprietário do terreno, decorrente de sua ocupação (sic), conforme o seguinte trecho do acórdão recorrido (fl. 418): A requerida confessa a ocupação da área pública, contudo afirma que a área referente à faixa de reserva é de sua propriedade, não pertencendo ao Município. O TJ-SP conclui pelo domínio privado (não é enfiteuse ou concessão, repito!) nos seguintes termos (fl. 420): No caso a área de reserva é de propriedade dos réus que sobre ela exercem posse, não havendo qualquer base física ou jurídica capaz de alicerçar a pretensão da Fazenda Municipal neste particular (...) Como visto, esse domínio privado não é possível, segundo o disposto nos arts. 11 e 31 do Código de Águas, interpretados à luz do atual sistema constitucional (arts. 20 e 26 da CF). 3. Os precedentes da Segunda Turma Como dito, esse entendimento que ora defendo (impossibilidade de domínio privado sobre rios e terrenos reservados, admitindo-se apenas enfiteuse ou concessão) foi vencedor no julgamento do REsp /MS (j , DJe , rel. Min. João Otávio de Noronha). Naquela oportunidade, houve realinhamento do eminente relator, acima citado, conforme o seguinte trecho de sua retificação de voto: Todavia, ante o voto-vista do Ministro Herman Benjamim, resolvi pedir vista regimental a fim de reavaliar meu posicionamento, o qual Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 12 de 15

13 modifico para acompanhar os judiciosos fundamentos trazidos pelo i. Ministro no que diz respeito aos juros e à indenização das terras que margeiam os rios em questão. E o faço pelas razões que alinho a seguir. De fato, como afirma S.Exa, os precedentes desta Corte que afastam a aplicação da Súmula n. 479/STF referem-se às hipóteses em que se tem por título legítimo a concessão ou domínio útil em favor do particular. Observo, inclusive, que os precedentes informadores da referida Súmula são os RE ns SP, SP e SP. (...) Assim, com razão o Ministro Herman Benjamim ao afirmar que título legítimo em favor do particular é o decorrente de enfiteuse ou concessão. Eventuais outros títulos poderiam, quando muito, dar ensejo a ação indenizatória, visto que firmados sobre bens reservados, de domínio da União. Assim, retifico meu voto anterior, acolhendo os fundamentos adotados por S. Exa, que concluiu parte do voto como abaixo exponho: (...) Faço essa rápida observação porque, por algum erro, foi publicada a ementa original do relator (antes da retificação), que faz incorreta referência à possibilidade de registro de domínio privado em relação ao terreno reservado. Assim, diferentemente do que uma leitura rápida do REsp /MS pode levar a crer, após árdua discussão, venceu o entendimento de que é irrealizável o domínio privado de rios e terrenos marginais. O mesmo entendimento foi acolhido em precedente relatado pelo eminente Ministro Castro Meira: ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. TERRENOS RESERVADOS. MARGEM DE RIO NAVEGÁVEL. ART. 20 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA ART. 11 DO DECRETO N.º /34 (CÓDIGO DE ÁGUAS). 1. Segundo o art. 11 do Código de Águas (Decreto n.º /34), os terrenos que margeiam os rios navegáveis são bens públicos dominicais, salvo se por algum título legítimo não pertencerem ao domínio particular. 2. Entretanto o artigo 20, III, da Constituição Federal de 1988 estabelece que são bens da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais. 3. Não prevalece sob a nova ordem constitucional o título e o domínio de natureza real reconhecido no regime constitucional anterior. 4. Recurso especial provido. (REsp /SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 13 de 15

14 SEGUNDA TURMA, julgado em 11/11/2008, DJe 04/12/2008) da empresa. Inviável o domínio privado das margens dos rios e, portanto, a pretensão 4. Conclusão Por tudo isso, afasta-se o argumento do particular, aceito pelo TJ-SP, de domínio privado sobre terrenos marginais relativos ao traçado original do Rio Tietê. Considerando a premissa incontroversa de que a legislação paulista transferiu para o Município de São Paulo o trecho do Rio Tietê que cruza a cidade e suas margens (fls ), conclui-se pelo acolhimento da pretensão recursal. Relembro que não há discussão no que se refere ao álveo (leito) do rio, pois houve concordância da recorrida em relação ao domínio municipal. Diante do exposto, dou provimento ao Recurso Especial. É como voto. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 14 de 15

15 CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2010/ PROCESSO ELETRÔNICO REsp / SP Números Origem: PAUTA: 02/12/2010 JULGADO: 02/12/2010 Relator Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA VASCONCELOS Secretária Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI RECORRENTE PROCURADOR RECORRIDO ADVOGADO AUTUAÇÃO : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO : ANDRÉ ZANETTI PAPAPHILIPPAKIS E OUTRO(S) : RONURO IMÓVEIS E CONSTRUÇÕES LTDA : KOZO DENDA E OUTRO(S) ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Domínio Público - Bens Públicos CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Mauro Campbell Marques, Castro Meira e Humberto Martins (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha. Brasília, 02 de dezembro de 2010 VALÉRIA ALVIM DUSI Secretária Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 04/02/2011 Página 15 de 15

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