TributAção. Prazo para adesão à anistia de ICMS no Estado do Rio de Janeiro termina em (p.2) Outubro de Edição nº 96

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1 TributAção Outubro de Edição nº 96 Prazo para adesão à anistia de ICMS no Estado do Rio de Janeiro termina em (p.2) LEGISLAÇÃO Ministério da Fazenda regulamente o novo Reintegra (p. 2). Receita dá nova orientação sobre compensação de créditos (p. 2). Fisco Federal adia unificação de certidões negativas (p. 3). Receita Federal altera novamente prazo para contribuinte optar pela aplicação antecipada dos efeitos da Lei /14 (p. 3). Estado do Rio de Janeiro altera as definições de Atacadista e Varejista para fins de ICMS (p. 4) TRIBUNAIS STF decide pelo não cabimento da ação rescisória fundada em mudança posterior de jurisprudência (p. 6) STF reafirma posição contrária à incidência de ICMS em importações envolvendo arrendamento mercantil (leasing) (p. 7). STF afasta a inclusão do ICMS da base do PIS e da COFINS (p. 7). DIREITO COMENTADO Créditos de PIS e COFINS sobre ICMS- ST incidente na aquisição de mercadorias para revenda (p. 8) Decreto nº Alterações na legislação do IOF (p. 5) Este Boletim foi redigido meramente para fins de informação e debate, não devendo ser considerado opinião legal para qualquer operação ou negócio específico Direitos autorais reservados a Pinheiro Neto Advogados. TRIBUTAÇÃO é elaborado mensalmente pela Área Tributária de PINHEIRO NETO ADVOGADOS, composta por 111 integrantes, sendo 15 sócios, 4 consultores, 73 associados e 19 estagiários.

2 Prazo para adesão à anistia de ICMS no Estado do Rio de Janeiro termina em O Programa de Pagamento de Débitos de ICM/ICMS 2014 ( PPD/RJ ) permite o pagamento ou o parcelamento, com descontos, de débitos de ICM e ICMS e, inclusive, de multa por descumprimento de obrigação acessória. Os débitos podem ser pagos em parcela única, com redução de 75% das multas e de 60% dos demais acréscimos legais. Ou, podem ser parcelados em até 120 meses, com redução de 50% das multas e de 40% dos demais acréscimos legais. Recentemente, o programa foi ampliado para alcançar débitos tributários com vencimento original até e o prazo para adesão foi prorrogado até dia O PPD/RJ pode representar uma boa oportunidade para contribuintes que pretendam regularizar a sua situação fiscal no Estado. ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS RELEVANTES Ministério da Fazenda regulamente o novo Reintegra A Medida Provisória nº 651, de (ainda pendente de votação no Congresso Nacional), reinstituiu o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), regime esse que se destina a devolver parcial ou integralmente o resíduo tributário remanescente na cadeia de produção de bens exportados. O efetivo aproveitamento desse regime, contudo, ficou condicionado à publicação de Portaria do Ministério da Fazenda que o regulamentasse, o que ocorreu em 1º com a publicação da Portaria nº 428. Nos termos dessa Portaria, o crédito apurado no âmbito do Reintegra será determinado mediante a aplicação do percentual de 3% (três por cento) sobre a receita auferida pela pessoa jurídica produtora com a exportação, para o exterior, dos bens relacionados no anexo único do Decreto nº 8.304, de Receita dá nova orientação sobre compensação de créditos Os créditos de natureza tributária reconhecidos em decisão judicial final que autoriza a compensação apenas com tributos da mesma espécie podem ser utilizados para quitar quaisquer outros tributos administrados pela Receita Federal, se existir norma posterior ao trânsito em julgado que assegure essa possibilidade. Esse é o entendimento da Receita Federal recentemente indicado na Solução de Consulta nº 279, da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), pautando-se na Solução de Divergência nº 23 - Cosit, de

3 Com base nessa orientação, os contribuintes que possuem créditos reconhecidos judicialmente poderão apresentar DCOMPs para compensar tais créditos com outros tributos administrados pela Receita1, ainda que a decisão judicial transitada em julgado tenha reconhecido o direito de compensar tributos da mesma espécie apenas. Segundo o entendimento da Receita Federal, deve-se aplicar sempre a legislação vigente no momento do encontro de contas entre fisco/contribuinte, encontro esse que se dá no momento em que é apresentada a declaração de compensação (DCOMP), após o reconhecimento do direito pelo Poder Judiciário. O mesmo raciocínio vale quando a decisão judicial não tiver sido fundamentada em legislação em vigor na data do trânsito em julgado, que seja restritiva. Se a nova legislação impuser restrições à compensação, tais restrições deverão ser observadas no momento da compensação. Vale lembrar que o entendimento externado pela Receita na Solução de Consulta nº 279 já havia sido afirmado pela Primeira Seção do STJ no julgamento do REsp , que seguiu o rito do artigo 543-C do CPC (recursos repetitivos). Para o STJ, o contribuinte tem o direito de proceder à compensação de seus créditos pela via administrativa em conformidade com as normas posteriores à data do ajuizamento da ação judicial, desde que atendidos os requisitos próprios trazidos pela nova legislação (como, por exemplo, a utilização da atual DCOMP eletrônica em vez de formulários físicos apenas, como era no passado, ou a possibilidade de se compensar créditos de tributos já extintos com débitos de tributos vigentes). [1] Exceção feita às contribuições previdenciárias, aos tributos apurados no Simples e às vedações contidas no 3º do artigo 74 da Lei 9.430/96 e na IN 1.300/2012. Fisco Federal adia unificação de certidões negativas Conforme informado na Edição Extraordinária do Boletim TributAção (clique aqui), a Portaria Conjunta RFB/PDFN nº 1.751, de 02 de outubro de 2014, trouxe nova regulamentação ao procedimento de emissão de certidões conjuntas de regularidade fiscal ( CND ) perante Fazenda Nacional. No entanto, a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional adiaram para o início da emissão pelos dois órgãos da CND unificada, abrangendo contribuições previdenciárias e outros tributos. -3-

4 Receita Federal altera novamente prazo para contribuinte optar pela aplicação antecipada dos efeitos da Lei /14 Conforme informado na Edição Extraordinária do Boletim TributAção (clique aqui), no dia foi publicada a Instrução Normativa nº 1.499, estendendo novamente o prazo para opção para a DCTF referente aos fatos geradores ocorridos no mês de dezembro. Com isso, a opção pela aplicação antecipada dos efeitos da Lei /14 para o ano-calendário de 2014 fica estendida até o mês de fevereiro de Para os contribuintes que já apresentaram a DCTF referente ao mês de agosto, a instrução normativa permite a alteração de sua opção na DCTF correspondente a dezembro, se assim o desejarem. Estado do Rio de Janeiro altera as definições de Atacadista e Varejista para fins de ICMS Foi publicado, em , o Decreto Estadual nº /2014, que alterou as definições dos estabelecimentos atacadistas e varejistas previstas no Regulamento de ICMS do Estado do Rio de Janeiro (Decreto Estadual nº /2000). O critério previsto até a edição do Decreto Estadual nº /2014 era o da preponderância, em que o estabelecimento atacadista era definido como aquele que, preponderantemente, efetuasse a saída de mercadorias destinadas à revenda ou à industrialização, enquanto que o estabelecimento varejista seria o que preponderantemente efetuasse a saída de mercadorias para o uso e consumo do destinatário. Tal redação da legislação permitia, por exemplo, que um estabelecimento fosse considerado como atacadista mesmo efetuando algumas poucas operações definidas tipicamente como a de um estabelecimento varejista. Agora, de acordo com a nova definição instituída pelo Decreto Estadual nº /2014, considera-se atacadista o estabelecimento que efetua operações de revenda de mercadorias de terceiros, de origem agropecuária, extrativa ou industrial, em qualquer nível de processamento (em bruto, beneficiadas, semielaboradas e prontas para uso) e em qualquer quantidade, para varejistas, outros atacadistas e agentes produtores em geral, empresariais, institucionais e profissionais, ou seja, para pessoas jurídicas, estabelecimentos agropecuários, industriais, comerciais e de serviços, instituições públicas e privadas e profissionais autônomos. Já o estabelecimento varejista é definido pela nova legislação como aquele que efetua operações de venda de mercadorias, novas ou usadas, ao consumidor final, para consumo pessoal ou domiciliar. Essa alteração na legislação pode vir a impactar a aplicação de diversos regimes fiscais de ICMS que se baseiam nos conceitos de estabelecimento atacadista e varejista. Por isso, recomendamos que os contribuintes fiquem atentos a eventuais consequências sobre a tributação de suas atividades. -4-

5 Decreto nº Alterações na legislação do IOF No dia foi publicado o Decreto nº com alterações pontuais às regras de tributação do IOF aplicáveis a operações de câmbio, crédito e títulos e valores mobiliários. I. Inclusão do artigo 15-B no Decreto nº 6.306/07 e revogação do 15-A - IOF/Câmbio Em decorrência das sucessivas alterações ocorridas na redação do artigo 15-A do Decreto nº 6.306/07 ao longo do tempo, que dispõe acerca das operações tributadas à alíquota 0% pelo IOF/Câmbio, seu texto acabou ficando sem estrutura lógica, gerando dificuldades de interpretação. Com isso, referido dispositivo foi revogado e reproduzido no recém-introduzido artigo 15-B do Decreto nº 6.306/07, com algumas modificações. Basicamente, no artigo 15-B do Decreto nº 6.306/07, a ordem das operações de câmbio listadas no revogado artigo 15-A foi alterada, de forma que a leitura ficou mais coesa (divisão por matéria/operações), sendo que foram excluídos incisos de conteúdo inócuo ante a regulamentação em vigor. Não houve alteração nas alíquotas. Cabe notar que alguns dispositivos relevantes relativos a operações específicas de mercado de capitais foram objeto de exclusão, o que poderia levar ao entendimento de que a regra geral de tributação à alíquota de 0,38% do IOF/Câmbio se aplicaria a essas operações, e não mais a alíquota 0%. No entanto, é possível afirmar que tais operações são agora tratadas em um único inciso, mais genérico, que ainda permanece no artigo 15-B (inciso XVI - investimentos no mercados financeiros e de capitais), o que garantiria a manutenção da alíquota zero. II. Alíquota 0% do IOF/TVM para negociações de ETF-Renda Fixa Por força do disposto no artigo 32, 2º, inciso VII, do Decreto nº 6.306, cuja redação é dada pelo Decreto nº 8.325, fica reduzida a 0% a alíquota do IOF/TVM incidente sobre transações de curto prazo envolvendo cotas de Exchange Traded Funds ( ETFs ) cujo portfólio é composto por ativos de renda fixa. III. IOF/Crédito alíquota 0% em financiamentos de projetos de infraestrutura de logística direcionados a obras de rodovias e ferrovias objeto de concessão efetivados pela Caixa Econômica Federal ( CEF ) Com a edição do Decreto nº 8.325, foi acrescido o inciso XXXII ao artigo 8º do Decreto nº 6.306, de modo que financiamentos concedidos pela CEF para determinadas obras de infraestrutura de logística de rodovias e ferrovias objeto de concessão ficam expressamente sujeitos à alíquota 0% do IOF/Crédito. -5-

6 DIREITO TRIBUTÁRIO NOS TRIBUNAIS STF decide pelo não cabimento da ação rescisória fundada em mudança posterior de jurisprudência O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na sessão de , pelo não cabimento de ação rescisória contra decisões transitadas em julgado, proferidas em consonância com a jurisprudência do STF, mesmo nos casos em que ocorra alteração posterior do entendimento da Corte. A matéria foi discutida no RE nº em sede de Repercussão Geral. O leading case tratava de ação rescisória ajuizada pela União visando reaver os créditos obtidos judicialmente durante período em que a jurisprudência do STF era pacífica em admitir o crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de insumos adquiridos a alíquota zero. Com a mudança na orientação da Corte, a partir de 2007, a União passou a ajuizar ações rescisórias visando reaver os créditos obtidos judicialmente. Diante de tais fatos, foi dado provimento, por maioria dos votos, ao Recurso Extraordinário interposto pelo contribuinte para reformar a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) o qual acolheu a ação rescisória ajuizada pelo Estado do Rio Grande do Sul. O relator do caso, Ministro Marco Aurélio, acompanhado pela maioria da Corte, entendeu que se deve prestigiar a coisa julgada, sendo a ação rescisória dedicada a hipóteses excepcionais. Nesse sentido, a decisão proferida em conformidade com a orientação do STF naquele momento deve prevalecer, mesmo que haja mudança posterior no entendimento. Foram divergentes os ministros Gilmar Mendes e Teori Zavascki, os quais entenderam que os efeitos da decisão que muda a jurisprudência da Corte são prospectivos apenas em situações excepcionais. Assim, com o julgamento do RE , o STF pacifica entendimento que privilegia a segurança jurídica existente no instituto da coisa julgada em detrimento ao entendimento do Fisco. -6-

7 STF reafirma posição contrária à incidência de ICMS em importações envolvendo arrendamento mercantil (leasing) Em , no julgamento do RE /SP, o STF reafirmou o entendimento contrário à incidência de ICMS nas importações envolvendo mercadorias submetidas ao regime de arrendamento mercantil (ou leasing), salvo na hipótese de antecipação da opção de compra, quando essa opção existir no contrato. Esse entendimento foi firmado no mês passado, no julgamento com repercussão geral do RE , noticiado na Edição Extraordinária de setembro desse Boletim. Naquela ocasião, prevaleceu a tese de que o arrendamento mercantil não implica necessariamente na transferência de titularidade da mercadoria importada, o que é um requisito imprescindível para a incidência do ICMS. Assim, até que ocorra o exercício da opção de compra pelo importador, o ICMS não pode ser cobrado nesse tipo de importação. STF afasta a inclusão do ICMS da base do PIS e da COFINS Conforme informado na Edição Extraordinária do Boletim TributAção (clique aqui), no dia , o Plenário do Supremo Tribunal Federal concluiu o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) nº /MG, no qual se discute a constitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS. Por um placar de 7 x 2 a favor dos contribuintes, o Tribunal entendeu que o imposto estadual deve ser excluído da base do PIS e da COFINS, em vista da ofensa ao conceito de faturamento previsto na Constituição Federal. Muito embora a decisão seja favorável aos contribuintes, ela se aplica apenas à empresa que é parte recorrente nesse RE, pois o recurso não foi julgado sob a sistemática de repercussão geral e os Ministros não acolheram questão de ordem no sentido de estender o resultado alcançado no RE nº /MG aos demais casos que também discutem a questão. Portanto, em que pese o precedente favorável, a Suprema Corte voltará a discutir o tema por meio da ADC nº 18/DF e do RE nº /PR, com repercussão geral, cujos relatores são, respectivamente, os ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Logo, para os demais contribuintes brasileiros, o tema ainda permanece em aberto. -7-

8 DIREITO TRIBUTÁRIO COMENTADO Créditos de PIS e COFINS sobre ICMS-ST incidente na Aquisição de Mercadorias para Revenda Caroline Aguiar 1. A recente conclusão julgamento do Recurso Extraordinário nº /MG ( RE nº /MG ), pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ), coloca novamente em evidência as dificuldades enfrentadas pelos contribuintes quando da apuração do PIS e da COFINS, 1 no geral, e particularmente no que se refere à interação entre essas contribuições sociais e outros tributos que incidem sobre bases de cálculo semelhantes, como é o caso do ICMS e do ICMS-ST Exemplo bastante claro dessas dificuldades pode ser verificado na fundamentação apresentada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ( RFB ) para embasar seu entendimento contrário ao reconhecimento de créditos fiscais de PIS e COFINS sobre parcela do ICMS-ST que onera a compra de mercadorias adquiridas para revenda, conforme descrito na Solução de Consulta Cosit nº 106, de 11 de abril de 2014 ( SC nº 106/14 ). Sérgio Farina Filho Renato Caumo Sócio e Associado da área Tributária de Pinheiro Neto Advogados do preço referente ao ICMS-ST retido pelo vendedor (i.e. contribuinte substituto para fins do ICMS-ST), em razão de três justificativas principais, quais sejam, que: (i) o ICMS-ST não constitui tributo devido na aquisição da mercadoria para revenda, mas de um imposto que o adquirente deveria recolher quando da saída da mercadoria e não o faz, porque foi substituído na operação; (ii) o ICMS-ST pago pelo adquirente na condição de substituto, [supostamente] não integra o valor das aquisições de mercadorias para revenda, por não constituir custo de aquisição, mas uma antecipação do imposto devido pelo contribuinte substituído na operação de saída da mercadoria; e (iii) se simultaneamente à inclusão do ICMS-ST na base de cálculo do contribuinte substituído, fosse permitido que o mesmo ICMS-ST compusesse a base para cálculo dos créditos, seria aritmeticamente equivalente a não tributar a parte do faturamento a que se refere o ICMS-ST. 3. Em linhas gerais, a RFB argumenta que o comprador (i.e. contribuinte substituído para fins do ICMS-ST) de mercadoria adquirida para revenda não poderia reconhecer créditos fiscais de PIS e COFINS com relação à parcela 1 Respectivamente, contribuição ao Programa de Integração Social ( PIS ) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social ( COFINS ). 2 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ( ICMS ) e ICMS Substituição Tributária ( ICMS-ST ) Não obstante, parece claro que as duas primeiras justificativas apresentadas pela RFB para vedar o reconhecimento de créditos fiscais de PIS e COFINS parecem carecer de fundamentação adequada, até mesmo porque dificilmente se mostrariam consistentes quando analisadas em um contexto mais amplo, e estritamente técnico. 5. Nesse sentido, a premissa que parece fundamentar a primeira justificativa é no

9 sentido de a SC nº 106/14 aparentemente ter considerado que o contribuinte do ICMS-ST seria o adquirente (i.e. contribuinte substituído), e não o vendedor da mercadoria (i.e. contribuinte substituto). 6. Tal premissa, contudo, não parece adequada quando se considera que o ICMS-ST é inteiramente recolhido pelo vendedor (i.e. contribuinte substituto) quando da alienação da mercadoria ao adquirente/revendedor (i.e. contribuinte substituído), e que tal recolhimento é realizado em caráter definitivo, pois, na forma do 7º do artigo 150 da Constituição Federal, e na esteira do que foi decidido pelo Pleno do STF na ADI nº /AL, em regra o ICMS-ST só poderia ser recuperado quando o fato gerador presumido não ocorrer Isso demonstra, como bem reconheceram alguns autores especializados, 4 que o fato gerador do ICMS-ST provavelmente seria melhor caracterizado como algo que se esgota na operação praticada pelo vendedor (i.e. contribuinte substituto), sendo este o único sujeito passivo com relação ao referido imposto já que, em regra, não cabe ao adquirente (i.e. contribuinte substituído) qualquer ônus ou obrigação própria de recolher o ICMS-ST que por ventura não tenha sido adequadamente quitado na operação anterior, ou mesmo direito de restituição, na hipótese de a mercadoria adquirida ser revendida por preço diverso daquele que balizou o recolhimento do ICMS-ST na operação anterior. 8. Assim, não existindo prestação jurídica relevante imputável ao revendedor (i.e. contribuinte substituído), e tendo pago o adquirente um preço de aquisição no qual se inclui um tributo próprio do vendedor, que não 3 Salvo existência de lei estadual em sentido contrário. 4 SOARES DE MELO, José Eduardo. ICMS teoria e prática, São Paulo: Dialética, 11ª ed., 2009, p MACHADO, Hugo de Brito. ICMS substituição tributária. Revista dialética de direito tributário nº 192, p lhe cabe recuperar porquanto representa um recolhimento definitivo do referido vendedor salvo hipótese de fato gerador não ocorrido, não parece tecnicamente correto caracterizar o adquirente como sujeito passivo do ICMS- ST, ou considerar que a inclusão de tal tributo no preço não representaria parte do custo de aquisição da mercadoria em questão, como fez a SC nº 106/ Inconsistência semelhante também pode ser verificada com relação à segunda justificativa apresentada pela RFB na SC nº 106/14, pois curiosamente parte do pressuposto que o ICMS-ST seria justamente um tributo recuperável, ou seja, com relação ao qual o contribuinte substituído (i.e. adquirente) praticaria um novo fato gerador (do ICMS-ST) quando da posterior revenda da mercadoria adquirida, a ensejar o recolhimento de ICMS-ST na saída da referida mercadoria, mas cujo montante a recolher será compensado com créditos fiscais decorrentes do recolhimento antecipado do ICMS-ST pelo contribuinte substituto (i.e. vendedor original) na operação anterior. 10. Entretanto, se assim fosse, seria de se esperar que a RFB ao menos reconhecesse a possibilidade de o adquirente de mercadoria para revenda (i.e. contribuinte substituído) reconhecer os efeitos fiscais da despesa relativa ao ICMS-ST, na forma do artigo 289 do RIR/99. Ocorre, contudo, que tal possibilidade foi expressamente afastada pela própria RFB na Solução de Consulta nº 60, de ( SC nº 60/12 ), oportunidade em que se considerou que o ICMS-ST retido pelo fornecedor do contribuinte substituído nos termos da legislação estadual, integra o custo de aquisição das respectivas mercadorias, visto que não é recuperável por este último, pelo que não pode ser contabilizado diretamente à conta de despesas tributárias, sob pena de redução indevida do lucro real correspondente ao período-base em que as citadas mercadorias não sejam vendidas. 11. Fica claro, portanto, que, a RFB efetivamente argumenta de acordo com a sua própria conveniência, sem rigor técnico, pois, ao mesmo tempo em que diz considerar que o ICMS-ST não integra o custo da mercadoria

10 revendida, quando lhe interessa negar o reconhecimento de créditos de PIS e COFINS (SC nº 106/14), também defende justamente o contrário, quando lhe interessa impedir o reconhecimento de despesas dedutíveis do IRPJ e da CSLL na forma do artigo 289 do RIR/99 (SC nº 60/12). 12. Chega-se, por fim, à terceira justificativa apresentada na SC nº 106/14, a qual transparece o aparente motivo real da discordância da RFB quanto ao reconhecimento de créditos fiscais de PIS e COFINS com relação ao ICMS-ST incidente sobre o preço das mercadorias adquiridas para revenda, qual seja, que tal creditamento essencialmente neutralizaria o efeito da inclusão do ICMS (na forma de ICMS-ST) na base de cálculo do PIS e da COFINS apurada pelo revendedor quando da revenda das referidas mercadorias o que configura, feiras as devidas ponderações, essencialmente a mesma questão de fundo alegada pelo fisco federal no RE nº /MG Sem qualquer surpresa, nota-se que a real discordância da RFB possivelmente tem justificativa financeira, ou seja, receio de perder arrecadação especialmente ante a proliferação das hipóteses de incidência do ICMS-ST, e não jurídica, vez que a fundamentação adotada na SC nº 106/14 tem rigor técnico tão reduzido que chega a ser inconsistente até mesmo com outras manifestações da própria RFB. 14. Considerado esse contexto, parecem existir bons fundamentos jurídicos para que os contribuintes, quando aplicável, considerem a possibilidade de passar a reconhecer créditos fiscais de PIS e COFINS com relação às mercadorias adquiridas para revenda, bem como questionem (ou procurem recuperar) os valores eventualmente exigidos pela (ou já recolhidos à) RFB sob esse título. 5 A inclusão do ICMS (e não do ICMS-ST) na base de cálculo do PIS e da COFINS possivelmente será analisada outra vez quando do julgamento da ADC nº 18/DF e/ou do RE nº /PR, neste último caso pela sistemática da repercussão geral. O Informativo TributAção é desenvolvido mensalmente pelos profissionais que integram a Área Tributária de Pinheiro Neto Advogados. Sócios da Área Tributária: São Paulo: Sérgio Farina Filho, Marcelo Mazon Malaquias, Ricardo Luiz Becker, Luciana Rosanova Galhardo, Mauro Berenholc, Eduardo Carvalho Caiuby, Luiz Roberto Peroba Barbosa, Tércio Chiavassa, Marcelo Marques Roncaglia, Giancarlo Chamma Matarazzo, Flávio Veitzman e Jorge Lopes. Rio de Janeiro: Carlos Henrique T. Bechara, Marcos de Vicq de Cumptich e Emir Nunes de Oliveira Neto. Colaboraram com esta edição: Sérgio Farina Filho, Marcelo Mazon Malaquias, Rodrigo de Sá Giarola, Rodrigo Martone, Diego Caldas R. de Simone, Otávio Henrique de C. Bertolino, Renato Caumo, Pedro Colarossi Jacob, João Rafael L. Gândara de Carvalho, Guilherme Villas Boas e Silva, Vinicius Pimenta Seixas, Mariana Monfrinatti de André, Andre Duarte Montuori, Fernando Watanabe, Luis Felipe Vieira Rangel RUA HUNGRIA, 1.100, SÃO PAULO, SP T.: +55 (11) F.: +55 (11) BRASIL RUA HUMAITÁ, 275, 16º ANDAR RIO DE JANEIRO, RJ T.: +55 (21) F.: +55 (21) BRASIL SAFS QUADRA 2, BLOCO B, 3º ANDAR, ED. VIA OFFICE, , BRASÍLIA, DF T.: +55 (61) F.: +55 (61) BRASIL PNA@PN.COM.BR

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