Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica"

Transcrição

1 Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica Conceitos fundamentais Arrasto total Transferência de calor

2 Fluido É qualquer substância que se deforma continuamente quando submetido a uma tensão de cisalhamento, ou seja, ele escoa. Fluidos existem como líquido (água, gasolina), gás (ar, hidrogênio) e como uma combinação de líquido e gás (vapor úmido).

3 Propriedades de um fluido São várias as propriedades que permitem distinguir os fluidos e que são independentes do seu movimento: Densidade; Pressão de vapor; Tensão superficial (atração molecular de um líquido próximo de uma superfície ou outro fluido); Velocidade do som (velocidade na qual a onda acústica se movimenta no fluido).

4 Fluidos incompressíveis x compressíveis Fluidos compressíveis São aqueles que apresentam variação na densidade quando escoam: usualmente os gases. Fluidos incompressíveis São aqueles que não apresentam variação da densidade quando escoam (densidade constante ao longo do escoamento): usualmente líquidos e alguns gases. Neste curso serão considerados apenas os fluidos incompressíveis (ideais).

5 Escoamento incompressível x compressível A diferença entre o escoamento incompressível e compressível pode ser verificado através do número de Mach: M Onde V é a velocidade do fluido e c é a velocidade do som. Esta equação permite determinar qual o escoamento de um fluido. V c

6 Movimento de um fluido Pode ser analisado segundo duas descrições: Lagrangiana: é a descrição de movimento na qual as partículas individuais são observadas em função do tempo. Torna-se uma tarefa bastante difícil quando o número de partículas é muito grande, como no escoamento de um fluido. Euleriana: é a descrição de movimento na qual as propriedades de escoamento (como a velocidade) são funções do espaço e do tempo. A região de escoamento considerada é o campo de escoamento.

7 Campo de escoamento Linhas de corrente: definidas como a linha contínua que é tangente aos vetores velocidade ao longo do escoamento num dado instante t. As linhas de corrente são sempre paralelas ao escoamento.

8 Escoamento externo X interno Escoamento externo é aquele que ocorre externamente a uma superfície sólida, onde o fluido está em contato com uma única fronteira sólida; Escoamento interno é aquele que possui fronteiras limitando o campo de escoamento: No escoamento interno, os efeitos viscosos causam perdas energéticas substanciais e são responsáveis por grande parte da energia necessária para transportar óleo e gás em tubulações.

9 Força externa total no VC A força externa total atuando em um VC é: F F + F + VC grav pres F vis F ρgv + (-n) P da + VC SC SC τ da

10 Tensão de cisalhamento Ao encontrar uma fronteira sólida, o fluido se deforma devido à aplicação de forças de cisalhamento (que agem paralelamente às superfícies do fluido). Enquanto esta força estiver atuando, o fluido continuará se deformando. Esta força é resultado de uma tensão (de cisalhamento) agindo sobre o fluido, que exerce uma oposição ao movimento do fluido. Energia deve ser fornecida para vencer esta resistência e manter o escoamento.

11 Tensão de cisalhamento Existem fluidos em que a relação entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação é linear e pode ser expressa por: τ x µ u y Viscosidade dinâmica Taxa de deformação É uma propriedade intensiva, também conhecida como viscosidade absoluta (SI : N.s/m 2 ) Apresenta valores tabelados variando com T e P.

12 Gradiente de velocidade Devido o princípio da aderência o fluido em contato com uma superfície sólida possui a velocidade da superfície. Na medida em que afasta da parede, a velocidade do fluido relativa à parede aumenta, variando desde a velocidade da superfície (zero) até um valor máximo finito (U). Essa variação de velocidade é chamado de perfil de velocidade ou gradiente de velocidade. A tensão de cisalhamento age no sentido de resistir ao movimento do fluido, sendo máxima na superfície onde não existe movimento relativo.

13 Camada limite hidrodinâmica É uma camada relativamente fina onde os u 0,99U em y δ efeitos das tensões viscosas de cisalhamento δ são preponderantes (escoamento viscoso), u 0 em y 0 existindo o gradiente de velocidade. A espessura da camada limite, δ, corresponde a distância a partir da qual o valor da velocidade do fluido corresponde a uma fração da velocidade a montante U. Logo: u 0 em y 0 u 0,99 U em y δ

14 Sem Viscosidade Com Viscosidade

15 Escoamento na camada limite Experimentos mostram que existem dois regimes de escoamento na camada limite: laminar e turbulento. Escoamento laminar: fortemente ordenado As partículas mantém seu padrão de comportamento; O mecanismo de difusão é somente o molecular; O escoamento se processa na forma de lâminas sobrepostas. Escoamento turbulento: fortemente desordenado As partículas não apresentam um padrão de comportamento; O mecanismo de difusão não é somente o molecular; Ocorre difusão devido ao movimento desordenado das partículas choques.

16 Escoamento na camada limite Os regimes de escoamento laminar e turbulento podem ser caracterizados considerando-se a relação entre a força de inércia numa partícula fluida e a força viscosa agindo nessa partícula fluida. Essa relação é adimensional e é conhecida como Número de Reynolds (Re). Re força força inercial viscosa M.a τ.a 3 ρl U L U µ L L 2 2 ρul µ UL ν ρul Re µ UL ν

17 Re cr em placas planas Existe um valor crítico de Re acima do qual o escoamento será turbulento e abaixo do qual será laminar. Este valor é conhecido como número de Reynolds de transição ou crítico. Experimentos realizados em uma placa plana lisa indicaram que o valor crítico de Re, baseado na distância ao longo da placa (a contar da borda do ataque) é aproximadamente 5 x Caso a superfície da placa seja rugosa, o valor de Re cr estará no intervalo 8 x x 10 5.

18 Escoamento em regime permanente X transiente No escoamento em regime permanente não há alteração das propriedades da partícula ao longo do tempo. Logo, as quantidades de interesse no escoamento de um fluido (como por exemplo velocidade, pressão e densidade) são independentes do tempo. No escoamento em regime transiente as propriedades da partícula se alteram ao longo do tempo.

19 Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica Arrasto viscoso e de pressão Arrasto total

20 Escoamento externo A medida que um fluido escoa ao passar por uma placa plana, o atrito exerce seu efeito de duas maneiras: Uma é a aplicação direta de uma força de atrito (viscosa) causada pela tensão de cisalhamento atuando sobre esta placa associado ao chamado arrasto viscoso ou de atrito. A outra está relacionada ao fato de os efeitos do atrito no fluido que escoa poderem alterar drasticamente o percurso do fluido em torno da placa plana. Estes efeitos causam uma queda de pressão irreversível na direção do escoamento (a pressão na parte posterior da placa é menor que na parte frontal) associado ao arrasto de pressão ou de forma. O arrasto total sobre a fronteira do VC é a combinação do arrasto de atrito com o de pressão.

21 Arrasto viscoso ou de atrito É o resultado do efeito da camada limite: É originário dos efeitos viscosos, associados à tensão de cisalhamento, atuantes nas paredes sólidas. A tensão de cisalhamento age no sentido de resistir ao movimento do fluido, ou seja, no sentido oposto a deslocamento no eixo x, e quando multiplicada pela área apropriada, resulta na força viscosa. Assim, esta força viscosa agirá SEMPRE no sentido de se opor ao movimento Quando define-se o VC e a sua superfície coincide com a superfície sólida, surge uma reação à esta tensão sobre esta superfície sólida, na direção positiva do deslocamento no eixo x, e oposta à direção da força viscosa sobre o fluido. Essa força de reação é chamada de força de arrasto viscosa.

22 Arrasto viscoso ou de atrito A tensão de cisalhamento é determinada pela viscosidade e pelo gradiente de velocidades. Devido as dificuldades de se determinar o gradiente de velocidades, pode-se determinar a tensão por meio do coeficiente de atrito de Fanno (C f ): C f τ p (1/2)ρU 2 ext Onde τp é a tensão de cisalhamento na parede do objeto Existem Cf tabelados para alguns objetos e para a camada limite laminar e a camada limite turbulenta. Muitas vezes, o Cf se obtém a partir da relação com o Re. Tais relações são tabeladas para diversos tipos de objetos.

23 Arrasto viscoso ou de atrito A força de arrasto viscosa (D f ) é determinada considerando que a força de arrasto de pressão é nula. Logo, D F é obtida pela multiplicação da tensão pela área do objeto: 2 D C (1/2)ρU A F f ext Existe uma expressão que permite determinar o arrasto de atrito para uma placa plana lisa tanto para a camada limite laminar quanto para a turbulenta. Esta expressão utiliza o coeficiente médio de atrito: D F C f (1/2)ρU 2 ext A

24 Coeficientes de arrasto de atrito

25 Arrasto de Pressão Em grande parte das situações existe uma gradiente de pressão na direção do escoamento do fluido. Conhecendo-se a área, haverá uma força de arrasto associado ao gradiente de pressão. O arrasto devido à pressão apresenta uma total dependência do formato do corpo, sendo por isso denominado também de arrasto de forma. Isso se dá, porque seu valor é atribuído de acordo com as distribuições de pressão ao longo da geometria submetida ao escoamento.

26 Arrasto de Pressão O arrasto de pressão vai contribuir para a resistência total sofrida pelo fluido e resultará num fenômeno chamado de separação do escoamento ou deslocamento da camada limite. No descolamento existe um gradiente de pressão entre a região frontal de estagnação (alta pressão) e a região do descolamento (baixa pressão).

27 Separação do escoamento 1 dp ρ dx U Nos bocais: A velocidade U do fluido está crescendo na direção do escoamento, du/dx > 0; Isto significa que o gradiente de pressão na direção do escoamento é negativo, dp/dx <0; Assim a força de pressão resultante no fluido age de forma favorável, na direção do escoamento. Nos difusores: A velocidade U está decrescendo na direção do escoamento, du/dx < 0; O gradiente de pressão é positivo, dp/dx > 0; E a resultante força de pressão age retardando o escoamento. Este gradiente de pressão é chamado de gradiente de pressão adverso. Isto quer dizer que a quantidade de movimento do fluido está decrescendo e o fluido próximo à superfície pode ser levado ao repouso numa distância qualquer a partir da parede (u0, y>0). Quando isto ocorre, o escoamento se separa. du dx

28

29 Arrasto total O arrasto total é soma do arrasto de atrito e de pressão: D D + T É determinado pelo coeficiente de arrasto, definido por: C Este coeficiente apresenta-se definido para cada tipo de objeto. F D T D 2 U ρ 2 A D P

30 Arrasto de pressão É obtido por aproximação a partir do arrasto total e do arrasto de atrito. O arrasto de atrito é calculado conhecendose a área da superfície do objeto e o número de Reynolds do escoamento e considerando o arrasto de pressão nulo. A diferença entre o arrasto total e o arrasto de atrito fornece o arrasto de pressão.

31

32 Arrasto total em placas planas No caso do escoamento de um fluido ocorrer paralelo ao comprimento de uma placa plana, a contribuição do arrasto de pressão é nula pois somente os efeitos viscosos predominam. Logo, só há o arrasto de atrito. Quando o escoamento do fluido for normal à placa plana, o arrasto por unidade de largura refere-se apenas ao arrasto de pressão, pois a tensão de cisalhamento será normal ao escoamento. Logo não há arrasto de atrito.

33 Força de arrasto A redução da força de arrasto é muito importante para o desenvolvimento de aviões, caminhões e automóveis mais econômicos. O arrasto total multiplicado pela velocidade de tráfego gera a potência necessária para vencer os efeitos viscosos e de pressão e equivale a uma parcela significativa da potência total que deve ser produzida pelo motor do veículo. Por isto, várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas para determinar métodos de redução de arrasto para diferentes objetos em movimento.

34 Capítulo 6: Escoamento Externo Efeitos térmicos

35 Condução Transferência de Calor É a energia que está sendo transferida através de uma substância (sólido ou fluido) em função do gradiente de temperatura dentro da própria substância. Convecção É a energia transferida entre um fluido e uma superfície sólida em função do movimento do fluido. Pode ser: Natural e forçada. Radiação É a energia transferida por ondas eletromagnéticas.

36 Convecção forçada x natural Quando o movimento do fluido é gerado por um dispositivo externo ao sistema, a convecção é forçada. Caso contrário, é natural: Nesse caso, a transferência de calor em si garante a fonte necessária para realizar o movimento. Essa força surge devido às diferenças de densidades quando se aquece o fluido. Normalmente não se verifica velocidade do fluido.

37 Fluxo de Calor por Convecção Pode ser determinado por: h. A.( T T p Q ) Calor total transferido em [W]. Onde h coeficiente de transferência de calor por convecção; Tp temperatura da superfície; T temperatura do fluido fora da camada limite. Ou q& " h.( T T p ) Fluxo de calor por unidade de área [W/m 2 ].

38 h médio Desta forma, é definido um valor médio para h como: h L 0 h s dx L Q& h. A.( T p T )

39 Camada limite térmica Caso a superfície sólida esteja a uma temperatura diferente da corrente livre de escoamento (fora da camada limite), uma camada limite térmica também será formada. Sua taxa de desenvolvimento e espessura são semelhantes aos da camada limite hidrodinâmica. A relação entre as camadas limite térmica e hidrodinâmica é indicada pelo número de Prandtl: P r ν α c pµ k Pr de vários fluidos está tabelado (Tabela A-8 e outras).

40 Camada limite térmica N. Prandtl, Pr Pr ν α δ δ h T Onde ν é a viscosidade cinemática e α é a difusividade térmica. O Pr pode ser interpretado como a razão entre as espessuras das camadas limites hidrodinâmica e térmica.

41 Camada limite térmica x hidrodinâmica δ h δ T ( 1 3) Regime δ h 1, 026Pr 1 Laminar δ T Regime Turbulento

42 Perfil de temperatura: aquecimento e resfriamento do fluido T T T δ T T p T p Aquecimento T p > T Resfriamento T p < T

43 Número de Nusselt Da definição de h e de camada limite térmica, podese escrever que: h x k δ T h k x 1 δ T hxx k x δ Correlações para determinar o coef. de transf. de calor por convecção (h) são usualmente expressas em termos do número de Nusselt local ou médio. T Nu x N u h x k hl k x

44 Número de Nusselt Nu x hxx k f ( Re, Pr) A forma exata da relação funcional vai depender da configuração geométrica da superfície, da natureza do escoamento e das condições de contorno térmicas na superfície. As condições de contorno térmicas usuais são: Temperatura uniforme na superfície; Fluxo de calor uniforme.

45 Nu: Convecção Forçada Temperatura da Parede Uniforme Re x < < Re x < Propriedades avaliadas em T Transição: < Re x < Nu Nu + Nu 2 2 T L Expressão para valor médio de Nu é válida somente se 0,5 < Pr < 2000

46 Nu: Convecção Forçada Fluxo de Calor Uniforme PLACA PLANA LISA Laminar: Nu x 1/ 2 1/ 3 ( Re ) Pr 0, 46 x Turbulento: Nu x 0, 8 0, 0296 Re x 0, , 185 Re x (Pr Pr 2 / 3 1) N u T 1 + 0,037 Re 2,443 Re 0,1 Pr (Pr 0,8 2 / 3 1)

47 Analogia entre atrito e calor Quando Pr 1, as camadas limite térmica e hidrodinâmica são idênticas, ou seja, existe uma semelhança entre a quantidade de movimento e de calor transferido. Pode haver uma relação simples entre o coef. de arrasto de atrito e coef. médio de transferência de calor em uma placa plana: St C f h Nu 2 ρc p U Re L Pr

48 Analogia entre atrito e calor Para o intervalo 0,6 < Pr < 60: C 2 f St Pr 2 3 Chilton-Colburn válida para: i) escoamento laminar numa placa plana e ii) escoamentos turbulentos sobre superfícies planas ou com curvaturas. Útil para calcular coef. transferência de calor em superfícies rugosas.

49 Convecção natural g (Tp T Grx β 2 ν )x 3 (número de Grashof) Onde g 9,08 m/s 2 β coeficiente de expansão volumétrica (para gás ideal β 1/Tf onde T f (T p +T )/2) Ra x Gr x.pr (número de Rayleigh) Para a placa plana vertical, a transição do escoamento laminar para o turbulento ocorre a Ra x 10 9

50 Nu: Convecção Natural Placa Plana Isotérmica Vertical Propriedades avaliadas em T f

51 Nu: Convecção Natural Placa Plana Isotérmica Horizontal Onde L área/perímetro

52

53 Correlações para cilindros e esferas 1< Re Lc < 10 5 & 0,6 < Pr < 1000 Escoamento Forçado Número de Nusselt médio para outros objetos de formas variadas com temperatura de parede uniforme: 2 lam Nu Nu0 + Nu + Nu onde o comprimento característico L c (Re e Nu) e Nu 0 são dados na tabela 6-5: 2 tur

54 Correlações para cilindros e esferas Re Lc < 1 & 0,6 < Pr < 1000 Escoamento Forçado Fio, cilindros e tubos: Esferas: Nu 1 01(Re Nu, Lc 0 75(Re Pr), Lc 1/ 3 Pr) 1/ 3 onde o comprimento característico L c (Re e Nu) e Nu 0 são dados na tabela 6-5

55 Correlação para cilindros e esferas convecção natural Correlação geral para cálculo do coef. transf. calor em convecção natural para objetos de formas variadas (válida para regiões laminar e turbulenta): Nu ξ Nu ( Pr ) ( ) ( ) ( ) Ra 0, 5 Pr Lc ξ Pr ( ) ( 16 9 ) 9 6 O comprimento característico L C (Ra e Nu) e Nu 0 são dados na Tabela 6-6.

56 Convecção Natural x Forçada Para cada situação haverá uma correlação específica para Nu. Deve-se tomar cuidado ao se determinar os parâmetros de referência pois: Convecção forçada: propriedades físicas avaliadas na temperatura do escoamento externo. Assim, Re, Pr e Nu têm seus parâmetros avaliados por T ext (ou T ).

57 Convecção Natural x Forçada Para cada situação haverá uma correlação específica para Nu. Deve-se tomar cuidado ao se determinar os parâmetros de referência pois: Convecção natural: propriedades físicas avaliadas na temperatura da película (filme), que é uma média entre a T da parede e a externa: T f (T p +T )/2. Assim, β, Gr e Ra têm suas propriedades avaliadas por Tf.

58 Regime laminar x turbulento Quem irá definir se o escoamento em uma placa plana se encontra em uma ou outra região será o número de Reynolds (convecção forçada) ou o número de Rayleigh (convecção natural): Para cada geometria há um valor de Reynolds e de Rayleigh diferente para definir essa transição. Para cada regime, laminar ou turbulento, haverá uma correlação específica para Nu.

59 Procedimento de cálculo fluxo de calor Determinar se o fluxo de calor ocorre por convecção forçada ou natural e se o regime é laminar ou turbulento (a partir de Re ou Ra) Calcular Nu (Nu h.l/k) usando as correlações Determinar h (h Nu.k/L) Calcular fluxo calor por área (q ): q h.(t p -T ) EM-524 Fenômenos Calcular de Transporte taxa de calor Q: Q q.a

60 CONVECÇÃO FORÇADA PLACA PLANA propriedades avaliadas T ext T Nu x Eq Laminar Re x < local Q T Nu x Eq Nu Eq médio Q Nu não há Transição <Re x < médio T Nu ( Nu L ) + ( NuT ) Turbulento <Re x <10 7 local médio T Q T Q 2 2 Nu x Eq Nu Eq Nu Eq Nu Eq. 6.37

61 CONVECÇÃO NATURAL PLACA PLANA propriedades avaliadas (T P +T ext )/2 Vertical T Q Ra L Eq Ra L * Eq laminar Ra L < 10 9 turbulento laminar Ra < 10 9 turbulento local médio local médio local médio local médio Nu x Eq Nu x Eq Nu Eq Nu x Eq Nu x Eq Nu Eq Horizontal T Q/F 10 4 <Ra L < <Ra L <10 11 Nu Eq Nu Eq F/Q 10 5 <Ra L <10 10 Nu Eq. 6.57

62 CONVECÇÃO CILINDROS, TUBOS E ESFERAS propriedades avaliadas T ext Convecção Forçada Isotérmica 0.6<Pr<1000 Re LC <1 1<Re LC <10 5 cilindros Nu x Eq esferas Nu x Eq ( ) ( ) 2 2 Nu Nu + Nu + Nu 0 L T Eq Nu Eq Nu Eq Nu 0 &Lc Tab. 6.5 Convecção Natural Isotérmica Lam/Turb. Nu Ra LC ξ Pr Nu Eq ξ Eq Nu 0 & Lc Tab. 6.6

63 Exercícios - Capítulo 6 Escoamento externo: efeitos viscosos e térmicos Proposição de exercícios: 6.8/ 6.12/ 6.22/ 6.24/ 6.25/ 6.27/ 6.29/ 6.33/ 6.34/ 6.35/ 6.38/ 6.39/ 6.40/ 6.42

64 Exercício 1: Um arremessador em um jogo de beisebol é cronometrado enquanto arremessa uma bola a 90 mph através do ar a 60 o F. Se o diâmetro da bola for de 2,80 in, calcule a força de arrasto sobre ela supondo que os efeitos da rugosidade na superfície são desprezíveis. Escoamento externo Arrasto

65 Exercício 1: Um arremessador em um jogo de beisebol é cronometrado enquanto arremessa uma bola a 90 mph através do ar a 60 o F. Se o diâmetro da bola for de 2,80 in, calcule a força de arrasto sobre ela supondo que os efeitos da rugosidade na superfície são desprezíveis. d 2,8 in 7,11*10-2 m U 90 mph 40,2 m/s Propriedades do ar (60 o F 15,6 o C): ν 14,69*10-6 m 2 /s ρ 1,2229 kg/m 3 A força de arrasto total será: C D 1 2 D ρu D C 1 D 2 A 2 esf ρu 2 A esf

66 Exercício 1: Um arremessador em um jogo de beisebol é cronometrado enquanto arremessa uma bola a 90 mph através do ar a 60 o F. Se o diâmetro da bola for de 2,80 in, calcule a força de arrasto sobre ela supondo que os efeitos da rugosidade na superfície são desprezíveis. d 2,8 in 7,11*10-2 m U 90 mph 40,2 m/s Propriedades do ar (60 o F 15,6 o C): ν 14,69*10-6 m 2 /s ρ 1,2229 kg/m 3 2 U * d 40,2*7,11*10 Re 1,95*10 6 ν 14,69*10 5 Fig : 6 15 C D 0,4 D , 4* 1, 2229*( 40, 2) * 4π ( 7, 11* 10 / 2) CD ρu Aesf 6, 27N 2 2

67 Exercício 2: Um lâmpada de 40W, de 10 cm de diâmetro, instalada externamente está exposta ao ar que está a 14 o C e na velocidade de 5m/s. Foi observado que a temperatura de sua superfície mantém-se aproximadamente em 36 o C. Estime a taxa de perda de calor por convecção do bulbo considerando que a lâmpada seja esférica. Tar 14º C Uar 5 m/s 40W d10cm Ts 36º C Escoamento externo Convecção forçada Temperatura da parede uniforme

68 Exercício 2: Um lâmpada de 40W, de 10 cm de diâmetro, instalada externamente está exposta ao ar que está a 14 o C e na velocidade de 5m/s. Foi observado que a temperatura de sua superfície mantém-se aproximadamente em 36 o C. Estime a taxa de perda de calor por convecção do bulbo considerando que a lâmpada seja esférica. 40W d10cm Nu médio para uma esfera (1< ReLc < 10 5 & 0.6 < Pr < 1000): 2 2 Nu Nu0 + Nulam + Nutur Tar 14º C Uar 5 m/s Ts 36º C Propriedades do ar a 14º C: c p 1005J / kg µ 17, ν 13, o kg / m. s m C 2 / s ρ 1, 246kg / m k 24, Pr 0, 716 Q ha( T T ) p Re UL c /ν 5*0,1/13, , & 3 3 W / m C o

69 Exercício 2: Um lâmpada de 40W, de 10 cm de diâmetro, instalada externamente está exposta ao ar que está a 14 o C e na velocidade de 5m/s. Foi observado que a temperatura de sua superfície mantém-se aproximadamente em 36 o C. Estime a taxa de perda de calor por convecção do bulbo considerando que a lâmpada seja esférica. Tar 14º C Para esferas Nu o 2,0 c p 1005J / kg µ 17, ν 13, W d10cm o kg / m. s m C 2 / s Var 5 m/s Ts 36º C ρ 1, 246kg / m k 24, Pr 0, o W / m C Nu Lc d 0,1m Nu laminar: Nu L 0,664(Re Lc ) Nu turbulento: Nu T 1/ 2 0,8 0,037 Re Lc 0,1 1+ 2,443Re Lc Pr Pr (Pr 1/3 2/3 115,8 1) 2 2 Nu 0 + Nulam + Nutur

70 Exercício 2: Um lâmpada de 40W, de 10 cm de diâmetro, instalada externamente está exposta ao ar que está a 14 o C e na velocidade de 5m/s. Foi observado que a temperatura de sua superfície mantém-se aproximadamente em 36 o C. Estime a taxa de perda de calor por convecção do bulbo considerando que a lâmpada seja esférica. 40W d10cm Tar 14º C Var 5 m/s Ts 36º C O coeficiente de calor médio será: h Nu. k L c 189* 24, ,1 47 W/m E a taxa de perda de calor será: 2 Q& ha( T T ) 47* 4π ( 0, 05) *( 36 14) 32,5 W p c p 1005J / kg µ 17, ν 13, o kg / m. s m C 2 / s ρ 1, 246kg / m k 24, Pr 0, W / m o C 2o C

71 Exercício 3: Um condutor elétrico tem a forma de um cilindro com diâmetro D 25 mm e comprimento igual a 1 m. Ele é posicionado na horizontal e a temperatura de sua superfície igual a 60 o C, enquanto que o ar que o circunda tem temperatura de 20 o C. Determine a potência em W dissipada pelo condutor no ambiente. Utilize a relação proposta onde a dimensão característica L é o próprio diâmetro D. Escoamento externo Convecção natural

72 Exercício 3: Um condutor elétrico tem a forma de um cilindro com diâmetro D 25 mm e comprimento igual a 1 m. Ele é posicionado na horizontal e a temperatura de sua superfície igual a 60 o C, enquanto que o ar que o circunda tem temperatura de 20 o C. Determine a potência em W dissipada pelo condutor no ambiente. Utilize a relação proposta onde a dimensão característica L é o próprio diâmetro D. Nu Ra D D 0, ρ c p gβ ( T ( 9/16 1+ (0,559 / Pr) ) p µ. k 0,387Ra T ar ) D 3 1/ 6 D 8/ 27 2 Tf (Tp+T )/2 40ºC Propriedades do ar a 40º C: cp1006,8 J/kg.ºC; ρ1,1273 kg/m 3 ; ν1, m 2 /s; k2, W/mºC; Pr0,71; β1/tf 0,0032 K

73 Exercício 3: Um condutor elétrico tem a forma de um cilindro com diâmetro D 25 mm e comprimento igual a 1 m. Ele é posicionado na horizontal, a temperatura de sua superfície igual a 60 o C enquanto que o ar que o circunda tem temperatura de 20 o C. Determine a potência em W dissipada pelo condutor no ambiente. Utilize a relação proposta onde a dimensão característica L é o próprio diâmetro D. Ra D 2 ρ c p gβ ( T p µ. k T ar ) D 3 4, Nu D / 6 0, 387RaD, 8/ 27 ( 9/ ( 0, 559 / Pr) ) 2 6, 5 Q& h Nu D. D k 2o W/m ha( Tp T ) hpl( Tp T ) 7* π * 0, 025* 1*( 60 20) 7 C 22 W

74 Exercício 4: Uma piscina externa aquecida (15 m de largura e 30 m de comprimento) em uma estação de esqui é coberta durante a noite para reduzir a perda de calor. Numa noite típica de inverno, a temperatura do ar está a -10 ºC e o vento sopra à velocidade de 3 m/s sobre a piscina na direção de seu comprimento. Considerando que a temperatura da cobertura da piscina em contato com o ar é de 25 ºC, estime a taxa média de energia (kw) transferida para manter a temperatura da piscina constante. Suponha que os lados e o fundo da piscina estejam bem isolados. Escoamento Externo Convecção forçada Temperatura da parede uniforme

75 Exercício 4: Uma piscina externa aquecida (15 m de largura e 30 m de comprimento) em uma estação de esqui é coberta durante a noite para reduzir a perda de calor. Numa noite típica de inverno, a temperatura do ar está a -10 ºC e o vento sopra à velocidade de 3 m/s sobre a piscina na direção de seu comprimento. Considerando que a temperatura da cobertura da piscina em contato com o ar é de 25 ºC, estime a taxa média de energia (kw) transferida para manter a temperatura da piscina constante. Suponha que os lados e o fundo da piscina estejam bem isolados. Q& h. A.( Tp T Piscina: 15 m largura x 30 m comprimento T -10º C Propriedades do ar -10º C: Tp 25º C U 3 m/s ) cp 1,0056 kj/kg.ºc ρ 1,3414 kg/m3 µ 16, kg/m.s ν 12, m2/s k 23, W/m.ºC Pr 0,721

76 Exercício 4: Uma piscina externa aquecida (15 m de largura e 30 m de comprimento) em uma estação de esqui é coberta durante a noite para reduzir a perda de calor. Numa noite típica de inverno, a temperatura do ar está a -10 ºC e o vento sopra à velocidade de 3 m/s sobre a piscina na direção de seu comprimento. Considerando que a temperatura da cobertura da piscina em contato com o ar é de 25 ºC, estime a taxa média de energia (kw) transferida para manter a temperatura da piscina constante. Suponha que os lados e o fundo da piscina estejam bem isolados. ρul UL 3* 30 Re 7, µ ν 12, O escoamento é turbulento (Re > ) Nu T 1+ 0, 037 Re 2, 443Re 0, 1 0, 8 Pr (Pr 2 / 3 1) Nu T 1+ 0, 037( 7, , 443( 7, ) 6 ) 0, 8 0, 1 * 0, 721 ( 0, / 3 1) 9,

77 Exercício 4: Uma piscina externa aquecida (15 m de largura e 30 m de comprimento) em uma estação de esqui é coberta durante a noite para reduzir a perda de calor. Numa noite típica de inverno, a temperatura do ar está a -10 ºC e o vento sopra à velocidade de 3 m/s sobre a piscina na direção de seu comprimento. Considerando que a temperatura da cobertura da piscina em contato com o ar é de 25 ºC, estime a taxa média de energia (kw) transferida para manter a temperatura da piscina constante. Suponha que os lados e o fundo da piscina estejam bem isolados. Nu hl k h Nu. k L 9, *23, ,05W / m 2o C Q& 5 h. A.( Tp T ) 7,05* (15*30)(25 ( 10)) 1,11.10 W 111kW

78 Existem tópicos do Cap. 6 que não foram revisados para a execução dos exercícios anteriores. Eles precisarão ser estudados para a resolução dos exercícios recomendados do livro.

79 FIM!

Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica

Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica Conceitos fundamentais Fluido É qualquer substância que se deforma continuamente quando submetido a uma tensão de cisalhamento, ou seja, ele escoa. Fluidos

Leia mais

Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica

Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica Capítulo 6: Escoamento Externo Hidrodinâmica Arrasto viscoso e de pressão Arrasto total Campo de escoamento Linhas de corrente: definidas como a linha contínua que é tangente aos vetores velocidade ao

Leia mais

Transferência de Calor Escoamentos Externos

Transferência de Calor Escoamentos Externos Transferência de Calor Escoamentos Externos There Are Three Kinds of Heat Transfer: Conductive: one object transfers heat directly through contact with another object. Radiation: This is when heat is transferred

Leia mais

EM-524 : aula 13. Capítulo 06 Escoamento Externo Efeitos Viscosos e Térmicos

EM-524 : aula 13. Capítulo 06 Escoamento Externo Efeitos Viscosos e Térmicos EM-54 : aula Capítulo 06 Escoamento Eterno Efeitos Viscosos e érmicos 6.6 Coeficiente de ransferência de Calor por Convecção; 6.7 ransferência de Calor por Convecção Forçada; 6.8 ransferência de Calor

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Aletas e Convecção em Escoamento Interno e Externo Prof. Universidade Federal do Pampa BA000200 Campus Bagé 19 de junho de 2017 Transferência de Calor: Convecção 1 / 30 Convecção

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Escoamento Sobre uma Placa Plana Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade

Leia mais

h coeficiente local de transferência de calor por convecção h coeficiente médio de transferência de calor por convecção para toda a superfície

h coeficiente local de transferência de calor por convecção h coeficiente médio de transferência de calor por convecção para toda a superfície \CONVECÇÃO FORÇADA EXTERNA " Fluxo térmico: q h(tsup T ) h coeficiente local de transferência de calor por convecção Taxa de transferência de calor q ha sup (T sup T ) h coeficiente médio de transferência

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Escoamento Cruzado Sobre Cilindros e Esferas Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade

Leia mais

Transmissão de Calor I - Prof. Eduardo Loureiro

Transmissão de Calor I - Prof. Eduardo Loureiro Camada limite de velocidade As partículas de fluido em contato com a superfície têm velocidade nula. Essas partículas atuam no retardamento do movimento das partículas da camada de fluido adjacente superior

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Introdução à Convecção Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal de

Leia mais

TRANSMISSÃO DE CALOR resumo

TRANSMISSÃO DE CALOR resumo TRANSMISSÃO DE CALOR resumo convecção forçada abordagem experimental ou empírica Lei do arrefecimento de Newton Taxa de Transferência de Calor por Convecção 𝑞"#$ ℎ𝐴 𝑇 𝑇 ℎ 1 𝐴 ℎ - Coeficiente Convectivo

Leia mais

ESTE Aula 1- Introdução à convecção. A camada limite da convecção

ESTE Aula 1- Introdução à convecção. A camada limite da convecção Universidade Federal do ABC ESTE013-13 Aula 1- Introdução à convecção. A camada limite da convecção Convecção Definição: Processo de transferência de calor entre uma superfície e um fluido adjacente, quando

Leia mais

Mecanismos de transferência de calor

Mecanismos de transferência de calor Mecanismos de transferência de calor Condução Potência calor: Q cond A T 1 T x : condutibilidde térmica; A: área de transferência x: espessura ao longo da condução T 1 T : diferença de temperatura ifusividade

Leia mais

ESTE Aula 2- Introdução à convecção. As equações de camada limite

ESTE Aula 2- Introdução à convecção. As equações de camada limite Universidade Federal do ABC ESTE013-13 Aula - Introdução à convecção. As equações de camada limite EN 41: Aula As equações de camada limite Análise das equações que descrevem o escoamento em camada limite:

Leia mais

EM34B Transferência de Calor 2

EM34B Transferência de Calor 2 EM34B Transferência de Calor 2 Prof. Dr. André Damiani Rocha arocha@utfpr.edu.br Convecção Forçada Escoamento Externo 2 Convecção Forçada: Escoamento Externo Escoamento Externo É definido como um escoamento

Leia mais

Convecção Forçada Externa

Convecção Forçada Externa Convecção Forçada Externa Força de arrasto e sustentação Arrasto: força que o escoamento exerce na sua própria direção. Corpos submetidos a escoamento de fluidos são classificados: Região separada: Uma

Leia mais

Escoamentos não isotérmicos

Escoamentos não isotérmicos Escoamentos não isotérmicos Profa. Mônica F. Naccache 1 Condições de contorno: paredes sólidas e interfaces Tipos: Fronteira livre Fronteira limitada: paredes ou interfaces Condição cinemáeca conservação

Leia mais

Transferência de Calor 1

Transferência de Calor 1 Transferência de Calor Guedes, Luiz Carlos Vieira. G94t Transferência de calor : um / Luiz Carlos Vieira Guedes. Varginha, 05. 80 slides; il. Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader Modo de Acesso: World

Leia mais

EN 2411 Aula 4 Escoamento externo. Escoamento cruzado em cilindros e esferas

EN 2411 Aula 4 Escoamento externo. Escoamento cruzado em cilindros e esferas Universidade Federal do ABC EN 2411 Aula 4 Escoamento externo. Escoamento cruzado em cilindros e esferas EN2411 Consideremos o escoamento de um fluido na direção normal do eixo de um cilindro circular,

Leia mais

3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA

3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA 3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA CONVECÇÃO FORÇADA NO INTERIOR DE TUBOS Cálculo do coeficiente de transferência de calor e fator de atrito Representa a maior resistência térmica, principalmente se for um gás

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Convecção Natural - Parte 2 Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

Capitulo 6. Escoamento Externo

Capitulo 6. Escoamento Externo Fenômenos de Transporte Capitulo 6 Escoamento Externo Prof. Dr. Christian J. Coronado Rodriguez IEM - UNIFEI Força de arrasto e sustentação (exemplo) UNIFEI 2013 Estado de forças no fluido Características

Leia mais

Convecção (natural e forçada) Prof. Dr. Edval Rodrigues de Viveiros

Convecção (natural e forçada) Prof. Dr. Edval Rodrigues de Viveiros Convecção (natural e forçada) Prof. Dr. Edval Rodrigues de Viveiros Convecção natural Convecção forçada Convecção natural A transmissão de calor por convecção natural ocorre sempre quando um corpo é

Leia mais

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO RANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO ransferência de energia entre uma superfície e um fluido em movimento sobre essa superfície Fluido em movimento, u, s > A convecção inclui a transferência de energia

Leia mais

EN Escoamento interno. Considerações fluidodinâmicas e térmicas

EN Escoamento interno. Considerações fluidodinâmicas e térmicas Universidade Federal do ABC EN 411 - Escoamento interno. Considerações fluidodinâmicas e térmicas Considerações fluidodinâmicas Escoamento laminar dentro de um tubo circular de raio r o, onde o fluido

Leia mais

Transferência de calor por convecção

Transferência de calor por convecção Transferência de calor Transferência de calor por convecção Escoamento sobre cilindros e esferas º. semestre, 016 Cilindros e esferas Um escoamento externo muito comum envolve o movimento de um fluido

Leia mais

FENÔMENOS DOS TRANSPORTES. Definição e Conceitos Fundamentais dos Fluidos

FENÔMENOS DOS TRANSPORTES. Definição e Conceitos Fundamentais dos Fluidos Definição e Conceitos Fundamentais dos Fluidos Matéria Sólidos Fluidos possuem forma própria (rigidez) não possuem forma própria; tomam a forma do recipiente que os contém Fluidos Líquidos Gases fluidos

Leia mais

TRANSP. BRAS. GAS. BOLÍVIA-BRASIL GERAL SIMULAÇÃO ÍNDICE DE REVISÕES DESCRIÇÃO E / OU FOLHAS ATINGIDAS

TRANSP. BRAS. GAS. BOLÍVIA-BRASIL GERAL SIMULAÇÃO ÍNDICE DE REVISÕES DESCRIÇÃO E / OU FOLHAS ATINGIDAS GOPE CAT. : ÁREA DE ATIVIDADE: SERVIÇO: TÍTULO : TRANSP. BRAS. GAS. BOLÍVIA-BRASIL GERAL SIMULAÇÃO de 9 METODOLOGIA DE CÁLCULO DO COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR REV. ÍNDICE DE REVISÕES DESCRIÇÃO

Leia mais

Lista de Exercícios para P2

Lista de Exercícios para P2 ENG 1012 Fenômenos de Transporte II Lista de Exercícios para P2 1. Estime o comprimento de onda que corresponde à máxima emissão de cada de cada um dos seguintes casos: luz natural (devido ao sol a 5800

Leia mais

h coeficiente local de transferência de calor por convecção h coeficiente médio de transferência de calor por convecção para toda a superfície

h coeficiente local de transferência de calor por convecção h coeficiente médio de transferência de calor por convecção para toda a superfície CONVECÇÃO FORÇADA EXTERNA " Fluo térmico: q h(tsup T ) h coeficiente local de transferência de calor por convecção Taa de transferência de calor q ha sup (T sup T ) h coeficiente médio de transferência

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Escoamento Interno - Parte 2 Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Convecção Natural - Parte 1 Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

Fenômeno de Transportes A PROFª. PRISCILA ALVES

Fenômeno de Transportes A PROFª. PRISCILA ALVES Fenômeno de Transportes A PROFª. PRISCILA ALVES PRISCILA@DEMAR.EEL.USP.BR Proposta do Curso Critérios de Avaliação e Recuperação Outras atividades avaliativas Atividades experimentais: Será desenvolvida

Leia mais

Vicente Luiz Scalon. Disciplina: Transmissão de Calor

Vicente Luiz Scalon. Disciplina: Transmissão de Calor Convecção Forçada Externa Vicente Luiz Scalon Faculdade de Engenharia/UNESP-Bauru Disciplina: Transmissão de Calor Sumário Método Empírico Camada Limite Teoria de Prandtl Solução de Blasius Convecção Laminar

Leia mais

EM34B Transferência de Calor 2

EM34B Transferência de Calor 2 EM34B Transferência de Calor 2 Prof. Dr. André Damiani Rocha arocha@utfpr.edu.br Parte II: 2 Estudo da Transferência de Calor por Convecção 02 Objetivos 1. Mecanismo físico: o o o Origem física; Parâmetros

Leia mais

RESUMO MECFLU P2. 1. EQUAÇÃO DE BERNOULLI Estudo das propriedades de um escoamento ao longo de uma linha de corrente.

RESUMO MECFLU P2. 1. EQUAÇÃO DE BERNOULLI Estudo das propriedades de um escoamento ao longo de uma linha de corrente. RESUMO MECFLU P2 1. EQUAÇÃO DE BERNOULLI Estudo das propriedades de um escoamento ao longo de uma linha de corrente. Hipóteses Fluido invíscido (viscosidade nula) não ocorre perda de energia. Fluido incompressível

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13 Exame de 3ª época, 19 de Julho de 2013 Nome : Hora : 15:00 Número: Duração : 3 horas 1ª Parte : Sem consulta 2ª Parte : Consulta

Leia mais

Universidade Federal do ABC. EN 2411 Aula 10 Convecção Livre

Universidade Federal do ABC. EN 2411 Aula 10 Convecção Livre Universidade Federal do ABC EN 2411 Aula 10 Convecção ivre Convecção ivre Convecção natural (ou livre): transferência de calor que ocorre devido às correntes de convecção que são induzidas por forças de

Leia mais

Escoamentos externos. PME2230 Mecânica dos Fluidos I

Escoamentos externos. PME2230 Mecânica dos Fluidos I Escoamentos externos PME2230 Mecânica dos Fluidos I Aplicações Aeronaves Veículos terrestres Embarcações e submarinos Edificações Camada limite Camada limite: região delgada próxima à parede, onde as tensões

Leia mais

Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica

Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica Prof. Fernando Porto Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica Camada Limite Incompressível Laminar: Escoamento de Fluidos ao Redor de Corpos Submersos 4ª Parte Introdução Se o corpo estiver se movendo

Leia mais

Aula 21 Convecção Natural

Aula 21 Convecção Natural Aula 1 Convecção Natural UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de

Leia mais

2 Fundamentos Teóricos

2 Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos.1.Propriedades Físicas dos Fluidos Fluidos (líquidos e gases) são corpos sem forma própria; podem se submeter a variações grandes da forma sob a ação de forças; quanto mais fraca a

Leia mais

Capítulo 08 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO EM REGIME TRANSIENTE

Capítulo 08 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO EM REGIME TRANSIENTE Os exercícios e figuras deste texto foram retirados de diversas referências bibliográficas listadas no programa da disciplina 1 FENÔMENOS DE TRANSPORTE Capítulo 08 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO

Leia mais

AULA 18 CONVECÇÃO NATURAL OU LIVRE

AULA 18 CONVECÇÃO NATURAL OU LIVRE Notas de aula de PME 361 Processos de Transferência de Calor 137 AUA 18 CONVECÇÃO NATURA OU IVRE Nos dois casos anteriormente estudados, convecção interna e eterna, havia o movimento forçado do fluido

Leia mais

Capítulo 9 - Convecção Natural

Capítulo 9 - Convecção Natural Capítulo 9 - Convecção Natural Movimento do fluido ocorre quando a força de corpo age num fluido com gradiente de densidade (causado por eemplo por Δ) força de empuo Velocidades são menores do que na convecção

Leia mais

Introdução a Cinemática Escoamento Laminar e Turbulento Número de Reinalds

Introdução a Cinemática Escoamento Laminar e Turbulento Número de Reinalds Disciplina: Fenômeno de AULA 01 unidade 2 Transporte Introdução a Cinemática Escoamento Laminar e Turbulento Número de Reinalds Prof. Ednei Pires Definição: Cinemática dos fluidos É a ramificação da mecânica

Leia mais

Módulo II Energia, Calor e Trabalho

Módulo II Energia, Calor e Trabalho Módulo II Energia, Calor e Trabalho Energia A energia pode se manifestar de diversas formas: mecânica, elétrica, térmica, cinética, potencial, magnética, química e nuclear. A energia total de um sistema

Leia mais

Lista de exercícios Caps. 7 e 8 TMEC-030 Transferência de Calor e Massa Período especial 2017/2

Lista de exercícios Caps. 7 e 8 TMEC-030 Transferência de Calor e Massa Período especial 2017/2 Lista de exercícios Caps. 7 e 8 TMEC-030 Transferência de Calor e Massa Período especial 2017/2 1. (Incropera et al., 6 ed., 7.2) Óleo de motor a 100ºC e a uma velocidade de 0,1 m/s escoa sobre as duas

Leia mais

EM-524 Fenômenos de Transporte

EM-524 Fenômenos de Transporte EM-524 Fenômenos de Transporte Livro : Introdução às Ciências Térmicas F.W. Schmidt, R.E. Henderson e C.H. Wolgemuth Editora Edgard Blücher Denilson Boschiero do Espirito Santo DE FEM sala : ID301 denilson@fem.unicamp.br

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTE Definições e Conceitos Fundamentais

FENÔMENOS DE TRANSPORTE Definições e Conceitos Fundamentais FENÔMENOS DE TRANSPORTE Definições e Conceitos Fundamentais CAPÍTULO 1. DEFINIÇÕES E CONCEITOS FUNDAMENTAIS 1 FENÔMENOS DE TRANSPORTE A expressão Fenômenos de transporte refere-se ao estudo sistemático

Leia mais

Sempre que há movimento relativo entre um corpo sólido e fluido, o sólido sofre a ação de uma força devido a ação do fluido.

Sempre que há movimento relativo entre um corpo sólido e fluido, o sólido sofre a ação de uma força devido a ação do fluido. V ESCOAMENTO F AO REOR E CORPOS SUBMERSOS F F F S F Sempre que há movimento relativo entre um corpo sólido e fluido, o sólido sofre a ação de uma força devido a ação do fluido. é a força total que possui

Leia mais

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO NATURAL E FORÇADA À VOLTA DE CILINDROS METÁLICOS TP4

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO NATURAL E FORÇADA À VOLTA DE CILINDROS METÁLICOS TP4 TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO NATURAL E FORÇADA À VOLTA DE CILINDROS METÁLICOS TP4 LABORATÓRIOS DE ENGENHARIA QUÍMICA I 2009/2010 1. Objectivo Determinação do coeficiente de convecção natural e

Leia mais

Escoamentos Externos

Escoamentos Externos Escoamentos Externos O estudo de escoamentos externos é de particular importância para a engenharia aeronáutica, na análise do escoamento do ar em torno dos vários componentes de uma aeronave Entretanto,

Leia mais

Ponto de Separação e Esteira

Ponto de Separação e Esteira Ponto de Separação e Esteira p/ x=0 p/ x0 Escoamento separado O fluido é desacelerado devido aos efeitos viscosos. Se o gradiente de pressão é nulo, p/x=0, não há influência no escoamento. Na região

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES

FENÔMENOS DE TRANSPORTES FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 3 CLASSIFICAÇÃO DE ESCOAMENTOS PROF.: KAIO DUTRA Descrição e Classificação dos Movimentos de Fluido A mecânica dos fluidos é uma disciplina muito vasta: cobre desde a aerodinâmica

Leia mais

Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 4 PROF. DENILSON J. VIANA

Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 4 PROF. DENILSON J. VIANA Fundamentos da Lubrificação e Lubrificantes Aula 4 PROF. DENILSON J. VIANA Introdução à Lubrificação Lubrificação É o fenômeno de redução do atrito entre duas superfícies em movimento relativo por meio

Leia mais

Fundamentos da Mecânica dos Fluidos

Fundamentos da Mecânica dos Fluidos Fundamentos da Mecânica dos Fluidos 1 - Introdução 1.1. Algumas Características dos Fluidos 1.2. Dimensões, Homogeneidade Dimensional e Unidades 1.2.1. Sistemas de Unidades 1.3. Análise do Comportamentos

Leia mais

ENADE /08/2017 FENÔMENOS DE TRANSPORTE FENÔMENOS DE TRANSPORTE FENÔMENOS DE TRANSPORTE FENÔMENOS DE TRANSPORTE MASSA ESPECÍFICA ( )

ENADE /08/2017 FENÔMENOS DE TRANSPORTE FENÔMENOS DE TRANSPORTE FENÔMENOS DE TRANSPORTE FENÔMENOS DE TRANSPORTE MASSA ESPECÍFICA ( ) ENADE 2017.2 MASSA ESPECÍFICA ( ) DENSIDADE (d) É definida como a razão entre a massa dividida por unidade de volume de um material contínuo e homogêneo. É definida como a razão entre a massa dividida

Leia mais

RESUMO MECFLU P3. REVER A MATÉRIA DA P2!!!!! Equação da continuidade Equação da energia 1. TEOREMA DO TRANSPORTE DE REYNOLDS

RESUMO MECFLU P3. REVER A MATÉRIA DA P2!!!!! Equação da continuidade Equação da energia 1. TEOREMA DO TRANSPORTE DE REYNOLDS RESUMO MECFLU P3 REVER A MATÉRIA DA P2!!!!! Equação da continuidade Equação da energia 1. TEOREMA DO TRANSPORTE DE REYNOLDS Equação do Teorema do Transporte de Reynolds: : variação temporal da propriedade

Leia mais

Departamento de Engenharia Mecânica. ENG 1011: Fenômenos de Transporte I

Departamento de Engenharia Mecânica. ENG 1011: Fenômenos de Transporte I Departamento de Engenharia Mecânica ENG 1011: Fenômenos de Transporte I Aula 9: Formulação diferencial Exercícios 3 sobre instalações hidráulicas; Classificação dos escoamentos (Formulação integral e diferencial,

Leia mais

EM34B Transferência de Calor 2

EM34B Transferência de Calor 2 EM34B Transferência de Calor 2 Prof. Dr. André Damiani Rocha arocha@utfpr.edu.br Convecção Forçada Escoamento Externo Parte II 2 Convecção Forçada: Escoamento Externo Cilindro em escoamento cruzado Um

Leia mais

No escoamento sobre uma superfície, os perfis de velocidade e de temperatura têm as formas traduzidas pelas equações:

No escoamento sobre uma superfície, os perfis de velocidade e de temperatura têm as formas traduzidas pelas equações: Enunciados de problemas de condução do livro: Fundamentals of Heat and Mass Transfer, F.P. Incropera e D.P. DeWitt, Ed. Wiley (numeros de acordo com a 5ª Edição). Introdução à Convecção 6.10 - No escoamento

Leia mais

PNV-2321 TERMODINÂMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR

PNV-2321 TERMODINÂMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR PNV-31 TERMODINÂMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR TRANSMISSÃO DE CALOR 1) INTRODUÇÃO Sempre que há um gradiente de temperatura no interior de um sistema ou quando há contato de dois sistemas com temperaturas

Leia mais

Camada limite laminar

Camada limite laminar Camada limite laminar J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v. 1 Camada limite laminar 1 / 24 Sumário 1 Introdução 2 Equações da camada limite laminar 3 Solução

Leia mais

Relatório Preliminar Experimento Camada Limite EQ601 - Laboratório de Engenharia Química I Turma A

Relatório Preliminar Experimento Camada Limite EQ601 - Laboratório de Engenharia Química I Turma A Universidade Estadual de Campinas FEQ Faculdade de Engenharia Química Relatório Preliminar Experimento 6.5 - Camada Limite EQ61 - Laboratório de Engenharia Química I Turma A Grupo E Integrantes RA Andrey

Leia mais

Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica

Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica Prof. Fernando Porto Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica Camada Limite Incompressível Laminar 1ª Parte Introdução Alguns fenômenos que ocorrem quando um fluxo externo é aplicado sobre um corpo: U

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 12 E 13 INTRODUÇÃO À CONVECÇÃO E CONDUÇÃO

FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 12 E 13 INTRODUÇÃO À CONVECÇÃO E CONDUÇÃO FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 12 E 13 INTRODUÇÃO À CONVECÇÃO E CONDUÇÃO PROF.: KAIO DUTRA Convecção Térmica O modo de transferência de calor por convecção é composto por dois mecanismos. Além da transferência

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS FENÔMENOS DE TRANSPORTE ATIVIDADE SEGUNDA AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS FENÔMENOS DE TRANSPORTE ATIVIDADE SEGUNDA AVALIAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS FENÔMENOS DE TRANSPORTE ATIVIDADE SEGUNDA AVALIAÇÃO 1 1) Considere o escoamento de ar em torno do motociclista que se move em

Leia mais

ESZO Fenômenos de Transporte

ESZO Fenômenos de Transporte Universidade Federal do ABC ESZO 001-15 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Ana Maria Pereira Neto ana.neto@ufabc.edu.br Bloco A, torre 1, sala 637 Mecanismos de Transferência de Calor Calor Calor pode

Leia mais

Lei de Fourier. Considerações sobre a lei de Fourier. A lei de Fourier é fenomenológica, isto é, desenvolvida de fenômenos observados.

Lei de Fourier. Considerações sobre a lei de Fourier. A lei de Fourier é fenomenológica, isto é, desenvolvida de fenômenos observados. Condução de Calor Lei de Fourier A lei de Fourier é fenomenológica, isto é, desenvolvida de fenômenos observados Considerações sobre a lei de Fourier q x = ka T x Fazendo Δx 0 q taxa de calor [J/s] ou

Leia mais

Conceitos Fundamentais. Viscosidade e Escoamentos

Conceitos Fundamentais. Viscosidade e Escoamentos Conceitos Fundamentais Viscosidade e Escoamentos Multiplicação de pressão Multiplicação de pressão Vazão X Velocidade Vazão X Velocidade VISCOSIDADE DE LÍQUIDOS Fluido perfeito Considere-se um volume

Leia mais

Capítulo 8: Transferência de calor por condução

Capítulo 8: Transferência de calor por condução Capítulo 8: ransferência de calor por condução Condução de calor em regime transiente Condução de calor em regime transiente Até o momento só foi analisada a transferência de calor por condução em regime

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2016/17

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2016/17 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica º Semestre 6/ Exame de ª época, 4 de Janeiro de Nome : Hora : 8: Número: Duração : 3 horas ª Parte : Sem consulta ª Parte : Consulta limitada a livros

Leia mais

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa) ENGENHARIA DE MATERIAIS Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa) Prof. Dr. Sérgio R. Montoro sergio.montoro@usp.br srmontoro@dequi.eel.usp.br TRANSFERÊNCIA DE

Leia mais

Convecção Natural ou Livre

Convecção Natural ou Livre Convecção Natural ou Livre Vicente Luiz Scalon Faculdade de Engenharia/UNESP-Bauru Disciplina: Transmissão de Calor Sumário Adimensionalização Teoria da Camada Limite Efeitos da Turbulência Expressões

Leia mais

CONDUÇÃO DE CALOR UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS EM SALA

CONDUÇÃO DE CALOR UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS EM SALA CONDUÇÃO DE CALOR UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS EM SALA 1) Uma casa possui uma parede composta com camadas de madeira, isolamento à base de fibra de vidro e gesso, conforme indicado na figura. Em um dia frio

Leia mais

Cinemática dos Fluidos

Cinemática dos Fluidos Professor: Andouglas Gonçalves da Silva Júnior Instituto Federal do Rio Grande do Norte Curso: Técnico em Mecânica Disciplina: Mecânica dos Fluidos 27 de Julho de 2016 (Instituto Mecânica dos Fluidos Federal

Leia mais

Transmissão de Calor I - Prof. Eduardo Loureiro. Distribuição de temperatura na camada limite para um fluido escoando sobre uma placa aquecida.

Transmissão de Calor I - Prof. Eduardo Loureiro. Distribuição de temperatura na camada limite para um fluido escoando sobre uma placa aquecida. O número de Nusselt: Distribuição de temperatura na camada limite para um luido escoando sobre uma placa aquecida Para y 0 o calor lui somente por condução: q T A ha TS T y sup luido y 0 ( ) onde h coeiciente

Leia mais

Campus de Ilha Solteira. Disciplina: Fenômenos de Transporte

Campus de Ilha Solteira. Disciplina: Fenômenos de Transporte Campus de Ilha Solteira CONCEITOS BÁSICOS B E VISCOSIDADE Disciplina: Fenômenos de Transporte Professor: Dr. Tsunao Matsumoto INTRODUÇÃO A matéria de Fenômenos de Transporte busca as explicações de como

Leia mais

FENÔMENO DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL

FENÔMENO DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL FENÔMENO DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL Prof. MSc.. Sérgio S R. Montoro 1º semestre de 2013 EMENTA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL Experimento 1: Estudo do tempo de escoamento de líquidos l em função

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13 Exame de 1ª época, 18 de Janeiro de 2013 Nome : Hora : 8:00 Número: Duração : 3 horas 1ª Parte : Sem consulta 2ª Parte : Consulta

Leia mais

Escoamento interno viscoso e incompressível

Escoamento interno viscoso e incompressível Escoamento interno viscoso e incompressível Paulo R. de Souza Mendes Grupo de Reologia Departamento de Engenharia Mecânica Pontifícia Universidade Católica - RJ agosto de 200 Sumário o conceito de desenvolvimento

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Escoamento Interno - Parte 1 Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014. Conservação de Quantidade de Movimento

Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014. Conservação de Quantidade de Movimento Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014 Conservação de Quantidade de Movimento 1. A componente de velocidade v y de um escoamento bi-dimensional,

Leia mais

MECÂNICA DOS FLUIDOS II. Introdução à camada limite. Introdução à camada limite. Conceitos:

MECÂNICA DOS FLUIDOS II. Introdução à camada limite. Introdução à camada limite. Conceitos: MECÂNICA DOS FLIDOS II Conceitos: Camada limite; Camada limite confinada e não-confinada; Escoamentos de corte livre e Esteira; Camadas limites laminares e turbulentas; Separação da camada limite; Equações

Leia mais

PME2398 Termodinâmica e suas Aplicações 1 o semestre / 2015 Profs. Bruno Souza Carmo e Antonio Luiz Pacífico. Gabarito da Prova 3

PME2398 Termodinâmica e suas Aplicações 1 o semestre / 2015 Profs. Bruno Souza Carmo e Antonio Luiz Pacífico. Gabarito da Prova 3 PME2398 Termodinâmica e suas Aplicações 1 o semestre / 2015 Profs. Bruno Souza Carmo e Antonio Luiz Pacífico Gabarito da Prova 3 Questão 1: Um tubo de parede delgada, com diâmetro de 6 mm e comprimento

Leia mais

Regime Permanente. t t

Regime Permanente. t t Regime ermanente ω t t 0 0 t Regime Transiente ω t0 t 0 t Escoamento Uniforme/variado Escoamento Uniforme/variado Escoamento Variado Escoamentos Escoamento Irrotacional V V iˆ V ˆ j V kˆ campo vetorial

Leia mais

6 Modelo 3D = (6.1) W

6 Modelo 3D = (6.1) W 6 Modelo 3D Como já mencionado no capítulo anterior, o estudo do modelo tridimensional teve como principal motivação a grande variação da temperatura de mistura do gás na direção axial. As propriedades

Leia mais

Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular

Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular Lista de Exercícios Perda de Carga Localizada e Perda de Carga Singular 1. (Petrobrás/2010) Um oleoduto com 6 km de comprimento e diâmetro uniforme opera com um gradiente de pressão de 40 Pa/m transportando

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2014/15

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2014/15 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica º Semestre 4/5 Exame de ª época, 3 de Janeiro de 5 Nome : Hora : 8: Número: Duração : 3 horas ª Parte : Sem consulta ª Parte : onsulta limitada a

Leia mais

Elementos de Máquinas II. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica

Elementos de Máquinas II. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica Elementos de Máquinas II 6. ELEMENTOS DE APOIO - Mancais de Deslizamento TÓPICOS ABORDADOS: 6.1. Introdução 6.. Nomenclatura e Definições 6.3. Projeto de Mancais de Deslizamento 6.4. Lubrificação 6.5.

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I Profa. Lívia Chaguri E-mail: lchaguri@usp.br Conteúdo Bombas Parte 1 - Introdução - Classificação - Bombas sanitárias - Condições

Leia mais

EM34B Transferência de Calor 2

EM34B Transferência de Calor 2 EM34B Transferência de Calor 2 Prof. Dr. André Damiani Rocha arocha@utfpr.edu.br Convecção Forçada Escoamento Interno Parte I 2 Convecção Forçada: Escoamento Interno Definição Escoamento Interno: é um

Leia mais

Transmissão de Calor Convecção atural

Transmissão de Calor Convecção atural 1. Introdução Transmissão de Calor Convecção atural P.J. Oliveira Departamento Engenharia Electromecânica, UBI, Agosto 01 Na transmissão de calor, convecção natural refere-se à transferência de energia

Leia mais

EM34B Transferência de Calor 2

EM34B Transferência de Calor 2 EM34B Transferência de Calor 2 Prof. Dr. André Damiani Rocha arocha@utfpr.edu.br Aula 08 Convecção Forçada Escoamento Interno Parte III 2 Laminar Região Plenamente Desenvolvida Região plenamente desenvolvida;

Leia mais

Transferência de Calor Condução e Convecção de Calor

Transferência de Calor Condução e Convecção de Calor Transferência de Calor Condução e Material adaptado da Profª Tânia R. de Souza de 2014/1. 1 O calor transferido por convecção, na unidade de tempo, entre uma superfície e um fluido, pode ser calculado

Leia mais

TM LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO I TURMA B (2010/1) AVISO 1

TM LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO I TURMA B (2010/1) AVISO 1 TM-225 - LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO I TURMA B (2/) AVISO Prof. Luciano K. Araki. Exercício extraclasse: Excel (utilize o mesmo documento para os dois exercícios seguintes, deixando cada um em uma planilha).

Leia mais

IPH a LISTA DE EXERCÍCIOS (atualizada 2017/1) Sempre que necessário e não for especificado, utilize:

IPH a LISTA DE EXERCÍCIOS (atualizada 2017/1) Sempre que necessário e não for especificado, utilize: IPH 01107 3 a LISTA DE EXERCÍCIOS (atualizada 2017/1) Sempre que necessário e não for especificado, utilize: ρ H2O = 1000 kg/m 3 µ água = 10-3 kg/(m.s) ρ ar = 1,2 kg/m 3 µ ar = 1,8.10-5 kg/(m.s) Reynolds

Leia mais