GESTÃO EMPRESARIAL ANÁLISE DO AMBIENTE. Profª. Danielle Valente Duarte
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- Vítor Caminha de Almada
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1 GESTÃO EMPRESARIAL ANÁLISE DO AMBIENTE Profª. Danielle Valente Duarte 2014
2 Análise do Ambiente A análise do ambiente constitui uma das principais etapas da administração estratégica, pois o seu monitoramento pode identificar riscos e oportunidades para a empresa.
3 O ambiente na teoria das organizações O conceito de ambiente é inspirado na ecologia. Alguns pesquisadores que trabalham em profundidade essa noção, denominam sua abordagem de Ecologia Populacional. As empresas devem se adaptar às forças desse ambiente ou, do contrário, serão eliminadas.
4 O ambiente na teoria das organizações O ambiente organizacional também comporta pressões institucionais. Teoria Institucional.
5 No livro de 1957, Selznick desenvolveu um modelo de sistema natural que ficou conhecido como teoria institucional. Analisa as organizações como sendo uma expressão estrutural da ação racional que sofrem pressões do ambiente social e acabam por se transformar em sistemas orgânicos. A relação entre as organizações e o ambiente torna-se central na teoria institucional.
6 Meyer e Rowan (1977) apontam que a institucionalização representa um processo que está condicionado pela conformidade das organizações às normas socialmente aceitas. Para Peci (2005), o processo de institucionalização abrange a maneira pela qual as obrigações e os processos sociais passam a ter um caráter de regra. O ambiente institucional, portanto, assume um papel principal, pois impõe às organizações regras que irão determinar novas situações e redefinir as já existentes com o objetivo de especificar seu caráter racional (MEYER E ROWAN, 1992).
7 O ambiente institucional teve a sua definição ampliada a partir da proposta de uma nova conceituação: campo organizacional. DiMaggio e Powell (1991) definem campo organizacional como sendo um conjunto de organizações que compõem uma determinada área da vida institucional. O conjunto de entidades que pressionam as organizações, influenciando-as, forma o.
8 Econômica s Políticas Sociais Culturais Organizações Simbólicas
9 . Expectativas da sociedade; pressões Estado/Governo Adoção de práticas semelhantes Homogeneização das organizações
10 Organização A Organização B Organização C Organização D Organização E
11 Processo pelo qual uma unidade de uma população é forçada a se assemelhar às demais que enfrentam o mesmo conjunto de condições ambientais.
12 Coercitivo Mimético Normativo
13 Isomorfismo coercitivo: Pode resultar tanto de pressões formais quanto de pressões informais que são exercidas sobre as organizações por outras organizações das quais elas se encontram em situação de dependência, além de advirem, também, das expectativas culturais da sociedade na qual elas estão inseridas e atuam. As ações ou transformações ocorrem por imposição e por força da autoridade.
14 Isomorfismo mimético: O isomorfismo mimético está inserido em um contexto de incerteza que exerce uma força poderosa e encorajadora da imitação. As organizações tendem a tomar como modelo aquela que é considerada mais bem sucedida e mais legítima. Cabe ressaltar que a organização tomada como modelo nem sempre sabe que é vista como tal ou, muitas vezes, não deseja ser tida como tal (DIMAGGIO; POWELL, 1983).
15 organizações GESTÃO ESTRATÉGICA Isomorfismo normativo: O isomorfismo normativo está relacionado ao grau de profissionalização. Existem dois aspectos da profissionalização que são impulsionadores significativos de isomorfismo. O primeiro deles está relacionado ao apoio da educação formal e da legitimação em uma base cognitiva produzida por especialistas universitários. Já o segundo, diz respeito ao desenvolvimento de redes profissionais que difundem novos modelos que são rapidamente absorvidos e disseminados entre as
16 Alguns mecanismo podem levar à ocorrência das mudanças isomórficas em um campo organizacional. São os chamados preditores de mudança isomórfica (DiMaggio e Powell, 1983, p.82): a) quanto maior o grau de dependência de uma organização em relação à outra, mais similar ela se tornará a essa organização em termos de estrutura, ambiente e foco organizacional;
17 b) quanto mais centralizado o fornecimento de recursos para a organização A, maior é a possibilidade de a organização A se transformar isomorficamente para se assemelhar às organizações de cujos recursos depende; c) quanto mais incerto o relacionamento entre meios e fins, maior a probabilidade de a organização moldar-se em outras organizações que considera bem sucedidas. d) quanto mais ambíguas as metas de uma organização, maior o grau em que esta se moldará as outras organizações que considera bem sucedidas;
18 e) quanto maior a confiança em credenciais acadêmicas para a escolha de pessoal gerencial e funcional, maior o grau em que a organização se tornará mais semelhantes às outras em seu campo; f) quanto maior a participação de gestores organizacionais em associações de comércio e profissionais, maior a probabilidade de a organização ser, ou se tornar, semelhantes a outras organizações em seu campo.
19 Contudo, Machado-da-Silva e Fonseca (1993) argumentam que mesmo diante de pressões isomórficas ainda pode ser verificada a subsistência de diversidade entre as organizações em determinado campo uma vez que está presente a especificidade de interpretação e visão de mundo dos dirigentes.
20 Esta especificidade acaba por interferir na determinação das estratégias de ação, que passam a apresentar particularidades oriundas de situações singulares de cada organização. Assim, fenômenos que afetam as organizações como um todo apresentam interpretações diferenciadas, acarretando em diferentes posicionamentos organizacionais.
21 Ambiente Geral GESTÃO ESTRATÉGICA Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Operacional ou Ambiente Tarefa
22 Componente Social Componente internacional AMBIENTE GERAL AMBIENTE OPERACIONAL Componente Fornecedor Componente Tecnológico Componente Legal Componente Mão-de-Obra Aspectos: Marketing/Fina nceiros/pessoal /Produção Componente Cliente Componente Concorrente Componente Econômico
23 Ambiente Geral GESTÃO ESTRATÉGICA Níveis de Análise do Ambiente O ambiente geral ou macroambiente exerce grande influencia no funcionamento das empresas, as quais, individualmente, não conseguem altera-lo. Contudo, segundo Kotler (1996), as organizações bem sucedidas são aquelas que conseguem reconhecer e responder de forma rentável às necessidades não atendidas e às tendências do macroambiente.
24 Ambiente Geral GESTÃO ESTRATÉGICA Níveis de Análise do Ambiente É considerado uma situação imposta. É mutável, porém de forma lenta e gradual. Todas essas mudanças criam necessidades trazendo assim, oportunidades.
25 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Para obtenção de sucesso é necessário que a empresa esteja atenta às variações das variáveis econômicas. Renda, Nível de Poupança, Padrões de Gastos
26 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Ao observar estas variáveis, podemos destacar algumas tendências do ambiente econômico das empresas brasileiras. São elas:
27 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Mercados Globais Abertura da economia Aumento do comércio entre os países Queda de barreiras comerciais Estabilização econômica Aumento do poder de compra das classes mais pobres
28 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas (des)valorização da moeda nacional Planejamento financeiro Liberação do crédito Taxa de juros Fusões e aquisições entre empresas mundiais Crescimento dos serviços
29 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Todos esses fatores podem ser resumidos em: Globalização Estabilidade econômica (a partir do plano Real de 1994) Fusões e Aquisições de empresas Crescimento do setor de serviços
30 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Globalização Aumento exponencial das transações internacionais, decorrentes do advento e novas tecnologias de telecomunicações e informática.
31 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Níveis de Globalização Globalização Financeira Globalização Comercial Globalização de Serviços
32 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas A globalização também se dá nas cadeias produtivas Global Supplier Chain ou Global Sourcing
33 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Prós e contras da globalização para as empresas: Forças Pró Melhores comunicação e transporte Menores restrições ao comércio Convergência das necessidades do consumidor Forças Contra Custo de coordenação Restrições geográficas Diferenças nacionais de protecionismo
34 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Estabilização Econômica O Plano Real potencializou o efeito da globalização. O fim da inflação significou a remoção dos amortecedores (buffers) que tornavam as relações comerciais bastante distorcidas, isolando o Brasil do restante do mundo.
35 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Estabilização e explosão do consumo Aparecimento das linhas de crédito de médio prazo. Aumento do consumo de bens duráveis. Crescimento da renda no país.
36 2010) GESTÃO ESTRATÉGICA Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Em 2010 a classe C representava 53% da população brasileira. Desde 2005 essa evolução foi de 34% (2005), 36% (2006), 46% (2007), 45% (2008) e 49% (2009). Já as classes A e B evoluíram de 15% da população do país em 2005 para 21% em (Pesquisa Cetelem IPSOS
37 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Estabilização e inadimplência Vontade de consumir maior que a capacidade de pagamento. Grandes grupos nacionais na área do varejo e bancos não estavam habituados com a arte de operar em economia estabilizada nem com a arte de emprestar.
38 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Estabilização e inadimplência Cabe ressaltar que, a volatização da economia introduz uma complexidade a mais no ambiente de negócios.
39 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Fusões e Aquisições Decorrem do contexto institucional marcado pela globalização e pela estabilidade econômica. Qual a diferença entre fusão e aquisição?
40 Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Fusões e Aquisições Decorrem do contexto institucional marcado pela globalização e pela estabilidade econômica. Qual a diferença entre fusão e aquisição?
41 Níveis de Análise do Ambiente Aquisição: o patrimônio total de uma empresa de menor porte passa a ser controlado total ou parcialmente por uma de maior porte. Fusão: Operação societária que envolve duas ou mais empresas que juntam seus patrimônios para formar uma nova sociedade comercial, o que faz com que elas passem a não existir mais individualmente. Na maioria dos casos, envolve empresas do mesmo porte.
42 Ambiente Geral Variáveis Econômicas Exemplos de aquisições COMPRADOR Nestlé Refinações de Milho do Brasil BestFoods Unilever Carlos Tilkian HSBC Colgate-Palmolive GE Ambev Interbrew/Inbev Oi Itaú Brasil Foods EMPRESA ADQUIRIDA Garoto Arisco Refinações de Milho do Brasil BestFoods Brinquedos Estrela Bamerindus Kolynos Dako Brahma-Antártica Ambev Telemar, Brasil Telecom Unibanco Perdigão-Sadia
43 Ambiente Geral Variáveis Econômicas Exemplos de Fusões em 2014 Lindt e Kopenhagen Oi Partners e CareerNet Vale e Cemig (joint Venture) Chiquita e a irlandesa Fyffes
44 dos serviços. GESTÃO ESTRATÉGICA Níveis de Análise do Ambiente Ambiente Geral Variáveis Econômicas Crescimento dos Serviços Nas economias desenvolvidas o setor de serviços absorve cerca de 75% do total de empregos. Hoje, mesmo ao analisar uma fábrica observa-se que as atividades de maior valor agregado giram em torno
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