A Prevenção à Lavagem de Dinheiro e a Governança. Carlos Donizeti Macedo Maia Departamento de Supervisão de Bancos e Conglomerados Bancários
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- Heitor Mendes da Fonseca
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1 A Prevenção à Lavagem de Dinheiro e a Governança Carlos Donizeti Macedo Maia Departamento de Supervisão de Bancos e Conglomerados Bancários 1
2 Compliance e PLD As instituições financeiras (Ifs) são obrigadas, por lei e por normas do BCB a implementar procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro. Historicamente, embora as Ifs reunissem condições de suspeitar de alguns clientes, havia a opção por não inquiri-los sobre a origem e/ou destinação dos recursos. As obrigações de PLD/CFT vieram, inclusive, enfrentar essa realidade anterior. Nada obstante, ocasionou perda de clientes/negócios e, no caso de falha no cumprimento dessas obrigações, sanções administrativas e pecuniárias. Além disso, dependendo do evento de LD, a imagem do banco perante o órgão regulador/supervisor, autoridades policiais e judiciais, e opinião pública passou a poder ser seriamente comprometida. 2
3 Compliance e PLD A visão de compliance aplicada a PLD/CFT: Política Institucional, amplamente divulgada, emitida pela Alta Administração estabelecendo obrigações e atribuições de PLD/CFT. Existência de área gestora dotada de pessoal quantitativa e qualitativamente adequado. Procedimentos de identificação do cliente e de atualização cadastral. Comitê de Basiléia - Princípios Fundamentais para supervisão Bancaria Efetiva Princípio 18 Conheça seu Cliente KYC Integridade do setor bancário: os supervisores devem se assegurar de que os bancos adotam políticas e processos adequados, incluindo regras rígidas do tipo conheça seu cliente, que promovem altos padrões éticos e profissionais no setor financeiro e evitam que o banco seja usado, intencionalmente ou não, para atividades criminosas. Existência de procedimentos e de sistemas voltados para a identificação de operações com indícios de LD/FT. Auditoria 3
4 Risco de Compliance Falhas no cumprimento de leis, normas, e mesmo instruções internas, causando: risco legal ou de sanções regulatórias; possibilidade de perda financeira; possibilidade de impacto na reputação. 4
5 Missão de Compliance Missão de Compliance: Assegurar, em conjunto com as demais áreas, a adequação, o fortalecimento e o funcionamento do sistema de Controles Internos da instituição, procurando mitigar os riscos de acordo com a complexidade de seus negócios, bem como, disseminar a cultura de controles para assegurar o cumprimento de leis e regulamentos existentes (ABBI e Febraban) 5
6 Gestão de Riscos Core Principles (BCBS, consulta pública), Princípio 15: Processo de Gestão de Riscos: O supervisor deve determinar que os bancos tenham um amplo processo de gestão de riscos (incluindo a efetiva supervisão pelo CA e pela diretoria), para identificar, medir, avaliar, monitorar, reportar e controlar ou mitigar todos os riscos materiais, tempestivamente, e avaliar a adequação de capital e liquidez em relação ao seu perfil de risco e às condições de mercado e macroeconômicas. Isso se estende ao desenvolvimento e revisão de robustos e críveis planos de recuperação, os quais devem levar em conta as circunstâncias específicas do banco. Esses processos devem ser adequados ao tamanho e à complexidade da instituição.
7 Governança A OCDE define Governança Corporativa como um conjunto de relações entre a administração de uma empresa, seu Conselho de Administração, seus acionistas e outras partes interessadas. Para o BIS, a Governança Corporativa representa também um ponto crítico para o ambiente bancário, envolvendo a maneira como os negócios das instituições individuais são geridos pela sua Alta Administração e pelo seu Conselho de Administração.
8 Core Principles (BCBS, consulta pública), Princípio 14 Governança Governança corporativa: O supervisor deve determinar que os bancos tenham robustas políticas e processos de governança corporativa, cobrindo, por exemplo, direção estratégica, estrutura da organização e do grupo, controle ambiental, responsabilidades do CA e da diretoria, e remuneração. Estas políticas e processos são adequados ao perfil de risco do banco. Critério Essencial 8: O supervisor deve determinar que o CA e a diretoria conheçam e entendam a estrutura operacional do grupo e seus riscos, incluindo aqueles decorrentes do uso de estruturas que impedem a transparência (a exemplo de estruturas com propósito especial ou relacionadas). O supervisor determina que os riscos são efetivamente gerenciados e efetivamente gerenciados e mitigados, onde apropriado.
9 Assegurar que PLD / CFT: estejam efetivamente considerados na gestão de riscos e na Política Institucional, com: envolvimento da Alta Administração (CA e Diretoria); e ampla divulgação interna; treinamento dos funcionários; estejam considerados na Estrutura Organizacional: compatível com o porte e complexidade dos seus negócios; estejam suportados por procedimentos e sistemas de monitoramento que mitiguem os riscos de LD/FT; sejam alcançados pelas atividades do Comitê de Auditoria e da Auditoria Interna. Desafios 9
10 A Prevenção à Lavagem de Dinheiro e a Governança Carlos Donizeti Macedo Maia Departamento de Supervisão de Bancos e Conglomerados Bancários 10
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