Câmara com luz verde para passar a Ordem

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1 Setembro 2009 Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1310, de Entrevista p. 4 SNC traz uma nova dimensão e benefícios à Contabilidade O Sistema de Normalização Contabilística representa uma dimensão completamente diferente para a actividade contabilística. A primeira resposta a dar será ao nível do Código de Contas. O modelo significa um manancial de benefícios e de novas oportunidades, na óptica de Luís Vilela, responsável pelo projecto SNC da Sage. A Contabilidade deixará de ser um exercício de fisco-contabilidade para se tornar numa actividade de conta-fiscalidade. As mudanças em perspectiva também implicam uma mentalidade diferente, especialmente por parte dos profissionais do sector. A Contabilidade deve ser o processo de relatar a posição financeira e o desempenho de uma entidade, de forma a que possa ser lida correctamente pelos utentes da informação, numa perspectiva de reportes com regras internacionais. Contabilidade p. 8 APOTEC rejeita limitação da actividade e alargamento de funções dos TOC A Associação Portuguesa de Técnicos de Contabilidade (APOTEC) não se conforma com a alteração dos Estatutos, no âmbito da passagem da câmara a ordem. Manuel Patuleia ainda espera que a proposta apresentada pelo Governo não passe pelo crivo da presidência da República. O presidente daquela associação considera que as novas regras impostas aos técnicos oficiais de contas são o princípio de um suicídio colectivo, face às medidas que implicam a limitação da actividade dos profissionais e, em simultâneo, o alargamento das respectivas funções. Câmara com luz verde para passar a Ordem O novo Estatuto dos técnicos oficiais de contas não se tem revelado um processo pacífico. O processo tem estado envolto nalguma polémica, a que nem sequer escapou a aprovação, em Assembleia da República, da proposta apresentada pelo Governo de passagem da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas a Ordem. Foi à segunda, com os votos da maioria socialista. Resta agora esperar pela anuência do presidente da República, a que se seguirá a respectiva publicação em DR. O Conselho Nacional das Ordens Profissionais está contra a proposta, considerando que viola a legislação que o Governo e o Parlamento aprovaram nesta legislatura. Mas o documento sofreu algumas alterações para que passasse na última sessão Sectores p. 10 Tributação sobre a construção desadequada da realidade da legislatura. A mais importante teve a ver com as sociedades de contabilidade. Foi deixada cair a intenção dos TOC terem que fazer parte do capital social. No entanto, terão que contar, obrigatoriamente, com um responsável técnico. Este assumirá responsabilidades acrescidas, fazendo cumprir a legislação, naturalmente sujeito ao princípio do alargamento da responsabilidade subsidiária. Interessante é também o facto de nenhum membro da Ordem a criar poder ser titular de qualquer órgão da instituição por mais de dois mandatos consecutivos. Informática p. 14 Logica disponibiliza software aplicacional p. 10

2 Agenda Jurídica 2010 NOVIDADE Agenda Jurídica 2010 com actualização on-line A agenda forense mais completa e actualizada Agenda Jurídica 2010 Ferramenta de trabalho, líder de mercado, indispensável para profissionais exigentes ENCOMENDE JÁ Também disponível em versão de bolso Especialmente preparada para advogados, magistrados e solicitadores, esta Agenda interessa também às empresas, consultores e a todos os profissionais ligados ao contencioso Pedidos para: Vida Económica - Editorial S.A. Rua Gonçalo Cristóvão, 111-6º Esq Porto Tel.: Fax: encomendas: encomendas@vidaeconomica.pt Website: Nome CP - Localidade Telefone Fax N.º Contribuinte Morada Recortar / Fotocopiar DAS DIFERENTES OPÇÕES ASSINALE A QUE MELHOR LHE CONVÉM: 1 Agenda Jurídica 2010 Versão / Preço / Cor Preto Azul Bordeaux Normal = 16,60 J Classique = 19 J Formato de Bolso = 13 J 2 Capa Prestígio para a Agenda Jurídica 2010 Solicito o envio de exemplares da Capa Prestígio para a Agenda Jurídica, ao preço unitário de 14 J Junto cheque n.º s/ Banco no valor de, J AGENDA JURÍDICA - DESCONTOS Encomendas de 3 a 8 Agendas - 10% Encomendas superiores a 8 Agendas - 15% Os descontos indicados não são válidos para a Capa Prestígio amovível Descontos não cumuláveis Debitem, J no meu cartão Visa / Mastercard n.º Código Segurança Válido até / Emitido em nome de Assinatura Transferência Bancária na v/ conta com o NIB no valor de, J na data de / /. (enviar comprovativo do pagamento efectuado) Solicito o envio à cobrança (acrescem 5 J para despesas de expedição e cobrança) Observações Todos os preços indicados incluem IVA à taxa legal em vigor. Oferta dos portes de correio e despesas de envio excepto nos pedidos de envio à cobrança. A opção da cor solicitada fica condicionada aos stocks disponíveis (indique em Observações uma cor alternativa). ref. AJ10R

3 Sumário Entrevista SNC traz uma nova dimensão e benefícios à Contabilidade Contabilidade Contabilidade nacional tinha que se aproximar dos padrões internacionais Situação económica torna mais difícil a implementação do SNC APOTEC rejeita limitação de actividade e alargamento de funções dos TOC Comissão de Normalização Contabilística mais funcional Sectores Tributação sobre a construção está desadequada da actual realidade Empresas com maior dependência bancária dão informação de maior qualidade Informática na Contabilidade Logica disponibiliza software aplicacional de fornecedores internacionais PHC apresenta versão 2010 Primavera lança programa de incentivos para adopção atempada do sistema de normalização nontabilística Profissão Câmara com luz verde para passar a Ordem Fiscalidade Sistema fiscal precisa de arbitragem para resolver conflitos Consultório Editorial Guilherme Osswald A desejada tranquilidade Os últimos tempos foram um verdadeiro rodopio para os técnicos oficiais de contas. A aprovação na Assembleia da República dos novos Estatutos para a profissão, a passagem da CTOC a Ordem e o Sistema de Normalização Contabilística estiveram nas bocas do mundo. Que se preparem os profissionais para tempos muito diferentes. Espera-se é que os responsáveis pela mudança estejam à altura dos acontecimentos. O que a profissão necessita, neste momento, é de tranquilidade para reflectir e repensar os novos métodos de trabalho. O recente episódio da aprovação da proposta do Governo na Assembleia da República sobre o Estatuto era desnecessário. É natural que se pretenda fazer aprovar um diploma o mais rapidamente possível, mas não deverá implicar uma série de erros incompreensíveis. A CTOC acabou por ficar ligada ao primeiro chumbo, ainda que indirectamente, o que não é desejável para os profissionais seus membros. Por outro lado, está criada muita polémica em torno da passagem da Câmara a Ordem. Independentemente das razões que cabem aos intervenientes, parece evidente que houve pouca discussão entre os profissionais sobre o que está verdadeiramente em causa. As alterações são muito mais profundas do que poderá parecer à primeira vista. Não há quem esteja livre de críticas neste processo. Quanto ao Sistema de Normalização Contabilística, nos últimos tempos apareceram algumas vozes contrárias no que respeita à entrada em vigor a partir do início do próximo ano. O que não faz sentido, já que é sabido por todos que há muito estava estabelecido que o modelo tinha mesmo que avançar. Aliás, não pode ser de outra forma, na medida em que já há países com o novo sistema em funcionamento. Houve tempo mais do que suficiente para tratar as matérias que integram o novo modelo. Neste âmbito, também cabe ao Governo não perder tempo. De facto, há alguns aspectos que ainda levantam dúvidas ou cuja publicação está em compasso de espera. Portugal não pode continuar a enredar-se em discussões que mais não são que uma perda de tempo. Nem a contabilidade, nem a fiscalidade ou a economia esperam pelo ideal. O tempo passa demasiado depressa e a evolução é extremamente rápida no reporte financeiro. É muito o que está em jogo. Uma última palavra para a Comissão de Normalização Contabilística. A entidade mereceu alterações, mas a realidade é que pouco muda, de facto. Continua a ser uma instituição controlada pelo Estado. Enquanto assim for, haverá conflitos de interesse. Guilherme Osswald Contabilidade & Empresas Rua Gonçalo Cristóvão, 111-6º Esq Porto Tel.: Fax: Contabilidade & Empresas - Setembro

4 Entrevista LUÍS VILELA Luís Vilela, director da Sage, admite SNC traz uma nova dimensão e benefícios à Contabilidade O Sistema de Normalização Contabilística (SNC) representa profundas alterações a todos os níveis. Pode-se mesmo afirmar que traz uma nova dimensão à contabilidade. Os profissionais terão que se adaptar a uma realidade completamente diferente. No imediato, o mais importante será dar a resposta adequada, no âmbito da mudança que se verifica ao nível do código de contas. Luís Vilela, responsável pelo projecto SNC da Sage, acredita que o novo sistema vai trazer benefícios e defende a sua entrada em vigor já no início do próximo ano, aliás, como está previsto, ainda que tenham surgido algumas resistências à data proposta. Luís Vilela é o responsável pelo projecto SNC do grupo Sage. Contabilidade & Empresas Até que ponto o SNC vai ter impacto na actividade empresarial e o qual será o futuro próximo da contabilidade? Luís Vilela O SNC representa uma nova dimensão para a contabilidade. Esta deixa de ser um exercício de fisco-contabilidade para se tornar num exercício de conta-fiscalidade. na prática, a contabilidade ainda será um exercício que tem como resultado o apuramento de impostos, mas esta deixa de ser a sua finalidade principal. A contabilidade deve ser o processo de relatar adequadamente a posição financeira e o desempenho da entidade, por forma a que possa ser lida correctamente pelos utentes desta informação, ainda que sejam indivíduos ou entidades não nacionais que poderão consultar reportes efectuados com regras internacionais. Estes simples factos acarretam uma profunda mudança de mentalidade. na adopção do novo referencial contabilístico, a 1 de Janeiro próximo, ainda podem surgir alterações importantes na situação líquida das entidades, como resultado dos reconhecimentos e desreconhecimentos e das mensurações a efectuar. C&E A entrada em vigor, a 1 de Janeiro, não será precipitada? LV dado que os trabalhos do normativo estão prontos há muito tempo e que o snc esteve para entrar em vigor no início ano corrente, temos que reconhecer que o tempo foi suficiente para que todos se preparassem. em todo o caso, teria facilitado o processo se tivesse sido anunciada a sua entrada em vigor antes de 23 de abril, porque grande parte dos intervenientes nestas matérias aguardaram esta notícia para começarem a reagir e depois comunicarem com o mercado. A sage preparou-se atempadamente, ainda que com um plano de contingência, para o caso do referido sistema não entrar em vigor por quaisquer motivos. C&E Mas acha que o SNC vai resultar, efectivamente, em vantagens financeiras e competitivas para a globalidade das empresas? 4 - Contabilidade & Empresas - Setembro 2009

5 Entrevista LUÍS VILELA LV O SNC resulta em clareza na informação económica e financeira, bem como nalgum aumento do custo e da responsabilidade da contabilidade. Se as contabilidades, em geral, se aproximarem rapidamente dos objectivos do sistema de normalização Contabilística e existir uma fiscalização credível, os utentes da informação irão beneficiar da mesma, facto que se traduz em relevância. estamos perante sinais de maturidade que só podem significar crescimento estrutural. Contabilidade mais orientada para a gestão C&E E que novos desafios se vão colocar às empresas por via do SNC? LV os desafios prendem-se, essencialmente, com a orientação da contabilidade para a gestão, para o entendimento e para a aplicação de conceitos. Assim como para a assumpção da distinção entre contabilidade e apuramento da matéria colectável para efeitos de irc. esta mudança de mentalidade deverá representar uma evolução das empresas e uma grande dignificação do papel dos profissionais da contabilidade. relativamente à Câmara dos técnicos oficiais de Contas, pelo papel essencial que possui na sociedade, em geral, considero que a sua passagem a câmara faz todo o sentido e se justifica plenamente. C&E Perante a nova realidade imposta pelo SNC, considera que os profissionais da Contabilidade estão devidamente preparados para a mudança? LV Para grande parte dos profissionais, a matéria não se apresenta apenas como algo a aprender. de facto, a prevista mudança das regras para conceitos representa uma nova forma de pensar. Esta adaptação poderá não ser tão complicada para os jovens recémlicenciados, mas será mais difícil para os profissionais com anos de experiência e ligados a pequenas entidades. o próprio modelo de serviços de contabilidade em outsourcing, tão comum entre as pequenas empresas, poderá ter que ser revisto. isto no sentido de garantir um maior envolvimento das empresas que encomendam os referidos serviços de contabilidade. C&E Como deverá evoluir o A REVOLUÇÃO NO ORDENAMENTO CONTABILÍSTICO O novo Sistema de Normalização Contabilística representa a maior revolução no ordenamento contabilístico nacional depois da introdução do POC. Por certo que haverá algumas dificuldades de adaptação, uma vez que constitui uma operação complexa para as empresas, na óptica dos responsáveis da Sage. Afinal, o vínculo do POC e da legislação complementar perdura há mais de três décadas. As consequências desta alteração podem ultrapassar em muito uma mudança das práticas de contabilização. Todas as empresas têm que revalorizar de imediato os seus activos pelos valores reais, o que vai afectar a sua situação patrimonial. As perdas nos activos não estavam manifestadas no balanço, das as práticas de desvalorização serem efectuadas por regras de carácter fiscal. Para elucidar as empresas e os profissionais desta nova realidade, a Sage tem desenvolvido várias acções de formação sobre o Sistema de Normalização Contabilística. O SNC resulta em clareza na informação económica e financeira, bem como nalgum aumento do custo e da responsabilidade da contabilidade. processo de mudança? LV a assimilação dos novos conceitos e da nova forma de pensar a Contabilidade poderá ser progressiva. será natural que a progressão do novo referencial não tenha um grande impacto entre as pequenas empresas, na medida em que os profissionais poderão optar apenas por desreconherem alguns activos intangíveis e pouco mais. Para já, é inevitável dar resposta à alteração do código de contas. o futuro poderá depender do tipo de enforcement efectuado pela Comissão de normalização Contabilística, que irá fiscalizar e atribuir coimas por incumprimento das normas. C&E Em termos fiscais, que alterações serão introduzidas? O poder político será obrigado a fazer mudanças na legislação fiscal, no sentido da harmonização? LV as alterações introduzidas no Código de irc são extensas, na medida em que era necessária a sua adaptação à nova nomenclatura da Contabilidade. No entanto, não é fiscalmente aceite grande parte das operações preconizadas pelo SNC. A maioria dos casos de aplicação do justo valor, o método de revalorização nos activos não correntes tangíveis ou intangíveis e o reconhecimento pelo valor temporal do dinheiro são alguns exemplos disso. regista-se a harmonização procurada nos activos biológicos e nos contratos de construção. Como essencial fica a distinção entre Contabilidade e o apuramento da matéria colectável, que também está patente no código agora alterado. Contabilidade & Empresas - Setembro

6 Contabilidade SNC De acordo com Ana Maria Bandeira, docente do ISCAP Contabilidade nacional tinha que se aproximar dos padrões internacionais Era urgente que, em sintonia com a modernização contabilística ocorrida na União Europeia, a normalização contabilística nacional se aproximasse dos novos padrões internacionais. O modelo não se aplica exclusivamente às grandes empresas. As pequenas entidades poderão aplicar a Norma Contabilística de Relato Financeiro -Pequenas Entidades. O Sistema de Normalização Contabilística representa um passo importante no sentido da tão reclamada harmonização na área da Contabilidade. Mas o novo modelo marca também uma nova mentalidade para os profissionais, referiu à Contabilidade & Empresas Ana Maria Bandeira, docente no ISCAP. O novo sistema alinha o ordenamento contabilístico português com o dos estados seguidores das normas internacionais de contabilidade (ias/ifrs) e, em particular, com os sistemas contabilísticos dos estados-membros. embora represente uma profunda alteração de paradigma, esta transição do PoC para o snc era crucial. tratando-se de um instrumento constituído por um conjunto de normas coerentes com as nic e com as actuais versões das quarta e sétima directivas comunitária, representa, desde logo, um passo em frente no processo de harmonização contabilística. É chamada a atenção para uma realidade não menos importante. É RELATO FINANCEIRO É PEÇA CENTRAL NO SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA O sector da Contabilidade está a atravessar um momento de profundas alterações. Foram já publicados em Diário da República os três diplomas que aprovam o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) e o regime jurídico de organização e o funcionamento da Comissão de Normalização Contabilística (CNC), que revoga o Plano Oficial de Contabilidade e altera o Código de IRC. Os profissionais da Contabilidade estão perante novos desafios, face à revogação do velho POC. Os conceitos passam a ser diferentes, por via desta reforma da Contabilidade, a qual faz com que os sistemas europeus se aproximem. Foi aprovado o Sistema de Normalização Contabilística que revoga o POC e atribui competências e responsabilidades aos técnicos e revisores oficiais de contas. Um outro decreto altera o Código de IRC, adaptando as regras de determinação do lucro tributável às normas internacionais de contabilidade (NIC) tal como adoptadas pela União Europeia e os normativos contabilísticos nacionais que visam adequar a Contabilidade a essas normas. que a adopção do snc implica uma alteração de mentalidade no que respeita à forma de pensar o relato financeiro e a própria Contabilidade. Pretende-se melhorar a qualidade do relato financeiro, em termos de comparabilidade e de maior transparência das informações relatadas. essa melhoria é ilustrada por estudos académicos realizados em países que adoptaram as normas internacionais de contabilidade. Pode-se concluir que a entrada em vigor, no próximo mês de Janeiro, do sistema de normalização Contabilística significa que a reforma nesta área está a decorrer e que os profissionais têm que se adaptar a uma nova realidade e que serão mais as vantagens do que as desvantagens, ainda que tenham surgido críticas sobre o novo modelo. o que é normal, sempre que existe alguma mudança. Há custos associados ana Maria Bandeira assume que existem custos associados. todavia, as empresas nacionais excepção às empresas cotadas que já aplicam as normas internacionais desde Janeiro de 2005 não podiam continuar à margem deste processo. tudo indica que esses custos acabaram por se diluir com o tempo. seja como for, serão mais os benefícios do que as desvantagens e o retorno será, de uma maneira geral, positivo para o tecido económico nacional. Creio que com esta mudança as empresas portuguesas poderão ganhar, por exemplo, na internacionalização do seu negócio e no acesso ao crédito. refira-se ainda que as pequenas entidades, com formas de relato menos exigentes, poderão aplicar a norma Contabilística de relato Financeiro Pequenas Entidades. Apesar de assentar na mesma filosofia de conceitos, delimita e simplifica as exigências mais comuns a esse universo de empresas. note-se que, no caso português, tal corresponde a mais de 90% do tecido empresarial português, refere ana Maria Bandeira. 6 - Contabilidade & Empresas - Setembro 2009

7 Contabilidade NIC Situação económica torna mais difícil a implementação do SNC A actual situação económica complica a implantação do Sistema de Normalização Contabilística. Às dificuldades que as normas encerram acrescem as que resultam da crise financeira e é questionada a utilidade dos justos valores na ausência de preços de mercado de referência e quando estes se apresentam exageradamente voláteis. Apesar destas dúvidas, a docente universitária Leonor Fernandes Ferreira, em trabalho publicado na revista TOC, defende a necessidade das novas regras e admite que não há sistema susceptível de impedir práticas ilícitas. Os esforços dos organismos internacionais, relacionados com o processo de desenvolvimento das normas internacionais de contabilidade, podem ajudar a encontrar a solução apropriada às necessidades dos diversos utilizadores. a economista considera que o relato financeiro tem finalidades de gestão e de controlo, pelo que se justificaria uma proposta de contabilidade multidimensional, ou seja, a apresentação de vários valores para cada elemento das demonstrações financeiras, deixando ao utilizador a possibilidade de escolha do que melhor se adequa à finalidade que procura. refere a este propósito leonor Fernandes Ferreira: o relato financeiro fornece informação à qual as pessoas reagem. admito que a transparência e a neutralidade da informação possam reduzir a incerteza e promover a estabilidade. ainda que a prudência como tal tenha desaparecido textualmente do novo modelo contabilístico, nenhuma avaliação será justa se não for prudente. Quanto à controvérsia que tem surgido de que as nic vão potenciar o crescimento da fraude, aquela profissional defende que não há sistema que impeça as práticas ilícitas. a minha experiência em consultoria indica que a informação usada pelos gestores é mais fiável do que aquela unicamente produzida para cumprir obrigações de relato externas. Por outro lado, o regulador pode recear que os gestores manipulem a informação na busca de objectivo estatístico e torna-se essencial confrontar os valores de gestão com a evidência de mercado. É certo que a empresa de hoje tem muitos intangíveis e o PoC foi desenhado para uma realidade centrada em empresas industriais. Aumento da conflitualidade entre as partes um outro aspecto que tem decorrido da implementação do snc prendese com o eventual aumento da conflitualidade entre os clientes, os profissionais e a administração fiscal. a docente refere sobre esta matéria: o profissional da contabilidade tem de dar cumprimento a obrigações legais, mas também deve produzir informação útil à tomada de decisão e ao controlo das actividades empresariais. não lida somente com números, mas também com pessoas. o seu papel vai além de classificar documentos, fazer registos e estimar impostos, actividades estas desempenhadas, em grande medida, por um qualquer software de contabilidade. Para leonor Fernandes Ferreira, o profissional deve ter um comportamento ético inquestionável, uma formação contínua e estar consciente da sua responsabilidade. o estatuto do toc contém recomendações desse perfil, referindo que o técnico oficial de contas deve exercer a sua actividade com rigor técnico, capacidade ética e total independência em relação às empresas e à administração fiscal. o papel do regulador, ao criar e aplicar mecanismos de verificação e incentivo ao cumprimento da lei, é essencial. também a câmara, com o controlo de qualidade e as sanções previstas, ajuda a manter parâmetros de exigência. A docente revela-se uma defensora convicta da passagem da CtoC a câmara. a nova regulamentação traz maior exigência e responsabilização para os profissionais que passam a ser vistos como um parceiro de negócio. Haverá a necessidade de maior julgamento profissional. o toc trabalhará mais em equipa, pois os problemas avolumam-se, deixa de ser contabilista em sentido estrito e passa a produtor e gestor de informação financeira e até estratégica das organizações. algumas tarefas geram ambiguidades e o toc tem de ser pragmático e exercer a profissão de modo objectivo, racional e disciplinado, procurando sempre aperfeiçoamentos. Contabilidade & Empresas - Setembro

8 Contabilidade ESTATUTO APOTEC rejeita limitação de actividade e alargamento de funções dos TOC Está aprovada, em sede parlamentar, a passagem da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas a Ordem. A Associação Portuguesa de Técnicos de Contabilidade (APOTEC) espera agora que o presidente da República não deixe passar o diploma de alteração ao estatuto dos profissionais da Contabilidade. Manuel Patuleia faz notar que duas situações, em particular, podem ter consequências graves para os TOC, a limitação da actividade e o alargamento das funções destes profissionais. Entretanto, o Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) também está contra a nova Ordem. O presidente da apotec constata que se mantém o sistema de limitação da actividade dos técnicos oficiais de contas, no âmbito do novo estatuto, situação que é interpretada como injustificável. refere que constitui um dos pontos mais sensíveis do longo processo de regulamentação profissional da classe. adianta a este propósito Manuel Patuleia: além de se tratar de um sistema que não existe noutras profissões, configura um entrave ao espírito de iniciativa do profissional e não contribui para um aumento da qualidade dos serviços prestados. a estagnação que é imposta contribui para a falta de ambição profissional e comercial. Por outro lado, a apotec vê como muito negativo o facto de se sujeitar a actividade dos profissionais Manuel Patuleia, presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Contabilidade. a limitações desta natureza, que muitas vezes dispõem de toda uma estrutura e organização que em muitos casos levaram anos a construir, constitui um grave atentado ao princípio da liberdade de iniciativa e organização empresarial. Perante este cenário, a associação tem uma posição oposta relativamente ao referido sistema de limitação da actividade. não menos importante é a questão do conceito de justo impedimento. a associação liderada por Manuel Patuleia considera que há que assegurar os direitos dos profissionais, pelo que sugere a regulação quanto à possibilidade de adiarem a entrega das declarações fiscais por força maior e desde que devidamente justificado. Para além das funções próprias o alargamento das funções dos toc é um outro assunto que merece fortes críticas por parte da apotec. lamenta que passe a ser da competência dos profissionais o cumprimento das obrigações das empresas face à segurança social, incluindose aqui as folhas de salários. existe uma heterogeneidade na forma como os toc exercem as suas funções, que podem ser como profissional liberal, trabalhador por conta de outrem e trabalhador dependente, o que dificulta, em termos práticos, o exercício dessas tarefas. Por outro lado, chama a atenção para o facto dos toc não terem nem têm que possuir os conhecimentos técnicos necessários ao exercício rigoroso de tais obrigações legais, uma vez que implicam conhecimentos aos níveis da legislação laboral e dos recursos humanos, sendo que a grande maioria das entidades executa essas tarefas de gestão interna com os funcionários que tem devidamente habilitados para o efeito. e se é verdade que muitos toc são perante os seus clientes um prestador de serviços, não pode ser este profissional a impor certas regras aos dirigentes das empresas. Os profissionais ver-se-iam obrigados a assumirem responsabilidades sobre matérias que, em virtude da sua formação, não dominam. a CnoP, por seu lado, interroga-se sobre o que terá levado o governo a alterar as convicções que anteriormente concretizou em leis. O que está em causa é o conjunto de princípios fixados na legislação recente, imposta a muitas das ordens sem terem em conta as suas posições e que a proposta de governo contraria. 8 - Contabilidade & Empresas - Setembro 2009

9 Contabilidade CNC Comissão de Normalização Contabilística mais funcional A Comissão de Normalização Contabilística (CNC) está a passar por um processo de alterações, na sequência da aprovação do novo Sistema de Normalização Contabilística. Domingos Cravo foi escolhido pelo Ministério das Finanças para liderar a instituição, à qual se colocam agora desafios acrescidos. É introduzido no sistema contabilístico das empresas um conjunto de conceitos, cuja aplicação se torna necessário controlar, como fez notar o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, durante a tomada de posse do novo responsável da CNC. No âmbito da nova realidade contabilística, houve ainda que proceder a um ajustamento e a uma adaptação do regime de competências, organização e funcionamento da Comissão. o governo decidiu avançar com uma alteração de fundo da referida comissão, sendo aprofundado o âmbito de competências que se encontram acometidas à CnC, no domínio da emissão e harmonização das normas contabilísticas, da participação nas instâncias comunitárias e internacionais que se dediquem à normalização contabilística e da cooperação com outras entidades nacionais ou internacionais que detenham atribuições nesse âmbito, explicou o governante na cerimónia. adicionalmente, é atribuído um conjunto de competências relativo ao acompanhamento da aplicação das normas contabilísticas, tendo em vista controlar a aplicação de NOVO PRESIDENTE CONHECE OS CANTOS À CASA O novo regime jurídico de organização e o funcionamento da Comissão de Normalização Contabilística entrou em vigor em meados do passado mês de Julho. O seu presidente é designado pelo Ministério das Finanças. Domingos Cravo é técnico e revisor oficial de contas, com actividade nas áreas da docência e da contabilidade. Destaque para o facto de ter sido membro do Conselho Geral e da Comissão Executiva da CNC, membro do grupo de trabalho que desenvolveu a proposta do Plano Oficial de Contabilidade para o sector da Educação, presidente, no âmbito da presidência portuguesa e, posteriormente, como representante nacional, nos grupos de trabalho do Conselho Europeu que desenvolveram os estudos, visando o estabelecimento do regulamento para a adopção das Normas Internacionais de Contabilidade e das reformulações das directivas de direito das sociedades em matéria de fair-value e de modernização. Foi ainda representante nacional na Comissão de Regulamentação Contabilística da União Europeia e presidente da Comissão de Acompanhamento do processo de audição pública do novo Sistema de Normalização Contabilística. critérios de conteúdo mais discricionário, salvaguardando a certeza e a fiabilidade da contabilidade, no âmbito de uma função reguladora geral. no essencial, mantém-se o actual modelo da CNC como entidade tecnicamente independente embora funcionando administrativa e financeiramente no âmbito do Ministério das Finanças e da administração Pública mas procede-se a um ajustamento da estrutura da comissão, de modo a modernizá-la, simplificando e flexibilizando os seus processos de actuação e adequando-a às novas competências que lhe são atribuídas, de acordo com teixeira dos santos. Maior representatividade dos interessados no processo de normalização o governante garante que é reforçada a ampla representatividade dos principais interessados no processo de normalização contabilística, designadamente preparadores e utilizadores da informação financeira, revisores oficiais de contas e instituições de ensino das matérias contabilísticas. Mas é reduzido o número de membros, quer do conselho geral, quer da comissão executiva, de modo a tornar estes órgãos mais operacionais. É também introduzida a possibilidade de personalidades ligadas às matérias de normalização contabilística poderem integrar os órgãos da CnC, bem como outras estruturas por eles criadas, desde que com a anuência do conselho geral ou da comissão executiva. Conclui o ministro das Finanças: neste contexto, o funcionamento da CnC obriga ao recurso de meios humanos especialmente competentes, quer para os secretariados técnico e administrativo que assegurem o necessário apoio, quer através da constituição de grupos de trabalho para o desenvolvimento de tarefas específicas. Contabilidade & Empresas - Setembro

10 Sectores AECOPS Tributação sobre a construção está desadequada da realidade A Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS) continua a insistir junto do Governo para a necessidade de alterar o sistema fiscal. O sector imobiliário é um alvo fácil no que toca a arrecadar receita. O poder político tem tomado como dado adquirido que a actividade tem que contribuir fortemente para o equilíbrio das contas públicas. O caminho está errado e as consequências podem ser muito graves. A realidade é que insiste em tributar uma realidade que há muito já não existe. Entretanto, as empresas imobiliárias vão fechando portas e agravam a taxa de desemprego. A associação não poupa críticas a esta tributação cega. Quando o estado é representado pela máquina fiscal, a situação torna-se muito complicada. os cidadãos têm a noção que a preocupação do fisco é cobrar impostos sejam estes justos e razoáveis ou não. a construção, em geral, e o mercado imobiliário, em particular, são sempre dos sectores mais afectados pela voracidade da administração fiscal. os imóveis não saem do mesmo sítio e estão à vista de todos. Por isso, são os alvos mais fáceis quando se trata de arrecadar receitas, adianta a associação. ora, toda a lógica do sistema fiscal, no que concerne à tributação do imobiliário, assenta no pressuposto de que o património edificado está em permanente valorização. ou seja, explica a aecops, é como se os imóveis fossem empresas condenadas a darem lucro todos os anos. Mas nem sempre assim acontece. aliás, nos últimos anos tem-se assistido a uma clara degradação do valor dos imóveis. Há um prejuízo real. Muitos proprietários não conseguem vender os edifícios que construíram ou adquiriram com recurso ao crédito porque o valor de mercado não cobre o montante pelo qual se encontram hipotecados. A questão do valor patrimonial Mesmo perante este cenário, o valor patrimonial para efeitos fiscais não baixa. nem o imi que sobre eles recai. nem o imt devido no momento da transacção, com todas as consequências daí decorrentes. ou seja, o imposto incide sobre um valor superior ao real e a empresa promotora vê imputado nas suas contas, para efeitos de irc, uma quantia superior àquela que, efectivamente, recebeu. Mas colocam-se ainda outros problemas. É que de nada serve protelar a venda. neste sector sucede mais uma coisa impensável em qualquer outra actividade. as existências também pagam imposto, pois ao alargamento inaudito dos prazos de comercialização não correspondeu a adequada extensão do período de isenção dos imóveis para efeitos de imt, adiantam os responsáveis da associação. o que significa que, embora a administração fiscal saiba que as normas que aplica foram criadas para um quadro económico e social que nada tem a ver com o actual, nem por isso trata de as adaptar às actuais condições de mercado. Para a aecops, o fisco não se está a comportar como uma pessoa de bem e parece não ter ainda dado conta que existe uma crise muito séria. a quebra de 10% na produção do sector da construção prevista para este ano é o exemplo claro que as coisas estão muito complicadas, sendo que a administração fiscal não está a ter em conta o actual contexto. refere ainda a este propósito a associação: em quase todas as relações contratuais há sempre uma parte que tem algum ascendente sobre a outra. e, muito frequentemente, esse sujeito da relação contratual tende a fazer prevalecer os seus interesses e a menosprezar os da parte contrária, esquecendo que os contratos desequilibrados raramente produzem efeitos positivos. a relação entre o estado e os cidadãos enferma frequentemente desta maleita Contabilidade & Empresas - Setembro 2009

11 Sectores BANCA Empresas com maior dependência bancária dão informação de melhor qualidade É suposta a existência de uma relação entre a qualidade da informação financeira prestada pelas empresas e o grau de dependência destas face ao sistema bancário. Em princípio, as empresas com maior dependência traduzida em maior endividamento produzem informação de melhor qualidade. Apesar desta relação se verificar, a situação não é tão linear, conclui um trabalho produzido por Raquel Martins e José Moreira para o Jornal de Contabilidade. A situação é diferente, quando se tratam de empresas com elevado endividamento. O grau de dependência tem um efeito positivo sobre a qualidade da informação financeira das empresas quando se situa em níveis relativamente baixos e apresenta um efeito negativo no caso das empresas com elevado endividamento. a não-linearidade encontrada parece ser explicada pela distinta situação financeira que está subjacente às empresas com alta e com baixa dependência bancária. as primeiras daquelas empresas tenderiam a apresentar situações financeiras mais débeis que procurariam esconder dos seus financiadores, com consequências negativas ao nível da qualidade da respectiva informação financeira. Para as empresas com menor dependência, que potencialmente tendem a apresentar situações financeiras mais confortáveis, a evidência revela que a qualidade da informação financeira evolui no mesmo sentido daquela dependência. Constata-se também que a relação entre a qualidade e a dependência deixa de evoluir no mesmo sentido para um nível de endividamento de cerca de um quarto do total do activo, referem os autores do trabalho. Há outros aspectos interessantes que ressaltam das variáveis de controlo incluídos no modelo utilizado, este de cariz econométrico linear. o impacto da existência de auditor na qualidade da informação também não é linear, só contribuindo para acréscimos da qualidade nos casos de empresas com elevada dependência e com dificuldades financeiras. Papel da banca assemelha-se ao dos analistas financeiros de facto, das variáveis de controlo incluídas no modelo, duas merecem explicações por parte dos autores. a que controla para a existência de auditor e a que reflecte o número de bancos com quem a empresa de relaciona. Quanto à primeira, esperava-se que a existência de auditor contribuísse para aumentar a qualidade da qualidade da informação financeira. a evidência empírica revelou que tal tendia a não acontecer, sendo a variável estatisticamente significativa apenas no grupo das empresas com elevada dependência bancária. em relação à outra variável, revela que o impacto sobre a qualidade da informação das empresas com elevada dependência é positivo. ou seja, as empresas que se relacionam com mais bancos tendem a ter mais qualidade informativa. esta evidência parece sugerir que o papel dos bancos se pode assemelhar com as devidas diferenças ao dos analistas financeiros nos mercados de capitais, supervisionando e acompanhando a informação financeira das empresas. no entanto, importa notar que esta variável perde a significância estatística no grupo das empresas com baixa dependência bancária, sugerindo que quando o endividamento é relativamente baixo os bancos tendem a não ter uma actuação escrutinadora tão eficaz como nos casos em que se regista uma elevada dependência bancária. são aspectos que merecem especial atenção, tendo em conta que a actividade económica depende, em grande parte, da avaliação bancária e do seu financiamento, situação esta que se torna ainda premente quando se tratam de pequenas e médias empresas. Contabilidade & Empresas - Setembro

12 Análise 5ª Parte AGOSTINHO COSTA A redução de custos e o uso das novas ferramentas de gestão agostinho Costa «Um líder é um vendedor de esperança» Napoleão Bonaparte nos últimos artigos falamos sobre a necessidade de mudanças nas organizações, face ao momento económico em que vivemos. as organizações necessitam economizar. As empresas precisam identificar tanto as economias que obterão com as mudanças recomendadas, como os custos associados a estas. elas deverão procurar formas de reduzir custos e aumentar a eficiência, minimizando o impacto, onde for possível, do trabalho em excesso ( gordura ). todavia, sem uma análise de custos apropriada, será impossível justificar esse tipo de decisão. isto porque as organizações podem não ter as informações necessárias sobre as melhorias possíveis nas estruturas de custo. Muitas organizações têm ineficiências, com origem nos seguintes aspectos: - desperdícios e perdas de tempo nas diversas fases do negócio; - análise dos Processos muito orientada para a perspectiva interna e, por vezes, esquecendo o cliente. É fundamental analisar todos os processos/actividades das organizações, a fim de eliminar ineficiências e focalizar a atenção nas tarefas que acrescentam valor ao cliente. É importante, por exemplo: - ter maior focalização no cliente; - ter conhecimento profundo dos processos; - identificar / eliminar as tarefas dos processos que não acrescentam valor na óptica do cliente; - Melhorar a eficiência dos processos; - identificar / eliminar área ou fases das actividades das empresas onde existem ineficiências e/ou desperdícios. Contudo, a cultura duma organização é, em muitas ocasiões, o seu maior obstáculo à tomada das acções necessárias à implementação da mudança. as pessoas, as culturas e os processos permitem que o excesso, o desperdício e a ineficiência ou seja, a gordura se apoderem de uma empresa e enfraqueçam a sua posição competitiva no mercado. Por vezes, existe também certa confusão entre uma prosperidade aparente e uma imagem de sucesso empresarial. Quando tal ocorre, não parece, pois, haver a necessidade de proceder a quaisquer mudanças. então, qualquer tentativa de fazê-lo é confrontada sempre com alguma resistência. Mas, o que é perigoso é o facto dos principais responsáveis da organização muitas vezes se deixarem influenciar pelas tais falsas aparências de prosperidade. em períodos de crescimento da actividade, este aspecto é muito comum. a ilusão do crescimento faz com que fiquem cegos perante as ineficiências, que consumidoras de recursos, e que aumentam dia após dia. ao procederem dessa forma, muitos gestores e empresários estão a criar empresas gordas. logicamente, não estão a fazer uma boa gestão financeira, nem de recursos humanos. não podemos, pois confundir gorduras excessivas de uma empresa, que mais não são que ineficiências camufladas, com despesas que procuram ser o reflexo duma imagem de sucesso. tais gorduras podem levar a organização a uma diminuição da sua competitividade e, a médio prazo, a uma paralisação parcial ou até à morte. Portanto, este tipo de confusões é perigoso. em muitas organizações, a cultura empresarial existente é uma cultura gorda. A cultura gorda pode ser difícil de detectar pelas pessoas que fazem parte dela. os hábitos fazem com que as ineficiências pareçam actos normais. ora, o desafio da gestão estratégica de custos é identificar os aspectos económicos das mudanças e descobrir formas pelas quais todas as partes sejam beneficiadas pela maior eficiência da cadeia de valor. dessa forma, o conhecimento e controlo de custos, assim como das eficiências e das ineficiências, são aliados poderosos duma organização na hora de superar crises e dificuldades, pois o planeamento está apoiado na cultura e no funcionamento da organização. Se a cultura e o funcionamento da organização não forem adequados, o planeamento certamente também não o será. É fundamental que a nossa equipa esteja imbuída duma cultura de responsabilização, preocupada com a produtividade, com o serviço ao cliente e com a competitividade da empresa, pois só dessa forma os seus postos de trabalho estarão garantidos, porque a longevidade da empresa será então, porventura, mais duradoura. Conforme já tivemos oportunidade de referir anteriormente, a comunicação e a liderança têm um papel importante. Mas se forem insuficientes, o que teremos na nossa organização em termos de tratamento da necessidade de redução de custos? Possivelmente, utilizar-se-ão cortes 12 - Contabilidade & Empresas - Setembro 2009

13 Análise AGOSTINHO COSTA de custos e não redução adequada dos mesmos. Há duas formas de reduzir custos. uma delas é baixar o machado indiscriminadamente. a outra é remover cirúrgica e inteligentemente os custos, através de acções rápidas e precisas. No momento actual a gestão eficiente de custos é crucial. Antes de cortar os custos na empresa, devemos analisar cuidadosamente as causas dos mesmos. Se optar por estabelecer um valor linear para se cortar nos custos da empresa, seguramente estará a andar em passos firmes rumo ao fracasso do seu programa de redução de custos. na implementação dos programas de redução de custos muitos fracassam, não por causa dum único erro, mas por um conjunto deles. Vejamos os principais erros de alguns programas de redução de custos. - não existe um verdadeiro programa de redução de custos, mas apenas a vontade de reduzir custos; - não se treinam todos os empregados no programa de redução de custos; - não se tem conhecimentos específicos de análise e redução de custos; - não envolvem completamente os empregados no modelo de gestão de custos; - iniciam o programa de redução de custos, reduzindo o pessoal; - acham que podem estabelecer um valor linear para se cortar todos os custos. - Para reduzir custos temos que ser eficazes e eficientes. devemos ter apenas as actividades necessárias (eficácia) e desenvolvê-las da melhor forma (eficiência). Para reduzir custos devemos, então, combater as causas e não os efeitos. depois estabelecer um programa, evitando cometer os erros acima referidos. dessa forma, as probabilidades de sucesso num PrC (programa de redução de custos) aumentarão consideradamente. tom Peters exemplifica e utiliza casos de empresas para demonstrar que é possível fazer diferente, fazer a diferença. algumas sugestões podem ser extraídas dos seus ensinamentos de gestão. Assim, vejamos: Para obter o melhor rendimento em qualquer projecto, na execução de qualquer plano, seja um PrC (programa de redução de custos) ou qualquer outro tipo de programa, proceda da seguinte forma e obterá o máximo desempenho da sua equipa. - Promova o envolvimento. Faça as pessoas trabalharem consigo e não para si. elas devem sentir-se não apenas parte do processo, mas também protagonistas das soluções. o envolver é compartilhar e comprometer-se. empenho que decorre do entusiasmo, determinado mais pelo orgulho de pertencer e pelo respeito aos propósitos da companhia e à liderança, do que por questões financeiras. - desenvolva competências. Prepare a sua equipa, desenvolvendo nela competências técnicas, comportamentais e de valores. Mas atenção! o importante é a qualidade do treino, não o nº de horas. ajude-os a tornarem-se melhores profissionais e também melhores pessoas. - Comunique constantemente. Mantenha um sistema de comunicação interna adequado. Faça a informação de qualidade circular. use transparência, diga a verdade. a mentira tem pernas curtas, tem vida longa o seu legado é muito mau para a motivação da sua equipa e para o rendimento da sua organização. uma comunicação clara, transparente, envolvente, motivadora, reforça os laços da equipa e ajuda a implementar a estratégia necessária para vencer os obstáculos com uma equipa empenhada, rumo aos objectivos da organização. - desenvolva ideias e soluções inovadoras. as melhores soluções surgem, por vezes, duma combinação de ideias. as boas ideias podem estar em qualquer área da organização. Muitas organizações pagam pelas melhores sugestões que possam ser implementadas. outras dizem aos seus funcionários: você não foi pago para pensar, mas para trabalhar. em termos de desempenho, qual destes dois tipos de empresas estará melhor? será difícil a resposta? Penso que não. - Construa um ambiente agradável para trabalhar. um bom ambiente de trabalho é extremamente importante para a cooperação entre todos os elementos duma equipa e para o elevado rendimento da mesma. Construa um bom ambiente de trabalho. um local onde quem trabalha aguarde ansiosamente pela segunda-feira para iniciar uma nova e produtiva semana. assegure-se que não existe qualquer tipo de factores que o estejam a prejudicar. se não proceder desta forma, poderemos ter as pessoas ocupadas, mas não motivadas na procura dos objectivos da organização. os custos desnecessários instalam-se, então, na empresa. Custos desnecessários se não estivermos atentos, os custos desnecessários instalam-se nas organizações. o ideal será termos medidas preventivas e não apenas medidas curativas para a sua redução. se conhecermos as principais causas que contribuem para a criação duma cultura empresarial gorda, talvez possamos actuar sobre as mesmas, de forma oportuna e não tardiamente. As principais causas relacionadas estão relacionadas com quatro princípios simples: 1. a envolvente externa proporciona mais oportunidades para a engorda a algumas empresas do que a outras. 2. deixar-se engordar é a escolha mais fácil. 3. a gordura toma-se um hábito difícil de quebrar. 4. os indivíduos têm uma predisposição natural para a sobrevivência. se considerarem que as mudanças irão colocar em risco algo conquistado anteriormente, certamente irão criar resistência às mudanças. essa resistência pode ser feita de forma clara ou não. Criam-se então situações de retardar a mudança, mantendo o mais possível os procedimentos habituais, criando assim gordura numa empresa. (Continua no próximo número) Contabilidade & Empresas - Setembro

14 Informática na Contabilidade PRODUTO No âmbito das novas regras contabilísticas Logica disponibiliza software aplicacional de fornecedores internacionais A Logica considera que a implementação do Sistema de Normalização Contabilística assenta em duas vertentes, para as quais são necessárias competências específicas. A primeira está relacionada com a análise das alterações necessárias ao nível contabilístico e fiscal de cada empresa e a segunda trata da implementação técnica destas alterações nos sistemas de informação. Quádrio Alves, director da divisão de soluções de negócio da Logica Iberia, refere que a empresa criou uma metodologia que se baseia na análise já efectuada com diversos clientes e em factores tidos como fundamentais para o sucesso desta transformação. As soluções contabilísticas que a logica implementa baseiam-se em software aplicacional standard de fornecedores internacionais, como a sap e a Oracle. este tipo de software já incorpora as melhores práticas internacionais e um conjunto de soluções já testado e implementado. de referir que a implementação do snc se baseia na transposição para a realidade nacional das Normas internacionais de reporte Financeiro. Mais do que um programa, a nossa intervenção é realizada através de uma abordagem sistematizada ao problema, seguida das acções conducentes à sua resolução, abordagem essa sempre balizada pela identidade de cada empresa e pelas suas reais necessidades, A resposta a dar ao novo modelo contabilístico passa por uma abordagem sistematizada aos problemas que se colocam, na opinião de Quádrio Alves, responsável da Logica Iberia. explicou à Contabilidade & empresas Quádrio alves. o principal desafio que se coloca na implementação do snc está relacionado com a data da sua entrada em vigor, já no início do próximo ano. É uma situação que faz com que todas as empresas abrangidas necessitem de efectuar as adaptações necessárias num período útil bastante curto. Sendo os recursos disponíveis de todas as partes envolvidas finitos, é necessário começar a transição o mais rapidamente possível e aplicar a metodologia mais adequada, garantindo o teste e a validação atempados das modificações a introduzir. Análise de vantagens e inconvenientes o responsável da logica faz notar que não existe um cenário único, quer ao nível da implementação técnica, quer no que respeita ao modelo contabilístico a implementar. ou seja, em qualquer dessas vertentes é necessário analisar as vantagens e os inconvenientes de cada solução e ajustar a mesma à realidade de cada empresa. diferentes empresas podem ter versões diferentes sobre a criticidade dos seus dados históricos, sobre os procedimentos contabilísticos a adoptar e mesmo sobre os recursos humanos e financeiros disponíveis para este projecto. Considera Quádrio alves que é com base nesta análise de custo- -benefício que se tomará a decisão sobre a forma de implementação do snc. a melhor solução pode não ser e provavelmente não será a que corresponde ao menor investimento. Quanto ao modelo da logica, admite o seu responsável que o snc é um novo normativo e, portanto, não existem implementações já em produtivo. no entanto, a logica tem uma larga experiência relacionada com a aplicação das nirf, as quais já são obrigatórias para as empresas cotadas em bolsa. da mesma forma, a empresa tem uma larga experiência na execução de projectos onde se efectuam conversões de dados. Há expectativas positivas em termos de reacção do mercado ao produto disponibilizado pela logica. refere a este propósito Quádrio alves: enquanto consultores em sistemas de informação, acreditamos que temos a abordagem certa para a implementação do snc nos timings correctos, em parceria com os clientes. O objectivo passa por ajudar as empresas a efectuarem uma transição pacífica para esta nova realidade, não esquecendo que se trata de a ter implementada já no ano que vem. estamos a efectuar a divulgação da nossa oferta da forma mais clara e transparente possível Contabilidade & Empresas - Setembro 2009

15 Informática na Contabilidade SOFTWARE PHC apresenta versão 2010 A nova versão apresenta inúmeras funcionalidades que visam contribuir para o aumento de produtividade das empresas e apresenta dois novos módulos. A PHC, fabricante nacional de aplicações de gestão, apresentou a versão 2010 das suas soluções. a empresa garante que esta versão inclui várias novidades para ajudar as empresas a agilizarem-se e a apresentarem melhores resultados. entre as várias novas funcionalidades sublinham-se a integração com sites de mapas on-line, o multiplicador de registos, o envio de impressões por e a utilização de software de voip. simultaneamente a este lançamento, a PHC apresentou ainda novos módulos, como o PHC teamcontrol externo e PHC documentos electrónicos. a introdução da integração com sites de mapas online irá permitir uma maior agilização da pesquisa geográfica das empresas pelas moradas que constam da sua base de dados. Com esta nova funcionalidade, é suposto o utilizador apenas premir um botão para ser direccionado para o url, que previamente definiu, e saber a localização exacta das empresas. A pensar na dinamização em termos de criação de registos, a PHC criou o Multiplicador de registos. Com a nova versão, nos Pedidos de assistência técnica, intervenções, Marcações, visitas, tarefas e datas do PHC teamcontrol, o módulo da PHC que permite a gestão e controlo de projectos com optimização do trabalho em equipa, é possível gerar vários registos com base noutro. após definir o período para o qual vão ser criados os registos, o utilizador opta por um intervalo diário, semanal, mensal ou anual entre os mesmos. É-lhe então mostrada uma listagem para que valide quais os registos que quer realmente gerar, com base nos conflitos entre datas apresentados. Com a nova versão do software PHC, os utilizadores passam também a poder enviar impressões via em formato PdF, bastando para isso definir o conteúdo do a enviar, sendo o destinatário preenchido com o campo respectivo, por exemplo, nos documentos de Facturação com o campo de da ficha de cada Cliente. a PHC teve ainda em atenção a necessidade das empresas reduzirem custos, razão pela qual introduziu a opção de utilização de software voip, de forma a efectuar chamadas telefónicas directamente a partir do software PHC. a empresa pode optar por efectuar as suas chamadas, quer para telefone como para telemóvel, utilizando a forma tradicional ou então um software voip, como por exemplo, o skype, de forma a poupar custos de comunicações. a software-house apresentou ainda o PHC teamcontrol externo, uma aplicação que permite a gestão de projectos conjunta entre empresas e clientes on-line. Os clientes de uma empresa podem assim acompanhar, consultar e interagir no desenvolvimento de um projecto onde quer que estejam. outro dos módulos apresentados foi o PHC documentos electrónicos, que resulta da junção dos módulos PHC Factura electrónica e PHC edi. Foram introduzidos nesta fusão melhoramentos de performance e novas funcionalidades que agilizarão ainda mais as empresas nacionais. nesta versão, dotámos o software PHC de muitas funcionalidades que contribuem directamente para a redução de custos e produtividade das empresas, disse ricardo Parreira, director-geral da PHC. a pesquisa geográfica está cada vez mais na ordem do dia e a tecnologia voip está agora mais consolidada do que nunca. Funcionalidades, que em conjunto com as centenas de outras novidades incluídas nesta nova versão, tornam o nosso software ainda mais forte, continuou. Continuamos a trabalhar para criar mais software para as empresas portuguesas e esperamos ainda este ano poder anunciar grandes novidades. Contabilidade & Empresas - Setembro

16 Informática na Contabilidade SOFTWARE Primavera lança programa de incentivos para adopção atempada do sistema de normalização contabilística A Primavera, multinacional portuguesa de desenvolvimento de soluções de gestão de negócio e integração de processos empresariais, anunciou o lançamento, em Portugal, do Programa de Incentivos para Adopção Atempada do Sistema de Normalização Contabilística (SNC). O objectivo é apoiar os departamentos financeiros e empresas de contabilidade a prepararem a transição para o SNC em condições excepcionais de investimento e de tempo de adaptação às novas regras contabilísticas. Este Programa, dirigido a mais de 40 mil empresas utilizadoras do software de gestão Primavera e a novas empresas, abrange a actualização tecnológica gratuita das aplicações de contabilidade, incentivos financeiros para upgrades de software e aquisição de novas licenças e a realização de acções de formação de empresas em SNC. Aplicado de forma faseada, o Programa privilegia até setembro a realização de upgrades e as novas aquisições do erp Primavera e, até outubro, as actualizações tecnológicas e as acções de formação, visando, desta forma, garantir a transição simples e atempada das PME nacionais para o Sistema de normalização Contabilística, que entra em vigor em a transição para o novo sistema de normalização contabilística, nomeadamente num período de crise económica como o que vivemos, é um grande desafio para as PMe nacionais, uma vez que vai obrigar a um esforço adicional das áreas financeiras e de contabilidade das empresas, quer ao nível financeiro, quer humano, referiu gonçalves de azevedo, country manager da empresa bracarense. esta iniciativa da Primavera Portugal tem como objectivo reduzir estes efeitos, englobando, por isso, a vertente tecnológica, de incentivos financeiros e de formação, componentes fundamentais para um processo de transição simples e que privilegia o acesso às alterações legislativas e tecnológicas, atempadamente. o Programa de incentivos para adopção atempada do sistema de normalização Contabilística da empresa lusa foi desenhado para responder, principalmente, às diferentes necessidades das 40 mil empresas utilizadoras do erp Primavera. neste âmbito, o software inclui a disponibilização gratuita de um utilitário de conversão automática para o novo plano de contas SNC aos 13 mil clientes com contratos de continuidade de software e que dispõem, por isso, da versão 7.50 do erp Primavera, a qual garante a transição em conformidade total com as novas regras do SNC. Este utilitário multi-empresa vai criar, automaticamente o plano de contas de 2010, de acordo com o snc, abrir uma área para realizar ajustes e o apuramento de resultados, de acordo com snc, e criar o documento de abertura, de acordo com a equivalência de contas em Para potenciar a transição automática para o novo sistema contabilístico dos utilizadores Primavera com versões do erp anteriores à v7.50, a empresa optou por incluir neste Programa incentivos financeiros para a aquisição de novas licenças e de upgrades nos módulos de Contabilidade, equipamentos e activos do erp e que podem atingir uma redução de 40% do valor real de aquisição. as acções de formação sobre o sistema de normalização Contabilística, que completam o Programa, serão ministradas por especialistas em contabilidade e gestão de empresas e decorrerão por todo o país, incluindo Madeira e açores. a empresa explicou ainda que as sessões vão ser marcadas por uma forte vertente prática, com o objectivo de conhecer e endereçar as necessidades específicas dos formandos Contabilidade & Empresas - Setembro 2009

17 Coluna do Técnico de Contas OBRA FEITA Estando a aquecer os motores para as eleições autárquicas, do que mais ouvimos falar é de obra feita. Na verdade, os candidatos às presidências das autarquias demonstram especial sensibilidade, tanto para apregoar obra feita quando estão em funções ou para criticar a falta de obra feita ou o endividamento com a obra feita, se estão na oposição. E todos, mas todos, prometem obra feita no futuro, se forem eleitos. Todos nós sabemos que junto às nossas casas suspiramos por jardins bens tratados, parques infantis bem equipados, praças com fontanários espampanantes, já para não falar nas imprescindíveis infra-estruturas. Pressionados assim pelo comum dos cidadãos não admira que, Manuel Benavente rodrigues TOC horaconta@netcabo.pt embora prometendo mais do que fazendo, a obra feita seja a obsessão dos autarcas. Por exemplo, na recente batalha televisiva entre Santana e Costa, a obra feita foi arma de arremesso para ambos, só que aqui ao contrário, isto é, o autarca em funções reconheceu a falta de obra feita, por ter de acudir à consolidação do passivo que, segundo disse, o seu adversário e antecessor deixara engordar para o dobro. Na verdade Santana, pelo seu lado, orgulhou-se de ter deixado obra feita, mesmo à custa do passivo e prometendo mais obra feita no caso de vir a ser eleito. Nesta luta truculenta, e quantas vezes obtusa de argumentos, e ao arrepio do mais elementar bom senso, o mais importante não é a nudez forte da verdade, mas sim como dizia o Eça, o manto diáfano da fantasia. Pois haverá instantes em que a obra feita, além de se justificar, é fundamental para o desenrolar da normal vida autárquica e outros em que é preciso dizer não. O bom senso deveria prevalecer, pois o investimento deveria adequar-se à real capacidade para, de forma virtuosa, gerar dívida. Há rácios para respeitar, mas há também ambições a satisfazer, pelo que, por outro lado, a descentralização autárquica a que assistimos como uma conquista da democracia saída do 25 de Abril, constitui às vezes, também, uma manifestação despesista, uma hemorragia que só é sustida pelo aumento da receita leia-se impostos e taxas e pelas transferências recebidas, como veremos mais abaixo. Serve isto de mote para, de forma muito rápida, visitarmos o anuário financeiro dos municípios portugueses, obra de grande fôlego da autoria de João Carvalho, Maria José Fernandes, Pedro Camões e Susana Jorge, patrocinado pelo Tribunal de Contas, CTOC, IPCA e Universidade do Minho, editado pela CTOC e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Assim, o anuário financeiro dos municípios portugueses, em 2004, anunciava que a dívida das autarquias chegava já a 3,9% do PIB, cerca de 5 mil e 500 milhões de euros. Esses números, em 2006, ultrapassavam já os 6 mil e 600 milhões de euros, sendo Mafra, Cascais, Matosi- nhos, Castelo Branco, Braga, Lagoa, Amarante, Odemira, Palmela e Vila Nova de Famalicão os dez municípios com melhores contas, com base na ponderação dos seguintes dez indicadores: dívidas a terceiros por habitante; liquidez; endividamento líquido por habitante; resultado líquido nos últimos dois anos por habitante; peso das despesas com pessoal nas despesas totais; arrecadação de impostos e taxas por habitante; diminuição dos passivos financeiros; grau de execução de receita nos últimos dois anos; investimentos (incluindo as transferências de capital) por habitante nos últimos dois anos; e grau de cumprimento do Programa Oficial de Contabilidade da Administração Local (POCAL). Porém, vamos debruçar-nos com mais pormenor sobre o ano de 2007, visto ser o mais recente, apresentando alguns números que nos parecem mais relevantes para um universo de 308 municípios. As dívidas totais dos municípios ascenderam a 6 mil 663 milhões de euros mais 0,4% que em 2006 e as dívidas, só à banca, são cerca de 4 mil e 400 milhões de euros. Os bens do domínio público corpóreo e incorpóreo, vulgo imobilizado, representam mais de 90% do activo total dos municípios a tal obra feita e segundo os autores, este número tem ainda tendência para subir, pois nem todo o imobilizado está avaliado e contabilizado. Os investimentos em funções sociais correspondem a 57% do total, sendo os de maior relevância respeitantes a acções de ordenamento do território e reabilitação urbana e rural. 223 autarquias apresentam resultados económicos positivos, contra 236, em 2006, e 226, em Traduzindo em euros, temos: 2007: 484 milhões; 2006: 632 milhões; 2005: 559 milhões. Quebra evidente dos resultados (menos 23% que em 2006). Os proveitos têm duas principais proveniências: impostos e taxas (42%) e transferências recebidas (38%). Os Custos com o Pessoal, 2 mil e 57 milhões de euros, é a rubrica mais volumosa dos custos. Entrando no ranking global, verifica-se que dos 50 municípios com melhor eficiência financeira, a maioria (29) é de média dimensão. O estudo classifica os municípios da seguinte forma: Municípios de pequena dimensão: até 20 mil habitantes Municípios de média dimensão: mais de 20 mil e até 100 mil habitantes Municípios de grande dimensão: mais de 100 mil habitantes E eis os 10 melhores municípios de grande dimensão com melhor eficiência financeira (por ordem alfabética): Almada, Amadora, Barcelos, Braga, Cascais, Leiria, Santa Maria da Feira, Seixal, Sintra e Vila Franca de Xira. O estudo apresenta depois os mais diversos rankings, pelo que vivamente se aconselha a sua leitura aos interessados. E embora essa leitura não seja, obviamente, determinante para as opções a fazer para as próximas eleições autárquicas, pode ajudar a descodificar alguma coisa, sobretudo se se comparar com anos anteriores, visto este já ser o quinto anuário. Boas leituras, melhores votações e obra feita embora possa ajudar à auto estima e às vezes também desajudar aos balanços, está longe de ser tudo Contabilidade & Empresas - Setembro

18 Profissão ESTATUTO Foi aprovada em Assembleia da República, com os votos do Partido Socialista, a passagem da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas a Ordem. Depois de um primeiro chumbo, o Governo acabou por fazer passar a proposta de alterações ao Estatuto na última sessão da legislatura. A alteração mais importante respeita às sociedades de contabilidade. Do novo diploma consta que estas serão obrigadas a terem um responsável técnico. Sem efeito ficou a intenção destas sociedades envolverem, obrigatoriamente, um profissional no seu capital. Mas há outros aspectos importantes para a profissão que importa ter em conta. A proposta terá agora que ser aprovada pelo presidente da república, para posterior publicação em diário da república. será então dado início ao processo de passagem da câmara a ordem. a principal alteração tem a ver com a obrigatoriedade de nas sociedades comerciais dedicadas ao exercício da contabilidade se nomear um responsável técnico que se encontre inscrito na ordem. Por sua vez, são eliminados o conselho técnico e a comissão de inscrição, passando as respectivas competências a serem desempenhadas por comissões técnicas. entretanto, nenhum membro da ordem poderá ser titular de qualquer órgão da instituição por mais de dois mandatos consecutivos. alguma polémica tem suscitado o Diploma sofreu algumas alterações Câmara com luz verde para passar a Ordem Domingues de Azevedo, presidente da CTOC. ponto relativo à responsabilização dos toc na supervisão dos actos declarativos para a segurança social e para efeitos fiscais relacionados com o processamento dos salários dos contribuintes, por cuja contabilidade seja responsável. Pretende-se também clarificar que as funções de consultoria atribuídas aos profissionais se referem a matérias contabilísticas, fiscais e relacionadas com a segurança social. um passo importante é que os toc, quando no exercício da sua profissão, gozam de atendimento preferencial em todos os serviços dedicados a funções tributárias. não menos significativa é a regulação da matéria relativa à fixação, publicitação, cálculo e forma de cobrança de honorários devidos pela prestação de serviços por membros da Ordem. Sistemas de verificação da qualidade no âmbito do funcionamento da ordem, haverá que implementar sistemas de verificação de qualidade dos serviços prestados, bem como estabelecer a obrigatoriedade dos membros comunicarem à ordem o início e a cessão da responsabilidade por contabilidade de qualquer entidade, assim como a relação de cada uma dessas entidades com o volume de negócios do membro em causa. Caberá ao conselho directivo a competência para elaborar e aprovar um regulamento de taxas e emolumentos. a entidade a criar, em sede de procedimento disciplinar, deverá proceder ao aperfeiçoamento de algumas regras, designadamente em matéria de direito de participação, de apresentação de diligências de prova e defesa, bem como fixar que, em sede de procedimento disciplinar, a pena de multa consiste no pagamento de quantia certa e não pode exceder o quantitativo correspondente a dez vezes o salário mínimo nacional mais elevado em vigor à data da infracção. Cumulativamente com qualquer das penas pode ser imposta a restituição de quantias, documentos e/ou honorários. Caberá ainda à ordem tipificar como infracção passível de pena de suspensão a retenção, sem motivo justificado, para além do prazo estabelecido no Código deontológico, da documentação contabilística ou livros da sua escrituração, da retenção ou utilização para fins diferentes dos legais e regulamentares das importâncias que lhes sejam entregues pelos seus clientes ou entidades patronais e o não cumprimento das suas funções profissionais ou das regras técnicas aplicáveis à execução das contabilidades Contabilidade & Empresas - Setembro 2009

19 Fiscalidade JUSTIÇA Na óptica dos fi scalistas da PLMJ Sistema fiscal precisa de arbitragem para resolver conflitos Perante a inoperância do sistema de justiça tributária, é importante ponderar ainda que transitoriamente meios alternativos de resolução dos conflitos. Verifica-se um crescimento continuado e exponencial do volume de processos e das pendências nos tribunais tributários. O gabinete de advogados PLMJ propõe, mesmo antes das correcções aos valores declarados, a possibilidade do contribuinte solicitar a apreciação das conclusões e correcções da administração fiscal por parte de um árbitro ou perito (ou por colégios de árbitros ou peritos) que as validem ou contrariem. É ainda avançada a eventual possibilidade do recurso a um sistema de auto-composição dos direitos e deveres fiscais. o contribuinte assumiria, assim, um papel mais preponderante na resolução do conflito, podendo a decisão vir a ser tomada por peritos ou árbitros credíveis, devidamente qualificados e especializados em diferentes matérias além de independentes e isentos seleccionados pelas próprias partes, com base em critérios legais, previamente definidos, de acordo com os fiscalistas. as suas decisões, na óptica da PlMJ, poderiam adoptar os mesmos critérios de legalidade (ou mesmo de oportunidade) ao dispor dos juízes dos tribunais tributários ou mesmo dos juízes árbitros em matérias de direito privado. apesar de aparentes entraves colocados pela Constituição à concretização destes desígnios, em matéria tributária, dever-se-ia ponderar as vantagens destas soluções alternativas, que poderiam ajudar a resolver o problema da morosidade da justiça fiscal e da pouca especialização dos tribunais tributários, em matérias com cada vez mais elevada complexidade e especialidade. Mas há outros aspectos importantes que decorrem deste tipo de estratégia, na óptica daquele escritório de advogados. É que possibilita um maior envolvimento do cidadão contribuinte na administração da justiça concreta, leva a uma nova atitude perante o dever legal de pagar impostos. É sempre positiva uma maior aproximação entre o contribuinte e a administração fiscal. Inoperância resulta em prejuízos para a administração fiscal o que acontece, actualmente, é tido como inaceitável. a inoperância conduz, necessariamente, ao aumento da desconfiança do contribuinte relativamente ao rigor das decisões da administração tributária. torna-se imperiosa uma discussão aberta e sem preconceitos sobre a possibilidade de concretização de soluções alternativas para a resolução dos conflitos fiscais, como já sucede no direito privado. a realidade é que têm sido tomadas medidas avulsas e de execução demorada, não dirigidas à resolução urgente e atempada dos processos exponenciais pendentes, o que torna imperativa a ponderação de outras soluções, como a mediação, a conciliação ou mesmo a arbitragem fiscal, de forma a dirimir os litígios entretanto acumulados e emergentes das relações entre o estado e o contribuinte. não é aceitável que se registe um sentimento indesejável junto da população de que poderá compensar não pagar impostos por mera ineficiência do estado. tudo somado, há uma má gestão dos dinheiros públicos e um sistema que redunda em efectivas injustiças tributárias. Há processos parados durante anos, muitos prescrevem, com efectivo prejuízo financeiro para os cofres do Estado. admite a PlMJ que tem havido progressos na utilização das novas tecnologias, na arrecadação de receita e no combate à fraude e à evasão fiscais, o mesmo se passando com o recrutamento de novos juízes e com a criação de juízos liquidatários. no entanto, ainda se está longe do que seria desejável e de acordo com os direitos e as garantias dos contribuintes. Contabilidade & Empresas - Setembro

20 Consultório - Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada; - empresas públicas; - Cooperativas; - Agrupamentos complementares de empresas e agrupamentos europeus de interesse económico. Porém, e tendo em conta as especificidades e características das entidades nacionais vão ser adoptados três níveis de estrutura normativa contabilística: - empresas com valores cotados que aplicam directamente as normas internacionais de contabilidade (nic); - restantes empresas dos sectores não financeiros, que aplicarão as normas Contabilisticas de relato Financeiro (ncrf); - empresas de menor dimensão que aplicarão a normas Contabilisticas de relato Financeiro Pequenas entidades (ncrf-pe). assim, e em resumo poderemos dizer que os elementos fundamentais que constituem o novo sistema de normalização Contabilistica são: - a «estrutura conceptual», que segue de muito perto a «estrutura conceptual de preparação e apresentação de demonstrações financeiras» do iasb, assumida e publicada pela ue. trata-se de um conjunto de conceitos referencial que a todo o Sistema. - as «Bases para a apresentação de demonstrações financeiras» (BadF), nas quais se enunciam as regras sobre o que constitui e a que princípios essenciais deve obedecer um conjunto completo de demonstrações financeiras. - os «Modelos de demonstrações financeiras», nos quais se consagram a necessidade de existência de formatos padronizados, mas flexíveis, para as demonstrações de balanço, de resultados (por funções e por naturezas), de alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa, assim como um modelo orientador para o anexo. - o «Código de Contas», traduzido numa estrutura codificada e uniforme de contas, que visa acautelar as necessidades dos distintos utentes, privados e públicos, e alimentar o desenvolvimento de plataformas e bases de dados particulares e oficiais. - as «normas contabilísticas e de relato financeiro» (ncrf), núcleo central do snc, adaptadas a partir das normas internacionais de contabilidade adoptadas pela UE. - a «norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades» (ncrf-pe), que, de forma unitária e simplificada, contempla os tratamentos de reconhecimento, de mensuração, de apresentação e de divulgação que, do cômputo dos consagrados nas ncrf, são considerados como os pertinentes e mí- Q uais as principais novidades do novo Sistema de normalização Contabilistica? Foi aprovado, para entrar em vigor a partir do exercício contabilistico que se inicia a 1 de Janeiro de 2010, o novo sistema de normalização Contabilistica (snc). o actual modelo de normalização contabilística fixado pelo PoC foi sendo objecto de sucessivas alterações, nomeadamente tendo em conta a crescente integração de Portugal no seio da Comunidade europeia e da crescente aplicação de normativos jurídicos comunitários e a necessidade de adaptação destes ao modelo contabilístico nacional. em 2005, Portugal seguiu os restantes países da comunidade na aplicação das normas internacionais de contabilidade relativamente às contas anuais e às contas consolidadas de certas formas de sociedades, bancos e outras instituições financeiras e empresas de seguros, visando assegurar a coerência entre a legislação contabilística comunitária e as normas internacionais de contabilidade (nic). ora, a partir do regulamento (Ce) n.º 1606/2002 foi estabelecida a adopção e a utilização, na Comunidade, das normas internacionais de contabilidade international accounting standards (ias) e international Financial reporting standards (ifrs) e interpretações conexas international Financial reporting interpretations Committee (sic/ifric), permitindo às entidades integradas na Comunidade a adopção de normas que lhes permitiu encarar a globalização e liberalização dos mercados financeiros e da economia. esta mesma lógica de globalização levou a que fosse agora adoptado pelo estado português um sistema de normalização contabilistico novo e que decorre directamente das normas internacionais de contabilidade, adoptando as mesmas apenas com algumas necessidades especificas do tecido empresarial português. assim, com a publicação do decreto-lei nº 158/2009, de 13 de Julho, que aprova o snc, a normalização contabilística nacional aproxima-se, tanto quanto possível, dos novos padrões comunitários, proporcionando o alinhamento do país com as directivas e regulamentos em matéria contabilística da união europeia, sem ignorar, porém, as características e necessidades específicas das nossas empresas. nesta conformidade é revogado o PoC e legislação complementar criando-se o sistema de normalização Contabilística (snc). o snc é obrigatoriamente aplicável às: - sociedades abrangidas pelo Código das sociedades Comerciais; - empresas individuais reguladas pelo Código Comercial; Consultório é um espaço onde se procura dar resposta, de forma clara e sucinta, às questões jurídico-fi scais que mais frequentemente são colocadas pelos nossos leitores. Assim, os leitores poderão colocar questões do foro jurídico-fi scal que, pelo seu interesse e oportunidade, queiram ver esclarecidas nesta rubrica, as quais deverão ser dirigidas à Contabilidade & Empresas Contabilidade & Empresas - Setembro 2009

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