Saúde Goiânia Jornal da Secretaria Municipal de Saúde Goiânia, Agosto de 2011 Ano I, nº 3

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1 Saúde Goiânia Jornal da Secretaria Municipal de Saúde Goiânia, Agosto de 2011 Ano I, nº 3 CLIMA Tempo seco e frio favorece problemas respiratórios. Veja dicas de prevenção pág. 4 SAÚDE BUCAL Goianiense sorri mais e melhor CUIDADOS pág. 3 Saúde rastreia leishmaniose visceral canina pág. 11 Doula, a fada madrinha da grávida Projeto da Maternidade Nascer Cidadão incentiva parto normal e humanizado pág. 6 OBESIDADES Mudança de hábito é mais importante que o emagrecimento pág. 5 UTIs SMS investe em mais leitos para atender à demanda pág. 9 NOVAS OBRAS Em construção, Maternidade Dona Iris, Caps e UPAs pág. 12

2 2 SAÚDE GOIÂNIA Agosto de 2011 EDITORIAL O SUS também é uma rede social Os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) extrapolam em muito o atendimento ambulatorial e de emergência e espalham-se como uma rede na sociedade, oferecendo programas, campanhas e atividades que focam a qualidade de vida, o bem-estar e a dignidade. Nesta terceira edição do Saúde Goiânia, destacamos um pouco dessa capilaridade. No programa de Saúde Bucal, os bons resultados mostram que, além de uma inclusão social de pacientes, milhares de dentes deixaram de ser extraídos e foram salvos. E, nesta época do ano, em que o clima seco e frio favorece problemas respiratórios, relacionamos algumas dicas de prevenção e apresentamos o Programa Catavento, que dá suporte a quem sofre de asma. DIA-A-DIA Contra privatização Documento do Conselho Local de Saúde da Unidade Estratégia Saúde da Família da Vila Mutirão (UESF) divulgado no início deste mês protesta contra a privatização da saúde no Estado de Goiás. Estamos mostrando nossa indignação, diz o texto. Acreditamos numa saúde pública de qualidade e que esta é dever do Estado. (...) Estamos convictos de que a privatização só vem dificultar o nosso acesso às ações ou benefícios de saúde, que devem ser públicos e não privatizados. A saúde não pode mais ser instrumento político, pois tratam-se de vidas humanas e não podem ser englobadas num faz-de-conta e sim num processo sustentável, de qualidade e que seja para servir a todos os cidadãos brasileiros, afirma o documento. O modelo de saúde que nós temos no Brasil, o SUS, é de tirar o chapéu, falta apenas investimento para se tornar completo. Também abordamos o Programa de Controle de Obesidade, no qual os participantes descobrem que a mudança de hábito é mais importante que o emagrecimento, e ressaltamos a importância da descoberta precoce de câncer de mama e de ovário no aumento das chances de cura. Na Maternidade Nascer Cidadão, acompanhamos o trabalho voluntário das doulas, uma espécie de fada madrinha das grávidas. Mostramos ainda a experiência bem-sucedida das farmácias distritais, os investimentos da SMS em UTIs para atender à demanda da capital, as ações de monitoramento da leishmaniose canina e as obras de novas unidades de saúde que estão em construção. Boa leitura! Secretaria Municipal de Saúde Nascer Cidadão é Amigo da Criança A Maternidade Nascer Cidadão recebeu no início deste mês, na abertura da Semana Mundial da Amamentação, o selo de revalidação do título de Hospital Amigo da Criança, concedido pelo Ministério da Saúde. Representando o Ministro da Saúde, Esther Vilela, coordenadora da área técnica da Saúde da Mulher, foi a responsável por entregar o selo do Ministério ao secretário municipal de Saúde, Elias Rassi Neto, e ao diretor da unidade, Sebastião Moreira. Núcleo de Controle de Infecção é implantado Começou a funcionar em julho, no Ciams Novo Horizonte, o projeto-piloto do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Controle de Infecção (Nuveci). Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com a Coordenação Municipal de Controle de Infecção em Serviços de Saúde (COMCISS), o Nuveci será responsável pela fiscalização e controle epidemiológico dentro da Unidade e seu objetivo é diminuir os riscos de infecção e contaminação. A SMS implantou esse núcleo de controle dentro da unidade para fazer o acompanhamento das situações de alto, médio e baixo risco quanto à infecção e contaminação, explica Aldemário Alves, enfermeiro executor do Nuveci no Ciams Novo Horizonte. Novos servidores fazem capacitação Os funcionários da SMS, recém-convocados por concurso, já estão recebendo treinamento para o exercício de suas funções. Os novos farmacêuticos participaram em julho um curso de capacitação, com 16 palestras, além de instrução sobre as atividades, ação motivacional e dinâmica de trabalho em equipe. Já os novos fiscais que vão trabalhar em vigilância em saúde estão fazendo treinamento com aulas teóricas e práticas que vão durar 90 dias. GOTINHAS Saúde mental na infância: seus desafios no contexto da violência é o tema do 7º Gente Crescente, evento que será realizado nos dias 22 e 23 de setembro, na Câmara Municipal de Goiânia. A realização é do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (Capsi) Água Viva. Até o início de agosto, funcionários de cerca de 200 cidades do interior goiano tinham recebido treinamento da Secretaria Municipal de Saúde para a emissão de vale-exame (chequinho). O número equivale a 80% dos municípios do Estado. Do total, 50 já estão emitindo o documento. A psicóloga Claudia Maranhão Ortêncio, diretora interina de Gestão e Educação do Trabalho da SMS, obteve o título de especialista em Gestão do Trabalho e Educação em Saúde pela Escola de Saúde Pública Sérgio Arouca-FioCruz. O título de seu artigo final é Provimento e fixação de trabalhadores no setor da saúde em áreas remotas ou de difícil acesso. Após difícil seleção, diversos funcionários da SMS foram aprovados para o Mestrado Profissional em Saúde Coletiva, oferecido pelo Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva, em parceria com a Faculdade de Enfermagem da UFG e Superintendência de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS. O curso começa neste mês de agosto. A comunidade da Vila Santa Helena e bairros adjacentes aguarda ansiosamente pela implantação da Unidade Básica de Saúde da Família. O recado é de Geracino Alves Sobrinho. EXPEDIENTE Saúde Goiânia Jornal da Secretaria Municipal de Saúde Goiânia, Agosto de Ano I, nº 3 Produzido pela Assessoria de Imprensa da SMS Telefones: (62) / smsgoiania@gmail.com Endereço: Paço Municipal, Avenida Cerrado, nº 999, 2º andar Park Louzandes, Goiânia, Goiás, Brasil CEP Prefeito de Goiânia: Paulo Garcia Secretário Municipal de Saúde: Elias Rassi Neto Assessoria de Imprensa Coordenador: Paulo José Equipe: Kalyne Menezes/Carlinhos do Esporte/Flagner Barbosa. Equipe da Agência Integrada de Comunicação Coordenadora de Jornalismo: Silvana Coleta Bolsistas: Bárbara Zaiden / Erneilton Lacerda / Serena Veloso / Thamara Fagury. Coordenadora de Publicidade e Propaganda: Marina Roriz. Bolsistas: João Henrique Pacheco / Mariana do Vale / Vívian Coutinho / Yuri Manzi. Coordenadora de Relações Públicas: Daiana Stasiak. Bolsistas: Tâmara Reis / Luciana Lima / Mariana Oliveira / Rhayssa Fernandes. Assessora de Relações Públicas: Vera Lúcia dos Santos. Equipe: Breno Hudson / Irene Souza / Jaqueline Araújo / Katiane Fernandes / Luciana Castro / Sandra Valim Projeto gráfico e impressão: Casa Brasil Diagramação: Maykell Guimarães Tiragem: 40 mil exemplares Secretaria Municipal de Saúde

3 Agosto de 2011 SAÚDE GOIÂNIA 3 QUALIDADE DE VIDA Motivo para sorrir Por Thamara Fagury Está em vigor, desde 2004, o Programa Brasil Sorridente, um projeto do governo federal que vem transformando a vida de muitos brasileiros a partir da saúde bucal. O programa vem garantindo o acesso de mais pessoas à especialidades odontológicas que antes não existiam no Sistema Único de Saúde. Segundo Maria Inêz, especialista em odontologia em Saúde coletiva e coordenadora de Saúde Bucal da SMS, o Programa Brasil Sorridente já levantou bons resultados em Goiânia. A extração de dentes diminuiu e os adultos passaram a receber tratamentos odontológicos especializados, algo que não acontecia há duas décadas. Milhares de dentes da população goianiense deixaram de ser extraídos, o projeto está sendo um sucesso, afirmou Maria Inêz. A capital também possui um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) estadual, com vagas reguladas pela SMS, o CEO Sebastião Alves Ribeiro, que recebe moradores de Goiânia (aproximadamente 80% dos pacientes atendidos) e moradores do interior. Além dos Centros de Especialidades Odontológicas, foram criadas no município unidades de urgência e pronto-atendimento. Das 14 unidades de urgência geral, nove têm o atendimento odontológico (veja quadro). O programa também tem convênio com o Consultório de Rua. Ainda não existe o profissional dentista na equipe, mas os moradores de rua que têm problemas odontológicos urgentes são encaminhados aos CEOs, onde recebem tratamentos adequados. Na Central de referência, são atendidos em torno de pacientes e realizada uma média de procedimentos mensais. Estes atendimentos são feitos nas Especialidades: Cirurgia-bucomaxilo facial (média de 300 procedimentos), Endodontia (média de 300), Ortodontia (média de 140), Periodontia (média de 630), Radiologia (média de 650), Reabilitação Oral (média de 630), Pacientes Especiais (média de 65) e Serviços de Laboratório de Prótese (média de 500). Exclusão social No Levantamento das Condições de Saúde Bucal da População Brasileira SB Brasil, concluído em 2003, foi verificado um grande percentual da população que não tinha acesso a tratamentos de qualidade na área. Os dados obtidos pelo Ministério da Saúde eram preocupantes. Foi comprovado que 13% dos adolescentes nunca tinham ido ao dentista, 20% de toda a população já tinham perdido todos os dentes e 45% da sociedade não possuíam acesso regular a escova de dente. A partir dessa constatação, viu-se a necessidade de uma política mais eficaz em saúde bucal, que hoje recebe investimento dez vezes maior que há oito anos. Com a Política Nacional de Saúde Bucal, o Ministério da Saúde também prevê um compromisso maior com a área de Saúde Bucal. Anteriormente a atenção do Sistema Único de Saúde voltada para a questão odontológica era limitada. As ações mais realizadas eram as de extração e curativos bucais. Os procedimentos de média e alta complexidade eram pouco realizados apenas 3,3% dos atendimentos odontológicos. Os tratamentos feitos eram de baixa complexidade, como extração dentária, aplica- Com mudanças na prevenção e promoção da Saúde Bucal, SUS resgata sorriso de goianienses Sob uma política mais eficaz, saúde bucal hoje recebe investimento dez vezes maior que há oito anos ção de flúor e em crianças da faixa etária entre 6 e 12 anos. Idosos e adultos tinham acesso apenas a serviços de pronto atendimento e urgência. Tal fato caracterizava a Saúde Bucal como uma área de extrema exclusão social. As principais linhas de ação do Brasil Sorridente são a reorganização da Atenção Básica em Saúde Bucal por meio da Estratégia Saúde da Família para aumentar o acesso da população aos serviços prestados; a ampliação e qualificação da Atenção Especializada (através, principalmente, da implantação dos CEOs); e a viabilização da adição de flúor nas UNIDADES DE ATENDIMENTO Distrito Noroeste Cais Cândida de Morais Distrito Norte Cais Jardim Guanabara III e CIAMS Urias Magalhães Distrito Leste Cais Novo Mundo Cais Chácara do Governador Distrito Oeste Cais do Bairro Goiá Distrito Campinas-Centro Cais Campinas Cais Vila Nova Distrito Sudoeste Cais Novo Horizonte estações de tratamento de águas de abastecimento público para ajudar na prevenção da cárie, já que tal ação reduz em 50% o risco de proliferação das bactérias. É importante ter consciência de que a Saúde Bucal é fundamental para uma qualidade de vida melhor do indivíduo. Maria Inêz afirma ainda que as doenças bucais, além de ser de cunho social, têm fatores de risco comum com outras doenças. Como conta Maria Inêz, o que provoca a cárie é a mau escovação e a dieta açucarada, que por sua vez provoca obesidade, diabetes, pressão alta e outros riscos à saúde. Ela também alerta para o fato de que a falta de tratamento da bactéria da cárie pode provocar uma infecção em todo o organismo. Em estágio avançado, a bactéria pode entrar em artérias do corpo e se alojar no cérebro e no coração, levando até à morte. Outro assunto importante quando se trata de Saúde Bucal é em relação ao autocuidado do indivíduo. É preciso ficar muito claro o que é prevenção e o que é promoção da saúde. De acordo com Maria Inêz, prevenção consiste em ações que não dependem da pessoa, mas são necessárias, como a fluoretação das águas feitas pelos governos. Já a promoção da Saúde depende do interesse da pessoa em mudar seu estilo de vida, almejando hábitos alimentares saudáveis e bons cuidados com os dentes.

4 4 SAÚDE GOIÂNIA PREVENÇÃO Clima seco e frio favorece problemas respiratórios Saiba os cuidados que evitam disseminação de doenças. Programa Catavento dá suporte a quem sofre de asma Por Serena Veloso Oinverno desse ano tem sido um dos mais secos dos últimos tempos em todo o Brasil. Com o frio e a umidade relativa do ar baixa, doenças respiratórias, como gripe, rinite, asma, pneumonia e alergias podem se intensificar. Isso porque as condições climáticas favorecem a proliferação dos vírus causadores e o ar seco faz com que as mucosas nasais fiquem ressecadas, diminuindo assim as defesas das vias respiratórias e aumentando os riscos de contrair infecções. O nosso nariz tem a função de umidificar o ar para transmiti-lo para as vias respiratórias inferiores. Com o clima mais seco, isso fica mais difícil, pois o trabalho de umidificar é maior, explica a pneumologista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e responsável técnica pelo Programa Catavento, Amanda da Rocha Oliveira Cardoso. Outro fator que contribui para o aparecimento de infecções virais e o agravo de doenças respiratórias crônicas é a variação de temperatura. Como passamos muito tempo em ambientes fechados e quentes, ao sair para locais abertos e frios nosso corpo é submetido a uma mudança de temperatura que pode facilitar o desenvolvimento desses problemas. Deve-se levar em consideração também que em ambientes fechados os micro-organismos circulam com mais facilidade. Com o clima seco e frio, a tendência é de as pessoas se aglomerarem em locais fechados, onde falta ventilação, e isso também RECOMENDAÇÕES Manter-se bem hidratado, bebendo muito líquido para equilíbrio da temperatura do corpo. O uso de agasalho também é uma forma de aquecer o corpo para não ocorrer choque térmico. A higiene é essencial para evitar a transmissão de vírus. Por isso, deve-se lavar bem as mãos e com frequência. Colocar uma bacia com água ou uma toalha úmida no quarto facilita a propagação de infecções respiratórias, diz Amanda da Rocha. A pneumologista alerta que é necessário procurar o médico ao sentir sintomas de doenças respiratórias, principalmente de gripe. Ela explica que muitas das vezes o doente confunde gripe com um resfriado comum. No caso do resfriado, os sintomas são mais leves: coriza, prurido nasal e espirros. Já a gripe traz sintomas como mal-estar, queda de estado geral, tosse e possibilidade de febre. Vale lembrar que não é recomendado iniciar tratamento com medicação sem consulta médica. A automedicação pode levar a problemas como intoxicação e reações de hipersensibilidade, já que há o risco de uma hiperdosagem ou reação com componentes de outros medicamentos. Por isso, o usuário do SUS pode procurar qualquer unidade de saúde para fazer o tratamento de infecções respiratórias. Mesmo assim, é possível evitar a exposição a essas doenças. Alguns cuidados são necessários nessa época do ano, principalmente com crianças menores de 5 anos, pois essas são mais afetadas em função de o sistema imunológico ainda não ter se formado por completo. na hora de dormir nestes dias mais secos. Evitar aglomerações, locais fechados e com ar-condicionado. Ficar em ambientes arejados ajuda a evitar a proliferação de vírus. Manter uma alimentação saudável e balanceada. Evitar acúmulo de objetos que juntam poeira, como tapetes e cortinas (principalmente para quem é alérgico). Tratamento de asma na rede pública A rede de saúde pública de Goiânia oferece tratamento na atenção básica a qualquer paciente com problemas respiratórios. Mas quando se trata de doenças respiratórias mais sérias, o paciente necessita de acompanhamento e medicação para manutenção do tratamento. Com intuito de dar maior atenção e cuidados a esse grupo, a Saúde Municipal implantou o Programa Catavento, visando ao controle da asma através do atendimento integral ao paciente e fornecimento de medicamentos gratuitamente. A capital goiana apresenta um grande número de asmáticos. Um estudo feito pela Universidade Federal de Goiás mostrou que a prevalência média de asma entre os goianienses é de 20%, ou seja, mais de 200 mil habitantes sofrem com a doença. Existe asma de vários graus: asma leve, moderada, grave e de difícil controle. No Catavento a gente programa o atendimento para todos os níveis de gravidade e para todas as faixas etárias, afirma a pneumologista Amanda da Rocha. O Catavento funciona em todas as Unidades de Saúde de Goiânia, recebendo pacientes tanto da emergência como através de consulta marcada. O programa trabalha com uma equipe multidisciplinar que reúne médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, farmacêuticos e assistentes sociais. Através do trabalho desenvolvido por esses profissionais, o paciente é tratado em todos os níveis de atenção à saúde (primário, secundário e terciário). No caso do asmático atendido na emergência, é dada a orientação para que ele procure depois o médico na rede de atenção básica. Já o paciente com consulta agendada recebe o diagnóstico, e em caso de suspeita de asma grave é encaminhado para um especialista. A rede pública possui sete pneumologistas e três pneumopediatras que atendem nas unidades de referência dos distritos. Os profissionais acompanham os pacientes que possuem asma moderada ou grave. Já os usuários com asma leve ou que tiveram diagnóstico equivocado de asma são examinados e encaminhados para o médico da atenção básica, com orientações para tratamento e para o sequência do diagnóstico, se necessário. Os casos mais graves recebem assistência no Hospital Geral de Goiânia (HGG) e Hospital das Clínicas. Apesar de todo o suporte oferecido pelo SUS de Goiânia aos doentes de asma, grande parte não sabe da extensão do Catavento. Muitos pacientes têm conhecimento do programa, mas não sabem que ele está bem disseminado. Muitos procuram o local de funcionamento do Catavento, não sabendo que ele funciona em todas as unidades, comenta Amanda. O programa não possui uma sede; está em todas as Unidades de Saúde do município.

5 Agosto de 2011 SAÚDE GOIÂNIA 5 OPORTUNIDADE Menos peso, mais saúde Mudança de hábitos é mais importante que o emagrecimento Para participar do programa, não é necessário pesagem, basta a vontade de mudar de hábitos alimentares Por Bárbara Zaiden A obesidade é uma doença crônica que ocorre devido a fatores genéticos e comportamentais. Alimentação não balanceada e falta de exercícios físicos contribuem com uma vida pouco saudável e propícia a complicações físicas e psicológicas. O excesso de peso atinge cerca de 45,8% dos goianienses, sendo que 11,4% são adultos. A saída encontrada para driblar a obesidade geralmente está em dietas radicais ou cirurgias bariátricas para a redução do tamanho do estômago. No entanto, existem maneiras menos drásticas para a perda de peso, com o acompanhamento de profissionais e a adesão a um novo estilo de vida. Para que sejam realizadas as cirurgias de estômago, o paciente deve passar por um psicólogo e um nutricionista, contudo, não existe um acompanhamento minucioso. O ideal seria que este paciente passasse por um longo processo de preparação e adaptação, em que novos hábitos seriam incorporados ao cotidiano. Pensando nesta necessidade de mudanças, foi criado em 2007, pela Secretaria Municipal de Saúde, o Programa de Prevenção e Controle da Obesidade (PPCO). Através de ações educativas, o programa orienta e apoia os pacientes ao longo do processo de mudança no estilo de vida. A equipe de profissionais é composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e orientadores físicos, o que permite um acompanhamento multidisciplinar das dificuldades e possibilidades de cada paciente. O Cais Cândida de Morais, uma das unidades de Saúde que desenvolvem o programa, é referência no PPCO de Goiânia e acompanha desde pessoas com sobrepeso até pacientes com grau de obesidade III. Segundo os profissionais do programa, o foco não é a redução de peso, mas sim a qualidade de vida dos participantes. Afinal, a perda de peso é uma consequência para os pacientes que seguem novos hábitos e adotam as mudanças cotidianas. Maria Neuma do Carmo é participante do grupo há sete anos e emagreceu 38 quilos, mas assume: Agora engordei 15 porque eu relaxei mesmo, não culpo ninguém. Esta fala ilustra uma importante contribuição do PPCO. A autoresponsabilização do paciente faz com que ele passe a entender a importância do comprometimento consigo mesmo e com o programa, deixando de culpar fatores externos pelo ganho de peso. Existem pacientes que se inscrevem no tratamento com o único objetivo de emagrecer para a cirurgia bariátrica (redução de estômago). Contudo, muitos desistem do procedimento quando passam a participar das reuniões e são conscientizados de que a educação alimentar é uma prática que deve ser adotada por toda a vida, principalmente após a cirurgia. Lorena Santana, nutricionista no Cais Cândida de Morais e uma das profissionais que orientam no PPCO, enfatiza que depois da cirurgia a pessoa tem que ter uma boa condição psicológica para assumir um novo comportamento. Se o paciente não conseguir se adaptar às exigências de mudança alimentar, a cirurgia torna-se perigosa. Além da redução de medicação, controle da pressão arterial e de taxas como a de colesterol, os pacientes notam as melhorias da redução de peso em tarefas simples do cotidiano, como caminhar sem sentir falta de ar, maior qualidade de sono e mais interação na vida familiar. Eu melhorei muitos problemas de saúde. Diminuí o remédio da pressão e o uso de outros medicamentos. Todo mundo percebeu que a autoestima aumentou, afirma Benedita Neves de Jesus, participante do grupo há um ano. Além do conceito da continuidade e da necessidade de adotar a educação alimentar, os orientadores de Saúde trabalham com o contexto em que o paciente está inserido. A família e os hábitos cotidianos também devem ser adaptados para que o paciente sinta-se incentivado em um ambiente favorável às suas mudanças. Cada programa dura um semestre e a divisão é feita em módulos sobre diversos temas. Após algum tempo, os grupos adquirem um perfil traçado pela realidade dos próprios participantes. Esse relacionamento permite um tratamento direcionado segundo as exigências individuais, sejam elas econômicas ou emocionais. Inicialmente, as reuniões são semanais, passando a ser quinzenais e ao final do programa a frequência é mensal. São abertas cerca de 60 vagas por módulo e a divulgação é feita através de cartazes na unidade. Para participar do grupo não existe nenhum pré-requisito de pesagem, pois o que define a participação é a necessidade de mudança nos hábitos alimentares, ou de acompanhamento psicológico para que haja sucesso. Caso a pessoa tenha sobrepeso, mas não seja obesa, ela pode se inscrever para participar dos grupos. Afinal, o objetivo do PPCO não é apenas solucionar o problema da obesidade. É importante que seja tratada como uma doença crônica que pode ser evitada, antes de remediá-la quando já estiver em estágio avançado. Além de melhorias no bemestar diário, outro fator positivo do PPCO é a convivência social. Se eu pudesse, eu pegava todo mundo e traria amarrado numa corda pra participar. Eu encontro as pessoas na rua e convido. Participar é bom porque você conhece muita gente, faz contato social. Nós fomos pra Caldas Novas e foi ótimo, afirma a participante Maria Neuma. Maria Neuma emagreceu 38 quilos e destaca melhorias na convivência social

6 6 COMUNIDADE SAÚDE GOIÂNIA Agosto de 2011 Parto normal e humanizado Atuação de doulas, por meio da Maternidade Nascer Cidadão, dá suporte às gestantes com curso e orientações A atuação de uma doula na hora do parto pode diminuir até 50% as cirurgias cesáreas Por Kalyne Menezes O trabalho de doula é o de encorajar a mulher em um dos momentos mais importantes de sua vida, constata orgulhosamente Ellen Inez Kuhl, doula na Maternidade Nascer Cidadão há sete anos. Doula é quem orienta a mulher grávida para o trabalho de parto, ajudando a gestante a se preparar física e emocionalmente de diversas maneiras. Além de explicar para as futuras mães assuntos ligados ao nascimento do bebê (como termos médicos e procedimentos hospitalares), as doulas também ensinam a parturiente a encontrar posições confortáveis para fazer o trabalho de parto. O foco do trabalho de uma doula é a humanização do parto, a preparação para ter um parto feliz, no sentido de que há todo o apoio para a mulher sentir-se capaz de dar à luz tranquilamente, enfatiza Ellen. As gestantes aprendem exercícios de relaxamento, de respiração e também tomam conhecimento de medidas naturais para aliviar as dores, como massagens. A doula atua como um suporte para a gestante, no entanto ela não substitui o pai ou o acompanhante da mulher. Procedimentos médicos, exames e cuidados com a saúde do recém-nascido também não são funções desempenhadas pelas doulas, pois essa assistência é desenvolvida pelos profissionais de Saúde envolvidos no trabalho de parto. Para Ellen, o mais importante para ser uma doula é ter empatia, ter desejo de querer ajudar a mulher nesse momento sagrado de sua vida. Então, tendo esse desejo vai tentar corresponder a necessidade dela nessa hora, antes, durante e depois do parto. O Grupo Doulas do Brasil aponta pesquisas internacionais que mostram que a atuação de uma doula na hora do parto pode diminuir em até 50% as cirurgias cesáreas e reduzem a duração do trabalho de parto em até 20%, pedidos de anestesia, o uso de oxitocina e de fórceps. Preparação Na Maternidade Nascer Cidadão, o trabalho de Ellen complementa o curso oferecido para as grávidas. No curso, coordenado por uma equipe multiprofissional, são trabalhados diversos temas ligados à chegada da criança. Como destaca a psicóloga Deivislene Vilaça, integrante da equipe, essa preparação é fundamental porque se torna um espaço para tirar dúvidas, esclarecendo temas ligados à ansiedade do nascimento da criança, mudanças no corpo e nas relações familiares, sexualidade, entre outros. O curso é um espaço para amparálas e a equipe cria um vínculo com essas mulheres, pois viramos uma referência. Qualquer dificuldade que elas têm, nos procuram, completa. Cláudia Serpa, gestante assídua do curso, afirma que a preparação junto com os profissionais da Maternidade é fundamental para o momento do parto, pois o contato com as outras grávidas e também com mães que já tiveram o bebê passam mais segurança, reduzindo o medo natural do parto normal. Além disso, as orientações dadas no curso fazem a gestante se sentir bem mais segura, porque quando nós entramos aqui a equipe coloca os prós e contras do parto normal e da cesariana. Quando eles falam de cesariana, a gente não quer mais saber de fazer, por questão de infecção e todos os riscos que tem, completa. Ellen conta que, apesar de o curso atender a uma pequena porcentagem de todas as mulheres gestantes, é visível que as participantes têm um melhor desempenho na hora do parto. Elas têm mais consciência do que estão fazendo. Quando começam Carinho que salva vidas Ellen, que já foi madrinha de várias crianças das quais acompanhou o nascimento, conta que também orienta os pais a fazerem shantala no bebê, massagem que proporciona a criança a se sentir mais segura e aumenta o elo de amor com os pais. Emocionada, ela conta uma de suas experiências. Todo nascimento de bebê é único. Mas tem um que eu lembro sempre, de uma mãe que deu à luz aqui na maternidade e teve dificuldades na hora do parto, como hemorragia. Todos os profissionais estavam o curso normalmente têm muito medo, mas com as orientações elas já vão trabalhando a forma de perceber essa dor e aprendem que quanto mais tranquilas estiverem, mais isso vai contribuir para um parto menos doloroso. Projetos O projeto com doulas na Maternidade Nascer Cidadão se iniciou em 2002 e, de acordo com o diretor da maternidade, Sebastião Moreira, os benefícios desse trabalho são visíveis. No Canadá, o projeto Doula foi implantado em toda a rede pública e privada e reduziu o número de cesarianas em 30%. Nosso objetivo é estender esse projeto para toda a rede de Saúde pública. Como conta Sebastião, a intenção futura é capacitar agentes comunitários em Saúde da região para que sejam parceiras no trabalho de doulas. Foi realizada uma reunião para sensibilizar as agentes comunitárias de saúde. O projeto inicial é fazer o treinamento dessas agentes como doulas, para elas serem nossas parceiras. A agente comunitária devidamente capacitada se tornaria nossa aliada, explica. Com esse treinamento, a agente poderá acompanhar a gestante na microárea em que atua, criando um vínculo com ela. E já que ela criaria vínculos, a gestante teria sua doula perto de casa, completa. dando atenção a ela e o bebê também nasceu com dificuldade, mas como todas as atenções estavam voltadas para mãe, ele ficou meio de lado. Eu vi que a avó da criança estava fora da sala de parto e ela não sabia o que fazer, então eu fui lá fora com o neném. Eu a encorajei a colocar as mãos no peito da criança e a transmitir amor, nova vida e encorajamento para ela poder reagir. Então nós duas colocamos as mãos na criança e ela regularizou a respiração, ficou mais calma. Acredito que isso fez uma diferença.

7 Agosto de 2011 SAÚDE GOIÂNIA 7 PREVENÇÃO Quanto antes, melhor Descoberta precoce de câncer de mama e de ovário aumenta chances de cura. Fazer exames e consultas é essencial Por Bárbara Zaiden e Serena Veloso N o ano passado, a incidência de câncer de mama nas mulheres goianienses foi de 360 entre 100 mil avaliadas, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar do baixo índice comparativo, as taxas de mortalidade por câncer no Brasil ainda são altas, provavelmente porque a doença é diagnosticada em estágios avançados. O câncer de ovário, assim como o de mama, também se desenvolve silenciosamente e precisa ser identificado no início para ter um tratamento eficaz. Para prevenir e combater esses tipos de câncer, o papel dos profissionais de Saúde é a ampliação de solicitações do exame de mamografia de rastreamento e outros exames, conforme as necessidades das usuárias e as recomendações do Ministério da Saúde. Conforme afirma o médico ginecologista André Ibrahim Bayh, a prevenção é feita com a consulta rotineira com o ginecologista, que pode detectar o câncer em fase inicial, incipiente. Quanto mais cedo o câncer for detectado, mais rápido é o tratamento para a paciente. Para a prevenção, basta que seja feito o exame anual com o ginecologista. Isso pode trazer bastante benefício no sentido preventivo. Muitas mulheres confundem a prevenção com o exame preventivo chamado papanicolau, ou o exame de lâmina, completa. Câncer de mama O câncer de mama pode ser detectado com exames clínicos, o autoexame da mama ou através da mamografia, uma radiografia que permite descobrir a doença na fase inicial. De acordo com a enfermeira da Divisão da Saúde da Mulher, Sílvia Rosa de Sousa Toledo, a idade para começar a fazer o autoexame é ainda controversa, mas recomenda-se que as mulheres façam Mulheres devem ser alertadas sobre a necessidade de fazer avaliação médica. Essa prática faz toda a diferença no futuro a partir dos 25 anos. A incidência do câncer mamário até essa idade é rara, com menos de 1% de ocorrência, afirma Sílvia Rosa. A enfermeira explica que o procedimento deve ser feito mensalmente para a identificação de alterações na região mamária ou axilar como nódulo, alteração na pele, secreção ou líquido saindo da mama, vermelhidão, alterações no mamilo. Esses podem ser sinais do aparecimento do câncer de mama. Contudo, o autoexame não substitui o exame clínico feito por médicos e enfermeiros, pois o câncer de mama pode não ser notado. O que vai detectar ou não se a mulher tem a doença é o diagnóstico que vai ser feito através da consulta médica e da mamografia, ressalta a enfermeira. Caso sejam encontradas alterações pela própria paciente, ela deve procurar o médico imediatamente. Após a realização de exames, se a paciente for diagnosticada com a doença ela é encaminhada para tratamento com um especialista. O procedimento utilizado pelo médico varia de acordo com o tipo de tumor e o estágio da doença. Dentre os principais tratamentos estão a cirurgia de retirada da mama, a quimioterapia, a radioterapia e a hormonioterapia. O tratamento é mais eficaz quando a doença está em estágio inicial. Sendo assim, é necessário alertar às mulheres sobre a necessidade de fazer avaliação médica com frequência para que o diagnóstico seja feito precocemente. O quanto antes for detectada a doença maior a chance de cura que a paciente vai ter, ressalta Sílvia Rosa. Todas as mulheres devem realizar exames médicos anuais a partir dos 35 anos de idade. O risco de desenvolvimento do câncer de mama aumenta com a idade, por isso, pacientes entre 50 e 69 anos devem realizar a mamografia a cada dois anos. O grupo de risco com maior probabilidade de desenvolver a doença é de mulheres com histórico familiar de câncer de ovário e de mama. Além da observação do corpo e das consultas médicas, atividades físicas e uma alimentação balanceada contribuem com a prevenção do câncer. A amamentação e o controle de peso após a menopausa são práticas saudáveis que também colaboram com a saúde das mulheres. Câncer de ovário Outra doença preocupante em relação às mulheres atualmente é o câncer de ovário. Além de ser um fator de risco para desenvolvimento do câncer de mama, este é o câncer ginecológico mais difícil de ser detectado e o mais letal. Contudo, ele é menos frequente que o do colo do útero. A doença pode acometer mulheres de qualquer idade, mas principalmente acima dos 40 anos. O câncer se desenvolve com mais frequência em mulheres com histórico familiar da patologia, sendo 10% dos casos. Aquelas que não tiveram filhos, não amamentaram, tiveram menopausa tardia ou câncer de mama, também estão no grupo de risco. O grande problema é que assim como o câncer de mama, o de ovário age silenciosamente, não apresentando sintomas até a doença atingir o estágio avançado. Por isso, o tratamento se torna mais difícil e agressivo. Quando avançado, os sintomas característicos são dor e aumento do volume abdominal, dispepsia, alteração na função digestiva e constipação. Para prevenção da doença é importante que as mulheres consultem o médico e façam exames clínicos regularmente, principalmente após os 50 anos. Deve-se ficar atenta também aos fatores de risco. Quanto mais cedo o câncer de ovário for descoberto maiores são as chances de cura. Outros cuidados como alimentação saudável e uso de anticoncepcionais orais ajudam a diminuir o risco de desenvolver o câncer de ovário. Se a paciente é diagnosticada com a doença, ela é submetida a tratamento que inclui diversas modalidades: cirurgia de retirada do ovário, quimioterapia e radioterapia. A terapia a ser utilizada vai depender do grau do câncer. Caso detectado no início, o tratamento se torna mais simples, com a possibilidade apenas da remoção do ovário afetado. Por isso é importante diagnosticar a doença precocemente.

8 8 SAÚDE GOIÂNIA Agosto de 2011 ASSISTÊNCIA Farmácia distrital de Goiânia é apresentada em oficina nacional Experiência da SMS começou em 2008, e cada unidade recebe sete mil pacientes por mês Por Serena Veloso As experiência das farmácias distritais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi apresentada na 2ª Oficina Nacional de Assistência Farmacêutica, que aconteceu em julho deste ano, em Brasília. Goiânia foi pioneira no modelo de farmácias distritais, possuindo atualmente duas unidades. O evento, com o tema é Qualificação da Assistência Farmacêutica no SUS: Acesso, Humanização e Uso Racional de Medicamentos foi promovido pelo Conselho Federal de Farmácia. A oficina enfocou o fato de que, apesar de a Política Nacional de Assistência Farmacêutica ter sido aprovado desde 2004, visando a um conjunto de ações voltadas à promoção da saúde com distribuição de medicamentos gratuitos à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ainda hoje existem obstáculos para implementar a medida de forma humanizada e com qualidade em toda a rede. Nós estamos em um processo de reorganização da assistência farmacêutica. Antes o foco era a aquisição de medicamentos. Hoje nós Goiânia possui duas farmácias distritais nas regiões central e oeste. Aprovação popular é de 95% vemos que é necessário o serviço farmacêutico para que os pacientes do SUS façam o uso correto dos medicamentos, explica a diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica da SMS, Lorena Baía. Atendimento humanizado A primeira farmácia distrital de Goiânia foi criada em 2008 como uma estrutura para solucionar as irregularidades encontradas nos postos de saúde quanto à falta de farmacêuticos e de ambiente adequado para realizar atendimento na área. Foi a forma encontrada para desafogar as unidades e oferecer serviço de qualidade à população. Hoje a cidade possui duas farmácias distritais nas regiões central e oeste. Construídas fora das unidades de saúde e em lugares de fácil acesso, as farmácias atendem de segunda a sexta, em período integral e cada uma delas recebe cerca de 7 mil pacientes por mês. Segundo a diretora Lorena Baía, o serviço foi até agora bem recebido pela população. Dos paciente recebidos nas farmácias, 95 % consideraram o atendimento ótimo. Além do conforto e da organização os usuários recebem senhas para atendimento os farmacêuticos podem recebê-los de forma humanizada, orientando-os quanto a dúvidas relacionadas ao uso, características e efeitos dos medicamentos. A farmacêutica Rosa Maria de Moura trabalha no Distrito Oeste e aprova a iniciativa. Já trabalhei em Cais e o ambiente não era propício para esse tipo de atendimento, afirma. Ela diz que as pessoas saem satisfeitas do local. Mas ainda há problemas quanto à falta de remédios no estoque em alguns dias e sobrecarga na farmácia. Segundo Rosa Maria, mesmo assim, a quantidade de profissionais seis por unidade dá conta da demanda. Antes o foco era a aquisição. Hoje nós vemos que é necessário o serviço farmacêutico para que os pacientes do Sistema Único de Saúde façam uso correto dos medicamentos" Lorena Baía, diretora de Assistência Farmacêutica da SMS

9 Agosto de 2011 SAÚDE GOIÂNIA 9 ATENDIMENTO SMS investe em mais leitos de UTIs Mais da metade dos 67 leitos previstos para este ano já foram alocados. Até o final do ano a Secretaria planeja investir em mais 30 leitos de UTIs Por Kalyne Menezes Cerca de 895 internações por mês nas UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) são realizadas pelo SUS na capital. Com 315 leitos alocados em hospitais públicos e privados, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) se empenha em atender à demanda de pacientes de Goiânia, da região metropolitana e do interior do Estado. Para diminuir a espera por vagas, a SMS contratou mais 67 leitos, dos quais 36 já foram disponibilizados. Goiânia investe 23% do orçamento municipal em Saúde, mais do que os 15% exigidos pela Constituição Federal. Apesar disso, as UTIs disponíveis hoje pela rede de Saúde municipal cobrem apenas parte da demanda. Dentre os diversos fatores associados a esse quadro está a ausência de leitos em todo o Estado. Como esclarece o diretor de Regulação, Avaliação e Controle da SMS, Fernando Machado, a rede de alta complexidade, que é o caso da terapia intensiva, deve ser planejada e organizada pelo Estado; o município apenas executa o serviço. Cabe ao Estado identificar a necessidade de leitos, organizar a rede de alta complexidade e incentivar os gestores locais, cobrando uma participação maior e disponibilizando recursos financeiros para a melhoria dos serviço. Somente no ano passado, Goiânia teve diárias de UTI, de um total de detectadas no Estado. As diárias correspondem ao total de dias em que os pacientes de terapia intensiva ficaram internados. Esses dados, registrados pelo Ministério da Saúde através do programa Tabwin DATASUS, representam cerca de 60% das diárias em UTIs feitas pelo SUS em 2010 em Goiás. De janeiro a maio deste ano foram identificadas, na capital, diárias de UTI, um aumento de 29,64% comparado ao mesmo período do ano passado ( diárias). Esses dados não incluem o Hospital de Urgências de Goiânia e Hospital Cidade Jardim. Com relação às internações, até maio deste ano pacientes foram internados pelo SUS no município de Goiânia, a mais que no mesmo período de Perfil clínico As indicações para a terapia intensiva mudaram significativamente em comparação há alguns anos. Antes, um paciente só era indicado para a UTI quando já estava em estado gravíssimo; hoje o encaminhamento é feito antes de maiores complicações. Fernando Machado explica que esse modelo atual é seguido em todo o país. O perfil da indicação do paciente que vai para a UTI tem mudado. Há pouco tempo um paciente em determinada situação era alocado na enfermaria e era suficiente. Hoje a indicação para a Em Goiânia, SUS faz 600 internações em UTIs por mês UTI aumentou, antecipa-se a evolução da doença antes de se chegar a uma situação extrema, argumenta. Ainda há de se considerar que não basta apenas ter vaga de UTI disponível, é necessário também que esse leito seja adequado ao perfil paciente. Se um paciente necessita de um acompanhamento específico, enfatiza o diretor de Regulação, é preciso garantir esse suporte. Nem todo hospital tem retaguarda de cirurgião cardíaco, neurológico. Se o paciente necessita desse tipo de acompanhamento ele não vai ocupar uma vaga disponível em que não haja esse atendimento especializado, constata. A maioria dos casos de UTI hoje são nas áreas oncológica, neurológica, cardíaca e ortopédica, principalmente no pós-operatório. A SMS registra uma média de 6 a 10 pacientes na espera de leitos no horário de acúmulo de demanda, quando os médicos iniciam a liberação das Mais de 20 leitos serão alocados no HC/UFG vagas diárias nas UTIs e é realizado o encaminhamento dos novos pacientes. Em alguns casos, de acordo com o perfil clínico apresentado, há um intervalo de tempo maior entre a solicitação, a localização do leito em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e recursos compatíveis com as necessidades do paciente. Com a aquisição dos 67 leitos, associadas a outras medidas, a SMS acredita que a falta de leitos será amenizada. Agilidade Com as medidas adotadas pela SMS, a expectativa é de que os pacientes passem a esperar no máximo 24 horas por um leito de UTI. É uma tendência que estamos bus- cando, de que haja menos espera e mais agilidade no atendimento. Atualmente, a espera de pacientes por leitos pode se estender para além de 24 horas, mas, enquanto aguarda vaga, o paciente é estabilizado em sua situação clínica para que seja transferido em condições adequadas para a outra unidade de atendimento. Entre as medidas que amenizariam a situação, como expõe Fernando Machado, está a melhoria do atendimento da urgência. Melhorar esse atendimento, fazer com que o paciente seja estabilizado no atendimento de emergência já retira a necessidade de UTI. Além disso, melhorar o fluxo regulatório de pacientes no Estado e conseguir visualizar esse fluxo também vai possibilitar uma agilidade maior no atendimento, explica. Até o final do ano, a SMS pretende alocar mais 30 leitos no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. A locação de leitos, medida que faz parte do pacote de ações da SMS para melhorar a qualidade da Saúde pública, está distribuída no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), Hospital Geral de Goiânia (HGG), Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Hospital das das Clínicas (HC), Hospital Cidade Jardim, Fêmina Hospital e Maternidade, Instituto Goiano de Pediatria (Igope) e Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. Atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde está acima dos parâmetros reconhecidos pelo Ministério da Saúde, que preconiza 4% a 10% de leitos de UTI na relação com o total de leitos disponíveis nas regiões metropolitanas, o que não diminui em nada o trabalho incessante das equipes da SMS pela ampliação dos leitos disponíveis para continuar atendendo à população de Goiânia, do Estado e outras regiões do País.

10 10 SAÚDE GOIÂNIA Agosto de 2011 SAÚDE NA SOCIEDADE UFG e HMA oferecem especialização em Fitoterapia Pesquisas vêm mostrando o poder terapêutico das plantas e mais profissionais têm se interessado pelo assunto A Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás e o Hospital de Medicina Alternativa estão oferecendo o curso de especialização em Fitoterapia (tratamentos com uso de plantas). Os objetivos são promover a capacitação e o aprimoramento técnico-científico e estimular a produção de novos conhecimentos para profissionais que exercem ou desejam exercer atividades na área. O público-alvo inclui farmacêuticos, médicos, veterinários, nutricionistas e enfermeiros. O curso começa em setembro e vai até junho de 2013, com carga horária de 420 horas, distribuídas em 20 módulos. São oferecidas 50 vagas. Mais informações: e (62) Novo protocolo para assistência a queimados O Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou, no dia 6 deste mês, um conjunto de regras que contribuirá para a melhora da assistência oferecida às vítimas de queimaduras no país. O Protocolo de Tratamento de Emergência das Queimaduras elaborado pela Câmara Técnica de Queimaduras do CFM dá subsídios para a qualificação do atendimento a este tipo de paciente, sobretudo nas unidades da rede pública. O documento também foi entregue ao Ministério da Saúde (MS) com a proposta de que seja incorporado às diretrizes assistenciais do Sistema Único de Saúde. A sua íntegra está em A preocupação é fazer com os pacientes recebam os cuidados adequados, o que reduz os riscos de complicações em seus quadros clínicos e minimiza a possibilidade de sequelas físicas e estéticas. A elaboração do documento foi feita de maneira a oferecer aos médicos e outros profissionais de saúde um verdadeiro passo-a-passo de como atender a este tipo de caso. O foco principal recai sobre os atendimentos de urgência e emergência, porta principal de entrada das ocorrências. Dados do MS mostram que, entre 1996 e 2008, o país registrou 13,7 mil mortes causadas por queimaduras. (Fonte: CFM) Dez passos para uma alimentação saudável 1 Faça três refeições e um lanche por dia. Não pule as refeições e evite beliscar entre as refeições. 2 Inclua diariamente 6 porções do grupo do cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural. 3 Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. 4 Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e faz bem à saúde. 5 Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis! 6 Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. 7 Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas e outras guloseimas como regra da alimentação. 8 Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. 9 Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. 10 Torne sua vida mais saudável. Pratique atividades físicas todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. (Fonte: Ministério da Saúde) SUS adota Cartão Nacional de Saúde a partir de 2012 Os pacientes do Sistema Único de Saúde terão a base de seu histórico de atendimento acompanhado por qualquer unidade de saúde em território nacional, a partir de A medida auxilia na sequência ao seu tratamento, restabelecimento da saúde e promoção da qualidade de vida do usuário. Com a nova portaria do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial, em julho, o número do Cartão Nacional de Saúde (CNS) será obrigatório para que instituições de saúde realizem procedimentos ambulatoriais e hospitalares pelo SUS. Além disso, outro documento determina que os profissionais de saúde registrem os contatos do paciente para que a Ouvidoria do SUS possa, por exemplo, estabelecer um acompanhamento da satisfação do usuário. A identificação dos usuários das ações e serviços de saúde é extremamente importante. Só assim poderemos garantir uma atenção completa ao usuário. Isso permite a organização da rede, das ações e da disposição dos serviços de saúde, afirma Odorico Monteiro, secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde.

11 Agosto de 2011 SAÚDE GOIÂNIA 11 VIGILÂNCIA Saúde rastreia leishmaniose visceral canina em Goiânia Por Serena Veloso Doença foi constatada em cerca de dez animais. SMS já tomou providências e examina mais de 500 cães na região leste A Secretaria Municipal de Saúde já tomou medidas para o combate à Leishmaniose Visceral Canina (LVC), que vem sendo o foco de ações intensas da Saúde pública desde que a presença da doença foi constatada em cerca de dez cães da região leste de Goiânia. Os casos foram confirmados em julho pela Fiocruz, do Rio de Janeiro, e o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG). Com o resultado, de acordo com o Programa Nacional de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral (LV) do Ministério da Saúde, o município de Goiânia passa a ser considerado pela primeira vez área com transmissão da doença. Os casos foram detectados na região leste do município de Goiânia, particularmente no Condomínio Aldeia do Vale, Condomínio Monte Verde e Chácara dos Ipês. Dentre as medidas tomadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para analisar e combater o foco da doença, está o recolhimento de amostras de sangue de cães para análise laboratorial. Funcionários da SMS vão recolher amostras de sangue de aproximadamente 550 cachorros para verificar com mais precisão o caso de LVC. Na Chácara dos Ipês e no Monte Verde já foram recolhidas 232 amostras de sangue dos cães. Dessas, 180 já foram encaminhadas para o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen GO). A partir da análise, que demora cerca de duas semanas, é constatado se o cachorro é ou não reagente. Até o início de agosto, o Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental (DVSA) já tinha o resultado de 220 amostras. Depois de obter os resultados, caso haja confirmação diagnóstica positiva, a primeira medida que os profissionais têm que tomar é solicitar permissão aos donos do cachorro para que seja realizada a eutanásia no animal, já que 100% dos cães sororreagentes precisam ser eutanasiados. A medida drástica é necessária porque não existe tratamento para os animais e é preciso evitar ocorrência de casos e óbitos em seres humanos. Apesar de ter sido registrada até o momento somente em cães, a LV pode ser transmitida também a humanos. A doença é infecciosa, grave, crônica, que acomete principalmente menores de 10 anos de idade, transmitida pela Lutzomia longipalpis, popularmente chamado de mosquito palha, contaminado através da picada de animais infectados (na área urbana através de cães). A Leishmaniose é uma doença antiga que, em outras cidades, já foi considerada endêmica. Em Goiânia poucos casos em cães foram detectados até agora, mas todo o cuidado é necessário. De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental, Geraldo Edson Rosa, qualquer doença sempre é motivo de preocupação, e nesse caso é importante se atentar para os sintomas, principalmente nos cães, mas em pessoas também. A veterinária chefe da divisão responsável pelo controle da Leishmaniose em Goiânia, Sabrina dos Santos Arruda, esclarece que a SMS está recolhendo amostras de sangue dos cães na região leste preocupação em torno da doença é no sentido de tomar iniciativas para não deixar que o caso piore, mas que a identificação do foco de LVC em Goiânia não é motivo para pânico da população.

12 12 INFRAESTRUTURA Maternidade Dona Iris será maior Hospital da Mulher no Centro-Oeste SAÚDE GOIÂNIA Agosto de 2011 Projeto arquitetônico promete criar ambiente acolhedor semelhante ao de uma casa Local a ser voltado ao atendimento à mulher em geral, não só às grávidas, e que também pretende ser referência para mulheres vítimas de violência sexual e doméstica, a Maternidade Dona Iris, na Vila Redenção, em Goiânia, está sendo totalmente reformada e reestruturada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A previsão é que a inauguração aconteça ainda este ano. A unidade também fará parte da Rede Cegonha, Novas práticas Visando a concretizar as mudanças na prática obstétrica pretendidas pela SMS, a reabertura da maternidade seguirá cinco pontos básicos, que vão além de melhorias técnicas, de modo a permitir mínima intervenção durante o processo do trabalho de parto, parto e nascimento. Os pontos são os seguintes: 1 O projeto arquitetônico e a aquisição de material permanente vão fazer do espaço físico um lugar de bem-estar. Segundo a SMS, o ambiente será acolhedor e confortável para os usuários e profissionais, buscando-se aproximar o máximo possível ao de uma casa. 2 Haverá presença de acompanhante, com objetivo de proporcionar maior segurança à gestante e prestando apoio afetivo e emocional antes, durante e após o parto. 3 No processo fisiológico do trabalho de parto, a meta é intervir o mínimo possível e proporcionar liberdade à gestante para escolher a posição e movimentos que lhe forem mais convenientes, derivando em um parto menos doloroso. A Secretaria informa que também será recomendado abolir o uso desnecessário de medicamentos e práticas médicas, desmedicalizando o atendimento à gestante, e abolir atitudes imperativas na hora do parto, tal como mandar forçar ou tentar despertar contrações. 4 A forma de acolhimento do recém-nascido deverá respeitar suas primeiras vivências motoras e sensoriais, usando manobras e programa do governo federal, transformando-se em hospital de atenção integrada à mulher. A nova estrutura terá 99 leitos, sendo dez leitos de UTI neonatal e cinco de cuidados intermediários. A construção e funcionamento da maternidade terá um investimento de aproximadamente R$ 35 milhões em obras e equipamentos e R$ 24 milhões ao ano, em custeio de recursos humanos, medicamentos e insumos. aspiração somente quando houver intercorrência. Deve-se realizar o exame completo do recémnascido após a primeira hora de vida, facilitar o início da interação mãe-filho, pois neste primeiro momento o recém-nascido vive sua independência somática, experimentando a passagem de um lugar fechado (o útero) para um lugar aberto (o mundo), detalha a SMS. 5 A unidade deverá proporcionar à mãe e ao recém-nascido o lugar de protagonista deste evento, dando autonomia à gestante na condução do processo, cabendo ao profissional de saúde o papel de facilitador. A Secretaria acrescenta que se deve restaurar o evento como natural e não médico, deixando que a gestante seja uma atriz e não mais paciente. A nova estrutura terá 99 leitos, sendo dez leitos de UTI neonatal Goiânia terá mais três UPAs Goiânia terá mais três Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPAs), com capacidade para atender 300 pessoas por dia. As obras foram autorizadas pelo Ministério da Saúde e o investimento para a construção e compra de equipamentos é de R$ 6 milhões. O município já possui autorização para três UPAs no Jardim Itaipu e nas regiões leste e noroeste essas já estão em fase final de licitação. Com mais três unidades autorizadas pelo Ministério, a capital terá seis UPAs. O Ministério da Saúde já nos autorizou mais três Unidades, mas com porte um pouco menor, para uma população de 80 mil pessoas aproximadamente. Estamos ampliando mais seis unidades de porte grande para pronto-atendimento, o que engloba o atendimento de emergência, como é feito no Setor Novo Horizonte, no Bairro Goiá, no Setor Cândida de Morais, em Campinas, mas com algumas características diferentes, explica o secretário Elias Rassi Neto. São equipes permanentes de profissionais que trabalham 24 horas para atenção de casos mais graves, inclusive contando com enfermarias e apartamentos para internação, destaca. Com as UPAs, o paciente recebe o primeiro atendimento, é internado e continua recebendo a atenção nessas unidades, em alguns casos evitando inclusive o transporte para hospitais, enfatiza Elias. A previsão de funcionamento das Unidades de Pronto-Atendimento é de aproximadamente oito meses. Caps do Novo Mundo A ordem de serviço para a construção da sede própria do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) do Jardim Novo Mundo, em Goiânia, foi assinada no mês passado. A solenidade teve a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A unidade terá cerca de 900 metros quadrados de área construída e será localizada em espaço arborizado da Chácara 2, da Avenida Manchester. O novo Caps terá seis oficinas para diversas atividades em grupo, como terapia com argila, atividade física, musicoterapia, terapia ocupacional, salão de beleza, dentre outros.